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ESCRITURÁRIO
AGENTE DE TECNOLOGIA

Língua Portuguesa
Língua Inglesa
Matemática
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Probabilidade e Estatística
Conhecimentos Bancários
CONTEÚDO
Tecnologia da Informação (On-line) ON-LINE
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TEORIA E
EXERCÍCIOS
 

Banco do Brasil 
Escriturário - Agente
Agente de Tecnologia

NV-012JH-21
Cód.: 7908428800819
 

Obra Produção Editorial


Carolina Gomes
Banco do Brasil Josiane Inácio
Escriturário - Agente de Tecnologia Karolaine Assis

Organização

Autores Arthur de Carvalho


Roberth Kairo
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares e Saula Isabela Diniz
Giselli Neves
LÍNGUA INGLESA • Rebecca Soares Revisão de Conteúdo
Ana Cláudia Prado
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA • Kairton Batista (Prof.º Kaká) e Sérgio Mendes
Fernanda Silva
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO • Sirlo Oliveira Jaíne Martins
Maciel Rigoni
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA • Henrique Tiezzi
Nataly Ternero
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS • Ricardo Barrios, Sirlo Oliveira e
Ricardo Reis Análise de Conteúdo

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (ON-LINE) •  Eduardo Benjamin Ana Beatriz Mamede


João Augusto Borges

Diagramação
Dayverson Ramon
Higor Moreira
Willian Lopes

Capa
Joel Ferreira dos Santos

Projeto Gráfico
Daniela Jardim & Rene Bueno

ISBN 978-65-87525-24-2

Edição:
Junho/2021

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da
editora Nova Concursos.

Essa obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso Dúvidas


de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site
www.novaconcursos.com.br.
www.novacon cursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e www.novaconcursos.com.br/contato
Reticações”, no rodapé da página, e siga as orientações. sac@novaconcursos.com.br
 
APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento é determinante para a sua preparação
de sucesso na busca pela tão almejada aprovação. Por isso, pen-
sando no máximo aproveitamento de seus estudos, esse livro
foi organizado de acordo com os itens exigidos no  Edital nº
001/2021 do Banco do Brasil, cargo de Escriturário, para Agente
de Tecnologia.
Tecnologia.
O conteúdo programático foi sistematizado em um sumário,
facilitando a busca pelos temas do edital, no entanto, nem sem-
pre a banca organizadora do concurso dispõe os assuntos em
uma sequência lógica. Por isso, elaboramos este livro abordan-
do todos os itens do edital e reorganizando-os quando necessá-
rio, de uma maneira didática para que você realmente consiga
aprender e otimizar os seus estudos.

Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Impo


–  Importan
rtante
te e Dica –
Dica –
com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobrados nas
provas,
trazendoalém de Questões
exercícios Comentadas
Comentadas e
gabaritados  e a seção Hor
seção Hora
da CESGRANRIO, a de Prat
Praticar
icar,,
organizadora
do certame.

A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência


de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-
sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas
aulas que você encontra em nossos Cursos On-line –
On-line – o que será
um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensando
no seu sonho de ser aprovado em um concurso público. Agora é
com você!

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dos complementares a sua preparação
disponíveis acessando
on-line para este livroosem
conteú
conteú-
nossa-
plataforma: Código
plataforma:  Código de Ética do Banco do Brasil, Política de Respon-
sabilidade Socioambiental do Banco do Brasil e o Curso de Tecnolo-
 gia da
da Inform
Informação
ação em vide
videoaul
oaulas
as,, conforme os assuntos cobrados
no edital. Para acessar, basta seguir as orientações na próxima
página.

CONTEÚDO ON-LINE
Para intensicar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eciente.
BÔNUS:
• Curso On-line.
à Língua Portuguesa - Regência Nominal, Verbal e Pontuação
à Língua Inglesa - Compreendendo o Vocabulário, Tempos
Tempos e Formas Verbais
Verbais
à Matemática - Funções: Conceitos Fundamentais, Função de 1º Grau e
Porcentagem
à Atualidades do Mercado Financeiro - Atualidades Estruturais, Dados Econômicos,
Produtos e Serviços Financeiros
à Conhecimentos Bancários - Sistema Financeiro Nacional: Noções Introdutórias
à Redação - Dissertação

CONTEÚDO COMPLEMENTAR:
• Código de Ética do Banco do Brasil.
• Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil.
• Tecnologia da Informação (em videoaula)

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 VERSO DA APOSTIL
APOSTILA

SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
COMPREE
COMP REENSÃO
NSÃO DE TEXTO
TE XTOS
S..................
........................................
...........................................
...........................................
...........................................
..........................
..... 11
ORTOGRAF
ORTOG RAFIA
IA OFIC
O FICIAL
IAL ......................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
.................................
...........14
14

CLA SSE E EMPR


CLASSE E MPREGO
EGO DE
D E PALAVRAS ...................
.........................................
...........................................
...........................................
..................................
............16
16
EMPREG
EMP REGOO DO ACEN
ACENTO
TO INDICATIVO
INDIC ATIVO DE CRASE .....................
...........................................
...........................................
..................................
.............33
33
SINTAXEE DA ORAÇÃO
SINTAX ORA ÇÃO E DO PERÍ
P ERÍODO
ODO .....................
..........................................
...........................................
...........................................
..............................
.........35
35
EMPREG
EMP REGO
O DOS SINAIS
SINA IS DE PON
PONTUAÇ
TUAÇÃO
ÃO .........................
...............................................
...........................................
.........................................
....................46
46
CONCORD
CON CORDÂNC
ÂNCIA
IA VERBAL E NOM
NOMIN
INAL
AL .....................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................
..... 49
REGÊNC
REG ÊNCIA
IA VERBAL
VE RBAL E NOMIN
NOM INAL
AL...................
.........................................
...........................................
...........................................
.........................................
...................54
54
COLOCAÇÃO PRONOMINAL DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS (PRÓCLISE,
MESÓCLI
MESÓ CLISE
SE E ÊNCLISE)
ÊNCLI SE) .........................
...............................................
...........................................
...........................................
...........................................
..........................
..... 56

REDAÇÃO
REDAÇ ÃO ......................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
................................
...........57
57

LÍNGUA INGLESA ...............................................................................................................87


CONHECIMENTO DE UM U M VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL PARA PARA A COMPREENSÃO
DE TEX
TEXTOS
TOS ....................................................
.........................................................................
...........................................
...........................................
...........................................
......................87
87
CONHECIMENTO DOS ASPECTOS GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A COMPREENSÃO
DE TEX
TEXTOS
TOS ....................................................
.........................................................................
...........................................
...........................................
...........................................
......................94
94

MATEMÁTI
MATE MÁTICA
CA ......................
..............................................
................................................
................................................
.............................................
.....................12
1211
NÚMEROS
NÚMERO S INTEIROS,
INTEI ROS, RACIONAIS,
RACION AIS, REAIS E PROBLEMAS
PROBLE MAS DE CONTAGEM
CO NTAGEM .....
..........
..........
..........
..........
..........
....... 121
SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS ........................................................................................................127
RAZÕES E PROPORÇÕES, DIVISÃO PROPORCIONAL, REGRAS DE TRÊS SIMPLES
E COMPOSTAS, PORCENTAGENS ..................................................................................................128
LÓGICA PROPOSICIONAL ...............................................................................................................138
NOÇÕES DE CONJUNTOS ...............................................................................................................144
RELAÇÕES E FUNÇÕES, FUNÇÕES POLINOMIAIS, FUNÇÕES EXPONENCIAIS
E LOGAR
LOGARÍTMI
ÍTMICAS
CAS .................................
.......................................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................
......149
149
MATRIZES
MATRIZ ES ....................
..........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...............................
.........166
166

DETERMINANTES ............................................................................................................................169

SISTEMAS LINEARES ......................................................................................................................172

SEQUÊN
SEQ UÊNCIA
CIASS .......................................................
............................................................................
...........................................
............................................
..................................1
............176
76

PROGRESSÕES
PROGRE SSÕES ARITMÉTI
ARI TMÉTICAS
CAS E PROGRESSÕ
PR OGRESSÕES
ES GEOMÉTRI
GEO MÉTRICAS
CAS ............
.................
.........
.........
..........
..........
..........
........1
...178
78
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
FINA NCEIRO........................
................................................
...............................
....... 18
1855
INTRODU
INT RODUÇÃO
ÇÃO ......................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
.........................185
185
CONTEÚDO
CONT EÚDO PROG
PROGRAMÁTI
RAMÁTICO
CO ...........
......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
........................
.................185
.....185

OS BANCOS
BANC OS NA ERA DIGITAL:
DI GITAL: ATUALIDADE
ATUALIDADES,
S, TENDÊNCIAS
TENDÊNCI AS E DESAFIO
DESAFIOSS ....
.........
..........
..........
..........
..........
.........185
185
INTERNE
INTE RNET
T BAN
BANKIN
KING/BAN
G/BANCO
CO DIG
DIGITAL
ITAL ..................
.............................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
...................186
........186

MOBILE
MOBI LE BAN
BANKING
KING ...........
......................
.......................
.......................
.......................
........................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.............186
.186

OPEN BANKING E OS NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS .............................................................................186

SEGMENTAÇÃO
SEGM ENTAÇÃO E INTER
I NTERAÇÕE
AÇÕESS DIGI
D IGITAIS
TAIS ..........
......................
........................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
...................187
........187

ARRANJO
ARR ANJOS
S DE PAGAMENTO
PAGAMENTOSS ...........
......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
...............189
....189
PIX - PAGAMENTO
PAGAMENTOSS INSTANTÂN
INSTANTÂNEOS
EOS ............................
........................................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.....................
..........190
190

PROBAB
PRO BABILI
ILIDADE
DADE E ESTATÍS
ESTATÍSTIC
TICA
A .........
..............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
.........193
193
REPRESENTAÇÃO TABULAR E GRÁFICA ......................................................................................193

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL (MÉDIA, MEDIANA, MODA, MEDIDAS DE POSIÇÃO,


MÍNIMO E MÁXIMO) ........................................................................................................................193

DISPERSÃO (AMPLITUDE, AMPLITUDE INTERQUARTIL, VARIÂNCIA, DESVIO PADRÃO


E COEFICIENTE DE VARIAÇÃO) ......................................................................................................196

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E DISTRI


DISTRIBUIÇÃO
BUIÇÃO DE PROBABI
PROBABILIDADE
LIDADE .........
..............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
........2
...206
06

TEOREMA DE BAYES.....................
BAYES..........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...................................2
.............207
07

PROBABILIDADE CONDICIONAL ....................................................................................................210

VARIÂNCIA E COVARIÂNCIA ..........................................................................................................213

CORRELAÇÃO LINEAR SIMPLES ....................................................................................................214

DISTRIBUIÇÃO
DISTRI BUIÇÃO DE PROBABIL
P ROBABILIDADE,
IDADE, BINOMIN
BI NOMINAL
AL E NORMAL .....
..........
.........
.........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
.........220
220

NOÇÕES DE AMOSTRAGEM, INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, POPULAÇÃO E AMOSTRA .............222

CONHEC
CON HECIME
IMENTOS
NTOS BAN
BANCÁR
CÁRIOS
IOS .....
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
........
...239
239
INTRODU
INT RODUÇÃO
ÇÃO ......................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
.........................239
239
CONTEÚDO
CONT EÚDO PROG
PROGRAMÁTI
RAMÁTICO
CO ...........
......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
........................
.................239
.....239

POLÍTICAS ECONÔMICAS...................
ECONÔMICAS........................................
...........................................
...........................................
...........................................
............................
......240
240
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ................................................................................................246
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.........................................................................................................255

MERCADO DE CRÉDITO – OPERAÇÕES


OP ERAÇÕES ATIVAS E GARANTI
GARANTIAS
AS ..............
...................
..........
..........
..........
..........
..........
.........
...... 261
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS ...........................................................................................273
MERCADO
MERC ADO DE CAPI
CAPITAIS
TAIS ......................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
............................
......287
287
MERCADO DE CÂMBIO ....................................................................................................................298
CRIME DE LAVAGEM DE DINHE
DINHEIRO/CAPITAIS
IRO/CAPITAIS E LEGIS
LEGISLAÇÕES
LAÇÕES .....
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
.........30
....3022
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA .....................................................................................................311
LEI COMPLEMENTAR 105/2001 .....................................................................................................312
LEI N° 13.709/2018
13.7 09/2018 – LEI GERAL DA PROTEÇÃO
P ROTEÇÃO DE DADOS ............
.................
..........
..........
..........
..........
..........
.........
.........
........3
...315
15
LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO ....................................................................................................321
SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO N° 4.658, DE 26 DE ABRIL DE 2018 ........................330
ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES; NOÇÕES DE ÉTICA
EMPRESARIAL E PROFISSIONAL. A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E
PRIVADAS
PRI VADAS .....................
..........................................
...........................................
...........................................
...........................................
...........................................
..............................
.........334
334
CÓDIGO DE ÉTICA E POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL SOCIOAMBIENTAL DO BANCO
DO BRASI
B RASILL (ON-LINE
(ON-L INE)) ..........................
...............................................
...........................................
...........................................
...........................................
............................
......339
339

INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO

A inferência é uma relação de sentido conhecida


desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre
interpretação de texto. Interpretar é buscar ideias,
LÍNGUA PORTUGUESA pistas do autor do texto, nas linhas apresentadas.
Apesar de, aparentemente, parecer algo subjetivo,
existem “regras” para se buscar essas pistas. A primei-
ra e mais importante delas é identicar a orientação
do pensamento do autor do texto, que ca perceptível
COMPREENSÃO DE TEXTOS quando identicamos como o raciocínio dele foi expos-
expos -
to, se de maneira mais racional, a partir da análise de
INTRODUÇÃO dados, informações com fontes conáveis ou se de
maneira mais empirista, partindo dos efeitos, das con-
A interpretação e a compreensão textual são aspec- sequências, a m de se identicar as causas.
tos essenciais a serem dominados por aqueles candida- A seguir, apresentamos estratégias de leitura que
tos que buscam a aprovação em seleções e concursos
públicos. Pelo fato de as questões de provas abordarem focam nas formas de inferência sobre um texto. Inicial-
conteúdos diversos, muitas vezes, possuir competência mente, é fundamental
fundamental identicar
 identicar como ocorre o pro-
para interpretar
o grande e compreender
diferencial aquilo
entre o “quase” que leu pode ser
e a aprovação. cesso de. Para
indução
indução. inferência, que
entender se dá veja
melhor, por esse
dedução ou por
exemplo:
Além disso, seja a compreensão textual, seja a
interpretação textual, ambas guardam uma relação de O marido da minha chefe parou de beber.
proximidade com um assunto pouco explorado pelos
cursos de português: a semântica, que incide suas rela- Observe que é possível inferir várias informações
ções de estudo sobre as relações de sentido que a forma a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do enun-
linguística pode assumir. ciador é casada (informação comprovada pela expres-
Neste material, você encontrará recursos para são “marido”), a segunda é que o enunciador está
solidicar seus conhecimentos em interpretação e trabalhando (informação comprovada pela expressão
compreensão textual, associando a essas temáticas as “minha chefe”) e a terceira é que o marido da chefe do
relações semânticas que permeiam todo amontoado enunciador bebia (expressão comprovada pela expres-
de palavras. Vale lembrar que qualquer aglomeração são “parou de beber”). Note que há pistas contextuais
textual é, atualmente, considerada texto e, dessa for- do próprio texto que induzem o leitor a interpretar
ma, deve ter um sentido que precisa ser reconhecido essas informações.
por quem o lê. Tratando-se de interpretação textual, os processos
Vamos começar nosso estudo fazendo uma breve de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
diferença entre os termos compreensão
compreensão e  e  interpreta-
ção textual.
ção  textual. Para muitos, essas palavras expressam o tem de uma certeza
interpretação préviapelas
construída para pistas
a concepção de uma
oferecidas no
mesmo sentido, mas, como pretendemos deixar claro,
ainda que existam relações de sinonímia entre pala- texto junto da articulação com as informações aces-
vras do nosso vocabulário, a opção do autor por um sadas pelo leitor do texto. A seguir, apresentamos um
termo ao invés de outro reete um sentido que deve uxograma que representa como ocorre a relação
ser interpretado no texto, uma vez que a interpreta- desses processos:
ção realiza
ção  realiza ligações com o texto a partir das ideias que
o leitor pode concluir com a leitura. DEDUÇÃO → CERTEZA →  INTERPRETAR 
 Já a compreensão
compreensão busca
 busca a análise de algo exposto no
texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou uma INFERÊNCIA
expressão, além de apresentar mais relações semânti- INDUÇÃO → INTERPRETAR →  CERTEZA
cas e sintáticas. A compreensão textual estipula aspectos
linguísticos essencialmente relacionados à signicação
das palavras e, por isso, envolve uma forte ligação com A partir desse esquema, conseguimos visualizar
a semântica. melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora,
Sabendo disso, é importante separarmos os con- iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra-
teúdos que tenham mais apelo interpretativo
interpretativo   ou tégias que compõem cada maneira de inferir informa-
compreensivo
compreensivo.
forte conteúdo .que
Neste material,
relaciona você encontrará
semântica um
e interpreta- ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos
seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo,
dedu tivo, indu-
ção, contendo questões sobre os assuntos: inferência; tivo e, ainda, como articular o nosso conhecimento de
guras de linguagem; vícios
linguagem; vícios de linguagem e intertex- mundo na interpretação de textos.    A
   S
tualidade. No que se refere aos estudos que focam na    E
   U
compreensão e semântica, os principais tópicos são: A INDUÇÃO    G
semântica dos sentidos e suas relações; coerência e    U
   T
coesão; gêneros textuais (mais abordados em provas As estratégias de interpretação que observam    R
   O
de concursos); tipos textuais e, ainda, as variações lin- métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto    P
 
guísticas e suas consequências para o sentido. oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-    A
   U
Todos esses assuntos completam o estudo basilar za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-    G
de semântica com foco em provas e concursos, sem- car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no    N
    Í
pre de olho na sua aprovação. Por isso, convidamos    L
texto e que variam conforme o tipo textual.
você a estudar com anco e dedicação. Não se esqueça Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos iden-
de praticar seus conhecimentos realizando os exercí- ticar uma organização cronológica e espacial no desen-
desen-
cios de cada tópico, bem como, a seleção de exercícios volvimento das ações marcadas, por exemplo, pelo uso do
nais. pretérito imperfeito; na descrição, podemos organizar as 11

ideias do texto a partir da marcação de adjetivos e demais leitura que fará em seguida. Uma outra dica impor-
sintagmas nominais; na argumentação, esse encadea- tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
mento de ideias
elementos ca marcado
que expõem pelo uso de vista.
uma ideia/ponto conjunções e pois, assim, suas
um objetivo maishipóteses
denido.já estarão agindo conforme
No processo interpretativo indutivo, as ideias são O processo de interpretação por estratégias de dedu-
organizadas a partir de uma especicação para uma ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
generalização. Vejamos um exemplo:
z  Conhecimento Linguístico;
 Eu não sou literato,
literato, detesto
detesto com toda a paixão
paixão essa z  Conhecimento Textual;
espécie de animal. O que observei neles, no tempo em z  Conhecimento de Mundo.
que estive na redação do O Globo, foi o bastante para
não os amar, nem os imitar. São em geral de uma las- O conhecimento de mundo, por se tratar de um
timável limitação de ideias, cheios de fórmulas, de assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
receitas, só
receitas, só capazes de colher fatos detalhados Os demais iremos abordar detalhadamente a seguir.
e impotentes para generalizar  , curvados
curvados aos for-
for-
tes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um Conhecimento Linguístico
infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos
obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza. Esse é o conhecimento basilar para a compreen-
(BARRETO, 2010, p. 21) são e decodicação do texto, pois envolve o reco-
reco -
nhecimento das formas linguísticas estabelecidas
O trecho em destaque na citação do escritor Lima socialmente por uma comunidade linguística, ou seja,
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías
envolve o reconhecimento das regras de uma língua.
Caminha” (1917), identica bem como o pensamento É importante salientar que as regras de reconhe-
indutivo compõe a interpretação e decodicação de cimento sobre o funcionamento da língua não são,
um texto. Para deixar ainda mais evidente as estraté- necessariamente, as regras gramaticais, mas, sim, as
gias usadas para identicar essa forma de interpretar, regras que estabelecem, por exemplo, no caso da lín-
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza- gua portuguesa, que o feminino é marcado pela desi-
ção cronológica de um texto. nência -a, que a ordem de escrita respeita o sistema
sujeito-verbo-objeto (SVO) etc.
Ângela Kleiman (2016) arma que o conhecimento
A propriedade vocabular linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
leva o cérebro a aproxi- sobre como pronunciar português, passando pelo conhe-
PROCURE SINÔNIMOS mar as palavras que têm cimento de vocabulário e regras da língua, chegando até
maior associação com o o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
tema do texto Um exemplo em que a interpretação textual é preju-
Os conectivos (conjunções, dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:
preposições, pronomes)
ATENÇÃO AOS
CONECTIVOS são marcadores claros de
opiniões, espaços físicos e
localizadores
localizado res textuais

A DEDUÇÃO

A leitura de um texto envolve a análise de diversos


aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou
de maneira implícita no enunciado. Em questões de
concurso, as bancas costumam procurar nos enuncia-
dos implícitos do texto aspectos para abordar em suas
provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus
conhecimentos prévios a partir de uma informação
que julga certa, buscando uma interpretação; assim,
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
forme Kleiman (2016, p. 47):

 Ao formula
formularr hipótes
hipóteses
es o leitor estar
estaráá prediz
predizendo
endo
temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema;
ele estará também postulando uma possível estru-
tura textual; na predição ele estará ativando seu
conhecimento prévio, e na testagem ele estará enri-
quecendo, renando, checando esse conhecimento.
Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI.
https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22/09/2020.
Atente-se a essa informação, pois é uma das pri-
meiras estratégias de leitura para uma boa inter- Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
pretação textual: formular hipóteses, a partir da tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores
macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini- procientes nessa língua serão capazes de decodicar
cial, o leitor deve buscar identicar o gênero textual e entender o que está escrito; assim, o conhecimento
ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano, linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas
entre outras informações que podem vir como “aces- são algumas estratégias de interpretação em que
12 sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a podemos usar métodos dedutivos.

Conhecimento Textual   Indução é um processo lógico que parte do particular


para o geral, como ocorre no seguinte raciocínio:
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci-
mento linguístico e desenvolve-se pela experiência a) Todos os dias o metrô está cheio;
cheio; hoje deve estar
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de também;
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe- b) Após as chuvas,
chuvas, as ruas cam alagadas; hoje deve ter
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade, porque chovido durante toda a noite;
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que c) A torcida do
do Corinthians está presente em todos os
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê  jogos; domingo não deve ser diferente;
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma d) O estacionamento do restaurante está cheio de carros;
reportagem como se lê um poema. o lucro desse restaurante deve ser alto;
Em outras palavras, esse conhecimento se relacio- e) Os carros brasileiros
brasileiros ainda mostram deciências;
deciências; o
na com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de
meu automóvel enguiçou ontem.
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais.

Conhecimento de Mundo
 Indução é um processo lógico que parte do particu-
lar para o geral. Se houver alguma dúvida na reso-
O uso dos conhecimentos prévios é fundamental lução, basta realizar a exclusão das alternativas
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre a) Todos os dias.../ hoje...
b) as ruas/ toda a noite
importante que ampliar
um tempo para o candidato a cargos públicos
sua biblioteca e buscarreserve
fontes c) em todos os jogos/ domingo...
de informações dedignas, para, dessa forma, aumen-
aumen - d) Resposta certa
tar seu conhecimento de mundo. e) Os carros.../ meu automóvel... Resposta: Letra D.
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso
conhecimento de mundo que é relevante para a com- 2. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Julgue
 Julgue o item, relativo à
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso dedução e indução.
cérebro associar informações, a m de compreender A conclusão de um argumento dedutivo é uma con-
o novo texto que está em processo de interpretação. sequência necessária da verdade da conjunção das
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer- premissas, o que signica que, sendo verdadeiras
cício para atestarmos a importância da ativação do as premissas, é impossível a conclusão ser falsa.
conhecimento de mundo em um processo de interpre-
tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede: ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
Como gemas para nanciá-lo, nosso herói desa - O pensamento dedutivo parte do conhecimento
 ou valentemente todos os risos desdenhosos que geral, visando ao conhecimento particular, assim,
tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-
para a lógica dedutiva, as premissas verdadeiras não
nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipicam podem gerar enunciados falsos. Resp
falsos. Resposta
osta:: Certo.
Certo.
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as
três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de
 provas, abrindo
abrindo caminho,
caminho, às vezes
vezes através de imen- 3. (UFPE – 2018 - Adaptada)  Na temática da Lógica,
sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência:
vales turbulentos (KLEIMAN, 2016, p. 24).   A dedução e a indução são conhecidas com o nome
de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir
Agora, tente responder as seguintes perguntas de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedu-
sobre o texto: ção, entende-se como inferências mediatas.
Quem é o herói de que trata o texto? (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosoa. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.)
Quem são as três irmãs? Adaptado.
Qual é o planeta inexplorado?
Certamente, você não conseguiu responder nenhu-   A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de
ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des- inferência no âmbito da razão discursiva. Sobre isso,
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será observe a seguinte inferência:
afetada. O texto chama-se “A descoberta da América   Sócrates é homem e mortal
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque Platão é homem e mortal
responder às questões; certamente você não terá
te rá mais Aristóteles é homem e mortal
as mesmas diculdades. Logo, todos os homens são mortais.    A
   S
   E
Ainda que o texto não tenha sido alterado,
alterado, ao voltar    U
A inferência expressa o raciocínio:
seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo do    G
   U
que se trata, seu cérebro ativou um conhecimento pré-    T
vio que é essencial para a interpretação de questões. a) Dialético.    R
   O
b) Disjuntivo.    P
 
c) Indutivo.    A
   U
d) Conjuntivo.    G
   N
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS e) Argumentativo.     Í
   L

1. (FGV – 2019)  “Quando se julga por indução e sem o O raciocínio é indutivo, porque parte de premissas
necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega-  particulares para outras mais genéricas. Resposta:
-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores”.  Letra C. 13

USO DOS PORQUÊS


ORTOGRAFIA OFICIAL
É muito comum haver confusão com os usos das
As regras de ortograa são muitas e, na maioria dos
casos, contraproducentes, tendo em vista que a lógica formas
vo (fala)dos
nãoporquês, pois nodistinguir
necessitamos contexto de uso discursi-
foneticamente.
da graa e da acentuação das palavras, muitas vezes, é Porém, existem quatro formas de escrita dos porquês,
derivada de processos históricos de evolução da língua. as quais se distinguem por função sintática, morfo-
Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
que em ortograa: leia sempre! Somente
sempre! Somente a prática de lógica e pela sua posição no período. Veja a tirinha a
leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra- seguir e como são realizadas essas distinções:
a das palavras.
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
parte das regras não são efêmeras, porém, são em
grande número. Neste material, iremos apresen-
tar uma forma condensada e prática de nunca mais
esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala-
vras são acentuadas.
Ainda sobre aspectos ortográcos da língua portu-
portu -
guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras Disponível em:
e m: https:/
https://bit.ly/3oIvkDs
/bit.ly/3oIvkDs
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto
à escrita correta. Veja:
Os tipos de porquês:
z  É com X ou CH?
CH? Empregamos X após os ditongos.
Ex.: ameixa, frouxo, trouxe. z  Porque: conjunção causal ou explicativa (igual a
Porque:
“pois”, “uma vez que”).
   Jogava vôlei porque
porque os
 os amigos o chamavam.
U SAM O S X: U S A M O S C H:
z  Porquê:: substantivo abstrato com propósito de
Porquê
z Depois da sílaba em, se z Depois da sílaba em, se  justicar. Pode ser acompanhado de artigo, prono
prono--
a palavra não for derivada a palavra for derivada de me, adjetivo ou numeral. Pode vir no singular e no
de palavras iniciadas por palavras iniciadas por CH: plural.
CH: enxerido, enxada encher, encharcar   Ex.: Não sabia o porquê
porquê de
 de ela ter ido embora.
z  Depois de ditongo: cai- z  Em palavras derivadas
  Ele não entendeu os porquês
porquês de
 de tantas brigas.
xa, faixa de vocábulos que são gra-
z  Depois da sílaba ini- fados com CH: recauchu- z  Por que: inicia
que: inicia perguntas diretas ou está presen-
cial me  se a palavra não tar, fechadura te no interior de perguntas indiretas, podendo
for derivada de vocábulo ser substituído por “por qual razão” ou “por qual
iniciado por CH: mexer, motivo”. Pode ser também que tenha o signicado
mexilhão de “pelo qual” e suas exões.

Fonte: instagram/academiadotexto.
instagram/academiadotexto. Acesso em: 10/10/2020.   Ex.:lugares
Os Quero saber por passei
que você
por que passei
que sãonão visitou seu primo.
incríveis.
z  Por quê: 
quê:  aparecerá sempre no nal de uma fra-
fra -
z  É com G ou com J? J? Usamos G em substantivos termi-
nados em: -agem; igem; -ugem. Ex.: viagem, ferrugem;
f errugem; se, podendo ser substituído por “por qual motivo”,
  Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio, “por qual razão”.
-úgio. Ex.: sacrilégio, pedágio;   Ex.: Você não me falou nada, por quê?
quê?
  Verbos terminados em -ger e -gir. Ex.: proteger, fugir;   Ela escutou tudo isso sem saber por quê.
quê.
  Usamos J em formas verbais terminadas em -jar ou
-jer. Ex.: viajar, lisonjear;
  Termos derivados do latim escritos com j.
z  É com Ç ou S? S? Após ditongos, usamos, geralmente,   EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
Ç quando houver som de S, e escrevemos
e screvemos S quando
houver som de Z. Ex.: eleição; Neusa; coisa. 1. (FCC – 2012) Está correto o emprego de ambos os
z  É com S ou com Z? palavras
Z? palavras que designam nacio- elementos destacados em:
nalidade ou títulos de nobreza e terminam em -ês
e -esa devem ser grafadas com S. Ex.: norueguesa; a)  Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava
na sua localização estratégica, a importância de que
  inglês;
Palavrasmarquesa; duquesa.
que designam qualidade, cuja termina- goza atualmente está na relevância histórica porque é
ção seja -ez ou -eza, são grafadas com Z: reconhecida.
  Embriaguez; lucidez; acidez. b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo mereci-
mento de ser poesia e história, por que o tempo a esco-
Essas regras para correção ortográca das pala-
pala - lheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é c) Os dissabores por que  passa uma cidade turística
importante car atento e manter uma rotina de leitu-
leitu- devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, por-
ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática. que ela nasceu para disciplinar o turismo.
Sua capacidade ortográca cará melhor a partir da d)  Porque  teria a cidade passado por tão longos anos
leitura e da escrita de textos, por isso, recomendamos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis
que se mantenha atualizado e leia fontes conáveis de porque.
informação, pois além de contribuir para seu conhe- e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sem-
cimento geral, sua habilidade em língua portuguesa pre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou
14 também aumentará. se tornando um atraente centro turístico.

O “por que” na sentença da alternativa C está correta- Cessão


mente empregado, pois possui sentido de “pelo qual”.
O “porque” logo em seguida também está correto, pois Tem sentido de “ceder”, “repartir”.
tem função de explicar o nascimento da Casa Azul: Ex.: O governo autorizou a cessão
cessão de
 de livros para
 para disc
discipli
iplinar
nar o turismo
turismo.. Resposta
Resposta:: Letra
Letra C. as escolas.
DEMAIS E DE MAIS AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A

Demais Ao encontro de

Advérbio de intensidade. Assume também a fun- Signica “ser favorável a” e “aproximar-se de”.
ção de pronome indenido. Ex.: A opinião dos estudantes ia ao encontro dasdas
Ex.: Gritamos demais
demais   no jogo, por isso estamos nossas. (sentido de “corresponder”)
roucos. (advérbio) Ele foi ao encontro dos dos amigos. (sentido de
Eu amo essa cantora, ela é demais
demais!! (advérbio) “encontrar-se com”)
Sabemos o motivo principal, os demais
demais não
 não foram
divulgados. (pronome indenido) De encontro a

De mais Indica “oposição”, “confronto”, “colisão”.


Ex.: A sua maneira de agir veio de encontro à 
à 
Locução adjetiva que manifesta quantidade. Para minha. (sentido de “confronto”)
diferenciá-la de “demais”, basta trocar pelo antônimo, O caminhão foi de encontro ao poste.
“colisão”) ao poste. (sentido de
“de menos”; se der certo, escreve-se “de mais”. O que ele fez foi de encontro ao 
ao  que havia dito.
Ex.: Essa sobremesa tem açúcar de mais 
mais  para o (sentido de oposição”)
meu paladar.
Preparei comida de mais,
mais, vou precisar congelar. SENÃO / SE NÃO
É só uma injeção, não tem nada de mais.
mais.
Senão
A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE
Signica “do contrário, caso contrário”, “mas sim,
A cerca de mas”, “a não ser, exceto, mais do que”, “mas também”,
“falha, defeito, obstáculo (como substantivo)”.
Quando se referir a algo ou alguém, com ideia de Ex.: Saio cedo, senão
senão chego
 chego atrasado.
quantidade aproximada. Não era diamante nem rubi, senão
senão cristal.
 cristal.
Ex.: Ele falou a cerca de
cerca de mil ouvintes. Ninguém, senão
senão os
 os convidados, podia entrar na festa.
O aprendizado não depende somente do professor,
Acerca de senão do
senão  do esforço do aluno.

Equivale a “sobre”, “a respeito de”, “em relação a”. Não sentido


vo com encontrei
de um senão em
senão
“falha”)  em seu texto. (substanti-
Ex.: O professou dissertou acerca dos progressos
cientícos. Se não

Há cerca de Formado de uma conjunção condicional se e do


advérbio de negação não
não,, tem valor de “caso não”,
Quando se trata de uma média de tempo passado. “quando não”.
Ex.: Há cerca de trinta dias, foi feita essa proposta. Ex.: Se não zer
não zer sol, não lavarei roupas.
Havia duas pessoas interessadas, se não três.
não três.
Dica Para não errar mais:
Para evitar redundância, não se deve usar o “há Se não (separado):
não (separado): Caso não
cerca de” com outro termo que dê ideia de pas- pas- Ex.: Se não estudar, será reprovado.
sado numa mesma sentença. Senão (junto): Caso contrário
Ex.: Estude, senão será reprovado.
Ex.: Há cerca de trinta dias atrás
atrás.. (inadequado)
Há cerca de trinta dias. (adequado) HÁ / A (EXPRESSÃO DE TEMPO)
   A
SEÇÃO / SESSÃO / CESSÃO Há    S
   E
   U
Seção Usa-se para espaço de tempo referente ao passadopassado..    G
   U
Ex.: Ela saiu de casa há
há duas
 duas horas.    T
   R
Tem sentido de “parte”, “divisão”, “segmento”. Saiba que o verbo há há pode
 pode ser substituído também    O
   P
Ex.: A seção
seção onde
 onde trabalho é muito requisitada. por faz, sendo invariável, sempre no singular.  
   A
Ex.:   Ela saiu de casa faz
Ex.: faz   meia hora. / /  Ela saiu de    U
   G
Sessão casa faz
faz duas
 duas horas.    N
    Í
   L

Tem sentido de “reunião”, “encontro”, “espaço de A


tempo”.
Ex.: Os ingressos para a sessão
sessão   de estreia estão Usa-se para espaço de tempo referente ao futuro
futuro..
disponíveis. Ex.: Ele chegará daqui a duas horas. 15

MAL / MAU
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
Mal
(TJ-SC - 2010) “As eleições vão acontecer daqui ___
1. (TJ-SC
três meses, mas as discussões intrapartidárias come- Conjunção ou substantivo. Como substantivo
substantivo,,
çaram ____ bastante tempo. Entretanto, não ___ como refere-se a uma desgraça, calamidade, dano, doença,
deixar de constatar o irrealismo da legislação eleitoral, enfermidade, pesar, aição, sofrimento, defeito, pro-
pro-
que cria certas restrições a pretexto de proporcionar blema, maldade. O substantivo mal mal   forma o plural
igualdade de oportunidades a todos quantos dispu- males.. Como conjunção subordinativa temporal, 
males temporal, 
tem mandato eletivo mas tenham pouco ou nada _____ tem sentido de “assim que” e “logo que”.
com a dinâmica do processo político.” Ex.: Todos sabem que essa personagem é do mal.
  A sequência que preenche corretamente as lacunas (substantivo)
do texto é: Não temos como fugir dos males do mundo.
(substantivo)
a) a – há – há – haver Mal ele chegou, ela saiu da sala. (conjunção)
b) há – há – a – há ver Mal você possa, venha falar comigo. (conjunção)
c) a – a – a – haver
d) a – a – há – a ver Mau
e) a – há – há – a ver
Adjetivo. Indica alguém ou alguma coisa que: faz
 A lacuna “daqui a três meses” representa tempo maldades, não é de boa qualidade, faz grosserias, traz
 futuro, logo o “a” é uma preposição; “há bastante
tempo” se refere ao que já passou, então se usa o infortúnio, não tem
é inconveniente competência,
e impróprio, é pouco
é contrário aosprodutivo,
bons cos-
verbo “há”; “não há como deixar” tem que ser com- tumes, é travesso e desobediente.
 pletado com o verbo “haver” conjugado (“há”); em Ex.: Que chato! Sempre de mau mau humor!
 humor!
“pouco ou nada a ver com a dinâmica”, utiliza-se “a Ele seguiu por maus
maus caminhos.
 caminhos.
ver”, e não “haver”, pois não se pode usar o verbo Desculpa o mau
mau jeito!
 jeito! Eu estava nervoso!
nessa situação. Resposta: Letra E. Você está fazendo mau
mau uso
 uso desse equipamento.
EM VEZ DE / AO INVÉS DE Para não errar mais, faça a seguinte operação sem-
pre que em dúvida: Mal
Mal é  é antônimo de Bem / Mau é
Mau é
Em vez de
antônimo de Bom.
Signica “substituição”, “troca”.
Ex.: Em vez de 
de  estudar, cou brincando com os
amigos.
CLASSE E EMPREGO
EMPR EGO DE PALAVRAS
PALAVRAS
Ao invés de

Indica “algo inverso”, “oposição”. INTRODUÇÃO


Ex.: Ao invés de ligar
de ligar o som, desligou-o.
A palavra morfologia
morfologia refere-se
 refere-se ao estudo das for-
TRAZ / TRÁS / ATRÁS mas; por isso, o termo é usado pelos linguistas e tam-
bém pelos médicos que estudam as formas dos órgãos
Traz e suas funções.
Analogamente, para compreender bem as funções
Do verbo “trazer”, conjugado na terceira pessoa do de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão,
singular. precisamos conhecer como essa forma se classica
Ex.: Ele sempre me traz
traz ores
 ores quando vem me ver. e como se organiza. Por isso, em língua portuguesa,
estudamos as formas das palavras na morfologia, que
Trás
organiza as classes das palavras em dez categorias.
Signica “na parte posterior” e é sempre precedi-
precedi- A seguir, iremos estudar detalhadamente cada uma
do de preposição. delas e também acrescentamos um “bônus” para seus
Ex.: Ele estava por trás disso tudo desde o começo. estudos: as palavras denotativas, atualmente,
denotativas, atualmente, muito
Ande mais depressa, senão cará pra trás. cobradas por bancas exigentes.

Atrás ARTIGOS
Advérbio de lugar. Os artigos devem concordar em gênero e número
Ex.: O ponto de ônibus ca atrás
atrás do
 do shopping. com os substantivos. São, por isso, considerados deter-
minantes dos substantivos.
Dica Essa classe está dividida em artigos denidos e arti-
arti -
Na frase “Ele estava atrás de mim quando tudo
atrás de gos indenidos. Os primeiros funcionam como deter-
deter -
aconteceu”, o advérbio atrás
atrás   pode apresentar minantes objetivos, individualizando a palavra e os
dois signicados: no sentido literal, “estar atrás” segundos funcionam como determinantes imprecisos.
é localizar-se atrás de alguém, mas o “estar
z Artigos denidos: o, os; a, as.
atrás” também apresenta um sentido gurado
16 de “estar buscando” ou “procurando”. z  Artigos indenidos: um, uns; uma, umas.

Os artigos podem ser combinados às preposições: Outra forma de notarmos a diferença é carmos
são as chamadas contrações. Algumas contrações atentos com a aparição das expressões adverbiais, o
comuns na língua são: em + a = na; a + o = ao; a + a = que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.
à; de + a = da. Sobre o numeral milhão/milhares, importa desta-
Toda palavra determinada por um artigo torna-se car que sua forma é masculina, logo, o artigo que pre-
um substantivo
substantivo!! Ex.: o não, o porquê, o cuidar etc. cede será sempre no masculino
z  Errado:: As milhares de vacinas chegaram hoje.
Errado
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO z  Correto:: Os milhares de vacina chegaram hoje.
Correto

1. (SCT – 2020) Marque a alternativa cujo período apre- Dica


senta apenas artigos indenidos:
  A forma 14 por extenso apresenta duas for-
a) Uma das vantagens de ser garçonete é que acabo mas aceitas pela norma gramatical: catorze e
conhecendo todas as pessoas. quatorze.
b) A garota prefere lutar por ele, pois o considera uma
boa pessoa.
c) A família está em festa com a chegada
chegada do bebê.
d) Poderia me passar a colher,
colher, por favor?   EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
e) Mariana é uma mulher com um coração de ouro.
1. (CONSESP – 2018) Analise os itens a seguir:
Os
de artigos
plural. indenidos são “um/uma”
A única opção e suassomente
que apresenta exões
I. A quadragésima quinta Feira do Livro foi um
um sucesso (45ª).
artigos indenidos é a e Resposta: Letra E. II. Pela milésima
milésima vez ele acenou positivamente (1000ª).
III. Há uma década que
que não o vejo (10 anos).
anos).
NUMERAIS
  Os numerais entre parênteses foram grafados correta-
Palavra que se relaciona diretamente ao substanti- mente, conforme apresentados em destaque, em:
vo, inferindo ideia de quantidade ou posição.
Os numerais podem ser:
a) 1 e 2, apenas.
z  Cardinais:  indicam quantidade em si. Ex.: dois
Cardinais:  dois   b) 2 e 3, apenas.
potes de sorvete; zero
zero coisas
 coisas a comprar; ambos
ambos os
 os c) 1 e 3, apenas.
meninos eram bons em português. d) 1, 2, e 3.
z  Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma Todas as frases colocam adequadamente os nume-
série. Ex.: foi o segundo
segundo colocado
 colocado do concurso; che- rais nas frases, por extenso, e entre parênteses. Res-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo
último/penúltimo/antepenúltimo lugar.
 lugar.  posta: Letra D.
z  Multiplicativos: indicam
nal de uma quantidade. Ex.:o Ele
aumento
ganha oproporcio-
triplo no
triplo no SUBSTANTIVOS
novo emprego.
z  Fracionários: indicam a diminuição proporcio- Os substantivos classicam os seres em geral. Uma
nal de uma quantidade. Ex.: Tomou um terço  terço  característica básica dessa classe é admitir um deter-
de vinho; o copo estava meio
meio   cheio; ele recebeu minante, artigo, pronome etc. Os substantivos exio-
exio-
metade do
metade  do pagamento. nam-se em gênero, número e grau.

Um numeral ou um artigo? Tipos de Substantivos

A forma um
um pode
 pode assumir na língua a função de A classicação dos substantivos admite nove tipos
artigo indenido ou de numeral cardinal; então, como diferentes de substantivos. São eles:
podemos reconhecer cada função? É preciso observar
o contexto em uso. z  Simples: Formados a partir de um único radical.
Simples: Formados
Durante a votação, houve um
um   deputado que se Ex.: vento, escola;
posicionou contra o projeto.
z  Composto:   Formados pelo processo de justaposi-
Composto:
   A
z  Durante a votação, apenas um deputado
um deputado se posi- ção. Ex.: couve-or, aguardente;    S
   E
cionou contra o projeto. z  Primitivo:: Possibilitam a formação de um novo
Primitivo    U
   G
substantivo. Ex.: pedra, dente;    U
   T
Na primeira frase, podemos substituir o termo um    R
por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e z  Derivado: Formados a partir dos primitivos. Ex.:
Derivado:    O
   P
o sentido será mantido, pois o que se pretende defen- pedreiro, dentista;  
   A
der é que a espécie do indivíduo que se posicionou    U
z  Concreto: Designam seres com independência
Concreto:    G
contra o projeto é um deputado e não uma deputada, ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde-    N
    Í
por exemplo.    L
pendente da sua conotação espiritual ou real. Ex.:
 Já na segunda oração, a alteração do gênero não Deus, fada, carro;
implicaria em mudanças no sentido, pois o que se
pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM z  Abstrato:  Indica estado, sentimento, ação, quali-
Abstrato: 
deputado, marcando a quantidade. dade. Ex.: coragem, Liberalismo; 17

z  Comum: Designam determinados seres e lugares.


Comum: Além disso, algumas palavras na língua causam
Ex.: homem, cidade; diculdade na identicação do gênero, pois são usa- usa -
das em contextos informais com gêneros diferentes, é
z  Próprio: Designam uma determinada espécie. Ex.:
Próprio: o caso de: a alface; a cal; a derme; a libido; a gênese;
Maria, Fortaleza; a omoplata / o guaraná; o catolicismo; o formicida; o
z  Coletivo: Usados no singular, designam um conjun-
Coletivo: telefonema; o trema.
to de uma mesma espécie. Ex.: pinacoteca, manada. Algumas formas que não apresentam, necessaria-
mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
É importante destacar que a classicação de um masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
substantivo depende do contexto em que ele está inse- sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox.
rido. Vejamos:
 Judas foi um apóstolo (Judas = Próprio). Flexão de Número
O amigo se mostrou um judas (judas = traidor/
comum). Os substantivos exionam-se em gênero, de manei- manei-
ra geral, pelo acréscimo do morfema -s -s:: Casa / casas
casas.
Flexão de Gênero Porém, podem apresentar outras terminações: males males,,
reais
rea is,, animais
animais,, projéteis
projéteis etc.
 etc. Geralmente, devemos acres-
Os gêneros do substantivo são masculinos
masculinos e
 e femi- centar -es-es ao
 ao singular das formas terminadas em R ou Z,
ninos.. Porém, alguns admitem apenas uma forma
ninos como: or / ores; paz / pazes. Porém, há exceções, como
para os dois gêneros, são, por isso, chamados de uni- mal/males.
formes. Os
formes.  Os substantivos uniformes podem ser:  Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL
fazem plural trocando-se o L nal por -is -is.. Ex.: coral
z  Comuns-de-dois-gêneros:   designam seres huma-
Comuns-de-dois-gêneros: / corais; papel / papéis; anzol / anzóis. Mas também
nos e sua/ adiferença
pianista pianista; oé gerente
marcada/ apelo artigo.
gerente; Ex.: o
o cliente há exceções.
aceitas Ex.:
meles e
meles a forma
 e méis
méis.. mel apresenta duas formas
/ a cliente; o líder / a líder. Geralmente, as palavras terminadas em -ão -ão fazem
 fazem
plural com o acréscimo do -s
-s ou
 ou pelo acréscimo de -es
-es..
z  Epicenos: designam animais ou plantas que apre-
Epicenos: designam Ex.: capelães, capitães, escrivães. Contudo, há subs-
sentam distinção entre masculino e feminino; a tantivos que admitem até três formas de plural:
diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho
macho  
ou fêmea
fêmea.. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça z  Ermitão:: ermitãos, ermitões, ermitães.
Ermitão
macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea;
girafa macho / girafa fêmea. z  Ancião:: anciãos, anciões, anciães.
Ancião
z  Sobrecomuns: designam seres de forma geral que
Sobrecomuns: z  Vilão:: vilãos, vilões, vilães.
Vilão
não são distinguidos por artigo ou adjetivo, o gêne-
ro pode ser reconhecido apenas pelo contexto. Ex.: Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas
A criança; O monstro; A testemunha; O indivíduo. que terminam em -ão
-ão o
 o acréscimo do -s
-s.. Ex.: órgão /
órgãos; órfão / órfãos.
Os substantivos biformes
biformes,, como o nome indi-
ca, designam os substantivos que apresentam duas Plural dos Substantivos Compostos
formas para os gêneros masculino ou feminino. Ex.:
professor/professora. Os substantivos compostos são aqueles formados
Destacamos que alguns substantivos apresentam por justaposição; o plural dessas formas obedece às
formas diferentes nas terminações para designar for- seguintes regras:
mas diferentes no masculino e no feminino:
z  Variam os dois elementos:
Ex.: Ator/atriz; Ateu/ ateia; Réu/ré.
substantivo + substantivo:
Outros substantivos modicam o radical para Ex.: mestre-sala / mestres-salas;
designar formas diferentes no masculino e no femini-
no, estes são chamados de substantivos heteroformes: Substantivo + adjetivo:
Ex.: Pai/mãe; Boi/vaca; Genro/nora. Ex.: guarda-noturno / guardas - noturnos;

Gênero e Signicação Adjetivo + substantivo:


Ex.: boas-vindas;
É importante salientar que alguns substantivos
uniformes podem aparecer com marcação de gênero Numeral + substantivo:
diferente, ocasionando uma modicação no sentido.
Veja, por exemplo: Ex.: terça-feira / terças - feiras.
z  Varia apenas um elemento:
z  A testemunha: pessoa que presenciou um crime;
z  O testemunho: relato de experiência, associado a
Substantivo + preposição + substantivo.
religiões.
  Ex.: canas-de-açúcar;
Algumas formas substantivas mantêm o radical,
mas a alteração do gênero interfere no signicado: Substantivo + substantivo (com função adjetiva).
Ex.: navios-escola.
z  O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
z  O moral: ânimo / a moral: costumes sociais; Palavra invariável + palavra invariável.
18 z  O rádio: aparelho / a rádio: estação
esta ção de transmissão. Ex.: abaixo-assinados.

Verbo + substantivo.   Terra seca árvore seca


Ex.: guarda-roupas.   E a bomba de gasolina
  Casa seca paiol seco
Redução + substantivo.   E a bomba de gasolina
Ex.: bel-prazeres. ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

Destacamos,
formados ainda,+ que
por verbo os substantivos
advérbio e verbo +compostos
substan-  A palavra “seco” no contexto mencionado não é
substantivo, e sim funciona como adjetivo. Respos-
tivo plural cam
cam   invariáveis. 
invariáveis.  Ex.: Os bota-fora; os ta: Errado.
saca-rolha.
ADJETIVOS
Variação de Grau
A exão de grau dos adjetivos exprime a variação Os adjetivos associam-se aos substantivos garan-
de tamanho dos seres, indicando um aumento ou uma tindo a estes um signicado mais preciso. Os adjetivos
diminuição. podem indicar:
z  Qualidade: professor chato.
Qualidade:
z  Grau  aumentativo: quando o acréscimo de su-
Grau  su -
z  Estado: aluno
Estado: aluno triste.
xos aos substantivos indicar um grau aumentativo.
Ex.: bocarra,
bocarra, homenz
homenzarrão,
arrão, gat
gatalhão,
alhão, cabeç
cabeçorra,
orra, z  Aspecto, aparência: estrada
aparência: estrada esburacada.
fogaréu,
fog aréu, boqueir
 boqueirão,
ão, poet
poetastro.
astro.
Locuções Adjetivas
z  Grau  diminutivo: quando o acréscimo de su-
Grau  su-
xos aos substantivos indicar um grau diminutivo. As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor
Ex.: fontinha
fontinha,, lobacho
lobacho,, casebre
casebre,, vilarejo
vilarejo,, saleta
saleta,, dos adjetivos, indicando as mesmas características
pequenina
pequen ina,, papelucho
papelucho.. deles.
Elas são formadas por preposição + substantivo,
Dica referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-
tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.
O emprego do grau aumentativo ou diminutivo A seguir, colocamos algumas locuções adjetivas
dos substantivos pode alterar o sentido das pala- com valores diferentes ao lado da forma adjetiva,
vras, podendo assumir um valor: importantes para seu estudo:
Afetivo: lhinha;
Pejorativo: mulherzinha / porcalhão. z  Voo de águia / aquilino;
z  Poder de aluno / discente;
O Novo Acordo Ortográco e o Uso de Maiúsculas
z  Cor de chumbo / plúmbeo;
O novo acordo ortográco estabelece novas regras z  Bodas de cobre / cúprico;
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso
z  Sangue de baço / esplênico;
da inicial maiúscula. Dessa forma, devemos usar com
letra maiúscula as iniciais das palavras que designam: z  Nervo do intestino / celíaco ou entérico;
z  Nomes de instituições.
instituições. Ex.: Embaixada do Brasil; z  Noite de inverno / hibernal ou invernal.
Ministério das Relações Exteriores; Gabinete da
Vice-presidência. É importante destacar que mais do que “decorar”
z  Títulos de obras.
obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um damental reconhecer as principais características de
nome próprio, este também deverá ser escrito com uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e
inicial maiúscula. apresentar valor de posse
posse.. Ex.: Viu o crime pela aber-
tura da porta; A abertura de conta pode
conta pode ser realiza-
z  Nomenclatura legislativa especicada deve ser
da on-line.
escrita com inicial maiúscula. Ex.:
maiúscula. Ex.: Lei de Diretri- Quando a locução adjetiva é composta pela pre-
zes e Bases da Educação (LDB).
posição “de”, ela pode ser confundida com a locução
z  Períodos e eventos históricos.
históricos. Ex.: Revolta da adverbial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importan-
Vacina; Guerra Fria. te perceber que a locução adjetiva apresenta valor de
Em palavras com hífen, podemos optar pelo uso posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para
de maiúsculas ou minúsculas, portanto, são aceitas as ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da
formas: Vice-Presidente; Vice-presidente e vice-pre- porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-    A
sidente, porém é preciso manter a mesma forma em zando o substantivo “abertura”.    S
   E

todo o texto. Já nomes próprios compostos por hífen  Jápois


na segunda frase, a locução
lo cução destacada    U
devem ser escritos com as iniciais maiúsculas: Grã- bial, quem sofre a “ação” de ser aberta ééaadver-
“con-    G
   U
   T
-Bretanha, Timor-Leste. ta”, o que indica o valor de passividade da locução,    R
demonstrando seu caráter adverbial.    O
   P
 
As locuções adjetivas também desempenham fun-    A
ção de adjetivo e modicam substantivos, pronomes,    U

  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO numerais, oração substantiva. Ex.: amor de mãe, café
   G
   N
    Í
com açúcar.    L

1. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir:  Já as locuções adverbiais desempenham função


Organiza-se o sentido, nos versos 1 e 3, por meio de de advérbio. Modicam advérbios, verbos, adjetivos,
sequências verbais, das quais se destaca o uso recor- orações adjetivas com esses valores. Ex.: morreu de
rente do substantivo
subst antivo “seco”
“seco” devidamente exionado. fome; agiu com rapidez. 19

Adjetivo de Relação   O candidato é o mais


mais humilde
 humilde dos concorren-
tes? (Superlativo relativo de superioridade).
No estudo dos adjetivos, é fundamental estudar   O candidato é o menos preparado entre os con-
o aspecto morfológico designado como “adjetivo de correntes à prefeitura (Superlativo relativo de
relação”, muito cobrado por bancas de concursos. inferioridade).
Para identicar um adjetivo de relação, observe as
as
seguintes características: Ao compararmos duas qualidades de um mesmo
ser, devemos empregar a forma analítica
analítica (mais
 (mais alta,
z  Seu valor é objetivo
objetivo,, não podendo, portanto, apre- mais magra, mais bonito etc.).
sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino
“ Menino
bonito”,
bonito ”, o adjetivo não é de relação, já que é sub- Ex.: A modelo é mais alta
alta que
 que magra
magra..
 jetivo,, pois a beleza do menino depende dos olhos
 jetivo
de quem o descreve. Porém, se uma mesma característica se referir
z  Posição posterior ao substantivo:
substantivo: os adjetivos de a seres diferentes, empregamos a forma sintética
sintética  
relação sempre são posicionados após o substanti- (melhor, pior, menor etc.).
vo. Ex.: casa paterna.
z  Derivado do substantivo:
substantivo: derivam-se do substan- Ex.: Nossa sala é menor
menor que
 que a sala da diretoria.
tivo por derivação prexal ou suxal.
Formação dos Adjetivos
z  Não admitem variação de grau:
grau : os graus compa-
rativo e superlativo não são admitidos. Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,
simples ou compostos.
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden-
te americano
americano   (não é subjetivo; posicionado após o z
substantivo; derivado de substantivo; não existe a   outras
Primitivos: são
Primitivos:  são e,osaAdjetivos
palavras queé não
partir deles, derivam
possível de
formar
forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- novos termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.
ma petrolífera; economia mundial;
mundial;   vinho francês; z  Derivados:
Derivados: são
 são formados a partir dos adjetivos pri-
roteiro carnavalesco. mitivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo etc.
z  Simples
Simples:: Os adjetivos simples apresentam um
Variação de Grau único radical. Ex.: português, escuro, honesto etc.
z  Compostos:
Compostos:   são formados a partir da união de
O adjetivo pode variar em dois graus: Compara- dois ou mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-bra-
tivo  ou superlativo
tivo  superlativo.. Cada um deles apresenta suas sileiro, amarelo-ouro etc.
respectivas categorias.

z Grau comparativo: exprime a característica de


Dica
um ser, comparando-o com outro da mesma classe O plural dos adjetivos simples é realizado da
nos seguintes sentidos: mesma forma que o plural dos substantivos.

  Igualdade:   igual a, como, tanto quanto, tão


Igualdade: Plural dos adjetivos compostos
quanto; O plural dos adjetivos compostos segue as seguin
 Superioridade: mais
Superioridade: mais do que; tes regras:
  Inferioridade: menos do que.
Inferioridade: menos
z  Invariável: adjetivos compostos como azul-mari-
Ex.: Somos tão
tão   complexos quanto
quanto   simplórios
nho, azul-celeste, azul-ferrete; locuções formadas
(comparativo de igualdade); de cor + de + substantivo,
substantivo, como em cor-de-rosa,
  O amor é mais
mais   suciente do que 
que  o dinheiro cor-de-cáqui; adjetivo + substantivo, como tape-
(comparativo de superioridade); tes azul-turquesa, camisas amarelo-ouro.
  Homens são menos
menos   engajados do que mulhe-
que mulhe-
z  Varia o último elemento: 1º elemento é palavra
res (comparativo de inferioridade).
invariável, como em mal-educados, recém-forma-
dos; adjetivo + adjetivo,
adjetivo, como em lençóis verde-
z  Grau superlativo: em relação ao grau superlati- -claros, cabelos castanho-escuros.
vo, é importante considerar que o valor semântico
desse grau apresenta variações, podendo indicar: Adjetivos Pátrios
  Característica de um ser elevada ao último Os adjetivos pátrios também são conhecidos como
grau:: Superlativo absoluto, que pode ser analí-
grau gentílicos e designam a naturalidade ou nacionalidade
tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso- dos seres.
ciação de prexo ou suxo ao adjetivo); O suxo -ense
-ense,, geralmente, designa a origem de
um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: ama-
  Característica de um ser relacionada com zonense, uminense, cearense.
outros indivíduos da mesma classe: Superla-
classe:  Superla- Uma outra curiosidade sobre os adjetivos pátrios diz
tivo relativo, que pode ser de superioridade (O respeito ao adjetivo brasileiro, formado com o suxo
mais) ou de inferioridade (O menos) -eiro,, costumeiramente usado para designar prossões.
-eiro
  Ex.: O candidato é muito
muito humilde
 humilde (Superlativo O gentílico que designa nossa nacionalidade teve
absoluto analítico). origem com as pessoas que comercializavam o pau-
  O candidato é humílimo
humílimo (Superlativo
 (Superlativo absoluto -brasil, esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”,
20 sintético). termo que passou a indicar os nascidos em nosso país.

Veja abaixo alguns deles:


EXERCÍCIO COMENT
CO MENTADO
ADO
1. (FGV – 2017) Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “adjetivos de relação”, que possuem marcas
diferentes de outros adjetivos, como a de não poder ser empregado antes do substantivo a que se refere, nem receber
grau superlativo. Assinale a opção que indica o adjetivo do texto que não está incluído nessa categoria:

a) Herói nacional.
b) Guerra mundial.
c) Diferença social.
   A
d) Povo cordial.    S
   E
e) Traço cultural.    U
   G

Como vimos, uma outra característica dos adjetivos de relação é a objetividade. Esses adjetivos não denotam    U
   T
   R
questões subjetivas, tal qual o adjetivo “cordial”, na letra D, a única sem adjetivo de relação. Resposta: Letra D    O
   P
 
   A
ADVÉRBIOS    U
   G
   N
    Í
Advérbios são palavras invariáveis que modicam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Em alguns    L
casos, os advérbios também podem modicar uma frase inteira, indicando circunstância.
Os grandes cientistas da gramática da língua portuguesa apresentam uma lista exaustiva com as funções dos
advérbios. Porém, decorá-las além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões
de concurso. 21

Dessa forma, atente-se às principais funções designadas por um advérbio e, a partir delas, consiga interpretar
a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:

z  Dúvida:: Talvez, caso, porventura, quiçá etc.


Dúvida
z  Intensidade:: Bastante, bem, mais, pouco etc.
Intensidade
z  Lugar:: Ali, aqui, atrás, lá etc.
Lugar
z  Tempo: Jamais, nunca, agora etc.
Tempo:
z  Modo
Modo:: Assim, depressa, devagar etc.

Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modicam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio; por isso, para identicar com mais pro -
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Como? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identicar a classicação/função adequada dos advérbios:

z  O homem morreu... de fome (causa


(causa);
); com sua família (companhia
(companhia);
); em casa (lugar
(lugar);
); envergonhado (modo
(modo).
).
z  A criança comeu... demais (intensidade
( intensidade);
); ontem (tempo
(tempo)); com garfo e faca (instrumento);
(instrumento); às claras (modo
(modo).
).

Locuções dverbiais

As locuções adverbiais, como já mostramos anteriormente, são bem semelhantes às locuções adjetivas. É
importante saber que as locuções adverbiais apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso.
colapso.

Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja,
sej a, se inverter-
mos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Vejamos:

Colapso foi ameaçado: 


ameaçado:  essa frase faz sentido e apresenta valor
valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destaca-
da anteriormente é adverbial.

Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”,
nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:

Nação foi característica*: essa


característica*: essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa,
portugue sa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse, caso das locuções adjetivas. Isso torna tal estrutura agramatical
agramatical,, por
isso, inserimos um asterisco (*) para indicar essa característica.

Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
Com essa dica, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões; ademais, buscamos
desenvolver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu valioso tempo decorando listas de locuções
adverbiais. Lembre-se: o sentido está no texto.

Advérbios Interrogativos

Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo
e xprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.

Exs.:
Como foi
Como  foi a prova?
Onde será
Quando será
Quando
Onde será
 será
realizada
a prova?
a prova?
Por que a
que a prova não foi realizada?

De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são


que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.

Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser exionados nos graus comparativo e superlativo.
22 Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando exionados em grau:

GRAU COMPARA
COMPARATIVO
TIVO
N OR M AL SU PE R IOR I DAD E I NF E R IOR I DAD E IG UALDA DE
Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem
Mal Pior (mais mal*) - Tão mal
Muito Mais - -

Pouco menos - -
Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.

GRAU SUPERLATIVO
NO RM A L A B S O LU T O S I N T É T I C O A B S O L U TO A N A L Í T I C O R E L AT IV O
Bem Otimamente Muito bem Inferioridade
Mal Pessimamente Muito mal Superioridade
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos

Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é, como vimos, uma classe de palavras variável, porém, quando se refere a um verbo, ele ca inva -
riável, confundindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural; caso
a palavra aceite uma dessas exões, será adjetivo.

Ex.: A cerveja que desce redondo


redondo// As cervejas que descem redondo
redondo..
Nesse caso, trata-se de um advérbio.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança aos advérbios, em alguns casos são até classicados como tal, mas
não exercem função modicadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental que você saiba identicar o sentido a elas atribuído, pois, geral-
geral -
mente, é isso que as bancas de concurso cobram.
z  Eis: sentido de designação;
Eis: sentido
z  Isto é, por exemplo, ou 
ou seja
seja:: sentido de explicação;
z  Ou melhor, aliás, ou antes:
antes: sentido de raticação;
z  Somente, só, salvo, exceto:
exceto: sentido de exclusão;
z  Além disso, inclusive:
inclusive: sentido de inclusão.
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas
par tículas expletivas ou de realce, geralmente compostas pela forma
for ma ser
+ que (é que). A principal característica dessas palavras é que podem ser retiradas sem causar prejuízo sintático
ou semântico na frase. Ex.: Eu é que faço
que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.
porque etc.
Algumas Observações Interessantes
z  O adjunto adverbial deve sempre vir posicionado após o verbo ou complemento verbal, caso venha deslocado,
deslocado ,
em geral, separamos por vírgulas.
z  Em uma sequência de advérbios terminados com o suxo -mente
-mente,, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada.    A
   S
   E
   U
   G
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS    U
   T
   R
   O
1. (SCT – 2020) Assinale a opção em que as palavras denotativas não foram bem classicadas:    P
 
   A
   U
a) A palavra SE, por exemplo, pode ter muitas funções (explicação).    G
b) Todos saíram exceto  o vigia (exclusão).    N
    Í
   L
c) O pároco, isto é, o vigário da nossa paróquia, esteve aqui (de adição).
d) Mesmo eu não sabia de nada (exclusão).
e) Ele também participou da homenagem (inclusão).
 A expressão “isto é” designa
designa explicação, portanto, o item incorreto é a alternativa C. Resposta: Letra
Letra C. 23

2. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir: Os pronomes oblíquos tônicos são pronunciados


O antônimo de “bem-estar” se constrói com o adjetivo com força e precedidos de preposição. Costumam ter
mau. função de complemento:
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO z  1ª pessoa:
pessoa: Mim, comigo (singular); nós, conosco
(plural).
O contrário de “bem-estar” é “mal-estar”, admitin-
do-se apenas a forma adverbial da palavra. Respos- z  2ª pessoa:
pessoa: Ti, contigo (singular); vós, convosco
ta: Errado. (plural).
z
PRONOMES   3ª pessoa:
pessoa: Si, consigo (singular ou plural); ele (s), ela (s)
Pronomes são palavras que representam ou acom- Importante lembrar que não devemos usar prono-
panham um termo substantivo. Dessa forma, a função mes do caso reto como objeto ou complemento ver-
dos pronomes é substituir ou determinar uma pala- bal, como em: “mate ele”. Contudo, o gramático Celso
vra. Os pronomes indicam: pessoas, relações de pos- Cunha destaca que é possível usar os pronomes do
se, indenição, quantidade, localização no tempo, no caso reto como complemento verbal, desde que ante-
espaço e no meio textual, entre tantas outras funções. cedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou
Destacamos, ainda, que os pronomes exercem “numeral”. Ex.: Encontrei todos eles na festa; Encon-
papel importante na análise sintática e também na trei apenas ela na festa.
interpretação textual, pois colaboram para a comple-  Após a preposição “entre”, em estrutura de reci-
mentação de sentido de termos essenciais da oração, procidade, devemos usar os pronomes oblíquos tôni-
além de estruturar a organização textual, contribuin- cos. Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
do para a coesão e também para a coerência de um
texto. Pronomes de Tratamento
Pronomes Pessoais Os pronomes de tratamento são formas que expres-
sam uma hierarquia social institucionalizada linguis-
Os pronomes
curso; pessoais designam
algumas informações as pessoas
relevantes do são:
sobre eles dis- ticamente. As formas de pronomes de tratamento
apresentam algumas peculiaridades importantes:
PRONOMES PRONOMES z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo a
Vossa:
PESSOAS DO CASO DO CASO 2ª pessoa), apesar disso, os verbos relacionados a
RETO OBLÍQUO esse pronome devem ser exionados na 3ª pessoa
do singular. Ex.: Vossa excelência deve conhecer a
1ª pessoa do Me, mim,
EU Constituição.
singular comigo
z  Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo
Sua:
2ª pessoa do a 3ª pessoa). Ex.: Sua excelência, o presidente do
TU Te, ti, contigo
singular Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje
à noite.
3ª pessoa do Se, si, consigo,
ELE/ELA
singular o, a, lhe
Como mencionamos anteriormente, os pronomes
1ª pessoa do de tratamento estabelecem uma hierarquia social na
NÓS Nos, conosco. linguagem, ou seja, a partir das formas usadas, pode-
plural
2ª pessoa do mos reconhecer
instituídos pelos ofalantes.
nível de discurso e o tipo de poder
VÓS Vos, convosco
plural Por isso, é ecaz reconhecer que alguns pronomes
de tratamento só devem ser utilizados em contextos
3ª pessoa do Se, si, consigo, cujos interlocutores sejam reconhecidos socialmen-
ELES/ELAS
plural os, as, lhes te por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre
outras. Dessa forma, apresentamos alguns pronomes
Os pronomes pessoais do caso reto costumam de tratamento com as funções sociais que designam:
substituir o sujeito. Ex.: Pedro é bonito / Ele
Ele é
 é bonito.
 Já os pronomes pessoais oblíquos costumam funcio- z  Vossa Alteza (V. A.): Príncipes, duques, arquidu-
nar como complemento verbal ou adjunto. Ex.: Eu a vi ques e seus respectivos femininos;
com o namorado; Maura saiu comigo
comigo..
z  Vossa Eminência (V.
(V. Ema.): Cardeais;
z  Os pronomes que estarão relacionados ao objeto
z  Vossa Excelência (V.
(V. Exa.): Autoridades do governo
direto são: O, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Infor-
mei-o sobre todas as questões. e das Forças Armadas membros do alto escalão;
z  Vossa Majestade (V. M.): Reis, imperadores e seus
z  Já os que se relacionam com o objeto
obj eto indireto são:
Lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados respectivos femininos;
por preposição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo z  Vossa Reverendíssima (V. Rev.
Rev. Ma.): Sacerdotes;
a ele).
z  Vossa Senhoria (V.
(V. Sa.): Funcionários públicos gra-
Devemos lembrar que todos os pronomes pessoais duados, ociais até o posto de coronel, tratamento
são pronomes substantivos; além disso, é importan- cerimonioso a comerciantes importantes;
te saber que eu e tu
 tu não
 não podem ser regidos por pre- z  Vossa Santidade (V.
(V. S.): Papa;
Pa pa;
posição e que os pronomes ele(s), ela (s), nós e  vós
vós  
podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função z  Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.):
24 que exercem. Bispos.

Os exemplos acima fazem referência a pronomes z  Referência ao tempo presente. Ex.: Esta semana
de tratamento e suas respectivas designações sociais começarei a dieta; Neste mês, pagarei a última
conforme indica o  Manual de Redação Ocial da Pre- prestação da casa.
sidência da República;
República; portanto, essas designações
z  Referência ao espaço textual. Ex.: Encontrei Joana
devem ser seguidas com atenção quando o gênero
textual abordado for um gênero ocial. e Carla no shopping,
shopping, esta procurava
esta procurava um presente
Sobre o uso das abreviaturas das formas de trata- para o marido (o pronome refere-se ao último ter-
mento, é importante destacar: mo mencionado).
O plural de algumas abreviaturas é feito com letras
dobradas, como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Usamos esse, essa, isso para
isso para indicar:

comPorém,
a letranaa, maioria das abreviaturas
por exemplo, terminadas
o plural é feito com o z  Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
acréscimo do s: V. Exa. / V. Exas.; V. Ema. / V.Emas. mento de algo de quem fala. Ex.: Essa sua gravata
sua gravata
O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- combinou muito com você.
tíssimo Juiz. O tratamento dispensado ao Presidente
z  Pode indicar distância que se deseja manter. Ex.:
da República nunca deve ser abreviado.
Não me fale mais nisso; A população não cona
Pronomes Indenidos nesses políticos.
nesses políticos.
z  Referência ao tempo passado. Ex.: Nessa
Nessa semana,
 semana,
Os pronomes indenidos indicam quantidade de eu estava doente; Esses dias estive em São Paulo.
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª
pessoa do discurso. Os pronomes indenidos podem z  Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
variar e podem ser invariáveis, vejamos: Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter
falado sobre isso
isso;; Sinto uma energia negativa nes-
z  Variáveis: Algum, Alguma / Alguns, Algumas; sa sua expressão.
sua expressão.
Nenhum, Nenhuma / Nenhuns, Nenhumas; Todo,
Toda/ Todos, Todas; Outro, Outra / Outros, Outras; Usamos aquele, aquela, aquilo para
aquilo para indicar:
Muito, MuitaQuanto,
tos, Tantas; / Muitos,Quanta
Muitas;/ Tanto, Tanta
Quantos, / Tan-
Quantas; z  Referência ao espaço físico, indicando afastamen-
Pouco, Pouca / Poucos, Poucas etc. to de quem fala e de quem ouve. Ex.: Margarete,
z  Invariáveis: Alguém; Ninguém; Tudo; Outrem; quem é aquele
aquele ali
 ali perto da porta?
Nada; Cada; Quem; Menos; Mais; Que. z  Referência a um tempo muito remoto, umu m passado
muito distante. Ex.: Naquele
Naquele tempo,
 tempo, podíamos dor-
As palavras certo
certo   e bastante
bastante   serão pronomes mir com as portas abertas; Bons tempos aqueles
aqueles!!
indenidos quando vierem antes do substantivo, e
z  Referência a um afastamento afetivo. Ex.: Não
serão adjetivos quando vierem depois. Ex.: Busco cer-
to   modelo de carro (Pronome indenido) / Busco o
to conheço aquela
aquela mulher.
 mulher.
modelo de carro certo (adjetivo). z  Referência ao espaço textual, indicando o primeiro
A palavra bastante
bastante   frequentemente gera dúvida termo de uma relação expositiva. Ex.: Saí para
pa ra lan-
quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indeni-
indeni- char com Ana e Beatriz, esta preferiu beber chá,
do, por isso, que atento: aquela,, refrigerante.
aquela
z  Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
te ao termo “muito”. Ex.: Elas são bastante famosas. Dica
z  Bastante (adjetivo): será variável e equivalente O pronome “mesmo”
“mesmo”   não pode ser usado em
ao termo “suciente”. Ex.: A comida e a bebida não função demonstrativa referencial, veja:
foram bastantes para a festa. O candidato fez a prova, porém o mesmo  esque-
mesmo esque-
ceu de preencher o gabarito. ERRADO
ERRADO..
z  Bastante (Pronome indenido): “Bastantes ban-
cos aumentaram os juros” O candidato fez a prova, porém esqueceu de
preencher o gabarito. CORRETO
CORRETO..
Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos indicam a posição e


apontam elementos a que se referem as pessoas do   EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
designa -    A
da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço 1. (FCC – 2018) “Tratando do estado de solidão ou da    S
   E
textual. necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de soli-    U
dão  uma contrapartida da necessidade de convívio ,    G
   U
z 1ª pessoa:
pessoa: Este, Estes / Esta, Estas. assim como vê na necessidade de convívio  uma aber-    T
   R
z 2ª pessoa: Esse,
pessoa: Esse, Esses / Essa, Essas. tura para encontrar satisfação no estado de solidão .”    O
z  3ª pessoa: Aquele,
pessoa: Aquele, Aqueles / Aquela, Aquelas.   Evitam-se as viciosas repetições do texto acima subs-    P
 
   A
z  Invariáveis
Invariáveis:: isto, isso, aquilo. tituindo-se os elementos grifados, na ordem dada, por:    U
   G
   N
    Í
Usamos este, esta, isto para
isto para indicar: a) naquele – desta – nesta – naquele.    L
b) nisso – daquilo – naquela – deste.
z  Referência ao espaço físico, indicando a proximi- c) este – do outro – na
na primeira – no último.
último.
dade de algo ao falante. Ex.: Esta caneta aqui é d) nisto – disso – naquela – desse.
minha; Entreguei-lhe isto
isto como
 como prova. e) na primeira – do segundo – numa – noutra. 25

 Devemos lembrar das regras de proximidade e dis- z  Emprego de o qual:


qual: o pronome relativo o qual e
tância que organizam o uso dos pronomes demons- suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
trativos. Resposta: Letra A. do em substituição a outros pronomes relativos,
sobretudo o que, a m de evitar fenômenos lin- lin-
Pronomes Relativos guísticos, como queísmo
queísmo.. Ex.: O Brasil tem um pas-
sado do qual (que) ninguém se lembra.
Uma das classes de pronomes mais complexas, os
pronomes relativos têm função muito importante na O pronome o qual pode
qual pode auxiliar na compreensão
língua, reetida em assuntos de grande relevância textual, desfazendo estruturas ambíguas.
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
é essencial conhecer adequadamente a função desses Pronomes Interrogativos
elementos a m de
Os pronomes saber utilizá-los
relativos referem-secorretamente.
a um
u m substantivo São utilizados para introduzir uma pergunta ao tex-
ou a um pronome substantivo, mencionado anterior- to e se apresentam de formas variáveis (Que? Quais?
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio- Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?). Ex.:
nado anteriormente) chamamos de antecedente. O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Quantos
São pronomes relativos: anos tem seu pai?
O ponto de exclamação só é usado nas interrogati-
z  Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto,
Variáveis: vas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta, interrogativa, indicada por um verbo como: pergun-
quantas. tar, indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
Os pronomes interrogativos que e quem
 quem são
 são pro-
z  Invariáveis: Que, quem, onde, como.
Invariáveis: nomes substantivos.
z  Emprego do pronome relativo queque:: pode ser asso-
ciado a pessoas, coisas ou objetos. Ex.: Encontrei Pronomes Possessivos
o homem que
que desapareceu;
 desapareceu; O cachorro que
que esta-
va doente morreu; A caneta que
que emprestei
 emprestei nunca Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do
recebi de volta. discurso e indicam posse:

Em alguns casos, há a omissão do antecedente do 1ª pessoa Meu, minha, meus, minhas


relativo que. Ex.: Não teve que dizer (não teve nada
que dizer). SINGULAR 2ª pessoa Teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa Seu, sua, seus, suas
z  Emprego do relativo quem
quem:: seu antecedente deve 1ª pessoa Nosso, nossa, nossos, nossas
ser uma pessoa ou objeto personicado.
pe rsonicado. Ex.: Fomos PLURAL 2ª pessoa Vosso, vossa, vossos, vossas
nós quem zemos o bolo. 3ª pessoa Seu, sua, seus, suas
O pronome relativo quem pode fazer referência a algo
subentendido: Quem
Quem cala
 cala consente (aquele que cala). Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o,
z  Emprego do relativo quanto
quanto:: seu antecedente a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo
deve ser um pronome indenido ou demonstra-
demonstra - a uma coisa. Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ain-
tivo, pode sofrer exões. Ex.: Esqueci-me de tudo da que o pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a
quanto foi
quanto  foi me ensinado; Perdi tudo quanto
quanto pou-
 pou- relação do pronome é com o objeto da posse.
pei a vida inteira. Outras funções dos pronomes possessivos:
z  Emprego do relativo cujo
cujo:: deve ser empregado
z  Delimitam o substantivo a que se referem;
para indicar posse e aparecer relacionando dois
z  Concordam com o substantivo que vem depois dele;
termos que
possuída. devem
Ex.: ser um
A matéria possuidor
cuja e uma
aula faltei coisa
foi Língua z  Não concordam com o referente;
portuguesa (o relativo cuja está ligando aula (pos- z  O pronome possessivo que acompanha o substan-
suidor) a matéria (coisa possuída). tivo exerce função sintática de adjunto adnominal.
O relativo cujo deve concordar em gênero e núme- VERBOS
ro com
ro com a coisa possuída.
 Jamais devemos
 Jamais  devemos inserir um artigo após o pronome
cujo: Cujo o, cuja a Certamente, a classe de palavras mais complexa e
Não podemos substituir
podemos substituir cujo por outro pronome importante dentre as palavras da língua portuguesa é
relativo; o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações
O pronome relativo cujo pode ser preposiciona- e os agentes desses atos, além de ser uma importante
do. Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri. classe sempre abordada nos editais de concursos; por
Para encontrar o possuidor faça-se a seguinte per- isso; que atento às nossas dicas.
gunta: “de
“de quem/do que?”
que?” Ex.: Vi o lme cujo dire-
dire - Os verbos são palavras variáveis que se exionam
tor ganhou o Óscar (diretor do que? Do lme.); Vi o em número, pessoa, modo e tempo, além da designação
rapaz cujas pernas você se referiu (pernas de quem? da voz que exprime uma ação, um estado ou um fato.
Do rapaz.) As exões verbais são marcadas por desinências
que
verbopodem
está noser: número-pessoal,
número-pessoal
singular , indicando
ou plural, bem como em se
qualo
z  Emprego do pronome relativo onde onde:: empregado
para indicar locais físicos. Ex.: Conheci a cidade pessoa verbal foi exionado (1ª, 2ª ou 3ª); modo-tem-
onde meu pai nasceu. poral,, que indica em qual modo e tempo verbais a
poral
  Em alguns casos, pode ser preposicionado, assumin- ação foi realizada; iremos apresentar estas desinên-
do as formas aonde e donde. Ex.: Irei aonde você for. cias a seguir. Antes, porém, de abordarmos as desi-
  O relativo onde pode ser empregado sem antece- nências modo-temporais, precisamos explicar o que
26 dente. Ex.: O carro atolou onde não havia ninguém. são o modo e o tempo verbais:

Modos MODO MODO


TEMPO
Indica a atitude da ação/sujeito frente a uma rela- INDICATIVO  SUBJUNTIVO
ção enunciada pelo verbo. Futuro -rá e -re -r
z  Indicativo: exprime atitude de certeza
Indicativo: exprime certeza.. Ex.: Estu- Futuro do
-ria *
dei muito
dei  muito para ser aprovado. pretérito
z  Subjuntivo: exprime atitude de dúvida, desejo ou
Subjuntivo: exprime * Nem todas as formas verbais apresentam desi-
possibilidade. Ex.: Se eu estudasse
estudasse,, seria aprovado. nências modo-temporais.
z  Imperativo: designa ordem, convite, conselho, súpli-
Imperativo:
ca ou pedido. Ex.: Estuda
Estuda!! Assim, serás aprovado. Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
(Indicativo)
Tempos
z  Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
O tempo designa o recorte temporal em que a ação (presente do indicativo) + verbo principal particí-
verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar pio. Ex.: Tenho estudado.
o tempo dessa ação no Passado, Presente ou Futuro. z  Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
Porém, existem ramicações especícas. liar: TER (pretérito imperfeito do indicativo) + ver-
bo principal no particípio. Ex.: Tinha passado.
z  Presente:  pode expressar não apenas um fato
Presente: 
atual, como também uma ação habitual. Ex.: z  Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro do
Estudo todos
Estudo  todos os dias no mesmo horário. indicativo) + verbo principal no particípio. Ex.:
Uma ação passada. Terei saído.
Ex.:  Vargas assume
Ex.: assume o o cargo e instala
instala uma
 uma ditadura.
z  Futuro do pretérito composto: Verbo auxiliar: TER
Uma ação futura.
futura.
Ex.: Amanhã, estudo
estudo mais!
 mais! (equivalente a estudarei) (futuro do pretérito simples) + verbo principal no
particípio. Ex.: Teria estudado.
z  Pretérito perfeito: ação
perfeito: ação realizada plenamente no
passado. Ex.:
Pretérito Estudei até
imperfeito:
imperfeito:  ser inacabada,
  ação aprovado. que pode Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
(Subjuntivo)
indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
Ex.: Estudava
Estudava todos
 todos os dias. z  Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
Pretérito mais-que-perfeito:
mais-que-perfeito: ação anterior à ou- (presente o subjuntivo) + Verbo principal particí-
tra mais antiga. Ex.: Quando notei, a água já trans- pio. Ex.: (que eu) Tenha estudado.
bordara da
bordara  da banheira.
z  Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
z  Futuro do presente: indica um fato que deve ser liar: TER (pretérito imperfeito do subjuntivo) +
realizado em um momento vindouro. Ex.: Estuda- verbo principal no particípio. Ex.: (se eu) Tivesse
rei bastante ano que vem. estudado
z  Futuro do pretérito: 
pretérito:  expressa um fato posterior
z  Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro sim-
em relação a outro fato já passado. Ex.: Estudaria
Estudaria  
muito, se tivesse me planejado. ples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
Ex.: (quando eu) tiver estudado.
A partir dessas informações, podemos também iden-
ticar os verbos conjugados nos tempos simples e nos Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais
tempos compostos. Os tempos verbais simples são for-
mados porpassado
presente, uma única palavra,
ou futuro; outempos
já os verbo,compostos
conjugadosão
no As formas
nitiva, nominais
particípio do verbo
e gerúndio que são
elesasassumem
formas in-
in
em-
formados por dois verbos, um auxiliar e um principal, determinados contextos. São chamadas nominais pois
nesse caso, o verbo auxiliar é o único a sofrer exões. funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais
dos tempos simples e compostos, respectivamente:
respectivamente: z  Gerúndio: é marcado pela terminação -NDO
Gerúndio: - NDO,, seu
valor indica duração de uma ação e, por vezes,
Flexões modo-temporais – tempos simples pode funcionar como um advérbio ou um adjetivo.
  Ex.: Olhando
Olhando   para seu povo, o presidente se
compadeceu.
MODO MODO
TEMPO z  Particípio: é marcado pelas terminações -ado
Particípio: -ado,, 
INDICATIVO  SUBJUNTIVO    A
-ido, -do, -to, -go, -so,
-so, corresponde nominalmente    S
-e (1ª conjugação) ao adjetivo, pode exionar-se, em alguns casos, em    E
   U
e número e gênero.    G
Presente *
-a ( 2ª e 3ª   Ex.: A Índia foi colonizada
colonizada pelos
 pelos ingleses.    U
   T
conjugações)    R
z  Innitivo: forma verbal que indica a própria ação    O
   P
Pretérito do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno
fenô meno desig-  
-ra (3ª pessoa do plural) *    A
perfeito nado. Pode ser pessoal
pessoal ou
 ou impessoal
impessoal..    U
   G
Pretérito -va (1ª conjugação)    N
    Í
-sse   Pessoal:: o innitivo pessoal é passível de con-
Pessoal con -    L
imperfeito -ia (2ª e 3ª conjugações)
Pretérito
 jugação, pois está ligado às pessoas do discurso.
É usado na formação de orações reduzidas. Ex.:
 mais-que -ra * Comer eu; Comermos nós; É para aprenderem
-perfeito que ele ensina. 27

  Impessoal: não é passível de exão. É o nome


Impessoal: z  Anômalos: esses verbos apresentam profundas
do verbo, servindo para indicar apenas a con- alterações no radical e nas desinências verbais,
 jugação. Ex.: Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª consideradas anomalias morfológicas, por isso,
conjugação; Partir - 3ª conjugação. recebem essa classicação. Um exemplo bem
usual de verbos dessa categoria é o verbo serser.. Na
O innitivo impessoal forma locuções verbais ou língua portuguesa, apenas dois verbos são classi-
orações reduzidas. cados dessa forma, os verbos ser e ir
 ir.. Vejamos a
conjugação do verbo ser:
  Locuções verbais:
verbais: sequência de dois ou mais ver-
bos que funcionam como um verbo. Ex.: Ter de
+ verbo principal no innitivo: Ter de trabalhar PRETÉRITO PERFEITO
para pagar as contas; Haver de + verbo principal PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO
no innitivo: Havemos de encontrar uma solução.
Eu sou Fui
Não confunda locuções verbais com tempos com-
postos. O particípio formador de tempo composto na Tu és Foste
voz ativa não se exiona. Ex.: O homem teria realiza-
realiza- Ele/ você é Foi
do sua missão.
Nós somos Fomos
Classicação dos Verbos
Vós sois Fostes
Os verbos são classicados quanto a sua forma de Eles/ vocês são Foram
conjugação e podem ser divididos em: regulares, irre-
gulares, anômalos, abundantes, defectivos, pronomi-
nais, reexivos, impessoais e os auxiliares, além das Os verbos ser e ir são
ir são irregulares, porém, apresen-
formas nominais. Vamos conhecer as particularida- tam uma forma especíca de irregularidade, que oca-
oca -
des de cada um a seguir: siona uma anomalia em sua conjugação, por isso, são
classicados como anômalos.
z  Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis
de z 
usocompreender, poisou
das desinências, apresentam regularidadever-
seja, as terminações no Abundantes: são formasmais
verbos que apresentam verbais abundantes
de uma forma deos
bais. Da mesma forma, os verbos regulares man- particípio aceitas pela norma culta gramatical.
têm o paradigma morfológico com o radical, que Geralmente, apresentam uma forma de particípio
permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar. regular e outra irregular; falaremos disso poste-
riormente, quando trataremos das formas nomi-
PRETÉRITO PERFEITO nais do verbo. Vejamos alguns verbos abundantes:
PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO
Eu canto Cantei PARTICÍPIO PARTICÍPIO
INFINITIVO
Tu cantas Cantaste REGULAR IRREGULAR
Ele/ você canta Cantou Acender Acendido Aceso
Nós cantamos Cantamos Aigir Aigido Aito
Vós cantais Cantastes
Corrigir Corrigido Correto
Eles/ vocês cantam Cantaram

z  Irregulares: os verbos irregulares apresentam Encher Enchido Cheio


alteração no radical e nas desinências verbais, por Fixar Fixado Fixo
isso recebem esse nome, pois sua conjugação ocor-
re irregularmente, seguindo um paradigma pró- z  Defectivos: são verbos que não apresentam algu-
prio para cada grupo verbal. Perceba como ocorre mas pessoas conjugadas em suas formas, gerando
uma sutil diferença na conjugação do verbo estar
estar   um defeito na conjugação, por isso o nome. São
que utilizamos como exemplo, isso é importante defectivos os verbos colorir, precaver, reaver.
para não confundir os verbos irregulares com os Esses verbos não são conjugados na primeira pes-
verbos anômalos. Ex.: Verbo estar. soa do singular do presente do indicativo. Bem
como: Aturdir, exaurir, explodir, esculpir, extor-
PRETÉRITO PERFEITO quir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir,
PRESENTE INDICATIVO computar, colorir, carpir, banir, brandir, bramir,
INDICATIVO
soer.
Eu estou Estive   Verbos que expressam onomatopeias ou fenôme-
Tu estás Esteves nos temporais também apresentam essa caracte-
rística, como latir, bramir, chover.
Ele/ você está Esteve z  Pronominais: esses verbos apresentam um pro-
Nós estamos Estivemos nome oblíquo átono integrando sua forma verbal;
é importante lembrar que esses pronomes não
Vós estais Estiveste apresentam função sintática. Predominantemen-
Eles/ vocês estão Estiveram te, os verbos pronominas apresentam transitivida-
28 de indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se

  Particípio: terminações: -ADO, -IDO, -DO, -TO,


Particípio:
PRETÉRITO PERFEITO -GO, -SO. Apresenta valor adjetivo e pode ser
PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO classicado em particípio regular e irregular,
Eu me sento Sentei-me sendo as formas regulares nalizadas em -ADO
e -IDO.
Tu te sentas Sentaste-te
A norma culta gramatical recomenda o uso do par-
Ele/ você se senta Sentou-se
ticípio regular
regular com
 com os verbos ter e haver, já com os
Nós nos sentamos Sentamo-nos verbos ser e estar, recomenda-se o uso do particípio
irregular.. Ex.: Os policiais haviam expulsado os ban-
irregular
Vós vos sentais Sentastes-vos didos / Os tracantes foram expulsos pelos policiais.

Eles/ vocês se sentam Sentaram-se   Innitivo: marca as conjugações verbais.


  AR: verbos que compõem a 1ª conjugação (AmAR,
z  Reexivos: são os verbos que apresentam pro-
PasseAR);
nome oblíquo átono reexivo, funcionando sinta-
sinta-   ER: verbos que compõem a 2ª conjugação (ComER,
ticamente como objeto direto ou indireto. Nesses pÔR);
verbos, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao   IR: verbos que compõem a 3ª conjugação (Par-
(Par -
mesmo tempo. Ex.: Ela se veste mal; Nós nos cum-
primentamos friamente. tIR, SaIR)
  O verbo pôr
pôr   corresponde à segunda conjuga-
z  Impessoais: são verbos que designam fenômenos ção, pois origina-se do verbo poer
poer,, o mesmo
da natureza,
natureza, como chover, trovejar, nevar etc. acontece com verbos que deste derivam.
O verbo haver com sentido de existir ou marcando Vozes verbais
tempo decorrido também será impessoal. Ex.: Havia
muitos candidatos e poucas vagas; Há dois anos, fui As vozes verbais denem o papel do sujeito na
aprovado em concurso público. oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
Os verbos ser
ser   e estar
estar   também são verbos impes- verbal ou se ele recebe a ação verbal.
soais, quando designam fenômeno climático ou tempo.
Ex.: Está muito quente!; Era tarde quando chegamos. z  Ativa: O sujeito é o agente, praticando a ação ver-
Ativa:
O verbo ser
ser   para indicar hora, distância ou data
concorda com esses elementos. bal. Ex.: O policial deteve
deteve os
 os bandidos.
O verbo fazer
fazer   também poderá ser impessoal, z  Passiva
Passiva:: O sujeito é paciente, sofre a ação verbal.
quando indicar tempo decorrido ou tempo climáti- Ex.: Os bandidos foram detidos pelo
detidos pelo policial – pas-
co. Ex.: Faz anos que estudo para concursos; Aqui faz siva analítica; Detiveram-se
Detiveram-se os os criminosos – pas-
muito calor. siva sintética.
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sin- z  Reexiva : O sujeito é agente e paciente ao mesmo
taticamente, classicamos como sujeito inexistente. tempo, pois o sujeito pratica e recebe a ação ver-
bal. Ex.: Os bandidos se entregaram à
entregaram à polícia.
Dica  
Dica z  Recíproca
Recíproca:: O sujeito é agente e paciente ao mesmo
O verbo ser
ser   será impessoal quando o espaço tempo, porém percebemos que há uma ação com-
sintático ocupado pelo sujeito não estiver preen- partilhada entre dois indivíduos. Ex.: Os bandidos
chido: “Já é natal”. Segue o mesmo paradigma se olharam antes
olharam antes do julgamento.
do verbo fazer
fazer,, podendo ser impessoal, tam-
A voz passiva é realizada a partir da troca de
bém, o verbo IR: “vai
“vai uns
 uns bons anos que não vejo
Mariana” funções desse
melhor entre processo
sujeito eno
objeto da voz
capítulo ativa;dofalamos
funções SE em
SE em
verbos transitivos direto.
z  Verbos Auxiliares: os verbos auxiliares são Só podemos transformar uma frase da voz ativa
empregados nas formas compostas dos verbos e para a voz passiva se o verbo for transitivo direto ou
também nas locuções verbais. Os principais verbos transitivo direto e indireto, logo, só há voz passiva
auxiliares dos tempos compostos são ter
ter e
 e haver. com a presença do objeto direto.
A voz reexiva indica uma ação praticada e rece- rece -
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a bida pelo sujeito ao mesmo tempo; essa relação pode
concordância verbal, porém, o verbo principal deter- ser alcançada com apenas um indivíduo que pratica e
mina a regência estabelecida na oração. sofre a ação. Ex.: O menino se agrediu.
agrediu.    A
   S
Apresentam forte carga semântica que indica Ou a ação pode ser compartilhada entre dois ou mais    E
   U
modo e aspecto da oração; tratamos mais desse assun- indivíduos que praticam e sofrem a ação. Ex.: Apesar    G
   U
to no tópico verbos auxiliares no
auxiliares no nal da gramática. do ódio mútuo, os candidatos se cumprimentaram.
cumprimentaram.    T
   R
São importantes na formação da voz passiva No último caso, a voz reexiva é também chamada    O
analítica.    P
de recíproca
recíproca,, por isso, que atento.  
   A
Não confunda os verbos pronominais com as    U
   G
z  Formas Nominais:    N
três formas nominaisnados
língua portuguesa, usamos
verbos: vozes verbais.como
sentimentos, Os verbos pronominais
arrepender-se, que indicam
queixar-se, dignar-
    Í
   L
-se, entre outros acompanham um pronome que faz
  Gerúndio: terminação -NDO. Apresenta valor
Gerúndio: parte integrante do seu signicado, diferentemente
durativo da ação e equivale a um advérbio ou das vozes verbais que acompanham o pronome SE
adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando. com função sintática própria. 29

Outras funções do “SE” O verbo criar


criar é
 é conjugado da mesma forma que os
verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
Como vimos, o SE pode funcionar como item essen- que terminam em -iar.
-iar. Os
 Os verbos com essa termina-
cial na voz passiva; além dessa função, esse elemento ção são, predominantemente, regulares.
também acumula outras atribuições. Vejamos:

z  Partícula apassivadora: a voz passiva sintética é PRESENTE - INDICATIVO


feita com verbos transitivos direto (TD) ou transiti- Eu Crio
vos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos o SE
 junto ao verbo, por isso o elemento SE é designado Tu Crias
partícula apassivadora, nesse contexto. Ex.: Busca-
-se a felicidade (voz passiva sintética) – SE (partícu- Ele/Você Cria
la apassivadora)
O SE exercerá essa função apenas: Nós Criamos
Vós Criais
 Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;
  Verbos concordam com o sujeito; Eles/Vocês Criam
 Com a voz passiva sintética.

Lembramos que na voz passiva nunca haverá objeto Os verbos terminados em -ear
-ear,, por sua vez, geral-
direto (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. mente, são irregulares e apresentam alguma modi-
cação no radical ou nas desinências. Assim como o
z  Índice de indeterminação do sujeito: o SE SE   fun- verbo passear
passear,, são derivados dessa terminação os
cionará nessa condição quando não for possível verbos:
identicar o sujeito explícito ou subentendido.
Além disso, não podemos confundir essa função PRESENTE - INDICATIVO
do SE com a de apassivador, já que para ser índi-
ce de indeterminação do sujeito a oração precisa Eu Passeio
estar na voz ativa.
Outra importante característica do SE como índi- Tu Passeias
ce de indeterminação do sujeito ocorre em verbos
transitivos indiretos, verbos intransitivos ou verbos Ele/Você Passeia
de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá estar
na 3ª pessoa do singular. Ex.: Acredita-se em Deus. Nós Passeamos

z  Pronome reexivo: na função de pronome ree- ree- Vós Passeais


xivo, a partícula SE indicará reexão ou recipro-
recipro - Eles/Vocês Passeiam
cidade, auxiliando a construção dessas vozes
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin-
cipais características são: Conjugação de Alguns Verbos
 Sujeito recebe e pratica a ação; Vamos, agora, conhecer algumas conjugações de
 funcionará, sintaticamente, como objeto direto
ou indireto; verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
 o sujeito da frase poderá estar explícito ou to de questões em concursos.
implícito. Ex.: Ele se via no espelho / Deu-se um Fazem paradigma com o verbo aderir
aderir,, mantendo
presente de aniversário. as mesmas desinências desse verbo, as formas

z  Parte integrante do verbo: nesses casos, o SE será PRESENTE - INDICATIVO


parte integrante
nhando-o dos as
em todas verbos
suaspronominais, acompa-
exões. Quando o SE Eu Adiro
exerce essa função, jamais terá uma função sin-
tática. Além disso, o sujeito da frase poderá estar Tu Aderes
explícito ou implícito. Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da
mãe, quando olhou a lha. Ele/Você Adere
z Partícula de realce: será partícula de realce o SE Nós Aderimos
que puder ser retirado do contexto sem prejuízo no
sentido e na compreensão global do texto. A partícu- Vós Aderis
la de realce não exerce função sintática, pois é desne-
cessária. Ex.: Vão-se os anéis, cam-se os dedos. Eles/Vocês Aderem
z  Conjunção: o SE será conjunção condicional,
quando sugerir a ideia de condição. A conjunção
SE exerce função de conjunção integrante, ape- PRESENTE - INDICATIVO
nas ligando as orações e poderá ser substituída Eu Ponho
pela conjunção caso. Ex.: Se ele estudar, irá ser
aprovado. Tu Pões

Conjugação de Verbos Derivados Ele/Você Põe


Nós Pomos
Vamos conhecer, a seguir alguns verbos cuja con- Vós Pondes
 jugação apresenta paradigma derivado, auxiliando a
Eles/Vocês Põem
30 compreensão dessas conjugações verbais.

São conjugados da mesma forma os verbos: dispor,  Em vez de


vez  de comer lanches gordurosos, coma frutas
interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor, en- = substituição. / Ao
/  Ao invés de
invés  de chegar molhado, chegou
trepor, supor. cedo = oposição.
Fonte: instagram.com/academiadotexto.
instagram.com/academiadotexto. Acessado em: 19/11/2020.
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO Combinações e Contrações
1. (FCC – 2018) “Uma tendência que já coroava as edi-
ções anteriores do prêmio
prêmio”.
”. As preposições podem ser contraídas com outras
  O verbo exionado nos mesmos tempo e modo do que classes de palavras, veja:
se encontra acima está sublinhado em:
z  Preposição + artigo:
a) Por meio do qual denia uma suposta obra de arte. A + a, as, o, os:
os: à, às, ao, aos.
b)
c) O
Ounovo
o queprêmio
o contraria .  o mercado.
atenderia De
dos,+, dum,
dos a, as, duns,
o, os, um, uns,dumas.
duma, uma, umas:
dumas . da, das, do,
d) O leitor elegerá títulos apenas entre os nalistas. Por + a, as, o, os: pela, pelas, pelo, pelos.
e) Ele contempla os títulos com mais chance. Em + a, as, o, os, um, uns, uma, umas: na, nas, no,
nos, num, nuns, numa, numas. numas .
“Coroava”, assim como “denia”, está conjugado no
z  Preposição + pronome demonstrativo:
 pretérito
 pretérito imperfeito
imperfeito do
do indicativo.
indicativo. Resposta
Resposta:: Letra
Letra A.
A + aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: àque-
PREPOSIÇÕES le, àqueles, àquela, àquelas, àquilo.
àquilo.
Em + este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses,
Conceito essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aqui-
lo: neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nes-
São palavras invariáveis que ligam orações ou sa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, na-
outras palavras. As preposições apresentam funções queles, naquelas, naquilo.
naquilo.
importantes tanto no aspecto semântico quanto no De + este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, es-
aspecto sintático, pois complementam o sentido de sas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo:
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa,
sem a presença
vidade da preposição,
verbal e colaborando modicando
para a transiti-
transiti
o preenchimento de- desses, dessas, disso, daquele, daquela, daque-
les, daquelas, daquilo.
daquilo.
sentido de palavras deverbais .
1

As preposições essenciais são: a, ante, até, após, z  Preposição + advérbio:


com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran- De + aqui, ali, além: daqui, dali, dalém.
dalém.
te, por, sem, sob, trás. z  Preposição + pronomes pessoais:
Existem, ainda, as preposições acidentais
acidentais,, assim Em + ele, ela, eles, elas:
elas: nele, nela, neles, nelas.
nelas.
chamadas pois pertencem a outras classes gramaticais,
mas, ocasionalmente, funcionam como preposições. De + ele, ela, eles, elas: dele, dela, deles, delas.
Eis algumas: afora, conforme (quando equivaler a z  Preposição + pronome relativo:
“de acordo com”),
com”), consoante, durante, exceto, salvo, A + onde: aonde.
segundo, senão, mediante, que, visto (quando equi-
valer a “por causa de”). z  Preposição + pronomes indenidos:
De + outro, outras:
outras: doutro, doutros, doutra, doutras.
doutras.
Locuções Prepositivas
Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por
São grupos de palavras que equivalem a uma pre- Preposições
posição.
 tema Ex.:
do tema
do Falei sobre o tema da prova; Falei acerca
da prova. É importante ressaltar que as preposições podem
A locução prepositiva na segunda frase substitui apresentar valor relacional
relacional   ou podem atribuir um
perfeitamente a preposição sobre. As locuções pre- valor nocional
nocional.. As preposições que apresentam um
positivas sempre terminam em uma preposição, e há valor relacional cumprem uma relação sintática 
sintática 
apenas uma exceção: a locução prepositiva com sen- com verbos ou substantivos, que, em alguns casos, são
tido concessivo “não obstante”. A seguir, elencamos chamados deverbais, conforme já mencionamos ante-
alguns exemplos de locuções prepositivas: riormente. Essa mesma relação sintática pode ocorrer
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito com adjetivos e advérbios, os quais também apresen-    A
de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de;    S
graças a; junto de; perto de; por entre; por trás de; quan- tarão função deverbal.    E
   U
to a; a m de; a respeito de; por meio de; em virtude de. Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida    G
Algumas locuções prepositivas apresentam seme- pela regência do verbo concordar).    U
   T
lhanças morfológicas, mas signicados completamen-
completamen - Tenho medo da da   queda (preposição exigida pelo    R
   O
te diferentes, como: complemento nominal).    P
 
Estou desconado do do funcionário
 funcionário (preposição exi-    A
 A opinião dos diretores vai ao encontro 
encontro  do pla-    U
nejamento inicial = Concordância. / As decisões do gida pelo adjetivo).    G
   N
    Í
Fui favorável à  eleição (preposição exigida pelo
 público foram de encontro à
 Discordância. encontro à proposta do programa = advérbio).    L

1 Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação.
Exemplo: A lmagem, O pagamento, A falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são
s ão acompanhados por preposições e, sintaticamente, o
termo que completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal. 31
 

Em todos esses casos, a preposição mantém uma Conjunções Coordenativas


relação sintática com a classe de palavras a qual se liga,
sendo, portanto, obrigatória sua presença na sentença. As conjunções coordenativas são aquelas que
De modo oposto, as preposições cujo valor nocio- ligam orações coordenadas, ou seja, orações que não
nal é preponderante apresentam uma modicação fazem parte de uma outra ou, em alguns casos, essas
no sentido da palavra a qual se liga. Elas não são conjunções ligam núcleos de um mesmo termo da ora-
o ra-
componentes obrigatórios na construção da senten- ção. As conjunções coordenadas podem ser:
ça, divergindo das preposições de valor relacional.
As preposições de valor nocional estabelecem uma z  Aditivas: E, nem, bem como, não só, mas também,
noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo não apenas, como ainda, senão (após não só). Ex.:
etc. Vejamos algumas: Não z os exercícios nem
nem revisei.
 revisei. O gato era o pre-
ferido, não só da lha, senão
senão de
 de toda família.
z  Adversativa: Mas, porém, contudo, todavia, entre-

VALOR NOCIONAL DAS


PREPOSIÇÕES SENTIDO tanto, não obstante, senão (equivalente a mas). Ex.:
Não tenho um lho, mas mas   dois. A culpa não foi a
Posse Carro de Marcelo população, senão
senão dos
 dos vereadores (equivale a “mas
sim”).
O cachorro está sob a
Lugar
mesa  Importante: a conjunção E  pode apresentar
Importante:
Votar em branco, chegar valor adversativo, principalmente quando é
Modo antecedido por vírgula: Estava querendo dor-
aos gritos
mir, e o barulho não deixava.
Causa Preso por estupro
z  Alternativas:  Ou, ou...ou, quer...quer, seja...seja,
Alternativas: 
Assunto Falar sobre política
ora...ora, já...já. Ex.: Estude ou
ou vá
 vá para a festa. Seja
Seja  
Descende de família  por bem, seja
seja por
 por mal, vou convencê-la.
Origem
simples
 Importante : a palavra senão
Importante: senão   pode funcionar
Olhe para frente! Iremos como conjunção alternativa: Saia agora, senão
Destino
a Paris
chamarei os guardas! (podemos trocá-la por ou).
z  Explicativas: Que, porque, pois, (se vier no início
da oração), porquanto. Estude, porque
porque a  a caneta é
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO mais leve que a enxada!
1. (FCC – 2018) Observe as seguintes passagens:   Importante: Pois com sentido explicativo ini-
Importante:
cia uma oração e justica
ju stica outra. Ex.: Volte, pois
pois  
I. Para o comitê, Brasília
Brasília era um marco do desenvolvi-
desenvolvi- sinto saudades.
mento moderno.
II. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial,
mundial, preci- Pois conclusivo ca após o verbo, deslocado entre
Pois conclusivo
sava de leis... vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, pois
pois,, a
III. Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano... subir.
IV.. Para muitos, o Plano Piloto lembra
IV lembra um avião.
z  Conclusiva: Logo, portanto, então, por isso, assim,
  Considerando-se o contexto, o vocábulo para exprime por conseguinte, destarte, pois (deslocado na fra-
ideia de nalidade em: se). Ex.: Estava despreparado, por isso,
isso, não fui
aprovado.
a) I e III, apenas.
b) I, II e IV
IV,, apenas
apenas..  As conjunções e, nem não
nem não devem ser empregadas
c) III e IVIV,, apenas
apenas..  juntas (e nem),
nem), tendo em vista que ambas indicam a
d) II e III, apenas. mesma relação aditiva o uso concomitante acarreta
e) I, II, III e IV
IV.. em redundância.

 A pre
prepos
posiçã
ição
o “par
“para”
a” indi
indicar
cará
á nal
nalida
idade
de qua
quando
ndo pud
puder
er Conjunções Subordinativas
ser substituída pela locução “a m de”, como ocorre
nos itens II e III. Resposta: Letra D. Tal qual as conjunções coordenativas, as subor-
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias
CONJUNÇÕES apresentadas em um texto; porém, diferentemente
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
Assim como as preposições, as conjunções também subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
são invariáveis e também auxiliam na organização para terem o sentido apreendido.
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora-
ções. Por manterem relação direta com a organização z  Causal: Haja vista, que, porque, pois, porquanto,
Causal:
das orações nas sentenças, as conjunções podem ser: visto que, uma vez que, como (equivale a porque)
32 coordenativas ou subordinativas. etc. Ex.: Como
Como não
 não era vaidosa, nunca se arrumava.

 
z  Consecutiva: Que (depois de tal, tanto, tão), de
Consecutiva:  Nem precisamos ler o texto mencionado pela ques-
q ues-
modo que, de forma que, de sorte que etc. Ex.: tão para sabermos que o item está errado, pois
Estudei tanto que quei
que quei com dor de cabeça. conquanto, assim como embora, é uma conjunção
z  Comparativa: Como, que nem, que (depois de
Comparativa: concessiva. Resposta: Errado.
mais, menos, melhor, pior, maior) etc. Ex.: Corria
como um
como  um touro. INTERJEIÇÕES

z  Conformativa: Conforme, como, segundo, de


Conformativa: As interjeições também fazem parte do grupo de
acordo com, consoante etc. Ex.: Tudo ocorreu con- palavras invariáveis, tal como as preposições e as con-
forme o
forme  o planejado.  junções. Sua função é expressar estado de espírito e
z  Concessiva: Embora, conquanto, ainda que, mes-
Concessiva: emoções, por isso, apresenta forte conotação semânti-
mo que, em que pese, posto que etc. Ex.: Teve que ca; ademais, uma interjeição sozinha pode equivaler
aceitar a crítica, conquanto
conquanto não
 não tivesse gostado. a uma frase. Ex.: Tchau!
As interjeições, como mencionamos, indicam rela-
z  Condicional
Condicional:
a menos que,: Se, caso, se
somente desde que, Se
etc. Ex.: contanto
Se  que,
  eu quisesse ções de sentido diversas; a seguir, apresentamos um
quadro com os sentimentos e sensações mais expres-
falar com você, teria respondido sua mensagem. sos pelo uso de interjeições:
z  Proporcional: À proporção que, à medida que,
Proporcional:
quanto mais...mais, quanto menos...menos etc. Ex.:
Quanto mais 
mais  estudo, mais
mais   chances tenho de ser V A LO R S E M Â N T I C O I NT E R J E I Ç Ã O
aprovado. Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
z  Final: Final, para que, a m de que etc. Ex.: A pro-
Final: pro - Alívio Arre! Ufa! Ah!
fessora dá exemplos para que você
que você aprenda!
Alegria/satisfação Eba! Oba! Viva!
z  Temporal : Quando, enquanto, assim que, até que,
Temporal:
mal, logo que, desde que etc. Ex.: Quando
Quando   viajei Desejo Oh! Tomara! Oxalá!
para Fortaleza, estive na Praia do Futuro. Mal
Mal che-
 che-
guei à cidade, fui assaltado. Repulsa Irra! Fora! Abaixo!
Dor/tristeza Ai! Ui! Que pena!
Os valores semânticos das conjunções não se
prendem
O valor dasàs conjunções
formas morfológicas
é construído desses elementos.
contextualmen- Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
te, por isso, é fundamental estar atento aos sentidos Saudação Salve! Vi
Viva! Ad
Adeus! Tchau!
estabelecidos no texto. Ex.: Se
Se Mariana
 Mariana gosta de você, Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
por que você não a procura? (SE ( SE   = causal = já que);
Por que car preso na cidade, quando
quando existe
 existe tanto ar
puro no campo. (quando
(quando =
 = causal = já que). É salutar lembrar que o sentido exato de cada
interjeição só poderá ser apreendido diante do con-
Conjunções Integrantes texto; por isso, em questões que abordem essa classe
de palavras, o candidato deve reler o trecho em que a
As conjunções integrantes fazem parte das orações interjeição aparece, a m de se certicar do sentido
subordinadas e, na realidade, elas apenas integram
integram   expresso no texto.
uma oração principal à outra, subordinada. Existem Isso acontece pois qualquer expressão exclamati-
apenas dois tipos de conjunções integrantes: que
que e
 e se. va que expresse sentimento ou emoção pode funcionar
como uma interjeição. Lembrem-se dos palavrões, por
z  Quando é possível substituir o que pelo pronome exemplo, que são interjeições por excelência, mas, depen-
isso, estamos
isso,  estamos diante de uma conjunção integrante. dendo do contexto, podem ter seu sentido alterado.
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. Quero = isso
isso.. Antes de concluirmos, é importante ressaltar o
papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras
z  Sempre haverá conjunção integrante em orações
que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus!
substantivas e, consequentemente, em períodos Ora bolas! Valha-me Deus!
compostos. Ex.: Perguntei se
se   ele estava em casa.
Perguntei = isso.
z  Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
bo e uma conjunção integrante. Ex.: Sabe-se, que    A

o Brasil é um país desigual (errado). Sabe-se que o


EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE    S
   E

Brasil é um país desigual (certo). CRASE    U


   G
   U
   T
Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da    R
   O
crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção    P
 
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO da preposição a  + artigo feminino denido a, ou da    A
   U
   G
 junção da preposição a + os pronomes relativos aque-    N
    Í
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018)  O uso da conjunção le,, aquela
le aquela ou
 ou aquilo
aquilo.. Representa-se gracamente pela    L

“embora” pela conjunção


sentido original do texto: “conquanto” prejudicaria o marcação (`
(`) + (a
(a) = (à).
Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO Rero-me àquele vestido que está na vitrine. 33

Regra geral: haverá crase sempre que o termo z  Antes de forma verbal innitiva
antecedente exija a preposição a  e o termo conse-   Ex.: Os produtos começaram a chegar.
quente aceite o artigo a.   “Os homens, dizendo em certos casos que vão falar
Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo) com franqueza, parecem dar a  entender que o
Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi- fazem por exceção de regra.” (MM)
ge preposição).
Vou a Brasília (verbo que exige preposição a + z  Antes de expressão de tratamento
palavra que não aceita artigo).   Ex.: O requerimento foi direcionado a  Vossa
Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação Excelência.
no uso da crase, mas existem especicidades que aju-
aju-
dam no momento de identicação: z  No a (singular) antes de palavra no plural, quando
a regência do verbo exigir preposição
Casos Convencionados   Ex.: Durante o lme assistimos a cenas chocantes.
z  Locuções adverbiais formadas por palavras z  Antes dos pronomes relativos quem
quem e e cuja
femininas:   Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos
   Ex.: Ela foio às
Entregou pressas
pressas para
dinheiro  às para
dinheiro às o camarim.
ocultas
ocultas para
 para o ministro. o pacote.
  Falo de alguém a cuja lha foi entregue o prêmio.
  Espero vocês à noite na
noite na estação de metrô.
  Estou à beira-mar desde
beira-mar desde cedo.
z  Antes de pronomes indenidos alguma alguma,, nenhu-
z  Locuções prepositivas formadas por palavras ma,, tanta
ma tanta,, certa
certa,, qualquer
qualquer,, toda
toda,, tamanha
femininas:   Ex.: Direcione o assunto a  alguma cláusula do
  Ex.: Ficaram à frente do
frente do projeto. contrato.
z  Locuções conjuntivas formadas por palavras   Não disponibilizaremos verbas a  nenhuma ação
femininas: suspeita de fraude.
  Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão   Eles estavam conservando a certa altura.
aumentando.   Faremos a obra a qualquer custo.
  A campanha será disponibilizada a toda a comunidade.
z  Quando indicar marcação de horário, no plural
  Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas.
horas. z  Antes de demonstrativos
  Fique atento ao seguinte: entre números teremos   Ex.: Não te dirijas a essa pessoa
que de = a / da = à,
à , portanto:
  Ex.: De 7 as
as 16
 16 h. De quinta a sexta. (sem crase) z  Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de
  Das 7 às
às 16
 16 h. Da quinta à sexta. (com crase) personalidades históricas
Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin.
z  Com os pronomes relativos aqueleaquele,,  aquela 
aquela  ou
aquilo::
aquilo z  Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos
  Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada   Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela.
àquele outono
outono..   O pacote foi entregue a ti ontem.
  Por favor, entregue as ores àquela moça que está
sentada. z  Nas expressões tautológicas (face
(face a face,
face, lado a
  Dedique-se àquilo que lhe faz bem. lado))
lado
z  Com o pronome demonstrativo 
demonstrativo a antes de queque ou
 ou   Ex.: Pai e lho caram frente a frente no
frente no tribunal
de::
de de justiça.
  Ex.: Referimo-nos à que está de preto. z  Antes das palavras casa
casa,, Terra
Terra ou
 ou terra
terra,, distância
distância  
  Referimo-nos à de preto. sem determinante
z  Com o pronome relativo 
relativo a qual,
qual, as quais:
quais:   Ex.: Precisa chegar a casa antes
casa antes das 22h.
  Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou   Astronauta volta a Terra em
Terra em dois meses.
de sair.   Os pesquisadores chegaram a terra  terra  depois da
  As alunas às quais atribuí tais atividades estão de expedição marinha.
férias.   Vocês o observaram a distância.
distância.
Casos Proibitivos
Crase Facultativa
Em resumo, seguem-se as dicas abaixo para melhor
orientação de quando não usar a crase. Nestes casos, podemos escrever as palavras das
duas formas: utilizando ou não a crase. Para entender
ente nder
z  Antes de nomes masculinos detalhadamente, observe as seguintes dicas:
  Ex.: “O mundo intelectual deleita a poucos, o mate-
rial agrada a todos.” (MM)
  O carro é movido a álcool. z  Antes de nomes de mulheres comuns ou com quem
que m
  Venda a prazo. se tem proximidade
  Ex.: Ele fez homenagem a/à
a/à Bárbara.
 Bárbara.
z  Antes de palavras femininas que não aceitam
artigos z  Antes de pronomes possessivos no singular
  Ex.: Iremos a Portugal.   Ex.: Iremos a/à
a/à sua
 sua residência.
z  Após preposição até, com ideia de limite
Macete de crase:
Se vou a; Volto da = Crase há!   Ex.: Dirija-se até a/à
a/à portaria.
 portaria.
Se vou a; Volto de = Crase pra quê?   “Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até
Ex.: Vou à escola / Volto da escola. às (ou
ou   “as”) lágrimas, e disse com mui estranho
34 Vou a Fortaleza / Volto de Fortaleza. afeto.” (CBr. 1, 67)

Casos Especiais  Justicativa do erro no item II: a palavra “desde”


é uma preposição que “designa o ponto de partida
Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra. de um movimento ou extensão (no espaço, no tem-
Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes  po ou numa série), para assinalar especialmente a
forem femininos, normalmente a crase não será utili-
distância (ROCHA LIMA, 1997). Portanto, a forma
zada. Porém, em alguns casos, utiliza-se a crase para correta é “desde as 8h”.As outras alternativas estão
evitar ambiguidades. corretas: na I, cabe crase antes do pronome relativo;
Ex.: Matar a fome. (Quando “fome” for objeto direto)
Matar à fome. (Quando “fome” for advérbio de na III, há paralelismo – no primeiro termo, “a pista”
instrumento) tem artigo, no segundo, deverá ter também, além da
Fechar a chave. (Quando “chave” for objeto direto)  preposição a, originando a crase.
Fechar à chave. (Quando “chave” for advérbio de
instrumento)
Quando Usar ou Não a Crase em Sentenças com
Nomes de Lugares SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
z  Regidos por preposições de
de,, em
em,, por
por:: não se usa crase CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE
  Ex.: Fui a  Copacabana. (Venho de Copacabana,
moro em Copacabana, passo por Copacabana) Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre
z  Regidos por preposições da
da,, na
na,, pela
pela:: usa-se crase os grandes grupos de palavras existentes na língua,
  Ex.: Fui à Bahia. (Venho da Bahia, moro na Bahia, como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru-
passo pela Bahia) pos morfológicos. Ao combinar as palavras
pal avras em frases,
nós construímos um painel morfológico.
Macetes As palavras normalmente recebem uma dupla
classicação: a morfológica, que está relacionada à
z  Haverá crase quando o “à”  “à”  puder ser substituído classe gramatical a que pertencem, e a sintática, rela-
por ao
por  ao,, da na,
na, pela
 pela,, para a,
a, sob a,
a, sobre a,
a, contra cionada à função especíca que assumem em deter-deter-
a, com a,a, à moda de,
de, durante a; a; minada frase.
z  Quando o de de   ocorre paralelo ao a, não há crase.
Quando o da da ocorre
 ocorre paralelo ao à, há crase; Frase
z  Na indicação de horas, quando o “à uma” puder Frase é todo enunciado com sentido completo.
ser substituído por às duas, há crase. Quando o a Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um
uma equivaler a a duas,
uma equivaler duas, não ocorre crase; conjunto de palavras.
Ex.: Fogo!
z  Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui-
lo quando tais pronomes puderem ser substituídos Silêncio!
por a este,
este, a esta e
esta e a isto;
isto; “A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano
Ramos)
z  Usa-se crase antes de casacasa,, distância
distância,, terra
terra   e
nomes de cidades quando esses termos estiverem Oração
acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
tância de 200 metros do pico da montanha. Enunciado que se estrutura em torno de um verbo
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu-
A compreensão da crase vai muito além da estética ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen-
gramatical, pois serve também para evitar ambigui- tá-lo completo ou incompleto.
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. Ex.: Você é um dos que se preocupam com a
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”, poluição.
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi- “A roda de samba acabou” (Chico Buarque)
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o
advérbio de instrumento da ação de pintar. Período

Período é o enunciado constituído de uma ou mais


orações.
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO Classica-se em:

z  Simples: possui apenas uma oração.


1. (TJ-SC – 2010) Quanto ao uso da crase:
(TJ-SC Ex.: O sol surgiu radiante.    A
Ninguém viu o acidente.    S
I. O anúncio foi feito por meio da rede de miniblogs Twirter, z  Composto
Composto:: possui duas ou mais orações.    E
   U
à qual ele aderiu duas semanas atrás. Ex.: “Amou daquela vez como se fosse a última.”    G
   U
II. Estou esperando por você desde às 8 horas da manhã. (Chico Buarque)    T
   R
III. Alguns investigadores preferiram seguir a  pista do   Chegou Em Casa E Tomou Banho.    O
dinheiro à da honra.    P
 
   A
IV. Cabe a cada um decidir o rumo que dará à sua vida. PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO    U
   G
   N
    Í
a) Somente as proposições II e IV estão corretas. Os termos que formam o período simples são dis-    L
b) Estão corretas somente as proposições I, III e IV.
IV. tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte-
c) Estão corretas somente as proposições II,
II, III e IV
IV.. grantes (complemento verbal, complemento nominal
d) Estão corretas somente as proposições I, II e III.
III. e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal,
e) Todas as proposições
proposições estão corretas. adjunto adverbial e aposto). 35

Termos Essenciais da Oração Tipos de Sujeito


São aqueles indispensáveis para a estrutura básica Quanto à função na oração, o sujeito classica-se em:
da oração. Costuma-se associar esses termos a situa-
ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por Simples
exemplo. São eles: Sujeito
Sujeito   e Predicado
Predicado.. Veremos a
seguir cada um deles. DETERMINADO Composto
seguir cada um deles.
SUJEITO Elíptico

É o elemento que faz ou sofre a ação determinada Com verbos exionados na 3ª



pelo verbo. pessoa do singular
O sujeito pode ser: INDETERMINADO Com verbos acompanhados do
z  o termo sobre o qual o restante da oração diz algo; se (índice de indeterminação do
sujeito)
z  o elemento que pratica ou recebe a ação expressa

pelo verbo; Usado para fenômenos da


z  o termo que pode ser substituído por um pronome INEXISTENTE natureza ou com verbos
do caso reto; impessoais
z  o termo com o qual o verbo concorda.
Ex.: A população implorou pela compra da vacina z  Determinado: quando se identica a pessoa, o
Determinado:
da COVID-19. lugar ou o objeto na oração. Classica-se em:

No exemplo anterior a população é:


população é:   Simples: quando há apenas um núcleo.
Simples: quando
  Ex.: O
Ex.:  O [aluguel] da casa é
casa é caro.
z O elemento sobre o qual se declarou algo (implo-   Núcleo: aluguel
rou pela compra da vacina);   Sujeito simples: O aluguel da casa
z  O elemento que pratica a ação de implorar;   Composto: quando há dois núcleos ou mais.
Composto:
z  O termo com o qual o verbo concorda (o verbo   Ex.: Os
Ex.:  Os [sons] e as [cores] caram perfeitos.
implorar está exionado na 3ª pessoa do singular);   Núcleos: sons, cores.
z  O termo que pode ser substituído por um pronome
prono me   Sujeito composto: Os sons e as cores
do caso reto.   Elíptico, oculto
Elíptico, oculto   ou desinencial
desinencial:: quando não
  (Ele
Ele implorou
 implorou pela compra da vacina da COVID-19.) aparece na oração, mas é possível de ser identi-
identi -
cado devido à exão do verbo ao qual se refere.
Núcleo do sujeito Ex.: Vi o noticiário hoje de manhã. Sujeito: (Eu)

O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal z  Indeterminado: quando não é possível identicar
Indeterminado:
porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O o sujeito na oração, mas ainda sim está presente.
núcleo indica a palavra que realmente está exercen- Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa-
representa -
do determinada função sintática, que atua ou sofre do por um índice de indeterminação do sujeito, a
a ação. O núcleo do sujeito apresentará um substan- partícula “se
“se”.
”.
tivo, ou uma palavra com valor de substantivo, ou
pronome.   Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural,
não se referindo a nenhuma palavra determi-
z O sujeito simples contém
simples contém apenas um
apenas um núcleo.
núcleo. nada no contexto.
Ex.: O povo
povo pediu
 pediu providências ao governador.   Ex.: Passaram cedo
Ex.: Passaram  cedo por aqui, hoje.
Sujeito: O povo Entende-se que alguém passou cedo.
Núcleo do sujeito: povo
  Colocando-se verbos sem complemento direto
z   Já o sujeito composto
composto,, o núcleo será constituído
de dois ou mais termos.
termos. (intransitivos,
na 3ª pessoa dotransitivos diretos ou de ligação)
singular acompanhados do pro-
pro-
As  luzes e as cores são bem visíveis.
As nome sese,, que atua como índice de indetermina-
Sujeito: As luzes e as cores ção do sujeito.
Núcleo do sujeito: luzes/cores   Ex.: Não sese vê
 vê com a neblina.
  Entende-se que ninguém consegue ver nessa
Dica condição.
Para determinar o sujeito da oração, colocam-se
as expressões interrogativas quem?
quem?   ou o quê? 
quê? 
Antes do verbo.
Ex.: A população pediu uma providência ao
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
governador. 1. (CONSESP – 2018)  Assinale a alternativa em que
quem  pediu uma providência ao governador?
quem pediu temos sujeito indeterminado.
Resposta: A população (sujeito).
Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o a) Levaram-me para uma
uma casa velha.
outro. b) Era uma tarde
tarde mar
maravilhosa.
avilhosa.

36
o que iria de
que iria
Resposta: um lado do
O pêndulo para o outro?
relógio (sujeito). c) Vendem-se espetos de
d) Alguns assistiram
de carne aqui.
assistiram ao lme até o nal.

 A construção verbal “Levaram-me”, da alternativa


 A, indica que o sujeito está na 3ª pessoa do plural   EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
e é indeterminado porque não se sabe quem levou.
 Resposta: Letra A. 1. (FURB – 2019)  Assinale a alternativa que contém
a classicação correta do sujeito da oração “Neste
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos
auditivos”.
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
a) Sujeito composto.
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos b) Oração sem sujeito.
são impessoais e normalmente representam fenôme- c) Sujeito oculto (desinencial).
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer
fazer   d) Sujeito indeterminado.
ou haver
haver no
 no sentido de existir. e) Sujeito simples.
Geia no Paraná.
Fazia um mês que tinha sumido.
Basta de confusão. O sujeito da oração é “30 aparelhos auditivos”. Na
Há dois anos esse restaurante abriu. ordem direta, a sentença ca: “30 aparelhos audi -
tivos foram entregues neste primeiro momento”.
Como o sujeito é formado por apenas um núcleo, o
sujeito é simples. Resposta: Letra E.
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
PREDICADO
1. (FEPESE – 2016) Na oração “Uma partícula extrema-
mente quente e pesada começou a se ‘contorcer’”, o É o termo que contém o verbo e informa algo
a lgo sobre
núcleo do sujeito é a palavra: o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
mos essenciais na oração, há casos em que a oração
a) quente. não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
b) pesada. torno de um verbo e ele está contido no predicado, é
impossível existir uma oração sem sujeito.
c) partícula.
d) contorcer
O predicado pode ser:
e) extremamente.
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
“Partícula” corresponde ao termo central do sujei-
to “uma partícula extremamente quente e pesada”. Ex.:
(José“A
de esposa
Alencar)e o amigo seguem sua marcha.”
marcha.”
 Portanto, tem função de núcleo do sujeito. Resposta:   Predicado: seguem sua marcha
 Letra C. z  Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
to (oração sem sujeito):
Classicação do Sujeito Quanto à Voz Ex.: Chove pouco nesta época do ano.
  Predicado: Chove pouco nesta época do ano.
z  Voz ativa (sujeito agente)
Ex.: Cláudia
Cláudia corta
 corta cabelos de terça a sábado. Para determinar o predicado, basta separar o
Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer- sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica-
ce a ação na frase. do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo
é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita:
z  Voz passiva sintética (sujeito paciente) Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.”
vidas.” (Gonçalves
  Ex.: Corta-se cabelo
cabelo.. Dias)
Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida.
  Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito Ex.: “Nossa vida mais amores”.
amores”. (Gonçalves Dias)
“cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores.
item anterior. O “-se
oração. “-se”” é a partícula apassivadora da
Classicação do Predicado

Importante notar que não há preposição entre A classicação do predicado depende do signica-
signica -
o verbo e o substantivo.
substantivo . Se houvesse, por exemplo, do e do tipo de verbo que apresenta.
   A
“de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais    S
   E
sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal. z Predicado nominal: ocorre quando o núcleo sig-    U
nicativo se concentra em um nome (corresponde    G
Precisa-se dede cabelo.
 cabelo.    U
Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal, a um predicativo do sujeito).    T
   R
O verbo deste tipo de oração é sempre de ligação.    O
e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é O predicado nominal tem por núcleo um nome    P
 
indeterminado, marcado pelo índice de indetermina-    A
(substantivo, adjetivo ou pronome).    U
ção “-se
“-se”.
”. Ex.: “Nossas ores são mais bonitas.”
bonitas.” (Murilo    G
   N
    Í
Mendes)    L
z  Voz passiva analítica (sujeito paciente)   Predicado: são mais bonitas.
  Ex.: A minha saia azul está rasgada.   Ex.: “As estrelas estão cheias de calafrios.”
calafrios.” (Olavo
  O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen- Bilac)
ça da partícula -se.   Predicado: estão cheias de calafrios. 37

z
É importante não confundir:   verbo
Verbo detransitivo direto e indireto
sentido incompleto que exige(VTDI): é o
dois com-
z  Verbo de ligação:
ligação: quando não exprime uma ação, plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto
mas um estado momentâneo ou permanente que indireto (com preposição).
relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é Ex.: “Ela contava-lhe
contava-lhe   anedotas, e pedia-lhe ou-
o predicativo do sujeito. tras.” (Machado de Assis)
z  Predicativo do sujeito;
sujeito; função exercida por subs- Verbo transitivo direto e indireto 1: contava
tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri- Objeto direto 1: anedotas
buem uma condição ou qualidade ao sujeito. Objeto indireto 1: lhe
Ex.: O garoto está
está bastante
 bastante feliz. Verbo transitivo direto e indireto 2: pedia
Verbo de ligação: está. Objeto direto 2: outras
Predicativo do sujeito: bastante feliz. Objeto indireto 2: lhe.
Ex.: Seu batom é muito forte.
z  Verbo intransitivo (VI): É aquele capaz de cons-
Verbo de ligação: é.
Predicativo do sujeito: muito forte. truir sozinho o predicado, que não precisa de com-
plementos verbais, sem prejudicar o sentido da
oração.

  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO Ex.:
VerboEscrevia tanto que
intransitivo: os dedos adormeciam.
adormeciam.
1. (AMEOSC – 2019) “Elas são diferentes uma da outra,
[...]”. Na oração, os termos destacados exercem fun-
fun -
ção sintática de:   EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
a) Predicado nominal. 1. (CRESCER CONSUL TORIAS – 2019) Ocorre predicado
CONSULTORIAS
b) Predicado verbal. verbal em:
c) Predicado verbo-nominal.
d) Predicativo do sujeito. a) “O rapaz foi condenado a dez anos de liberdade
liberdade vigia-
da e terapia”.
O verbo “são” é de ligação, o que confere uma b) “Mesmo se formos todos bem intencionados”.
intencionados”.
característica do sujeito com os termos posteriores c) “Crianças ricas são mais vulneráveis
vulneráveis a problemas de
“diferentes uma da outra”, que são o predicativo do abuso de substâncias”.
sujeito. Portanto, a alternativa correta é a A, consi- d) “Filhos de pais ricos não estão necessariamente livres
livres
derando que o predicado da oração é nominal. Res- de problemas de adequação
adequação”.
”.

 posta: Letra A. O predicado “foi condenado a dez anos de liberdade


Predicado Verbal vigiada e terapia” contém um verbo intransitivo dire-
to (“foi”) e, consequentemente, um complemento de
Ocorre quando há dois núcleos signicativos: um um   mesmo valor sintático. Resposta: Letra A
verbo (transitivo
verbo  (transitivo ou intransitivo) e um
um   nome
nome (predi-
 (predi-
cativo do sujeito ou, em
e m caso transitivo, predicativo do Predicado Verbo-Nominal
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os
demais termos do predicado. Ocorre quando há dois núcleos signicativos:
O verbo do predicado pode ser classicado em  em   um verbo
verbo   nocional
nocional (intransitivo
 (intransitivo ou transitivo) e um
transitivo direto, transitivo indireto, verbo
verbo transi-
 transi- nome   (predicativo do sujeito ou,
nome sujeito ou, em caso de verbo
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo
verbo intransitivo.. transitivo, predicativo do objeto).
objeto).

z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- Ex.: “O homem parou
parou  atento
atento.”.” (Murilo Mendes)
ge um complemento não preposicionado, o objeto Verbo intransitivo: parou
direto. Predicativo do sujeito: atento
Ex.: “Fazer
“Fazer   sambas lá na vila é um brinquedo.”
Noel Rosa Repare que no primeiro exemplo o termo “atento”
Verbo Transitivo Direto: Fazer. está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
Ex.: Ele trouxe
trouxe os
 os livros ontem. considerado predicativo do sujeito.
Verbo Transitivo Direto: trouxe.
z  Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Ex.: “Fabiano marchou
marchou  desorientado
desorientado.”
.” (Olavo Bilac)
vo indireto tem como necessidade o complemen- Verbo intransitivo: marchou
to acompanhado de uma preposição para fazer Predicativo do sujeito: desorientado
sentido.
Ex.: Nós acreditamos
acreditamos  em
em você.
 você. No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-
Verbo transitivo indireto: acreditamos ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-
Preposição: em to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
Ex.: Frida obedeceu aos seus
aos seus pais.
Verbo transitivo indireto: obedeceu Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
Preposição: a (a + os) do de Assis)
Ex.: Os professores concordaram com isso.
com isso. Verbo transitivo direto: achou
Verbo transitivo indireto: concordaram Objeto direto: o raciocínio
38 Preposição: com Predicativo do objeto: exato

No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza um Complementos Verbais


 julgamento
 julgamento relac
relacionad
ionadoo ao termo “o racioc
raciocínio
ínio”,
”, que
que é o
objeto direto dessa oração. Com isso, podemos concluir São termos que completam o sentido de verbos
que temos um caso de predicativo do objeto, visto que transitivos diretos e transitivos indiretos.
“exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é o sujeito.
O que é o predicativo do objeto? z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom-
É o termo que confere uma característica, uma panhado de preposição.
qualidade, ao que se refere.   Ex.: Examinei o
Examinei o relógio de pulso.
A formação do predicativo do objeto se dá por um   Gostaria de vê-lo
vê-lo no topo do mundo.
adjetivo ou por um substantivo.   O técnico convocou somente 
somente  os do Brasil. (os =
Ex.: Consideramos o lme proveitoso
proveitoso.. aqueles)
Predicativo do objeto: proveitoso
Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa
vitoriosa,, pelas conquistas. Pronomes e sua relação com o objeto direto
Predicativo do objeto: vitoriosa Além dos pronomes oblíquos o(s)
o(s),, a(s)
a(s)   e suas
Para facilitar a identicação do predicativo do
variações lo(s)
lo(s),, la(s)
la(s),, no(s)
no(s),, na(s)
na(s),, que quase sem-
objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres- pre exercem função de objeto direto, os pronomes
centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí- oblíquos me
me,, te
te,, se
se,, nos
nos,, vos
vos também
 também podem exercer
ca é relacionar o predicativo ao nome.
O lme foi
foi  proveitoso
proveitoso.. essaEx.:
função sintática.
Levou
Levou-me
-me à  à sabedoria esta aula. (= “Levaram
Ela era
era  vitoriosa
vitoriosa.. quem? A minha pessoa”)
Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre- Nunca vos
vos   tomeis como grandes personalidades.
dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de (= “Nunca tomeis quem?
que m? Vós”)
ligação (foi
(foi e era
era,, respectivamente).
Convidaram-na
Convidaram -na   para o almoço de despedida. (=
“Convidaram quem? Ela”)
Depois de terem nos nos recebido,
 recebido, abriram a caixa. (=
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS “Receberam quem? Nós”)
Os pronomes demonstrativos o,  a, os os,, as
as   podem
1. (SERCTAM – 2016)  Na oração “Este homem parece ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do
uma criança”, o termo destacado é: pronome relativo que.
Ex.: Escuta o  que eu tenho a dizer. (Escuta algo:
a) sujeito. esse algo é o objeto direto)
b) predicado verbal. Observe bem a  que ele mostrar. (a = pronome
c) predicativo do objeto. feminino denido)
d) predicado nominal.
e) predicado verbo-nominal. z  Objeto direto preposicionado
O verbo “parece” é transitivo direto, e “uma crian-
ça” tanto complementa o sentido do verbo como Mesmo que o verbo transitivo direto não exija
caracteriza o sujeito “Este homem”. Portanto, o tre- preposição no seu complemento, algumas palavras
cho “parece uma criança” corresponde a um predi- requerem o uso da preposição para não perder o sen-
cado nominal. Resposta: Letra D. tido de “alvo” do sujeito.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros
2.  (FUMARC – 2012) Há oração sem sujeito em: facultativos.
a) “Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.”
b) “Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade [...]” Exemplos com ocorrência obrigatória de preposição:
c) “Com certeza, já haviam tomado
tomado café da manhã em
casa [...]” Não entendo nem a ele nem a ti.
d) “É muito grave esse processo
processo de abstração da lingua- Respeitava-se aos mais antigos.
gem, de sentimentos [...]” Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava.
Amavam-se um ao outro.
Oração sem sujeito acontece quando não há um ele- “Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher
mento ao qual se atribui o predicado. Ocorre, por feita.” (Ciro dos Anjos)
exemplo, quando temos o verbo “haver” no sentido
de existir, acontecer, pois o mesmo não tem sujei-
to. Na alternativa B, temos o verbo falar na 3º pes- Exemplos com ocorrência facultativa de preposição:
   A
soa do singular + SE, indicando indeterminação do    S
sujeito. Na alternativa C, temos o verbo haver, mas Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque-    E
   U
no sentido de ter, por isso, o mesmo encontra-se no le templo.    G
   U
 plural; temos, portanto, Sujeito indeterminado. Na A escultura atrai a todos os visitantes.    T
   R
letra D, temos como sujeito “esse processo de abs- Não admito que coloquem a Sua Excelência num    O
tração da linguagem, de sentimentos”. Resposta: pedestal.    P
 
 Letra A.    A
Ao povo ninguém engana.    U
Eu detesto mais a estes lmes do que àqueles.    G
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO    N
    Í
No caso “Você bebeu dessa água?”,
água?”, a forma “des-    L

São vocábulos que se agregam a determinadas sa” (preposição de


de +
 + pronome essa
essa)) precisa estar pre-
estruturas para torná-las completas. De acordo com sente para indicar parte de um todo, quando assim
a gramática da língua portuguesa, esses termos são for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa
divididos em: bebeu uma porção da água, e não ela toda. 39

z  Objeto direto pleonástico: É a dupla ocorrência Agente da Passiva


dessa função sintática na mesma oração, a m de
enfatizar um único signicado. É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
lítica. Sempre é precedido da preposição por
por,, e, mais
Ex.: “Eu não te
te engano
 engano a ti”
ti”.. (Carlos Drummond de raramente, da preposição de de..
Andrade) Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares
ser,, estar
ser estar,, viver
viver,, andar
andar,, car.
z  Objeto direto interno: Representado por palavra
que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta Termos Acessórios da Oração
mesmo signicado.
Ex.: Riu um riso aterrador.
aterrador. Há termos que, apesar de dispensáveis na estrutu-
Dormiu o sono dos justos.
justos. ra básica da oração, são importantes para compreen-
são do enunciado porque trazem informações novas.
Como diferenciar objeto direto de sujeito?
 Já começaram os jogos da seleção.
seleção. (sujeito) Esses termos são chamados acessórios da oração.
Ignoraram os jogos da seleção.
seleção. (objeto direto)
O objeto direto pode ser passado para a voz passi- Adjunto Adnominal
va analítica e se transforma em sujeito.
Os jogos da seleção foram
seleção foram ignorados. São de
núcleo termos que acompanham
outra função, o substantivo,
para qualicar, quanticar,
z  Objeto indireto: É complemento verbal regido de especicar o elemento representado pelo substantivo.
preposição obrigatória, que se liga diretamente a Categorias morfológicas que podem funcionar
verbos transitivos indiretos e diretos. Representa como adjunto adnominal:
o ser beneciado ou o alvo de uma ação.
Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da z  Artigos
casa 260. z  Adjetivos
Gosto de
Gosto  de ti,
ti, meu nobre. z  Numerais
Não troque o certo pelo duvidoso.
duvidoso. z  Pronomes
Vamos insistir em promover o novo romance de z  Locuções adjetivas
cção.
Ex.: Aqueles dois antigos soldadinhos
Ex.: Aqueles antigos soldadinhos de chumbo 
chumbo 
Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais caram esquecidos no quarto.
Iam cheios de si.
si.
Pode ser representado pelos seguintes pronomes Estava conquistando o respeito dos seus.
seus.
oblíquos átonos: me me,, te
te,, se
se,, no
no,, vos
vos,, lhe
lhe,, lhes
lhes.. Os pro-
nomes o, a, osos,, as
as não
 não exercerão essa função. O novo regulamento
funcionários
funcionários.. originou a revolta dos
Ex.: Mostre-lhe
Mostre-lhe onde onde ca o banheiro, por favor.
Todos os pronomes oblíquos tônicos (me (me,, mim
mim,, O doutor possuía mil lembranças de suas viagens.
viagens.
comigo,, te
comigo te,, ti
ti,, contigo
contigo)) podem funcionar como objeto
indireto, já que sempre ocorrem com preposição. z  Pronomes oblíquos átonos e a função de ajunto
Ex.: Você escreveu esta carta para mim? mim? adnominal: os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes
exercem essa função sintática quando assumem
z  Objeto indireto pleonástico: Ocorrência repetida valor de pronomes possessivos.
dessa função sintática com o objetivo de enfatizar Ex.: Puxaram-me o cabelo (Puxam meu cabelo).
uma mensagem.
Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda. z  Como diferenciar adjunto adnominal de com-
plemento nominal?
COMPLEMENTO NOMINAL
Quando o adjunto adnominal for representado
Completa o sentido de substantivos, adjetivos e por uma locução adjetiva, ele pode ser confundido
advérbios. É uma função sintática regida de preposi- com complemento nominal. Para diferenciá-los, siga
ção e com objetivo de completar o sentido de nomes. A
presença de um complemento nominal nos contextos a dica:
de uso é fundamental para o esclarecimento do senti-   Será adjunto adnominal: se o substantivo ao
do do nome. qual se liga for concreto.
Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado.   Ex.: A casa da idosa desapareceu.
Estou longe de casa e tão perto do paraíso.   Se indicar posse ou o agente daquilo que
Para melhor identicar um complemento nomi- nomi-
expressa o substantivo abstrato.
nal, siga a instrução:
Nome + preposição + quem
quem ou
 ou quê   Ex.: A preferência do grupo não foi respeitada.
Como diferenciar complemento nominal de com-
  Será complemento nominal: se
nominal: se indicar o alvo
plemento verbal?
Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração. daquilo que expressa o substantivo.
(complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se   Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não
diretamente ao verbo “obedecia”) foi respeitada.
Naquela época, a obediência ao meu coração pre-   Notava-se o amor pelo seu trabalho.
valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-   Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio:
40 ção” se liga diretamente ao nome “obediência”).   Ex.: Manteve-se rme em seus objetivos.

O verbo “estava” é seguido de um adjunto adverbial


  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO de lugar; neste caso, temos um adjunto adverbial.
1. (NOVA CONCURSOS – 2021) Identique os adjuntos  Resposta: Letra E.
adnominais das orações abaixo. Aposto

a) Os inscritos atrasados não puderam entrar.


entrar. Estruturas relacionadas a substantivos, pronomes
b) As consequências
consequências serão graves. ou orações. O aposto tem como propósito explicar,
c) Os alunos
alunos calados
calados estiveram
estiveram atentos. identicar, esclarecer, especicar, comentar ou apon-
apon-
d) Os funcionários da recepção continuaram calados. tar algo, alguém ou um fato.
e) O romance da jovem escritora foi
foi publicado. Ex.: Renata, lha de D. Raimunda, comprou uma
bicicleta.
a) “atrasados”, qualicando o termo “inscritos”  Aposto: lha de D. Raimunda
b) “As”, artigo relacionado do termo “consequências”  Ex.: O escritor Machado de Assis escreveu
Assis escreveu gran-
d) “calados”, qualicando o termo “alunos”  des obras.
d) “da recepção”, indicando quais são os funcionários Aposto: Machado de Assis.
e) “da jovem escritora”, indicando de quem é o
romance. Resposta. Classica-se nas seguintes categorias:

Adjunto Adverbial z
  Explicativo: usado para explicar o termo anterior.
Separa-se do substantivo a que se refere por uma
Termo representado por advérbios, locuções pausa, marcada na escrita por vírgulas, travessões
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio- ou dois-pontos.
na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas Ex.: As lhas gêmeas de Ana, que aniversariaram
circunstâncias. ontem,, acabaram de voltar de férias.
ontem
   Jés
 Jéssic
sicaa uma ótima pessoa,
pessoa, conseguiu apoio de todos.
z  Tempo: Quero que ele venha logo;
venha  logo;
z  Enumerativo: usado para desenvolver ideias que
z  Lugar:  A dança alegre se espalhou na avenida;
Lugar:
foram resumidas ou abreviadas em um termo ante-
z  Modo: O dia começou alegremente
alegremente;; rior. Mostra os elementos contidos em um só termo.
z  Intensidade: Almoçou pouco
pouco;;   Ex.: Víamos somente isto:isto: vales, montanhas e
z  Causa: Ela tremia de frio;
frio; riachos.
z  Companhia: Venha jantar comigo
comigo;;   Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
saber ,
preconceito, antipatia e arrogância.
arrogância.
z  Instrumento: Com a máquina,
máquina, conseguiu lavar as z  Recapitulativo ou resumidor: É o termo usado
roupas; para resumir termos anteriores. É expresso, nor-
z  Dúvida: Talvez
Talvez ele
 ele chegue mais cedo; malmente, por um pronome indenido.
z  Finalidade: Vivia para o trabalho;
trabalho; Ex.: Os professores, coordenadores, alunos, todos
z  Meio: Viajou de avião devido
avião devido à rapidez; estavam empolgados com a feira.
Irei a Macau, Cabo Verde, Angola e Timor-Leste,
z  Assunto: Falávamos sobre o aluguel;
aluguel; países africanos onde se fala português.
z  Negação: Não
Não permitirei
 permitirei que permaneça aqui;
z  Comparativo: Estabelece uma comparação implícita.
z  Armação: Sairia sim
sim naquela
 naquela manhã;   Ex.: Meu coração, uma nau ao vento,
vento, está sem
z  Origem: Descendia de nobres.
nobres. rumo.
z  Circunstancial: Exprime uma característica
Não confunda!
Para conseguir distinguir adjunto adverbial 
adverbial  de circunstancial.
adjunto adnominal,
adnominal, basta saber se o termo relacio-   Ex.: No inverno,
inverno, busquemos sair com roupas
nado ao adjunto é um verbo ou um nome, mesmo que apropriadas.
o sentido seja parecido. z  Especicativo: É o aposto que aparece junto a um
Ex.: Descendência de nobres.
nobres. (O “de nobres” aqui substantivo de sentido genérico, sem pausa, para
é um adjunto adnominal) especicá-lo ou individualizá-lo. É constituído por
Descendia
adjunto de nobres.
nobres. (O “de nobres” aqui é um
adverbial)   substantivos próprios.
Exs.: O mês de abril. 
abril. 
O rio Amazonas.
Amazonas.  
   A
Meu primo José
primo José..    S
   E

  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO z  Aposto da oração: É um comentário sobre o
fato expresso pela oração, ou uma palavra que
   U
   G
   U
   T
1. (NOVA CONCURSOS – 2021) O termo grifado em: condensa.    R
   O
“Watson estava numa sala ao lado ” exerce a função Ex.: Após a notícia, cou calado, sinal de sua    P
 
sintática de: preocupação..
preocupação    A
   U
O noticiário disse que amanhã fará muito calor –    G
   N
a) Adjunto adnominal ideia que
ideia  que não me agrada.     Í
   L
b) Objeto direto z  Distributivo: Dispõe os elementos equitativamente.
c) Predicativo Ex.: Separe duas folhas: uma para o texto e outra
d) Complemento nominal para as perguntas.
e) Adjunto adverbial Sua presença era inesperada, o que causou surpresa. 41

Dica z  Para distinguir vocativo de aposto: o vocati-


vo não se relaciona sintaticamente com nenhum
z O aposto pode aparecer antes  do termo a que
antes do outro termo da oração.
se refere, normalmente antes do sujeito. Ex.: Lufe, faz um almoço gostoso para as crianças.
Ex.: Maior
Ex.: tempos, Ayrton Sen-
 Maior piloto de todos os tempos, O aposto se relaciona sintaticamente com outro
na marcou uma geração. termo da oração.
z Segundo “o gramático”
gramático” Cegalla, quando o apos
apos-- A cozinha de Lufe,
Lufe, cozinheiro da família,
família, é impecável.
to se refere a um termo preposicionado, pode ele Sujeito: a cozinha de lufe.
vir igualmente preposicionado. Aposto: cozinheiro da família (relaciona-se ao
Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de sujeito).
 ele tinha medo.
tudo ele
tudo
z O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial. PERÍODO COMPOSTO
Ex.: Tuas pestanas eram assim: frias e curvas.
curvas.
(adjetivos, apostos do predicativo do sujeito) Observe os exemplos a seguir:
Falou comigo deste modo: calma e maliciosa- A apostila de Português está completa.
mente.. (advérbios, aposto do adjunto adverbial
mente Um verbo: Uma oração = período simples
de modo). Português e Matemática são disciplinas essen-
ciais para ser aprovado em concursos.
z  Diferença de aposto especicativo e adjunto Dois verbos: duas orações = período composto
adnominal: Normalmente, é possível retirar a O período composto é formado por duas ou mais
preposição que precede o aposto. Caso seja um orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
adjunto, se for retirada a preposição, a estrutura períodos simples e período compostos.
ca prejudicada.
Ex.: A cidade Fortaleza
Fortaleza é
 é quente. PE R ÍO DO SI
SIM PLE S P ER Í OD O CO
CO M PO STO
(aposto especicativo / Fortaleza é uma cidade)
O clima de Fortaleza é
Fortaleza é quente. O povo levantou-se cedo
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?) Era dia de eleição
Era dia
para evitar aglomeração
z  Diferença de aposto e predicativo do sujeito: O
aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo Para não esquecer:
adjetivo. Período simples 
simples  é aquele formado por uma uma   só
oração.
Ex.: Muito desesperado,
Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle. Período composto é
composto é aquele formado por duas duas ou
 ou
(predicativo do sujeito; núcleo: desesperado – ad- mais orações. Classica-se nas seguintes categorias:
 jetivo)
Homem desesperado,
desesperado, João sempre perde o con- z  Por coordenação
coordenação:: oraçõescoordenadasassindéticas;
assindéticas;
trole.
(aposto; núcleo: homem – substantivo)
 Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver-
sativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO z  Por subordinação: 
subordinação: 
1. (CESPE-CEBRASPE – 2014) No trecho, as vírgulas iso-
lam segmento – “Sua vocação eminentemente hídrica  Orações subordinadas substantivas: subjeti-
impõe, ao longo dos séculos, a necessidade do deslo- vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com-
camento...”” com função de aposto explicativo.
camento... pletivas nominais, predicativas, apositivas;
  Orações subordinadas adjetivas: restritivas,

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO explicativas;
  Orações subordinadas adverbiais: 
adverbiais:  causais,
O trecho “ao longo dos séculos” não é um aposto e comparativas, concessivas, condicionais, con-
não sugere explicação. Na verdade, ele é um adjunto formativas, consecutivas, nais, proporcionais,
adverbial de tempo deslocado na frase, intercalado temporais.
 por vírgulas.
vírgulas. Se trouxéssemos esse trecho
trecho para
para o iní-
cio do período, caria: “Ao longo dos séculos, sua z  Por coordenação
vocação eminentemente hídrica impõe a necessida- madas por períodosemistos;
subordinação: orações for-
subordinação:
de do deslocamento.” Resposta: Errado. z  Orações reduzidas:
reduzidas: de gerúndio e de innitivo.

Vocativo Período Composto por Coordenação

O vocativo é um termo que não mantém relação As orações são sintaticamente independentes. Isso
sintática com outro termo dentro da oração. Não per- signica que uma não possui relação sintática com
tence nem ao sujeito, nem ao predicado. É usado para verbos, nomes ou pronomes das demais orações no
chamar ou interpelar a pessoa que o enunciador dese- período.
 ja se comunicar. É um termo independente, pois Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
não faz parte da estrutura da oração. (Fernando Pessoa)
Ex.: Recepcionista
Recepcionista,, por favor, agende minha Oração coordenada 1: Deus quer
consulta. Oração coordenada 2: o homem sonha
42 Ela te diz isso desde ontem, Fábio. Oração coordenada 3: a obra nasce.

Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da Orações Subordinadas Substantivas


sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho São classicadas nas seguintes categorias:
Oração
porta coordenada
da sala assindética: colei o ouvido à
de Damasceno z  Orações subordinadas substantivas conectivas:
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi são introduzidas pelas conjunções subordinativas
Conjunção adversativa: mas nada integrantes que
que e
 e se
se..
Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de
Orações Coordenadas Sindéticas impostos..
impostos
Não sei se poderei sair hoje à noite.
noite.
As orações coordenadas podem aparecer ligadas z  Orações subordinadas substantivas justapos-
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra- tas: introduzidas por advérbios ou pronomes
vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome interrogativos   (onde
interrogativos onde,,  como,
como,  quando,
quando,  quanto,
quanto, 
sindética.. Veremos agora cada uma delas:
sindética quem etc.)
z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
z  Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou roubadas..
roubadas
simultaneidade. Não sei quem
sei quem lhe disse tamanha mentira.
mentira.
Conjunções constitutivas: 
constitutivas:  e,  nem
nem,,  mas
mas,, mas tam-
bém,, mas ainda,
bém ainda, bem como,
como, como também,
também,  se- z  Orações subordinadas substantivas reduzidas:
não também,
também, que (=(= e
 e)). não são introduzidas por conectivo, e o verbo ca
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro lhos. no
Ex.:innitivo.
Ele armou desconhecer estas regras.
regras.
Os convidados não compareceram nem explica-
ram o motivo. z  Orações subordinadas substantivas subjetivas:
z  Adversativas: exprimem ideia de oposição, con- exercem a função de sujeito
sujeito.. O verbo da oração
principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
traste ou ressalva em relação ao fato anterior.
ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
refe-
Conjunções constitutivas: masmas,, porém
porém,, todavia
todavia,, rir a nenhum termo na oração.
contudo,, entretanto
contudo entretanto,, no entanto,
entanto, senão
senão,, não obs- Ex.: Foi importante o seu regresso.
regresso. (sujeito)
tante,, ao passo que,
tante que, apesar disso,
disso, em todo caso.
caso. Foi importante que você regressasse.
regressasse. (sujeito ora-
Ex.: Ele é rico, mas
mas não
 não paga as dívidas. cional) (or. sub. subst. subje.)
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a z  Orações subordinadas substantivas objetivas
morte.” (Laurindo Rabelo) diretas: exercem a função de objeto direto de
direto de um
z  Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
se excluem. reto da oração principal.
Conjunções constitutivas: (ou (ou),
), (ou ... ou),
ou), (ora ... Ex.: Desejo o seu regresso.
regresso. (OD)
Desejo que você regresse.
regresse. (OD oracional) (or. sub.
ora),
ora ), (que
(que ... quer),
quer), (seja
(seja ... seja),
seja), ( já
 já ... já),
já), (talvez
(talvez
... talvez).
talvez). subst. obj. dir.)
Ex.: Ora
Ora responde,
 responde, ora
ora ca
 ca calado. z  Orações subordinadas substantivas completi-
Você quer suco de laranja ou ou refrigerante?
 refrigerante? vas nominais: exercem a função de complemento
nominal de
nominal  de um substantivo, adjetivo ou advérbio
z  Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica da oração principal.
sobre um raciocínio. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio.
apoio. (comple-
Conjunções constitutivas: logo
logo,, portanto
portanto,, por con- mento nominal)
seguinte,, pois isso,
seguinte isso, pois
pois (o
 (o “pois” sem ser no início Tenho necessidade de que você me apoie.
apoie . (com-
de frase). plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com-
Ex.: Estou recuperada, portanto
portanto viajarei
 viajarei próxima pl. nom.)
semana.
z  Orações subordinadas substantivas predicati-
“Era domingo; eu nada tinha, pois
pois,, a fazer.” (Paulo
vas: funcionam como predicativos do sujeito da
sujeito da
Mendes Campos) oração principal. Sempre guram após o verbo de
z  Explicativas:  justicam uma opinião ou ordem ligação ser
ser..
expressa. Conjunções constitutivas: que
que,, porque
porque,, Ex.: Meu desejo é a sua felicidade.
felicidade. (predicativo do
porquanto,, pois
porquanto pois.. sujeito)
Meu desejo é que você seja feliz.
feliz. (predicativo do
aEx.: Vamos dormir, que
“pois”) que é
 é tarde. (o “que” equivale sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.)
Vamos almoçar de novo porque
porque   ainda estamos    A
z  Orações subordinadas substantivas apositivas:    S
com fome. funcionam como aposto. Geralmente vêm depois    E
   U
de dois-pontos ou entre vírgulas.    G
   U
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Ex.: Só quero uma coisa: a sua volta imediata.
imediata. (aposto)    T
   R
Só quero uma coisa: que você volte imediata-    O
Formado por orações sintaticamente dependentes, mente.. (aposto oracional) (or. sub. aposi.)
mente    P
 
   A
considerando a função sintática em relação a um ver- z  Orações subordinadas adjetivas:
adjetivas: desempenham    U
   G
bo, nome ou pronome de outra oração. função de adjetivo (adjunto adnominal ou, mais    N
    Í
Tipos de orações subordinadas: raramente, aposto explicativo). São introduzidas    L

por pronomes relativos (que (que,, o qual,


qual, a qual,
qual, os
z  Substantivas; quais,, as quais,
quais quais, cujo
cujo,, cuja
cuja,, cujos
cujos,, cujas
cujas   etc.) As
z  Adjetivas; orações subordinadas adjetivas classicam-se em:
z  Adverbiais. explicativas e restritivas. 43

z  Orações subordinadas adjetivas explicativas: z  Orações subordinadas adverbiais nais: indicam


não limitam o termo antecedente e, sim, acres- um objetivo a ser alcançado. São introduzidas por:
centam uma explicação sobre o termo anteceden- para que, a m de que, porque e que (= para que).
te. São consideradas termo acessório no período,   Ex.: O pai sempre trabalhou  para que os lhos
podendo ser suprimidas. Sempre aparecem isola- tivessem bom estudo.
estudo.
das por vírgulas.
z  Orações subordinadas adverbiais proporcio-
Ex.: Minha mãe, que é apaixonada por bichos,
bichos,
nais: são introduzidas por: à medida que, 
que,   à pro-
cria trinta gatos.
porção que, quanto mais, quanto menos 
menos etc.
z  Orações subordinadas adjetivas restritivas:   Ex.: Quanto mais ouço essa música, música , mas a
especicam ou limitam a signicação do termo aprecio.
antecedente, acrescentando-lhe um elemento
z  Orações subordinadas adverbiais temporais:
indispensável ao sentido. Não são isoladas por
são introduzidas por: quando, enquanto, logo 
logo que,
vírgulas.
Ex.: A doença que surgiu recentemente 
recentemente  ainda é depois que, assim que, sempre que, cada vez que,
agora que 
que etc.
incurável.
  Ex.: Assim
Ex.: Assim que você sair,
sair, feche a porta, por favor.
Dica Para separar as orações de um período composto, é
Como diferenciar as orações subordinadas adje- necessário atentar-se para dois elementos fundamen-
restritivas das orações subordinadas adjeti-
tivas restritivas das tais: os verbos
verbos (ou
 (ou locuções verbais)
verbais) e os conectivos
conectivos  
explicativas?
vas explicativas? (conjunções
conjunções ou
esses  ou pronomes
elementos, relativos
relativos).
deve-se contar ). Após
quantas assinalar
orações ele
Ele visitará o irmão que mora em Recife.
Recife.
(restritiva, pois ele tem mais de um irmão e vai representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
ções verba
verbais.
is. Exs
xs.:.:
visitar apenas o que mora em Recife)
Ele visitará o irmão, que mora em Recife.
Recife. [“A recordação de uns simples olhos basta
basta]] – 1ª or
oraç
ação
ão
(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que [para xar outros]
 outros] –
 – 2ª oração
mora em Recife) [que os rodeiam
rodeiam]] – 3ª oração
[e se deleitem
deleitem com
 com a imaginação deles].  – 4ª ora-
z  Orações subordinadas adverbiais: exprimem ção (M. de Assis)
uma circunstância relativa a um fato expresso em
outra oração. Têm função de adjunto adverbial.
adverbial. Nesse período, a 2ª oração subordina-se ao verbo
São introduzidas por conjunções subordinativas basta pertencente à 1ª (oração principal).
(exceto as integrantes) e se enquadram nos seguin- A 3ª e a 4ª são orações coordenadas entre si, porém
tes grupos: ambas dependentes do pronome outros
outros da
 da 2ª oração.
z  Orações subordinadas adverbiais causais: são
introduzidas por: como, já que, uma vez que, por- Orações Reduzidas

  que, visto que etc. o restante do caminho a pé por-


Ex.: Caminhamos z Apresentam o mesmo verbo em uma das formas
que camos sem gasolina. nominais (gerúndio, particípio e innitivo);
z  Orações subordinadas adverbiais comparati- z  As que são substantivas e adverbiais: nunca são
vas: são introduzidas por: como
como,, assim como,
como, tal iniciadas por conjunções;
qual,, como
qual como,, mais
mais etc.
 etc.
  Ex.: A cerveja nacional é menos concentrada (do) z  As que são adjetivas: nunca podem ser iniciadas
que a importada.
importada. por pronomes relativos;
z  Orações subordinadas adverbiais concessivas: z  Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses
indica certo obstáculo em relação ao fato expres- conectivos;
so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São z  Podem ser iniciadas por preposição ou locução
introduzidas por: 
por: embora, ainda que, mesmo que,
por mais que, se bem que 
que etc. prepositiva.
  Ex.: Mesmo que chova,
chova, iremos à praia amanhã. Ex.: Terminada a prova,
prova, fomos ao restaurante.
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
z  Orações subordinadas adverbiais condicionais: conjunção
são introduzidas por: 
por: se, caso, desde que, salvo se, Quando terminou a prova,
prova, fomos ao restaurante.
  contanto
Ex.: que,sucesso
Você terá a menos que que
que 
desde etc. se esforce para tal.
tal. (desenvolvida)
O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção
z  Orações subordinadas adverbiais conformati-
vas: são
vas:  são introduzidas por: 
por:  como, conforme, segun- Orações Reduzidas de Innitivo
do, consoante.
  Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
z  Orações subordinadas adverbiais consecutivas: Se o innitivo for pessoal, irá exionar normalmente.
são introduzidas por: 
por:  que
que   (precedido na oração
anterior de termos intensivos como tão,  tão,  tanto, z  Substantivas: Ex.:
Ex.:  É preciso trabalhar muito.
muito. (O.
tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma S. substantiva subjetiva reduzida de innitivo)
que, sem que. Deixe o  aluno
aluno   pensar
pensar.. (O. S. substantiva objetiva
  Ex.: A garota rio tanto, que se engasgou.
engasgou. direta reduzida de innitivo)
“Achei
“Achei as rosas mais belas do que nunca, e tãotão per-
 per- A melhor política é ser honesto.
honesto. (O. S. substantiva
44 fumadas que me estontearam.”
estontearam.” (Cecília Meireles) predicativa reduzida de innitivo)

Este é um difícil livro de se ler.


ler. (O. S. substantiva Resumindo: período composto por coordenação e
completiva nominal reduzida de innitivo) subordinação.
Temos uma missão: subir aquela escada. escada. (O. S. As orações subordinadas são coordenadas entre si,
substantiva apositiva reduzida de innitivo) ligadas ou não por conjunção.
z  Adjetivas: Ex.:
Ex.:  João
 João não é homem de meter os pés
pelas mãos.
mãos. z  Orações subordinadas substantivas coordena-
O meu manual para fazer bolos 
bolos  certamente vai das entre si
agradar a todos.   Ex.: Espero
Ex.: Espero que
 que você não me culpe, que não culpe
z  Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado,
machucado, meus pais, nem que culpe meus parentes.
continua jogando bola.   Oração principal: Espero
Sem estudar,
estudar, não passarão.   Oração coordenada 1: que você não me culpe
Ele passou mal, de tanto comer doces.
doces.   Oração coordenada 2: que não culpe meus pais
Orações Reduzidas de Gerúndio   Oração coordenada 3: nem que culpe meus
parentes.
Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo-
sitivas, adjetivas, adverbiais.
Importante!
z  Coordenada aditiva: Ex.: Pagou a conta, cando
livre dos juros.
juros. O segredo para classicar as orações é per-
per-
ceber os conectivos (conjunções e pronomes
z  Substantiva apositiva: Ex.: Não mais se vê amigo relativos).
  ajudando um aoartistas
Agora ouvimos outro. (subjetiva)
outro. cantando no shopping .
(objetiva direta) z  Orações subordinadas adjetivas coordenadas
z  Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola 
esmola  dói o entre si
coração.   Ex.: A mulher que é compreensiva,
compreensiva, mas que é
z  Adverbial: Ex.:
Ex.:   Temendo a reação do pai,
pai , não cautelosa,, não faz tudo sozinha.
cautelosa
contou a verdade.   Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva
compree nsiva
  Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
Orações Reduzidas de Particípio cautelosa
z  Orações subordinadas adverbiais coordenadas
Podem ser adjetivas ou adverbiais. entre si
  Ex.: Não só quando estou presente,
presente, mas também
z  Adjetiva: Ex.: A notícia divulgada pela mídia era
mídia era falsa.
  Nosso planeta, ameaçado constantemente por quando não estou,
estou, sou discriminado.
nós mesmos,
mesmos, ainda resiste.   Oração subordinada adverbial 1: quando estou
z  Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições,
condições, não have- presente

  ria
Dadaproblemas.
a notícia(condicional)
da herança,
herança, as brigas começaram.   Oração
estou subordinada adverbial 2: quando não
(causal/temporal) z  Orações coordenadas ou subordinadas no mes-
  Comprada a casa,
casa, a família se mudou logo.
(temporal) mo período
  Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
O particípio concorda em gênero e número com os seu papel, no entanto a realidade não é assim.
termos referentes.   Oração principal: Presume-se
Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre-   Oração subordinada subjetiva da principal: as
quentes em provas de concurso. penitenciárias cumpram seu papel
  Oração coordenada sindética adversativa da ante-
Períodos Mistos rior: no entanto a realidade não é assim.

São períodos que apresentam estruturas oracio-


nais de coordenação e subordinação.
Assim, às vezes aparecem orações coordenadas   EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
dentro de um conjunto de orações que são subordina-
das a uma oração principal. 1. (UEPA – 2013 ) No trecho: “Até hoje, os prédios resi-    A
   S
denciais no Brasil têm dois elevadores: o social, para    E
   U
os patrões e aqueles no topo da hierarquia social, e
1ª oração 2ª oração 3ª oração    G
o elevador de serviço, apropriado para empregados    U
   T
O homem entrou na sala e pediu que todos calassem. e pobres”. A repetição do conectivo “e” tem efeito de    R
   O
marcar uma:    P
 
   A
verbo verbo verbo    U
a) descontinuidade de fatos.    G
   N
    Í
1ª oração: oração
oração: oração coordenada assindética. b) sequência cronológica dos fatos.    L
2ª oração: 
oração:  oração coordenada sindética aditiva em c) coordenação entre as ideias
ideias principais.
principais.
relação à 1ª oração e principal em relação à 3ª oração. d) implicação natural de consequência dos dois últimos
3ª oração: coordenada
oração: coordenada substantiva objetiva direta fatos em relação ao primeiro.
em relação à 2ª oração. e) subordinação entre a sequência dos fatos. 45

O conectivo “e” junta duas ideias coordenadas “o Ontem choveu o esperado para o mês todo. / Ontem,
[elevador] social” e “o elevador de serviço”. Respos- choveu o esperado para o mês todo.
ta: Letra C.  Ela acordou muito cedo. Por isso cou com sono
durante a aula. / Ela acordou muito cedo. Por isso, cou
2. (CEPERJ – 2013) “É razoável que as pessoas tenham com sono durante a aula.
medo de assaltos”. Abaixo estão cinco (5) formas  Irei à se
amanhã, praia
não amanhã
chover.. se não chover. / Irei à praia
chover
de reescrever-se essa frase. Assinale a única forma
errada.
Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações
a) É razoável
razoável as pessoas temerem assaltos.
b) É razoável
razoável que as pessoas temessem assaltos. z  Entre o sujeito e o verbo
c) É razoável que as pessoas tenham medo de ser assaltadas.   Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende-
d) É razoável que assaltos causem
causem medo às pessoas. ram a explicação. (errado)
e) É razoável
razoável que assaltos sejam temidos pelas pessoas.   Muitas coisas que quebraram meu coração, con-
sertaram minha visão. (errado)
 A forma “que as pessoas temessem” está também z  Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
no subjuntivo, mas pertence a tempo verbal diferen- dicativo do sujeito:
te da frase original, alterando o sentido. Resposta:   Ex.: Os alunos caram, satisfeitos com a explica-
explica -
 Letra B. ção. (errado)
  Os alunos precisam de, que os professores os aju-
dem. (errado)
  Os alunos entenderam, toda aquela explicação.
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO (errado)
z  Entre um substantivo e seu complemento nominal
PONTUAÇÃO ou adjunto adnominal.
  Ex.: A manutenção, daquele professor foi exigida
Outro tópico que gera dúvidas é a pontuação. Vere- pelos alunos. (errado)
mos a seguir as regras sobre seus usos. z  Entre locução verbal de voz passiva e agente da
passiva:
Uso de Vírgula   Ex.: Todos os alunos foram convidados, por aquele
aque le
professor para a feira. (errado)
A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três
z  Entre o objeto e o predicativo do objeto:
funções básicas: marcar as pausas e as inexões da
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e   Ex.: Considero suas aulas, interessantes. (errado)
orações; e esclarecer o signicado da frase, afastando   Considero interessantes, as suas aulas. (errado)
qualquer ambiguidade.
Quando se trata de separar termos de uma mesma
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:


 
Para separar os termos de mesma função
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta.
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
(TJ-SC – 2011) Indique o período que não apresenta
1. (TJ-SC
erro de pontuação:
z  Usa-se a vírgula para separar os elementos de
enumeração. a) Morte de orestas;
orestas; chuvas ácidas, e animais marinhos
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi cobertos por petróleo, são questões ambientais que
arrastado pelo tsunami. teriam suciente relevância para alarmar a população,
e automaticamente, motivar encontros e discussões.
z  Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que b) Ao nal, conclui
conclui o autor,
autor, que todos esses elementos
 já apareceu na frase) do verbo apontados são faces de uma nova abordagem meto-
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate. dológica para a proteção do meio ambiente.
  Ela prefere lmes de cção cientíca; o namorado, c) Não é justo e razoável que o servidor tenha que des-
lmes de terror. pender recursos nanceiros com o recolhimento das
z  Para separar palavras ou locuções explicativas, custas judiciais – que serão destinadas ao seu deve-
reticativas dor – para obter o que lhe é devido e, depois, reclamar
  Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15 a restituição, se julgada procedente a sua pretensão.
d) Outra providência
providência muito recomendada, é evitar polari-
anos. zação entre os setores de planejamento e produção,
z  Para separar
separar datas e nomes de lugar privilegiando o trabalho em equipe, realizado de forma
  Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985. coordenada.
z  Para separar as conjunções coordenativas, exceto e) Segundo Meirelles
Meirelles o ato administrativo
administrativo – vinculado
vinculado ou
e, nem, ou. discricionário –, há que ser praticado com a observân-
  Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. cia formal e ideológica da lei.

A vírgula também é facultativa


facultativa quando
 quando a expres-  No trecho “o que lhe é devido e, depois, reclamar a
são de tempo, modo e lugar não for uma expressão, restituição, se julgada procedente a sua pretensão”,
mas uma palavra só. Exemplos: as duas primeiras vírgulas isolam o advérbio de
 Antes vamos conversar.
conversar. / Antes, vamos conversar.
conversar. tempo “depois”, que está deslocado; a última vírgula
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço  justica-se pela condicional “se julgada procedente
46 em casa. a sua pretensão”. Resposta: Letra C.

Uso de Ponto e Vírgula Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui-
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”.
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
e vírgula (;
(;): Parênteses

z  Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas Têm função semelhante à dos travessões e das
  Ex.: Ela, quando viu, cou feliz; ele, quando a viu, vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter-
cou triste. mos, expressões ou orações.
z  No lugar das conjunções coordenativas deslocadas Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
  Ex.: O maratonista correu bastante; cou, portan-
portan - vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
to, exausto. Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
 jantar. (oração intercalada)
z  No lugar do e seguido de elipse
e lipse do verbo (= zeugma)
  Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o Ponto-nal
ouvinte.
  Prero brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai, É o sinal que denota maior pausa.
sorvete. Usa-se:
z  Em enumerações, portarias, sequências
  Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal: z  Para indicar o m de oração absoluta ou de
  o Procurador-Geral da República; período.
  o Colégio de Procuradores da República;   Ex.: “Itabira é apenas uma fotograa na parede.”
  o Conselho Superior do Ministério Público Federal. Carlos Drummond de Andrade

Dois-pontos z  Nas abreviaturas


  Ex.: apart. ou apto. = apartamento
Marcam uma supressão de voz em frase que ainda   sec. = secretário
não foi concluída.   a.C. = antes de Cristo
Servem para:
Dica
z  Introduzir uma citação (discurso direto):
  Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um Símbolos do sistema métrico decimal e elemen-
homem mais pelas suas perguntas que pelas suas tos químicos não vêm com ponto nal:
respostas”. Exemplos: km, m, cm, He, K, C
z  Introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
Ponto de Interrogação
distributivo ou uma oração subordinada substan-
tiva apositiva
  Ex.: Em nosso meio, há bons prossionais: profes-
profes - Marca uma entonação ascendente (elevação da
sores, jornalistas, médicos. voz) em tom questionador.
Usa-se:
z  Introduzir uma explicação ou enumeração após
expressões z 
saber, como.como por exemplo, isto é, ou seja, a  
Em frase interrogativa direta:
Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?
  Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens,
Filosoa, Ciências... z  Entre parênteses para indicar incerteza:
z  Marcar uma pausa entre orações coordenadas   Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho
(relação semântica de oposição, explicação/causa que havia palavra melhor no contexto.
ou consequência) z  Junto com o ponto de exclamação, para denotar
  Ex.: Já leu muitos livros: pode-se dizer que é um surpresa:
homem culto.
  Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com   Ex.: Não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou !?)
cautela. z  E interrogações retóricas:
z  Marcar invocação em correspondências   Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
  Ex.: Prezados senhores: que não jogaremos comida fora à toa”).
  Comunico, por meio deste, que...
Ponto de Exclamação
Travessão
z  É empregado para marcar o m de uma frase com    A
   S
z  Usado emdediscursos diretos,    E
discurso interlocutor: Ex.: indica a mudança de   entonação exclamativa:
Ex.: Que linda mulher!    U
   G
  – Bom dia, Maria!   Coitada dessa criança!    U
   T
  – Bom dia, Pedro! z  Aparece após uma interjeição:    R
   O
  Ex.: Nossa! Isso é fantástico.    P
 
z  Serve também para colocar em relevo certas    A
   U
expressões, orações ou termos. Pode ser subs- z  Usado para substituir vírgulas em vocativos enfáticos:    G
tituído por vírgula, dois-pontos, parênteses ou   Ex.: “Fernando José! onde estava até esta hora?”    N
    Í
colchetes:    L

  Ex.: Os professores ― amigos meus do curso cario-


cario- z  É repetido duas ou mais vezes quando se quer
ca ― vão fazer videoaulas. (aposto explicativo) marcar uma ênfase:
  Meninos ― pediu ela ―, vão lavar as mãos, que   Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50
vamos jantar. (oração intercalada) metros em 20 segundos!!! 47

Reticências z  Para indicar os sons da fala, quando se estuda


Fonologia:
São usadas para:   Ex.: mel: [mɛw]; nem: [bẽy]
z  Para suprimir parte de um texto (assim como
z  Assinalar interrupção do pensamento:
parênteses)
  Ex.: ― Estou ciente de que...
   ― Pode dizer...   Ex.: Na as
desceu hora em que
escadas entrou no quarto
apressadamente. ou[...] e depois
z  Indicar partes suprimidas de um texto: Na hora em que entrou no quarto (...) e depois des-
  Ex.: Na hora em que entrou no quarto ... e depois ceu as escadas apressadamente. (caso não preferí-
desceu as escadas apressadamente. (Também pode vel segundo as normas da ABNT)
ser usado: Na hora em que entrou no quarto [...] e
depois desceu as escadas apressadamente.) Asterisco
z  Para sugerir prolongamento da fala:
z  É colocado à direita e no canto superior de uma
  Ex.: ―O que vocês vão fazer nas férias?
   ― Ah, muitas coisas: dormir, nadar, pedalar... palavra do trecho para se fazer uma citação ou
comentário qualquer sobre o termo em uma nota
z  Para indicar hesitação: de rodapé:
  Ex.: ― Eu não a beijava porque... porque... tinha   Ex.: A palavra tristeza
tristeza   é formada pelo adjetivo
vergonha. triste acrescido
triste  acrescido do suxo -eza*
-eza*..
z  Para realçar uma palavra ou expressão, normal-   *-eza é
*-eza  é um suxo nominal justaposto a um adjeti-
adjeti -
mente com outras intenções: vo, o que origina um novo substantivo.

  Ex.: ― Ela é linda...! Você nem sabe como...! z  Quando


ou lacunarepetido três vezes,
em um texto, indica umaemomissão
principalmente substi-
Uso das Aspas tuição a um substantivo próprio:
  Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami-
São usadas em citações ou em algum termo que nhado aos responsáveis.
precisa ser destacado no texto. Pode ser substituído
por itálico ou negrito, que têm a mesma função de z  Quando colocado antes e no alto da palavra, repre-
destaque. senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto
Usam-se nos seguintes casos: é, cuja existência é provável, mas não comprovada:
  Ex.: Parecer, do latim * parescere
* parescere..
z  Antes e depois de citações: z  Antes de uma frase para indicar que ela é agrama-
  Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras
arma Dad Squarisi, 64. da gramática.
z  Para marcar estrangeirismos, neologismos, arcaís-   * Edifício elaborou projeto o engenheiro.
mos, gírias e expressões populares ou vulgares,
conotativas: Uso da Barra

  Ex.: desejava.
que O home, “ledo” de paixão, não teve a fortuna A barra oblíqua [ / ] é um sinal gráco usado:
  Não gosto de “pavonismos”.
  Dê um “up” no seu visual. z  Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser
substituída pela conjunção “ou”:
z  Para realçar uma palavra ou expressão imprópria,   Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta.
às vezes com ironia ou malícia   Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta.
  Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
  Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” z  Para indicar inclusão, quando utilizada na separa-
sonoro. ção das conjunções e/ou.
  Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais
z  Para citar nomes de mídias, livros etc. e/ou escritos.
  Ex.: Ouvi a notícia do “Jornal Nacional”.
z  Para indicar itens que possuem algum tipo de rela-
Colchetes ção entre si.
  Ex.: A palavra será classicada quanto ao número
Representam uma variante dos parênteses, porém (plural/singular).
tem uso mais restrito.   O carro atingiu os 220 km/h.
Usam-se nos seguintes casos: z  Para separar os versos de poesias, quando escritos
seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas
z  Para incluir num texto uma observação de nature- barras para indicar a separação das estrofes.
za elucidativa:   Ex.: “[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que
  Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de passa perto,/meu peito é puro deserto./Subo mon-
Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”. te, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noi-
z  Para isolar o termo latino sic
sic (que
 (que signica “assim”), te./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles
a m de indicar que, por mais estranho ou errado z  Na escrita abreviada, para indicar que a palavra
que pareça, o texto original é assim mesmo: não foi escrita na sua totalidade:
  Ex.: “Era peior [sic
[sic]] do que fazer-me esbirro aluga-   Ex.: a/c = aos cuidados de;
48 do.” (Machado de Assis)   s/ = sem

z  Para separar o numerador do denominador nos Popularmente, usa-se “do que” no lugar de “a”,
números fracionários, substituindo a barra da o que tornaria a oração da seguinte forma: “Prero
fração: natação do que futebol”. Porém, segundo a norma-pa-
  Ex.: 1/3 = um terço drão, a forma correta é como consta no exemplo.
z  Nas datas: Concordância Verbal com o Sujeito Simples
Ex.: 31/03/1983
z  Nos números de telefone: Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do
Ex.: 225 03 50/51/52 sujeito.
Ex.: Os jogadores
Os  jogadores   de futebol ganham
ganham um
 um salário
z  Nos endereços: exorbitante.
Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232
Diferentes situações:
z  Na indicação de dois anos consecutivos:
Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso. z  Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
z  Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua: sentido coletivo, o verbo ca no singular. Ex.: A
  Ex.: /s/ multidão  gritou
multidão gritou entusiasmada.
 entusiasmada.
z  Quando o sujeito é o pronome relativo que, o ver-
Embora não existam regras muito denidas sobre bo posterior ao pronome relativo concorda com o
a existência de espaços antes e depois da barra oblí- antecedente do relativo. Ex.: Quais os limites
limites   do
qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu- Brasil que
que se
 se situam
situam mais
 mais próximos do Meridiano?
lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo. z  Quando o sujeito é o pronome indenido quem, o
verbo ca na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós
quem resolveu a
resolveu a questão.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Por questão de ênfase, o verbo pode também con-
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos
Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se nós quem
nós quem resolvemos a questão.
umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
z  Quando o sujeito é um pronome interrogativo,
cem a alguns princípios: um deles é a concordância. demonstrativo ou indenido no plural + de nós /
Observe o exemplo: de vós,
vós, o verbo pode concordar com o pronome no
plural ou com nós
nós / / vós
vós.. Ex.: Alguns
Alguns de
 de nós resol-
A pequena garota andava
garota andava sozinha pela cidade. viam   essa questão. / Alguns de nós resolvíamos 
viam resolvíamos 
A: Artigo, feminino, singular; essa questão.
Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
z  Quando o sujeito é formado por palavras plurali-
Garota: Substantivo, feminino, singular.
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou-
Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos ver artigo denido antes de uma palavra plura-
plura-
adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o lizada, o verbo ca no plural. Caso não haja esse
número (singular)
Na língua do substantivo.
portuguesa, há dois tipos de concordân- artigo,
Unidos o continuam
Unidos verbo ca uma
no singular.
continuam uma potência.Ex.: Os
Os   Estados
cia: verbal e nominal. Estados Unidos continua uma
continua uma potência.
Santos ca em São Paulo. (Corresponde a: “A cida-
CONCORDÂNCIA VERBAL de de Santos ca em São Paulo.”)

É a adaptação em número – singular ou plural –


e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo Importante!
sujeito. Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o
“De todos os povos mais plurais culturalmente, o verbo ca no singular ou no plural.
Brasil,, mesmo diante de opiniões contrárias, as quais
Brasil Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
insistem em desmentir que nosso país é cheio de ‘bra-
sis’ – digamos assim –, ganhaganha disparando
 disparando dos outros,
pois houve inuências de todos os povos aqui: euro- euro - z  Quando o sujeito é formado pelas expressões mais
peus, asiáticos e africanos.” de um,
um, cerca de,de, perto de,
de, menos de,
de, coisa de,
de,
Esse período, apesar de extenso, constitui-se de obra de etc.,
de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.:    A
   S
um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor- Mais de um
um aluno
 aluno compareceu
compareceu à à aula.    E
   U
respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita car no   Mais de cinco
cinco alunos
 alunos compareceram
compareceram à  à aula.    G
   U
singular.    T
   R
Destrinchando o período, temos que os termos A expressão mais de um tem particularidades:    O
   P
essenciais da oração (sujeito e predicado) são apenas se a frase indica reciprocidade (pronome reexivo  
   A
“[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi- recíproco se
se),
), se houver coletivo especicado ou se    U
   G
cado verbal. a expressão vier repetida, o verbo ca no plural. Ex.:    N
    Í
Veja um caso de uso de verbo bitransitivo: Mais de um irmão se abraçaram.    L
Ex.: Prero natação a futebol.
Verbo bitransitivo: Prero Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa.
Objeto direto: natação Mais de um aluno, mais de um professor esta-
Objeto indireto: a futebol vam presentes. 49

z  Quando o sujeito é formado po um número per- Concordância Verbal com o Sujeito Composto
centual ou fracionário, o verbo concorda com o
numerado ou com o número inteiro, mas pode z  Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-
concordar com o especicador dele. Se o numeral ticais diferentes
vier precedido de um determinante, o verbo con-   Ex.: Eu e ele nos tornamos bons
tornamos bons amigos.
cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3 1/3  
z  Núcleos do sujeito ligados pela preposição com
das pessoas do mundo sabe
sabe o
 o que é viver bem.
  Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou
chegou//che-
Apenas 1/3 das pessoas
pessoas do
 do mundo sabem
sabem o o que é garam ontem.
garam  ontem.
viver bem. z  Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada
cada  
Apenas 30% do povo
povo  sabe
sabe o
 o que é viver bem. ou nenhum
Apenas 30%
30% do
 do povo sabem
sabem o o que é viver bem.   Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve
deve man-
 man-
Os 30% da
30% da população não sabem
sabem o  o que é viver mal. ter o espírito esportivo.
z  Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO  
singular
Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava
ajudava//aju-
davam.. (preferencialmente no singular)
davam
1. (FGV – 2008) “... mostram que um terço dos pagamen-
tos realizados por intermédio de instituições nancei-
nancei - z  Gradação entre os núcleos do sujeito
ras foi tributado apenas por aquela contribuição...”   Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou
bastou//bastaram
bastaram para
 para
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo me acalmar. (preferencialmente no singular)
“um terço”, não se tenha mantido a concordância em
z  Núcleos do sujeito no innitivo
conformidade com a norma culta. Desconsidere a
possibilidade de concordância atrativa.   Ex.: Andar e nadar faz
faz bem
 bem à saúde.
z  Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu-
a) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados
realizados por mitivo (nada
(nada,, tudo
tudo,, ninguém
ninguém))
intermédio de instituições nanceiras foi tributado   Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu
comoveu..
apenas por aquela contribuição.
z  Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
outro,
b) mostram que menos de 2% dos pagamentos realiza-
dos por intermédio de instituições nanceiras foram nem um nem outro
tributados apenas por aquela contribuição.   Ex.: Um e outro já veio
veio//vieram
vieram aqui.
 aqui.
c) mostram que grande parte dos pagamentos realiza- z  Núcleos do sujeito ligados por nem... nem
dos por intermédio de instituições nanceiras foi tribu-
tribu -   Ex.: Nem a televisão nem a internet
internet  desviarão
desviarão meu
 meu
tado apenas por aquela contribuição. foco nos estudos.
d) mostram que três quartos dos
dos pagamentos realizados
z  Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras 
palavras  
por intermédio de instituições nanceiras foram tribu-
tribu-
tados apenas por aquela contribuição. como,, menos
como  menos,, inclusive
 inclusive,, exceto ou as expressões 
expressões 
e) mostram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados bem como,
como, assim como,
como, tanto quanto
por intermédio de instituições nanceiras foi tributado   Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará
ganhará   o jogo na
apenas por aquela contribuição. nal.
z
 Em “grande parte dos pagamentos realizados...   Núcleos
aditivas do sujeito (tanto...
enfáticas (ligados
tanto...pelas séries
quanto correlativas
/ como / assim
 foi tributado”, não houve concordância adequada, como;; não só...
como só... mas também etc.)etc.)  
deveria ser “foi tributada”, para concordar com o Ex.: Tanto ela quanto ele mantém
mantém//mantêm sua
núcleo do sujeito, “parte”. Resposta: Letra C. popularidade em alta.
z  Quando dois ou mais adjuntos modicam um úni- úni-
z  Os verbos bater
bater,, dar
dar   e soar
soar   concordam com o
co núcleo, o verbo ca no singular concordando
número de horas ou vezes, exceto se o sujeito for a com o núcleo único. Mas, se houver determinante
palavra relógio. Ex.:
Ex.:   Deram duas horas
horas,, e ela não
após a conjunção, o verbo ca no plural, pois aí o
chegou. (Duas horas deram...)
sujeito passa a ser composto.
  Bateu o sino duas
sino duas vezes. (O sino bateu)
  Ex.: O preço 
preço  dos alimentos e dos combustíveis
  Soaram dez badaladas 
badaladas  no relógio da sala. (Dez aumentou.. Ou: O preço dos 
aumentou dos  alimentos e o  dos
badaladas soaram) combustíveis aumentaram
aumentaram..
  Soou dez
Soou  dez badaladas o relógio da
relógio da escola. (O relógio
da escola soou dez badaladas)
Concordância Verbal do Verbo Ser
z  Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o
z
verbo concorda
dem-se casas decom
casas  o sujeito
veraneio  aqui.paciente. Ex.: Ven-
veraneio aqui.     Ex.:
Concorda com ounha
Nós somos sujeito
e carne.
  Nunca se viu,
viu, em parte alguma, pessoa tão
z  Concorda com o sujeito (pessoa)
interessada..
interessada
  Ex.: Os meninos foram ao supermercado.
z  Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
z  Em predicados nominais, quando o sujeito for
verbo ca sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa
representado por um dos pronomes tudo tudo,, nada
nada,,
Majestade está preocupada?
  Suas Excelências precisam de algo? isto,, isso
isto isso,, aquilo
aquilo ou
 ou “coisas”, o verbo ser
ser concor-
 concor-
dará com o predicativo (preferencialmente) ou
z  Sujeito do verbo viver em orações optativas ou com o sujeito
50 exclamativas. Ex.: Vivam os campeões!
campeões!   Ex.: No início, tudo é/são
é/ são ores.
 ores.

z  Concorda com o predicativo quando o sujeito for z  Concordância do verbo parecer


que ou
que  ou quem   Flexiona-se ou não o innitivo.
  Ex.: Quem foram os classicados?   Pareceu-me estarem
estarem os
 os candidatos conantes. (o
equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta-
z  Em indicações de horas, datas, tempo, distância vam conantes”, portanto o innitivo é exionado
(predicativo), o verbo concorda com o predicativo de acordo com o sujeito, no plural)
  Ex.: São
São nove
 nove horas.   Eles parecem estudar
estudar   bastante. (locução verbal,
  É frio aqui. logo o innitivo será impessoal)
  Seria meio-dia e meia ou seriam
seriam doze
 doze horas? z  Concordância dos verbos impessoais
z  O verbo ca no singular quando precede termos   São os casos de oração sem sujeito. O verbo ca
como muito
muito,, pouco
pouco,, nada
nada,, tudo
tudo,, bastante
bastante,, mais
mais,, sempre na 3ª pessoa do singular.
menos   etc. junto a especicações de preço, peso,
menos   Ex.: Havia
Havia sérios
 sérios problemas na cidade.
quantidade, distância, e também quando seguido   Fazia quinze
Fazia  quinze anos que ele havia se formado.
do pronome o   Deve   haver
Deve haver   sérios problemas na cidade. (verbo
  Ex.: Cem metros é muito para uma criança. auxiliar ca no singular)
  Divertimentos é o que não lhe falta.   Trata-se de
Trata-se  de problemas psicológicos.
  Dez reais é nada diante do que foi gasto.   Geou muitas
Geou  muitas horas no sul.
z  Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da ora- z  Concordância com sujeito oracional
ção não aparecer entre o verbo ser e o que
o  que,, o ser
o  ser   Quando o sujeito é uma oração subordinada, o
cará invariável. Se o ser
ser vier
 vier separado do que
que,, o verbo da oração principal ca na 3ª pessoa do
verbo concordará com o termo não preposiciona- singular.
do entre eles.   Ex.: Ainda vale
vale a
 a pena investir nos estudos.
  Ex.: Eles é que sempre chegam cedo.   Sabe-se que
Sabe-se  que dois alunos nossos foram aprovados.
  São eles
São  eles que sempre chegam cedo.   Ficou combinado que
combinado que sairíamos à tarde.
  É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons-   Urge que
Urge  que você estude.
trução adequada)   Era preciso
Era  preciso encontrar a verdade
  São   nessas horas que a gente precisa de ajuda.
São
(construção inadequada) Casos mais frequentes em provas
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Veja agora uma lista com os casos mais abordados
em concursos:
Concordância do Innitivo
z  Sujeito posposto distanciado
z  Exemplos com verbos no innitivo pessoal:   Ex.: Viviam
Viviam o
 o meio de uma grande oresta tropical
  Nós lutaremos até vós serdes
serdes bem
 bem tratados. (sujei- brasileira seres estranhos.
estranhos.
to esclarecido)
  Está na hora de começarmos
começarmos o  o trabalho. (sujeito z  Verbos impessoais (haver e fazer)
implícito “nós”)   Ex.: Faz
Faz dois
 dois meses que não pratico esporte.
  Falei sobre o desejo de aprontarmos
aprontarmos   logo o site
site..   Havia problemas
Havia  problemas no setor.
(dois pronomes implícitos: eu, nós)   Obs.: Existiam
Obs.:  Existiam problemas
 problemas no setor. (verbo existir
  Até me encontrarem
encontrarem,, vocês terão de procurar vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável)
muito. (preposição no início da oração) z  Verbo na voz passiva sintética
  Para nós nos precavermos,
precavermos, precisaremos de luz.   Ex.: Criaram-se
Criaram-se muitas
 muitas expectativas para a luta.
(verbos pronominais)
  Visto serem
serem   dez horas, deixei o local. (verbo ser z  Verbo concordando com o antecedente correto
indicando tempo) do pronome relativo ao qual se liga
  Estudo para me considerarem
considerarem   capaz de aprova-   Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
ção. (pretensão de indeterminar o sujeito) tinham experiência.
tinham  experiência.
  Para vocês terem adquirido 
adquirido  esse conhecimento, z  Sujeito coletivo com especicador plural
foi muito tempo de estudo. (innitivo pessoal com-
com -   Ex.: A multidão de torcedores vibrou
vibrou//vibraram
vibraram..
posto: locução verbal de verbo auxiliar + verbo no
particípio) z  Sujeito oracional
  Ex.: Convém
Convém   a eles alterar a voz. (verbo no
z  Exemplos com verbos no innitivo impessoal:
singular)
  Devo continuar
continuar trabalhando
 trabalhando nesse projeto. (locu-
   A
ção verbal) z  Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun-    S
   E
  Deixei-os
Deixei- os   brincar
brincar   aqui. (pronome oblíquo átono to ou complemento no plural    U
sendo sujeito do innitivo)   Ex.: Conversa breve nos corredores pode
pode   gerar    G
   U
atrito. (verbo no singular)    T
   R
Quando o sujeito do innitivo for um substantivo    O
   P
no plural, usa-se tanto o innitivo pessoal quanto o Casos Facultativos  
   A
impessoal. “Mandei os garotos sair
sair//saírem
saírem”.
”.    U
   G
z  A multidão de pessoas invadiu
invadiu//invadiram
invadiram   o    N
    Í
Navegar é preciso, viver
Navegar é viver não
 não é preciso. (innitivo estádio.    L
com valor genérico)
z  Aquele comediante foi um dos que mais me fez
fez//
São casos difíceis de solucionar
solucionar.. (innitivo prece-
prece- zeram rir.
dido de preposição de
preposição de ouou para
 para))
Soldados, recuar!
recuar! (innitivo
 (innitivo com valor de imperativo) z  Fui eu quem faltou
faltou//faltei
faltei à
 à aula. 51

z  Quais de vós me ajudarão


ajudarão//ajudareis
ajudareis?? Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
z  “Os Sertões” marcou
marcou//marcaram
marcaram   a literatura
brasileira. a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
língua inglesa, a francesa e a alemã.
z  Somente 1,5% das pessoas domina
domina//dominam
dominam   a
ciência. (1,5% corresponde ao singular) z Com função de predicativo do sujeito
z  Chegaram//Chegou
Chegaram Chegou João
 João e Maria. Com o verbo após
após o
 o sujeito, o adjetivo concordará
z  Um e outro /
outro / Nem um nem outro
nem outro já veio
veio//vieram
vieram   com a soma dos elementos.
aqui. Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados
abandonados..
z  Eu, assim como você, odeio
odeio//odiamos
odiamos   a política Com o verbo antes
antes do
 do sujeito o predicativo do su-
brasileira.  jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
z  O problema do sistema é/são
é/são os
 os impostos. quanto com o nome mais próximo.
z  Hoje é/são
é/são 22
 22 de agosto. Ex.: Estava abandonada
abandonada a  a casa e o quintal. / Esta-
vam abandonados
abandonados a  a casa e o quintal.
z  Devemos estudar muito para atingir
atingir//atingirmos
atingirmos  
a aprovação. Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
z  Deixei os rapazes falar
falar//falarem
falarem tudo.
 tudo. substantivos por um pronome:
Ex.: Existem conceitos
conceitos   e  regras
regras   complicados.
Silepse de Número e de Pessoa (substitui-se por “eles”)
Conhecida também como “concordância irregular, Fazendo a troca, ca “Eles existem”, e não
não   “Eles
ideológica ou gurada”. Vejamos os casos: existem complicados”.
Como o adjetivo desapareceu
desapareceu com
 com a substituição,
z
então é um adjunto adnominal.
adnominal.
Silepse
do de número:
número usa-se
da palavra um termo
referente, discordando
para concordar z  Com função de predicativo do objeto
com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor
Flor tem
 tem
vida muito curta, logo murcham
murcham.. (ideia de plurali- Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
dade: todas as ores) tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
z  Silepse de pessoa: o autor da frase participa do dância com o termo mais próximo.
processo verbal. O verbo ca na 1ª pessoa do plu-
plu - Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados
complicados..
ral. Ex.: Os brasileiros,
brasileiros, enquanto advindos de Tenho como irresponsáveis
irresponsáveis   o chefe do setor e
diversas etnias, somos
somos multiculturais.
 multiculturais. seus subordinados.
Algumas convenções
CONCORDÂNCIA NOMINAL
z  Obrigado / próprio / mesmo
Dene-se como a adaptação em gênero e número Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada
obrigada”.
”.
que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como   A própria
própria enfermeira
 enfermeira virá para o debate.
o adjetivo) e seus modicadores (artigos, pronomes,   Elas mesmas
mesmas conversaram
 conversaram conosco.
adjetivos, numerais).
O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em Dica
gênero
Ex.: eParede
número com
alta. o nomealtas.
/ Paredes a que se referem. O termo mesmo  no sentido de “realmente” será
mesmo no
Muro alto. / Muros altos. invariável.
Ex.: Os alunos resolveram mesmo
mesmo a  a situação.
Casos com adjetivos
z  Só / sós
z  Com função de adjunto adnominal: quando o   Variáveis quando signicarem “sozinho” /
adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti- “sozinhos”.
ver após
após   os substantivos, poderá concordar com   Invariáveis quando signicarem “apenas,
as somas desses ou com o elemento mais próximo. somente”.
  Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. /   Ex.: As garotas só
só   queriam car sós
sós.. (As garotas
Encontrei colégios e faculdades ótimos. apenas queriam car sozinhas.)
  A locução “a sós” é invariável
invariável..
Há casos em que o adjetivo concordará apenas   Ex.: Ela gostava de car a sós.
sós. / Eles gostavam de
com o nome mais próximo, quando a qualidade per- car a sós.
sós.
tencer somente a este.
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. z  Quite / anexo / incluso
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho   Concordam com os elementos a que se referem.
  Ex.: Estamos quites
quites com
 com o banco.
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno-   Seguem anexas
anexas as
 as certidões negativas.
minal e estiver antes
antes   dos substantivos, poderá con-   Inclusos,, enviamos os documentos solicitados.
Inclusos
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Existem complicadas
complicadas regras
 regras e conceitos. z  Meio
Quando houver apenas um substantivo qualica-
qualica -   Quando signicar “metade”: concordará com o
do por dois ou mais adjetivos pode-se: elemento referente.
Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad-   Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
pouco) nervosa.
 jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa,   Quando signicar “um pouco”: será invariável.
52 francesa e alemã.   Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora).
hora).

z  Grama  Na alternativa A, a frase enunciada pela menina


  Quando signicar “vegetação”, é feminino; quan-
quan - deveria exionar no feminino o adjetivo “obrigada”,
do signicar unidade de medida, é masculino.  portanto está incorreta. Na alternativa B, o adjeti-
  Ex.: Comprei duzentos gramas de
gramas de farinha. vo “inclusa” deve concordar em gênero e número,
  “A grama
grama do
 do vizinho sempre é mais verde.” havendo a necessidade do plural, o mesmo ocorre
z  É proibido entrada / É proibida a entrada em C, portanto mais duas alternativas incorretas.
  Se o sujeito vier determinado, a concordância do  Na alternativa D a palavra “meia” é um advérbio,
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou  pois modica o adjetivo tonta, sendo, portanto,
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- invariável, acarretando o erro dessa alternativa. Já
rão com o determinante. na alternativa E termos “bastantes” corretamente
  Ex.: Caminhada é bombom para
 para a saúde. / Esta
Esta cami-
 cami- empregado, pois assume valor de “muitos”. Respos-
nhada está boa
boa.. ta: Letra E 
  É proibido
proibido   entrada de crianças. / É proibida a  a 
entrada de crianças. 2.   (TJ-SC – 2010) Assinale a frase correta em termos de
2.
  Pimenta é bom
bom?? / A pimenta é boa
boa?? concordância nominal:
z  Menos / pseudo
  São invariáveis. a) Por essa razão se faz necessária a agilização de pro-
pro-
  Ex.: Havia menos violência antigamente. cedimentos como a apuração da base de cálculos.
  Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- b) Julgo procedente em parte os pedidos promovidos
to é pseudo-objetivo. por Maria e José.
c) As duplicatas
duplicatas apenso não foram
foram resgatadas.
z  Muito / bastante d) O veículo estará à sua disposição no local e hora
  Quando modicam o substantivo: concordam com aprazado.
ele. e) Embora meia tonta, a moça conseguiu dizerdizer “muito
  Quando modicam o verbo: invariáveis. obrigado”.
  Ex.: Muitos
Muitos   deles vieram. / Eles caram muito
muito  
  irritados.
Bastantes alunos
Bastantes  alunos vieram. / Os alunos caram bas- O trecho “[...] se faz necessária a agilização” está
tante irritados.
tante  irritados. correto porque o termo “necessária” concorda com
  Se ambos os termos puderem ser substituídos por o artigo denido feminino singular “a”. Resposta:
“vários”, carão no plural. Se puderem ser substi-
substi-  Letra A
tuídos por “bem”, carão invariáveis.
3. (TJ-SC – 2010)   “Ao meio-dia e ____ , encontrando a
z  Tal qual porta da lancheria _____ aberta, Joana entrou e pediu
  Tal   concorda com o substantivo anterior
Tal anterior;; qual
qual,, ____ grama de sal e _____ porção de sanduíche.” O tex-
tex-
com o substantivo posterior
posterior.. to ca gramaticalmente correto com a inserção de:
  Ex.: O lho é tal qual o
qual o pai
pai.. / O lho é tal quais os
quais os
pais..
pais a) meia – meio – meia – meia
  Os lhos  são tais qual o pai
pai.. / Os lhos  são tais b) meio – meia – meio – meia
quais os
quais  os pais
pais.. c) meia – meia – meia – meia
Silepse (também chamada concordância gurada
gurada))
  É a que se opera não com o termo expresso, mas o d) meia – meio – meio – meia
que está subentendido. e) meio – meio – meio – meio
  Ex.: São Paulo é linda
linda!! (A cidade de São Paulo é linda!)
  Estaremos aberto no
aberto  no nal
com o estabelecimento de semana.
aberto (Estaremos
no nal de semana.)  Ao meio-dia
[meio e [meiaaberta,
= um pouco] hora], [...] apediu
porta[meio
da lancheria
= meta-
  Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi- de do termo masculino grama] grama de sal e meia
leiros, estamos esperançosos.)  porção [...]. Resposta: Letra
Letra D
z  Possível PLURAL DE COMPOSTOS
  Concordará com o artigo, em gênero e número, em
frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”.
Substantivos
  Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /
Conheci crianças as mais belas possíveis.
O adjetivo concorda com o substantivo referen-
te em gênero e número. Se o termo que funciona
como adjetivo for originalmente um substantivo ca
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS invariável.
   A
Ex.: Rosas vermelhas e jasmins pérola
pérola.. (pérola
pérola      S
(FAFIPA – 2020)  Para que haja concordância, todos os
1. (FAFIPA também é um substantivo; mantém-se no singular)    E
   U
elementos que compõem a oração precisam estar em Ternos cinza
cinza e
 e camisas amarelas. (cinza
(cinza também
 também é    G
   U
harmonia. A partir disso, assinale a alternativa em que um substantivo; mantém-se no singular)    T
   R
NÃO há erro de concordância nominal:    O
   P
Adjetivos  
   A
a) Sempre educada e prestativa, a menina olhou para    U
   G
todos os convidados e disse: “Muito obrigado!” Quando houver adjetivo composto, apenas o últi-    N
    Í
b) As taxas inclusa
inclusa no pacote de viagem
viagem são muito
muito altas. mo elemento concordará com o substantivo referente.    L
c) Os diretores mesmo realizaram
realizaram a campanha na escola. Os demais carão na forma masculina singular.
d) Bebi meia garrafa dede vinho e quei meia tonta.
tonta. Se um dos elementos for originalmente um subs-
e) Gosto muito dede ler Clarice Lispector. Na biblioteca há tantivo, todo o adjetivo composto cará invariável.
bastantes livros de sua autoria. Ex.: Violetas azul-claras
azul-claras com
 com folhas verde-musgo
verde-musgo.. 53

No termo “azul-claras”, apenas “claras” segue o z  Nos substantivos compostos em que há repeti-
plural, pois ambos são adjetivos. ção do primeiro elemento:
No termo “verde-musgo”, “musgo” permanece no   zum-zum – zum-zuns;
singular, assim como “verde”, por ser substantivo.   tico-tico – tico-ticos;
Nesse caso, o termo composto não concorda com o   lufa-lufa – lufa-lufas;
plural do substantivo referente, “folhas”.   reco-reco – reco-recos.
Ex.: Calças rosa-claro
rosa-claro e
 e camisas verde-mar
verde-mar.. z  Nos substantivos compostos grafados ligada-
O termo “claro” ca invariável porque “rosa” tam-
tam- mente, sem hífen:
bém pode ser um substantivo.   girassol – girassóis;
O termo “mar” ca invariável por seguir a mesma
lógica de “musgo” do exemplo anterior.   pontapé – pontapés;
mandachuva – mandachuvas;
  dalgo – dalgos.
Dica z  Nos substantivos compostos formados com
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- grão, grã e bel:
quer adjetivo composto iniciado por “cor-de” são   grão-duque – grão-duques;
  grã-no – grã-nos;
sempre invariáveis.   bel-prazer – bel-prazeres.
O adjetivo composto pele-vermelha tem os dois ele-   Não exão dos elementos
mentos exionados no plural (peles-vermelhas).
z  Em alguns casos, não ocorre a exão dos elementos
Lista de Flexão dos dois elementos formadores, que se mantêm invariáveis. Isso
invariáveis.  Isso ocor-
re em frases substantivadas e em substantivos
z  Nos substantivos compostos formados por pala- compostos por um tema verbal e uma palavra
invariável ou outro tema verbal oposto:
vras variáveis, especialmente substantivos e   o disse me disse – os disse me disse;
adjetivos:   o leva e traz – os leva e traz;
  segunda-feira – segundas-feiras;   o cola-tudo – os cola-tudo.
   matéria-prima – matérias-primas;
couve-or – couves-ores;
  guarda-noturno – guardas-noturnos;
  primeira-dama – primeiras-damas.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
z  Nos substantivos compostos formados por
temas verbais repetidos: Regência é a maneira como o nome ou o verbo se
  corre-corre – corres-corres; relacionam com seus complementos, com ou sem pre-
  pisca-pisca – piscas-piscas; posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou
  pula-pula – pulas-pulas. advérbio) exige complemento preposicionado, esse
  Nestes substantivos também é possível a exão nome é um termo regente, e seu complemento é um
apenas do segundo elemento: corre-corres, pisca- termo regido, pois há uma relação de dependência
-piscas, pula-pulas. entre o nome e seu complemento.
O nome exige um complemento nominal sempre ini-
Flexão apenas do primeiro elemento ciado por preposição, exceto
exceto se
 se o complemento vier em
forma de pronome oblíquo átono.
z  Nos substantivos compostos formados por subs- Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
lhe foram
 foram
leais.
tantivoo +sentido
limita substantivo em quetermo:
do primeiro o segundo termo Observação: Complemento de “lhe”: predicavo do sujei-
  decreto-lei – decretos-lei; to (desprovido de preposição)
cidade-satélite – cidades-satélite; Pronome oblíquo átono: lhe
  público-alvo – públicos-alvo; Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
  elemento-chave – elementos-chave. sujeito (desprovido de preposição).
  Nestes substantivos também é possível a exão
dos dois elementos: decretos-leis, cidades-satélites, REGÊNCIA VERBAL
públicos-alvos, elementos-chaves.
Relação de dependência entre um verbo e seu
z  Nos substantivos compostos preposicionados: complemento. As relações podem ser diretas ou indi-
  cana-de-açúcar – canas-de-açúcar; retas, isto é, com ou sem preposição.
  pôr do sol – pores do sol;
  m de semana – ns de semana; Há verbos que admitem mais de uma regência
  pé de moleque – pés de moleque. sem que o sentido seja alterado.
Flexão apenas do segundo elemento Ex.: Aquela moça não esquecia
esquecia os
 os favores recebidos. 
recebidos. 
z  Nos substantivos compostos formados por tema V. T. D: direto:
Objeto esquecia
os favores recebidos.
verbal ou palavra invariável + substantivo ou Aquela moça não se esquecia 
esquecia dos favores recebidos. 
recebidos. 
adjetivo: V. T. I.: se esquecia
  bate-papo – bate-papos; Objeto indireto: dos favores recebidos.
  quebra-cabeça – quebra-cabeças;
  arranha-céu – arranha-céus; No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos
  ex-namorado – ex-namorados; que, mudando-se a regência, mudam de sentido,
54   vice-presidente – vice-presidentes. alterando seu signicado.

Ex.: Neste país aspiramos


aspiramos  ar poluídos. z  Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
Casar: intransitivo;
(aspiramos = sorvemos) direto e indireto
V. T. D.: aspiramos   Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
Objeto direto: ar poluídos.   A jovem não queria casar comcom ninguém.
 ninguém. (transiti-
Os funcionários aspiram
aspiram  a um mês de férias. 
férias.  vo indireto)
(aspiram = almejam)   O pai casou a lha com
com o o vizinho. (transitivo dire-
V. T. I.: aspiram to e indireto)
Objeto indireto: a um mês de férias z  Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
predicativo do objeto
A seguir, uma lista dos principais verbos que   Ex.: Chamou o lho para o almoço. (transitivo dire-
dire-
geram dúvidas quanto à regência: to com sentido de “convocar”)
  Chamei-lhe
Chamei- lhe inteligente.
 inteligente. (transitivo seguido de pre-
z  Abraçar: transitivo direto dicativo do objeto com sentido de “denominar,
Ex.: Abraçou a namorada com ternura. qualicar”)
  O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço z  Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
z  Agradar: transitivo direto; transitivo indireto reto; intransitivo
  Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire-   Ex.: Custa-lhe
Custa-lhe crer
 crer na sua honestidade. (transitivo
to com sentido de “acariciar”) indireto com sentido de “ser difícil”)
  A notícia agradou aos
aos alunos.
 alunos. (transitivo indireto   A imprudência custou lágrimas ao ao rapaz.
 rapaz. (transiti-
no sentido de “ser agradável a”) vo direto e indireto: sentido de “acarretar”)
  Este vinho custou trinta reais. (intransitivo)
z  Agradecer:  transitivo direto; transitivo indireto;
Agradecer: 
z  Esquecer: admite três possibilidades
transitivo direto e indireto   Ex.: Esqueci os
os acontecimentos.
 acontecimentos.
  Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não   Esqueci-me
Esqueci-me  dos
dos acontecimentos.
 acontecimentos.
personicado)   Esqueceram-me
Esqueceram- me  os
os acontecimentos.
 acontecimentos.
  Agradeceu aoao   noivo. (transitivo indireto: objeto
z
  personicado)
Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi-   Implicar: transitivo
transitivo direto direto; transitivo indireto;
e indireto
reto: refere-se a coisas e pessoas)   Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.
(transitivo direto com sentido de “acarretar”)
z  Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto
Ajudar: transitivo   Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
  Ex.: Seguido de innitivo intransitivo precedido da (transitivo indireto com sentido de “mostrar má
preposição a, rege indiferentemente objeto direto disposição”)
e objeto indireto.   Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
  Ajudou o lho a fazer as atividades.
a tividades. (transitivo direto) direto e indireto com sentido de envolver-se”)
  Ajudou aoao   lho a fazer as atividades. (transitivo z  Informar: transitivo direto e indireto
indireto)   Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
  Se o innitivo preposicionado for intransitivo, coisa: objeto indireto, com as preposições dede   ou
rege apenas objeto direto: sobre
  Ajudaram o ladrão a fugir.   Informaram o réu de de sua
 sua condenação.
  Não seguido de innitivo, geralmente rege objeto   Informaram o réu sobre
sobre sua
 sua condenação.
direto:   Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
  Ajudei-o
Ajudei -o muito
 muito à noite. sa: objeto indireto, com a preposição a
  Informaram a condenação ao ao réu.
 réu.
z  Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto z  Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
  Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- reto, com as preposições em em e
 e por
sitivo direto com sentido de “angustiar”)   Ex.:  Ela interessou-se
Ex.: interessou-se  por
por minha
 minha companhia.
  Ansiamos porpor   sua volta. (transitivo indireto com
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” z  Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
como complemento) tivo direto e indireto
  Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
z  Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto sitivo com sentido de “cortejar”)
  Ex.: Aspiramos o
Aspiramos o ar puro das montanhas. 
montanhas. (transiti-   Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
vo direto com sentido de “respirar”) indireto com sentido de “desejar muito”)
  Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo   “Namorou-se dela dela   extremamente.” (A. Gar-    A
   S
indireto no sentido de desejar ) ret) (transitivo direto e indireto com sentido de    E
“encantar-se”)    U
z  Assistir: transitivo direto; transitivo indireto    G
z  Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos    U
  Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de    T
“prestar assistência”   Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.    R
   O
  Não desobedeçam à sinalização de trânsito.    P
 
   O    A
O médico
médico assistia
assistia os
os acidentados.
 acidentados.
aos acidentados.
aos  acidentados. z  Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi-    U
   G
  - Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar” tivo direto e indireto    N
    Í
  Não assisti ao
ao nal
 nal da série.   Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)    L
  Você pagou ao ao   dono do armazém? (transitivo
O verbo assistir
verbo assistir não
 não pode ser empregado no particípio. indireto)
É incorreta 
incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-   Vou pagar o aluguel aoao dono
 dono da pensão. (transitivo
res de pessoas.” direto e indireto) 55

z  Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto; c) A pesquisa da qual foram submetidos revelou
revelou infor-
transitivo direto e indireto mações novas.
  Ex.: Perdoarei as
as suas
 suas ofensas. (transitivo direto) d) As objeções contra
contra as quais se levantaram não tinham
  A mãe perdoou à lha. (transitivo indireto) qualquer fundamento.
  Ela perdoou osos erros
 erros ao
ao lho.
 lho. (transitivo direto e e) As leis às quais se referem foram julgadas pela
indireto) pesquisa.
z  Suceder: intransitivo; transitivo direto
  Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no O correto é “A pesquisa à qual foram submetidos”,
sentido de “ocorrer”)  para respeitar a regência do nome “submetidos”.
  A noite sucede ao
ao dia.
 dia. (transitivo direto no sentido  Faz-se a pergunta: “Submetidos a quem ou a quê?”.
de “vir depois”)
 Resposta: Letra C.
REGÊNCIA NOMINAL 2.   (TJ-SC – 201) Analise as proposições sob o aspecto
2.
da regência verbal:
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
bios) exigem complementos preposicionados, exceto
quando vêm em forma de pronome oblíquo átono. I. Comunique aos candidatos
candidatos de que as provas serão
serão
realizadas em outro local.
Advérbios Terminados em “mente” II. Fundação, pilares, lajes, vigas, caixas-d’água,
caixas-d’água, escadas
em concreto armado devem obedecer às normas da
Os advérbios derivados de adjetivos seguem a ABNT.
regência dos adjetivos: III. Essa mudança de percepção dos riscos ambientais
implica maior inuência da participação popular nos
análoga / analogicamente a projetos industriais.
contrária / contrariamente a IV. Esperamos que cheguem logo a nossas mãos os
compatível / compativelmente com
diferente / diferentemente de documentos visando a instruir o processo.
favorável / favoravelmente a
paralela / paralelamente a a) Estão corretas somente as proposições II, III e IV
IV.
próxima / proximamente a/de b) Estão corretas somente as proposições I, II e III.
III.
relativa / relativamente a c) Estão corretas somente as proposições I, III e IV.
IV.
d) Estão corretas somente as proposições
proposições I, II e IV.
IV.
Preposições Prexos Verbais e) Todas as proposições
proposições estão corretas.
Alguns nomes regem preposições semelhantes a
seus “prexos”:  A forma correta de I seria: “Comunique aos candida-
candida-
tos que
tos  que as
 as provas serão realizadas em outro local”.
dependente, dependência de O verbo “comunicar” é transitivo direto e indireto,
inclusão, inserção em e, no contexto, o objeto direto é a oração subordina-
inerente em
em//a da substantiva “ que as
que as provas serão realizadas em
descrente de
de//em outro local”. Resposta: Letra A.
desiludido de
de//com
desesperançado de
desapego dede//a
convívio com COLOCAÇÃO PRONOMINAL DOS
convivência com
PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
demissão, demitido
encerrado em de (PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE)
enado em
imersão, imergido, imerso em
instalação, instalado em COLOCAÇÃO PRONOMINAL
interessado, interesse em Estudo da posição dos pronomes na oração.
intercalação, intercalado entre
supremacia sobre Próclise
Pronome posicionado antes do verbo.
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS Casos que atraem o pronome para próclise
próclise::
1. (CEPERJ – 2013) “...não passa de uma manifestação z  Palavras negativas:
negativas: nunca, jamais, não. Ex.: Não
de racismo, do qual, aliás, o brasileiro gosta de decla- me submeto
me  submeto a essas condições.
rar se isento . Nessa oração, o emprego da forma do z  Pronomes indenidos, demonstrativos, relati
qual” está ligado à presença do termo “isento”, que vos. Ex: Foi ela que me
me colocou
 colocou nesse papel.
solicita a presença da preposição de. A frase criada z  Conjunções
Conjunções   subordinativas. Ex.: Embora se se   apre-
apresenta desvio da norma culta nesse mesmo tipo de sente como um rico investidor, ele nada tem.
estrutura em: z  Gerúndio precedido da preposição em. Ex Ex:: Em se
se  
tratando de futebol, Maradona foi um ídolo.
a) Os assaltos dos quais falam são cotidianos na na cidade z  Innitivo pessoal preposicionado. Ex Ex.:
.: Na espe-
de São Paulo. rança de sermos ouvidos, muito lhe
lhe agradecemos.
 agradecemos.
b) Os crimes contra
contra os quais
quais lutam os policiais oferecem z Orações interrogativas, exclamativas, optati-
56 perigo à sociedade. vas (exprimem desejo). Ex Ex.:
.: Como tete iludes!
 iludes!

Mesóclise caracteriza a postura displicente de como se escre-


ve e a aceitação mútua de erros e desvios da norma
Pronome posicionado no meio do verbo. culta escrita: “ele escreve tudo errado, mas eu aceito
para não ser cobrado por ele da mesma forma quando
Casos que atraem o pronome para mesóclise
mesóclise:: errar”. Usam-se imagens, símbolos grácos, abrevia-
abrevia -
Os pronomes devem car no meio dos verbos que ções que mais se assemelham a códigos criptografa-
estejam conjugados no futuro, caso não haja nenhum dos do que à própria língua portuguesa.
motivo para uso da próclise. Ex.: “Dar-te
“Dar-te-ei
-ei meus bei- O maior problema é que isso gera um reforço nega-
 jos agora...” tivo: treina-se uma escrita que não promove a prática
ideal da comunicação verbal normatizada. O resul-
Ênclise tado é que, quando ocorre a exigência da produção
escrita, a práticadeque
nessa categoria se tem não promove a eciência
comunicação.
Pronome posicionado após o verbo.

Casos que atraem o pronome para ênclise


ênclise:: Como, em pouco tempo, desenvolver a habilidade da
escrita em quem tem diculdade de passar para o
z  Início de frase ou período. Ex.:Ex.:   Sinto-
Sinto-me
me   muito papel o que tem na sua cabeça?
honrada com esse título.
z  Imperativo armativo. Ex.:
Ex.:  Sente-
Sente-sese,, por favor. Inicialmente, em um procedimento tradicional
z  Advérbio virgulado.
virgulado. Ex.: Talvez, diga-me
diga-me o  o quan- de produção de textos, começa-se pela apresentação
to sou importante. de exemplos de textos bem escritos, mostra-se sua
estrutura, apresentam-se as partes que o compõem.
Casos proibidos: Início de frase: Me dá esse cader- Depois disso, inicia-se a identicação dessas partes e
no! (errado) / Dá-me
Dá-me esse
 esse caderno! (certo). de como elaborá-las separadamente: como se constrói
Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lembrou um parágrafo; quais são as fases de sua elaboração;
de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-se
lembrou-se   de nada quais são os diferentes tipos de parágrafos. Também é
(correto). mostrado como podem ser os parágrafos que introdu-
Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato zem, desenvolvem e concluem um texto dissertativo.
(errado) / Tinha se
se lembrado
 lembrado do fato (correto). E só depois de exercitar esses primeiros procedimen-
tos é que se passa à produção de um trabalho comple-
to, buscando a eciência do todo por intermédio do
agrupamento de cada uma das partes estudadas até a
formação de um bloco contínuo e completo.
REDAÇÃO
REDAÇÃO DISCURSIVA Importante!
Alunos, vamos trabalhar nesse material a reda- O truncamento desse trabalho ocorrerá certa-
ção discursiva. Apresentaremos a vocês um projeto mente se o aprendiz não se dispuser a praticar
de redação dissertativa, denominado Redação
Redação   arro- esses conceitos. É aí que começa a frustração
z-com-feijão   e Teoria das máscaras.
z-com-feijão máscaras. Você irá estu- dos potenciais autores, pois muitas vezes só vão
dar algumas características inovadoras no conceito tentar praticar a escritura da sua redação após
de produção de textos para quem quer atingir um terem terminado o estudo do livro didático e
melhor resultado em provas que exijam do candidato sentem muita diculdade no momento do agru- agru -
a habilidade de produzir um texto. pamento, isto é, de fazer virar o todo, aquilo que
Neste material serão apresentados os aspectos aprendeu a fazer por partes. Se o resultado não
gerais da redação discursiva em sua estrutura textual, for satisfatório, eles simplesmente assumirão a
bem como todos os passos para a sua produção com diculdade como uma inabilidade pessoal.
eciência. Porém, é importante dar atenção às dúvi-
dúvi-
das que geralmente são apresentadas pelos alunos
para que se possa dar solução aos principais proble- Como proposta de solução para essa diculda-
diculda -
mas que eles relatam. de, vamos partir de um princípio inverso em que se
começa da materialização do texto eciente, satisfa-
satisfa -
Por que é tão difícil produzir um texto eciente? zendo os anseios dos nossos alunos: começamos pelo
todo para
todo  para depois estudarmos as partes.
partes. Esse
 Esse trabalho
   A
Sempre se ouvem os temores de alunos quanto consiste na elaboração de máscaras de redação, o que    S
   E
às provas que cobram dos candidatos habilidades na proporciona a você um ponto de partida concreto na    U
produção de questões discursivas. Alguns dizem se produção de redações ecientes a partir de modelos    G
   U
sentirem tão despreparados que terminam por desis- prontos e que poderão ser reproduzidos e adaptados    T
   R
tir dos concursos que trazem a redação como critério para qualquer tema proposto pela banca organizado-    O
   P
de classicação. ra do concurso, respeitando ainda o caráter da origi-  
   A
   U
estáTem de se reconhecer
na prática queda
do cotidiano o hábito
maioriadedas
escrever nãoe
pessoas nalidade e da criatividade
As máscaras de redaçãodegarantem
cada autor.
a ecácia sobre    G
   N
    Í
que, hoje em dia, quando se dispõem a fazê-lo, exerci- os principais quesitos exigidos pelas bancas organiza-    L
tam essa habilidade normalmente em ambientes vir- doras dos critérios de correção dos textos, tais como
tuais como sites de comunicação e na elaboração de progressão textual e sequencialização, coesão e conse-
e-mail. Nesses expedientes ocorre o que chamam de quentemente coerência, além de atender naturalmen-
“pacto da mediocridade”, sem intenção ofensiva, que te à estrutura própria dos textos dissertativos. Outro 57

ponto importante é o de permitir ao candidato uma Se tiver de pôr título, qual palavra dele deve-se pôr
projeção bem aproximada da extensão do seu texto em maiúscula?
em número de linhas.
Outra nalidade dessa proposta é também a de Há duas possibilidades:
desenvolver uma maior agilidade na projeção e na
construção da redação, otimizando o tempo de sua z A primeira forma convencionada diz que só a pri-
elaboração durante a prova. Então vamos lá1 meira palavra do título deve ser iniciada por letra
maiúscula, como em:
DÚVIDAS FREQUENTES QUANTO À REDAÇÃO
RE DAÇÃO PARA
PARA
CONCURSOS PÚBLICOS É bom fazer redação com o Nélson!

z  A segunda forma permite que você coloque todas


Selecionamos dúvidas que frequentemente apare- as palavras com iniciais maiúsculas, com exceção
cem sobre as redações para concursos públicos e que dos vocábulos monossilábicos e átonos (sem senti-
certamente pode ser a sua dúvida. Vejamos: do próprio), como preposições e artigos:
Qual o peso ou a importância da redação em um É bom fazer Redação com o Nélson!
concurso público?
  Nomes próprios são sempre com iniciais
O peso da redação é muito grande, por isso, ela maiúsculas.
faz a diferença na aprovação. Nos concursos atuais,   Use pontuação signicativa se for necessário,
a redação se tornou o passaporte para o ingresso em como interrogação e exclamação. O ponto nal
grande parte das carreiras públicas, pois de nada vale é dispensável.
um resultado positivo na prova objetiva se não obti-
ver sucesso em sua redação. É preciso usar letra cursiva ou pode ser de forma?
Os candidatos costumam dedicar seu tempo de
estudos à prova objetiva e deixar a redação por últi- Como já dissemos, a letra cursiva (letra de mão)
mo. Na maioria das vezes, passam naquela e repro- só será necessária se for uma exigência do edital. De
vam nesta. Não dá para subestimar a redação, é uma maneira geral, o que se pede é a legibilidade.
legibilidade.  
preciso exercitar sempre. Nesse caso você pode até misturar tudo:
Caligraa / Caligraa / CALIGRAFIA / CaliGrAa
O que conta mais para um bom resultado: ter bons É importante sempre se lembrar de respeitar as
regras de caixa alta e caixa baixa, ou seja, maiúscula e
conhecimentos sobre o assunto apresentado na
minúscula devem ser diferenciadas:
proposta ou ter bons conhecimentos em língua Caixa alta <CALIGRAFIA>
<CALIGRAFIA>,, caixa baixa <caligraa>.
portuguesa?
O que é texto em prosa?
Em verdade, os dois aspectos são equivalentes em
importância. No que diz respeito aos conhecimentos Como já dissemos, mas vale a pena repetir, texto
de língua portuguesa, estamos nos referindo à estru- em prosa é aquele que naturalmente usamos para
tura e à linguagem do texto dissertativo. Subentende- escrever um bilhete, uma carta, nos comunicarmos
-se que quem domina estes dois aspectos não tenha em “e-mail” etc. Ele se constrói em estrutura linear
diculdades com a ortograa e outros aspectos gra-
gra- (linha cheia) por meio de parágrafos. É a forma
maticais que, em prova, inclusive, pouco peso tem. comum de escrever. É contrária ao verso, que exige
uma elaboração estrutural e demonstra preocupação
Qual é a diferença entre tema e título? com rimas e arranjos vocabulares alheios à sintaxe.
Veja um exemplo de texto em verso
verso::
Tema  é o assunto proposto pela instituição. Tem
Tema 
A rosa de Hiroxima
caráter geral e abrangente, e propõe questões que  Pensem nas crianças
crianças
devem ser abordadas obrigatoriamente com objeti-  Mudas telepáticas
telepáticas
vidade pelo candidato. Essa objetividade é um fator  Pensem nas meninas
meninas
determinante para que sua composição que delimita-
delimita- Cegas inexatas
da àquilo que é possível desenvolver em sua redação.  Pensem nas mulheres
mulheres
E o que é a delimitação do tema? É simples. É a  Rotas alteradas
alteradas
elaboração de sua tese que, por sua vez, é seu posi-  Pensem nas feridas
feridas
Como rosas cálidas
cionamento sobre esse tema. Na maioria das vezes, o  Mas oh não se esqueçam
esqueçam
número de linhas que é proposto para se desenvolver  Da rosa da rosa
rosa
o tema é limitado. Geralmente não passa de 30 linhas,  Da rosa de Hiroxima
Hiroxima
por isso é preciso ser claro e direto no desenvolvimen-  A rosa hereditária
hereditária
to da argumentação.  A rosa radioativa
radioativa

Título é
Título é
a função deo apresentar
nome que você dá à sua
e chamar a redação. Ele temo
atenção sobre  Estúpida
 A e inválida
rosa com inválida
cirrose
cirrose
 A anti-rosa atômica
atômica
assunto desenvolvido. Porém, é importante lembrar Sem cor sem perfume
que são poucas as instituições que solicitam que o Sem rosa sem nada.
candidato dê um título ao texto. Se ele não for pedido,
58 não é para colocá-lo. (http://www.rev
(http://www.revista.agulha.nom.br/vm.html/rosa)
ista.agulha.nom.br/vm.html/rosa)

Agora um exemplo de texto em prosa


prosa:: A introdução deve ser clara e chamar a atenção
para dois itens básicos: os objetivos do texto e o pla-
“Hiroshima  ou Hiroxima
“Hiroshima  Hiroxima (em
 (em japonês: 広島市 ) é no do desenvolvimento. Sem ter medo de apresentar
uma cidade japonesa localizada na província de alguma previsibilidade de seu projeto, você, autor,
 Hiroshima. Fica no rio Ota (Otagawa), cujos seis deve expor os caminhos por que percorrerá em sua
canais dividem a cidade em ilhas. Cresceu em tor- explanação. Lembre-se de que o leitor, corretor
corre tor de seu
no de um castelo feudal do século XVI. Recebeu o trabalho, é um professor experiente e é a organização
estatuto de cidade em 1589. Serviu de quartel-gene- que mais o impressionará nesse momento. Por isso,
ral durante a guerra sino-japonesa (1894-95). Em 6 não tenha medo de ser objetivo e previamente ilustra-
de agosto de 1945 foi a primeira cidade do mundo tivo quanto aos seus propósitos de trabalho.
arrasada por uma bomba atômica: 250 mil pessoas Ex.: Parágrafo de introdução
 foram mortas ou feridas.”
feridas.” Todos sabem o quanto a tecnologia vem imple-
mentando novos valores à vida do homem moder-
no principalmente no que diz respeito a sua vida
Importante! em sociedade (1). (1). É notório o  desenvolvimento da
tecnologia em campos como o da  da   educação (2) e
(2) e o
Não se esqueça! Redação para concurso é em dos serviços sociais (3). (3). Essas inovações vão ainda
prosa. muito além disso, atingindo vários outros espaços
do cotidiano (4) da
(4) da maioria das pessoas.
(http://pt.ikipedia.org/wiki/Hi
(http://pt.ikipedia.org/wiki/Hiroshima/28cidade/29
roshima/28cidade/29 (1) A tese: a
 
tese: a tecnologia vem implementando novos
valores à vida do homem moderno principalmente no
O que eu faço se errar uma palavra quando estiver que diz respeito a sua vida em sociedade;
passando a limpo minha redação? (2), (3), (4)  Os argumentos são levantados a m
de sustentar a tese: o desenvolvimento da tecnologia
Erro é erro, não dá para voltar no tempo. Porém, em campos como o da educação (2)  / o dos serviços
muitas instituições orientam os candidatos a passar um sociais (3) / inovações atingindo vários outros espaços
traço simples sobre
simples sobre a palavra e continuar escrevendo do cotidiano (4).
como se nada houvesse acontecido. Geralmente, nesses
casos, o erro não é considerado. Sendo assim,
assim, não perca Desenvolvimento

tempo sofrendo
Vamos e façanossa
começar como no exemploredação
dedação a seguir:agora. O desenvolvimento é a parte em que você deve
Entendeu? expor os elementos que vão fundamentar sua tese que
pode vir especicada por intermédio de argumentos,
ESTRUTURA DISSERTATIVA – COESÃO, de pormenores, de exemplos, de citações, de dados
PARALELISMO E PROGRESSÃO DISCURSIVA estatísticos, de explicações, de denições, de confron-
confron-
tos de ideias e contra argumentações. Você poderá
Neste assunto trabalharemos alguns elementos usar tantos parágrafos quanto achar necessário para
desenvolver suas teorias, porém em redações de cur-
importantes para iniciarmos nossa produção de textos. ta extensão o ideal é que cada parágrafo apresente
Começaremos com a estrutura do texto dissertativo.
dissertativo. objetivamente apenas um dos argumentos a serem
Como todos sabem, a dissertação é um tipo de tex- desenvolvidos, ou ainda, que esses argumentos sejam
to que se caracteriza pela exposição e defesa de uma agrupados caso vários deles devam ser apresentados
ideia que será analisada e discutida a partir de um para sustentar sua tese.
ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dis- Ex.: apresentação do primeiro argumento sobre “o
sertativo trabalha com argumentos, com fatos, com desenvolvimento da tecnologia em campos como o
dados, os quais utiliza para reforçar ou justicar o da educação”
desenvolvimento
Para atender adeesse
suaspropósito,
ideias. a dissertação deve  Algunsdas
o papel argumentam que é importante
redes mundiais reconhecer
de informação para
apresentar uma organização estrutural que conduza o favorecimento da construção do conhecimento.
conhecimento.
as informações ao leitor de forma a seduzi-lo quanto  Hoje é possível visitar um museu, consultar uma
uma biblio-
ao reconhecimento da verdade proposta como tese. teca e até mesmo estudar sem sair de casa. Por meio da
Compreende-se como estrutura básica de uma disser- internet, muito da sabedoria mundial pode ser alcança-
tação a divisão da exposição da argumentação em três da por qualquer pessoa que a deseje. Basta estar diante
partes distintas: a introdução, o desenvolvimento e a de um computador, ou de posse de um desses modernos
conclusão: aparelhos celulares para se ligar a qualquer momento
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: ao universo virtual. Hoje é possível ler qualquer livro a
   A
qualquer momento em um desses dispositivos.    S
   E
Ex.: apresentação do segundo argumento sobre “o
sobre “o      U
Introdução desenvolvimento da tecnologia em campos como o    G
   U
dos  serviços sociais”
dos    T
   R
A introdução do texto dissertativo é a apresenta- Outro aspecto que merece destaque especial é quan-    O
ção de seu projeto. Ela deve conter a tese de sua dis- to ao atendimento oferecido ao cidadão pelos    P
 
   A
sertação, ou seja, deve apresentar seu posicionamento órgãos do serviço público.
público . Já é possível registrar    U
sobre o tema proposto pela banca. Esse momento    G

é muito importante para o leitor, pois é aí que será um boletim de ocorrências via computador ou ainda     Í
   N
agendar a emissão de passaportes junto às agencias da    L
mostrada a identicação de suas ideias com o tema. É  Policia Federal em qualquer lugar do Brasil. Consultas
um bom momento para apresentá-lo aos argumentos médicas podem ser marcadas em hospitais públicos ou
sequencialmente ordenados de acordo com a progres-  privados e os exames realizados podem ser consultados
são que você dará a sua redação (progressão textual). diretamente do banco de dados dessas entidades. 59

Ex.: apresentação do terceiro argumento sobre “as z  Elementos Catafóricos: Este, esta, isto, tal como,
inovações em vários outros espaços do cotidiano” a saber...
 E isso não para por aí. Ainda convém lembrar que
de muitas outras formas a tecnologia interfere São palavras referentes a outras que irão aparecer
 positivamente em nossas vidas
vid as.. As relações sociais no texto:
se intensicaram depois do surgimento das várias
redes de relacionamento tendo início com o Orkut e o
 Facebook, permitindo que as pessoas se reencontrem
em ambientes virtuais, o que antigamente exigiria mui- Ex.: Este
Este novo
 novo produto a deixará maravilhosa, é o
xampu Ela. Use-o e você não vai se arrepender!
to esforço coletivo para tais eventos. Programas como
o Zoom e o Google Meet possibilitam que as pessoas
conversem e interajam em diferentes partes do mundo O pronome demonstrativo este apresenta um ele-
mento do qual ainda não se falou = o xampu.
xampu. 
sem nenhumresidenciais.
 provedores custo além
residencia dos já
is. Uma dispensados
mãe com seus
que mora longe dos
netos, pela tela de um note-
 lhos já pode vê-los ou aos netos, z Coesão lexical: são palavras ou expressões
book ou celular
celular,, sempre que sentir saudade. equivalentes.

A repetição de palavras compromete a qualidade


Conclusão
do texto, mostrando falta de vocabulário do redator.
Assim, é aconselhável a utilização de sinônimos:
A conclusão é a retomada da ideia principal, que
Ex.: Primeiro busquei o amor
amor,, que traz o êxtase -
agora deve aparecer de forma muito mais convin-
êxtase tão grande que sacricaria o resto de minha
cente, uma vez que já foi fundamentada durante o vida por umas poucas horas dessa alegria
alegria..
desenvolvimento da dissertação. Deve, pois, conter Nesse caso a palavra alegria
alegria aparece
 aparece como sinôni-
de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a mo semântico da palavra amor
amor,, representando-a. 
representando-a. 
conrmação da hipótese ou da tese, acrescida da argu-
argu-
mentação básica empregada no desenvolvimento. z Coesão por elipse ou zeugma (omissão): é a
Ex.: considerações nais omissão de um termo facilmente identicável.
Tendo em vista esses aspectos observados sobre
esse
restaadmirável
comentar mundo de foi
que não facilidades técnicas, só que
só o computador nos Podemos ocultar o sujeito da frase e fazer o leitor
procurar no contexto quem é o agente, fazendo corre-
tornou a vida do cidadão mais simples e confor- lações entre as partes:
tável, mas outros campos da tecnologia também Ex.: O marechal marchava rumo ao leste. Não Não
contribuíram para isso. Os aparelhos de GPS, que tinha medo,
medo, (?) sabia
(?) sabia que ao seu lado a sorte também
nos orientam a qualquer direção, ou ainda diver- galopava.
sos dispositivos médicos portáteis, garantem a A interrogação representa a omissão do sujeito
melhora da qualidade de vida de todos os homens marechal que
marechal  que ca subentendido na oração. 
oração. 
do nosso tempo.
z Conectivos principais: preposições e suas locu-
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS ções: em, para, de, por, sem, com... 
com... 

Coesão Conjunções e suas locuções: e, que, quando, para


que, mas...
Coesão pode ser considerada a “costura” textual, Pronomes relativos, demonstrativos, possessivos,
a “amarração” na estrutura das frases, dos períodos pessoais: onde, que, cujo, seu, este, esse, ele...
e dos parágrafos que fazemos com palavras. Para Ex.: Os programas dede TV,
 TV, em
em  que
que nós
 nós podemos ver
garantir uma boa coesão no seu texto, você deve pres- muitas mulheres nuas, são imorais. Desde Desde   seu iní-
tar atenção a alguns mecanismos. Abaixo, em negrito, cio, a televisão foi usada para
para facilitar
 facilitar o domínio dada  
há exemplos de períodos que podem ser melhorados sociedade. Como
Como   exemplo, podemos citar a chegada
utilizando os mecanismos de coesão: do homem
do  homem à Lua, onde
onde os
 os EUA conseguiram com com  sua
sua  
propaganda capitalista frente
frente   a  uma Guerra Fria, a
z  Elementos Anafóricos: Esse, essa, isso, aquilo, simpatia dede grande
 grande parte da
da população
 população dodo planeta.
 planeta.
isso, ele...
Coerência
São palavras referentes a outras que apareceram
no texto, a m de retomá-las. Coerência textual é uma relação harmônica que se
estabelece entre as partes de um texto,
tex to, em um contex-
to especíco, e que é responsável pela percepção de
Ela = Dolores seu = Ela uma unidade de sentido.
sentido. Sendo assim, os principais
aspectos envolvidos nessa questão são:
Ex.:   Dolores 
Ex.: Dolores era beleza única. Ela
Ela   sabia do seu
seu  
poder de
poder  de seduzir e o usava z  Coerência semântica
Refere-se à relação entre signicados dos elemen-
elemen -
tos da frase (local) ou entre os elementos do texto
o = poder
60 como um todo:
 

Ex.: Paulo e Maria queria chegar ao centro


centro   da Ex.:  Passe-me essa
essa jarra
 jarra de suco, por favor
favor.. – pediu ela
questão. - Não caberia aqui pensar em centro como ao rapaz que sentara à sua frente.
bairro de uma cidade. 
cidade.   Aquele   (lá): pronome de 3ª pessoa: a referência
 Aquele
É nesse caso que entra o estudo da coesão por meio será ao ser que está distante do falante e do ouvin-
do vocabulário. te: As
te:  As duas no portão não aguentavam de curiosidade,
quem seria aquele
aquele moço
 moço na esquina? 
z  Coerência sintática: refere-se aos meios sintáti-
cos que o autor utiliza para expressar a coerência z  Indicando localização temporal
temporal::
semântica: “ A felicidade, para cuja
cuja   obtenção
obtenção não não
existem técnicas cientícas, faz-se de pequenos  Este (presente): Neste
 Este (presente):  Neste ano haverá Copa do Mundo.
fragmentos...” - como leitor do texto, você deve  Esse (passado próximo: Nesse
próximo: Nesse ano que passou, não
entender que o pronome cujacuja foi
 foi empregado para tivemos Copa do Mundo.
Mundo.
estabelecer posse
posse entre
 entre obtenção
obtenção e
 e felicidade
 felicidade..  Esse   (passado futuro):  A próxima copa será em
 Esse
 2014.
ceremNesse
aqui emanonosso
poderemos
país. ver todos os jogos aconte-
É nesse caso que entra o estudo da coesão com o
emprego dos conectivos.  Aquele   (passado distante ou bastante vago):
 Aquele
 Naquela época, não havia iluminação
iluminação elétrica.
elétrica.
z  Coerência estilística: refere-se ao estilo do autor,
z  Fazendo referências contextuais (funções anafó-
à linguagem que ele emprega para redigir. O lei-
rica e catafórica):
catafórica): 
tor atento a isso consegue facilmente entender a
estrutura do texto e relacionar bem as informa-  Este: refere-se a um elemento sobre o qual ainda
 Este: refere-se
ções textuais. Além disso, percebendo se a lin- se vai falar no texto (referência catafórica). Ex.:  Este
 Este  
guagem do texto é gurada ou não, seu raciocínio é o  problema
 problema:: estou dura.
dura. Pode também fazer uma
interpretativo deverá funcionar de uma determi- referência de especicação a um elemento já expres-
expres-
nada maneira, como podemos ver neste texto de so (ref. anafórica). Ex.:  Ana e Bia
e  Bia saíram,
 saíram, esta
esta foi
 foi ao
Fernando Pessoa: cinema.
 Esse: refere-se a um elemento já mencionado no
 Já sobre a fronte vã se me  acinzenta texto (referência anafórica). Ex.: Comprei aspirina
aspirina..
O cabelo do jovem
 jovem  que perdi.
 perdi.  Esse remédio é
remédio é ótimo.
.

 Já não olhos
 Meus  brilham
 tem  jus
 jus  menos
 a beijos  minha boca. ele Este:
 Este: refere-se
 refere-se à última informação antecedente a
no texto;
Se me  ainda amas   por 
por  amor,  não  ames:
 Aquele: refere-se
 Aquele:  refere-se à informação mais distante dele
Trairias-me comig o .

no texto. Ex.: Ana


Ana,, João
 João e e Cris
Cris são
 são irmãos; esta
esta é
 é quie-
ta, esse
esse fala
 fala pouco e aquela
aquela fala
 fala muito.
do Reis/Fer nando Pessoa)
(Ricardo
(Ricar

Período composto
z  Elementos importantes de coesão e coerência:
para continuarmos o estudo de coesão e coerência,
coerê ncia, z  Que, o/a (s) qual (s): referem-se à coisa ou pessoa.
Que,
devemos relembrar alguns elementos gramaticais Ex.: O livro que
que li
 li é ótimo. / O livro o qual li
qual li é ótimo.
importantes:  
importantes: z  Quem
Quem –  – refere-se à pessoa, sempre preposiciona-
z Pronome demonstrativo: indicam posição dos do. Ex.: Esta é a aluna de quem falei.
quem falei.
seres em relação às pessoas do discurso, situando- z  Cujo
Cujo (parecido
 (parecido com o possessivo): estabelece pos-
-o no tempo e/ou no espaço (função dêitica destes se. Ex.: Este é o autor com cujas
cujas ideias
 ideias concordo.
pronomes). Podem também ser empregados fazen- z  Onde
Onde (=
 (= em que): refere-se a lugar. Ex.: A rua onde onde  
do referência aos elementos do texto (função ana- (em que)
que) moro é movimentada.
fórica ou catafórica). São eles:
Atenção:
Atençã
E STE (A/S), ESSE (A/S), Têm função de pronome Observar a palavra a que se refere o pronome
AQUELE (A/S) adjetivo. relativo para evitar erros de concordância verbal. Ex.: 
Ex.: 
 Lemos os livros que  foram indicados pelo professor
ISSO, ISTO, AQUILO, O Têm função de pronome (que = os quais →  livros)
(A/S) substantivo. Respeitar a regência do verbo ou do nome, usando
MESMO, PRÓPRIO, Quando são demons- a preposição exigida quando necessário. Ex.: Este
Ex.:  Este é o
SEMELHANTE, TAL (E trativos, são pronomes livro a que me rero.
   A
FLEXÕES). adjetivos. O verbo referir-se pede a preposição a; por isso, ela    S
   E
aparece antes do que. Ex.:
Ex.: Esta
 Esta á a obra
obra por
 por que tenho
que tenho    U
admiração. A preposição por
preposição por foi exigida pelo substan-    G
   U
Empregos do pronome demonstrativo tivo admiração.    T
   R
Os pronomes como, quando e  quanto também    O
z  Indicando localização no espaço
espaço:: podem ser relativos.    P
 
   A
Os relativos compõem as orações subordinadas    U
   G
 Este  (aqui): pronome de 1ª pessoa: o falante o
 Este  adjetivas    N
    Í
emprega para referir-se ao ser que está junto dele. As orações adjetivas 
adjetivas  podem ser explicativas    L

Ex.:  Este
 Este é
 é meu casaco! – a moça avisou, enquanto o  – cujo conteúdo é explicativo, genérico, uma infor-
segurava..
segurava mação a mais -  -  ou restritivas  – cujo conteúdo é de
 Esse (aí):
 Esse  (aí): pronome de 2ª pessoa: o falante o empre- restrição, especicação, informação importante no
ga para referir-se ao ser que está junto do seu ouvinte. contexto. 61
 

As Orações Subordinadas Adjetivas e a Semântica z  Conformidade: conforme, como, segundo, con-


soante. Ex.: Tudo aconteceu como eles imaginaram.
As orações adjetivas são iniciadas sempre por pro- z  Consequência: (tão/tanto...) que, de modo que, de
nomes relativos e podem ser de dois tipos: maneira que, de sorte que. Ex.: Tanto
Tanto   lutou, que
que  
 progrediu muito na vida.
z  Explicativa: O homem, que é racional,
Explicativa: racional, mata.  A  z  Finalidade: a m de que, a m de (+ innitivo),
oração adjetiva deste caso não tem sentido restriti- que, porque, para que, para (+ innitivo). Ex.:
vo, pois todos os homens são racionais.  Faça bem a sua parte do projeto para que
que não
 não haja
z  Restritiva:
Restritiva: O  O homem que fuma morre
fuma morre mais cedo. reclamações.
 A or. adj. deste caso reporta-se apenas ao homem

z  Proporcionalidade: à proporção que, à medi-
fumante. da que, na medida em que, quanto mais, quanto
menos, conforme. Ex.:  À medida que o progresso
Emprego do cujo
do cujo e do onde
do onde avança, o romantismo diminui.
z  Tempo: quando (a ideia pode ser desdobrada em

Este é o prédio ideia de condição), enquanto, mal, logo que, assim


ONDE Lugares. onde  ca o 1º
1º que, sempre que, desde que, conforme. Ex.: Mal
Ex.: Mal ele
 ele
cartório. chegou, todas o rodearam.
Concorda com Paralelismo
Esta é a jovem de
o substantivo cujo pai eu lhe falei.
posterior e indica Paralelismo pode ser entendido como equilíbrio da
SUBS. CUJO SUBS. que esse subs- organização textual, promovendo no texto coerência
tantivo pertence em sua elaboração e, portanto, em seu sentido. Esse
a outro termo Este é o pai de cuja 
POSSE  jovem eu lhe falei. mesmo equilíbrio deve assim ser entendido nos perío-
substantivo an- dos, pois sua redação também deve apresentar uma
terior ao cujo. sequência lógica para que ele tenha sentido claro e
realmente dê a informação pretendida pelo seu autor.
Conjunções coordenativas, locuções conjuntivas, Veja, como exemplo, o que diz o Professor Othon
preposições e locuções prepositivas Marques Garcia em seu livro Comunicação em Prosa
 Moderna:
z  Adição: e, nem, (não só...) mas também, mas ain-
da, tampouco, (não só...) como também. Ex.: AEx.: A água “Se coordenação é, como vimos, um processo de
cristalina brota da terra e busca seu caminho por encadeamento de valores sintáticos idênticos, é
entre as pedras.  justo presumir que quaisquer elementos da frase
z  Adversidade/oposição: mas, porém, contudo, toda-  – sejam orações, sejam termos dela–, coordenados
via, entretanto, no entanto, não obstante. Ex.:  Este entre si, devam – em princípio, pelo menos – apre-
candidato não estudou muito, masmas foi
 foi aprovado. sentar estrutura gramatical idêntica, pois –como,
z  Alternância: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja... aliás, ensina a gramática de Chomsky – não se
seja. Ex.: Ou
Ou estude,
 estude, ou
ou aguente
 aguente a reprova.  podem coordenar frases que não comportem cons-
tituintes do mesmo tipo. Em outras palavras: as
z  Conclusão: logo, portanto, pois (depois de verbo), ideias similares devem corresponder forma verbal
por isso, então. Ex.:  Bebi
 Bebida
da alco
alcoólica
ólica pode caus
causar
ar similar. Isso é o que se costuma chamar paralelis-
vício, porta
vício, portanto
nto sua
 sua venda deve ser considerada ilícita. mo ou simetria de construção”.
z  Explicação: que, porque, pois (antes do verbo),
porquanto. Ex.: Não se preocupe, que que eu
 eu arruma- Vejamos agora alguns exemplos de construções
rei toda esta bagunça. que apresentam erros
erros de
 de paralelismo:
Conjunções subordinativas adverbiais z  Paralelismo semântico:  Em sua última via-
 gem pela América Latina como representante do
z  Causa: porque, como (somente no início do perío-  governo brasileiro, o presidente visitou
visitou Havana,
 Havana, a
do), que, já que, visto que, por (+ innitivo), graças  República Dominicana, Washington e o Presidente
a, na medida em que, em virtude de (+ innitivo),  Barack Obama.
em face de, desde que, uma vez que. Ex.: Como Como  
estava muito doente, foi ao médico. Observem que nesse caso o verbo “visitou” está sen-
z  Comparação: mais... que, menos... que, tão/tanto... do empregado de maneira a sugerir que se pode visitar
como, assim como, como. Ex.:  Ele sempre se posi- uma cidade da mesma forma como se visita uma pessoa,
cionou como
como um
 um líder. ou seja, está empregado de forma errada, já que ocorre
z  Concessão: embora, conquanto, ainda que, mesmo um duplo sentido a esse verbo com essa construção.
que, se bem que, apesar de (+ innitivo), em que pese Uma forma correta de representar a ideia preten-
a (+ innitivo), posto que, malgrado. Ex.: Emb
Ex.: Embor
oraa não dida pelo texto é:  Em sua última viagem pela Améri-
esteja me sentindo bem, assistirei à aula até o nal. ca Latina como representante do governo brasileiro,
z  Condição: se (às vezes prevalece a ideia de causa, o presidente visitou Havana, a República Dominicana,
outras vezes de tempo, ou ainda de oposição), caso, Washington e nesta última cidade foi
cidade  foi ver  o
 o Presidente
desde que, a não ser que, a menos que (a ideia  Barack Obama.
pode ser desdobrada
que, uma Ex.:em denão
vez que. Ex.: Eles
 Eles concessão), contanto
conseguirão vaga z Paralelismo sintático: Nosso
sintático:  Nosso time se esforçou bas-
b as-
 para esse ano letivo, a menos que que  haja alguma tante em todos os jogos, mas
mas conseguiram
 conseguiram se tornar
62 desistência. os campeões este ano.

Veja como a conjunção adversativa “mas” foi inde- os carboidratos no arroz com feijão, as proteínas no
vidamente empregada dando uma ideia de que ser bife com salada além da
da   glicose no cafezinho preto
campeão é oposto ao fato de se esforçar para vencer. com açúcar fornecem um completo abastecimento de
O correto nesse caso seria empregar uma conjunção energia somada ao prazer.
que conduzisse logicamente a primeira oração à ideia
da vitória apresentada na segunda oração, como em: 2° Parágrafo
 Nosso time se esforçou bastante em todos os jogos, por
jogos, por
isso (e,
isso (e, dessa forma, logo, consequentemente...) conse-  É de fundamental importância o consumo de
 guiu se tornar o campeão este ano.
ano. alimentos ricos no fornecimento de energia  para
 para   a
movimentação do nosso corpo. Podemos
corpo. Podemos mencionar,
Progressão textual  por exemplo,
exemplo,   o arroz com feijão que
que   diariamente
abastece a nossa mesa, por
mesa,  por causa de
causa de sua riqueza em
A progressão textual é o processo pelo qual o texto carboidratos. Esse
carboidratos. Esse complexo
 complexo alimentar nos recompõe
se constrói a partir de elementos semânticos e grama- da energia própria consumida durante o dia.
ticais. Novas informações devem ser somadas e liga-
das às informações anteriores e não apenas repetidas. 3° Parágrafo
Deve haver a continuidade e a evolução dos concei-
tos já apresentados que podem ser conquistadas por  Além disso,
disso,   as proteínas da carne no bife que
intermédio dos elementos de coesão. comemos servem para repor a massa muscular per-
Veja uma simulação do projeto de máscaras de dida durante o trabalho. E
trabalho.  E somando-se a isso, há
isso,  há as
redação e observe na prática como a progressão tex- bras das verduras e folhas que que   ajudam no proces-
tual ocorre: samento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí 
digestivos.  Daí  a
 a
 Muito se tem discutido ultimamente sobre (blá, blá,
possibilidade de rearmarmos o valor nutricional do
blá) por
blá)  por causa de (blá, blá, blá). Sabe-se que alguns
conjunto de alimentos de nosso prato mais tradicional
 fatores como
c omo (blá,
 (blá, blá, blá), (blá, blá, blá) e (blá, blá,
blá) são a base do desenvolvimento desse problema. As e de justicarmos
de  justicarmos os hábitos desenvolvidos em nossa
consequências imediatas de
imediatas de (blá, blá, bla´) só pode- cultura culinária.
rão ser avaliadas quando
quando (blá,
 (blá, blá, blá).
O primeiro passo a
passo a se tomar é o de (blá, blá, blá). 4° Parágrafo
 Além de (blá, blá, blá), também
também se  se pode especular
que (blá, blá, blá).  Ainda convém lembrarmos outro hábito que
 Ainda convém chamar a atenção para mais um contribui para o sucesso do nosso bem elaborado
 ponto determinante sobre (blá, blá, blá) que é  (blá,   (blá, cardápio (que é):é): o de tomarmos um cafezinho após
blá, blá). as refeições. Esse
refeições.  Esse conjunto
 conjunto da cafeína mais o açúcar
O resultado de todo esse esforço é  (blá, (blá, blá, blá) e  reabastece nosso cérebro de energia desviada para
desviada para os
 os
é em busca de (blá, blá, blá) que se deve (blá,
deve (blá, blá, blá). órgãos processadores da digestão no momento em que
Sendo assim (blá,
assim (blá, blá, blá). comemos. Essas
comemos.  Essas substâncias
 substâncias reprimem a sonolência
Você pode perceber que, mesmo não abordando típica da hora do almoço nos mantendo despertos.
assunto algum, há um encadeamento lógico da estru-
tura do texto que conduz a uma eciência argumen- argumen -  5° Parágrafo
tativa que admite a idealização uma vasta margem de
desenvolvimentos sobre variados temas.  Levando-se em consider
consideração
ação esses aspectos
aspectos  
práticos do prato do brasileiro somos levados a acre-
TEORIA DAS MÁSCARAS ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-
zidos pela nossa culinária, mas também por
também por tudo o
Depois de observar as diculdades que as pessoas que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.
têm de se expressarem por meio da escrita, colocamos Sendo assim a
assim a falta de qualquer um desses ingredien-
aqui soluções para esses problemas, sem a pretensão tes nos causará debilidade além de insatisfação.
de criarmais
rencial fórmulas mágicas,
concreto mas sim de criar um refe-
e imediato. temaObserve
proposto o texto e a estrutura.
a nós fosse Imaginemos
“A alimentação que o
do brasileiro”
O método aqui utilizado refere-se ao método Teo- e que a partir desse tema tivéssemos que produzir uma
ria das Máscaras dissertação sobre ele. A primeira coisa a fazer seria a
Leia inicialmente o texto piloto desse projeto: delimitação do tema, ou seja, deveríamos buscar com
Projeto de dissertação: Exemplos arroz com objetividade uma tese, dentro desse tema, sobre a qual
feijão. fôssemos capazes de argumentar, como essa:
Tema:: A alimentação do brasileiro.
Tema “A comida dos brasileiros é muito saudável e tem    A
   S
Tese: A comida dos brasileiros é muito saudável
Tese: tudo de que ele necessita para seu longo dia de trabalho”.    E
   U
e tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de O próximo passo seria o de levantar alguns argumen-    G
trabalho.    U
tos que sustentassem a tese proposta com valor de ver-    T
Argumentos: carboidratos no arroz com feijão; dade. Veja como zemos. Já que estávamos falando da    R
   O
proteínas no bife com salada; glicose e cafeína do alimentação dos brasileiros, nada melhor do que falar-    P
 
   A
cafezinho preto com açúcar. mos sobre seus pontos positivos, pontos estes reconhe-    U
   G
cidos até por especialistas em alimentação mundial. O    N
    Í
1° Parágrafo valor nutricional que compõe o nosso prato mais popu-    L
lar. Isso mesmo, o “pf”, o “prato feito” que encontramos
Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida em bares, pequenos restaurantes e, principalmente, na
é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi- maioria das mesas do povo brasileiro: o arroz com fei-
tam para seu longo dia de trabalho.
trabalho. Verica-se que  jão, bife
bife e salad
salada,
a, naliz
nalizado
ado com
com um cafez
cafezinho
inho preto
preto.. 63

Decompomos esse prato e identicamos seus prin-


prin- Veja agora uma coletânea de frases que podem
cipais ingredientes, aqueles merecedores de destaque auxiliá-lo na introdução de seus parágrafos iniciais:
como boa argumentação a favor de nossa tese. Marcamos
o “carboidrato”, presente no arroz e no feijão, como nosso  É de conhecimento geral que ... Todos sabem que,
primeiro ponto positivo. Depois foi a vez das “proteínas” em nosso país, há tempos, observa- se...
presentes no bife com salada e chegamos, nalmente, à Cogita-se, com muita frequência, que...
“cafeína” e ao “açúcar” presentes no cafezinho. Pronto, já  Muito se tem discutido,
discutido, recentemente,
recentemente, acerca de...
de...
temos a primeira parte de nosso projeto organizado.  É de fundamental importância o (a)....
O próximo passo é juntar tudo no primeiro parágra-  Ao fazer uma análise
análise da sociedade,
sociedade, busca-se desco-
desco-
fo,, de maneira organizada, de forma que as ideias sejam
fo brir as causas de....
apresentadas em uma sequência que deixe claro ao leitor Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual...
sobre o que será falado e também qual será a sequência
de argumentos que será apresentado para dar credibili- Assim como no segundo parágrafo, o terceiro e o
dade a nossa tese. Veja o modelo do primeiro parágrafo: quarto também seguiram o mesmo princípio quanto
às relações de coesão. As conjunções foram posicio-
nadas para darVeja
argumentação. coerência a quaseseguindo
os parágrafos qualquersuas
tipores-
de
Todos sabem o quanto, em nosso país, _____________
 ____________________.  Verica-se que____________________(,)
 ____________________. pectivas estruturas vazias:
 ___________________ além de _____________________ forne-
cem (ou - resultam, culminam, têm como consequência...) 3o Parágrafo:
 _________________________________________________________.
 _________________________________ ________________________.

 Além disso, ______________________________


______________________________..  E soman-
do-se a isso, _________________________
 _________________________ queque   _____________.
Compare agora com o parágrafo preenchido com  Daí  ____
 ________
________
_________
_____ ____
_________
_____ ____
________
_________
_____ ____
________
_______
___ee
a tese e com os argumentos e veja a amarração que de _____________________________
 ______________________________________________________.
_________________________.
conseguimos:
Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida é
saudável e tem tudo de que os brasileiros necessitam para
o seu longo dia de trabalho. Verica-se que os carboidra- Teremos, após preencher o modelo:
tos no arroz com feijão, as proteínas no bife com salada  Além disso, as
disso, as proteínas da carne no bife que come-
além da glicose
da glicose no cafezinho preto com açúcar for
açúcar fornec
necem
em   mos servem para repor a massa muscular perdida
durante o trabalho. E
trabalho.  E somando-se a isso, há as bras
um Acompleto abastecimento
partir daí, zemos o de energia
mesmo somada
para ao prazer.
os parágrafos das verduras e folhas que
que ajudam
 ajudam no processamento dos
seguintes, impondo a eles estruturas programadas alimentos pelos órgãos digestivos. Daí 
digestivos. Daí  a
 a possibilidade de
com relação lógica de coerência e coesão. Você perce- rearmarmos o valor nutricional do conjunto de alimen -
berá que a continuidade e a progressão textual foram tos de nosso prato mais tradicional e de justic
 justicarmo
armoss os
sendo procuradas e construídas para dar evolução ao hábitos desenvolvidos em nossa cultura culinária.
texto e aos argumentos.
No segundo parágrafo,
parágrafo, iniciamos com uma frase de 4o Parágrafo:
apresentação que valoriza o primeiro argumento, depois
fomos completando os espaços em branco que ligavam
os argumentos entre si com relações preestabelecidas  Ainda convém lembrarmos_________________________
(que é): 
é):  ________________________________________________
de: nalidade ― com a conjunção “para” ―; explicação  ___________.  Esse
 Esse   _________________________________  para
 ― com
com o “que”
“que” ― causa
causa ― com
com a locuç
locução
ão “por causa de”.  ______________________________.
 _____________________________ _.  Essa (s)
(s)   _________________
Veja que, para manter a continuidade textual recupe-  _________________________________________________________.
 _____________________________ ____________________________.
rando sempre a ideia central do parágrafo, nos preocu-
pamos em acrescentar o pronome demonstrativo “Esse”
fechando com uma conclusão sobre esse argumento.
Teremos, após preencher o modelo:
 Ainda convém lembrarmos outro hábito que con-
 É de fundamental importância o __________________ tribui para o sucesso do nosso bem elaborado cardápio
 ______________  para ______________________________
 _____________________________________.
_______.   que é  o
  o de tomarmos um cafezinho após as refeições.
 Podemos mencionar, por exemplo, ______________que ____
 ______________________________, por
 ______________________________, por causa de _____________  Esse   conjunto da cafeína mais o açúcar reabastece
 Esse
 ___________________________. Esse ________________________
Esse  ________________________ nosso cérebro de energia desviada para
desviada para os
 os órgãos pro-
 _________________________________________________________.
 _________________________________ ________________________. cessadores da digestão no momento em que comemos.
 Essas   substâncias reprimem a sonolência típica da
 Essas
hora do almoço nos mantendo despertos.
Para os parágrafos de desenvolvimento, também
Observe como cou a sequência completa do podemos relacionar frases que você poderá escolher
segundo parágrafo: para dar originalidade ao seu texto:
 É de fundamental importância o consumo de ali-
mentos ricos no fornecimento de energia para
energia para a
 a movi- z Ao se examinarem alguns; verica-se que;
mentação do nosso corpo. Podemos
corpo. Podemos mencionar, por z  Pode-se mencionar, por exemplo,
exemplo, o
exemplo,  o arroz com feijão que
que diariamente
 diariamente abastece z  Em consequência disso; vê-se; a todo instante;
z
atos.
nossa mesa,
mesa, por
tos. Esse  por causa de
 Esse complexo
 complexocausa  de sua
alimentar nosriqueza em da
recompõe carboidra-
energia z  Alguns argumentam que;
Além disso;
64  própria consumida durante
durante o dia. z  Outro fator existente;

z  Outra preocupação constante; MÁSCARA 01


z  Ainda convém lembrar;
z  Por outro lado;
1o Parágrafo
z  Porém; mas; contudo; todavia; no entanto;
entretanto. Todos sabem o quanto, em nosso país,_______________
  Verica-se que
Verica-se (,)
Lembramos que esses exemplos são
exemplos são apenas suges-  __________________________ além de_____________________
tões e que você poderá desenvolver construções que  _________ fornecem (ou - resultam, culminam, têm como
atendam sua necessidade 
necessidade  a partir de quando você consequência)_________________________________________.
for adquirindo experiência com a produção de textos.
Tanto quanto podemos criar padrões para a introdu- 2o Parágrafo
ção e para o desenvolvimento de nossas redações, também
podemos criá-los para a conclusão de nossa dissertação.  É de fundamental importância o _________________
Acompanhe a organização de nosso último parágrafo.  _____________________  para  ______________________________.
 ______________________________.  
 Podemos mencionar, por exemplo,_______________________
exemplo,_______________________  
que _________________________,
 _________________________, por
 por causa de________________
 Levando-se em consideração esses aspectos __________
aspectos __________  _______________. Esse
 _______________. 
 Esse _________________________________
 ______________________________________.
_____.
 ________________________ somos levados a acreditar que___
 _________________________________________________________
 _____________________________ ____________________________ 3 Parágrafo
o

 _______________________, mas também ____________________.


Sendo assim ____________________________________________
assim ____________________________________________  Além disso,_____________________________________
disso,________________________________________.
___.    E
 _________________________________________________________.
 _________________________________ ________________________. somando-se a isso, ________________________________
 ________________________________que_____
que_____
 _____________________________.    Daí  _________________________
 _____________________________.
 ____ee de ________________________________
 ____  __________________________________________________.
__________________.
Teremos, após preencher o modelo: 4o Parágrafo
 Levando-se em consideração esses aspectosaspectos  
 práticos do prato
prato do brasileiro
brasileiro somos levados a acre-  Ainda convém lembrarmos __________________
lembrarmos __________________ (que
 (que é): ______
 ______
ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-  _______________________.  Esse_________________________ _____
 _____
zidos pela nossa culinária, mas também por
também  por tudo o  _______________________ para_______________________
 para_______________________..  Essa(s)
que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.  __________________________________________________________.
 ________________________________ __________________________.
Sendo assim a
assim a falta de qualquer um desses ingredien-
tes nos causará debilidade além de insatisfação. 5o Parágrafo
Os aspectos conclusivos presentes nesse último
parágrafo garantem ao leitor a clareza de que se che-  Levando-se
somos levados aem
emacreditar
consideração esses aspectos ____________
que ___________________________,
gou ao nal do desenvolvimento da tese inicial. As
mas também_______________________________________ 
também_______________________________________  Sendo
frases em destaque dão força conclusiva ao parágrafo, assim ________________________
 _________________________________________________
_____________________________.
____.
conduzindo a sequência textual a uma possível solu-
ção para os problemas propostos, ou ainda, podem
gerar simples constatações das verdades idealizadas.
Você também pode contar com uma pequena lista de Muito bem, agora que vimos o processo de criação
frases que podem auxiliá-lo nessa tarefa. das máscaras, você poderá começar também seu traba-
lho de produção. Antes, porém, vamos apresentar mais
z  Em virtude dos fatos mencionados; dois outros modelos de máscaras de redação que você
z  Por isso tudo; poderá usar como base para suas próprias criações.
z Levando-se em consideração esses aspectos; Vá observando como as máscaras garantem o
z  Dessa forma; encadeamento das ideias, a coesão entre as orações
z  Em vista dos argumentos apresentados; e a coerência com as várias possibilidades argumen-
z   Dado o exposto; tativas. A seguir temos mais um exemplo de máscara
z  Por todos esses aspectos;
z  Pela observação dos aspectos analisados; Portanto;
logo; então. MÁSCARA 02
Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão 1o Parágrafo
com as seguintes frases:
 Entree os aspe
 Entr aspectos
ctos ref
refere
erentes
ntes a ______
_______________.
_________.
z somos levados a acreditar que;  __________________ ____ três pontos merecem desta-
 ______________________    A
z  é-se levado a acreditar que; que especial. O primeiro é __________________________;    S
   E
z  entendemos que; o segundo ________________ e por m________________    U
   G
z  entende-se que;    U
   T
z  concluímos que; 2o Parágrafo    R
   O
z  conclui-se que;    P
 
z  é necessário que; Alguns argumentam que________________
que________________________
________    A
   U
z  faz-se necessário que.  __________________ ____ para______________________
 ______________________ para________________________.
__.    G
Isso porque _______________________________. Dessa    N
    Í
   L
Observe como ca, então, a soma dos parágrafos e forma______________________________________________.
como se deu a criação da primeira máscara:

65

MÁSCARA 02 5° (2º parágrafo) justicativas (por que isso


ocorre?): argumento “a)” + provas e exemplos
1o Parágrafo (mostre casos conhecidos ou dê exemplos seme-
lhantes ao seu argumento).
 Entre os aspe
 Entre aspectos
ctos ref
refere
erentes
ntes a _____
_______________.
__________. 6° Construa o parágrafo unindo as informa-
 ______________________
 ____________________ __ três pontos merecem desta- ções anteriores ao argumento “a)”
que especial. O primeiro é __________________________;
 _____________________________
 _______________ ____________________________
____________________
______
o segundo ________________ e por m________________
 _______________________________________
 __________________ __________________________________.
_____________.
2o Parágrafo
7° Faça o mesmo esquema no 3º e 4º parágra-
fos para os argumentos “b)” e “c)”
Alguns argumentam que_________________
que________________________
_______
 ______________________
 ____________________ __ para____________________
para________________________.
____.  _____________________________
 _______________ ____________________________
____________________
______
Isso porque _______________________________. Dessa  _______________________________________
 __________________ _________________________________.
____________.
forma______________________________________________.
48° Elabore sua conclusão: (conrme sua tese
3o Parágrafo dizendo que, se algum dos argumentos não for
considerado, a ideia inicial não poderá ser sus-
tentada, ou que os resultados propostos não serão
Outra preocupação constante é _______________
 ___________________________________,
 ____________________ _______________, pois____________ atingidos).
 ________________________.
 ____________________ ____. Como se isso não bastasse,  _____________________________
 _______________ ____________________________
____________________
______
 ________________________
 ____________________ ____ que ___________________
_______________________
____  _______________________________________
 __________________ _________________________________.
____________.
 ____________ Daí _____________________
_ ______________________________
__________ que
 ____________e que_________________________
que_____ _____________________________.
_________.

4o Parágrafo APROFUNDAMENTO DA ELABORAÇÃO DO


PARÁGRAFO DISSERTATIVO
Também merece destaque ______________________
o (a) qual __________________________________________ Vamos agora aprofundar o nosso trabalho com
. Diante disso ________________________para que ____ a estrutura dos textos dissertativos. Para isso traba-
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________.
____________. lharemos as várias modalidades de parágrafos que
podem ser utilizados para a elaboração de uma boa
o

5 Parágrafo dissertação.
so projeto deMostraremos
máscaras e aqui a continuidade
os vários de nos-
arranjos que são
Tendo em vista os aspectos observados __________ possíveis ao construí-las.
 ______________________
 ____________________ __ só
 só nos resta esperar que ___
 ______________________________,
 ____________________ __________, ou quem saiba ______ z Parágrafo de introdução
 _________________________________
 ________________ _________________________________
___________________.
___.
Consequentemente_________________________________. O parágrafo de introdução tem como uma de suas
funções mais importantes, a de apresentar a tese que
será defendida no decorrer da redação. É também
Sugerimos a você que faça suas primeiras redações possível e bastante didático que vocês façam uma pré-
baseadas em uma das máscaras prontas, e conforme via dos argumentos que serão trabalhados na susten-
forem avançando as aulas, você poderá construir a tação dessa tese. Assim, o leitor poderá ser orientado,
suas próprias máscaras personalizadas. logo de saída, a acompanhar o ritmo do pensamento
Por m, preparamos uma máscara de organização de vocês e a sequência das suas argumentações.
sequencial para seu projeto de redação. Use-a para se
organizar. z  Tipos diferentes de parágrafos de introdução:

  Declaração inicial:
inicial: 
  na para
declaração arma-se
PROJETO DE TEXTO (monte sua dissertação)
diss ertação) ou nega-se algo de início em seguida justi-
car-se e comprovar-se a assertiva com exem-
exem-
1° Tema: 
Tema:  _______________________________________ plos, comparações, testemunhos de autores etc.
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________
____________ Vejamos um exemplo desse tipo de parágrafo
aplicado à nossa proposta básica que é o proje-
2° Tese: 
Tese:  ________________________________________ to arroz-com-feijão. Mais uma vez colocamos a
estrutura já construída e em seguida a disposição
  a)   ___________________________
a) vazia do parágrafo que poderá ser utilizada por
vocês sempre que desejarem.
3°Argumentos
  b) ____________________________
 __________________ __________
  c)   ____________________________
c) Modelo nº 1
 É fato notório que ___________________
que _____________________________
__________
(1º parágrafo) tese + argumentos  ____________ ________________________
 ________________________ ________________________
_______________
___
 ___________________________
 _____________ _____________________________
______________________
_______  ______________. Sabe-se que
qu e _______________________
___ ____________________
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________.
____________.  ________________________,
 ____________________ ____, além da _______________.
66

Preenchendo o modelo, teremos: Usamos aqui como representação desse mode-


lo o conceito de silogismo (Um silogismo é um
É fato notório que a
que a alimentação do brasileiro é boa termo flosófco com o qual Aristóteles designou
e tem tudo de que necessitamos para suprir os desgastes a argumentação lógica perfeita, constituída de
de um dia de trabalho. Sabe-se que os
que os carboidratos do três proposições declarativas que se conectam
arroz e do feijão, as proteínas do bife e da salada, além de tal modo que a partir das primeiras duas,
da glicose
da  glicose do cafezinho preto com açúcar fornecem um chamadas premissas, é possível deduzir uma
completo abastecimento de energia somada ao prazer. conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por
Aristóteles em sua obra Analíticos Anteriores.
  Denição: o parágrafo por denição é entendi-
entendi-
do como um método preferencialmente
preferencialme nte didático,
pois busca, por intermédio de uma explicação Modelo n 3
clara e breve, a exposição do signicado de uma  _____________ pode ser representado de duas
ideia, palavra ou de uma expressão.   É a forma maneiras diferentes: ___________ que é ___________
 ____________ e ___________, que é __________________
de exposição dos diversos lados pelos quais se  _______________. Enquanto a primeira ___________se
pode encarar um assunto. Pode apresentar tan-
apresenta __________________. Esta, por sua vez, rea-
to o signicado
quanto aquele que o termo
falantecarrega no uso
pretende geral
determi- liza-se por intermédio de _________________________
 __________________ __________________________________.
 ______________________________________ ______________.
nar para o propósito do seu discurso.

Uma denição é um enunciado que descreve um


conceito, permitindo diferenciá-lo de outros conceitos Preenchendo o modelo, teremos:
associados.
Vejam como em nosso parágrafo de exemplo O silogismo  pode ser representado de duas
exploramos o conceito global e generalizado sobre o maneiras diferentes: silogismo simples que é   for-
assunto. mado por um único núcleo argumentativo e silogismo
Vocês perceberão como o modelo vazio que segue composto que é  formado por diversos núcleos argu-
este exemplo traz a indução do assunto a ser deni-
deni- mentativos de elaboração complexa. Enquanto
complexa.  Enquanto a pri-
do. Vale lembrar que, como se trata de uma denição, meira teoria se apresenta  pela estrutura losóca
a base dessa informação deve sustentar-se em uma básica consagrada pela antiguidade.  Esta, por sua
verdade consagrada, diferentemente do que vimos vez, realiza-se por intermédio de vários silogismos
no exemplo anterior, já que a declaração inicial pode desenvolvidos para atender às novas perspectivas de
basear-se em uma posição pessoal a ser defendida. sedução e convencimento.
  Alusão histórica: a
histórica: a elaboração de um parágra-
Modelo nº 2 fo por alusão histórica é um recurso que desperta
 ____________________ __________ é a denominação
 ______________________________ sempre a curiosidade do leitor por meio de fatos
dada a ________________________. Essa ____________ históricos, lendas, tradições, crendices, anedotas
 ___________________,
 __________________ _, mas a hipótese mais aceita é ou a acontecimentos de que o autor tenha sido
a de que __________________________________________ participante ou testemunha (desenvolve-se geral-
 ______. Outra versão arma que esse ____________ mente por meio da comparação com o presente
 ____________, que tem origem ____________. O que se ou retorno a ele). A vantagem desse método é o
sabe é que _______________________________________. de podermos mostrar o desenvolvimento crono-
lógico de um assunto, expondo sua evolução no
tempo. Lembrem-se de que, ao se servirem de
Preenchendo o modelo, teremos: um fato histórico para sustentar uma tese, a His-
tória é a ciência que estuda o homem e sua ação
 Arroz com feijão é a denominação dada a um pra- p ra-
no tempo e no espaço, concomitante à análise
to típico da América Latina. Essa
Latina. Essa receita
 receita não tem uma
de processos e eventos ocorridos no passado - e
origem certa, mas a hipótese mais aceita é a de
como ela é uma ciência, tem, por conseguinte, um
que seria
que  seria fruto de uma combinação do arroz (de ori-
 gem oriental) trazido
t razido pelos portugueses ao Brasil com grande valor argumentativo.
o feijão, que já seria consumido no Brasil pelos índios. Observem como isso é simples:
Outra versão arma que esse  prato foi a união do
arroz com a feijoada, que tem origem africana
origem africana ou por-
tuguesa. O que se sabe é que, que,  ao longo dos séculos, Modelo nº 4    A
esse prato foi se popularizando por todo o país, passan- Desde a época da ________________ sabe-se que    S
   E
do a ser uma parte quase que indispensável da refeição  __________
 _____ _________
_________
_________
_________
__________
__________
_________
_________
_________
____    U
   G
dos brasileiros. para ____________________________________. Principal-    U
mente hoje em dia, reconhece-se que ____________    T
   R
  Divisão: o parágrafo de divisão, processo tam-  ______________________________________
 __________________ ___________________________,
_______, além    O
   P
 
bém quase que exclusivamente didático, por de________________________________
de_______________ _________________________________
________________    A
causa das suas características de objetividade  ______________________________________
 __________________ __________________________________.
______________.    U
   G
e clareza, que consiste em apresentar o tópico    N
    Í
frasal (frase que introduz o parágrafo) sob a    L
forma de divisão ou discriminação das ideias Preenchendo o modelo, teremos:
a serem desenvolvidas (normalmente a divisão
vem precedida por uma defnição, ambas no  Desde a época da escravidão no Brasil 
Brasil  sabia-se
mesmo parágrafo ou em parágrafos distintos). que a alimentação dada a esses novos brasileiros era 67

boadesgastes
os e tinha tudo
de um de longo
que eles necessitavam
dianecessitavam para
 paraem
de trabalho. Hoje
trabalho.  Hoje suprir
dia Preenchendo o modelo, teremos:
 principalmente,
 princip almente, já se reconhece
reconhece que os carboidratos  A cidade (ou região) em e m destaque é  Pindaíba
 Pindaíba da
do arroz e do feijão, as proteínas da carne e das verduras Serra, que ca localizada em  Monte Mole, regiãoregião  
 fornecem
 fornece m um completo abastecimen
abastecimentoto de energia
energia soma- nobre de
de Pindorama.
 Pindorama. É aí onde 
onde  se localiza uma
localiza uma das
da ao prazer, justicando os hábitos do passado como mais belas reservas naturais de paioca-rija, um cipó
responsáveis pela tradição alimentar que preservamos. medicinal e afrodisíaco muito cobiçado pelos morado-
  Interrogação: A ideia núcleo do parágrafo por
Interrogação:  res dessa região. 
região.  Cercada por  uma densa oresta 
interrogação é colocada por intermédio de uma de mambutis gigantes, foi
gigantes,  foi bem no centro desse
dess e san-
pergunta a qual serve mais como recurso retó- tuário tropical que a próspera cidadezinha se tornou
rico, uma vez que a questão levantada deve ser uma espécie de centro cultural da região por preservar
respondida pelo próprio autor. Seu desenvolvi- até hoje um dos mais tradicionais rituais de nossa his-
mento é feito por intermédio da confecção de tória: a sagração da taioba-plus, entidade sagrada e
uma resposta à pergunta. reverenciada pelos devotos naobilicos.

Modelo nº 5  Desenvolvimento por exploração temporal:


Será possível determinar qual(Resposta)
para_____________________________? é ______________
______ nesse
to em modelo o leitor
que os fatos é informado
ocorreram com do momen-
a indicação
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________.
____________. de datas e outros aspectos temporais. Pode-se
recorrer nesse momento aos artifícios empre-
gados no próprio parágrafo de alusão histórica,
Preenchendo o modelo, teremos:  já que este também se serve de referências cro-
nológicas como em:
Será possível determinar qual é  a  a melhor combi-
nação de alimentos para
alimentos  para atender
 atender às necessidades diá-
rias de nossa população? 
população?  Qualquer
  Qualquer nutricionista dirá Modelo nº 1
que sim , pois alimentos ricos em carboidratos e pro- A cidade (ou região) em destaque é ____________,
teínas devem compor essa alimentação e não há quase que ca localizada em ____________, região nobre de
nada mais apropriado do que nosso tradicional prato  _________. É aí
a í onde
o nde se localiza __________________
____________________
__
de todos os dias. O arroz com feijão tem as proporções  __________________ dessa região. Cercada por uma
 perfeitas para satisfazer essa necessidade que todos densa oresta ____________________, foi bem no cen-cen-
têm de recomposição de força e de energia. tro desse ___________________________________________
 ______________________________________
 __________________ __________________________________.
______________.
z  Parágrafos de desenvolvimento

Após o primeiro parágrafo que, como já vimos, Preenchendo o modelo, teremos:


pode apresentar a tese e também os argumentos prin-
cipais que serão desenvolvidos, chega a hora de abor-  No passado,
passa do, quando pensávamos em em alimenta-
 alimenta-
dar os elementos que sustentarão essas armações ção, notávamos que sua
que sua relação com a sobrevivência
iniciais. Os parágrafos seguintes deverão conter os era muito
era  muito maior comparada à que vemos nos nos-
recursos argumentativos que articularão o convenci- sos atuais. 
atuais.  Hoje,
Hoje, por outro lado, a
lado,  a qualidade desses
mento do leitor quanto à tese apresentada. alimentos e a qualidade da saúde que eles proporcio-
nam tornaram-se
tornaram-se o  o foco desse pensamento. O resul-
  Tipos diferentes de parágrafos de desenvol-
vimento: as possibilidades de ordenação do tado disso é que 
que  comer, na atualidade, 
atualidade,  tornou-se
tornou-se  
parágrafo são várias: exploração de aspectos um ritual de bem viver.
espaciais e temporais, enumeração de porme-
  Desenvolvimento por exploração de porme-
nores, apresentação de analogia, ou contraste,
citação de exemplos, apresentação de causas e nores ou de enumerações: nesse modelo de


consequências.
Desenvolvimento por exploração espacial: parágrafo, vocêsrelacionar
características, têm por aspectos
objetivo importan-
enumerar
ao argumentar, vocês podem se servir da expo- tes sobre algum assunto. A apresentação das
sição de informações relativas ao lugar em que ideias pode ser ou não ordenada segundo uma
os fatos ocorreram. ordem de importância. A ordem depende do
que vocês pretendem enfatizar.
Modelo nº 1
A cidade (ou região) em destaque é _____________, Modelo nº 3
que ca localizada em ____________, região nobre de Entre os aspectos referentes a__________________
 ________ É aí onde se localiza ______________________
_____ _________________  _______________________
 __________________ _____ três
trê s pontos merecem desta-
 _____________ dessa região. Cercada por uma densa que especial. O primeiro é _________________________
oresta ___________________,
__________________ _, foi bem no centro desse  __________; o segundo________________ e por m ____
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________.
____________.  ______________________________________
 __________________ __________________________________.
______________.

68

Ao preenchermos o modelo, teremos: verduras , , por sua vez, oferecem as bras que nos auxi-
verduras
liam no processamento dos alimentos pelo nosso orga-
 Entre os aspec
 Entre aspectos
tos ref
referen
erentes
tes à  alimentação dos nismo ajudando na absorção dos nutrientes.
brasileiros, três pontos merecem destaque especial. 
especial. O
 primeiro
 prim eiro é  quanto
 quanto aos carboidratos presentes no arroz   Desenvolvimento por exploração de causa
com feijão; o segundo diz respeito 
respeito  às proteínas pre- e consequência: Dentro de uma perspectiva
sentes no bife com salada e por m a glicose somada à lógica e simples devemos compreender causa
cafeína no cafezinho preto com açúcar que fornecem um como um fator como gerador de problemas e
completo abastecimento de energia somada ao prazer.
prazer. consequência como os problemas gerados pela
causa. Trabalhar com causas e consequências é
  Desenvolvimento por exploração 
exploração de contras- apresentar os aspectos que levaram ao proble-
te de ideias: 
ideias:  na ordenação do parágrafo por
exposição de contrastes entre si, vocês podem se ma discutido e as suas decorrências.
servir de comparações, ideias paralelas, ideias
diferentes e ideias opostas.
Modelo nº 6
É de fundamental importância o ___________
o  ___________
Modelo nº 4  ____________ ________________________
 ________________________ ________________________
_______________
___
Muitos acreditam
 ____________________ que __________________________
 ________________________________________
____________________________,
________, por  __________
cionar, porpara___________________. Podemos men-
exemplo, ____________________________
causa da _____________________________. Por outro que____________________,
que__________________ __, por causa ________________.
lado, sabe-se também que _________________________
 _________________
 _________ _________________
_________________
________________
_________________
___________
 ________________, quando
qua ndo muitas vezes _____________ Ao preenchermos o modelo, teremos:
 ________________________________________
 ____________________ ________________________________.
____________.
 É de fundamental importância o consumo de ali-
mentos ricos no fornecimento de energia para
energia para a
 a movi-
Ao preenchermos o modelo, teremos: mentação do nosso corpo. Podemos
corpo. Podemos mencionar, por
exemplo, o
exemplo,  o arroz com feijão que
que diariamente
 diariamente abastece
 Muitoss acre
 Muito acreditam
ditam que
que o
 o cafezinho preto com açúcar a nossa mesa, por
mesa, por causa de
causa de sua riqueza em carboidra-
 pode caus
causar
ar excit
excitação
ação e ansi
ansiedad
edadee quand
quandoo consu
consumido
mido em tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia
excesso, por
excesso, por causa da cafeína e da glicose presentes nele.
nele.  própria consumida durante
durante o dia.
 Por outr
outroo lado,
lado,  sabe-se também que essas
que essas substâncias
 fornecem
 fornecem uma
uma carga
carga suple
suplement
mentarar de ener
energia
gia nos
nos deixan-
deixan- z  Parágrafo de conclusão
do despertos
somos logo após
acometidos o almoço,
por uma quando
sonolência muitas
indesejada. vezes 
indesejada. vezes  A conclusão de uma dissertação é o momento de
Desenvolvimento por exploração de ideias ana- se mostrar que o objetivo proposto na introdução foi
lógicas e comparação: para
comparação: para organização das ideias, atingido. É de fundamental importância que não ocor-
nossos redatores valem-se de expressões que indicam ra contradição com a tese proposta no início de sua
confronto valendo-se do artifício de contrapor ideias, redação, o que descaracterizaria toda a argumenta-
seres, coisas, fatos ou fenômenos.
ou fenômenos. Tal confronto tanto ção. Vocês, nesse momento, devem fazer uma síntese
pode ser de contrastes como de semelhanças. Analo- geral; ou retomar a ideia inicial, reforçando os pon-
gia e
gia  e comparação
comparação são
 são também espécies de confronto: tos de partida do raciocínio. Podem também demons-
“A analogia é uma semelhança parcial que sugere
uma semelhança oculta, mais completa. Na compara- trar que uma solução a um problema foi encontrada
ção, as semelhanças são reais, sensíveis numa forma ou que uma proposta de solução pode ser alcança-
verbal própria, em que entram normalmente os cha- da, ou ainda que uma resposta a uma pergunta foi
mados conectivos de comparação (quanto, como, do encontrada.
que, tal qual)”. – Comunicação em prosa Moderna – Esse momento pode também gerar um questio-
Othon M. Garcia. namento nal, desde que não concorra com suas
Por exemplo: exposições anteriores. A satisfação do
do leitor deve ser
contemplada
frustrado pelanaexpectativa
conclusão para quequanto
criada ele nãoaosetema.
sinta
Modelo nº 5 Essa volta ao início do texto que a conclusão faz é algo
No caso das ______
 _____________
_________________ , porque cada
__________  que chamamos de circularidade. Esse caráter naliza
na liza--    A
   S
qual tem seus próprios valores __________________. dor da conclusão também colabora para a progressão    E
Enquanto a __________________________________, as e continuidade textual.    U
   G
 ________, por sua vez, _____________________________.    U
   T
 Tipos diferentes de parágrafos de conclusão:    R
   O
podemos enumerar alguns exemplos de con-    P
 
   A
Ao preenchermos o modelo, teremos: clusões satisfatórias que todos poderão usar    U
em seus textos dissertativos.    G
   N
    Í
 No caso das
das   proteínas do bife e da salada que  Conclusão por síntese ou resumo: o primei-    L
comemos, seria melhor não generalizar, porque
generalizar, porque cada ro recurso com que trabalharemos será o do
qual tem seus próprios valores para
valores para a alimentação. resumo ou síntese geral. Nesse caso vocês reto-
 Enquanto a  carne é rica em proteínas que repõem mam, resumidamente, aquilo que exploraram
as perdas musculares pelo desgaste do dia-a-dia, as
as   durante o texto: 69

Preenchendo o modelo, teremos:


Modelo nº 1
Levando-se em consideração esses aspectos Tendo em vista os aspectos observados sobre  sobre  
 __________________ somos levados a acreditar que nossa alimentação, só nos resta esperar que  que  se
não é apenas por ____________________________, mas  garanta a todo brasileiro
brasileiro o acesso
acesso a esse rico cardápio.
cardápio.
também _________________________________. Sendo Ou quem saiba ainda que seque  se divulgue o sucesso de
assim_____________________________________________. nossa combinação alimentar para
alimentar para que o
que o mundo saiba
que no Brasil se come bem. Consequentemente
Consequentemente   será
 possível a qualquer um balancear com eciência e bai-
 xo custo do que se põe na mesa de sua casa.
Ao preenchermos o modelo, teremos: Agora, pessoal, é começar a criar seus próprios
arranjos e utilizar essas técnicas para compor reda-
 Levando-se em consideração esses aspectos aspectos   ções ecientes que garantam seu sucesso em qualquer
tipo de concurso que peça a vocês um posicionamento
 práticos do
do prato do brasileiro,
brasileiro, somos levados a acre- especíco sobre qualquer tema.
ditar que 
que  não é apenas por  prazer
  prazer que somos sedu-
zidos pela nossa culinária, mas também 
também  por tudo o Construindo as Máscaras de Redação
que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.
Vamos agora montar nosso quebra-cabeças? Veja
Sendo
tes nos assim,
causaráadebilidade
falta de qualquer
além deum desses ingredien-
insatisfação.
insatisfação. como arranjamos os modelos de maneiras diferentes.
z  Modelo n° 1: Introdução (declaração inicial)
 Conclusão por questionamento: nesse mode-
lo vocês 
vocês  partem de um questionamento para
encerrar seu raciocínio. Mas não se esqueçam
de que vocês não devem colocar em dúvida os  É fato notório que
que __________________
 ____________________________
__________
argumentos desenvolvidos em sua redação.  ____________________ ______________________.
 ________________________________________ __. Sabe-se
que _____________________________________________,
além da __________________________________________.
Modelo Nº 2
O que mais há para ser tomado como _________
z  Modelo n° 2: desenvolvimento (pormenores ou
 _________________________(?)
 __________________ _______(?) _________________
_______________________
______
acreditar que ____________________________________ de enumerações)
 _______________, mas também __________________
____________________
__
 _______________________________(?)
 __________________ _____________(?) Certamente que Entre os aspectos referentes a ___________________
sim, pois _________________________________________.
três
ro é pontos merecem destaque especial.oOsegundo
___________________________________; primei-
 _________________ e por m ____________________
________________________.
____.
Preenchendo o modelo, teremos:
Modelo nº 2: desenvolvimento (temporal)
O que mais há para ser tomado como  como   positivo No passado, quando pensávamos em _______,
e prático no prato dos brasileiros? 
brasileiros?  O
 O que sabemos nos notávamos que ___________________. era ____________
leva a acreditar que não
que não é apenas por prazer que comparada à que vemos recentemente . Hoje, por
somos seduzidos pela nossa culinária, mas tam- outro lado, _______________________________ torna-
bém por
bém  por tudo o que ela nos oferece para a manutenção ram-se _____________. O resultado disso é que ______,
de nossa saúde. E a falta desses ingredientes mudará a na atualidade, tornou-se _________________________.
saúde de nossa população? 
população?  Certamente
Certamente  que sim, pois 
pois 
a carência de tais ingredientes nos causará debilidade
além de insatisfação. z  Modelo n° 3: desenvolvimento (contraste de
 Conclusão por resposta, solução ou propos- ideias)
ta: vocês levantam uma (ou mais) hipóteses ou
Muitos acreditam que ______________________
sugestões do que
mar a história se devedurante
mostrada fazer para transfor-
o desenrolar  ______________________________________
 __________________ _________________________,
_____, por
do texto. causa da ____________________________. Por outro
lado, sabe-se também que_____________________
 ________________________,
 __________________ ______, quando muitas vezes
Modelo nº 3  _____________.
Tendo em vista os aspectos observados sobre
 _________________,   só nos resta esperar que
 _________________,
 ____________________________.
 __________________ __________. Ou quem saiba ainda z Modelo n° 4: conclusão (síntese ou resumo)
que ____________________________________ para que
 ______________________
 __________________ ____ Consequentemente ________
 _______________________________
 _____________________________________  _____________ .
______  Levando-se em consideração esses aspectos
 ______________ somos levados a acreditar que não é
apenas por _________________________________, mas
também____________. Sendo assim________________.
70

Nova máscara
 É fato notório__.
 __________________ que
 ____________________.  _____________________________________.
 ____________________
Entre os aspectos _________________.
a spectos referentes Sabe-se que
a ____________________ ___________________________,
____________________
______________________________
__________ três pontos _______,
merecem além da
desta-
que especial. O primeiro é ___________________; o segundo_____________________ e por m ______________________
 ______________. No passado, quando pensávamos em __________,
_________ _, notávamos que ___________________________
____________________ _______ era
 ____________ comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro ou tro lado, _________________________
_____________ ____________ tornaram-
-se _________________. O resultado disso é que ______, na atualidade, tornou-se __________________________
______ ____________________.. Muitos
acreditam que ________________________________, por causa da __________________________. Por outro lado, sabe-
-se também que _________________, quando muitas vezes _______________. Levando-se em consideração esses
aspectos _________________ somos levados a acreditar que não é apenas por por _______________________________,
_____________________ __________, mas
também _____________________. Sendo assim _____________________________________.

Observe que zemos a opção por abrir nossa redação com uma declaração inicial. Como abordamos um tema
geral, sem uma relevância cientíca notória e que representa na verdade um conhecimento cultural somado às
observações de médicos e nutricionistas, a declaração foi a melhor alternativa, já que não se compromete com a
obrigatoriedade de recorrência a uma fonte de conhecimento referencial.
Em seguida, arranjamos os parágrafos de desenvolvimento mesclando os vários modelos apresentados ante-
riormente. Ao mesmo tempo em que eles nos ofereciam diversas alternativas para a estruturação de nosso pro-
 jeto, também nos orientavam dando caminhos a seguir na argumentação. É como se se montássemos realmente um
quebra-cabeça.
Escolhemos três modelos diferentes de parágrafos de desenvolvimento para esse projeto. Por enumerações, o
temporal e o por contraste. Forçamos um pouco a barra, primeiro criando a máscara para, só depois, completar
nossa redação. Anal de contas, essa é a vantagem do projeto de máscaras.
Vejam como cou:

 É fato
fato notó
notório
rio que
 que a comida dos brasileiros é muito boa e tem tudo de que
q ue eles necessitam para o seu longo dia de
trabalho. Sabe-se que o
que o arroz-com-feijão nos fornece um completo
comp leto abastecimento de energia somado ao prazer
prazer..
 Entre os aspectos referentes
referentes a esse par considerado completo que é o arroz com feijão, três pontos mere-
cem destaque especial. O primeiro está
primeiro está na riqueza de carboidratos presentes nele e que nos reabastece repondo
a energia consumida durante o dia; o segundo nos reporta ao sabor exótico e marcante que o alimento oferece,
tornando-o sempre uma escolha positiva quanto ao prazer e por m deve-se levar em conta a vantagem do baixo
custo dessa combinação se comparado a outros alimentos também computados como importantes para
importantes  para a com-
 posição de uma alimen
alimentação
tação rica.
rica.
 No pass
passado,
ado, quan
quando
do pensá
pensávamos
vamos em alimentação,
alimentação,notávamos
notávamos que sua
que sua relação com sobrevivência era mui-
to maior comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, a lado, a qualidade desses alimentos e a quali-
dade da saúde que eles proporcionam tornaram-se
tornaram-se o
 o foco desse pensamento. O resultado disso é que comer,
que comer, na
atualidade, tornou-se um
tornou-se um ritual de bem viver.
 Muitos acreditam que a
que a comida presente em nossas mesas é uma das mais saudáveis do mundo, por
mundo,  por cau-
sa da sua
da sua variedade e equilíbrio. Por
equilíbrio.  Por outro lado, sabe-se
sa be-se também
t ambém que poderá
que  poderá engordar, quando muitas
vezes for
vezes  for consumida sem medida, com inspiração apenas no sabor e no prazer que oferece.
 Levando-se em considera
consideração
ção esses aspectos
aspectos práticos
 práticos do prato do brasileiro somos
somos levados a acreditar
que não
que  não é apenas por prazer que somos seduzidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos ofe-
rece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim, concluímos que a que a falta desse ingrediente em nossa mesa
m esa
nos causará debilidade além de insatisfação.

Com esses modelos apresentados, desejamos mostrar como é possível programar e treinar nossos
no ssos trabalhos de
redação se exercitarmos essas habilidades. Porém, é de fundamental importância que você busque ou crie um
modelo de máscara com o qual você mais se identique. Isso para que, no momento de produção de sua redação,
principalmente se ocorrer durante uma prova de concurso, você já esteja organizado. Com isso, espera-se que
vocês tenham a vantagem de partir direto para a elaboração de seu texto sem ter de car parados buscando ins -
piração em um momento em que todo segundo é importante.
   A
   S
   E
PROJETO DE TEXTO – ANÁLISE DE PROPOSTAS E RESPECTIVOS PROJETOS POSSÍVEIS    U
   G
   U
Neste assunto trabalharemos com a análise de algumas propostas de variadas instituições para mostrar as    T
   R
diferenças entre elas. Veremos também como vêm sendo apresentados os temas e como agir diante das diferentes    O
   P
 
exigências feitas nas últimas provas de concursos. Depois passaremos ao trabalho de orientação de como evitar    A
erros comuns e como buscar soluções para alguns problemas que venhamos a enfrentar quando estivermos    U
   G
escrevendo a nossa redação durante a prova.    N
    Í
Faremos nosso trabalho com uma proposta da banca CESPE.    L

Vejamos então a proposta feita pelo CESPE em 2018. Observe que, antes de iniciar a apresentação do tema, há
orientações claras da instituição aos candidatos para que não incorram em erros que possam desclassicá-los ou
que ainda não percam pontuações signicativas na avaliação de seu texto.
71

Veja a proposta abaixo: Como última informação eles alertam para que
não se usem parênteses com essa nalidade. Os
Prova Discursiva
parênteses são elementos gramaticais de pontuação e
z  Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, como tal devem ser usados em sua indicação correta,
isolando termos pertinentes ao texto e é dessa forma
os espaço para rascunho indicado no presente cader- que será avaliado seu uso.
no.Em seguida, transcreva o texto para a FOLHA DE Observe agora os textos motivadores para essa pro-
TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no posta e o tema que deve ser abordado obrigatoriamente:
obrigatoriame nte:
local apropriado, pois não será avaliado fragmento
de texto escrito em local indevido.
Direito à saúde
z  Qualquer fragmento de texto além da extensão máxi-
ma de linhas disponibilizadas será desconsiderado.
desconsiderado.
z  Na Folha de Texto Denitivo, a presença de qual-
O direito à  sa
saú
úde
de é
 é parte do conjunto de direitos
quer marca identicadora no espaço destinado à chamados de direitos sociais, que têm como inspira-
transição do texto denitivo acarretará a anulação ção o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil,
da sua prova discursiva. esse direito apenas foi reconhecido na CF; antes disso,
z  Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 13,00
o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para
pontos,, dos quais até 0,60 ponto será atribuído
pontos trabalhadores com carteira assinada e suas famílias; as
ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às outras pessoas tinham acesso a esses serviços como um
margens e indicação de parágrafos) e estrutura tex- favor e não como um direito. Na Constituinte de 1988,
tual (organização das ideias em texto estruturado). as responsabilidades
promover do Estado
a saúde de todos foram
passou a ser repensadas,
dever:: “Ae
seu dever
Inicialmente o candidato é orientado a usar a folha de saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
rascunho e depois transcrevê-la para a folha denitiva. mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao
Por quê? Porque muitos candidatos deixam para
fazer suas redações ao término da prova objetiva, acesso universal e igualitário às ações e serviços
serviços para
 para a
quando a prova discursiva ocorre concomitante- promoção, proteção e recuperação” (CF, art. 196).
mente à esta, e acabam administrando mal o tempo. A saúde é um direito de todos porque sem ela
Quando isso ocorre, acabam fazendo suas redações não há condições de uma vida digna, digna, e é um dever
dever  
diretamente na folha denitiva e têm de assumir os do Estado porque é nanciada pelos impostos
impostos que
 que são
riscos de cometer erros que não podem ser revertidos. pagos pela população. Dessa forma, para que o direi-
Ou ainda, não conseguem passar o texto “a limpo” e to à saúde seja uma realidade, é preciso que o Estado
esperam que seja corrigido assim mesmo. crie condições de
condições de atendimento em postos de saúde,
É importante saber que, por determinação apresen- hospitais, programas de prevenção, medicamentos
tada geralmente nos editais, os rascunhos não serão lidos etc., e, além disso, é preciso que esse atendimento seja
sej a
Dessa forma, os candidatos perdem a oportunidade universal (atingindo a todos os que precisam) e inte-
de disputar a vaga para esse concurso, pois são desclas- gral (garantindo tudo de que a pessoa precise).
sicados como se não houvessem feito sua redação. A criação
tomada do SUS está diretamente
de responsabilidade 
responsabilidade relacionada
  por parte do Estado. à
Como falam sobre um lugar apropriado para a
transcrição do texto e declaram que não considera- Organizado com o objetivo de proteger,
proteger, o SUS deve
rão fragmentos de textos escritos em lugar indevido, promover e recuperar a saú
saúde
de   de todos os brasilei-
os candidatos deverão car atentos às margens e ao ros, independentemente de onde morem, de tra-
número de linhas disponibilizado. Ou seja, se ultrapas- balharem ou não e de quais sintomas apresentem.
sadas as trinta linhas da folha, certamente a conclusão Infelizmente, esse sistema ainda não está completa-
cará fragmentada. Se a margem for ultrapassada, mente organizado e ainda existem muitas falhas, no
aquela parte da palavra não será lida. O resultado des- entanto seus direitos estão garantidos e devem ser
sas desatenções prejudicará toda a coerência do texto, cobrados para que sejam cumpridos.  Internet: <nev <nev..
além de comprometer a estrutura dissertativa. incubadora.fapesp.br
incubador a.fapesp.br>> (com adaptaç
adaptaçõões).
Por m, vêm as orientações quanto ao erro de gra- gra - A humaniza
humanizaçãção
o é um movimento com crescente e
a: que nem sempre aparecem nesse quadro inicial, disseminada presença, assumindo diferentes
diferentes sentidos
mas que sempre servem como referência para todas as segundo a proposta de intervenção eleita. Aparece, à
provas. Lembrem-se sempre de que o corretor não é primeira vista, como a busca de um ideal
ideal,, pois, sur-
um perito do serviço de inteligência nacional, que bus- gindo em distintas frentes de atividades e com signi-
ca meios cientícos e investigativos para decodicar cados variados, segundo os seus proponentes, tem
informações relevantes de uma mensagem secreta. Por representado uma síntese
por uma perfeição moral das
moral dasde ações
aspiraçõ
aspiraç ões
es   genéricas
e relações entre
isso, se seu texto tiver problemas quanto à legibilidade,
mais pontos serão perdidos, ou pior, serão desclassi-
desclassi- os sujeitos humanos envolvidos. Cada uma dessas
cados caso não se possa ler o que foi escrito. frentes arrola e classica um conjunto de questões
Vejam como o CESPE trabalha com o possível erro práticas, teóricas, comportamentais e afetivas que
na transcrição de uma palavra. Você deve apenas pas- teriam uma resultante humanizadora.
sar um traço sobre a palavra, a frase, o trecho ou o Nos serviços de saúde, essa intenção humanizado-
sinal gráco e escrever em seguida o respectivo subs-
subs- ra se traduz em diferentes proposiç
proposiçõeõess: melhorar a
tituto. Exemplo: relação médico-paciente;
médico-paciente; organizar atividades de
convívi
conv ívio
o, amenizadas e lúdicas, como as brinquedo-
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito tecas e outras ligadas às artes plásticas, à música e ao
felizes. teatro; garantir acompanhante na internação da crian-
ERROU? ça; implementar novos procedimentos 
procedimentos  na atenção
CORRIGIU! psiquiátrica, na realização do parto — parto humani-
72 zado — e na atenção ao recém-nascido de baixo peso

 — programa
programa da mãe-cangu
mãe-canguru
ru —; amenizar as condi-   Unicar as informações sobre o oferecimen -
ções
ções do atendimento aos pacientes 
pacientes  em regime de to de serviços apropriados
serviços apropriados aos pacientes, bem
terapia intensiva; denunciar
denunciar   a “mercantilização” da como oferecer meios de locomoção contínua
medicina; criticar
proposições. a “instituição
 Internet: total”br>
<www.scielo.
<www e tantas outras
.scielo.br> aos
que que necessitam
possam de buscar outras unidades
atendê-los;
  Fiscalizar e avaliar continuamente a qua-
A NECESSIDADE DE HUMANIZAÇÃO DOS lidade dos serviços oferecidos 
oferecidos  expondo os
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE resultados à população, além de apresentar
cronogramas dos projetos de evolução de
z  Compreendendo a proposta desenvolvimento cientíco e tecnológico a
serem implementados em prol da saúde.
O primeiro passo, ao analisar os textos propostos,
é buscar os principais pontos de maior destaque por Feito isso, vamos usar o processo inverso com as
eles abordados. Destacamos para vocês as palavras- palavras-chave e organizar nosso projeto de texto.
-chave de cada parágrafo para construir uma síntese Observe:
sobre as principais ideias. Essa é uma atitude que tam-  Já passou da hora de reconhecer no povo brasileiro
bém pode ser tomada durante a análise
aná lise das propostas, o valor de homem vivente e não apenas de ver esse povo
pois é assim que poderá
poderá se construir a tese em sinto-
sinto- como se fosse um coletivo impessoal; como se não res-
nia com o tema.  pirassem, nem pensassem; como se fossem um núme-
O próximo passo é organizar essas informações, ro em um gráco de estatística e não existissem. Para
relacionando-as ao tema, como se elas pudessem res- que o homem prevaleça com sua dignidade, deve-se
ponder a uma pergunta feita a partir do tema. Veja  procurar treinar melhor os prossionais de saúde ,
uma possibilidade: unicar as informações sobre o oferecimento de
serviços , além de scalizar e avaliar continuamen-
z  Como humanizar os serviços públicos de saúde?
s aúde? te a qualidade dos serviços oferecidos.
oferecidos .
Daqui para frente vocês já sabem... é o Arroz-com-
Vamos agora produzir algumas possíveis respostas -Feijão, ou seja, os modelos que apresentamos exten-
com as palavras que destacamos no texto: samente ao longo do material.
Demonstramos aqui algumas formas diferentes de
  Cobrar dos governantes condições dignas de análise de propostas, mas que compreendem pratica-
atendimento por se tratar de um dever do esta- mente a forma básica de trabalho com todas as dife-
do reverter em benefícios à população os valo- rentes instituições e diferentes propostas, assim como
res arrecadados em impostos; dissemos que faríamos. Vamos passar agora para o aca-
  Responsabilizar o governo pela proteção e
bamento de nossa redação, pois alguns aspectos devem
recuperação da saúde de todos; ou ser observados antes que fechemos a nossa redação.

20 DICAS COM SÍNTESE DE ALGUNS ASPECTOS DE


z  Por que é necessário humanizar os serviços GRANDE RELEVÂNCIA
públicos?

  Para garantir a todos o direito à saúde, já que se Reunimos aqui algumas informações importantes
trata de uma determinação de nossa constituição, para a organização e revisão de seu trabalho. Algumas
prestando serviços de atendimento ao público; até já foram trabalhadas anteriormente, mas as retoma-
  Para destacar que a humanização dos serviços
remos para criar um procedimento de observação geral.
públicos não é apenas uma aspiração de perfeição
z  1° Estética: graa / alinhamento / paragrafação /
moral, mas, antes de tudo, um programa de melho-
ria nas relações de convívio com os agentes de respeito às margens;
saúde, promovendo o desenvolvimento de novos Essa serve para qualquer prova de concurso. Já
procedimentos de atendimento aos pacientes; falamos a respeito disso, mas é importante reforçar.
 Para poder denunciar as especulações e a mer-
A maioria das bancas exige que os candidatos apre-
cantilização dos serviços médicos e criticar a sentem uma escrita que permita a leitura clara do tex-
instituição em sua totalidade e rejeitar proposi- to sem a preocupação com o tipo de letra, respeitando
ções que não atendam às aspirações populares. apenas questões de caixa alta (letra grande marcan-
do o início de frases e nomes próprios) e caixa baixa
Agora vamos criar uma tese que se encaixe com (letra pequenaparte
A segunda compondo
desse oitem
restante da opalavra).
aborda respeito às    A
essas respostas, como por exemplo:    S
margens.. É de fundamental importância a disposição
margens    E
 Já passou da hora de reconhecer no povo brasileiro
do texto na folha denitiva. O texto deverá respeitar    U
o valor de homem vivente e não apenas de ver esse povo    G
os limites impostos pelas margens direita e esquerda,    U
como se fosse um coletivo impessoal; como se não res-    T
nunca ultrapassando seus limites nem se distancian-    R
 pirassem, nem pensassem; como se fossem um número    O
do demasiadamente delas:    P
em um gráco de estatística e não existissem.  
   A
Agora vamos buscar, nas respostas que elabora-    U
   G
mos, ações que promovam essa proposta de humani-    N
    Í
zação, como, por exemplo:    L
Margens
  Treinar os prossionais de saúde  para que
recepcionam os pacientes com um atendimen-
to mais atencioso nesse momento carência; 73

Na margem esquerda da folha denitiva de reda-


reda- z  4° A ordem direta facilita na correta pontuação;
ção, deve-se iniciar a escrita imediatamente ao lado
da linha, sem deixar folga alguma entre a primeira Uma das importantes regras de pontuação que
letra e a demarcação da margem; determina o correto emprego da vírgula orienta que,
se a oração estiver em ordem direta (sujeito + verbo +
complementos), não se deve usar vírgula para sepa-
rar termos que se complementam sintaticamente. Ou
Margens seja, se estiverem com alguma dúvida quanto ao uso
de vírgula, reorganize a oração para ver se ca mais
fácil a compreensão da estrutura.
Exemplo:

Na margem direita, a preocupação do candidato Ordem com termo deslocado:


aumenta, pois além de se preocupar com as questões
de divisão silábica e o correto emprego do hífen para
essa função, ele também deverá se preocupar em não Termo deslocado Sujeito Verbo
ultrapassar a linha demarcatória da margem;
Hoje pela manhã, eu comprei um belo carro novo.

2 cm
Parágrafo Ordem direta:
Eu comprei um belo carro novo hoje pela manhã.
Margens
z  5° Colocação pronominal: qualquer
pronominal: qualquer palavra atrai
o pronome oblíquo, por isso não inicie orações e
períodos com verbo.

Caso você esteja com qualquer dúvida em relação


O último item desse quesito trata da paragrafação
paragrafação,,
ou seja, disposição dos parágrafos dentro da redação. à colocação pronominal, coloque uma palavra antes
O candidato deverá deixar bem clara a distância em do verbo e o pronome será atraído para trás do verbo.
Assim a colocação pronominal sempre cará correta.
que se iniciará a escritura do parágrafo para que se
faça a diferença com a escrita iniciada junto à mar-
Falaria-se muito sobre este assunto naquele dia.
gem. Um afastamento de aproximadamente 2 cm já (errado
errado))
é suciente, ou ainda recorra à velha dica da escola,
pulando dois dedos. Falar-se-ia muito sobre este assunto naquele dia.
z  2°  O erro: apenas uma linha sobre as palavras (certo
certo)
Ou)
erradas; Muito se falaria sobre este assunto naquele dia.
 Já falamos sobre isso, mas vou trazer esse item de (sempre certo)
certo)
volta:
Você deve apenas passar um traço sobre a palavra, z  6°  Impessoalidade: 
Impessoalidade:  as verdades gerais sempre
a frase, o trecho ou o sinal gráco e escrever em segui-
segui - têm maior valor.
da o respectivo substituto. As opiniões pessoais pouco contribuem para a
Exemplo: sustentação de uma ideia. Por isso as armações
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito apresentadas terão melhor aceitação se trouxerem
felizes. representações gerais de valor coletivo:
Acredita-se em
Acredita-se  em vez de Acredito
z 3°  Faça períodos curtos: 
curtos:  + ou - 3 períodos por Sabe-se em vez de Sei
parágrafo. Ou outras expressões generalizantes como:
Com os modelos que lhes apresentamos, vocês É de conhecimento geral... / Muitos entendem
puderam observar que, para cada parágrafo de apro- que... / Muito se tem discutido sobre...
ximadamente 5 linhas, usamos pelo menos 3 perío-perío -
dos. Com isso conseguimos algumas vantagens como z  7° A tese: é
tese: é aí que você apresenta o seu ponto de
a de ser mais objetivos e diretos ao abordar uma ideia vista, o seu posicionamento diante do tema;
e também a de isolar um possível erro dentro de um z  8° Os argumentos: é
argumentos: é comum a cobrança de temas
período sem projetá-lo para o resto do parágrafo. próprios às funções dos cargos disputados, por isso
preste sempre atenção nos assuntos recorrentes
(1) É de fundamental importância o ........................ dos textos da prova;
........................ ........................ ........................ ........................
 para........................ ........................./ (2)(2) Podemos mencio- z  9° Não se põe título nas redações para concursos: a
nar, por exemplo, ................................................................ menos que isso seja uma exigência do edital.
que........................ ........................, por causa .................... z  10°  Evite a repetição das palavras: 
10° palavras:   use sinôni-
.........................../ (3)
(3)   Esse ........................ ........................do mos e outros termos de recuperação.
que........................ .........................
74

que   = o qual / a qual;


que anos. Um levantamento, por meio da Lei de Acesso
onde =
onde  = em que , no qual / na qual; à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de autua-
ções, com crescimento contínuo desde 2008. O avanço
z  11°° Vocabulário:
11 Vocabulário:   procure sempre a clareza na das infrações nos últimos cinco anos cou acima do
apropriação
o texto mais vocabular. A linguagem
uente: pense simples
em explicar seus torna
argu-
argu- oaumento
númerodadefrota de veículos
motoristas e de pessoas
agrados pebêbados
ssoas habilitadas:
continua
mentos como se falasse a uma criança de 10 anos. crescendo, em vez de diminuir com o endurecimento
Não use erudições do tipo “hodiernamente”; diga: das punições ao longo desses anos. Internet: <g1.glo-
atualmente ou
atualmente  ou hoje em dia bo.com> (com adaptações).
z  12
12°° Interferência positiva: 
positiva:  se possível apresen- Nas estradas federais que cortam o estado de Per-
te propostas que deem solução aos problemas nambuco, durante o feriadão de Natal, a PRF registrou
levantados na redação. Não que apenas fazendo cento e três acidentes de trânsito, com cinquenta e
constatações óbvias. “Se é para falar bobagem, o dois feridos e sete mortos. Segundo a corporação, seis
melhor é car quieto.” motoristas foram presos por dirigir bêbados e houve
oitenta e sete autuações pela Lei Seca. Os números
z 13
13°° Não faça críticas ao governo: essa postura é são parte da Operação Integrada Rodovia, deagrada
pobre e pouco criativa – é o que se chama de lugar pela PRF. Em 2017, foram registrados noventa aciden
aciden--
comum. É como se vocês fossem pedir emprego tes. No ano passado, a ação da polícia teve um dia a
em uma empresa e criticassem o patrão durante a menos. Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).
entrevista. Isso é ser muito ingênuo. Considerando que os fragmentos de texto acima
z  14
14°° O rascunho é importante: é
importante: é a sua garantia de têm caráter unicamente motivador, redija um texto
poder
disso, ofazer uma revisão
acabamento bem eliminando
feito garanteerros,
a vocêalém
até dissertativo
O Combate acerca do seguintedetema.
às Infrações Trânsito nas Rodo-
10 % da nota da redação se a estética for um dos vias Federais Brasileiras
critérios de pontuação. Vale sempre a pena capri- Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
char. Lembre-se de que é função de quem escreve
seduzir o leitor e o estímulo visual contribui para 1. Medidas adotadas pela PRF no combate
combate às infra-
infra-
que haja uma boa impressão; ções; [valor: 7,00 pontos]
z  15
15°° Atente para as expressões vagas ou de signi-
signi- 2. Ações da sociedade que auxiliem no combate às
cado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: infrações; [valor: 6,00 pontos]
conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, 3. Atitudes individuais para a diminuição das infra
infra--
ções. [valor: 6,00 pontos]
justiça , liberdade , felicidade etc.
z  16
16°° Evite expressões como “belo”, “bom’, “mau”, Tema 2: PF – Agente
“incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc;
são juízos de valor sem carga informativa, impre- Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 (CF)
cisos e subjetivos. dispõe que o Estado democrático se destina a asse-
z  17
17°° Fuja do lugar-comum, frases feitas e expres- gurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
sões
doriacristalizadas:
dos velhos”. “a pureza das
A palavra crianças”,
“coisa”, gírias “a sabe-
e vícios a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvi-
mento, a igualdade e a justiça como valores supremos
da linguagem oral devem ser evitados, bem como de uma sociedade fraterna, pluralista e sem precon-
o uso de “etc” e as abreviações. ceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
z  18
18°° Não se usam entre aspas palavras estrangei- na ordem interna e internacional, com a solução pací-
ras sem correspondência na língua portuguesa: ca das controvérsias. A missão das forças policiais
hippie, status, dark, punk, chips etc. é garantir ao cidadão o exercício dos direitos e das
z 19
19°° Observe se não há repetição de ideias, falta de garantias fundamentais previstos na CF e nos instru-
clareza, construções sem nexo (conjunções mal mentos internacionais subscritos pelo Brasil (art. 5.º,
empregadas), falta de concatenação (coesão) de § 2.º, da CF).
ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divaga- O cumprimento dessa missão exige preparo dos
ção ou fuga ao tema proposto. integrantes das corporações policiais, que devem per-
seguir incansavelmente a verdade dos fatos sem se
z  20
20°° Caso você tenha feito uma pergunta na tese afastar da estrita observância ao ordenamento jurí-
ou no corpo do texto, verique se a argumenta-
argumenta- dico vigente, que deve ser observado por todos, em
ção responde à pergunta. Se você eventualmente respeito ao Estado democrático de direito. Wlamir
encerrar o texto com uma interrogação, esta pode Leandro Motta Campos. Polícia Federal e o Estado
estar corretamente empregada desde que a argu- democrático. Internet: (com adaptações). O Brasil se    A
   S
mentação responda à questão. Se o texto for vago, efetivou como um país.    E
   U
a interrogação será retórica e vazia. O estado democrático de direito após a promulga-    G
   U
ção da CF — também chamada de Constituição Cida-    T
   R
TEMAS GERAIS DE REDAÇÃO dã, por contar com garantias e direitos fundamentais    O
   P
que reforçam a ideia de um país livre e pautado na  
   A
Tema 1: Prova Discursiva valorização do ser humano. Com a ruptura do anti-    U
   G
go sistema ditatorial, o Estado tinha a necessidade de    N
    Í
A Lei n.º 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, resgatar a importância dos direitos humanos, negli-    L
por reduzir a tolerância com motoristas que diri-
diri- genciados até então, porquanto, desde 1948, havia-se
gem embriagados, colocou o Brasil entre os países erigido a Declaração Internacional dos Direitos Huma-
com legislação mais severa sobre o tema. No entan-
entan- nos no mundo. Já no art. 1.º da CF, arma-se a condi -
to, a atitude dos motoristas pouco mudou nesses dez ção de Estado democrático de direito fundamentado 75

em cidadania e dignidade da pessoa humana. O Brasil, Tema 4: ABIN – Agente de Inteligência


por ser signatário de tratados internacionais de direi-
tos humanos, tem como princípio, em suas relações Denominamos “cooperação descentralizada” as
internacionais, a prevalência dos direitos humanos. iniciativas de cooperação protagonizadas pelas admi-
 Yara Gonçalves Emerik Borges. A atividade policial nistrações locais e regionais, especialmente governos
e os direitos humanos. Internet: (com adaptações). municipais e estaduais. Essa cooperação descentra-
A partir das ideias dos textos precedentes, que têm lizada expressa o surgimento, na América, de uma
caráter unicamente motivador, redija um texto dis- nova forma de cooperação, a partir do envolvimento
sertativo acerca do seguinte tema. da sociedade fronteiriça e de atores políticos locais.
O papel da Polícia Federal no aprimoramento Nesse tipo de cooperação, vê-se alto nível de articu-
da democracia Brasileira lação da comunidade fronteiriça em detrimento do
Em seu texto, governo central.
1. discorra sobre o papel constitucional
constitucional e social da Renata Furtado. 35 anos da lei da faixa de fronteira: avanços
avanços e
Polícia Federal e sua relação com os direitos
direito s huma- desaos à integração sul-americana.
nos; [valor: 4,00 pontos] In: Revista Brasileira de Inteligência, n.º 9. ABIN, 2015 (com
2. cite contribuições da Polícia Federal relevantes adaptações).
para a manutenção do Estado democrático de
direito, especialmente relacionadas aos direitos Tendo o fragmento de texto apresentado como
humanos; [valor: 4,00 pontos] referência inicial, redija um texto dissertativo a res-
3. apresente sugestões de implantação
implantação de ações e(ou) peito do papel dos governos municipal, estadual e
projetos que possam contribuir futuramente para
o aprimoramento da democracia brasileira. [valor: federal nas
fronteira dorelações
Brasil.  políticas e sociais nas áreas de
Brasil. 
4,40 pontos]
Em seu texto, aborde os seguintes tópicos.
Tema 3: PF – Papiloscopista
1. A fronteira como espaço geopolítico
geopolítico e espaço de
Sem abrigos, grupos de imigrantes venezuelanos relações sociais. [valor: 10,00 pontos]
voltaram a acampar na rodoviária e a car nas ruas de 2. Distintas relações do Brasil
Brasil com os países vizinhos
Manaus. A crise política, econômica e social na Vene- e principais problemas presentes nas regiões fron-
zuela, que desencadeou um uxo migratório para o teiriças. [valor: 18,00pontos]
Brasil, continua atraindo milhares de imigrantes para o 3. Papel da área de inteligência na análise das quesques--
país. Em busca de sobrevivência, indígenas venezuela- tões relacionadas às fronteiras. [valor: 10,00 pontos]
nos da etnia Warao começaram a migrar para Manaus
desde o início de 2017. Adultos, idosos e crianças se Considerando que os fragmentos de texto apresen-
abrigaram na rodoviária de Manaus e debaixo de um tados têm caráter unicamente motivador, redija um
viaduto na Zona Centro-Sul. Enquanto o maior abrigo texto dissertativo acerca da entrada de imigrantes no
foi desativado no Amazonas, a chegada dos venezue- Brasil, discutindo estratégias para a prevenção de cri-
lanos
cárias não indígenas
de vida só brasileiro
em solo aumentou.podem
As condições pre-a
favorecer mes
tantoena
decondição
violências
de envolvendo imigrantes
agentes quanto no país,
na de vítimas.
ocorrência de situações degradantes. Órgãos federais e
entidades religiosas anunciaram medidas para cobrar
Tema 5: ANVISA – Técnico Administrativo
ações concretas da prefeitura da cidade e dos governos
federal e estadual. Internet: (com adaptações).
Historicamente, instruir os que não sabem, alimen-
Lei n.º 13.445/2017 Art. 3.º tar os famintos e cuidar dos doentes têm sido algumas
das missões diárias indicadas aos devotos de dife-
 A política migratória brasileira rege-se pelos rentes religiões. Em tempos modernos, a essas mis-
seguintes princípios e diretrizes: sões foi acrescentado um novo item: zelar pelo meio
 I – universalidade,
universalidade, indivisibilidad
indivisibilidadee e interdependên-
interdependên- ambiente, como revela, por exemplo, uma mensagem
cia dos direitos humanos; escrita pelo Papa Francisco, exortando as sociedades,
 II – repúdio e prevenção
prevenção à xenofobia, ao racismo e a independentemente de suas crenças, a tomar medidas
quaisquer formas de discriminação; urgentes para frear as mudanças climáticas. Para o
 III – não criminalização
criminalização da migração;
migração; […]
VI – acolhida humanitária; […] representante máximo do catolicismo, “o cuidado da
 IX – igualdade de tratamento
tratamento e de oportunidade ao casa comum requer simples gestos cotidianos, pelos
migrante e a seus familiares; quais quebramos a lógica da violência, da exploração,
 X – inclusão
inclusão social,
social, laboral
laboral e produtiva
produtiva do migrante do egoísmo, e manifestamos o amor em todas as ações
 por meio de políticas públicas; que procuram construir um mundo melhor”.
 XI – acesso igual
igualitário
itário e livre
livre do migran
migrantete a serviç
serviços,
os,
 programas
 progr amas e benefíc
benefícios
ios socia
sociais,
is, bens públic
públicos,
os, educa- O Globo, 2/9/2016, p. 29 (com adaptações).
ção, assistência jurídica integral pública, trabalho,
moradia, serviço bancário e seguridade social; Considerando que o fragmento de texto acima tem
 XII – promoção e difusão de direitos, liberdades, caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
 garantias e obrigações do migrante;
migrante;
 XVII – proteção
proteção integral e atenção ao superior inte- sertativo acerca do seguinte tema:
resse da criança e do adolescente migrante; Preservação do ecossistema: responsabilidade
do estado, da sociedade e de cada cidadão.
76 (Internet – www.plan
www.planalto.gov
alto.gov.br)
.br)

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos: z  2 Descreva as características do IP. [valor: 4,00
pontos]
z Relação entre os cuidados com o meio ambiente z 3 Comente sobre o valor probatório do IP. [valor:
e a preservação das condições sanitárias; [valor: 2,00 pontos]
12,00 pontos] z 4 A instauração de IP é indispensável? [valor: 2,00
z Atitudes individuais que podem reduzir os 13,00
efei- pontos]
tos da ação humana sobre o planeta; [valor: z 5 Na situação considerada, a prisão temporária de
pontos]  João, nos moldes em que foi decretada
decre tada — de ofício
z  Formas de atuação da sociedade para que os  — foi legal? [valor: 4,00 pontos]
governos cumpram compromissos relacionados à z 6 Na situação considerada, há fundamento legal
preservação ambiental. [valor: 13,00 pontos] para o direito de acesso do defensor de João aos
elementos de prova no curso do IP? Em sua respos-
Tema 6: Polícia Civil Goiás – Agente ta, destaque o entendimento do Supremo Tribunal
Federal a respeito. [valor: 5,00 pontos]
No curso de uma investigação policial, atendendo
a representação da autoridade policial, foi autorizada Tema 8: Polícia Civil do Maranhão – Escrivão
 judicialmente medida de busca e apreensão de bens
e documentos, a ser realizada em endereço determi- Discorra sobre os princípios penais da reserva
nado, conforme descrito no competente mandado. legal; da anterioridade da lei penal e da intranscen-
De posse do mandado, os agentes de polícia, acompa- dência da pena, abordando o conceito de cada um, sua
nhados da autoridade policial, chegaram ao sobredito natureza jurídica e seus objetivos
imóvel somentehavidos
contratempos no período noturno, das
no decorrer devido a vários
diligências. Tema 9: Superior Tribunal de Justiça – Técnico
Conrmado o endereço, constatou-se a presença de Administrativo
várias pessoas no interior do imóvel, entre elas, o pro-
prietário da casa, indiciado no inquérito policial que Declaração Universal dos Direitos Humanos (…)
originou o mandado de busca e apreensão. Adicional- Art. 19 Todo ser humano tem direito à liberdade de
mente, constatou-se a existência de três veículos na opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de,
garagem do imóvel. sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber
Considerando a situação hipotética acima apresen- e transmitir informações e ideias por quaisquer meios
tada, redija um texto dissertativo acerca do instituto da e independentemente de fronteiras.
busca e apreensão no processo penal.
penal. Ao elaborar seu
texto, aborde, fundamentadamente, os seguintes tópicos Internet <www.unic
<www.unicef.org>
ef.org>

z  1 Natureza jurídica da busca e apreensão, seus Código Civil (…) Art. 187 Também comete ato ilí-
objetivos e suas características e normas gerais. cito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
[valor: 7,00 pontos] manifestamente os limites impostos pelo seu m eco-
eco -
z 2 Requisitos para o cumprimento da busca e
apreensão em suas modalidades domiciliar e pes- nômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
soal. [valor: 6,00 pontos] Internet: .<www.planal
.<www.planalto.gov
to.gov.br>
.br>
z  3 Relativamente à situação hipotética apresenta-
apresenta-
da: possibilidade jurídica de realização da diligên- “Não podemos confundir liberdade de expressão
cia no horário noturno. [valor: 3,00 pontos] nas redes sociais com irresponsabilidade, senão o
z 4 Relativamente à situação hipotética apresenta-
exercício dessa liberdade torna-se abuso de direito”,
da: possibilidade jurídica de realização de busca
pessoal nas pessoas encontradas no interior do alerta a advogada Patrícia Peck Pinheiro, especialista
imóvel, bem como no interior dos veículos estacio- em direito digital. “O que mais prejudica a liberdade
nados na garagem. [valor: 3,00 pontos] de todos é o abuso de alguns, a ofensa covarde e anô-
nima, isso não é democracia”. Os chamados crimes
Tema 7: Polícia Civil Goiás – Escrivão contra a honra na Internet — que envolvem ameaça,
calúnia, difamação, injúria e falsa identidade — têm
 João foi indici
indiciado
ado em inquérito policial (IP), e, no gerado cada vez mais processos judiciais. Um levan-
curso deste, o juiz competente, de ofício, decretou a pri- tamento divulgado pelo Superior Tribunal de Justi-
são temporária do dito indiciado. Para defender seus ça lista sessenta e cinco julgamentos recentes que    A
   S
   E
interesses, João constituiu um ao
advogado que,    U
meira oportunidade, requereu delegado de na pri-
polícia resultaram
de em ar,
páginas do pagamento de indenizações,
responsabilização retiradae
de agressores    G
   U
responsável acesso a todos os elementos de prova no outras condenações em favor das vítimas. Na opinião    T
   R
curso do IP,
IP, para permitir a ampla defesa
def esa de seu cliente, de Patrícia Peck, a falta de educação e a impunidade    O
de modo a se garantir, assim, o devido processo legal. contribuem para os excessos na Internet. Segundo    P
 
   A
Acerca da situação hipotética acima apresentada ela, “Sem educação em ética e leis, corremos o risco    U
   G
e do IP, redija um texto dissertativo que
dissertativo que atenda, de de a liberdade de expressão e o anonimato digital se    N
    Í
modo fundamentado, às determinações e aos questio- converterem em verdadeiros entraves à evolução da    L
namentos seguintes. sociedade digital, pois tornarão o ambiente da Inter-
net selvagem e inseguro”.
z  1 Apresente o conceito e a nalidade do IP. [valor:
2,00 pontos] Internet< www.cartacapital.com.br> (com adaptações) 77

Considerando as ideias precedentes nos fragmen- Ciclo PDCA


tos textuais apresentados anteriormente, redija um
texto dissertativo a respeito do seguinte tema Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir.
O anonimato digital e o abuso do direito à liber-
dade de expressão z  1.Conceitue o ciclo PDCA. [valor: 10,00 pontos]
Ao construir seu texto, apresente um exemplo de z  2. Cite e dena as quatro fases do ciclo PDCA.

situação em que emissão de opinião no meio digital z 


[valor: 15,00 opontos]
3. Apresente detalhamento das etapas da primei-
primei-
pode signicar abuso de direito e discuta maneiras de
prevenir ou coibir esse tipo de comportamento. ra fase do ciclo PDCA. [valor: 13,00 pontos]
Para ajudar na sua preparação, invista no curso
on-line Ocina de Redação com a professora Flávia Tema 12: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Rita. Nas aulas, a professora trabalha a abordagem dos Territórios (TJD
(TJDF)
F) – Analista Judiciário
Jud iciário – Área
de vários temas cobrados pela organizadora e você Judiciária
conta com uma correção detalhada, que vai ajudar
você a identicar os seus pontos fortes e fracos, para Toda conduta dolosa ou culposa pressupõe uma
saná-los. nalidade. A diferença entre elas reside no fato de que,
Que tal começar a treinar? Qual concurso está em se tratando de conduta dolosa, como regra, existe
focado (a)? Envie o seu comentário e compartilhe os uma nalidade ilícita, ao passo que, tratando-se de con-
con -
temas de redação Cespe/Unb nas suas mídias sociais. duta culposa, a nalidade é quase sempre lícita. Nesse
Bons estudos! caso, os meios escolhidos e empregados pelo agente
para atingir a nalidade lícita é que são inadequa-
inadequa -
Tema 10: Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região – dos ou mal utilizados. Rogério Greco. Curso de direito
Analista Judiciário – Área Administrativa
penal – parte geral.que
Considerando p. 196 (com adaptações).
o fragmento de texto acima tem
Um tribunal regional eleitoral elaborou o seu pla- caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
no estratégico junto à cúpula de juízes. Do ponto de sertativo acerca dos crimes culposos.
vista administrativo, o plano foi bem elaborado, Seu texto deve conter, necessariamente,
no entanto a estratégia não está sendo alcançada. A
maioria dos servidores não tem conhecimento da mis- z  1. Os elementos do crime culposo e a descrição de pelo
são, da visão de futuro, dos valores, nem sabe associar
a ssociar menos dois desses elementos; [valor: 12,00 pontos]
ao plano estratégico as atividades que executa no dia z  2. Os conceitos de culpa inconsciente, culpa consciente
a dia do órgão. O mapa estratégico passou a ser um e dolo eventual e suas diferenças; [valor: 12,00 pontos]
mero cartaz sem signicado nas paredes do tribunal.
z  3. Os conceitos de culpa imprópria e tentativa.
Considerando que o princípio constitucional da
eciência vem ganhando cada vez mais destaque [valor: 14,00 pontos]
nos processos de gestão judiciária e administrativa
das cortes judiciais brasileiras; e considerando ainda Tema 13: Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande
que, para o alcance da eciência, é necessário que os do Sul – Analista Judiciário – Área Administrativa
órgãos do Poder Judiciário revisem suas estruturas,
sua forma de funcionamento e, sobretudo, dispo- de A foto de
idade Aylan
morto emKurdi,
uma opraia
menino
da sírio de três
Turquia anos
quando
nham de um plano bem estruturado para executar
adequadamente a estratégia e garantir a qualidade sua família tentava imigrar para a Europa, comoveu
dos serviços prestados à população, redija um texto o mundo todo. E serviu para vários países europeus
dissertativo a respeito do plano estratégico do tribu-
tribu- ampliarem sua quota de refugiados — não todos,
nal do caso hipotético descrito. Ao elaborar seu texto, naturalmente — e para a opinião pública internacio-
internacio -
faça o que se pede a seguir: nal se conscientizar da magnitude do problema repre-
sentado pelas centenas de milhares, talvez milhões,
z  1. Discorra sobre planejamento estratégico e sua de famílias que fogem da África e do Oriente Médio
nalidade. [valor: 10,00 pontos] para o mundo ocidental, onde, acreditam, encontra-
encontra-
rão trabalho, segurança e uma vida digna e decente
z  2. Dena missão, visão e valores organizacionais. que seus países não lhe oferecem.
[valor: 10,00 pontos] Considerando que o fragmento de texto acima tem
z  3. Explique o que são objetivos estratégicos. [valor: caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
8,00 pontos] sertativo acerca do seguinte tema.
As atuais correntes migratórias: o drama
d rama huma-
z  4. Aponte as possíveis falhas na execução da estra-
tégia e as possíveis ações a serem adotadas para que no que afrontaseu
Ao elaborar a consciência universal
texto, aborde, necessariamente, os
a estratégia seja alcançada. [valor: 10,00 pontos] seguintes aspectos:
Tema 11: Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região –
z  1.Os fatores que levam milhares de pessoas a
Técnico Judiciário – Área Administrativa
enfrentar a perigosa travessia do Mediterrâneo;
[valor: 3,50 pontos]
Considerando a integração da gestão da qualidade
no cotidiano das organizações, redija um texto disser- z  2. O dilema moral vivido pela Europa entre rece-

tativo acerca do seguinte tema. ber ou rejeitar os imigrantes; [valor: 3,00 pontos]
z  3. O papel da opinião pública internacional na
78 sociedade contemporânea. [valor: 3,00 pontos]

Tema 14: STM – Analista Judiciário – Área z  3. Apresente, no mínimo, quatro características
Administrativa da administração pública gerencial. [valor: 4,00
pontos]
Na trajetória da administração pública brasileira,
destacam-se o modelo burocrático, associado ao poder Tema 17: Tribunal Regional Eleitoral Piauí – Analista
racional-legal, e o modelo gerencialista, representado Judiciário – Área Judiciária – 2016
pela nova administração pública. Discorra sobre os
seguintes tópicos, relacionados a esses dois modelos: No Brasil, a legislação sobre compras públicas
foi inovada com a introdução da Lei n.º 12.462/2011,
z  1. Contextos em que esses modelos surgiram; conhecida como Lei do Regime Diferenciado de Con-
[valor: 9,00 pontos] tratações Públicas (RDC), que foi regulamentada pelo
z  2. Propósito de cada um desses modelos; [valor: Decreto n.º 7.581/2011.
9,00 pontos]3. Princípios e práticas norteadores Considerando essas informações, redija um texto
(apresente, ao menos, três para cada modelo). dissertativo sobre a introdução do RDC no ordena-
[valor: 20,00 pontos] mento jurídico brasileiro, abordando, fundamentada-
mente, os seguintes aspectos:
Tema 15: STM- Analista Judiciário – Área Judiciária
z  1. A motivação para sua criação; [valor: 2,00
O comandante de determinado quartel instaurou pontos]
inquérito policial militar para apurar desvios de mate-
mate- z  2. Exigências aplicáveis ao objeto da licitação;
riais na seção do almoxarifado. No curso do procedimen- [valor: 2,00 pontos]
to, o encarregado indiciou um tenente, um sargento, um z  3. Objetivos expressos na Lei do RDC; [valor: 2,50
cabo e um soldado, imputando-lhes a autoria dos fatos. pontos]
No indiciamento, os quatro constituíram o mesmo advo-
advo- z  4. Diretrizes relativas às licitações e aos contratos
gado para defende-los, o qual, de imediato, solicitou ao
administrativos. [valor: 3,00 pontos]
encarregado o acesso a todos os procedimentos realiza-
realiza-
dos, tenham sido eles documentados ou não, para possi-
Tema 18: TJDF – 2015
bilitar a ampla defesa e o contraditório.
A respeito das informações descritas na situação
Quando não havia um Estado organizado, a
hipotética acima e com base no entendimento do solução dos conitos se dava pela atuação dos pró- pró -
Supremo Tribunal Federal e na legislação e doutrina prios interessados: a força vencia a disputa. No
pertinentes, redija um texto dissertativo acerca do entanto, com a consolidação do Estado, atribuiu-se
pedido do advogado. ao Poder Judiciário, imparcial, a função de aplicar a
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os lei na busca da pacicação social. Assim, a jurisdição
seguintes aspectos: garantiu ao Estado a legitimidade para agir em nome
do interesse público e, ao jurisdicionado, a segurança
z  1. Características do inquérito policial militar;  jurídica para prosperar.
[valor: 14,00 pontos] Redija um texto dissertativo acerca do clean code.
z  2. Finalidade do inquérito policial militar e o cabi- Seu texto deverá abordar, necessariamente,
mento de alegações de nulidades nesse procedi-
mento; [valor: 12,00 pontos] z  1. A escolha de nomenclatura de variáveis, méto-
z  3. Possibilidade de deferimento do pedido do advo-
advo- dos e classes; [valor: 14,00 pontos]
gado. [valor: 12,00 pontos] z  2. A abrangência e parametrização de funções;
[valor: 12,00 pontos]
Tema 16: Tribunal Regional Eleitoral Piauí – Analista
z  3. A necessidade e tipos de comentários. [valor:
Judiciário – Área Administrativa
12,00 pontos]
Nas últimas décadas, a administração pública bra-
sileira vem passando por algumas reformas, com vis-
vis -
tas ao aprimoramento do serviço público prestado e à
modernização da gestão. Entre essas reformas, destaca-
destaca -
  HORA DE PRATICAR!
-se o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado
Texto para as questões 1, 2, 3 e 4
(PDRAE), implantado no ano de 1995, sob a supervisão    A
do então Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, como Cartilha orienta consumidor
   S
   E
forma de aproximar a administração pública brasileira    U

da chamada administração gerencial.    G


   U
Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio, em parceria    T
A partir dessas informações, redija um texto dis- com o Procon-RJ, guia destaca os principais pontos do    R
   O
sertativo, atendendo ao que se pede a seguir. Código de Defesa do Consumidor (CDC), selecionados a    P
 
   A
partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebi-    U
z  1. Discorra sobre os aspectos da administração    G
das pelas duas entidades    N
pública e da prestação dos serviços públicos que     Í
   L
culminaram na implantação do PDRAE. [valor:   O Sindicato de Lojistas do Comércio do Rio de Janei-
2,50 pontos] ro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do
z  2. Aponte, no mínimo, três objetivos do PDRAE Rio de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma carti-
enquanto reforma de estado. [valor: 3,00 pontos] lha para orientar lojistas e consumidores sobre seus 79

direitos e deveres. Com o objetivo de dar mais transpa- 4. (CESGRANRIO — 2015) O emprego do verbo destaca-
rência e melhorar as relações de consumo, a cartilha do no trecho “‘queremos contribuir para o crescimento
tem apoio também da Secretaria Estadual de Proteção sustentável das empresas’” contribui para indicar uma
e Defesa do Consumidor (Seprocon)/ Procon-RJ. pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que
  Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prá- começa no presente e se estende no futuro.
tico de direitos e deveres para lojistas e consumi-   Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicas-
dores, a publicação destaca os principais pontos do se uma pretensão que começasse no passado e se
estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que
Código de Defesa do Consumidor (CDC), seleciona- se destaca em:
dos a partir das dúvidas e reclamações mais comuns
recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como
a) quisemos contribuir para o crescimento sustentável
pelo Procon-RJ.
das empresas.
  “A partir da conscientização de consumidores e lojis- b) quisermos contribuir para o crescimento sustentável
tas sobre seus direitos e deveres, queremos contribuir das empresas.
para o crescimento sustentável das empresas , tendo c) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentá-
como base a ética, a qualidade dos produtos e a boa vel das empresas.
prestação de serviços ao consumidor”, explicou o pre-
pre- d) quereremos contribuir para o crescimento sustentável
sidente do SindilojasRio e do CDL-Rio, Aldo Gonçalves. das empresas.
  Gonçalves destacou que as duas entidades estão e) quisera poder contribuir para o crescimento sustentá-
comprometidas em promover mudanças que pro- vel das empresas.
piciem o avanço das relações de consumo, além do
desenvolvimento do varejo carioca.   Texto para as questões 5, 6 e 7

  “O consumidor é o nosso foco. É importante informá- Moeda digital deve revolucionar a sociedade
-lo dos seus direitos”, disse o empresário, ressaltando   Nas sociedades primitivas, a produção de bens era limi-
que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojis-
tas, mas também para seus fornecedores. tada e feita por famílias que trocavam seus produtos
de subsistência através do escambo, organizado em
Jornal do Commercio.
Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado. locais públicos, decorrendo daí a origem do termo “pre-
gão” da Bolsa. Com o passar do tempo, especialmente
1. (CESGRANRIO — 2015) No seguinte período, a palavra na antiguidade, época em que os povos já dominavam
em destaque está grafada de acordo com a ortograa a navegação, o comércio internacional se modernizou
ocial: e engendrou a criação de moedas, com o intuito de
facilitar a circulação de mercadorias, que tinham como
a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da lastro elas mesmas, geralmente alcunhadas em ouro,
cartilha. prata ou bronze, metais preciosos desde sempre.
b) Várias entidades mantêm convênio conosco.   A Revolução Industrial ocorrida inicialmente na Ingla-
c) O consumidor
consumidor tem de ser consciênte de seu papel de terra e na Holanda, por volta de 1750, viria a criar uma
cidadão. quantidade de riqueza acumulada tão grande que
d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”. transformaria o próprio dinheiro em mercadoria. Nas-
e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exer- cia o mercado nanceiro em Amsterdã, que depois se
ceremos plena cidadania. espalharia por toda a Europa e pelo mundo. A grande
inovação na época foi o mecanismo de compensação
2. (CESGRANRIO — 2015) No trecho “Batizada de Boas nos pagamentos, mais seguro e prático, no qual um
Vendas, Boas Compras! - Guia prático de direitos e banco emitia uma ordem de pagamento para outro em
deveres para lojistas e consumidores, a publicação favor de determinada pessoa e esta poderia sacá-la
destaca os principais pontos do Código de Defesa do sem que uma quantidade enorme de dinheiro ou ouro
Consumidor (CDC)”, são palavras de classes gramati-
gramati- tivesse de ser transportada entre continentes. Essa
cais diferentes ordem de pagamento, hoje reconhecida no mundo
nanceiro como “título cambial”, tem como instrumen-
instrumen-
to mais conhecido o cheque, “neto” da letra de câm- câm-
a) vendas e compras
bio, amplamente usada pela burguesia em transações
b) prático e principais
nanceiras na alta idade média. A teoria nos ensina
c) publicação e pontos que são três as suas principais características: a car-
d) direitos e lojistas tularidade, a autonomia e a abstração.
e) deveres e destaca   Ora, o que isso tem a ver com bitcoins? Foi necessá-
ria essa pequena exegese para reetirmos que não
3. (CESGRANRIO — 2015) De acordo com a norma-pa- importa a forma como a sociedade queira se organi-
drão, se fosse acrescentado ao trecho “disse o empre- zar, ela é sempre motivada por um fenômeno humano.
sário” um complemento informando a quem ele deu Como nos ensina Platão, a necessidade é a mãe das
a declaração, seria empregado o acento indicativo de invenções. Considerando o dinamismo da evolução
crase no seguinte caso: da sociedade da informação, inicialmente revolucio-
nada pela invenção do códex e da imprensa nos idos
a) a imprensa especializada de 1450, que possibilitou na Idade Média o armaze-
b) a todos os presentes namento e a circulação de
de grandes volumes de infor-infor-
c) a apenas uma parte dos convidados mação, e, recentemente, o fenômeno da internet, que
d) a suas duas assessoras de imprensa eliminou distâncias e barreiras culturais, transforman-
80 e) a duas de suas secretárias do o mundo
mundo em uma aldeia global, seria impossível

que o próprio mundo virtual não desenvolvesse sua c) Vários executivos


executivos procuram realizar cursos de
de espe-
moeda, não somente por questão nanceira, mas cialização porque cobiçam aos estágios mais avança-
sobretudo para armação de sua identidade cultural. dos da carreira.
  Criada por um “personagem virtual”, cuja identidade d) Os funcionários mais graduados das grandes empre-
no mundo real é motivo de grande especulação, a bit- sas aspiram aos melhores cargos tendo em vista o
coin, resumidamente, é uma moeda virtual que pode aumento de seu poder aquisitivo.
ser utilizada na aquisição de produtos e serviços dos e) Algumas grandes
grandes empresas responsáveis pelas redes
mais diversos no mundo virtual. Trata-se de um título sociais ludibriam aos princípios estabelecidos por lei
cambial digital, sem emissor, sem cártula, e, portanto, ao permitir postagens agressivas.
sem lastro, uma aberração no mundo nanceiro, que,
não obstante isso, tem valor. 7. (CESGRANRIO — 2015) A colocação do pronome des-
  No entanto, ao que tudo indica, essa questão do lastro tacado atende às exigências da norma-padrão da Lín-
está prestes a ser resolvida. Explico. Grandes corpora- gua Portuguesa em:
ções começam a acenar com a possibilidade de aceitar
bitcoins na compra de serviços. Se a indústria pesada a) Os clientes
clientes mais exigentes sempre comportaram-se bem
da tecnologia realmente adotar políticas reconhecendo diante das medidas favoráveis oferecidas pelos bancos.
e incluindo bitcoins como moeda válida, estará dado o b) Efetivando-se os pagamentos com moedas virtuais,
primeiro passo para a criação de um mercado nancei-
nancei - os clientes terão conança para utilizar esse recurso
ro global de bitcoins. Esse assunto é de alta relevância nanceiro.
para a sociedade como um todo e poderá abrir as por- c) Os usuários constantes da internet não enganam-se a
tas para novos serviços nas estruturas que se formarão respeito das vantagens do comércio on-line.
não somente no mercado nanceiro, em todas as suas d) É preciso observar
observar que a população
população interessa-se pelas
facetas — rero-me à Bolsa de Valores, inclusive, bem formas de aprendizagem condizentes com a sua cultura.
como em novos campos do direito e na atividade esta- e) Os turistas tinham organizado-se para viajar quando
as condições econômicas melhorassem.
tal de regulação dessa nova moeda.
  Certamente a consolidação dos bitcoins não revogará   Texto para as questões 8, 9, 10 e 11.
as outras modalidades de circulação de riqueza cria-
das ao longo da história, posto que ainda é possível Ciência do esporte – sangue, suor e análises
trocar mercadorias, emitir letras de câmbio, transacio-
  Na luta para melhorar a performance dos atletas […],
nar com moedas e outros títulos. Ao longo do tempo
o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um
aprendemos também que os instrumentos se renova-
departamento exclusivamente voltado para a Ciência
ram e se tornaram mais sosticados, fato que consti-
consti-
do Esporte. De estudos sobre a fadiga à compra de
tui um desao para o mundo do direito. materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia.
Dia. Disponível em: <http://portal. só: o detalhamento personalizado das necessidades.
tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda-   Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala.
digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>.
digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>. Acesso em: 09 ago. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais
2015.
Adaptado. passa por conceitos bem mais profundos. Sem distin-
ção entre gênios da espécie e reles mortais, a máqui-
5. (CESGRANRIO — 2015) Para que a leitura de um texto na humana só atinge o máximo do potencial se suas

seja bem sucedida, é preciso reconhecer a sequência características


estudadas. Numindividuais forem minuciosamente
universo olímpico em que muitas
em que os conteúdos foram apresentados. Esse texto,
antes de explicar como eram realizadas as transações vezes um milésimo de segundo pode separar glória e
fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Por-
nanceiras na época medieval, refere-se
que grandes campeões também são moldados atra-
vés de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e
a) à importância da criação de novos serviços na área nan modernos programas de computador
computador..
ceira, o que é de grande relevância para a sociedade.   A importância dos estudos cientícos cresceu de tal
b) à possibilidade
possibilidade de criação
criação de lastro para as moedas
moedas vir- forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há dois
tuais devido à adesão de grandes empresas mundiais. anos criou um departamento exclusivamente dedica-
c) à invenção de um documento nanceiro
nanceiro para evitar o do ao tema. [...]
transporte de valores entre grandes distâncias.   — Nós trabalhamos para potencializar as chances de
d) à criação de instrumento
instrumento a ser utilizado
utilizado na aquisição resultados. O que se dene como Ciência do Esporte
de produtos e serviços por meio eletrônico. é na verdade uma quantidade ampla de informações
e) ao surgimento do fenômeno da internet, responsável que são trazidas para que técnico e atleta possam uti-    A
   S
pela transformação do mundo em uma aldeia global. lizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será    E
   U
sempre o treinador. Ele decide o que é melhor para    G
   U
   T
6. (CESGRANRIO 2015) De acordo
regência verbal—estabelecidas pela com as regras da
norma-padrão de o atleta — ressalta
desenvolvimento o responsável
e projetos pelaque
especiais, gerência de
cuida da
   R
   O
Língua Portuguesa, o elemento destacado está ade-    P
área de Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.  
   A
quadamente empregado em:   A gerência também abrange a coordenação médica do    U
   G
comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do Esporte
Espor te    N
    Í
a) Os inadimplentes infringem aos regulamentos estabe- está dividida em sete setores: siologia, bioquímica,    L
lecidos pelas nanceiras ao deixar de cumprir os pra-
pra- nutrição, psicologia, meteorologia, treinamento espor-
zos dos empréstimos. tivo e vídeo análise.
b) Os comerciantes
comerciantes elogiaram aos bancos às medidas
tomadas a favor de seus empreendimentos. 81

  Reposição individualizada 11. (CESGRANRIO — 2013) Faz o plural como palavra-


-chave, com dupla possibilidade de exão, o composto
  Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor
desde novos equipamentos, que o deixem em igual- a) lugar-comum
dade de condições de treino com seus
s eus principais con- b) guarda-roupa
correntes, até dados siológicos que indicam o tipo de c) aço-liga
reposição ideal a ser feita após a disputa. d) amor-perfeito
  No futebol feminino, já temos o perl de desgaste de e) abaixo-assinado

cada atleta e pudemos


de recuperação.  desenvolver
Algumas precisamtécnicas individuais
beber mais água, 12. (CESGRANRIO — 2013) Que forma verbal está empre-
outras precisam de isotônico — explica Sidney Caval- gada no mesmo tempo e modo que pudemos?
cante, supervisor de Ciência do Esporte do comitê. […]
  As Olimpíadas não são laboratório para testes. É pre- a) Forem
ciso que todas as inovações, independentemente da b) Cresceu
modalidade, estejam testadas e catalogadas com c) Será
antecedência. Bichara arma que o trabalho da área d) Deixem
de Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida e) Indicam
em um único conceito:
  Recuperação. Essa é a palavra-chave. […] 13. (CESGRANRIO
(CESGRANRIO — 2013)

BERTOLDO,, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e


CUNHA, Ary; BERTOLDO 100 Coisas
análises.. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio 2012.
análises
  É febre. Livros listando as cem coisas que você deve
O Globo Olimpíadas - Ciência a serviço do esporte, p. 6. fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve
conhecer antes de morrer, os cem pratos que você
8. (CESGRANRIO — 2013) A leitura do texto indica que a deve provar antes de morrer. Primeiramente, me
expressão o detalhamento personalizado das neces- espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de
sidades diz respeito ao fato de que que você vai morrer. Eu prero encarar a morte como
uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei obri-
a) cada atleta precisa que uma só pessoa faça seu gada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não
acompanhamento para evitar enganos. dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
b) cada atleta observe suas próprias necessidades e as   Outro dia estava assistindo a um DVD promocional que
detalhe para a comissão técnica. também mostra, como imaginei, as cem coisas que a
c) as necessidades comuns a todos os atletas sejam gente precisa porque precisa fazer antes de morrer.
vericadas pessoalmente por alguém. Me deu uma angústia, pois, das cem, eu z onze até
d) as necessidades de cada atleta, identicadas em cada agora. Falta muito ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer
um deles, sejam analisadas cienticamente. um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer
e) as necessidades de
de cada atleta deverão ser identica
identica-- algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visi-
das coletivamente. tar um vulcão ativo, correr uma maratona [...].
  Se dependesse apenas da minha vontade, eu já teria
9. (CESGRANRIO — 2013) Segundo o texto, o responsá- um plano de ação esquematizado, mas quem ca com
vel pelos projetos especiais é o as crianças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem
patrocina essa brincadeira?
a) COB   Hoje é dia de mais um sorteio dada Mega-Sena. O prê-
b) atleta mio está acumulado em cinquenta milhões de reais.
c) técnico A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre
d) treinador o que fariam com a bolada, responde: pagar dívidas,
e) Sr. Bichara comprar um apartamento, um carro, uma casa na
serra, outra na praia, garantir a segurança dos lhos e
10. (CESGRANRIO — 2013) Abaixo estão transcritos tre- guardar o resto para a velhice.
chos do texto, em que são propostas alterações da   Normal. São desejos universais. Mas ca aqui um concon--
posição do adjetivo nas expressões em destaque. vite para sonhar com mais criatividade. Arranje uma
  Em qual delas a troca de posição altera o sentido? dessas listas de cem coisas pra fazer e procure diver-
tir-se com as opções [...]. Não pense tanto em comprar
a) “grandes campeões também são moldados através mas em viver.
de análises laboratoriais” - campeões grandes   Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquanto sigo
b) “através de análises laboratoriais, projetos
projetos acadêmi- com a minha lista de cem coisas a evitar antes de mor-
cos
masemodernos
modernosdeprogramas
computador de computador” - progra-
progra- rer. É divertido também, e bem mais fácil de realizar,
nem precisa de dinheiro.
c) “Ciência do Esporte é na verdade uma quantidade MEDEIROS, Martha. Doidas e santas.
santas. Porto Alegre: L&PM, 2008, p.
ampla de informações” - ampla quantidade 122-123. Adaptado.
d) “Na prática,
prática, o atleta
atleta de
de alto rendimento” - rendimento alto
e) “igualdade de condições de de treino com seus principais   No fragmento “fazer um safári, frequentar uma praia
concorrentes” - concorrentes principais de nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso,
por exemplo), visitar um vulcão ativo”, são palavras de
82 classes gramaticais diferentes

a) “praia” e “ativo”   Por outro lado, como a vida muda e a mudança é ine-
b) “venenoso”
“venen oso” e “exótico” rente à existência, impedir a mudança é impossível(d).
c) “baiacu” e “nudismo
“nudismo”” Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as
d) “ativo” e “exótico” mudanças(e), mas apenas aquelas que de algum modo
e) “safári” e “vulcão
“vulcão””  atendem a suas necessidades e a fazem avançar.

Texto para as questões: 14 e 15. GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança.


mudança. Folha de São Paulo, 6 maio
2012, p. E10.
Dialética da mudança

  Certamente porque não é fácil compreender certas 14. ge


(CESGRANRIO
(CESGRANRIO — uma
a presença de 2013) No Texto, para
preposição o verbo atendero exi-
introduzir ter-
questões, as pessoas tendem a aceitar algumas ar - mo regido.
mações como verdades indiscutíveis(a) e até mesmo a   Essa mesma exigência ocorre na forma verbal desta-
irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natu- cada em:
ral que isso aconteça, quando mais não seja porque
as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las a) “Certamente porque não é fácil compreender
compreender certas
em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés. questões, as pessoas tendem a aceitar algumas ar-ar-
Não necessito dizer que, para mim, não há verdades mações como verdades indiscutíveis.”
indiscutíveis.”
indiscutíveis, embora acredite em determinados valo- b) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como
res e princípios que me parecem consistentes. De fato, de revolução.”
é muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma c) “Inúmeras descobertas rearmam a indiscutível tese
certeza, sem valor algum. de que a mudança é inerente à realidade tanto material
  No passado distante, quando os valores religiosos se quanto espiritual,”
impunham à quase totalidade das pessoas, poucos d) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é ine-
eram os que questionavam, mesmo porque, dependen- rente à existência, impedir a mudança é impossível.
impossível.””
do da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo. e) “Daí resulta que
que a sociedade termina por aceitar as
  Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da mudanças,”
ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a (CESGRANRIO — 2013) No trecho do Texto “Introduzi-
15. (CESGRANRIO
segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar ram-se as ideias não só de evolução como de revolu-
com as certezas e os valores. Questioná-los, reava- ção.”,”, o verbo concorda em número com o substantivo
ção.
liá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais que o segue.
tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a uma   O verbo deverá ser exionado no plural, caso o subssubs--
nova época da sociedade humana. Introduziram-se as
tantivo destacado que o segue esteja no plural, EXCE-
ideias não só de evolução como de revolução(b).
TO em:
  Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia
para a noite, nem tampouco se impuseram à maio- a) Ao se implantar o uso do
do computador nas salas de
ria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um pro- aula, corresponde-se à expectativa dos alunos de
cesso difícil e conituado em que, pouco a pouco, a estarem antenados com os novos tempos.
visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que b) Com o advento dos novos tempos, rearma-se
rearma-se a tese
isso, conquistando posições estratégicas, o que tor- relacionada à necessidade de mudança.
nou possível inuir na formação de novas gerações, c) Defende-se a visão conservadora do mundo com o
menos resistentes a visões questionadoras.
  A certa altura desse processo, os defensores das d) argumento de que valorizava-se
Em outras épocas, a sociedade anão aceita
pessoa mudanças.
que não ques-
mudanças acreditavam-se senhores de novas ver- tionava os valores religiosos impostos à população.
dades, mais consistentes porque eram fundadas no e) No passado, questionava-se a mudança de valores e
conhecimento objetivo das leis que governam o mun- crenças para não incentivar o caos social.
do material e social. Mas esse conhecimento era ain-
da precário e limitado.   Texto para as questões 16 e 17
  Inúmeras descobertas rearmam a tese de que a
mudança é inerente à realidade tanto material quanto 100 Coisas
espiritual , e que, portanto, o conceito de imutabilida-
(c)
de é destituído de fundamento.   É febre. Livros listando as cem coisas que você deve
  Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve
erros: o de achar que quem defende determinados conhecer antes de morrer, os cem pratos que você    A
   S
valores estabelecidos está indiscutivelmente errado. deve provar antes de morrer. Primeiramente, me    E
   U
Em outras palavras, bastaria apresentar-se como ino- espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de    G
que você vai morrer. Eu prero encarar a morte como    U
vador para estar certo. Será isso verdade? Os fatos    T
demonstram que tanto pode ser como não. uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei obri-    R
   O
  Mas também pode estar errado quem defende os valo- gada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não    P
 
dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?    A
res consagrados e aceitos. Só que, em muitos casos,    U
   G
não há alternativa senão defendê-los.
defendê-los. E sabem por quê?   Outro dia estava assistindo a um DVD promocional que    N
    Í
Pela simples razão de que toda sociedade é, por deni-
deni- também mostra, como imaginei, as cem coisas que a    L
ção, conservadora, uma vez que, sem princípios e valo- gente precisa porque precisa fazer antes de morrer.
res estabelecidos, seria impossível o convívio social. Me deu uma angústia, pois, das cem, eu z onze até
Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem agora. Falta muito ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer
a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável. um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer 83

algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visi- estava condenado a passar o dia ouvindo histórias pela
tar um vulcão ativo, correr uma maratona [...]. metade, anedotas sem desenlace, brigas sem resolu-
  Se dependesse apenas da minha vontade, eu já teria ção, só nacos e vislumbres da vida dos passageiros.
um plano de ação esquematizado, mas quem ca com   Pode-se imaginar que muitos ascensoristas tenham
as crianças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem tentado combater o tédio, variando a sua própria fala.
patrocina essa brincadeira? Dizendo “ascende”, em vez de “sobe”, por exemplo.
  Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena. O prê-   Ou “Eleva-se”. Ou “Para cima”.
mio está acumulado em cinquenta milhões de reais.   Para o alto.
A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre
  Escalando.
o que fariam
comprar um com a bolada, um
apartamento, responde:
carro, pagar dívidas,
uma casa na   Quando perguntassem “Sobe ou desce?”, responderia
serra, outra na praia, garantir a segurança dos lhos e “A primeira alternativa”. Ou diria “Descendente”, “Ruma
guardar o resto para a velhice. para baixo”. “Cai controladamente”. E se justicaria
  Normal. São desejos universais. Mas ca aqui um con con-- dizendo:
vite para sonhar com mais criatividade. Arranje uma   Gosto de improvisar
improvisar..
dessas listas de cem coisas pra fazer e procure diver-   Mas, como toda arte tende para o excesso, o ascenso-
tir-se com as opções [...]. Não pense tanto em comprar rista entediado chegaria fatalmente ao preciosismo.
mas em viver. Quando perguntassem “Sobe?”, responderia “É o que
  Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquanto sigo veremos...”” Ou então, “Como a Virgem Maria”.
veremos...
com a minha lista de cem coisas a evitar antes de mor-   Ou recorreria a trocadilhos:
rer. É divertido também, e bem mais fácil de realizar,
  Desce?
nem precisa de dinheiro.
  Dei.
MEDEIROS, Martha. Doidas e santas.
santas. Porto Alegre: L&PM, 2008, p.   Nem todo mundo o compreenderia, mas alguns o
122-123. Adaptado. instigariam.

16. (CESGRANRIO — 2013) O emprego do verbo obter está   Quando


balhar emcomentassem
elevador, eleque
nãodevia ser uma“tem
responderia chatice
altostra-
e
adequado à norma-padrão apenas em:
baixos”, como esperavam. Responderia, “cripticamen-
“cripticamen-
a) Com as apostas, obtém-se recursos para diversas te”, que era melhor do que trabalhar em escada.
pesquisas cientícas.   Ou que não se importava, embora seu sonho fosse,
b) Quando o pessoal obtiverem êxito, o grupo que faz um dia, comandar alguma coisa que também andasse
aposta coletiva vai viajar pelo mundo. para os lados...
c) Caso obtenham êxito na Mega-Sena, os apostadores   E quando ele perdesse o emprego porque substituís-
farão as cem coisas possíveis antes de morrer. sem o elevador antigo por um moderno, daqueles com
d) A procura das pessoas pelo enriquecimento
enriquecimento rápido música ambiental, diria:
obtêm bons recursos nanceiros para o país.   Era só me pedirem. Eu também canto!
e) Se obterem recursos, certamente as pessoas farão
mais de cem coisas antes de morrer.   Mas, enquanto não o despedisse
despedissem,
m, continuaria inovando.
  Sobe?
17. (CESGRANRIO — 2013) A seguinte frase está redigida   A ideia é essa.
com adequada graa de palavras, correta acentuação   Desce?
e pontuação de acordo com a norma-padrão:   Se ainda não revogaram a lei da gravidade, sim.
a) A raiz, geralmente subterrânea, não abdica de com-   Sobe?
postos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.   Faremos o possível.
b) As raízes geralmente subterrâneas, não abidicam de com-
  Desce?
postos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.
c) As raízes, crescem abaixo da supercie da terra, mas   Pode acredita
acreditar.
r.
não abidicam de compostos nitrogenados e outras VERISSIMO, L. F.
F. Jornal O Globo, p. 15, 28 jun. 2015.
substâncias orgânicas.
d) A raíz é o membro
membro das árvores que cresce abaixo da   A palavra em destaque está grafada corretamente em:
terra, mas não abdica de compostos nitrogenados e
outras substâncias orgânicas. a) É preciso reavaliar o prosesso.
e) A raíz é o membro das árvores que,
que, apesar de crescer
crescer b) O bancos
bancos fortalecem a estrutura
estrutura nançeira do país.
abaixo da terra não abdica de compostos nitrogena- c) O mercado é sencível ao consumo.
dos e outras substâncias orgânicas. d) Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção.
e) A tacha de juros será mantida nesse percentual.
18. (CESGRANRIO — 2015)
19. (CESGRANRIO
(CESGRANRIO — 2013)
  Texto II
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Sobe e desce
  Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou
  Ascensorista é uma das prossões que desaparece
desaparece-- com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retomamos
ram no mundo moderno. Era certamente a mais tedio- uma parceria com o Banco na área de saneamento,
84 sa das prossões, e não apenas porque o ascensorista premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.

  O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade.   Outro ponto a ser levado em consideração é o orde-
O Brasil começaria a entender a Amazônia não como namento territorial(e). Também destaco os aspectos
um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste exa- social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o
to momento duas crises. Uma econômica interna- crédito, o fomento e a construção de uma nova econo-
cional, outra ambiental(a). Apesar de serem duas, a mia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from
solução para a saída de ambas é uma só: pensar um Deforestation and Degradation, que signica reduzir
novo modelo de desenvolvimento que una a questão emissões provenientes de desorestamento e degra-
degra -
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria, dação) e o pagamento de serviços ambientais.
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo   Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia
desenfreado. como uma oportunidade, acho que conseguiremos
  A questão liga a Amazônia ao mundo não apenas pelo efetivar soluções em curto espaço de tempo.
aspecto da regulação climática, mas também pela
SCANNAVINO,, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a
SCANNAVINO
motivação na busca de uma solução para aquelas duas Amazônia. In: BNDES.
crises. Temos uma oportunidade única — principalmen- debate: oportunidades, desaos e soluções. Rio de
Amazônia em debate:
te por ser o Brasil um país que agrega a maioria do ter- Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
ritório amazônico — de construir, a partir da Amazônia,
um modelo de desenvolvimento “2.0” capaz de ofere ofere--   A mudança de pontuação manteve o sentido original
cer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar do texto, bem como observou os preceitos da norma-
de importar um modelo de desenvolvimento do Sul, -padrão, em:
construído em outras bases, deveríamos levar adiante
algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replica- a) Vivemos neste exato momento duas crises. Uma
das em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo. econômica internacional, outra ambiental.”/ Vivemos,
neste exato momento, duas crises: uma econômica
  Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade. internacional, outra ambiental.
Às vezes, pensamos na Amazônia como um proble- b) Como posso concorrer
concorrer com 99% dos empreendimen-
empreendimen-
ma, como o escândalo do desmatamento. Raramente tos, que são ilegais? / Como posso concorrer com 99%
chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Brasília notícias dos empreendimentos? Que são ilegais?
  boas
O novodamodelo
Amazônia.
de desenvolvimento — se fosse redu- c) Essa é a prática na Amazônia. / Essa, é a prática na
Amazônia.
zido a alguns pilares — incluiria, obviamente, zerar o d) Às vezes, acho que o Brasil
Brasil desconhece a Amazônia.”/
Amazônia.”/
desmatamento (já há programas para isso) e combater Às vezes, acho, que o Brasil desconhece a Amazônia.
a pobreza, entendendo-se que a solução para o meio e) Outro ponto a ser levado em consideração é o ordena-
ambiente passa, necessariamente, pela questão social. mento territorial. / Outro ponto a ser levado em consi-
  Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no deração, é o ordenamento territorial.
mundo, constataremos que são áreas com menor Índi-
ce de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma 20. (CESGRANRIO — 2013) A substituição do termo des-
necessidade premente de se criar um ambiente de negó- tacado pelo pronome oblíquo adequado está de acor-
cios sustentáveis, com uma economia ligada ao meio do com a norma-padrão em:
ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir
investir,,
de gerar emprego com o mínimo de governança, para a) “Arranje uma dessas listas” – Arranje-lhes
que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo. b) “ca aqui um convite” – ca-o aqui
  Destaco outros pontos, como a política de proteção c) “listando as cem coisas” – Listando-as
e scalização. É preciso sair da cultura do ilegalismo d) “Eu prero encarar a morte” – Encarar-lhe
e) “Falta muito ainda” – Falta-o ainda
eimaginar
entrar no
quelegalismo. O normal
sou do Rio Grande lá
doéSul,
o ilegal.
sou umVamos
cara
do bem, quero investir em produção madeireira na 9  GABARITO
Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de mane-
 jo, obtenho as licenças necessárias, pago encargos
trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência 1 B
desleal, e minha empresa fechará no vermelho. Como 2 E
posso concorrer com 99% dos empreendimentos, que
são ilegais?(b) Ou volto para o Rio Grande do Sul ou 3 A
p rática na Amazônia(c). E essa
mudo de lado. Essa é a prática
4 A
prática precisa acabar.
  Além da necessidade de governança, de gestão públi- 5 C    A
   S
ca, há a necessidade de políticas que atendam ao    E
6 D    U
fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece    
   U
a Amazônia(d). Lido com políticos municipais, principal- 7 B    T
   R
mente nas áreas de saúde e educação. Evidentemen-    O
te, não podemos trabalhar com a mesma política de 8 D    P
 

municípios como Campinas ou Santarém, equivalen-    A


   U
9 E    G
te ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comuni-    N
    Í
dades que cam distantes 20 horas de barco e são 10 A    L
responsabilidade do gestor municipal. Imaginem um
secretário de Saúde tentando cumprir a Constituição, 11 C
o direito do cidadão, com o orçamento limitado, numa 12 B
situação amazônica, com as distâncias amazônicas. 85

13 A
14 A
15 A
16 C
17 A
18 D

19 A
20 C

 ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES
86

O objetivo, ou o propósito, do texto se encontra


em meio à leitura. Assim, para identicá-lo, é preci-
preci -
so realizar uma leitura atenta que vai além do que
está escrito. Bem como mencionado anteriormente, a
LÍNGUA INGLESA identicação de quem é o autor e o narrador, a quem
se destina o texto, o contexto nele presente, o assunto
tratado e a linguagem empregada são elementos cru-
ciais para o entendimento do serviço a que se presta
o texto.
CONHECIMENTO DE UM O propósito pode ser relatar um fato, contar novi-
VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL
FU NDAMENTAL PARA
PARA A dades, listar ou enumerar itens, reportar um crime,
expor uma opinião, entre muitas outras possibilida-
COMPREENSÃO DE TEXTOS des que deverão ser observadas no decorrer da lei-
tura. Alguns marcadores, como nomes, datas, locais,
Para realizar uma leitura bem-sucedida em outro
dados, estatísticas, números em geral, pronomes de
idioma, é preciso estar atento a alguns métodos e
recursos capazes de auxiliar a interpretação textual. tratamento, podem servir como indicativos do propó-
sito do texto a partir da percepção do conteúdo pre-
sente e do teor da mensagem encontrada no texto.
COMPREENSÃO
Compreender é a capacidade de assimilar, inter- Compreensão escrita
pretar e perceber o signicado de algo. Compreender
um idioma signica entender a coerência das infor- infor- Quando se trata de compreender o sentido lexical,
mações de sua comunicação. O objeto da compreensão semântico e gramatical de um texto na língua inglesa,
da língua inglesa pode estar situado em diferentes for- utilizamos recursos que partem de princípios simples:
mas de comunicação, para cada qual existem manei- identicação dos principais elementos do idioma,
ras mais apropriadas e adequadas de identicar o ainda que partindo de um panorama básico de com-
sentido, o propósito, o contexto, o estilo, a técnica e as preensão e uência no idioma. São eles:
informações presentes na mensagem.
Ao texto
buscarnacompreender z 
de um língua inglesa,o faz-se
sentido e o propósito
necessário iden- Gramática básica (tempos verbais, adjetivos, advér-
bios e pronomes);
ticar elementos chave capazes de sintetizar infor- infor- z  Vocabulário básico (substantivos);
mações, decodicar signos linguísticos, entender z  Expressões idiomáticas (contexto cultural);
a semântica, ou seja, o sentido do texto, bem como
seu propósito. Esses elementos podem estar presen- A partir do conhecimento dos itens mencionados,
tes nos aspectos gramaticais do texto, um dos tópicos é possível partir para uma leitura geral do que está
essenciais para o estudo da interpretação textual, mas escrito e compreender a mensagem. É, no entanto,
podem também ser percebidos no contexto, no recor- importante ler nas entrelinhas enquanto se decodi-
te, no tipo de linguagem (formal, informal, técnica ca uma mensagem escrita. Isso signica ser capaz
etc.), no vocabulário utilizado, entre outros elementos de identicar o gênero textual, o tipo do narrador, o
estratégicos para a interpretação correta do texto. objetivo da mensagem e o contexto em que ela está
Para que o leitor compreenda o sentido do texto, inserida.
antes de qualquer leitura direta, é primordial que se
faça um processo de escaneamento do texto em bus- Compreensão oral
ca de palavras-chave e informações que indiquem a
quem o texto se direciona, quem é o autor e seu nar- Além dos elementos citados anteriormente quanto
rador,
crônica,a conto,
qual categoria textual
carta, bilhete etc.)ele pertence
e qual (artigo,
o assunto tra- à compreensão escrita, a compreensão oral tem suas
peculiaridades e particularidades dignas de serem enfa-
tado. A partir dessa coleta de informações, é possível tizadas, pois se diferenciam do padrão escrito. Diferente-
iniciar a leitura inicial, que irá buscar identicar o mente da comunicação escrita, a fala é uma ação uída
sentido do texto. O sentido indica o que o interlocutor e em constante mudança. A percepção da comunicação
quer dizer com o que propôs a escrever. A capacidade oral não se dá apenas de elementos linguísticos, mas do
de identicar o sentido está intrinsecamente ligada ao contexto cultural e social do falante e do ouvinte.
conhecimento e à identicação de: O momento da fala pode sofrer interferências de
z  Palavras; ruídos, sejam eles literalmente barulhos que atrapa-
z  Expressões idiomáticas; lham no momento da audição, ou ruídos no sentido
z  Verbos frasais; de interferências no meio transmissor da mensagem
z  Tempos verbais; (telefone, áudio, rádio, televisão etc.). Tudo isso atra-    A
z  Contextos; palha tanto a transmissão quanto a recepção da men-    S
   E
z  Aspectos culturais e sociais; sagem, o que diculta sua compreensão de modo    L
   G
z  Adjetivos, advérbios e pronomes; geral. A compreensão oral na língua inglesa depen-    N
   I 
de de diversos elementos que devem ser levados em    A
consideração:    U
Entre outros elementos, os citados anteriormente    G
podem auxiliar o leitor a identicar o sentido do texto
te xto    
    Í
   L
com mais precisão. Esses conhecimentos são exerci- z  Sotaque:  ainda que a língua seja a mesma, sota-
Sotaque:   

tados a partir do estudo do idioma, seja ele de forma ques diferentes podem alterar a compreensão de
técnica e instrumental, a m de realizar uma prova ou um idioma em diferentes países ou até diferentes
em estudos mais aprofundados que têm como objeti- estados de um mesmo país; além dos diferentes
vo promover a uência. sotaques famosos, como o sotaque britânico e o 87

estadunidense, dentro de um mesmo país existem Em coerência:


diferenças, como por exemplo o sotaque do sul e o
sotaque do norte dos Estados Unidos, que possuem z  Concordância de ideias: 
ideias:  Quando há concordân-
distinções claras. cia entre duas ideias na mesma oração de acordo
z  Dialeto:
Dialeto: bem
 bem como a diferença de sotaques, alguns com o sentido proposto pela frase e não existem
países possuem dialetos próprios. A comunida- contradições.
de negra na Inglaterra e nos Estados Unidos, por Ex.: She is a vegetarian, that’s why she only eats
exemplo, possuem formas especícas de comuni-
comuni- meat. (Ela é vegetariana, por isso ela apenas come
cação que dizem respeito ao seu contexto social carne) - nesta oração, há contradição, pois o fato do
e sua cultura, com raízes provindas de diversos sujeito ser vegetariano indicaria o não consumo de
países africanos; comunidades latinas também carne, o ideal seria “She
seria “She is a vegetarian, that’s why
she doesn’t eat meat” (Ela é vegetariana, por isso
mesclam o idioma inglês com o espanhol e incor-
poram palavras de seu idioma nativo ao inglês, ou ela não come carne).
até modicam palavras existentes, algo comum no z  Ordem, relevância e progressão semântica: em
semântica: em
meio latino. geral, ações possuem uma ordem para acontece-
z  Classe social: 
social:  o fator econômico pode interferir rem e cada qual tem a sua importância na constru-
na comunicação oral de maneira muito clara; um ção de uma oração, o que for relevante e coerente
indivíduo rico com um alto nível de formação edu- para com o contexto do que está expresso deve vir
cacional comunica-se de uma forma e um indiví- antes do menos importante ou daquilo que é resul-
duo sem educação formal, morador da periferia, tado de uma ação, em uma sequência lógica que
comunica-se de outra. não altere o sentido da narrativa. Observe:
  Ex.:  He woke up, brushed his teeth, had breakfast
Compreensão da utilização de mecanismos de and got dressed for work. (Ele acordou, escovou
coesão e coerência os dentes, tomou café da manhã e se vestiu para o
trabalho)
Coesão e coerência são dois mecanismos funda-
mentais para a produção de textos, o que os torna Contextos, aspectos sociais e culturais
igualmente importantes para a compreensão textual.
Antes de conhecer alguns elementos presentes nesses Ainda diante do tema de compreensão, seja ela
dois mecanismos, é preciso entender do que se tratam. textual ou oral, na língua inglesa, alguns aspectos
Coesão diz respeito à interligação de elementos entre que vão além da língua se fazem muito importantes
palavras e frases em uma sentença de maneira corre- para o real entendimento de um texto. Dentre eles, o
ta e a coerência trata-se da ligação de sentido lógico contexto e seus aspectos sociais e culturais se fazem
presentes e deves ser bem analisados para que qual-
desses elementos, para que a mensagem seja coeren-
quer fragmento textual possa ser compreendido. Ter
te. Conra alguns elementos utilizados para construir a habilidade de identicar o contexto histórico, a cul-
cul-
coesão e coerência no texto. tura da época e a forma como se davam as relações
Em coesão: sociais em uma obra literária em inglês facilita a com-
preensão da obra como um todo, pois permite que o
z  Substituições: algumas expressões e substantivos
Substituições: algumas leitor amplie as noções do texto que irá ler.
podem ser substituídos por outro termo para evi- As obras de William Shakespeare, grande escritor
tar repetições desnecessária, como é o caso do uso inglês, foram escritas sob o prisma de uma realida-
de nomes próprios e dos pronomes. de diferente da que vivemos atualmente. Do século
  Ex.:  Anna really
Ex.:  Anna really wants to study abroad, she
she enjoys
 enjoys XVI ao século XVII, o dramaturgo escreveu romances
visiting dierent countries. (Anna realmente quer em que se podiam observar reexos dos costumes
estudar no exterior, ela gosta de visitar países e usos da sociedade em que vivia à época; desde a
diferentes) própria linguagem do narrador até o curso da histó-
ria, a trajetória dos personagens, a maneira como se
z  Conjugação verbal adequada: 
adequada:  ainda que a con- comunicam, se vestem, suas congurações e relações
 jugação verbal e seus respectivos pronomes sejam familiares e sociais, entre outros aspectos, todos os
muito mais simples na língua inglesa do que no elementos representados pelo autor em suas obras
português, ainda existem alguns requisitos de cor- devem ser lidos pelo leitor a partir da ótica de uma
relação verbal que devem ser aplicados (principal- realidade diferente da que vivemos no século XXI.
mente no tempo presente). Ao entender o contexto social, cultural e até eco-
nômico de uma produção textual, são fundamentais,
  Ex.: She sleeps
sleeps   late every day.
day. (Ela dorme tarde para estabelecer as relações corretas na hora de deco-
todos os dias) – há uma créscimo da letra “s” em dicar o seu sentido, sendo capaz de identicar o
sujeitos na terceira pessoa do singular (he, she, it) vocabulário, os aspectos gramaticais e as inuências
quando no tempo presente. do período histórico em todo o processo de construção
da narrativa.
z  Conectores e conjunções: 
conjunções:  alguns conectores e con-

 jun
 junçõ
ções
es liga
ligam
plementem, m as sente
como seéntenç
nças
asdas
o caso de palavras
modo que
modo que elas
elas
and, if, se
so,com
cand,
om-- PRODUÇÃO
however, therefore, although, even though,
though, entre outros. Diferentemente da leitura e compreensão escrita
  Ex.: Even  though
Ex.: Even though they
 they don’t read much, John’s kids e oral da língua inglesa, a produção escrita e oral do
are very smart.
smart. (Apesar de eles não lerem muito, os idioma requer mais do que apenas um conhecimen-
88 lhos do John são muito espertos) to supercial do idioma. É preciso possuir repertório

suciente para produzir um texto em determinada Produção oral


língua, pois ele deve ter sentido para o leitor. Apesar
de existirem distintos níveis de comunicação possí- A atividade linguística oral é marcada por sua ui-
ui -
veis em qualquer tipo de produção no idioma (básico, dez. Enquanto a produção escrita segue padrões de
intermediário e avançado), alguns requisitos devem regras gramaticais e de formalidade, além de ser pen-
ser seguidos, a m de realizar essa tarefa de maneira sada e repensada durante o processo de sua construção,
bem-sucedida. a produção oral ocorre de forma simultânea ao pensa-
mento humano. À medida em que os pensamentos são
Produção escrita formulados, a fala os reproduz sonoramente de manei-
ra que o indivíduo não tem tempo para reformular ou
Para realizar a atividade da produção escrita modicar a construção do que foi dito ou planejar cons-
cons-
em qualquer idioma, uma série de regras e padrões cientemente cada etapa desse processo de produção.
devem ser seguidos, de acordo com a intenção do
autor e o público a quem o texto se destina. Ela pode de oA início
tradição
dosoral está presente
tempos, na humanidade
antes mesmo da invençãodes-
da
ser formal, na norma culta da língua inglesa ou infor- escrita. Histórias dos povos antigos, contos mitoló-
mal, coloquial, a linguagem utilizada no cotidiano, gicos e folclóricos, bem como ensinamentos religio-
segundo a vontade e intenção de quem escreve. Ain- sos foram passados adiante em diversas sociedades,
da assim, a produção escrita deve seguir regras gra-
mesmo antes de existirem livros de história, o que
maticais e ortográcas responsáveis por organizar o
demonstra a importância da comunicação verbal
idioma de maneira que indivíduos alfabetizados neste
idioma sejam capazes de decodicar os signos linguís-
linguís- como uma atividade importante e relevante, presente
ticos e identicar a mensagem proposta. até os dias de hoje como uma forma
fo rma de comunicação e
A língua está em constante mudança e é uma partilha de conhecimentos.
ciência viva que se modica em decorrência das Professores, palestrantes, pastores, políticos, radia-
transformações que ocorrem na sociedade. Como listas, jornalistas, entre outros prossionais, utilizam
consequência, surgem novas palavras (neologismos), o discurso falado, dialética e a didática da produção
novos termos e expressões, novos verbos, novas for- oral como recurso a m de relatar fatos, propagar
mas de se comunicar. Antes do surgimento da escrita, conhecimentos, convencer e persuadir ou contar his-
surgiu a fala. O que signica que a escrita é fruto da tórias. Na língua inglesa não é diferente. A produção
oral continua sendo uida e simultânea, uma ativida-
ativida -
necessidade humana de
além da comunicação expressar-se
oral, de outra
de documentar forma
a comuni- de natural da comunicação humana.
cação ou de representá-la visualmente. Quando produzimos oralmente em outro idioma,
Sendo assim, a partir da fala e de um idioma já é possível que existam empecilhos que barrem a ui- ui-
existente oralmente, a escrita passou a existir. Des- dez da comunicação, dependendo da mensagem que
te modo, a fala é responsável pelas mudanças que se pretende passar, do nível de conhecimento que se
ocorrem na escrita. Todo esse processo de mudança e possui do assunto, suas palavras e expressões adja-
adaptação do idioma indica que é preciso estar atento centes. Para que ela seja realizada de maneira correta
a alguns detalhes importantes antes de produzir um é necessário:
texto na língua inglesa. É preciso:
z  Conhecer o campo, a área ou o assunto em ques-
z  Estar consciente do público-leitor: toda mensagem tão — alguns assuntos podem ser mais complexos
possui um receptor. Perguntar-se a quem ela se de abordar diante do nível de conhecimento do
destina ajudará o autor a entender o tipo de lin- interlocutor; caso o indivíduo vá dar uma palestra
guagem que deverá usar e de que maneira ele se em um hospital sobre doenças infecciosas, termos
comunicará melhor com seu público. ligados à área da saúde, doenças e nomes de ins-
z  Ter conhecimento técnico do idioma: saber os dife-
trumentos médicos e hospitalares devem obriga-
rentes
(simpletipos de tempos
present, presentverbais da língua
continuous, inglesa
simple past, toriamente ser de seu conhecimento para que ele
consiga transmitir a mensagem de sua produção
 past continuous, simple future, future continuous, oral o melhor possível.
 present perfect, past perfect, past perfect conti- z  Saber pronunciar palavras e frases — a pronúncia é
nuous, future perfect, future perfect continuous
parte importante da comunicação. Quando realizada
etc.),
etc.), além do uso correto dos pronomes pessoais,
relativos e possessivos, de conjunções, conectivos, de maneira errada pode confundir o ouvinte e atra-
advérbios, adjetivos, artigos, enm, de gramática palhar o curso de um diálogo; diversas palavras da
em geral, além de conteúdo vocabular, auxiliará o língua inglesa possuem similaridades quando escri-
autor na construção do texto no idioma. tas, mas possuem signicados totalmente diferentes
que só são identicados a partir de uma pronúncia
correta. Ex.: sheep
Ex.: sheep (ovelha),
 (ovelha), ship
ship (navio)
 (navio) e cheap (bara-    A
Além disso, saber escrever em um idioma requer    S
   E
níveis de conhecimento elevados. É, no entanto, pos- to) — são palavras de graa semelhante, mas são pro- pro-    L
nunciadas de maneiras diferentes entre si.    G
sível produzir em diferentes níveis. Um indivíduo    N
   I 
com conhecimento básico do idioma será capaz de    A
produzir textos mais curtos e objetivos, sem muito A audição está intrinsecamente ligada à fala. Bebês,    U
   G
vocabulário ou expressões idiomáticas; alguém com por exemplo, assimilam os sons emitidos pelos pais    N
    Í
conhecimento intermediário terá outro nível de com- desde o ventre. Quando nascem e começam a emitir    L
 
plexidade em suas produções, menos infantil, mais seus primeiros sons não verbais, estes são reexo da
completo, bem como alguém avançado ou uente é inuência da audição, ou seja, do que ouvem a mãe
capaz de se comunicar sem ou quase sem restrições ou o pai falando. O mesmo ocorre com o aprendizado
seja de maneira oral ou escrita. de outro idioma, a audição auxilia a fala e vice-versa. 89
 

ADEQUAÇÃO VOCABULAR z  Pronomes de tratamentos adequados – no ambien-


te escolar nos EUA, por exemplo, os alunos refe-
Em diversos momentos, na língua inglesa, será rem-se aos professores como Mr. (senhor), Mrs.
necessário adaptar o discurso, a m de otimizar a for-
for- (senhora) ou Ms. (senhorita) junto com os seus
ma de comunicar uma mensagem. A seleção correta sobrenomes; diferentemente do Brasil, lá a relação
de palavras e expressões que se encaixem melhor no entre alunos e professores exige certo grau de dis-
contexto da mensagem é primordial e faz parte do tanciamento que é estabelecido ao utilizar o pro-
processo de adequação vocabular. nome de tratamento adequado.
As mesmas palavras podem expressar diferentes   Ex.:  Is Mr. Jones in the principal’s oce? (O senhor
ideias diante do contexto em que são usadas. A esco-  Jones está na sala do diretor?)
lha do vocabulário deve ser denida diante do con-
con -
texto proposto, pois cada qual tem a capacidade de z  Não utilização de gírias ou expressões coloquiais:
modicar o sentido original ou usual de uma palavra algumas expressões indicam o grau de intimidade
ou expressão. Observe alguns exemplos a seguir: entre dois indivíduos; apelidos, gírias e expres-
sões coloquiais podem atrapalhar a comunicação
z  “She was not doing it the right way
way.. She was suppo- durante uma conversa cujo contexto é formal e
sed to cook the onions rst” (Ela não estava fazen- requer um distanciamento. Conra a diferença:
do do jeito certo. Ela deveria cozinhas as cebolas   Ex.:  Hey, Luke. What’s up?   How’s it going?   (Ei,
Ex.: 
primeiro) Luke. E aí? Como estão as coisas?) – informal.
informal.  
z  “That was the right way , you just missed the roun- Good morning, Mr Mr   Hudson. How are you? (Bom
dabout!” (Aquele era o caminho certo, você acabou dia, senhor Hudson. Como vai você?) – formal.
de ultrapassar a rotatória)
z  “He had a way with kids, he loved baby-sitting”  (Ele
 (Ele Em conversas informais, a comunicação torna-se
era bom com crianças, ele amava car de babá) mais próxima da fala, diferentemente da comunica-
ção formal que se aproxima mais da escrita. O uso
Observe que a palavra way
way,, encaixada em diferen- de expressões, gírias, contrações de palavras, entre
tes contextos, ganhou diferentes signicados. No pri-
pri- outros elementos, podem tornar a conversa muito
meiro trecho sobre culinária, way
way signica
 signica “jeito” ou menos complexa e relaxada, pois não exigem que as
“maneira”; no segundo sobre direção e trânsito, wayway   regras gramaticais sejam seguidas com tanto an-an-
adquire o signicado de “caminho”; já na terceira ora-
ora- co, nem mesmo sejam prioridade. As conversas que
ção, sobre crianças, a expressão to have a way with 
with   temos com nossos amigos, família e pessoas próximas
(something/someone) signica
(something/someone)  signica “ser bom em algo”, “ter
é sempre marcada por certo grau de intimidade e é
aptidão pra fazer algo”.
permeada de simplicidade. Ela pode apresentar:
O correto uso vocabular para cada contexto
expressa o conhecimento do autor diante daquilo que
z  Gírias e expressões: muitas delas são construções
se propõe tratar em seu texto. A interlocução preten-
dida na produção, por sua vez, trata-se da relação do grupo social ao qual o indivíduo pertence e
entre o interlocutor e receptor da mensagem. O públi- podem estar muito, moderadamente ou pouco
co em questão, ou seja, a quem se destina a mensa- presentes na forma de comunicar uma mensagem;
gem, deve ser capaz de entender o assunto recortado elas surgem da oralidade e fazem parte de conver-
pelo autor. De nada adianta ter pleno conhecimento sas cotidianas; a internet, hoje, também tem um
de um assunto e não saber adaptar o discurso em
e m prol papel importante no surgimento e propagação de
do público-alvo da mensagem. novas gírias e expressões que são incorporadas no
Esta prática muito se assemelha ao trabalho dos vocabulário, em especial da juventude.
 jornalistas que, por vezes, coletam dados completos   Ex.: She was all, like , nervous
nervous about it so I told her to
chill and
chill  and call me asap
asap ( 
 ( Ela
Ela estava toda, tipo assim,
sobre economia
nicação e políticamodicando
e a linguagem, e precisam adaptar a comu-
ou substituindo nervosa sobre isso então eu disse pra ela relaxar e
termos difíceis, a m de transmitir uma notícia para me ligar assim que possível)
uma população leiga no assunto. Esse tipo de recur-
so faz com que o autor ou emissor da mensagem seja z  Apelidos: os apelidos fazem parte da relação entre
sensato na escolha de palavras e obtenha sucesso na as pessoas e podem marcar a forma como um indi-
comunicação da mensagem que pretende passar. víduo se dirige ao outro, indicando o grau de pro-
ximidade entre eles; muito comum entre amigos e
CONVERSAS FORMAIS E INFORMAIS familiares, os apelidos são sempre informais.
  Ex.: Sis
Sis   was telling me all about her trip.
trip . (Minha
Uma das maiores vantagens da comunicação é sua irmã estava me contando tudo sobre sua viagem /
uidez. Ela se adapta, se transforma e é utilizada de Sis –
Sis – abreviação ou gíria provinda da palavra sister
sister))
diferentes maneiras em cada contexto no qual é inse-
rida. Quando em ambientes mais formais, como no z  Contrações: as contrações de palavras e verbos
meio acadêmico, prossional ou literário, a etiqueta são comumente utilizadas e têm até mesmo sido
exige certo grau de formalidade para que a comuni- incorporadas na linguagem formal, por serem
cação seja efetiva e as conversas devem seguir um muito recorrentes na comunicação; mas é sugeri-
padrão, o padrão da norma culta da língua. Na língua do que elas sejam aplicadas apenas em ambientes
inglesa, alguns indicadores expressam formalidade informais.
com mais clareza ou evitam que a conversa seja carac- Ex.: They would’ve
would’ve loved
 loved to meet you, I’d bet on it. 
it.  
90 terizada como informal, são eles: (Eles teriam amado te conhecer, eu aposto).
 

 — Suas
Sua s cuecas... Por quê? O que há de errado? —
Importante! ela estava de olhos arregalados.
 — Ah, você quer dizer minhas calças? Sim, elas são
Entender o ambiente em que se está inserido é ótimas. Eu as comprei na loja no centro da cidade. —
fundamental para adequar aspectos da fala liga- ele nalmente entendeu o que ela quis dizer.
dos à norma culta ou à informalidade. No entan-  — Do que você achou que eu estava falando an-
to, é cada vez mais notável a mesclagem de tes? — ela, por outro lado, ainda estava confusa com
ambas as formas de comunicação em determi- a conversa toda.
nados meios, como em igrejas contemporâneas,  — Bem... minhas cuecas, aquelas que vão por de-
em reuniões de trabalho e em encontros parla- baixo de minhas calças. — ele explicou.
mentares; é, porém, necessário aprender ambas  — Ah, você quer dizer sua roupa de baixo? Meu
as formas de comunicação, suas variações e ter Deus, isso é tão constrangedor. — ela corou.
bom senso para saber quando e como usar cada
uma delas. No diálogo anterior, há uma clara confusão e di-di-
culdade de comunicação por causa de sinônimos que
em outros países possuem diferentes signicados para
SINÔNIMOS EM INGLÊS a palavra calças. No inglês britânico, calças é trousers
trousers  
e roupa íntima é pants
é pants;; já no inglês americano calças é
O estudo dos sinônimos na língua inglesa requer  pants,, e underwear
 pants underwear é
 é roupa íntima. A confusão reside
muita atenção e cuidado. Por vezes, como na língua na ideia de que os sinônimos dependem inteiramente
portuguesa, os sinônimos podem ser diferentes pala- do contexto em que a palavra se encontra. Dependen-
vras que realmente possuem exatamente o mesmo do da cultura, do país, do contexto social, uma palavra
signicado; em outros momentos, é possível identi-identi - será mais adequada para aquela situação ou não.
car diferentes intenções em palavras que se apresen-
tam como sinônimos. Alguns verbos ou phrasal
ou  phrasal verbs 
verbs  COGNATOS
possuem sinônimos que, se utilizados em detrimen-
to de outra palavra, são capazes de modicar a ideia Cognatos são palavras que possuem a mesma gra-
geral de uma oração. É, portanto, primordial ter muita a (ou graa semelhante) e o mesmo signicado em
cautela e saber como e quando utilizar esse recurso. dois idiomas. Algumas palavras no inglês são exata-
Um dos recursos ideais para entender essas similari- mente iguais no português e possuem o mesmo signi-
dades e diferenças é o tesauro (thesaurus
( thesaurus),), um dicio-
nário desenvolvido para denir a tradução e conceito cado,
palavrasainda quefacilitar
podem a sua pronúncia
a leitura seja diferente. Essas
e a interpretação de
dos sinônimos de palavras. texto, pois são exatamente as mesmas.
Apesar de partilharem de um mesmo idioma prin-
Existem, porém, falsos cognatos, palavras que pos-
cipal, os EUA, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, entre
suem a mesma graa ou graa semelhante a palavras
outros falantes da língua inglesa, são países completa-
de outro idioma, mas que possuem signicados com- com-
mente diferentes, com cultura, história e costumes pró-
pletamente diferentes. Sendo assim, é preciso ter mui-
prios que moldam também sua língua. Isso signica
to cuidado durante a leitura e examinar o contexto em
que o inglês de cada país possui suas peculiaridades,
diferentes signicados, expressões, pronúncias etc. que a palavra está inserida para que se possa inter-
Sendo assim, em cada um deles é possível identicar pretar corretamente seu signicado. Conra a seguir
palavras que são sinônimas entre si, mas que no con- alguns exemplos de cognatos e falsos cognatos.
texto de cada país possuem outro signicado. Conra
alguns exemplos de sinônimos no diálogo a seguir: Palavras cognatas

 — Wow, I love your new pants! They are beautiful. E NG LI SH P O RT U G U Ê S


Where did you get them? — said the American girl
Chocolate Chocolate
 — Excuse
surprised me??? —
expression onthe
hisEnglish
face. man replied with a Different  Diferente
 — Your new pants... Why? What’s wrong? — She
had her eyes wide open. Constant  Constante
 — Oh, you mean my trousers? Ye Yeah,
ah, they great. I
bought them at the shop downtown. — he nally under- Music Música
stood what she meant. Interesting Interessante
 — What did you think I was talking about rst?
 — she, on the other hand, was still confused with the Present  Presente
whole conversation.
Important  Importante    A
 — Well... My pants, the ones that go under my trou-    S
   E
sers. — he explained    L
   G
 — Oh, you mean, your underwear? Gosh, that’s em- Falsos cognatos    N
   I 
barrasing. — she ushed.    A
   U
E N GL I S H P O RT U G U Ê S    G
Tradução::
Tradução    N
    Í
   L
 Actual Verdadeiro  

 —  Uau,
 Uau, eu amei suas cuecas novas! Elas são lindas. Parents Pais
Onde você as comprou? — disse a garota americana.
 — O quê???? — o homem inglês respondeu com Relatives Parentes
uma expressão de surpresa em seu rosto. 91

 
E NG LI SH PORTU GU ÊS Pessoas iguais, “farinha
Two peas in a pod
do mesmo saco”
Beef  Carne bovina
The last straw  O limite, “a gota d’água”
Fabric Tecido
 As far as I know  Até onde eu sei
Pretend Fingir
Abusar de algo, “passar
Order  Pedir To be out of line
da conta”

Dica To hit the road Pegar a estrada

Por via das dúvidas quanto ao uso de uma palavra To be saved by the bell Ser “salvo pelo gongo”
e seu signicado, alguns renomados dicionários “Quebrar o gelo”,
como o Oxford Dictionary e o Merriam-Webster To break the ice
descontrair
Dictionary possuem suas versões online hoje,
o que pode auxiliar o estudante a conferir rapi- Observe que na tabela apresentada, algumas
damente em seu computador ou celular se uma expressões possuem equivalentes na língua portugue-
palavra é cognata ou não. sa e outras não. Isso ocorre devido ao fato de que tra-
duções não são sucientes para entender o contexto
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS
de um idioma. É preciso entender a cultura, a história,
Todo idioma possui uma gama de expressões idio- o humor e até a população de um país para realmen-
máticas oriundas de sua cultura, do folclore, dos cos- te poder entender como esse idioma foi construído e
tumes e das interações entre grupos sociais em um fundamentado. Este aprofundamento permitirá um
país. As expressões idiomáticas no inglês são frases conhecimento mais amplo do idioma, o que será bené-
que não signicam exatamente o que se esperaria tra-
tra- co sempre que se zer necessário estudar aspectos
duzindo-as ao pé da letra. Em alguns casos, as expres- linguísticos que estão intrinsecamente relacionados à
sões possuem equivalente na língua portuguesa, em cultura, aos costumes e à população de um país.
outros são tão característicos daquela cultura que
sequer possuem um equivalente direto e precisam ser ESTRATÉGIAS PARA INTERPRETAR TEXTOS

explicadas
Algumascom outras palavras.
expressões são utilizadas em conversas Na hora de interpretar um texto em inglês, antes
comuns do cotidiano, cada qual com sua peculiari- mesmo de iniciar a leitura, deve-se responder a algu-
dade, sem regras que padronizem seu uso. Basta um mas perguntas que identicam pontos cruciais do tex- tex -
conhecimento mais popular do idioma, através de to, capazes de estabelecer critérios úteis para facilitar
músicas, lmes, séries e vídeos, para ser capaz de a interpretação no momento em que a leitura será
identicar quando uma expressão não quer dizer o
realizada. Conra a seguir:
que ela literalmente signicaria ao ser
se r traduzida. Con-
Con-
ra uma lista de expressões idiomáticas comuns na
z  Identicar quem é o autor;
língua inglesa:
z  Identicar quem é o narrador (por vezes é o pró-
pró-
prio autor);
To make a long face Fazer cara de desgosto z  Identicar a quem o texto se dirige, seu público;
z  Identicar o gênero textual em questão;
To make something up Inventar uma história
Recompor suas emo- Ao iniciar um breve escaneamento dessas infor-
To pull yourself together 
ções, endireitar-se mações iniciais, a leitura corrente será facilitada.

To ll in someone’s shoes


Assumir o lugar de Além disso, duas práticas distintas que se caracteri-
alguém zam como estratégias úteis para a interpretação de
textos em inglês são o scanning  e
 e o skimming .
Resolver tarefas fora de O scanning é a prática de escanear, passar os olhos
To run errands
casa pelo texto em busca de palavras-chave, dados, nomes,
Pensar e expor ideias, números, entre outros elementos que possam contex-
To come up with tualizar o texto antes mesmo que a leitura
le itura seja realiza-
soluções
da; trata-se de uma busca por informações especícas
e specícas
Estar esgotado com algo e pertinentes para compreender o texto.
To be fed up with
ou alguém O skimming refere-se à leitura de trechos do texto,
To cost an arm and a leg Custar muito caro talvez parágrafos isolados, sem a necessidade de ler o
texto todo, para adquirir uma compreensão do senti-
Chicken feed Salário baixo do geral do texto de maneira rápida e eciente. Essa
Raining cats and dogs Chuva muito forte estratégia pode auxiliar aqueles que precisam ganhar
tempo durante a leitura de textos técnicos e extensos.
To give the could shoulder  Ignorar alguém Ambas as técnicas são mais poderosas e ecazes
Muito fácil, “mamão com quando suas forças se unem, pois a leitura, ainda que
 A piece of cake rápida e sem muito aprofundamento, torna-se mais
açúcar”
92 fácil quando guiada por esses recursos.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Ao expressar uma ideia por meio de uma oração na língua inglesa, há duas possibilidades quanto ao senti
do da frase que podem ser observadas: o denotativo e o conotativo. Ambos possuem funções distintas de igual
importância para a construção intencional de ideias em um idioma e, bem como no português, estão presentes
na comunicação.
Orações com o sentido denotativo expressam o sentido literal da mensagem, ou seja, é a representação real e
exata das palavras e ideias apresentadas na frase.
 Já o sentido
sentido conotativo
conotativo expressa
 expressa uma ideia metafórica
metafórica ou
 ou gurada a partir de comparações e expressões
ex pressões idio-
idio-
máticas. Observe a comparação das orações a seguir para entender melhor os conceitos de denotação e conotação:

z   It’s really
really cold outside. (Está
outside. (Está muito frio lá fora)
z   It’s freezing
freezing out there. (Está
there. (Está congelando lá fora)

A primeira oração pode ser denida como uma denotação


denotação,, pois expressa de forma literal
literal o
 o estado da tem-
peratura do lado de fora. Já a segunda oração é conotativa
conotativa devido
 devido ao uso do verbo freezing 
verbo  freezing  (congelando)
  (congelando) – pro-
vavelmente não esteja frio a ponto de um indivíduo ser congelado, mas a ideia é expressar que o frio do lado de
fora é intenso.
Conra mais um exemplo:

z  That knockout was the highlight of the boxing match (Aquele


match (Aquele nocaute foi o ponto alto da luta de boxe).
z   Angelina Jolie was a knockout in that beautiful black dress
dress (Angelina
 (Angelina Jolie estava um nocaute naquele lindo
vestido preto).

Veja que, na primeira oração, o interlocutor fala de um nocaute com o sentido exato da palavra; já na segunda
oração, a ideia de “nocaute” é conotativa, pois apenas ilustra e transmite as impressões do interlocutor de forma
metafórica devido à aparência da atriz – ou seja, a beleza era tanta que “nocauteou” aqueles que a avistaram em
seu vestido preto.
Algumas expressões idiomáticas são úteis para a construção de orações no sentido conotativo, pois indicam
ideias metafóricas que apenas simbolizam o contexto
conte xto real. Veja na tabela a seguir alguns exemplos de frases cono-
tativas, com suas traduções literais e também o sentido real.

O RAÇ ÃO C O NOTATIVA T R A D U Ç ÃO L I T E R A L SE NTID O R EA L


It’s ra
raining ca
cats an
and dogs. Está ch
chovendo ga
gatos e cachorros. Está ch
chovendo mu
muito.
Eles saíram repentinamente bravos da
Theyy storme
The stormedd out
out of the
the room
room.. Eles
Eles saír
saíram
am temp
tempest
estuo
uosos
sos da sala
sala..
sala.
Eu realmente preciso contar esse
I reall
reallyy need
need to
to spill
spill the bea
beans.
ns. Eu rea
realme
lmente
nte pre
precis
ciso
o cuspi
cuspirr os fei
feijõe
jões.
s.
segredo.
You didn’t see the accident, Você não viu o acidente, tenha um Você não viu o acidente, tenha piedade/
have a heart! coração. dó.
I won’t tell anyone, my lips are Eu não contarei a ninguém, meus lábios Eu não contarei a ninguém, minha boca
sealed. estão selados. é um túmulo/está fechada.
The lie you just told him won’t A mentira que você acabou de contar a A mentira que você acabou de contar a
wash. ele não vai lavar. ele não vai colar/não será acreditada.
Once in a blue moon, he visits
Uma vez
vez a cada
cada lua azul
azul,, ele nos vis
visita
ita.. Rarame
Rar amente
nte,, ele nos visi
visita.
ta.
us.
Break a leg, you’ll do great! Quebre uma perna, você irá bem! Boa sorte, você irá bem!
They
They cau
caugh
ghtt me re
red-
d-ha
hand
nded
ed.. Eles
Eles me
me pega
pegarram de
de mão
mão ver
verme
melh
lha.
a. Eles me pegaram no agra.
We had no clue she stole the Nós não tínhamos nenhuma pista de Nós não fazíamos ideia de que ela rou-
pen. que ela roubou a caneta. bou a caneta.    A
   S
   E
   L
She roared like a lion because Ela rugiu como um leão porque estava Ela gritou/resmungou alto porque esta-    G
she was hungry. com fome. va com fome.    N
   I 
   A
   U
   G
Os exemplos anteriores podem exemplicar de maneira clara a noção de que nem sempre as orações em    N
    Í
inglês poderão ser traduzidas de modo literal, pois possuem sentidos completamente diferentes da tradução ori-    L
 
ginal, anal, sua intenção é metafórica, gurativa, congurando-se, assim, conotativa.
A simplicidade
expressa o própriodo sentido
sentido denotativo,
semântico, sempor outro
que hajalado, pode ser
qualquer tipoobservada na sua construção,
de representação pois cada
gurativa. Conra palavra
a tabela a
seguir com exemplos de orações denotativas e seus signicados. 93

Tipos de substantivos
OR AÇ ÃO DE N OTAT IVA T RADUÇÃO

She was feeling dizzy be- Ela estava com tontura por PR O PE R N O UN S E X E M P LO S SIG N IF IC A DO
cause of the hot weather. causa do clima quente.
Referem-se ao nome dos
seres de modo especí-
especí- Caroline Caroline
Você estava estudando co, indicando o nome de Australia Austrália
Were you studying for the pessoas, de locais, dos London Londres
para o exame com os
exam with the boys? dias e meses, nomes Architect Arquiteto
meninos?
próprios de instituições, Friday Sexta-feira
Gabe tried to convince us Gabe tentou nos conven- marcas e organizações, Pepsi Pepsi
to go with him. cer de irmos com ele. de prossões etc..

The dogs were barking all Os cachorros estavam la-


night long. tindo a noite toda.
COMMON NOUNS
Mom warned me about Mamãe me avisou sobre Referem-se ao nome dos seres de mesma categoria
that dangerous street. aquela rua perigosa. ou família, ou seja, o nome das coisas e dos objetos,
em geral, podendo ser algo físico, subjetivo, abstrato,
Se a Julie não sair de seu contável, incontável, composto ou não. Observe os
If Julie doesn’t quit her
emprego, ela cará ainda exemplos em suas diferentes categorias:
 job, she’ll get even sicker.
sicker.
mais doente.
Comuns Signicado
Quinn disse que ela não
Quinn said she was not Tree Árvore
estava preparada para
ready to be a mom. Leaf  Folha
ser mãe.
Flower  Flor
Would you like a glass of Você gostaria de um Grass Grama
water? copo de água? Dirt  Terra
Concretos Signicado
Ela poderia me ajudar
Could she help me with
com a minha lição de Chair  Cadeira
my homework? casa? Fantasy  Fantasia
 Armor  Armadura
She received a letter from Ela recebeu uma carta de Bee Abelha
her friend. sua amiga. Dream Sonho
Por que eles estavam tra- Coletivos Signicado
Why were they working
balhando até tão tarde na
so late last Friday? Kennel Canil
sexta-feira?
People Pessoas
Shoal Cardume
Note que, nas orações anteriores, não há jogo de Herd Manada
palavras ou expressões incomuns que indiquem algo Grove Arvoredo
além do que as palavras de fato signicam, pois a Abstratos Signicado
intenção é realmente expressar-se de modo literal,
“sem rodeios”, sem metáforas. Love Amor
Hate Ódio
Encouragement  Encorajamento
CONHECIMENTO DOS ASPECTOS Kindness
Spirit 
Bondade
Espírito
GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A
COMPREENSÃO DE TEXTOS
COMMON NOUNS
SUBSTANTIVOS
Contáveis Signicado
Os substantivos são responsáveis por nomear os
seres, isto é, nomeiam objetos, pessoas, lugares, emo- Table Mesa
ções, fenômenos da natureza, animais etc. Dentre Pencil Lápis
todos os elementos importantes de serem aprendi- Pillow  Travesseiro
Door  Porta
dos em um outro idioma, os substantivos compõem
uma classe de palavras cruciais para a construção Incontáveis Signicado
de um bom aprendizado na língua inglesa, pois é a
partir deles que se constitui um vasto conhecimento Bread Pão
de vocabulário. Podemos classicar os substantivos Water  Água
em dois grupos:  proper nouns (substantivos próprios)  Advice
Information Conselho
Informação
94 e common nouns (substantivos
nouns (substantivos comuns).

COMMON NOUNS SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO


Compostos Signicado Brother Brothers Irmão/irmãos
Kid Kids Criança/crianças
Scuba-diving Mergulho
Stepson Enteado Batch Batches Fornada/fornadas
Newsstand Banca de jornal Matress Matresses Colchão/colchões
Matress Matresses Colchão/colchões
Train station Estação de trem

Gênero dos substantivos No entanto, no caso de alguns substantivos, quan-


do sua terminação for em -y precedido de uma con- con -
Diferentemente da língua portuguesa em que as soante, é preciso retirar o -y e substituí-lo por -ies.
terminações dos substantivos podem indicar o gêne-
ro de quem se refere a oração (rico/rica; estressado/ SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO
estressada; ocupado/ocupada), em inglês, os substan-
tivos nãoque
ressaltar possuem
existemgênero
algumasgramatical.
mudanças Porém, vale
nos substan- Story Stories História/histórias
tivos para indicar o gênero em alguns casos. Conra: Baby Babies Bebê/bebês
City Cities Cidade/cidades
MALE  MASCULINO   FEMALE  FEMININO Butterfly Butterflies Borboleta/borboletas
 Actor  Ator  Actress Atriz
Quando a palavras terminadas em -f ou -fe, é neces-
neces-
Waiter  Garçom Waitress Garçonete sário tirar -f ou -fe e substituí-los pela partícula –ves.
Host  Antrião Hostess Antriã
Lion Leão Linoness Leoa SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO

Heir  Herdeiro Heirness Herdeira Leaf Leaves Folha/folhas


Wolf Wolves Lobo/lobos
Nos demais casos, são substantivos diferentes os
que serão usados para representar uma pessoa do sexo Wife Wives Esposa/esposas
feminino e uma pessoa do sexo masculino — mother mother   Knife Knives Faca/facas
(mãe) e father
e father (pai);
 (pai); chicken
chicken (galinha)
 (galinha) e rooster
rooster (galo);
 (galo);
nephew (sobrinho)
nephew  (sobrinho) e niece
niece (sobrinha).
 (sobrinha). Os demais subs-
tantivos da língua inglesa são todos neutros, ou seja, Em outros casos, os substantivos são irregulares,
podem representar qualquer sexo ou gênero — law- ou seja, tornam-se outra palavra ao serem passados
 yer   (advogado, advogada); doctor
 yer doctor   (médico, médica); para o plural. Veja alguns exemplos:
employee   (funcionário, funcionária); teacher
employee teacher   (profes-
sor, professora).
SING
SINGUL
ULAR
AR PLUR
PLURAL
AL TRADUÇÃO
Man Men Homem/homens
Importante!
Woman Women Mulher/Mulheres
Note que nem sempre haverá formas distintas
para cada gênero quando se trata dos substan- Child Children Criança/crianças
tivos, portanto saiba que a língua inglesa age
Mouse Mice Camundongo/Camundongos
muitas vezes de forma neutra com relação a
questões linguísticas de gênero, ou seja, não faz Lice Louce Piolho/piolhos
distinção entre gêneros (masculino, feminino
etc.). PRONOMES

O Plural dos substantivos Os pronomes são palavras que podem substituir


em orações o nome próprio de um lugar, uma pessoa,
Quanto ao plural dos substantivos em inglês, é pre- um objeto, um animal etc. Quanto aos pronomes na
ciso observar algumas regras e exceções com relação língua inglesa, temos algumas classicações especí-
especí-    A
   S
ao suxo ou às terminações de cada palavra. Como via cas para cada grupo. Conra a seguir.    E
   L
de regra, é só acrescentar o –s ou -es, no caso de pala-    G
   N
vras terminadas em –s, –ss, –ch, –sh, –x, –z e –o, ao m Pronomes pessoais    I 
   A
da palavra para que ela se torne plural.    U
   G
São eles as palavras que indicam pessoas, lugares,    N
    Í
SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO objetos, animais, entre outros. Dentro deste grupo    L
 
existem dois casos: subject pronouns,
pronouns, que agem como
Car Cars Carro/carros sujeitos nas orações, os que realizam a ação; e object
Bus Buses Ônibus/ônibus  pronouns
 pronouns,, os que
ação na oração. são objetos
Observe daeação
seu uso ou “sofrem” a
exemplos: 95

z  Subject Pronouns

I would love to visit your family.


I Eu
Eu adoraria visitar tua família.
You never call your relatives.
YOU Você, tu
Você nunca liga para seus parentes.
He should be more careful.
HE Ele
Ele deve ser mais cuidadoso.
She goes scuba-diving every year.
SHE Ela
Ela faz mergulho todo ano.
It’s going to be an amazing year.
IT Ele, ela (neutro)
Vai ser um ano incrível.
We were really tired after the game.
WE Nós Nós estávamos muito cansados depois do jogo.
You could come to NY one day.
YOU Vocês, vós
Vocês poderiam vir a Nova Iorque um dia.
They decided to stay home for Christmas.
THEY Eles, elas
Eles decidiram car em casa no Natal.

z  Object Pronouns

This car belongs to me.


ME Me. mim
Este carro pertence a mim.
Would she go with you? 
YOU Lhe, o, a, te, ti, a você
Ela iria com você?
We should call him tomorrow.
HIM Lhe, o, a ele
Nós deveríamos o telefonar amanhã.
They decided to invite her.
HER Lhe, a, a ela
Eles decidiram convidá-la.
He fed it its food.
IT Lhe, o, a, a ele, a ela (neutro)
Eles o alimentaram com sua comida
Would they re us? 
US Nos
Eles nos demitiriam?
I’ll give you a discount.
YOU Vos, lhes, a vocês
Eu lhes darei um desconto.
Please, let them now.
THEM Lhes, os, as
Por favor, avise-os.

Pronomes possesivos

Os pronomes possessivos, também conhecidos como pronomes substantivos expressam pertencimento de


algo a alguém. No caso da língua inglesa, existem
ex istem dois grupos de possessivos, os possessive
os possessive adjectives
adjectives e
 e os possessi-
os possessi-
ve pronouns.
pronouns. Trataremos dos adjetivos possessivos adiante neste material, vejamos, por ora, o caso dos pronomes
possessivos, cuja função é substituir o nome próprio ao nal da oração, como objeto da oração, sem qualquer
exão de número ou grau. Conra:

These socks are mine.


MINE Meu, minha, meus, minhas
Estas meias são minhas.
Is this book yours?
YOURS Teu, tua, seu, sua
Este livro é seu?
That enormous mansion is his.
HIS Dele
Aquela mansão enorme é dele.
 All those white clothes are hers.
HERS Dela
96 Todas aquelas roupas brancas são dela.

ITS Dele, dela (neutro) This rubber bone is its.


Este osso de borracha é dele.
Keep your hands off of it, it’s ours!
OURS Nosso, nossa
Tire suas mãos daí, é nosso!
Are these records yours?
YOURS Vosso, vossa, seu, sua
Estes discos são seus?
None of the reports are theirs.
THEIRS Deles, delas
Nenhum dos relatórios são deles.

É comum ao falante de língua portuguesa confundir-se e utilizar o pronome possessivo your (seu, sua) para se
referir aos sujeitos da primeira pessoa do singular he, she e it, pois em português é possível a construção de uma
oração como “ela ama seusseus pais”,
 pais”, considerando que “seus” 
“ seus”  é
 é pronome possessivo referente ao sujeito ela; estaria
errada, no entanto, a tradução pé da letra “she loves your 
loves your  parents”,
 parents”, pois o pronome possessivo your
possessivo  your se
 se refere ao
sujeito You
You.. O correto, então, seria “she loves her  parents”.
 parents”.

Pronomes reexivos

Estes pronomes são utilizados para concordar com o sujeito inicial da oração e sempre aparecem logo após o
verbo. Vale ressaltar que os pronomes reexivos são usados apenas com um grupo especíco de verbos na língua
inglesa, propriamente reexivos. Conra a seguir alguns exemplos.

I check it myself.
MYSELF A mim, a mim mesmo, -me
Eu chequei eu mesmo.

Don’t blame yourself.


YOURSELF A ti, a você mesmo, -te, -se
Não se culpe.

He taught himself how to play the guitar.


HIMSELF A si, a si mesmo, -se
Ele ensinou a si mesmo como tocar o violão.

She promised herself she wouldn’t go.


HERSELF A si, a si mesma, -se Ela prometeu a si mesma que não iria.

The machine did it itself.


ITSELF A si, a si mesmo/a, -se
A máquina o fez por si mesma.

We can start the presentation ourselves.


OURSELVES A nós, a nós mesmos, -nos
Nós podemos começar a apresentação nós mesmos.

YOURSEL- You should take care of yourselves.


A vós, a vocês mesmos, -vos, -se
VES Vocês devem cuidar de si mesmos.

THEMSEL- They can help themselves.


A si, a eles mesmos, a elas mesmas, - se
VES Eles mesmos podem se servir.

Pronomes demonstrativos,
demonstrativos, relativos e indenidos

Temos dois tipos especiais de pronomes, os demonstrativos ou relativos e os indenidos. Os pronomes demons- demons -
trativos são usados para indicar algo durante a oração, são eles: this
this (este,
 (este, esta, isto), these
these (estes,
 (estes, estas), that
that (aque-
 (aque-
le, aquela, aquilo) e those
those (aqueles,
 (aqueles, aquelas). Veja alguns exemplos:

We really need this


this money
 money!! (Nós realmente precisamos deste dinheiro!)
They should see these owers. (Eles deveriam ver estas ores)
   A
 Helen will show us that  beautiful
 beautiful painting. (Helen
painting. (Helen vai nos mostrar aquela linda pintura)    S
   E
 How much for those
those pants? 
 pants?  (Quanto
 (Quanto custam aquelas calças?)    L
   G
   N
   I 
Os pronomes relativos são usados para indicar relação entre partes da oração, são eles: that
that (que),
 (que), which
which (o
 (o    A
qual, a qual, que), whose
whose (cujo,
 (cujo, cuja, de quem), who
who (que,
 (que, quem), whom
whom (a
 (a quem). Veja alguns exemplos:    U
   G
   N
    Í
   L
This is
This  is the bus which
which takes
 takes me home (Este é o ônibus que me leva para a casa)  
 Is this
this the
 the girl whose
whose house
 house was robbed? (Esta é a garota cuja casa foi roubada?)
 He is the teacher whowho got
 got arrested. (Ele
arrested. (Ele é o professor que foi preso)
The man whom
whom you you called is my husband. (O
husband.  (O homem a quem você ligou é meu marido).
97
 I never knew that  sang. (Eu
 sang. (Eu nunca soube que você cantava)

 Já os pronomes indenidos são aqueles que acompanham o substantivo de maneira imprecisa, ou seja, sem de
fato identicar quem ou o que é o pronome através de algumas palavras especícas. Observe a tabela com alguns
exemplos:

Do you have any advice? 


ANY Algum, alguma, qualquer
Você tem algum conselho?

There should be some information here.


SOME Algum, alguma, alguns, algumas
Deve haver alguma informação aqui,

They have many children.


MANY Muitos, muitas
Eles têm muitos lhos

Our neighbor makes much noise.


MUCH Muito, muita
Nosso vizinho faz muito barulho.
She knows every single room.
EVERY Todo, toda, cada
Ela conhece todos os quartos.

Pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos são elementos linguísticos usados em perguntas para as quais as respostas são um
nome. Observe a seguir a tabela:

PR O NO M E INTE R R OG AT IV O PE R G UNTA R E SPO STA C O M NO M E

What city do you prefer? I prefer London.


What (que, o que, qual, quais)
(Que cidade você prefere?) (Eu prero Londres)

Where have you been? I’ve been jogging at the park. (Estive correndo no
Where (onde, aonde)
(Onde você esteve?) parque?)

Who (quem) Who is éthat


(Quem boy?garoto?)
aquele He isémy
(Ele meuson.
lho)

When did you go there?


When (quando) I went there last week. (Eu fui lá semana passada)
(Quando você foi lá?)

A partir dos exemplos, é possível observar que, no caso dos pronomes interrogativos, a resposta é sempre um
nome, ainda que de modo oculto ou subentendido. Os pronomes interrogativos jamais se referem às circunstân-
cias ou razões.

TEMPOS E VOZES VERBAIS

O estudo dos tempos verbais na língua inglesa é um dos mais importantes tópicos a ser abordado diante da
necessidade de maior compreensão técnica do idioma. Diferentemente da língua portuguesa,
portuguesa , o inglês possui pou-
cos tempos verbais, apresentando características e conjugações simples e semelhantes, o que facilita o estudo do
idioma. Cada qual possui usos especícos e características únicas que devem ser exploradas durante o aprofun-
aprofun -
damento no conhecimento sobre a língua.

Simple present

O presente simples em inglês, a caráter de estudo, possui uma divisão simples entre pronomes. Os pronomes
da terceira pessoa do singular enquadram-se em uma categoria e os demais em outra. Apesar de suas conjugações
serem simples ao expressar ações no tempo presente, em alguns casos elas se diferenciam. O padrão de conjuga-
ção no presente simples é estabelecido, retirando o “to” do verbo no innitivo em todos os casos.

Ex.: to eat –
eat – comer // I
// I eat bread. (Eu como pão)

Observe que o “to” foi removido para realizar a conjugação de acordo com o pronome em questão. Essa regra
se aplica à seguinte lista de pronomes (veja como exemplo a conjugação do verbo citado anteriormente):

98

I (eu) Eat  I (eu)  Am (sou, estou)


You (tu, você) Eat  You (tu, você)  Are (é, está)
He/she/it  (ele,
 (ele, ela) Eats We (nós)  Are (somos, estamos)
We (nós) Eat  You (vós, vocês)  Are (são, estão)
You (vós, vocês) Eat  They  (Eles,
 (Eles, elas)  Are (são, estão)
They  (Eles,
 (Eles, elas) Eat  He (ele) Is (é, está)
She (ela) Is (é, está)
Observe que no caso dos pronomes na terceira
pessoa do singular he, she e it,
it, a conjugação ocorrerá It  (ele,
 (ele, ela, neutro) Is (é, está)
de modo diferenciado. Aos verbos que acompanham
estes pronomes, acrescenta-se “s”, “es” ou “ies”. Ver- Na negativa, acrescenta-se not
not ao
 ao verbo, podendo ser
bos terminados em consoantes, de forma geral, apre- apresentado nas suas opções em contração aren’t
aren’t e
 e isn’t
isn’t..
sentam terminação padrão “s”, como é o caso do verbo
to drink  (beber),
 (beber), to play (jogar),
play (jogar), to speak  (falar).
 (falar). Veja:
I (eu)  Am not  (não
 (não sou, não estou)
z  To drink
You (tu, você)  Are not ou aren’t  (não
 (não é, não está)

He (ele) Drinks  Are not ou aren’t  (não


 (não somos, não
We (nós)
estamos)
She (ela) Drinks
You (vós, vocês)  Are not ou aren’t  (não são, não estão)
aren’t 
It  (ele,
 (ele, ela, neutro) Drinks
They  (Eles,
 (Eles, elas)  Are not ou aren’t (não são, não estão)
aren’t
No caso de verbos terminados em x, ch, s, ss e sh,
acrescentamos “es”, como no caso do verbo to nish He (ele) Is not ou isn’t (não é, não está)
(terminar).
She (ela) Is not ou isn’t  (não
 (não é, não está)
z  To nish
It  (ele,
 (ele, ela, neutro) Is not ou isn’t (não é, não está)

He (ele) Finishes
She (ela) Finishes  Já na interrogativa, inverte-se
inverte -se o sujeito e o verbo.
Observe:
It (ele, ela, neutro) Finishes
 Am I? (Eu sou? Eu estou?)
Em alguns casos, em verbos com terminações em
y precedidos por uma consoante, como em to study 
study   Are You?  (Você
 (Você é? Você está?)
(estudar), to y (voar) e to cry (chorar).
cry (chorar).
 Are We?  (Nós
 (Nós somos? Nós estamos?)
z  To study
 Are You?  (Você
 (Você é? Você está?)
He (ele) studies  Are They?  (Eles
 (Eles são? Eles estão?)
She (ela) studies Is He? (Ele é? Ele está?)
It  (ele,
 (ele, ela, neutro) studies Is She?  (Ela
 (Ela é? Ela está?)

Simple present continuous Is It?  (Ele/ela


 (Ele/ela é? Ele/ela está?)

O uso do presente contínuo é utilizado para expres- A partir do conhecimento deste tempo verbal, pode-
sar ações que se iniciam no presente e seguem con- mos explorar a estrutura do prese
do present
nt  continuous
continuous.. Soma-    A
   S
tinuamente. Para se comunicar no presente simples do ao verbo to be,be, adiciona-se um verbo de ação no    E
   L
contínuo, é preciso utilizar um verbo muito famoso gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo suxo    G
   N
da língua inglesa, o verbo ser e estar, o to be. Antes -ing, a m de expressar uma ação contínua. Observe:    I 
   A
de entender o presente simples contínuo, devemos ter    U
   G
pleno conhecimento do uso deste verbo importante  Lucy is
is playing
 playing with the other kids. (Lucy está brin-
brin-    N
    Í
do idioma. Novamente, separaremos os sujeitos em cando com as outras crianças)    L
 
dois grupos para conjugarmos o verbo ser e estar no You aren’t   doing your job well. (Você não está
tempo presente na armativa (obs.: abre-se apenas fazendo seu trabalho bem)
uma exceção para o sujeito em primeira pessoa, I, que  Are they
 Are they studying for the test? (Eles estão estudan-
apresenta conjugação diferenciada): do para a prova?) 99

Simple past
Did  she
 she nish high school Ela terminou o ensino
in January?  médio em janeiro?
O passado
expressar simples
ações da língua
realizadas inglesa, no
e nalizadas utilizado
tempopara
pas-
pas- Did we  start a new busi- Nós começamos um
sado. Ao utilizarmos este tempo verbal devemos ter ness course?  novo curso de negócios?
em mente dois conceitos importantes: o uso do verbo
auxiliar Did
auxiliar  Did e
 e a existência de dois grupos de verbos no Did   you cry the whole Vocês choraram durante
passado (regulares e irregulares). movie?  o lme todo?
Os verbos regulares no passado possuem uma ter-
Did  they
 they try to convince her Eles tentaram convencê-
minação padrão em “-ed” ou “-ied” (verbos termina-
of the truth?  -la da verdade?
dos em y precedidos por uma consoante). No entanto,
existem muitas exceções e muitos verbos que não se
comportam da mesma maneira quando conjugados Quando nos referimos aos verbos irregulares do
no tempo passado, estes são chamados irregulares. passado, não podemos denir nenhuma regra espe-
espe -
A mudança nos verbos para o tempo passado a cíca para identicá-los, mas podemos memorizar as
partir de modicações na estrutura do próprio verbo exceções para melhor nos comunicarmos em inglês.
ocorre apenas em frases armativas. Em frases nega- nega - Conra a seguir uma tabela de verbos irregulares
tivas e interrogativas, utilizamos o verbo auxiliar did
did e
 e como exemplo:
o verbo retorna ao seu estado original (innitivo sem
o “to
“to”).
”). Conra alguns exemplos com verbos regulares VERBO
na armativa: VERBO NO
IRREGULAR TRADUÇÃO
INFINITIVO
NO PASSADO
I studied  at
 at a public Eu estudei em uma esco-
school! la pública. To eat Ate Comer
You work ed 
ed  really
 really hard! Você trabalhou duro! To come Came Vir
nished  high
 high school in
She nished  Ela terminou o ensino To leave Left   Partir, sair, deixar
January. médio em janeiro.
To understand Understood Entender
We start ed 
ed  a
 a new busi- Nós começamos um
ness course. novo curso de negócios. To say Said Dizer
You cr ied 
ied  the
 the whole Vocês choraram durante To send Sent   Enviar
movie. o lme todo.
To write Wrote Escrever
They tr ied 
ied  to
 to convince her Eles tentaram convencê-
of the truth -la da verdade To read Read Ler
To run Ran Correr
Observe agora as mesmas frases na negativa,
quando se faz necessário o uso do verbo auxiliar do To lend Lent   Emprestar
passado  DID
 DID   + not
not,, costumeiramente contraído para
didn’t.. Note que o verbo retorna ao seu
didn’t se u estado original To put Put   Colocar,, pôr
Colocar
innitivo.
To drive Drove Dirigir
I didn’t   study at a public Eu não estudei em uma To take Took Levar
school! escola pública.
To keep Kept   Manter, guardar
You didn’t  work  really hard! Você não trabalhou duro!
To wake up Woke up Acordar
She didn’t   nish  high Ela não terminou o ensi-
school in January. no médio em janeiro. To get Got  Pegar, conseguir
We didn’t  start
 start a new busi- Nós não começamos um To bring Brought   Trazer
ness course. novo curso de negócios.
To buy Bought   Comprar
You didn’t   cry the whole Vocês não choraram du-
movie. rante o lme todo. To sell Sold Vender
They didn’t  try
 try to convince Eles não tentaram con-
her of the truth. vencê-la da verdade Past continuous

O uso do passado contínuo é utilizado para expres-


O mesmo ocorre quando as frases são interrogati-
sar ações que se iniciam no passado e seguem con-
vas: iniciamos a pergunta com o uso do auxiliar DID
auxiliar  DID..
tinuamente nele. Para se comunicar no passado
contínuo é preciso utilizar um verbo muito famoso da
Did   I study at a public Eu estudei em uma esco- língua inglesa, o verbo ser e estar, o to be, no tempo
school?  la pública? passado.. Separaremos os sujeitos em dois grupos para
passado
conjugarmos o verbo ser e estar no tempo passado na
Did you work really hard?  Você trabalhou duro?
100 armativa:

do idioma. Porém, entender sua estrutura e propósito


I (eu) Was (era, estava) facilitam a compreensão de quem estuda inglês. Ape-
He (ele) Was (era, estava) sar de ser similar ao passado simples quando traduzi-
do literalmente, o present
o present  perfect serve
 perfect serve para expressar
She (ela) Was (era, estava) ações no tempo passado de modo indeterminado, ou
seja, que não precisam necessariamente ter incisão de
It  (ele,
 (ele, ela, neutro) Was (era, estava) tempo.
You (tu, você) Were (era, estava) No passado simples, as ações ocorrem e terminam
no passado e isto é comumente expresso com alguns
We (nós) Were (éramos, estávamos) advérbios de tempo e palavras e expressões de tempo
como last
last   week  (semana
  (semana passada), yesterday
passada),  yesterday (ontem),
 (ontem),
You (vós, vocês) Were (eram, estavam) at 3 o’clock (às 3 horas), before lunch (antes
lunch (antes do almo-
They  (Eles,
 (Eles, elas) Were (eram, estavam ço), two months ago (há
ago (há dois meses), entre outros uti-
lizados no simple
simple  past.
 past.
O present perfect,
perfect, por outro lado, é utilizado quan-
Na negativa, acrescenta-se not
not ao
 ao verbo, was not e
not e do a ação a ser reportada é mais importante do que
were not,
not, podendo ser apresentados nas suas opções quando ela ocorreu no passado, ou seja, sem indica-
em contração wasn’t
wasn’t e
 e weren’t
weren’t.. ção temporal e para expressar acontecimentos passa-
dos que têm consequências ou repercussão no tempo
I (eu) Wasn’t  (não
 (não era, estava) presente. Sua estrutura é baseada no verbo auxiliar
He (ele) Wasn’t  (não
 (não era, estava) HAVE seguido de um verbo no particípio. Conra:
Conra:

She (ela) Wasn’t  (não
 (não era, estava) SUJEITO I
It  (ele,
 (ele, ela, neutro) Wasn’t  (não
 (não era, estava) HAVE/HAS (AUX.) have
You (tu, você) Weren’t  (não
 (não era, estava) VERBO NO PARTICÍPIO been
We (nós) Weren’t  (não
 (não éramos, estávamos) COMPLEMENTO to Brazil
You (vós, vocês) Weren’t  (não
 (não eram, estavam)
Tradução: Eu estive no Brasil
Tradução:
They  (Eles,
 (Eles, elas) Weren’t  (não
 (não eram, estavam) No caso dos sujeitos  I, you, we, they
they   utilizamos o
verbo auxiliar HA
auxiliar  HAVE 
VE  e
  e no caso dos sujeitos he, she, it
 Já na interrogativa,
interro gativa, inverte-se o sujeito
suj eito e o verbo.
verbo . usamos HAS 
usamos  HAS , que é sua conjugação base no presente.
Observe: E é por este motivo que este tempo verbal leva o nome
de presente perfeito. Observe que o verbo no particí-
Was I?  (Eu
 (Eu era, estava?) pio no exemplo anterior é o verbo irregular to be. Os
verbos irregulares no passado, também serão irregu-
Was He?  (Ele
 (Ele era, estava?) lares no particípio. Os verbos regulares mantêm
mantê m a sua
estrutura do passado simples mesmo quando conjuga-
Was She?  (Ela
 (Ela era, estava?) das no particípio. Veja:
Was It?  (Ele/ela
 (Ele/ela era, estava?)
Were You?  (Você
 (Você era, estava?) SUJEITO He

Were We?  (Nós
 (Nós éramos, estávamos?) HAVE/HAS (AUX.) has

Were You?  (Vocês
 (Vocês eram, estavam?) VERBO NO PARTICÍPIO talked

Were They?  (Eles
 (Eles eram, estavam?) COMPLEMENTO to the principal.

A partir do conhecimento deste tempo verbal, Tradução:  Ele conversou com o diretor.


Tradução:
podemos explorar a estrutura do  past
 past   continuous
continuous..
Somado ao verbo to be,
be, adiciona-se um verbo de ação O verbo to talk  (conversar)
  (conversar) é um verbo regular e,
no gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo portanto, assume sua forma no particípio de maneira
suxo -ing,
-ing, a m de expressar uma ação contínua. idêntica à sua forma no passado simples, talked.
Observe: Em frases negativas no presente perfect, é o verbo
auxiliar que ca negativo. Soma-se o not
not ao
 ao have
have ou
 ou ao
 Luke was
was   playing with Jimmy. (Luke estava brin- has,, podendo vir contraído como haven’t  ou
has  ou hasn’t .    A
cando com Jimmy)    S
   E
You weren’t  doing
 doing the it correctly
correctly.. (Você não estava She hasn’t  called
 called me to explain it. (Ela não me ligou    L
   G
fazendo corretamente) para explicar.)    N
   I 
Were   they working abroad? (Eles estavam traba-
Were They haven’t   started the monthly planning. (Eles    A
não começaram o planejamento mensal)    U
lhando no exterior?)    G
 It hasn’t  made
  made any sense to me. (Não fez nenhum    N
    Í
   L
Present perfect sentido para mim)  
Em orações interrogativas, inverte-se a posição do
O  present
 present   perfect
 perfect   é um tempo verbal da língua verbo auxiliar e do sujeito.
inglesa que não encontra equivalente em português,  Have you
 Have  you considered joining the army? (Você consi-
sendo assim um dos tempos verbais mais controversos derou ir para o exército?) 101

 Has he
 Has he lost his mind? (Ele perdeu a cabeça/cou louco?) mais amplo, como idade, ano, mês ou alguns advér-
 Has Jenna
 Has  Jenna commented anything? (Jenna comentou bios de tempo e frequência (recently
(recently –
 – recentemente;
alguma coisa?) lately –
lately – atualmente; etc.).

Alguns advérbios de frequência são utilizados jun- Past perfect


tamente ao present perfect para indicar ações que já
ocorreram ou não em algum momento na vida, sem O past perfect é utilizado para expressar a ordem
a necessidade da incidência de tempo. São eles: ever cronológica de ações ocorridas no passado. Em uma
(já) , , already (já) , , never (nunca)
(nunca)   e yet (ainda, já). Eles linha do tempo a frase expressa neste tempo verbal
são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo pelo pode ser entendida como a primeira ação realizada
 yet que
 yet  que deve estar no m da oração. Observe alguns no passado, ou seja, a mais antiga. A ação em questão
exemplos: é mais importante do que o tempo exato em que ela
ocorreu no passado, ou seja, não há indicação tempo-
She has never  been
 been to another country. (Ela
country.  (Ela nunca ral especíca, apenas uma indicação de uma ordem
esteve em outro país) cronológica de acontecimentos relevantes para a nar-
 I have already
already made
 made many mistakes. (Eu
mistakes. (Eu já cometi rativa do interlocutor. Sua estrutura é baseada no ver-
muitos erros) bo auxiliar had
had seguido
 seguido de um verbo no particípio e
 Have you ever  had
 had alcohol?  (Você
 (Você já ingeriu álcool?) seu respectivo complemento. Conra:
They haven’t decided anything yet 
anything yet . (Eles não decidi-
ram nada ainda)
SUJEITO The students
Present perfect continuous HAD (AUX.) Had
Quando nos referimos ao  present perfect conti- VERBO NO PARTICÍPIO left
nuous  da língua inglesa, falamos de um tempo ver-
nuous 
bal usado para expressar ações que se iniciaram no COMPLEMENTO the school.
tempo passado (sem incidência de tempo exata) que
continuam e repercutem até o tempo presente, tam- Tradução: Os
Tradução: Os alunos deixaram a escola
bém podendo indicar mudanças de estado e compor-
tamento. Observe a seguir: É possível que a oração no past perfect venha segui-
da de uma oração complementar no passado simples,
para indicar a ação que ocorreria a seguir, a partir da
SUJEITO She palavra “when
“when”” (quando). Por vezes, a oração no past
perfect acompanha o advérbio already (já). Conra:
VERBO AUXILIAR has
TO BE (P
(PARTICÍPIO)
ARTICÍPIO) been She had
had already
 already eaten when we arrived home with
 pizza.
VERBO GERÚNDIO working casa(Ela
comjápizza)
tinha comido quando nós chegamos em
COMPLEMENTO in the company 
TEMPO for a long time. Observe que na oração anterior a primeira parte,
identicada como past perfect, expressa uma ação
Tradução: Ela
Tradução:  Ela trabalha na empresa há muito tempo. que já havia acontecido antes da oração em present
simple. Ainda que as ações na oração estejam inver-
Note que é necessário acrescentar o verbo to be no
be no tidas, o past perfect marca a ordem cronológica dos
particípio e complementar com um verbo no gerún- acontecimentos.
dio, que é o verbo responsável pela ideia de continui-
dade temporal na oração, marcado pelo suxo -ing When we arrived home with pizza, she had
had already
 already
(work – working). Como você pode observar, o pre- eaten,
sente perfect continuous não pode ser traduzido de (Quando nós chegamos em casa com pizza, ela já
forma literal, pois não possuímos um equivalente a tinha comido. )
 )
ele na língua portuguesa, quando queremos dizer que
alguém ainda hoje realiza uma ação que realizava no Note que, assim como no presente perfect, alguns
passado, usamos o presente simples: advérbios de frequência são utilizados no past perfect
para indicar ações que já ocorreram ou não em algum
Ex.: Ele joga tênis desde os 12 anos. momento na vida. São eles: ever, already, never e yet.
yet .
Eles são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo
No inglês, isto se dá de forma diferente pela com- pelo  yet
 yet   que deve estar no m da oração. Observe
preensão de que a ação de jogar o esporte se inicia no alguns exemplos:
passado e segue ocorrendo até o presente como uma
ação contínua em gerúndio (ele ainda está jogando). She had never  been
 been to another country. (Ela
country. (Ela nunca
Observe como esta mesma oração caria em inglês: tinha estado em outro país)
 I had already
already   made that mistakes. 
mistakes.  (Eu já tinha
Ex.: He
Ex.:  He has been playing tennis since he was 12. cometido aquele erro)
 Had you ever   had thai food before this?   (Você já
Apesar de não existir incidência de tempo de modo tinha comido comida tailandesa antes disso?)
exato, como dia da semana ou a hora, no presente per- They hadn’t decided anything yet 
anything yet . (Eles não tinham
102 fect continuous há sim incidência de tempo de modo decidido nada ainda)

Past perfect continuous ação mais antiga no passado, por ser marcada pelo
 past perfect em
perfect em sua estrutura (had
(had been
 been investigating ),
),
O  past perfect continuous
continuous   da língua inglesa é um e a seguinte oração, “eles nalmente o resolveram”,
tempo verbal usado para expressar ações que se ini- expressa outra ação no passado simples, o que indica
ciaram
bém no no tempoepassado,
passado, antesocorrendo
continuaram de outra ação tam-
dentro de que ela ocorreu após a mais antiga na linha cronológi-
ca de tempo. Conra ainda mais um exemplo:
um determinado tempo de forma contínua, repercu-
tindo até um determinado momento no próprio pre- When our grandpa decided to order pizza (2) , we
térito, também podendo indicar mudanças de estado had already had dinner (1).
e comportamento. Observe a seguir:

Passado (1) (2) Presente


SUJEITO He
VERBO AUXILIAR had (1). (...) we had already had dinner.
(1).
TO BE (P
(PARTICÍPIO)
ARTICÍPIO) been (2) (...) when they nally cracked it.
(2) Our grandpa had decided to order pizza (...)
VERBO GERÚNDIO thinking
(Quando nosso avô decidiu pedir pizza, nós já
COMPLEMENTO about the job offer  tínhamos jantado.)
Observe que ainda que a ordem da oração se alte-
TEMPO for weeks. re e a oração no tempo do passado perfeito em inglês
esteja posta após a oração no passado simples, ainda
Tradução: Ela
Tradução:  Ela estava pensando na oferta de empre- assim, a ordem se mantém: a oração no  past perfect
perfect  
go há semanas. sempre irá expressar a ação mais antiga do passado.
Note que é necessário acrescentar o verbo to be 
be  Simple future
no particípio e também complementar com um verbo
no gerúndio, que é o verbo responsável pela ideia de O simple future tense em inglês é o tempo verbal
usado para expressar ações futuras. Existem dois
continuidade temporal na oração, marcado pelo su
xo -ing (work – working). Como você pode observar, tipos de futuro simples: o futuro próximo ou certo e o
o past perfect continuous não pode ser traduzido de futuro mais distante e incerto. O primeiro é marcado
forma literal, pois não possuímos um equivalente a pelo verbo to be + GOING TO; o segundo é marcado
ele na língua portuguesa, quando queremos dizer que pelo verbo modal de futuro WILL.
alguém estava fazendo uma ação contínua no passa- Para tratar de situações que acontecerão em um
do, usamos o passado simples: futuro próximo ou são mais prováveis de acontecer,
utilizamos:
Ex.: Ele estava investigando o caso há meses quan-
do nalmente o resolveram. Verb to be  + GOING TO  + um verbo complementar +
complemento do assunto.
No inglês, isto se dá de forma diferente pela com-
preensão a ação se inicia no passado e segue ocorren- Conra a seguir alguns exemplos:
do até outra ação interferi-la no passado, como em
uma linha cronológica de ações. Observe como esta She is going to spend Christmas with her family.
mesma oração caria em inglês (futuro próximo/certeza)
(Ela vai passar o Natal com a família dela)
Ex.: He
Ex.:  He had been investigating the case for months They aren’t going to believe my story. (grandes chances/ 
when they nally cracked it.  probab
 pro babili
ilidad
dade)
e)
(Eles não vão acreditar na minha história)
Considere as marcações apresentadas na oração  Areyou goin
goingg to acce
accept
pt the job? (cer
(certeza
teza/pr
/probabi
obabilida
lidade)
de)
em relação à linha do tempo a seguir: (Você vai aceitar o emprego?)
 He had been investigating the
t he case for months (1)
(1)   A conjugação das orações com  going to no
to  no futuro
when they nally cracked it (2). simples se dá do mesmo modo que as orações com
verb to be no presente simples.
eles(Ele estava investigando
nalmente o resolveram)o caso há meses quando Em orações
incerto ou maiscuja intenção
distante é expressar
do presente, umo futuro
usa-se WILL.
Sua estrutura é bem simples, observe um exemplo na
   A
armativa com WILL + verbo no tempo presente.    S
   E
   L
Passado (1) (2) Presente    G
 Matthew will live in Canada
Canada in a couple of years.    N
   I 
Matheus viverá no Canadá daqui alguns anos.    A
(1). He had been investigating the case for months (...)
(1).    U
   G
(2) (...) when they nally cracked it. Na negativa, somamos o WILL + not, o que poderá    N
    Í
ser contraído para won’t.    L
 
Observe que ainda que ambas as ações estejam no
passado, há uma ordem especíca na oração sobre z She won’t accept the judge’s decision / She will not
qual ação aconteceu primeiro devido uso do past
do past per- accept the judge’s decision.
decision. (Ela não aceitará a deci-
 fect.. Neste caso, “ele estava investigando” refere-se à
 fect são do juiz) 103

E na interrogativa, inverte-se a posição do verbo Conra a seguir sua estrutura na armativa:


modal WILL e o sujeito em questão na oração; ela tam-
bém pode vir em sua forma negativa (WON’T), usada
para conrmar ou rearmar informações através de SUJEITO She
uma pergunta. Conra:
WILL will
z  Will you say yes if he proposes to you?
(Você dirá sim se ele te pedir a mão?) HAVE (AUX.) have
z  Won’t you travel to Bulgaria next year?
(Você não viajará para a Bulgária no próximo ano?) TO BE (P
(PARTICÍPIO)
ARTICÍPIO) been

Future continuous VERB + ING running

O future continuous, como o próprio nome expres- COMPLEMENTO for 1 hour.


sa, expressa ações contínuas no tempo futuro. Ações
que se iniciam e pretendem continuar ocorrendo
mais adiante no futuro. No português, chamamos esse Tradução: Ela estará correndo por 1 hora.
recurso linguístico de redundância e temos o costume
de expressar ações futuras apenas no modo simples. Note que o complemento geralmente expressa um
Observe a oração a seguir: tempo especíco no futuro através do uso de by by (até),
 (até),
 for   (por, há) ou since
 for since   (desde) + expressão de tempo
 Ele estará
durante conversando com vocês sobre o assunto
a palestra. (next week, next month, next year, next holiday, noon,
5 o’clock, 2025 etc.).
2025 etc.). Conra alguns exemplos a seguir:

É preferível que esta oração seja substituída por “ele By   – utiliza-se They will have Eles terão entre-
conversará com vocês sobre o assunto durante a pales- quando nos refe- delivered the gado o projeto
tra” na língua portuguesa. No inglês, no entanto, utili- rimos a prazos e project by  noon.
 noon. até o meio-dia.
za-se do presente continuous para indicar que a ação tempo limite.
será contínua e permanecerá sendo realizada por mais
tempo do que de costume. Para isso utilizamos o auxiliar For – refere-se John will have John estará es-
do futuro WILL + o verb to be no innitivo (sem o “to”) + ao tempo total, been studying tudando há um
um verbo com ing + complemento da frase. à duração de for  a
 a whole year. ano.
uma atividade
 He will
will   be talking  to
 to you about the subject during
Since  – expres- They will have Eles estarão
the lecture.
sa o tempo been together  juntos desde a
inicial de uma since the party. festa.
Veja a seguir mais exemplos em diferentes modos: possível ação
The principal will be hosting the futura, marcan-
do seu tempo.
anual party.
AFIRMATIVA
(O diretor estará sendo o antrião
da festa anual) Observe que, em seu uso na negativa, apenas colo-
ca-se o not depois do verbo auxiliar do futuro WILL
She won’t be calling any of the em- (também apresentado com contração – won’t
won’t):
):
ployees this week.
NEGATIVA
Ela não estará ligando para ne-
nhum funcionário esta semana SUJEITO They 

Will she be attending prom with her WILL + NOT will not/won’t 
boyfriend?  HAVE (AUX.) have
INTERROGATIVA
Ela estará indo à festa de formatu-
ra com seu namorado? TO BE (P
(PARTICÍPIO)
ARTICÍPIO) been
Won’t they be reading a new book VERB + ING packing
NEGATIVA by next class? 
COMPLEMENTO by noon.
INTERROGATIVA Ele
até não estará aula?
a próxima lendo um livro novo
Tradução:  Eles não estarão fazendo as malas/
Tradução: 
Future perfect continuous empacotando as coisas até meio-dia.

Este tempo verbal pode ser um pouco diferente  Já na interrogativa, basta inverter a posição do
para falantes da língua portuguesa, mas quando bem sujeito e do verbo auxiliar do futuro WILL:
estudado é passível de ser completamente compreen-
dido e totalmente usual. O  future
 future   perfect
 perfect   continuous
continuous   WILL Will
expressa a continuação de ações que serão termina-
das em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma SUJEITO  Anna
ideia de passado dentro do tempo verbal futuro em HAVE (AUX.) have
104 sua estrutura.

Note que os verbos apresentados nos exemplos


TO BE (P
(PARTICÍPIO)
ARTICÍPIO) been anteriores (recommend, suggest, demand, ask) todos
VERB + ING traveling dão a ideia de sugestões, pedidos ou requisições, exis-
tem alguns outros também que expressam a mesma
COMPLEMENTO since March. ideia, tais como:  propose
 propose   (propor), insist
insist   (insistir),
intend (pretender),
intend  (pretender), request
request (solicitar),
 (solicitar), requite
requite (exigir),
 (exigir),
Tradução:: Anna estará viajando desde março?
Tradução entre outros.
Logo em seguida do pronome objeto, a qual se
Imperativo e subjuntivo refere o pedido, vem acompanhado o verbo em seu
formato innitivo (sem o to to).
). Observe que em outros
O imperativo trata-se de um recurso linguísti- tipos de oração o correto seria “she comes”,
comes”, “the“the mee-
co usado quando o interlocutor pretende dar uma ting ends”,
ends”, “the gates are”
are” ou “the
“the service starts”,
starts”, no
ordem, um comando, uma proibição ou uma instru- entanto, ao se tratar do subjuntivo, é necessário apli-
ção de modo direto. Quando utilizamos o imperativo car a regra do innitivo.
na língua inglesa, a oração não necessita vir acom- No caso de orações negativas no presente do sub-
panhada de um sujeito porque subentende-se quem  juntivo, coloca-se o not
not (não),
 (não), antes do verbo no in- in-
receberá a ordem pelo contexto. nitivo. Conra:
Em alguns casos, quando a ação em questão pre-
sente na frase é armativa, é necessário que o verbo z  We recommend that she not  come
come early.
 early. (Nós
 (Nós reco-
esteja em sua forma no innitivo, ou seja sem con-
con- mendamos que ela não chegue cedo)
 jugação, com a ausência do “to”. É observando este z  The company suggests that the meeting not   endend by
 by
modo verbal único que se pode identicar a presença noon. (A
noon. (A empresa sugere que a reunião não termi-
de uma frase imperativa em inglês. Observe a seguir ne até o meio-dia)
alguns exemplos armativos: z   Presidency demanded that the gates not   be
be closed.
 closed.
(A presidência exigiu que os portões não estives-
z    Get out of the way! (Saia
way! (Saia do caminho) sem fechados)
z    Wait for me, please. (Espere
please. (Espere por mim, por favor) z  Our pastor asked that the service not   start  earlier
 earlier
z    Stay here, I’ll be right back. (Fique
back.  (Fique aqui, eu já volto) today. (Nosso pastor pediu que o culto não comece
z    Do whatever you yo u have to do.
do. (Faça
 (Faça o que tiver que mais cedo hoje)
fazer)
Voz ativa e passiva
 Já quando
qua ndo a ordem, sugestão, comando ou instru-
ção é algo negativo, com o sentido de proibição, usa-se
usa- se A voz ativa ocorre quando o discurso é direto na
DO NOT (não) para início de frase, podendo aparecer ordem sujeito + verbo + complemento da oração/objeto,
em sua forma contraída DON’T.
DON’T. Observe: costuma ser a ordem “natural” das orações e é a forma
mais comum e simples de comunicar uma mensagem.
z    Do not feed the animals. (Não
animals. (Não alimente os animais)  Já a voz
voz passiva
passiva ocorr
ocorree quando
quando o discurs
discursoo é indireto
indireto e o
z    Don’t talk to me like this. (Não
this. (Não fale comigo assim) complemento da oração, ou seu objeto, toma o lugar de
z    Do not start it without me. (Não
me. (Não comece sem mim) sujeito; este discurso trata-se de um recurso linguístico
z    Don’t cry, it’s okay
okay. (Não chore, está tudo bem) mais complexo, muito utilizado em livros, em poemas e
também em situações em que o objeto é mais importan-
Quando falamos sobre o tema subjuntivo na língua te de ser mencionado na oração em determinado con-
inglesa, estamos nos referindo a uma forma gramati- texto. Observe a diferença na tabela a seguir:
cal usada a m de fazer pedidos, sugestões, bem como
em orações condicionais. O presente do subjuntivo VOZ She read all the Ela leu todos os
pode ser identicado a partir de um uso especíco do ATIVA books livros
verbo em orações, encontramos o verbo em questão
VOZ  All the books were Todos os livros
sem a conjugação esperada, mas sim no innitivo sem
PASSIVA read by her. foram lidos por ela.
o “to” — be (ser),
(ser),   see (ver),
(ver),   prepare (preparar),
(preparar),   keep
(manter) etc. Além disso, as orações no presente do
subjuntivo, usadas para expressar sugestões ou pedi- Note que no primeiro exemplo a ordem direta da
dos, vêm marcadas pela conjunção that that (que).
 (que). Obser- voz ativa é estabelecida.
ve alguns exemplos:
SUJEITO VERBO COMPLEMENTO/OBJETO DA
z  We recommend that she come
come early.
 early. (Nós
 (Nós recomen- AÇÃO    A
   S
damos que ela chegue cedo)    E
She Read All the books    L
z  The company suggests that the meeting end end   by    G
   N
   I 
noon.   (A empresa sugere que a reunião termine
noon.
 Já na segunda oração é estabelecida uma outra    A
até o meio-dia)    U
z   Presidency demanded that the gates be be   closed. estrutura, a da voz passiva    G
   N
    Í
(A presidência exigiu que os portões estivessem    L
 
fechados) COMPLEMENTO/ VERBO AUXILIAR +
SUJEITO
z  Our pastor asked that the service start   earlier OBJETO VERBO PRINCIPAL
today. (Nosso pastor pediu que o culto comece mais  All the books Were read By her 
cedo hoje) 105

Na voz passiva, faz-se necessário o uso do verbo to be comobe como verbo auxiliar da oração para que o complemento
ou objeto da oração aja como sujeito.
sujeito . Ele pode se referir ao passado, como no exemplo
e xemplo anterior, através do uso de
was (era,
was  (era, estava, fora), were
were (eram,
 (eram, estavam, foram), no tempo presente, através do uso de is is (está,
 (está, é) ou are (estão,
são), ou no tempo futuro com will be (serão,
be (serão, estarão). O verbo principal que acompanhará o verbo
ver bo auxiliar deverá
estar conjugado no particípio. Por m, acrescenta-se a preposição by by (por)
 (por) para acompanhar o pronome objeto
referente ao sujeito original da oração (she (she –
 – her
her).
).
Observe exemplos para cada tempo verbal:

V OZ ATIVA VOZ PA SSI VA


She shows her dolls. Her dolls are shown by her.
Presente
(Ela mostra suas bonecas) (Suas bonecas são mostradas por ela)
He left his cell phone here. His cell phone was left here.
Pretérito
(Ele deixou seu celular) (Seu celular foi deixado aqui)
My mom will study that ancient civilization. That ancient civilization will be studied by my mom.
Futuro
(Minha mãe vai estudar aquela civilização antiga) (Aquela civilização antiga será estudada por minha mãe)

Existem outros tempos verbais mais complexos como o present o  present,, past


 past ou
 ou future
 future   perfect,
perfect, entre outros, que tam-
bém apresentam orações em voz passiva. A estrutura permanece a mesma das orações em tempos verbais mais
simples, no entanto, é necessário atentar-se à estrutura original de cada tempo verbal, cujo uso de verbos no par-
ticípio (done
(done,, been
been,, seen
seen,, known
known)) e verbos auxiliares (have,
(have, had, will have)
have) já é usual Veja:

VOZ AT IVA VOZ PASS I VA


He has planned the party.
Present perfect The party has been planned by him
(Ele planejou a festa)
Julie had been developing new ideas. New ideas had been developing by Julie.
Past perfect
(Julie estava desenvolvendo novas ideias) (Novas ideias estavam sendo desenvolvidas pela Julie)
We will have started the project by Monday. The project will have been started by us by Monday.
Future perfect
(Nós teremos começado o projeto até segunda) (O projeto terá sido começado por nós até segunda)

Importante
O uso da voz passiva é um dos temas mais comuns de se encontrar em provas e concursos. Recomendamos
um estudo aprofundado de seu uso, em especial quanto à interpretação de texto.

ADJETIVOS
Os adjetivos dão características aos substantivos, a m de expressar o estado, a condição, a qualidade ou os
defeitos a eles. Em inglês, podem apresentar variação quanto ao grau, podendo estabelecer relações comparativas
ou superlativas. No entanto, não possuem variação quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), como ocorre na língua portuguesa. Sendo assim, um adjetivo é usado de maneira imutável para referir-se a
qualquer substantivo, seja ele no masculino ou no feminino, no singular ou no plural. Veja a seguir alguns exemplos:
Those lazy boys don’t help at home.
(Aqueles meninos preguiçosos não ajudam em casa)
 Mary and John adopted three
three black dogs.
(Mary e John adotaram três cachorros pretos)

Which brownie do you prefer: the small chocolate-chip ones or the big  chocolate ones? 
(Quais brownies
brownies você
 você prefere: os pequenos de pepitas de chocolate ou os grandes de chocolate?)

Tipos de adjetivos

Podemos classicar os diferentes tipos de adjetivos em alguns grupos especícos conforme a ideia que expres-
expres-
sam em uma oração. Observe a tabela:

T IPO S E X E M P LO
Adj
djet
etiv
ivos
os de ta
tama
manh
nho
o bigg (gr
bi (gran
andde)
e),, sma
smallll (p
(peq
equuen
eno)
o),, hug
hugee (en
(enor
orme
me),
), ti
tiny
ny (m
(min
inús
úscu
culo
lo)).
Adjetivos de
de co
cor green (verde), Or
Orange (l(laranja), bl
blue (a
(azul), si
silver (p
(prateado).
Adj
djet
etiv
ivos
os de ma
mate
teri
rial
al plas
plasti
ticc (pl
(plás
ásti
tico
co),
), me
meta
tall (me
(meta
tal)
l),, co
cott
tton
on (a
(allgo
goddão
ão),
), wo
wood
od (m
(mad
adei
eirra)
a)..
106

T IPO S E X E M P LO
Adjetivos de
de or
orige
gem
m Chinese (c
(chinês), Am
Amer
eriican (a
(americano), Ca
Canadian (c
(canadense).
Adj
djet
etiv
ivos
os de op
opin
iniã
ião
o beau
beauti
tifful (b
(bon
onit
ito)
o),, we
weiird (e
(est
strran
anho
ho)), aw
awfu
full (h
(hor
orrí
ríve
vel)
l),, go
good
od (b
(bom
om).
).

Adj
djet
etiv
ivos
os de rel
elig
igiião atheiist (a
athe (ate
teuu), ca
cath
thol
olic
ic (c
(cat
atól
ólic
ico)
o),, jew
jewiish (j
(juude
deu)
u),, bu
budd
ddis
istt (bu
(budi
dist
sta)
a)..
Adjetivos de propósito soccer-eld (campo de futebol), desk (mesa), ip-ops (chinelos).
Adjetivos de idade old (v
(veelho), young (j
(jo
ovem), teenager (a
(addolescente), adult (adulto)
Adj
djet
etiv
ivos
os de fo
form
rmat
ato
o squuar
sq aree (q
(quuad
adrrad
ado)
o),, rou
ounnd (r
(red
edon
onddo)
o),, tr
tria
iang
nguula
larr (t
(tri
rian
angu
gullar
ar)).

Ordem dos adjetivos


Antes de mais nada, deve-se ter bem claro que a posição e ordem dos adjetivos em inglês funciona de forma
diferente do uso comum em português. Os adjetivos em inglês devem vir antes do substantivo.
She has a blue
blue car.
 car.
(Ela tem um carro azul)
The red-haired
red-haired boy
 boy was running.
(O menino ruivo estava correndo)
Would you give me that round
round pillow,
 pillow, please? 
(Você me daria aquele travesseiro redondo, por favor?)
 I like the black  and
 and white
white sneakers
 sneakers better.
(Eu gosto mais do tênis preto e branco)
Além disso, quando a oração apresenta mais de um adjetivo, é preciso seguir uma ordem especíca. Observe
o esquema abaixo e conra alguns exemplos:
Opnião → Tamanho → Idade → Formato → Cor → Origem → Religião → Material
 Material  → Propósito → Nome
That was a pretty
a pretty (1) little
little (2)
 (2) Baptist 
 Baptist  (3)
 (3) church (4).
(4). //
 // Aquela era uma igrejinha batista pequena e bela.
(1 opinião > 2 tamanho > 3 religião > 4 nome)
Those were some really ugly-looking (1) brown (2) leather (3) horseback-riding (4) pants (5). //
(5).  // Aquelas
 Aquelas
calças de couro marrons de cavalgar eram muito feias.
(1 opinião > 2 cor > 3 material > 4 propósito > 5 nome)
 I lost my heart-shaped (1) yellow (2) Indian (3) cotton (4) pillow (5) on our trip to Bali! //
Bali! // Eu perdi minha
almofada amarela de formato de coração de algodão indiano na nossa viagem para Bali!
(1 formato > 2 cor > 3 origem > 4 material > 5 nome)
Adjetivos possessivos
Os adjetivos possessivos no inglês são parecidos com os pronomes possessivos e à maneira como os usamos.
Em uma oração, eles pedem que um substantivo os acompanhe logo após seu uso.
Observe os adjetivos possessivos juntamente com o pronome a quem se referem:

PR ON OME A D J E T I VO P O S S E S S I V O E X E M P LO TR AD UÇ ÃO
I My I love my family Eu amo minha família.
You Your Is this your brother? Este é teu irmão?    A
   S
   E
He His He needs his wallet. Ele precisa de sua carteira.    L
   G
   N
   I 
She Her Her mom is sick. A mãe dela está doente.    A
   U
It  Its Where’s its toy?  Onde está o brinquedo dele/dela?    G
   N
    Í
   L
We Our  We love to spend our money! Nós amamos gastar nosso dinheiro!  

You Your The teacher loves your kids. A professora ama seus lhos.
They  Their Their car is very noisy. O carro deles é muito barulhento.
107

Grau dos adjetivos

Quando falamos em grau de adjetivos em inglês, referimo-nos a dois tipos: aos adjetivos comparativos e aos
adjetivos superlativos. Eles se referem aos adjetivos relativos da língua inglesa.

Adjetivos relativos

z Comparativos
Usamos os adjetivos comparativos para estabelecer comparação entre dois ou mais seres (substantivos),
podendo esta comparação ser:

De igualdade (tanto... quanto):


She is as
as intelligent
 intelligent as
as her
 her sister.
(Ela é tão inteligente quanto a irmã dela)

De superioridade (mais que):


They run faster
run faster than their
than their cousins.
(Eles correm mais rápido que seus primos)
 Jenna was more competitive than the
than the rest of the group.
(Jenna era mais competititva que o resto do grupo)

De inferioridade (menos que):


 My brother
(Meu irmãocan read less
consegueless words
ler words
menosthan
than I
 I can.que eu)
palavras

Uma regra gramatical importante a ser estabelecida quanto aos comparativos é o uso de -er - er ou
 ou -ier
ier em
 em adje-
tivos com 3 ou menos sílabas, como em fastem  fast – faster 
faster  ou
 ou busy – busier 
busier , seguidos de than
than (do
 (do que) para estabelecer
relação de comparação; e o uso de more more ou
 ou less
less seguido
 seguido de adjetivos com 3 ou mais sílabas, como em interesting  
 – more
more  interesting /less
less  interesting , igualmente seguido de than
than (do
 (do que) para estabelecer relação de comparação.

She is prettier 
prettier  than
 than the other girls.
(Ela é mais bonita que as outras garotas)

She is more
more beautiful
 beautiful than the other girls.
(Ela é mais bonita que as outras garotas)

z  Superlativos

Usamos os adjetivos superlativos para intensicar o grau de superioridade ou inferioridade de um ser (subs -
tantivos) em detrimento de outros.

De inferioridade (o menos, o pior):


 He is my least  favorite
 favorite character in the movie.
(Ele é o meu herói menos favorito do lme)
Was it the worst  party
 party you’ve ever been to? 
(Foi a pior festa a que você já foi?)

De superioridade (o/a mais, o melhor):

This is the busiest  avenue


 avenue in the city.
(Esta é a avenida mais movimentada da cidade)
They have the most protable business in Dubai.
(Eles têm o negócio mais rentável de Dubai)
 He was the best  tennis
 tennis player in the world.
(Ele é o melhor jogador de tênis do mundo)

Uma regra gramatical importante a ser estabelecida quanto aos superlativos é o uso de -est ou -iest - iest (no
 (no caso de
adjetivos terminados em y
em y)) em adjetivos com 3 ou menos sílabas, como em nice
em  nice – nicest 
nicest  ou pretty
 ou pretty – pretti
prettiest 
est , ante-
cedido do artigo the
the.. Em alguns casos, quando há a sequência consoante + vogal + consoante (cvc), como no caso
do adjetivo big ou fun, deve-se dobrar a última consoante e acrescentar -est à palavra (the
( the big  gest  ; the fun
funnest 
nest ).
). No
caso de adjetivos com mais de 3 sílabas, devemos colocar the most (o/a mais) antes dele. Conra:

This is the prettiest  purse


 purse in stock.
(Esta é a bolsa mais bonita do estoque)
This is the most beautiful purse
beautiful purse in stock.
108 (Esta é a bolsa mais bonita do estoque)

Importante!
Um dos erros mais comuns do estudante de língua inglesa é confundir o superlativo com o comparativo. Para
evitar este problema, lembre-se que o comparativo sempre expressa a ideia de adjetivos que comparam dois
ou mais seres. Já o superlativo qualica superior ou inferior apenas um ser em relação a todos os outros.

Adjetivos interrogativos
Os adjetivos interrogativos são também conhecidos na língua inglesa como Wh- questions.
questions. No entanto, não são
todos que se qualicam como adjetivos. Os adjetivos interrogativos são utilizados em perguntas acompanhando
os substantivos, ou seja, quanticando e qualicando-os de algum modo. Observe a tabela e seus respectivos
exemplos:

O quê, o que, que,


WHAT What route should we take?  Que rota devemos tomar?
qual, quais
WHICH Qual, quais, que Which one do you prefer?  Qual deles você prefere?
WHOSE De quem Whose book is this?  De quem é este livro?
HOW
Quanta, quanto How much water did you drink today?  Quanta água você bebeu hoje?
MUCH

HOW Quantos, quantos How many years have you spent abroad?  Quantos anos você passou no exterior?
MANY

Adjetivos determinantes

Quando falamos em adjetivos determinantes, referimo-nos aos adjetivos que usamos para determinar sobre
qual substantivo estamos falando em uma oração. Conra na tabela a seguir os principais adjetivos determinan -
tes e seus usos em exemplos.

This (este, esta, isto) This cake is huge Este bolo é enorme


These (estes, estas) These shoes are ugly. Estes sapatos são feios.
That  (aquele,
 (aquele, aquela) That book was old. Aquele livro era velho.
Those (aqueles, aquelas) Those kids can’t swim Aquelas crianças não sabem nadar.
 All my classmates skipped class Todos os meus colegas faltaram a aula
 All  (todo,
 (todo, toda, todos, todas)
today  hoje.
Neither  (nenhum,
 (nenhum, nenhuma) Neither car is for sale Nenhum dos carros está à venda.
Every  (cada,
 (cada, todo, toda) Every girl in town knows him. Toda garota da cidade o conhece.
Both (ambos, os dois) Both my parents love musicals. Ambos meus pais amam musicais.
Each (cada, cada um) Each one of you can learn. Cada um de vocês pode aprender.
Either  (qualquer
 (qualquer um, ambos,
We can chose either book. Podemos escolher qualquer livro.
nenhum)
Other  (outro,
 (outro, outra, outros, outras) She has other problems Ela tem outros problemas
Eu poderia comer uma outra fatia de    A
 Another  (um
 (um outro, uma outra) Can I have another slice of pie?     S
torta?    E
   L
   G
   N
   I 
CONJUNÇÕES
   A
   U
   G
Seja em inglês ou em português, as conjunções são responsáveis por conectar a ideia de uma oração a outra,    N
    Í
estabelecendo relação entre elas, podendo acrescentar informações, contrapô-las ou explicá-las. Veja a seguir a    L
 
forma como uma conjunção é capaz de unir ideias de orações separadas.

 John was very frustrated. got red. (John estava muito frustrado. John foi demitido)
frustrated. John got
 John was very frustrated because he got red. (John estava muito frustrado porque ele foi demitido) 109

A conjunção because conectou as orações de maneira natural, organizando as ideias sem que haja quebra na
narrativa da oração. Conra a seguir algumas das conjunções mais usadas da língua inglesa e exemplos:

CON JU NÇÃO S I GN I F I C A D O E X E M P LO TR AD UÇ ÃO
E: une ideias e acrescenta She went to the store and  bought
 bought Ela foi ao mercado e comprou
 And
informações some fruits. algumas frutas

But  Mas, porém: indica contraste,


contraponto He loved talking but  he
 he felt shy. Ele amavatímido.
se sentiu conversar, mas ele

Mark estava com sede, então


Então, sendo assim: expressa Mark was thirsty, so he stopped to
So ele parou para beber um pou-
consequência ou efeito drink some water before running.
co de água antes de correr.
Embora, apesar de: indica con-  Although she was tired, she went Embora ela estivesse cansa-
 Although
traposição, contraste for a walk  da, ela foi caminhar
caminhar..
Would you rather stay home or  go Você prefere car em casa ou
Or  Ou: indica opção
to the mall?  ir para o shopping?
Embora, porém: expressa contras- They were willing to start, the rain, Eles estavam dispostos a come-
However 
te, contraponto (formal de but ) however  , poured outside. çar, a chuva, porém, caía lá fora.
Nossa aula acabou, sendo as-
Our class is over, therefore  we
Therefore Sendo assim: expressa conclusão sim podemos discutir isso na
can discuss it on Monday.
segunda-feira.
Ele não me mandou mensa-
He didn’t text me because  his
Because Porque: expressa motivo, razão gem porque seu celular estava
phone was broken.
quebrado.
If  Se: indica condição I’ll only go if  you
 you come with me. Eu só vou se você for comigo.
Já que você está indo a cozi-
Desde, já que: expressa a causa Since you’re going to the kitchen,
Since nha, você poderia me arranjar
ou o início de uma ideia could you fetc.h me some water?
um pouco de água?

ADVÉRBIOS

Advérbios são classes de palavras responsáveis por alterar o sentido do verbo. Dependendo do tipo de sentido
que conferem à oração, os advérbios podem ser classicados em advérbios de tempo, modo, lugar, armação,
negação, ordem, dúvida, intensidade, frequência e advérbios interrogativos. Veja a seguir a explicação para cada
tipo e seus respectivos exemplos.
Advérbios de tempo
Expressa o tempo em que a ação é realizada.
SHORTLY  We’ll be with you shortly. Estaremos com vocês brevemente.
IMMEDIATELY  Put your coat on immediately. Coloque seu casaco imediatamente.
SOON The doctor will be here soon. O médico estará aqui em breve.
LATELY  Why is she so upset lately?  Por que ela está tão chateada ultimamente?
NOW  Let’s go now. Vamos agora.

Advérbios de modo

Expressa o modo ou a maneira como a ação é realizada.

SLOWLY  He kissed me slowly. Ele me beijou vagarosamente.


CAREFULLY  You need to lift it carefully. Você precisa levantá-lo cuidadosamente.

GLADLY  They gadly received our gift. Eles alegremente receberam nosso presente.
BEAUTIFULLY  He plays the cello beautifully. Ele toca o violoncelo lindamente.
QUICKLY  I’ll try to nish it quickly. Tentarei terminar rapidamente.
110

Advérbios de lugar
Expressa o lugar em que a ação é realizada.

THERE  Did you see them there?  Você os viu lá?


WHEREVER We can go wherever you want. Nós podemos ir a qualquer lugar que você quiser.
BEHIND The shoes were behind the door. Os sapatos estavam atrás da porta
FURTHER He can’t be further from the truth. Ele não podia estar mais longe da verdade.
NEAR There’s na excelente pizza place near here. Há uma ótima pizzaria perto daqui.
Advérbios de armação
Expressa certeza com relação à ação em questão.

SURELY She surely knows how to dance. Ela certamente sabe dançar.
INDEED They indeed hate you. Eles de fato te odeiam.
CERTAINLY  John certainly didn’t mean no harm. John certamente não quis fazer mal algum.
EVIDENTLY  The kids evidently love their parents. As crianças evidentemente amam seus pais.
OBVIOUSLY  He obviously loves you. Ele obviamente te ama.

Advérbios de negação
Expressa negação quanto a ação em questão.

NO No, we can’t. Não, nós não podemos.


NOT  He is not the guy for you. Ele não é cara para você.

Advérbios de ordem
Expressa a sequência ou a ordem em que as ações na oração são realizadas.

FIRST  You said it rst! Você disse primeiro!


SECONDLY   And, secondly
secondly,, I’m really bad at making friends. E, em segundo lugar, eu sou ruim em fazer amigos.
Em terceiro lugar, eles nem mesmo entenderam o que
THIRDLY  Thirdly, they didn’t even understand what I said.
eu disse.

LASTLY  Lastly, they played my favorite song. Por último, eles tocaram minha música favorita.
Advérbios de dúvida
Expressa dúvida ou questionamento quanto à ação.

MAYBE  Maybe she doesn’t like cats. Talvez ela não goste de gatos.
POSSIBLY   Anna possibly speaks Chinese. Anna possivelmente fala chinês.
PERHAPS Perhaps I should be studying math. Talvez eu deva estudar matemática.
PROBABLY  They probably had too much to drink. Eles provavelmente beberam demais.

Advérbios de intensidade
Expressa a intensidade com a qual a ação é realizada.    A
   S
   E
   L
STRONGLY  She strongly agrees with them. Ela concorda veementemente com eles.    G
   N
   I 
BARELY  They barely talked to me. Eles mal falaram comigo.    A
   U
   G
EXACTLY  He knew exaclty what I wanted. Ele sabia exatamente o que eu queroa.    N
    Í
   L
 
My parents gave me nearly enough money to Meus pais me deram dinheiro quase o suciente para
NEARLY 
travel. eu viajar.
QUITE  I’m not quite sure. Eu não tenho completa certeza.
111

Advérbios de frequência

Expressa a frequência em que uma ação é realizada.

RARELY  He rarely calls. Ele raramente liga.


NEVER Mom never says how much she cares. Mamãe nunca diz o quanto ela se importa.
USUALLY  I usually wake up at 7. Eu geralmente me levanto às 7.
OFTEN Ian often visits his grandparents. Ian frequentemente visita seus avós.
 ALWA
 ALWAYS She’s always so clever. Ela é sempre tão esperta.

Advérbios interrogativos

Mudam de forma interrogativa a maneira como a ação é realizada.

WHEN When is she coming?  Quando ela vem?


WHERE  Did you she where she went?  Você viu onde ela foi?
HOW  How much do you feed your dog?  Quanto você alimenta o seu cachorro?
WHY  Why didn’t they come?  Por que eles não vieram?

PREPOSIÇÕES
Assim como no português, as preposições na língua inglesa são elementos que funcionam como conectivos
entre orações, ligando-as de acordo com a relação que se pretende estabelecer entre uma informação e outra,
completando o sentido de uma frase por completo. Algumas preposições são recorrentes e aparecem em quase
toda comunicação verbal na língua inglesa. Conheça a seguir algumas delas:

IN DENTRO DE; EM; DE; NO; NA.


Usamos a preposição in para indicar tempo.
She was born in July.
(Ela nasceu em julho)
Usamos a preposição in para indicar lugar.
Oliver lives in Romenia.
(Oliver mora na Romênia)
Usamos a preposição in para indicar que um objeto ou pessoa está dentro de um determinado local.
Her pencils are in her pencil case.
(Os lápis dela estão em seu estojo)
Lucas is working in his bedroom.
(Lucas está trabalhando em seu quarto)

AT À; À S ; E M; N A; N O
Usamos a preposição at para falar as horas.
Is this meeting at 5 pm? 
(Esta reunião é às 17h?)
Usamos a preposição at   para falar sobre endereços completos (com número, nome da rua, entre outros
elementos).
They live at 97 Broadway Street, California.
(Eles moram na Rua Broadway, número 97, na Califórnia)
Usamos a preposição at  para
 para indicar locais especícos.
He works at  the
 the National Bank.
(Ele trabalha no Banco Nacional)
Will you be waiting for us at  the
 the airport? 
(Você estará esperando por nós no aeroporto?)

112

Além destas preposições, existem diversas outras


ON SOBRE
SOBRE A; EM CIM
CIMA
A DE;
DE; AC
ACIMA
IMA DE
DE;; EM
EM;; NO
NO;; NA. que indicam lugar e lugar. Conra a seguir:
Usamos a preposição on para indicar tempo de
modo especíco. PR E PO SIÇ Õ ES DE T E M PO SIGN IFICADO
She was born on July 17th, 1992.
(Ela nasceu em 17 de julho de 1992) Before Antes
Usamos a preposição on antes dos dias da semana.
 After  Depois
We have to work on the weekend.
(Nós temos que trabalhar no m de semana) During Durante
Ron never
(Ron nuncagoes joggingaos
faz cooper on Sundays.
domingos.) Since Desde
Usamos a preposição on para indicar que um
For  Por
objeto ou pessoa sobre determinada superfície.
Her pencils are on her desk. Until/till Até
(Os lápis dela estão em sua escrivaninha)
Joseph is dancing on the stage. From Desde, da, das
(Joseph está dançando no palco)
Up to Até agora
Usamos a preposição on para indicar endere-
ços (apenas nomes). By  Até
The ofce is on Maple Avenue.
(O escritório é na avenida Maple)  At  Às
Usamos a preposição on  para falar de meios
onde informações estão disponíveis.  Ago Atrás
We watch the Oprah Winfrey show on TV TV.. Past  Antes (hora)
(Nós assistimos ao show da Oprah Winfrey na TV)
You can purchase our products on our website.
(Você pode adquirir nossos produtos em nosso site) P R EP OS IÇ ÕE S DE
DE LU
LU GA R SI G NIF IC A DO
On Sobre

F OR PAR A; D UR ANT E; P OR; H Á. Under  Debaixo

Usamos a preposição for para indicar a nali-


nali- In Em
dade de algo.  Above Acima
My wife uses our porch area for  painting.
 painting.
(Minha esposa usa nossa área da sacada para In front  Em frente à
pintar)
Usamos a preposição for para expressar o mo-  Across Do outro lado
tivo ou o propósito do objeto em questão. Below  Abaixo
This store is for  women
 women only.
(Esta loja é apenas para mulheres)  Along Ao longo de
Usamos a preposição for para indicar a duração
de tempo de algum evento ou acontecimento. Behind Atrás
He has been working in that company for  eleven
 eleven Beside Ao lado
 years.
(Ele trabalha naquela empresa há onze anos) Between Entre
You’ve been in the bathroom for  half
 half an hour.
(Você está no banheiro há uma hora)  Among Entre
By  Ao lado de
Far from Longe de
TO PAR A; A.
Near  Perto
Usamos a preposição to para indicar deslo-
camento de um local ao outro, movimento ou Inside Dentro
destino.
His family is moving to Australia in a month. Outside Fora
(A família dele vai se mudar para a Austrália Next to Próximo a/ao
em um mês)    A
   S
Grandma is going to the store. Through Através    E
   L
(A vovó está indo à loja)    G
Toward Em direção a    N
   I
Usamos
de tempoa preposição to para indicar
de um acontecimento a duração
entre seu iní-
 
   A
   U
cio e seu m. ARTIGO    G
   N
    Í
We studied together from 2011 to 2016. No inglês, temos duas classes de artigos: artigo    L
 
(Nós estudamos juntos de 2011 a 2016)
denido e indenido, sendo o artigo denido o the (o,
Usamos a preposição to para estabelecer
a, os, as) e os artigos indenidos o a, an (um, uma, uns,
comparação.
We prefer drinking juice to drinking soda. umas). Algumas regras devem ser aplicadas para o
uso correto do artigo denido the. Conra: 113

z    Não se deve usar o artigo the


the antes
 antes de nomes pró- z    Usa-se o the
the antes
 antes de nomes de uviais como rios,
prios, como Joana, Bianca, Vancouver, São Paulo mares, canais e oceanos.
etc.).
The Nile is the longest river on Earth. (O Nilo é o
  Incorreto: The Bianca is a very nice girl”
girl ” (A Bian- rio mais longo do mundo)
ca é uma garota muito legal)   They sailed through the Pacic Ocean. (Eles veleja-
  Correto:
Correto: Bianca is a very nice girl (Bianca é uma ram pelo Oceano Pacíco)
 garota muito legal)
z  Usa-se o the
the   antes de áreas geográcas do plano
cartesiano (norte, sul, leste, oeste etc.)
Importante!!
Importante
Há uma exceção para o caso de nomes próprios:   The northeast of Brazil is a dry place
place (O
 (O nordeste do
pode-se usar o artigo the  quando falamos de Brasil é um local árido)
uma família de pessoas usando seu sobrenome,   They went to the south
south.. (Eles foram para o sul)
Ex.:  the Martins (os Martins) , , the Kennedy (os
z    Usa- se o the antes de adjetivos que tomam forma
Kennedy), the Willsons (os Willsons), etc.
de substantivos no plural.

z    Não se deve usar o the antes de substantivos que   She could smell the owers from her room.  (Ela
expressam ideia de generalização, caso contrá- podia sentir o cheiro das ores de seu quarto)
rio a ideia expressa passa a ser sobre um grupo   They love driving the race cars.
cars. (Eles
 (Eles amam dirigir
especíco. os carros de corrida)

Incorreto: The monkeys eat bananas (Os


Incorreto: bananas (Os macacos z    Usa-se o the
the   antes de nomes de grupos de ilhas,
comem bananas) cadeias, montanhas e golfos.
Correto:: Monkeys eat bananas (Macacos
Correto bananas (Macacos comem
bananas).   They went to the Bahamas.
Bahamas.   (Eles foram para as
Bahamas)
z    Não se deve usar o the
the antes
 antes de idiomas, como Ger-   She visited The Maldives on her birthday
birthday.. (Ela visi-
man, English, French, Italian etc. tou as Ilhas Maldivas em seu aniversário)
  Incorreto:: They study the Portuguese at school. 
Incorreto school.  z    Usa-se o the antes de países com nomes compostos
(Eles estudam o português na escola) ou que expressam plural.
  Correto: They study Portuguese at school. 
Correto: school.  (Eles
estudam português na escola)   The USA fought against Germany
Germany.. (Os Estados Uni-
dos lutaram contra a Alemanha)
Observe agora os casos em que se deve utilizar o   Have you ever been to The Netherlands?  (Você
 (Você já
artigo the: esteve nos Países Baixos)
z  Usa-se o the
the antes
 antes de substantivos únicos em sua z    Usa-se o the
the   antes de nomes de jornais, bancos e
espécie ou para referir-se a um único ser de modo instituições privadas bem como ONGs e órgãos
especíco: públicos:
  The ocean is still a mystery
mystery.. (O oceano ainda é um   The UNO decided to stop violence
violence.. (A Organização
mistério)
  The blue macaw is endangered
endangered.. (A arara-azul está das Nações Unidas decidiu parar a violência)
ameaçada de extinção)   The New York
Yorkerer just tweeted about itit.. (O New Yor-
  The cat was missing (O gato estava perdido) ker acabou de tuítar sobre isso)
  The National Bank was bankrupt
bankrupt.. (O Banco Nacio-
z    Usa-se o the
the   em orações cujo substantivo já foi nal estava falido)
mencionado anteriormente pelo interlocutor,
z    Usa-se o the
the antes
 antes de nomes de instrumentos musi-
pressupondo-se que a pessoa a qual a mensagem
se direciona já saiba do que se está falando. cais, ritmos e danças.

  The job is perfect for you!


you!   (O emprego é perfeito   She loves to play the piano ( Ela
Ela ama tocar piano)
  They were playing the tuba.
tuba. (Eles
 (Eles estavam tocando
para você!)
  They saw the damage and got worried.
worried. (Eles
 (Eles viram tuba)
o estrago e caram preocupados)   The tango is an Argentinian dance
dance (O
 (O tango é uma
dança argentina)
z z    Usa-se o the antes de nomes de construções e obras
  Usa-se o the
the para
bo terrestre. para falar de pontos especícos do glo-
glo- famosas.

  The Equator is a pointer for countries’ weather


weather   (O   We just saw the Eie Tower (Acabamos de ver a
Equador é um indicador para o clima dos países) Torre Eiel)
  They were discussing the Greenwich meridian sca-   The Coliseum is outstanding!
outstanding! (O
 (O Coliseu é incrível)
les. (Eles estavam discutindo sobre as escalas do   We love the Sistine Chapel
Chapel (Nós
 (Nós amamos a Capela
114 meridiano de Greenwich) Sistina)

z    Usa-se o the para nos referirmos ao elemento gra- and vice versa. Loan clerks sort and record informa-
matical de gradação comparativa (quanto mais..., tion about loans. Statement clerks are responsible
quanto menos...) for preparing the monthly balance sheets of checking
account customers. Securities clerks record, le, and
The less we speak the better.
better. (Quanto menos falar- maintain stocks, bonds, and other investment certi-
certi -
cates. They also keep track of dividends and interest
mos, melhor) on these certicates.
  The more we study the more tired we get
get.. (Quanto
mais estudamos, mais cansadas camos)
  Other clerks operate the business machines on which
  The cheaper the clothes the worse their quality
quality..  modern banks rely. Proof operators  sort checks and
(Quanto mais barata a roupa, pior a qualidade) record the amount of each check. Bookkeeping clerks 
z    Usa-se o the antes de números ordinais. keep records
to these of eachbanks
specialists, customer’s account.clerical
need general In addition
help
— data entry keyers, le clerks, mail handlers, and
  She lives on the 1st oor. (Ela mora no 1º andar) messengers — just as any other business does.
  The party is on the 23rd of June. (A
June. (A festa é no 23º dia
de junho) Education and Training Requirements
Quanto aos artigos indenidos a  e an, é válido   Bank clerks usually need a high school education with
mencionar a diferença de uso entre ambas as pala- an emphasis on basic skills in typing, bookkeeping,
vras. Usamos a  quando o substantivo em seguida se and business math. Knowledge of computers and
inicia com uma consoante ou com o som de consoan- business machines is also helpful. Prospective bank
te; já o an
an,, usamos quando a palavra que o sucede se workers may be tested on their clerical skills when they
inicia com uma vogal ou com o som de uma vogal. are interviewed. Most banks provide new employees
with on-the-job training.
z   She is a t eacher.
eacher. (Ela é uma professora)
z    She is an engineer. (Ela é uma engenheira) Getting the Job

Algumas
grafadas compalavras especícas
letras iniciais em da língua inglesa
consoantes são
que não   Sometimes bank recruiters
for future employees. visit high
High school schools to
placement look
oces
possuem som ao serem pronunciadas, nestes casos can tell students whether this is the practice at their
usamos o artigo an. Ex.: an hour (uma
hour (uma hora); an homa- school. If not, prospective bank workers can apply
 ge   (uma homenagem); an honest man 
 ge man  (um homem directly to local banks through their personnel depart-
honesto. ments. Bank jobs may be listed with state and private
employment agencies. Candidates can also check
Internet job sites and the classied ads in local news -
papers as well.
Importante!
O uso de a  e an  serve apenas para o singular. Advancement Possibilities and Employment Outlook 
Quando os substantivos se apresentam no plural,
deve-se utilizar elementos quanticadores, como   Banks prefer to promote their employees rather than
many  (muitos),
 (muitos), much (muito), some (alguns), any   hire new workers for jobs that require experience.
(algum, nenhum), a few  (alguns),
 (alguns), etc. Clerks frequently become tellers or supervisors. Many
banks encourage their employees to further their edu-
cation at night.
  According to the U.S. Bureau of Labor Statistics,
employment of bank clerks was expected to decline
  HORA DE PRATICAR! through the year 2014, because many banks are elec-
tronically automating their systems and eliminating
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5. paperwork as well as many clerical tasks. Workers
with knowledge of data processing and computers will
have the best opportunities. In addition to jobs creat-
Bank Clerk Job Description ed through expansion, openings at the clerical level
often occur as workers move up to positions of greater
Denition and Nature of the Work  responsibility.
  Banks simplify people’s lives, but the business of bank- Working Conditions
ing is anything but simple. Every transaction — from
cashing a check to taking out a loan — requires care-   Although banks usually provide a pleasant working    A
ful record keeping. Behind the scenes in every bank or atmosphere, clerks often work alone, at times per-    S
   E
savings and loan association there are dozens of bank forming repetitive tasks. Bank clerks generally work    L
clerks, each an expert at keeping one area of he bank s    G
between thirty-ve and forty hours per week, but they    N
   I 
business running smoothly. may be expected to take on evening and Saturday    A

shifts depending on bank hours.    U


   G
  New account clerks open and close accounts and    N
    Í
answer questions for customers. Interest clerks record Earnings and Benets    L
 
interest due to savings account customers, as well as
the interest owed to the bank on loans and other invest-   The salaries of bank clerks vary widely depending on
ments. Exchange clerks, who work on international the size and location of the bank and the clerk’s expe-
accounts, translate foreign currency values into dollars rience. According to the Bureau of Labor Statistics, 115

median salaries ranged from $23,317 to $27,310 per   Leia o texto a seguir para responder às questões de 6 a 10.
year in 2004 depending on experience and title. Gen-
erally, loan clerks are on the high end of this range, Why Millennials Don’t Like Credit Cards
whereas general oce clerks are on the lower end.
  Banks typically offer their employees excellent ben- by Holly Johnson
ets. Besides paid vacations and more than the usu-
usu-
al number of paid holidays, employees may receive   Cheap, easy credit might have been tempting to young
health and life insurance and participate in pension people in the past, but not to today’s millennials. Accord-
and prot-sharing plans. Some banks provide nancial ing to a recent survey by Bankrate of over 1,161 consum-
aid so that workers can continue their education. ers, 63% of adults ages 18 to 29 live without a credit card
of any kind, and another 23% only carry one card.
Available at: <http:/
<http://careers.stateuniversity
/careers.stateuniversity.com/pages/151/
.com/pages/151/ Bank-
Clerk.html>. Retrieved on: Aug. 22, 2017. Adapted.
  The Impact of the Great Recession
1. (CESGRANRIO – 2018) In “Candidates can also check   Research shows that the environment millennials grew
Internet job sites and the classied ads in local news-
news - up in might have an impact on their nances. Unlike
papers as well”, the modal verb can is replaced, with-
with- other generations, millennials lived through econom-
out change in meaning, by: ic hardships during a time when their adult lives were
beginning. According to the Bureau of Labor Statistics,
a) Should. the Great Recession caused millennials to stray from
b) Must. historic patterns when it comes to purchasing a home
c) Will. and having children, and a fear of credit cards could be
d) May. another symptom of the economic environment of the
e) Need. times.
  And there’s much data when it comes to proving that
2. (CESGRANRIO – 2018) The main purpose of the text is to: millennials grew up on shaky economic ground. The
Pew Research Center reports that 36% of millennials
a) Introduce the many categories of bank clerks one can lived at home with their parents in 2012. Meanwhile,
the unemployment rate for people ages 16 to 24 was
b) nd in a an
Present nancial institution.
overview of the career of
of of a bank clerk
clerk to an 14.2% (more than twice the national rate) in early
eventual future professional. 2014, according to the BLS. With those gures, it’s no
c) Denounce the disadvantages associated with the clerk wonder that millennials are skittish when it comes to
profession. credit cards. It makes sense that young people would
d) Discuss all the benets offered to employees who be afraid to take on any new forms of debt.
work in a bank.
e) Ask for changes
changes in the way bank recruiters
recruiters select their   A Generation Plagued with Student Loan Debt
future employees.   But the Great Recession isn’t the only reason millenni-
als could be fearful of credit. Many experts believe that
3. (CESGRANRIO – 2018) The fragment “Banks simplify the nation’s student loan debt level might be related
people’s lives, but the business of banking is anything to it. According to the Institute for College Access &
but simple” means that banking is a(n): Success, 71% of millennials (or 1.3 million students)
who graduated from college in 2012 left school
s chool with at
a) Ordinary occupation. least some student loan debt, with the average amount
b) Elementary job. owed around $29,400.
c) Complex activity.   With so much debt already under their belts, millen-
d) Trivial profession. nials are worried about adding any credit card debt to
e) Easy business. the pile. After all, many adults with student loan debt
need to make payments for years, and even decades.
4. (CESGRANRIO – 2018) In “In addition to these spe-
cialists, banks need general clerical help”, the phrase   How Millennials Can Build Credit Without a Credit
these specialists refers to: Card
  The fact that millennials are smart enough
enough to avoid
a) “messengers”. credit card debt is a good thing, but that doesn’t mean
b) “mail handlers”. the decision has its drawbacks. According to Experi-
c) “proof operators” and “bookkeeping clerks”. an, most adults need a positive credit history in order
d) “data entry keyers”. to qualify for an auto loan or mortgage. Even worse,
e) “le clerks”. having no credit history is almost as bad as having a
negative credit history in some cases.
5. (CESGRANRIO – 2018) In the sentence of the text
“Generally,, loan clerks are on the high end of this range,
“Generally   Still, there are plenty of ways millennials can build a
whereas  general oce clerks are on the lower end”, credit history without a credit card. A few tips:
the word whereas:   z Make payments on installment loans on time. Wheth-
er it’s a car loan, student loan or personal loan, make
a) Expresses a contrast. sure to mail in those payments on time and pay at least
b) Highlights a problem. the minimum amount required.
c) Imposes a condition.   z Put at least one household or utility bill in your name.
d) Introduces an example. Paying your utility or household bills on time can help
116 e) Points out a solution. you build a positive credit history.

  z  Get a secured credit card. Unlike traditional credit   Leia o texto a seguir para responder às questões de 11
cards, the funds secured credit cards offer are backed by a 15.
money the user deposits. Signing up for a secured card is
one way to build a positive credit history without any risk. Financial System
  The fact that millennials are leery of credit cards is prob-
ably a good thing in the long run. After all, not having a   People have virtually unlimited needs, but the eco-
credit card is the perfect way to stay out of credit card nomic resources to supply those needs are limited.
debt. Even though it might be harder to build a credit his- Therefore, the greatest benet of an economy is to
tory without credit cards, the vast majority of millennials provide the most desirable consumer goods and ser-
have decided that the plastic just isn’t worth it. vices in the most desirable amounts – what is known
Available at: <http:/
<http://money.usnew
/money.usnews.com/money/blogs/my-
s.com/money/blogs/my- as t he ecient allocation of economic resources . To
money/2014/11/04/why-millennials-dont-like-creditcards>.
money/2014/11/04/why-millennials-dont-like-c reditcards>. Retrieved
on: Nov. 10th, 2014. Adapted. produce
capital inthese consumer
the form goods
of labor, land,and services
capital requires
goods used
to produce a desired product or service, and entrepre-
6. (CESGRANRIO – 2015) In the sentence of the text “Still, neurial ability to use these resources together to the
there are plenty of ways millennials can build a credit
greatest eciency in producing what consumers want
history without a credit card”, the quantier plenty of
most. Real capital consists of the land, labor, tools and
can be replaced, with no change in meaning, by:
machinery, and entrepreneurial ability to produce con-
a) some. sumer goods and services, and to acquire real capital
b) few. costs money.
c) a few.   The nancial system of an economy provides the
d) a little. means to collect money from the people who have it
e) lots of. and distribute it to those who can use it best . Hence,
the ecient allocation of economic resources   is
7. (CESGRANRIO – 2015) The main purpose of the text is to: achieved by a nancial system that allocates mon -
a) Explain the millennials’ credit card
card affection.
affection. ey to those people and for those purposes(C) that will
b) Defend the millennials’ fear
fear of credit
credit card use. yield the greatest return(d).
c) Describe the millennials’ attitude towards the credit card.   The nancial
services (e) system by
  provided is composed of the products
nancial institutions(a) and 
, which
d) Present the millennials’ credit card historical background.
e) Demonstrate the millennials’
millennials’ need of credit card use to include banks, insurance companies, pension funds,
build a credit history. organized exchanges, and the many other  compa-
nies(b)  that serve to facilitate economic transactions.
8. (CESGRANRIO – 2015) The sentence of the text “With Virtually all economic transactions are effected by
so much debt already under their belts, millennials are one or more of these nancial institutions. They create
worried about adding any credit card debt to the pile” nancial instruments, such as stocks and bonds, pay
conveys the idea that millenials have: interest on deposits, lend money to creditworthy bor-
rowers, and create and maintain the payment systems
a) Piles of bills to pay every month,
month, but they can use their of modern economies.
credit cards moderately
moderately..
  These nancial products and services are basedon the
b) So many bills to pay that credit card card bills wouldn’t
wouldn’t
following fundamental objectives of any modern nan- nan-
make much difference.
c) So many bills
bills to pay
pay that they have to sell their belongings. cial system:
z to provide a payment system;
d) So much debt
debt to pay that they can’t
can’t afford another one.
e) No credit cards simply because they don’t don’t like them.   z to give money time value;

  z to offer products and services to reduce nancial risk


9. (CESGRANRIO – 2015) In the sentence of the text “the or to compensate risk-taking for desirableobjectives;
Great Recession caused millennials to stray from his- z to collect and disperse information that allows the
toric patterns when it comes to purchasing a home most ecient allocation of economic resources;
and having children”, the word stray can be replaced,   z to create and maintain nancial markets that provide
with no change in meaning, by: prices, which indicates how well investments are per-
forming, which also determines the subsequent alloca-
a) stem. tion of resources, and to maintain economic stability.
b) start.
c) range. Available at: <http:/
<http://thismatter.com
/thismatter.com/money/banking/
/money/banking/ nancial-
d) follow. system.htm>. Retrieved on: July 27th, 2015. Adapted.
e) deviate.    A
   S
11. (CESGRANRIO – 2015) The relative pronoun which in    E
10. (CESGRANRIO – 2015) The word skittish, in the sen-    L
the fragment of the text “which include banks, insur-    G
tence of the text “With those gures, it’s no wonder    N
   I 
ance companies, pension funds, organized exchanges,
that millennials are skittish  when it comes to credit    A
cards”, can be replaced, with no change in meaning, by:
by: and the many other companies” refers to:    U
   G
    Í
   N
a) uncertain. a) nancial institutions.    L
 
b) enthusiastic. b) other companies.
c) depressed. c) purposes.
d) determined. d) return.
e) secure. e) products and services. 117

12. (CESGRANRIO – 2015) From the sentence of the text   Business leaders, in particular, have argued that there
“The nancial system of an economy provides the is a profound disconnect between what schools are
means to collect money from the people who have it teaching and what is actually required for a worker to
and distribute it to those who can use it best”, it can be succeed in a globalized, innovation-driven, and knowl-
inferred that people who: edge-based modern economy. “There are very talented
people in the region. All they need is a chance to devel-
a) Can use the money most eciently are those who op,” says Felipe Vergara, co-founder of Lumni, a com-
com -
have much money. pany that invests in students’ education in exchange
b) Operate the nancial system of an economy collect
collect for a xed portion of the income they will go on to
and distribute money the best way. receive with their improved career path.
c) Receive the distributed
distributed money don’t
don’t know how
how to use it   At the same time that the private sector is beginning
best. to take matters into its own hands, a new report from a
d) Have much money
money and know how to use it best are the
same. team of Inter-American
researchers, Development
led by Marina Bassi andBank
Jaimeeducation
Vargas,
e) Operate the nancial system of an economy collect
collect has shed new light on the failures of Latin American
themoney and keep it. education systems to prepare students for the job
13. (CESGRANRIO – 2015)  In the fragment of the text market. Entitled “Disconnected: Skills, Education and
“Hence, the ecient allocation of economic resourc-
resourc - Employment in Latin America”, the report uses surveys
es”, the connector Hence conveys an idea of: of both students and employers across the region to
understand why and how this gap in skills is occurring.
a) Emphasis.   The results are surprising. While access has increased,
b) Time sequence. in two other critical areas - quality and relevance - there
c) Contrast. has been little to no progress, leaving students unpre-
d) Conclusion. pared for the demands of the modern workplace. The
e) Addition. employers surveyed all pointed to the importance of
what are known as “socio-emotional skills”, in contrast
14. (CESGRANRIO – 2015) In the fragment of the text “the to traditional cognitive skills such as literacy and basic
ecient allocation of economic resources is achieved mathematics. Socio-emotional skills relate to person-
by a nancial system that allocates money to those ality, and include punctuality, politeness, work ethics,
people andthe
est return”, for verb
thoseform
purposes thatbe
yield can will yield thewithout
replaced, great- responsibility, empathy, and adaptability, and are espe-
cially critical for workers and managers in a globalized
change in meaning, by: economy dened by its unpredictability and dynamism.
  While high costs are certainly playing a role, it is clear
a) produce. that addressing the skills gap in Latin America will
b) slow down. require a multifaceted approach. As the authors of “Dis-
c) cut. connected” argue, schools must nd ways to become
d) interrupt. more engaged with the productive economy that sur-
e) diminish. rounds them, and improve their ability to instill and eval-
15. (CESGRANRIO – 2015) According to the text, a deni-
deni- uate the type of skills that the private sector is looking
tion for the expression “the ecient allocation of eco-
eco - for. This effort should go beyond increasing the access
nomic resources” is: and completion of secondary school. It should involve
more research, better teacher recruitment and evalu-
a) Provision of the most desirable
desirable consumer goods
goods and ation, and incentives for developing socioemotional
services in limited amounts skills.
b) Provision of the most desirable
desirable consumer goods
goods and   Companies have a strong role to play, and some of
services in unlimited amounts them are just not giving up. As Juan Iramain, Vice Pres-
c) Production of economic resources in unlimited ways ident of Public Affairs and Communications in Coca
d) Production of economic resources in sucient
sucient amounts Cola’s South Latin region, puts it, “at the Coca-Cola
e) Provision of the most desirable
desirable consumer goods
goods and Company we understand that in order to catch up with
services in the most desirable amounts the necessary level of sustainability of the globalized
world, our business should rely on the sustainability of
  Leia o texto a seguir para responder às questões de 15 the communities in which we operate. For some time
a 20. now, therefore, we have been dealing with specialized
NGOs to strengthen the work of parents and school.
Better Education Quality Needed The aim is not only for students to complete the school
year, but also that they incorporate the curiosity and
  Formal education and skills aren’t connecting in Latin lifelong learning capabilities needed to work in the
America. labor market of the 21st century. We just can’t put up
with a school program that cannot prepare youngsters
By Gabriel Sanchez Zinny  for a better society”.
  But above all, as the authors Marina Bassi and Jaime
  Education advocates in Latin America have long Vargas have argued, we must continue this dialogue
pushed for expanded access for all students. Indeed,
access has improved, with secondary school comple- between governments
education reform can and
lead the private sector
to increased so that
opportunity
tion rates climbing from 30 to 50 percent over the past and economic development across the region.
two decades. However, there is a growing realization
that greater access alone will do little good without
Available at: http://www.latin
http://www.latinbusinesschronicle.com/app/article.
businesschronicle.com/app/article.
118 higher quality. aspx?id=5623>. Retrieved on: 20 May 2012. Adapted.

16. (CESGRANRIO – 2013) According to the text, in Latin


America, education advocates: 7 C
8 D
a) Have reason to suppose that secondary education
problems have all ended. 9 E
b) Have reason to suppose that secondary education
problems with quality have improved. 10 A
c) Can be happy because education quality rate has 11 A
climbed over 30 percent.
d) Could be happy concerning
concerning students’ access to sec- 12 B
ondary school and completion of the course.
e) Should be very concerned with the poor rate of access 13 D
to secondary school. 14 A
17. (CESGRANRIO – 2013) The failures of Latin American 15 E
education systems have been pointed out by:
16 D
a) Students. 17 D
b) The job market.
c) The private sector business. 18 A
d) A team of education
education researchers.
researchers. 19 E
e) Business leaders such as Marina Bassi and Jaime Vargas.
20 C
18. (CESGRANRIO – 2013) An example of socio-emotion-
al skill is:

a) Work ethics.
b) Intelligence.  ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES
c) Basic math knowledge.
d) General culture knowledge.
e) Reading and writing abilities.

19. (CESGRANRIO – 2013) In the excerpt of the text – “are


especially critical for workers and managers in a glo-
balized economy dened by its  unpredictability and
dynamism.”” – the possessive pronoun its refers to:
dynamism.

a) workers.
b) unpredictability.
c) managers.
d) dynamism.
e) economy.

20. (CESGRANRIO – 2013) What measure has not proven


sucient in the past to address the skills gap in Latin
American Education?

a) Lowering the high costs of education.


b) Adopting a multifaceted approach.
c) Increasing the
the access and completion
completion rates.
rates.
d) Incrementing school’s engagement with the produc-
tive economy.
e) Fostering incentives for developing
developing socio-emotional
skills.

9  GABARITO
   A
   S
   E
1 D    L
   G
   N
   I 
2 B    A
   U
3 C    G
   N
    Í
   L
4 C  

5 A
6 E
119
 

 ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES

120
 

A soma ou subtração de um número par com outro


ímpar tem resultado ímpar.
Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.

MATEMÁTICA A multiplicação de números pares tem resultado par.


Ex.: 8 x 6 = 48.

A multiplicação de números ímpares tem resulta-


do ímpar:
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS, Ex.: 3 x 7 = 21.
REAIS E PROBLEMAS DE CONTAGEM
A multiplicação de um número par por um núme-
NÚMEROS NATURAIS ro ímpar tem resultado par:

Operações e Propriedades Ex.: 4 x 5 = 20.


NÚMEROS INTEIROS
Os números construídos com os algarismos de 0 a
9 são chamados de naturais. O símbolo desse conjun- Os números inteiros são os números naturais e
to é a letra N e podemos escrever os seus elementos seus respectivos opostos (negativos). Veja:
entre chaves: Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa
17, …} importante é saber que todos os números naturais
Os três pontos, as reticências, indicam que este são inteiros, mas nem todos os números inteiros são
conjunto tem innitos números naturais. naturais. Logo, podemos representar através de dia-
O zero não é um número natural propriamente
gramas e armar que o conjunto de números naturais
dito, pois não é um número de “contagem natural”.
Por isso, se utiliza o símbolo N* para designar os está contido no conjunto de números inteiros ou ain-
números naturais positivos, isto é, excluindo o zero. da que N é um subconjunto de Z. Observe:
Veja: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…}
O símbolo do conjunto dos números naturais é
a letra N 
N  e podemos ter, ainda, o símbolo N*,
N*, que
representa os números naturais positivos, isto é,
excluindo o zero.
Conceitos básicos relacionados aos números
naturais:

z  Sucessor: é o próximo número natural. Z N

Exemplo: o sucessor de 4 é 5 e o sucessor de 51 é


52. E o sucessor do número “n” é o número “n+1”.

z Antecessor: é o número natural anterior.

Exemplo: o antecessor de 8 é 7 e o antecessor de 77


é 76. E o antecessor do número “n” é o número “n-1”.
Podemos destacar alguns subconjuntos de núme-
z Números consecutivos: são números em sequência. ros. Veja:

Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém z  Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja
10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1) são números que são os números naturais.
consecutivos. z  Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}.
Veja que o zero também faz parte deste conjunto,
z  Números naturais pares: é aquele que, ao ser divi- pois ele não é positivo nem negativo.
dido por 2, não deixa resto. Por isso o zero também z  Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero
é par. Logo, todos os números que terminam em 0,
2, 4, 6 ou 8 são pares. não faz parte.
z  Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen-
z  Números naturais ímpares: ao serem divididos por
2, deixam resto 1. Todos os números que terminam te, o zero não faz parte.      A
     C
     I
em 1, 3, 5, 7 ou 9 são ímpares.      T
Operações com números inteiros       Á
     M
A soma ou subtração de dois números pares tem      E
resultado par. Há quatro operações básicas que podemos efetuar      T
     A
Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4. com estes números são: adição, subtração, multiplica-      M

A soma ou subtração de dois números ímpares tem ção e divisão.


resultado par. z  Adição: é dada pela soma de dois números. Ou
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6. seja, a adição de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25 121

Veja mais alguns exemplos:


Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18 SINAIS NA MUL
MULTIPLICAÇÃO
TIPLICAÇÃO
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85 Operações Resultados
Principais propriedades da operação de adição: + + +
z Propriedade comutativa: a ordem dos números - - +
não altera a soma.
+ - -
Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115. - + -
z Propriedade associativa: quando é feita a adição
de 3 ou mais números, podemos somar 2 deles, pri-
pri-
meiramente, e depois somar o outro, em qualquer Importante!
ordem, que vamos obter o mesmo resultado.
z A multiplicação de números de mesmo sinal
Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10 tem resultado positivo.
Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
z  Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da z A multiplicação de números de sinais diferen-
adição, pois qualquer número somado a zero é tes tem resultado negativo.
igual a ele mesmo. Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75
Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55.
As principais propriedades da operação de
z  Propriedade do fechamento: a soma de dois núme- multiplicação:
ros inteiros sempre gera outro número inteiro.
z  Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou
Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o
número inteiro 10 (8 + 2 = 10). seja, a ordem não altera o resultado.

z  Subtração: subtrair dois números é o mesmo que Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40.


diminuir, de um deles, o valor do outro. Ou seja,
subtrair 7 de 20 signica retirar 7 de 20, restando z  Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B)
13: 20 – 7 = 13. x A, que é igual a (A x C) x B.
Veja mais alguns exemplos: Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24.
Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20
z  Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
As principais propriedades da operação de tro da multiplicação, pois ao multiplicar 1 por
subtração: qualquer número, este número permanecerá
inalterado.
z  Propriedade comutativa: como a ordem dos núme-
ros altera o resultado, a subtração de números não Ex.: 15 x 1 = 15.
possui a propriedade comutativa.
z  Propriedade do fechamento: a multiplicação de
Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130. números inteiros sempre gera um número inteiro.
z Propriedade associativa: não há essa propriedade Ex.: 9 x 5 = 45
na subtração.
z
  subtração,
Elemento neutro: o zero
pois, ao é o elemento
subtrair zero de neutro da
qualquer z  Propriedade distributiva: essa propriedade é
número, este número permanecerá inalterado. exclusiva da multiplicação. Veja como ca: Ax(B+C)
= (AxB) + (AxC)
Ex.: 13 – 0 = 13.
Ex.: 3x(5+7) = 3x(12) = 36
z  Propriedade do fechamento: a subtração de dois Usando a propriedade:
números inteiros sempre gera outro número 3x(5+7) = 3x5 + 3x7 = 15+21 = 36
inteiro.
z  Divisão: quando dividimos A por B, queremos
Ex.: 33 – 10 = 23. repartir a quantidade A em partes de mesmo
valor, sendo um total de B partes.
Multiplicação: a multiplicação funciona como se
fosse uma repetição de adições. Veja:
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50
A multiplicação 20 x 3 é igual à soma do número 20 em 10 partes de mesmo valor. Ou seja, nesse caso tere-
três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do número 3 vinte mos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10
vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3). x 5 = 50. Ou ainda podemos somar 5 unidades 10 vezes
Algo que é muito importante e você deve lembrar consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50.
sempre são as regras de sinais na multiplicação de Algo que é muito importante e você deve lembrar
122 números. sempre são as regras de sinais na divisão de números.

SINAIS NA DIVISÃO Dica


Operações Resultados
Qualquer número natural é também inteiro e todo
número inteiro é também racional.
+ + +
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos
- - + representar por meio de diagramas a relação entre os
+ - - conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:

- + -
Q

z  A multiplicação de números de mesmo sinal tem


resultado positivo.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3
Z N
z A multiplicação de números de sinais diferentes
tem resultado negativo.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24

Esquematizando:

Dividendo Representação fracionária e decimal


Divisor
30 5 Há 3 tipos de números no conjunto dos Números
Racionais:
0 6
Quociente z  Frações:
Resto
8 3 7
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto Ex.: 3
, 5
, 11
 etc.
30 = 5 · 6 + 0
z  Números decimais.
As principais propriedades da operação de divisão:
Ex.: 1,75
z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa
z Dízimas periódicas.
propriedade.
z  Propriedade associativa: a divisão não possui essa Ex.: 0,33333...
propriedade.
Operações e propriedades dos números racionais
  Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número z  Adição de números decimais: segue a mesma lógi-
por 1, o resultado será o próprio número. ca da adição comum.
Ex.: 15 / 1 = 15.
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4
z  Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
z  Subtração de números decimais: segue a mesma
uma diferença enorme dentro das operações de
números inteiros, pois a divisão não possui essa lógica da subtração comum.
propriedade, uma vez que ao dividir números Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
inteiros podemos obter resultados fracionários ou
decimais. z  Multiplicação de números decimais: aplicamos o
mesmo procedimento da multiplicação comum.
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos
números inteiros). Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05

NÚMEROS RACIONAIS z  Divisão de números decimais: devemos multipli-      A


car ambos os números (divisor e dividendo) por      C
     I
     T
São aqueles que podem ser escritos na forma da uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de       Á
modo a retirar todas as casas decimais presentes.      M
divisão (fração) de dois números inteiros. Ou seja,      E
Após isso, é só efetuar a operação normalmente.      T
escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B      A
     M
são números inteiros. Ex.: 5,7 ÷ 1,3
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também,
que os números 87, 321 e 1221 são racionais, pois são 5,7
1,3 × 100 = 570
130
divididos pelo número 1. 570 ÷ 130 = 4,38 123

NÚMEROS REAIS Sendo “n” um número natural, observe como


desenvolver o fatorial de n:
É o conjunto que envolve todos os outros conjuntos,
ou seja, aqui encontramos os números naturais, inteiros n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2
e racionais envolvidos de uma única maneira. Dentro 1! = 1
dos números reais podemos envolver todos os outros 0! = 1
números dentro das operações matemáticas, sejam elas
de adição, subtração, multiplicação ou divisão. Exemplos:
O símbolo desse conjunto é a letra R e podemos
representar por meio de diagramas a relação entre os 3! = 3 · 2 · 1= 6
conjuntos naturais, inteiros, racionais e reais. Veja 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120

Agora, veja esse outro exemplo:


6!
Calcular 4!
Q Resolução:
6! 6·5·4·3·2·1
= = 6 · 5 = 30
4! 4·3·2·1  
Z N
Poderíamos também resolver abrindo o 6! até 4! e
depois simplicar. Veja:
6! 6·5·4!
4!
=
4!
 = 6 · 5 = 30

Princípio Fundamental da Contagem
Podemos, também, encontrar como princípio mul-
Operações e propriedades dos números reais tiplicativo. Vamos esquematizar uma maneira que vai
ser bem simples para resolvermos problemas sobre o
z  Adição de números reais: segue a mesma lógica da tema, observe o lembrete:
adição comum. 1. Identicar as etapas do enunciado;
2. Calcular todas as possibilidades
possibilidades em cada etapa;
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4 3. Multiplicar.
5 + 37,8 + 120 = 162,8
55 + 83 + 205 = 343 Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-For-
taleza-São Paulo, você pode escolher como meio de
z  Subtração de números reais: segue a mesma lógica transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas
da subtração comum. maneiras posso escolher os transportes?
Resolução: Usando o lembrete acima:
Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
25 – 63 = -38 1. Identicar as etapas do enunciado;
41 – 0,75 – 4,8 = 35,45   Escolher o meio de transporte para ida e para a
volta;
z  Multiplicação de números reais: aplicamos o mes- 2. Calcular todas as possibilidades
possibilidades em cada etapa;
mo procedimento da multiplicação comum.   Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ôni-
bus, carro, moto ou avião) e para a volta temos 4
Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05 possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou
3 × 55 = 165 avião);
7 × 2,85 = 19,95 3. Multiplicar.
  4 · 4 = 16 maneiras.
z  Divisão de números reais: aplicamos o mesmo pro- E se o problema dissesse que você não pode voltar
cedimento da divisão comum. no mesmo transporte que viajou na ida. Qual seria a
resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai
Ex.: 5,7 ÷ 1,3 = 4,38 mudar na quantidade de possibilidades de escolhas
2,8 × 100 = 280 para voltar. Veja:
15 × 51 = 765 Resolução: Usando o lembrete:
PROBLEMAS DE CONTAGEM 1. Identicar as etapas do enunciado;
  Escolher o meio de transporte para ida e para a
Primeiro, vamos aprender uma ferramenta impor- volta;
tante para o nosso estudo: Fatorial. 2. Calcular todas as possibilidades
possibilidades em cada etapa;
  Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus,
Fatorial de um Número Natural carro, moto ou avião) e para a volta temos 3 possi-
possi -
bilidades de escolha (não posso voltar no mesmo
Serve para facilitar e acelerar resolução de ques- meio de transporte);
tões. Veja sua representação simbólica: 3. Multiplicar.
124 Fatorial de N = n!   4 · 3 = 12 maneiras.

Permutação Simples Diante do conceito de permutação, essas duas dis-


posições são iguais, ou seja, a pessoa A tem a sua direita
Imagine que temos 5 livros diferentes para serem E, a sua esquerda B, e assim sucessivamente. Não pode-
ordenados em uma estante. De quantas maneiras é
mos contar duas vezes a mesma disposição. Repare
possível ordenar? Para questões envolvendo permu-
tação simples, devemos encarar de um modo geral ainda que, antes da primeira pessoa se sentar à mesa,
que temos n modos de escolhermos um objeto (livro) todas as 5 posições disponíveis são equivalentes. Isto
que ocupará o primeiro lugar, n-1 modos de escolher porque não existe uma referência espacial (ponto xo
um objeto (um outro livro) que ocupará o segundo determinado). Nestes casos, devemos utilizar a fórmu-
lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro) la da permutação circular de n pessoas, que é:
que ocupará o último lugar. Então, temos:
Modos de ordenar: n · (n-1) · ... 1 = n! Pc (n) = (n-1)!
Então, resolvendo, teremos 5! = 5·4·3·2·1 = 120
maneiras de ordenar os livros na estante. Em nosso exemplo, o número de possibilidades de
Agora, observe um outro exemplo: posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será:
Quantos são os anagramas da palavra CAJU?
Resolução:
Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
letras que a compõem, ou seja, C, A, J, U. Arranjo Simples

CAJU CUJA ACJU AUJC Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
soas nas cadeiras de uma praça, mas temos apenas 3
CAUJ CJUA ACUJ ... cadeiras à disposição. De quantas formas poderíamos
fazer isso?
CUAJ CJAU AUCJ ... Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
Desta maneira, o número de anagramas é 4! = veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
4·3·2·1 = 24 anagramas. ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
ANAGRAMA é a ordenação de maneira distinta das utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
letras que compõem uma determinada palavra. cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
Permutação com Repetição em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantidade de

Quantos anagramas têm na palavra ARARA? O formas de posicionar


pela multiplicação essas pessoas sentadas é dada
abaixo:
problema é causado por conta da repetição de letras
na palavra ARARA. Veja que temos 3 letras A e 2 letras Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras =
R. De maneira tradicional, faríamos 5! (número de
letras na palavra), mas é preciso que descontemos as 5 · 4 · 3 = 60
letras repetidas. Assim, devemos dividir pelo número
de letras fatorial, ou seja, 3! e 2!. O exemplo acima é um caso típico de arranjo sim-
5! 5·4·3! 5·4
ples. Sua fórmula é dada abaixo:
3!·2!
=
3!·2·1
= 2
= 10
n!
A(n, p) = (n - p)!
Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.

Dica Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-


mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde
Na permutação com repetição devemos descon- a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade
tar os anagramas iguais, por isso dividimos pelo da outra.
fatorial do número de letras repetidas. Observe a resolução do nosso exemplo usando a
Permutação com Repetição
fórmula:

5! 5!
Vamos imaginar que temos uma mesa circular com A(5, 3) =   = = 5·4·3·2·1 = 60
-
(5 3) ! 2! 2·1
5 lugares e queremos ordenar 5 pessoas de maneiras
distintas. Observe as duas disposições abaixo das pes- Uma outra informação muito importante é que
soas A, B, C, D, e E ao redor da mesa: nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente      A
     C
     I
A E de uma possibilidade para outra. Vamos supor que as      T
      Á
5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esme-      M
ralda. Agora observe uma maneira de posicionar as      E
B A      T
E D      A
pessoas na praça:      M
MESA MESA

CADEIRA 1ª 2ª 3ª
D C C B OCUPANTE Ana Bianca Clara 125

6·5·4 6·5·4
= 6 · 5 · 4 · 3!
Perceba que Daniele e Esmeralda caram em pé C(6, 3)= (6 - 6!3)!3
 
3)!3!! 3!3! = 3! = 3·2·1 = 5 · 4 = 20.
nessa disposição.
 Resposta: Letra E.
CADEIRA 1ª 2ª 3ª 2. (IDECAN – 2016) Felipe é uma criança muito bagun-
OCUPANTE Clara Bianca Ana ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa.
Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode
A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho,
Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
simples mudança na posição da ordem gera uma nova Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
possibilidade de posicionamento.  junto de brinquedos já levados antes?
Combinação a) 100 vezes.
b) 115 vezes.
Para entendermos esse tema, vamos imaginar c) 130 vezes.
que queremos fazer uma salada de frutas e precisa- d) 140 vezes.

mos usarmamão
banana, 3 frutase das 4 que temos
morango. disponíveis:
Cortando as frutas maçã,  Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para
para escolher 1,
banana e morango e depois colocando em um prato. 5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher
Agora cortando as frutas banana, morango e maçã 1, queremos formar grupos de 3 brinquedos, sendo
para colocar em um outro prato. um de cada tipo. O total de possibilidades será dado
Você percebeu que a ordem aqui não importou?  por: 7 x 5 x 4 = 140 possibilidades (conjuntos de
É exatamente isso, a ordem não importa e estamos brinquedos diferentes). Resposta: Letra D.
diante de um problema de Combinação. Será preciso
calcular quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é pos-
pos- 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30
sível formar. passageiros que desembarcaram de determinado
voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
Para resolvermos é necessário usar a fórmula: ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
para ser examinados. Constatou-se que exatamente
C(n, p) = (n - n!
p)!p!
p)!p! 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
Substituindo na fórmula, os valores do exemplo, desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
temos:   Com referência a essa situação hipotética, julgue o
4! item que segue.
C  =
(4, 3) (4 - 3)!
3)!3!
3!   A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2
4·3·2·1 dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo
C(4, 3) = 1·3·2·1
menos um deles tenha estado em C é superior a 100.

C(4, 3) = 4 ( ) CERTO ( ) ERRAD


ERRADOO

Dica Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles


em C, então, C teve 5 passageiros (é o que falta para
No arranjo a ordem importa.
arranjo a o total de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de
Na combinação
combinação a  a ordem não importa. modo que pelo menos um seja de C, teremos:
 Podemos achar o total para escolha dos 2 passagei-
ros que seria:
C30,2 = 30.29/2 = 15.29 = 435
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS  Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C,
que seria:
1. (VUNESP – 2016) Um Grupamento de Operações C25,2 = 25.24/2 = 25.12 = 300
Especiais trabalha na elucidação de um crime. Para  Então, pelo menos um deles é de C, teremos:
investigações de campo, 6 pistas diferentes devem  435 - 300 = 135. Resposta: Certo.
ser distribuídas entre 2 equipes, de modo que cada
equipe receba 3 pistas. O número de formas diferen- 4. (IBFC – 2015) Paulo quer assistir um lme e tem dis-
dis-
tes de se fazer essa distribuição é ponível 5 lmes de terror, 6 lmes de aventura e 3 l-
l -
mes de romance. O total de possibilidades de Paulo
assistir a um desses lmes é de:
a) 6.
b) 10. a) 90.
c) 12. b) 33.
d) 18. c) 45.
e) 20. d) 14.
Vamos descobrir o número de formas de escolher 3  Paulo tem disponível
disponível 14 lmes no total,
total, 5 de terror,
terror, 6
 pistas em 6, visto que ao escolher 3 pistas, restarão de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 lmes
outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de disponíveis tem que escolher um, portanto o total
 pistas. Dessa maneira, de quantas formas podemos
po demos de possibilidades será dado pela combinação de 14
escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem elementos, tomados um a um.
126 não é relevante, então, vamos usar a combinação: C(14,1) = 14 possibilidades. Resposta: Letra D.

5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um processo de cole- Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
ta de fragmentos papilares para posterior identica-
identica- (quilômetro (hectômetro (decâmetro
quadrado)
(metro (decímetro (centímetro (mlímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
ção de criminosos, uma equipe de 15 papiloscopistas
deverá se revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às
10 h. ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
  Com relação a essa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
  Se dois papiloscopistas forem escolhidos, um para Km
Km hm
hm dam
dam m dm
dm cm2 mm
mm
atender no primeiro horário e outro no segundo horá-
rio, então a quantidade, distinta, de duplas que podem :100 :100 :100 :100 :100 :100
ser formadas para fazer esses atendimentos é supe-
rior a 300.
Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO Para sair do metro quadrado e chegar no cen-
tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
Quantos servidores há para escolher que cará no
1° horário? 15. (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em

 Agora, já para14,
temos apenas escolher
pois umo já
que
foicará no 2°para
escolhido horário,
car centímetro quadrado. Logo,
no 1° horário. Multiplicando as possibilidades = 5,3m2 = 5,3 x 10000 = 53000 cm 2.
15x14 = 210. Resposta: Errado.
Medidas de Volume (Capacidade)

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS A unidade principal tomada como referência é o


metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades
MÉTRICA, ÁREAS, VOLUMES, ESTIMATIVAS E diferentes que servem para medir dimensões maiores
APLICAÇÕES
ou menores. A conversão de unidades de superfície
Quando estudamos o sistema de medidas, nos segue potências de 1000. Veja o esquema abaixo:
atentamos ao fato de que ele serve quanticar dimen-
dimen-
sões que podem ter uma variação gigantesca. Porém,
existem as conversões entre as unidades para uma Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (mlímetro
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

melhor interpretação e leitura.


Medidas de Comprimento ×1.000 ×1
×1.0
.000
00 ×1
×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
.000
A unidade principal tomada como referência é o
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- Km
Km hm
hm dam
dam m dm
dm cm3 mm
mm
rentes que servem para medir dimensões maiores ou
menores. A conversão de unidades de comprimento :1.000 :1.000 :1
:1.0
.000
00 :1.0000 :1.
1.00 1.00
0000 :1.
1.00
0000
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:

Km hm dam m dm cm mm Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3.


(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (mlímetro)
Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10 pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
cúbico. Logo, 5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.
Km hm da m m dm cm mm
Veja agora algumas relações interessantes e que
:10 :10 :10 :10 :10 :10 você precisa ter em mente para resolver diversas
questões.
Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros.
Para sair do metro e chegar no centímetro deve-
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas
du as UN IDAD E R E L AÇ Ã O D E U N I D A D E
casas até chegar em centímetro. Logo, 1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)      A
5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.      C
     I
     T
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)       Á
Medidas de Área (Superfície)      M
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)      E
     T
     A
A unidade principal tomada como referência é o 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)      M
metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades
diferentes que servem para medir dimensões maiores 1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
ou menores. A conversão de unidades de superfície 1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
segue potências de 100. Veja o esquema abaixo: 127

Medidas de Tempo As conversões entre essas escalas termométricas

Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu- são dadas pelas fórmulas a seguir:
to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
se faz a relação nessa unidade: De graus Celsius para Kelvin: TK  = ToC + 273
Para transformar de uma unidade maior para a De graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-32) / 9
unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
Veja os exemplos abaixo:
1 hora = 60 minutos
4 h = 4 x 60 = 240 minutos Exemplo 1: Transformar 250 K para oC:
Para transformar de uma unidade menor para a
unidade maior, divide-se por 60. Veja: TK  = ToC + 273
250 = ToC + 273
20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.
Para medir ângulos, a unidade básica é o grau. ToC = 273 – 250
Temos as seguintes relações: ToC = 23°
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) Exemplo 2: Transformar 85 oC para oF:

Aqui vale fazer uma observação: os minutos e os ToC / 5 = (ToF-32) / 9


segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
(hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes,
semelh antes, 85/5 = (ToF-32) / 9
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
17 = (ToF-32) / 9
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um ins-
ins- 17 × 9 = ToF-32
tante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. 153 + 32 = ToF
Medidas de Massa ToF = 185°
As unidades abaixo são as mais utilizadas quando
estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja Veja agora algumas relações que você precisar ter

quais são: em mente para resolver diversas questões:


Tonelada (t), Quilograma (kg), Grama (g) e
Miligrama (mg). U NIDA DE R E L AÇ Ã O D E U N I D A D E
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
Vamos tomar como base as relações abaixo para 1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
converter uma unidade em outra. Observe:
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas); 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas);
1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas). 1 hec
ecttar
aree (ha) 1 hectômetr tro
o quadrado (hm2)
1 hec
ecttar
aree (ha) 100000 metros quadrados (m2)
10
Observe o exemplo a seguir de uma conversão:

Vamos transformar 3,5 kg em gramas.


Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo:
RAZÕES E PROPORÇÕES, DIVISÃO
1 3,5
kg —Kg1000
—xg PROPORCIONAL, REGRAS DE
x = 3,5 × 1000 TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS,
COM POSTAS,
x = 3500 g PORCENTAGENS
Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500 g.
RAZÕES E PROPORÇÕES
Medidas de Temperatura
A razão entre duas grandezas é igual a divisão
O instrumento para a medição de temperatura é o entre elas, veja:
termômetro, que é um tubo graduado com um líquido
em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais 2
comuns para medir temperatura são: 5

z  Celsius. Medida em graus centígrados;


z  Kelvin. Medido em graus Kelvin; Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está
128 z  Fahrenheit. Medida em graus Fahrenheit. para 5).

 Já a proporção é a igualdade entre razões, veja: Aqui cabe uma observação importante!
Esse valor 2.000, que chamamos de “Constante de
2 4 Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real das
=
3 6 partes dentro da proporção. Veja:

Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 C


está para 3 assim como 4 está para 6). = 2.000
3  
Os problemas mais comuns que envolvem razão e
proporção é quando se aplica uma variável
variável qualquer
 qualquer C = 2000 x 3
dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
dela. Veja o exemplo: D
= 2.000
2  
2  x 
=  ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6 D = 2.000 x 2
3 6
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
Para resolvermos esse tipo de problema devemos
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor- Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ção: produto dos meios pelos extremos. 
extremos.  ber R$4.000.
Meio: 3 e x2 e 6
Extremos: z  Somas Internas
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
numa igualdade. Observe: a c   +b
a c+d
= = =
b d b     d
3·X=2.6
3X = 12 É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
X = 12/3 minador ao efetuar essa soma interna, desde que
X=4 o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
proporção.
Lembre-se de que a maioria dos problemas envol-
vendo esse tema são resolvidos utilizando essa pro- a c   +b
a c+d
priedade fundamental. Porém, algumas questões = = =
b d a     c
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Vejamos um exemplo:
Vamos a elas.
x 2
  =
Propriedade das Proporções 14 - x 5

z  Somas Externas x + 1 4 - x 2+5


=
a c a+c
x     2
= =
b d b+d
14 7
=
x 2
Vamos entender um pouco melhor resolvendo
uma questão: 7 . x = 2 · 14
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos 14 · 2
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro- x= =4
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica.
f ábrica. Carlos   7    
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na
fábrica. Quanto cada um vai receber? Portanto, encontramos que x = 4.
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que
Diego vai receber, temos: Importante!
Vale lembrar que essa propriedade também ser-
C D
= ve para subtrações internas.
3 2

Utilizando a propriedade das somas externas: z  Soma com Produto por Escalar:      A
     C
     I
C+D   + 2b      T
C D a c a c + 2d       Á
=
3+2
= = =      M
3 2  = b d b     d
     E
     T
     A
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), Vejamos um exemplo para melhor entendimento:      M
então podemos substituir na proporção: Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
C D C+D 10.000 São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
3
=
2
= = = 2.000
3+2     5   empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. 129

Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X
temos: A B écional
proporcional a 4, podemos
a 6, ou seja, Y é proporcional a 5 ena
representar Z éforma
propor-
de
=
2 3 razão. Veja:

Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 X


=
 Y
=
Z
= constante de proporcionalidade.
funcionários na categoria B, podemos escrever que a 4 5 6  
soma total dos prêmios é igual a R$13.000.
Usando uma das propriedades da proporção,
2A + 3B = 13.000 somas externas, temos:

Agora multiplicando em cima e embaixo de um X+Y+Z 900.000


lado por 2 e do outro lado por 3, temos: 4+5+6
= 60.000
  15  
2A 3B A menor dessas partes é aquela que é proporcional
=
4 9
a 4, logo:

X
Aplicando
podemos a propriedade
escrever o seguinte: das somas externas, 4  = 60.000
X = 60.000 x 4
2A 3B 2A + 3B
= = X = 240.000
4 9     4+9

Inversamente proporcional
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-
pro -
porção, temos: É um tipo de questão menos recorrente, mas não
2A + 3B
menos importante. Consiste em distribuir uma quan-
2A 3B 13.000
= = = = 1.000 tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
4 9     4+9     13   quinhão inversamente proporcional a três números.
Vejamos um exemplo:
Logo, Exemplo:
2A
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes
= 1.000 inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
4  
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
2A = 4 x 1.000 tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-
2A = 4.000 pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
A = 2.000 total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
Fazendo a mesma resolução em B: cálculo, veja:
3B
 = 1.000 X X X
9 + + = 740.000
4     5     6  
3B = 9 x 1.000
3B = 9.000 Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múl-
B = 3.000 tiplo comum) entre os denominadores para resolver-
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa mos a fração.
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3
anos de casa receberão R$3.000 de bônus. 4–5–6|2
O total pago pela empresa será: 2–5–3|2
Total = 2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000 1–5–3|3
Agora vamos estudar um tipo de problema que 1–5–1|5
aparece frequentemente
envolvendo em provas de concursos
razão e proporção. 1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60
Assim, dividindo o M. M. C. pelo denominador e
DIVISÃO PROPORCIONAL multiplicando o resultado pelo numerador temos:

Diretamente proporcional 15x


+
12x
+
10x
60 60     60 = 740.000
Um dos tópicos mais comuns em questões de prova
é dividir uma determinada quantia em partes propor- 37x
= 740.000
cionais a determinados números. Vejamos um exemplo 60  
para entendermos melhor como esse assunto é cobrado:
Exemplo: X = 1.200.000
A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em
partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor Agora basta substituir o valor de X nas razões para
130 dessas partes corresponde a: achar cada parte da divisão inversa.

x 1.200.000  A razão entre o número


número de pessoas com 20 anos e o
= 300.000
4 = 4   número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5.
x 1.200.000 120 4x
5 = 5  = 240.000 121 = 5x  total de 9x 
x 1.200.000  No próximo mês, duas pessoas com
c om 20 anos farão
= 200.000
6 = 6   aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e
a razão em questão passará a ser de 5/8.
Logo, as partes dividas inversamente proporcio-
nais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente 300K, 120 4x - 2 5
121
= =
240K e 200K. 5x + 2  - 1     8

4x - 2 5
=
5x + 1 8

EXERCÍCIOS COMENTADOS 8 (4x   - 2) = 5 (5x  + 1)


 32x   – 16 = 25x  + 5
(FAEPESUL - 2016) Em uma turma de graduação em
1. (FAEPESUL 7x = 21
Matemática Licenciatura, de forma ctícia, temos  x = 3
que a razão entre o número de mulheres e o número  Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
valor de X na primeira equação:
total
homensde alunos é desabendo
desta sala, 5/8. Determine
que estaa turma
quantidade de
tem 120 9x = 9 x 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
 grupo. Resposta: Letra D. D.
alunos.
3. (IBADE - 2018) Três agentes penitenciários de um
a) 43 homens. país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson, recebem
b) 45 homens.  juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
c) 44 homens. que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que
d) 46 homens. o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária
e) 47 homens. de cada um, em ordem crescente de valores.

 A razão entre o número de mulheres e o número a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.


total de alunos é de 5/8: b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
M 5 d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00
=
T 8 e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.

 A turma tem 120 alunos, então: T = 120  D + A + W = 721


 Fazendo os cálculos:  A = D + 36
W = A - 44
M 5 Substituímos Arley em Wanderson:
= W= A - 44
T 8
W= 36+D-44
M 5
W= D-8
120
=
8
Substituímos na fórmula principal:
 D + A + W = 721
8 x M = 5 x 120  D + 36 + D + D – 8 = 721
8M = 600  3D + 28 = 721
 3D = 721 - 28
600  D = 693/3
 M =  D = 231
8
Substituímos o valor de D nas outras:
 M = 75  A = D + 36
 A quantidade de homens dada sala:  A= 231+36= 267 
120 - 75 = 45 homens. Resposta: Letra B. W = A - 44
W=
W= 267-44
223
2. (VUNESP – 2020) Em um grupo com somente pessoas  Logo, os valores em ordem crescente que Wander-
com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número son, Darlan, Arley recebem são, respectivamente,
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com  R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00.
267,00.  Resposta:
 Resposta: Letra D.
21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes-      A
soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma      C
     I
4. (CESPE-CEBRASPE - 2018) A respeito de razões, pro-      T
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a porções e inequações, julgue o item seguinte.       Á
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é      M
  Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam      E
     T
R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham,      A
a) 30. para ser divido entre elas, de forma inversamente propor-      M
b) 29. cional a 1/6, 2/9 e 3/8, respectivamente. Assertiva: Nes-
c) 28. sa situação, Sandra deverá
deverá receber menos de R$ 2.500.
d) 27.
e) 26. ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 131

6x 9x 8x z  Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-


+ + = 7.900
1 2 3   to de uma grandeza implica a redução da outra;
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos: Vamos esquematizar para sabermos quando será
direta ou inversamente proporcional:
36x 27x 16x
6
+
6
+
    6  
= 7.900
DIRETAMENTE + / + OU - / -
PROPORCIONAL
79x
= 7.900
6   Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
 x = 600 (sinais iguais)
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
nal a: PROPORCIONAL + / - OU - / +

9x
2 Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes)
 Basta substituirmos o valor de X na proporção. Agora vamos esquematizar a maneira que iremos
resolver os diversos problemas:
9x 9 x 600
= = 2.700
2 2   DIRETAMENTE
PROPORCIONAL MULTIPLICA CRUZADO

(valor que Sandra irá receber é MAIOR que 2.500).


INVERSAMENTE MULTIPLICA NA HORIZONTAL
 Resposta: Errado. PROPORCIONAL

5. (IESES - 2019) Uma escola possui 396 alunos matricu-


Vejamos alguns exemplos para xarmos um pouco
lados. Se a razão entre meninos e meninas foi de 5/7,
determine o número de meninos matriculados. mais como isso tudo funciona:

z  Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2


a) 183
b) 225 160 tijolos. Caso queira construir um muro de 30
c) 165 metros nas mesmas condições do anterior, quan-
d) 154 tos tijolos serão necessários?

Total de alunos = 396 Primeiro vamos montar a relação entre as gran-


 Meninos = H  dezas e depois identicar se é direta ou inversamente
proporcional.
 Meninas = M 
12 m -------- 2 160 (tijolos)
 Razão: H + 5x 30 m -------- X (tijolos)
  M 7x

 Agora vamos somar 5x com 7x = 12x  Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+)
12x é igual ao total que é 396 e que para fazermos um muro maior vamos precisar
12x = 396 de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado
 x = 33 (+). Logo, as grandezas são diretamente proporcionais
 Portanto o número de meninos será:
será: e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe:
 Meninos = 5X = 5 x 33 = 165. Resposta: Letra C.
12 m -------- 2 160 (tijolos)
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS
30 m -------- X (tijolos)
Regra de Três Simples 12 · X = 30 . 2160
12X = 64800
A Regra de Três Simples envolve apenas duas X = 5400 tijolos
grandezas. São elas:
Assim, comprovamos que realmente são necessá-
z  Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se dese- rios mais tijolos.
 ja calcular a partir da grandeza explicativa;
z  Grandeza Explicativa ou Independente é aque- z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
la utilizada para calcular a variação da grandeza corrigir as provas de um vestibular. Considerando
dependente. a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pro-
pro -
fessores para corrigir as provas?
Existem dois tipos principais de proporcionalida-
des que aparecem frequentemente em provas de con- Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
cursos públicos. Veja abaixo: montar a relação e analisar:

z  Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumento 5 (prof.) --------- 12 (dias)


132 de uma grandeza implica o aumento da outra; 30 (prof.) -------- X (dias)

Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um Analisando isoladamente duas a duas:
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi-
pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente. 1000 (panf.) -------- 40 (min)
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des- 2000 (panf.) ------ -- X (min)
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio- Perceba que de 1000 panetos para 1200 pane-
pane -
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal. tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
Observe: aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve-
mos manter a razão.
5 (prof.) 12 (dias)
30 (prof.) X (dias) 40 3 1000
= #
30 . X = 5 . 12 X 6 2000
30X = 60
X=2 Agora basta resolver a proporção para acharmos
o valor de X.
A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias
para corrigir as provas. 40 3000
=
X 12000
Regra de Três Composta 3X = 40 x 12
3X = 480
A Regra de Três Composta envolve mais de duas X = 160
variáveis. As análises sobre se as grandezas são dire-
tamente ou inversamente proporcionais devem ser
As três impressoras produziriam 2000 panetos em
feitas cautelosamente levando-se em conta alguns
princípios: 160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 minutos.
Para xarmos mais ainda nosso conhecimento,
z  As análises devem sempre partir da variável vamos analisar mais um exemplo.
dependente em relação as outras variáveis; Exemplo 2: Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas
z  As análises devem ser feitas individualmente. Ou
cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas, Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o núme-
núme -
ro de linhas por página e para 40 o número de letras
mantendo as demais constantes.
z  A variável dependente ca isolada em um dos (ou espaços) por linha. Considerando as novas condi-
lados da proporção. ções, determine o número de páginas ocupadas.
 Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante-
Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida.
como isso tudo funciona:
6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)
z  Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panetos X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
em 40produziriam
minutos, em 2000
quanto tempo 3 dessas impres-
impres- 6 ? ?
soras desses panetos? = #
X ? ?

Da mesma forma que na regra de três simples, Analisando isoladamente duas a duas:
vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
cada uma delas isoladamente duas a duas.
6 (pág.) -------- 45 (linhas)
X (pág.) -- ----- 30 (linhas)
6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)
Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a diminui ( - ) e que o número de páginas irá aumentar
parte dependente de um lado e igualando às razões da ( + ). Logo, as grandezas são inversas e devemos inver-
seguinte forma – se for direta vamos manter a razão, ter a razão.
agora se for inversa vamos inverter a razão. Observe:
6 30 ?
= #

40 ? ? X 45 ?
= #
X ? ?
Analisando isoladamente duas a duas:
Analisando isoladamente duas a duas:
6 (pág.) -------- 80 (letras)
6 (imp.) -------- 40 (min) X (pág.) ------- 40 (letras)      A
3 (imp.) ---- ---- X (min)      C
     I
     T
Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui       Á
o valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ), ( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( + ). Logo,      M
     E
pois agora teremos menos impressoras para realizar as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.      T
     A
a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos 6 30 40
     M
inverter a razão. = #
X 45 80

40 3 ? 6 2 1
= # = #
X 6 ? X 3 2 133

6 2 3. (VUNESP - 2020) Uma pessoa comprou determinada


=
X 6 quantidade de guardanapos de papel. Se ela utilizar 2
guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar
2X = 36 15 dias a mais do que duraria se ela utilizasse 3 guar-
X = 18 danapos por dia. O número de guardanapos compra-
dos foi
O número de páginas a serem ocupadas pelo texto
respeitando as novas condições é igual a 18. a) 60.
b) 70.
c) 80.
d) 90.
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS e) 100.

1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) No item seguinte apre-  x = dias


senta uma situação hipotética, seguida de uma asser-  3 guardanapos por dia -------- x 
tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade,  2 guardanapos por dia -------- x+15
porcentagens e descontos. São valores inversamente proporcionais, quanto
  No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com- mais guardanapos por dia, menos dias durarão.
prou alimentos em quantidades sucientes para que  Assim, multiplicamos na horizontal:
eles e seus dois lhos consumissem durante os 30  3x = 2 . (x+15)
dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos  3x = 30+2x 
chegou de surpresa para passar o restante do mês
com a família.  3x-2x
 x = 30= 30
Nessa situação, se cada uma dessas seis pessoas  Podemos substituir em qualquer uma das duas
consumir diariamente a mesma quantidade de ali- situações:
mentos, os alimentos comprados pelo casal acabarão  3 guardanapos x 30 dias=
dias= 90
antes do dia 20 do mesmo mês.  2 gua
guard
rdana
anapos
pos x 45(
45(30+
30+15)
15) dia
diass = 90. Res
Respos
posta:
ta: Let
Letra
ra D.

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 4. (FUNDATEC - 2017) Cinco mecânicos levaram 27
minutos para consertar um caminhão. Supondo que
 4 Pessoas ------- 24 Dias fossem três mecânicos, com a mesma capacidade e
6 Pessoas ------- x Dias ritmo de trabalho para realizar o mesmo serviço, quan-
Temos grandezas inversas, então é só multiplicar tos minutos levariam para concluir o conserto desse
na horizontal: mesmo caminhão?
6x = 4 . 24
6x = 96 a) 20 minutos.
 x = 96/6 b) 35 minutos.
 x = 16 c) 45 minutos.
Como já haviam comido por 6 dias é só somar: d) 50 minutos.
6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por e) 55 minutos.
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril).
 Resposta: Errado.  Mecânicos ------ Minutos
5 ---------------- 27 
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O motorista de uma  3 ---------------- x 
empresa transportadora de produtos hospitalares Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gas-
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega tarão para nalizar o trabalho, logo a grande-
de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima- za é inversamente proporcional. Multiplica na
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des- horizontal:
pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu  3x = 27.5
veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside-  3x = 135
rou que esse consumo é constante.  x = 135/3
  Considerando essas informações, julgue o item que  x = 45 minutos. Resposta: Letra C.
segue.
  Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3  de 5. (IESES - 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa em
gasolina. 28 dias.
sete, emSe o número
quantos diasde pedreiros
essa mesmafosse
casa aumentado para
caria pronta?
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
a) 18 dias.
Com 1 litro ele faz 10 km b) 16 dias.
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos c) 20 dias.
dizer que com 1dm³ ele faz 10km d) 22 dias.
 Portanto,
10 km -------- 1dc³  5 (pedreiros) ---------- 28 (dias)
1.100 km --------- x 7 (pedreiros) ------------- X (dias)
10x = 1.000  Perceba que as grandezas
grandezas são são inversamente propor-
 x = 110dm³ (a gasolina que será
será consumida). cionais, então basta multiplicar na horizontal.
134  Resposta: Errado. 5 . 28=7 . X

7X = 140   Todos os caixas de uma agência bancária trabalham


 X = 140/7  com a mesma eciência: 3 desses caixas atendem 12
 X = 20 dias . Resposta: Letra
Letra C. clientes em 10 minutos. Nessa situação, 5 desses cai-
xas atenderão 20 clientes em menos de 10 minutos.
6. (CESPE-CEBRA SPE – 2020) Determinado equipamen-
(CESPE-CEBRASPE
to é capaz5 de
cionando digitalizar
horas 1.800esse
diárias para páginas em 4 dias,
m. Nessa fun-
situação, ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
a quantidade de páginas que esse mesmo equipamen-  3 caixas - 12 clientes - 10 minutos
to é capaz de digitalizar em 3 dias, operando 4 horas e 5 caixas - 20 clientes - x minutos
30 minutos diários para esse m, é igual a
10 5 12
= #
a) 2.666.  X   3  20  
b) 2.160.
c) 1.215. 5 · 12 · X = 10 · 3 · 20
d) 1.500. 60x = 600
e) 1.161.  X = 10.
Os 5 caixas atenderão em exatamente 10 minutos.
 Primeiro vamos passar para
para minutos:  Não em menos
menos de 10 como
como a questão arma.
5h = 300min.  Resposta: Errado.
 4h30min= 270min.
min.-----Dias-----Pag. 9. (VUNESP - 2020) Das 9 horas às 15 horas, de trabalho
 300 -------4-------1800 ininterrupto, 5 máquinas, todas idênticas e trabalhan-
 270 -------3-------X  do
descom a mesma produtividade,
de determinado produto. Parafabricam 600 de
a fabricação unida-
400
 Resolvendo temos:
unidades do mesmo produto por 3 dessas máquinas,
 300 (Simplica por 30) trabalhando nas mesmas condições, o tempo estima-
1800  4
# do para a realização do serviço é de
 X   =  3  270 (Simplica por 30)

1800  4 10 a) 5 horas
horas e 54 minutos
#
 X   =  3 9 b) 6 horas
horas e 06 minutos.
c) 6 horas
horas e 20 minutos.
 4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9 d) 6 horas
horas e 40 minutos.
 X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é e) 7 horas
horas e 06 minutos.
capaz de digitalizar. Resposta: Letra C.
 Das 9h às 15h = 6 horas = 360 min
7. (VUNESP - 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas  360 min ----
 360 ------
-- 5 máqui
máquina
nass -----
----- 600
600 unida
unidade
dess (cort
(cortam
am-s
-see os zero
zeross
operando com a mesma capacidade de produção, iguais)
 x ---------
-------------
---- 3 máquinas
máquinas ----
---- 400 unidades
unidades (cortam-se
(cortam-se osos zeros
fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 iguais)
horas por dia. O número de dias necessários para que
4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabri-  360 =  3 # 6
quem dois lotes dessas peças é  X  5  4

a) 11.  x·3·6 = 360·5·4


b) 12.  x·18 = 7.200
c) 13.  x = 7200/18
d) 14.  x = 400
e) 15.  Logo, transformando
transformando minutos para horas
horas novamen-
te temos:
5 máquinas -------1 lote --------- 8 dias ------------ 6 horas  X = 400min
 4 máquinas -------2 lotes --------x dias -------------8 horas  X = 6h40min
Quanto mais dias para entrega do lote, menos  Resposta: Letra D.
D.
horas trabalhadas por dia (inversa), menos máqui-
nas para fazer o serviço (inversa) e mais lotes para 10. (VUNESP - 2020) Em uma fábrica de refrigerantes, 3
serem entregues (direta). máquinas iguais, trabalhando com capacidade máxima,
 Resolvendo: ligadas ao mesmo tempo, engarrafam 5 mil unidades de
8/x = 1/2 * 8/6 * 4/5 (simplique 8/6 por 2) refrigerante,
refrigerante, em 4 horas. Se apenas 2 dessas máquinas
8/x = 1/2 * 4/3 * 4/5 trabalharem,, nas mesmas condições, no engarrafamen-
trabalharem
8/x = 16/30 (simplique 16/30 por 2) to de 6 mil unidades do refrigerante, o tempo esperado
8/x = 8/15 para a realização desse trabalho será de      A
8x = 120      C
     I
     T
 x = 120/8 a) 6 horas
horas e 40 minutos.       Á
 x = 15 dias. b) 6 horas
horas e 58 minutos.      M
     E
 Resposta: Letra E. c) 7 horas
horas e 12 minutos.      T
     A
d) 7 horas
horas e 20 minutos.      M
8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No item a seguir é apre- e) 7 horas
horas e 35 minutos.
sentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalida-  3 máquinas ------------ 5 mil garrafas ------------ 4 horas
de, divisão proporcional, média e porcentagem.  2 máquinas ------------ 6 mil garrafas ------------ x  135

Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer Veja um exemplo:


que serão engarrafados mais refrigerantes (direta) e
se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são Roberto assistiu a 2 aulas de Matemática Financei-
menos máquinas trabalhando (inversa). ra. Sabendo que o curso que ele comprou possui um
total de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assisti-
 4 5000  2 das por Roberto?
= #
 X  6000  3 O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
 2·X·5 = 4·6·3
2 1
10X = 72 =
8 4
 x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 ×
60 min = 7 horas e 12 minutos)
OBS: Para transformar horas em minutos, basta Precisamos transformar em porcentagem, ou seja,
vamos multiplicar a fração por 100:
multiplicarmos o número por 60 min. Logo, 0,2 horas
= 0,2 x 60 = 120/10 = 12 min. Resposta: Letra C. 1
x 100 = 25%
4  
PORCENTAGENS
Soma e Subtração de Porcentagem
A porcentagem é uma medida de razão com base
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi- As operações de soma e subtração de porcentagem
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar são as mais comuns. É o que acontece quando se diz
como podemos representar um número porcentual. que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial
30% =
30
(forma de fração) corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou
100   subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-
multipli-
car pelo valor da grandeza.
30 Exemplo 1:
30% = = 0,3 (forma decimal) Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula.
100  
Porém, com a publicação do edital, a escola precisou
30 3 aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de
30% = = (forma de fração simplicada) horas-aula do curso ao nal?
100     10  
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +
várias maneiras: 15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total
de horas-aula do curso será:
30 3
30% = = 0,3 =
100     10
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula
Também é possível fazer a conversão inversa, isto A avaliação do crescimento ou da redução percen-
é, transformar um número qualquer em porcentual. tual deve ser feita sempre em relação ao valor inicial
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: da grandeza.
25 x 100 = 2500% Variação
Variação percentual
percentual =
 = al - Inicia
Final
Fin Iniciall
0,35 x 100 = 35% Inicial
0,586 x 100 = 58,6%
Veja mais um exemplo para podermos xar melhor.
Exemplo 2:
Número Relativo  Juliano percebeu que ele
el e ainda não assistiu
a ssistiu a 200
aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o número de
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e aulas não assistidas a 180. É correto armar que, se
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres-
corres-  Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o número terá
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo caído 20%?
que estamos especicando. Para descobrir a quanto A variação percentual de uma grandeza corres-
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000.
ponde ao índice:
10
x 1000 = 100 al - Inicia
Final
Fin Iniciall 0 - 200
180
18 200
10% de 1000 = Variação
Variação percentual = = =
100     Inicial     200  

Dessa maneira, 1000 é o todo, enquanto que 100 é  –


20
= - 0,10
a parte que corresponde a 10% de 1000.   200  

Dica Como o resultado foi negativo, podemos armar


que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
Quando o todo varia, a porcentagem também ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
136 varia! errado ao armar que essa redução foi de 20%.

Veja que se 12% faltaram, então 88% zeram a


  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS  prova.
 Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulhe-
(CESPE-CEBRA SPE – 2020) Em determinada loja, uma
1. (CESPE-CEBRASPE res e 55% eram homens. Portanto, basta multiplicar
bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em duas o percentual dos homens pelo total:
vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma parcela de R$ 55% de 88% das pessoas que zeram a prova; ou
920 com vencimento
antecipar para o mês seguinte.
o crédito correspondente ao valorCaso queira
da parcela, 0,55 x 0,88 = 0,484.
a lojista paga para a nanceira uma taxa de antecipa-
antecipa - Transformando em porcentagem
ção correspondente a 5% do valor da parcela. 0,484 x 100 = 48,4%. Resposta: Letra D.
  Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
  Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de nan
nan-- 4. (FCC - 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevistados
ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês. preferem suco de graviola e 50% suco de açaí. Se 15%
dos entrevistados gostam dos dois sabores, então,
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO a porcentagem de entrevistados que não gostam de
nenhum dos dois é de
Valor da bicicleta =1720,00
 Parcelado = 920,00 (entrada)
(entrada) + 920,00 (parcela) a) 80%.
 Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00 b) 61%.
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00) c) 20%.
 No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja d) 10%.
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
(juros) e dividir por 800,00. Resultado: e) 5%.
120,00/800,00 = 0,15% ao mês.
 A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja, Vamos dispor as informações em forma de conjun-
está errada. Resposta: Errado. tos para facilitar nossa resolução:

2. (CESPE-CEBRASPE - 2019) Na assembleia legislati- Graviola Açai


va de um estado da Federação, há 50 parlamentares,
entre homens e mulheres. Em determinada sessão
plenária estavam presentes somente 20% das deputa-
das e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7 60% – 15% = 15% 50% – 15% =
parlamentares presentes à sessão.
  Infere-se da situação apresentada que, nessa assem- 45% 35%
bleia legislativa, havia
Nenhum = X
a) 10 deputadas.
b) 14 deputadas. Vamos somar todos os valores e igualar ao total que
c) 15 deputadas. é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
d) 20 deputadas. 95% + X = 100%
e) 25 deputadas.  X = 5%. Resposta: Letra E.
E.
50 parlamentares 5. (FUNCAB - 2015) Adriana e Leonardo investiram R$
 Deputadas = X 20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação
 Deputados = 50-X  que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez
Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7 meses. O restante foi investido em uma aplicação,
 parlamentares. Não Não sabemos a quantidade exata de que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante
cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas
valor de X. no sistema de juros simples.
 20% x + 10% (50-x) = 7    Pode-se concluir que, no nal desses dez meses, eles
 20/100 . x + 10/100 . (50-x) = 7  tiveram:
 2/10 . x + 1/10 . (50-x) = 7 
 2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC) a) prejuízo de R$2.800,00.
 2x + 50 - x = 70 b) lucro de R$3.200,00.
 2x - x = 70 - 50 c) lucro de R$2.800,00.
 x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia Legis- d) prejuízo de R$6.000,00
lativa. Resposta: Letra D.
e) lucro de R$5.000,00.

3. (VUNESP 12%Um
- 2016)
crições, porém dosconcurso recebeu no
inscritos faltaram 1500
diains-
da  3/5 de 20.000,00 = 12.000,00
prova. Dos candidatos que zeram a prova, 45% eram 12.000,00 · 4% = 480,00      A
     C
     I
mulheres. Em relação ao número total de inscritos, o  480 · 10 (meses) = 4.800 (juros)
(juros)      T
número de homens que zeram a prova corresponde a O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli-       Á
cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao      M
uma porcentagem de      E
mês, durante 10 meses:      T
     A
a) 45,2%. 8.000,00 · 5% = 400,00      M
b) 46,5%.  400 · 10 meses= 4.000
c) 47,8%.  Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 -
d) 48,4%.  4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros.
e) 49,3%.  Resposta: Letra C. 137

z  Perguntas: são as orações interrogativas.


Perguntas: são
LÓGICA PROPOSICIONAL   Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
  Essa pergunta não pode ser classicada como ver-
ver-
VALORES LÓGICOS dadeira ou falsa;
z  Exclamações: são frases exclamativas.
Na lógica temos apenas dois valores lógicos – ver-
dadeiro ou falso.
falso. Quando temos uma declaração ver- Exemplo: Que lindo cabelo!
dadeira, o seu valor lógico é Verdade
Verdade (V)
 (V) e quando é   Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso
Falso (F).
 (F). sentam percepções subjetivas;
z  Ordens:
Ordens: são
 são orações com verbo no imperativo.
PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES   Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que
é uma proposição lógica. Observe a frase abaixo: Uma ordem não pode ser classicada como verda-
verda-
Ex.: Paula vai à praia.
praia . deira ou falsa. Muito cuidado com esse
e sse tipo de oração,
Para saber se temos ou não uma proposição, preci- pois pode ser facilmente confundida com uma propo-
samos de três requisitos fundamentais: sição lógica.
Não são proposições – perguntas, exclamações e
z Ser uma oração:
oração: ou seja, são frases com verbos; ordens.
z  Oração declarativa: a
declarativa: a frase precisa estar apresen- Temos um outro caso menos cobrado em provas,
tando uma situação, um fato; mas que também não é proposição lógica, sendo o
z  Pode ser classicada como Verdadeira ou Falsa :
ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadeiro paradoxo.. Para car mais claro, veja o exemplo a
paradoxo
ou o valor lógico falso para a declaração. seguir:

Tendo isso em vista, podemos armar claramen-


claramen - Ex.: Esta frase é uma mentira.
te que pois
lógica, a frase “ Paula
Paula
temos vai à praia” 
a presençapraia
de ”   é uma
um verboproposição
(ir), uma Quando atribuímos um valor de verdade para
informação completa (temos o sujeito claro na oração) a frase, então na verdade ele mentiu, uma vez que
e podemos armar se é verdade ou falsa. a própria frase já diz isso. E se atribuirmos o valor
falso, então a frase é verdade, pois a frase diz ela é
Importante! uma mentira e já sabemos que isso é falso. Perceba
que sempre que valoramos a frase ela nos resulta um
Proposição Lógica é uma oração declarativa que valor contrário, ou seja, estamos diante de uma frase
lógico: V ou F.
admite apenas um valor lógico: que é contraditória em si mesma. Isto é a denição de
um paradoxo.
Ou então podemos também esquematizar o que é SENTENÇA ABERTA
uma proposição lógica assim:
Chama-se proposição toda sentença declarativa
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só Dizemos que uma sentença é aberta quando não
como falsa. A presença do verbo
verbo é
 é obrigatória junta- conseguimos ter a informação completa que a oração
mente com o sentido completo (caráter
completo (caráter informativo). nos mostra. Veja o exemplo abaixo:

Verdadeira Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.


rock.
Sentença Perceba que há presença do verbo e que consegui-
OU Sentido mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.
Declarativa Completo
Mas logo surge a pergunta: Ele quem? 
quem?  Aqui nossa in-
Falsa formação não consegue ser completa e por isso temos
mais um caso que não
não é é proposição lógica. Observe mais
alguns exemplos:
Obrigatório X + 5 = 10
Aquele carro é amarelo.
VERBO
5+5
X – Y = 20
Toda proposição pode ser representada simbolica- Todos os exemplos acima são sentenças abertas.
mente pelas letras do alfabeto, veja no exemplo: Então podemos resumir da seguinte forma:
As variáveis:
variáveis:   Ele, aquele ou variáveis matemáti-
p: Sabino é um pintor esperto. cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
r: Kate é uma mulher alta.
r: Kate alta. Sempre será uma proposição lógica na escrita
Na situação temos duas proposições sendo repre- matemática e podemos notar que há verbos nos casos
sentadas pelas letras p e r. a seguir:
Agora que já sabemos o que são proposições lógi-
cas, ca tranquilo distinguir o que não são propo- z  = (é igual);
sições.. Isto é fundamental, pois várias questões de
sições z    ≠ (é diferente);
prova perguntam exatamente isso – são apresentadas z  > (é maior);
algumas frases e você precisa identicar qual delas z  < (é menor);
não é uma proposição. Vejamos os casos que mais z    ≥ (é maior ou igual);
138 aparecem: z    ≤ (é menor ou igual);

Esquematizando o que não são proposições lógicas: Agora que já fomos apresentados aos conectivos
lógicos, vamos ver algumas camuagens dos opera-
Sentenças Interrogativas(?) dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:

z  Conectivos “e” usando “mas”


Sentenças sem Verbo
NÃO SÃO   Exemplo: Jurema é atriz, mas mas Pedro
 Pedro é cantor;
PROPOSIÇÕES
z  Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
Sentenças com Verbo no Imperativo ambos”;
  Exemplo: Baiano é corredor ou ou ele
 ele é nadador, mas
Sentenças Abertas
não ambos;
z  Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Paradoxo
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
  Exemplos: Desde que  que  faça sol,
sol,  Pedrinho vai à
PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL praia;
  Caso
Caso você
 você estude,
estude, irá passar no concurso;
É fundamental que você conheça três princípios   Basta
Basta Ana
 Ana comer massas,
massas, e engordará;
para deixarmos tudo alinhado com as proposições
  Quem
Quem joga
 joga bola é rápido;
lógicas. Veja:
  Todos
Todos os
 os médicos sabem operar;
z  Princípio do terceiro excluído: Uma
excluído: Uma proposição   Qualquer
Qualquer criança
 criança anda de bicicleta;
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra   Toda vez que chove
que chove,, não vou à praia.
possibilidade. Não é possível que uma proposição
seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; É importante saber que na condicional a 1º Na con-
z  Princípio da não-contradição: Dizemos
não-contradição: Dizemos que uma dicional a 1º proposição é o termo antecedente e
antecedente e a 2º
mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, é o termo consequente.
consequente.

z  verdadeira
Princípio dae falsa;
Identidade: Cada ser é igual a si mes-
Identidade: Cada P → Q
mo, ou seja, uma proposição não assume o signi-
signi - P = antecedente
cado de outra proposição lógica. Q = consequente
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Temos proposições compostas quando há duas ou
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
mais proposições simples ligadas por meio dos conec- 1. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de proposi-
tivos lógicos. Veja os exemplos: ções lógicas, julgue o item a seguir:
z  Sabino corre e Marcos compra leite;   A sentença “Soldado, cumpra suas obrigações” é uma
z  O gato é azul ou o pato é preto; proposição simples.
z  Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
Cada conectivo tem sua representação simbólica e
sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos:  Perceba que a frase “Soldado, cumpra suas obriga-
ções” é, na verdade, uma ordem. Observe o verbo
C O NE CT I VO S NOME NCL AT UR A S I MB OLOGI A conjugado “cumpra” (imperativo). Assim, sabemos
e Conjunção ^ que estamos diante de uma frase que NÃO é uma
 proposição. Resposta: Errado.
Errado.
ou Disjunção v
ou...ou Disjunção Exclusiva v 2. (VUNESP – 2014) Das alternativas apresentadas, assi-
se...então Condicional   → nale a única que contém uma proposição lógica.
se e somente se Bicondicional   ⟷
a) Ser um perito
perito criminal ou não ser? Que dúvida!
b) Uma atribuição do perito criminal é analisar documen-
Exemplos: tos em locais de crime.
c) O perito criminal também atende ocorrências com víti-
z  Na linguagem natural: mas de terrorismo!
d) É verdade que o perito criminal realiza
realiza análises no
  O macaco bebe leite e o gato come banana; âmbito da criminalística?
  Maria é bailarina ouou Juliano
 Juliano é atleta; e) Instruções especiais para perito criminal.
criminal.
  Ou
Ou o o elefante corre rápido ou
ou a
 a raposa é lenta;
  Se
Se estudar,
 estudar, então
então vai
 vai passar; Veja que essa é uma boa questão para carmos de
  Bino vai ao cinema se e somente se ele
se ele receber olho no que é uma proposição lógica. Então vamos      A
     C
dinheiro. analisar as alternativas:      I
     T
a) e d) Erradas. As sentenças “a” e “d” contém uma       Á
z  Na linguagem simbólica:      M
 pergunta e uma exclamação, portanto não podem      E
     T
ser proposições.      A
  p ^ q; c) Errada. A sentença “c” também não pode ser pro-      M
  p v q;  posição, pois é uma sentença exclamativa.
exclamativa.
  p v q; e) Errada. Na letra “e” temos uma frase que não tem
  p → q; verbo. Desta forma, também não é proposição.
  p ⟷ q.  Resposta: Letra B. 139

3. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Acerca da lógica senten- P Q PVQ


cial, julgue o item que segue.
  A lógica bivalente não obedece ao princípio da não
contradição, segundo o qual uma proposição não
assume simultaneamente valores lógicos distintos.

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

O nome
 para uma “bivalente” querverdadeiro
proposição: dizer
verd que só
adeiro ouhá 2 resultados
falso. Sabendo 3º passo: Dispor os valores “V” e “F” na primeira
disso, a lógica bivalente obedece ao princípio da não coluna fazendo o agrupamento pela metade do núme-
contradição, segundo o qual uma proposição não ro de linhas da tabela.
assume simultaneamente valores lógicos distintos. Exemplo: P v Q = 2 2 = 4 linhas = (agrupamento da
 Resposta: Errado. primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).

4. (FUNDATEC – 2019) A alternativa que apresenta uma P Q PVQ


proposição composta com a presença do conectivo V
condicional é:
V
a) Paulo não está com febre, entretanto está desidratado. F
b) Algum paciente está com febre. F
c) Qual a temperatura do paciente do quarto?
d) Se Mario tem febre, então deve permanecer internado
por 48 horas. 4º passo: Preencher as demais colunas com agru-
e) Mário, você deve ser internado imediatamente! pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela meta-
de do agrupamento anterior.
 Lembrando das exceções de proposições lógicas, Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima
 percebemos que as letras B, C e E já podem ser des- será de 1 em 1).
consideradas. Sobrando as letras A e D. A nomencla-
tura condicional refere-se ao conectivo lógico “se..., P Q PVQ
então”. Na letra A temos uma conjunção (conectivo
e) disfarçado pela “virgula + entretanto”, portanto V V
descartamos. Resposta: Letra
Letra D.
D. V F
F V
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que segue,
a respeito de lógica proposicional. F F
  A sentença “No Livro dos Heróis da Pátria consta o
nome de Francisco José do Nascimento, o Dragão do Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisa-
Mar, por sua atuação como líder abolicionista no esta- mos aprender qual o resultado que teremos quando com-
do do Ceará.” é uma proposição simples. binamos os valores lógicos usando os conectivos lógico.
Número de linhas da tabela verdade:
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 2n = 2proposições  (onde n é o número de proposições).
Vamos caminhar mais um pouco e aprender todas
“No Livro dos Heróis da Pátria consta o nome de as combinações lógicas possíveis para cada conectivo
 Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, lógico.
 por sua atuação como líder abolicionista no estado
do Ceará” é uma proposição simples. Se a propo- Negação (~P)
sição possui uma única oração (único verbo) ela é
simples. Resposta: Certo. Uma proposição quando negada, recebe valores
lógicos opostos dos valores lógicos da proposição ori-
TABELA VERDADE ginal. O símbolo que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.
Trata-se de uma tabela na qual conseguimos
apresentar todos os valores lógicos possíveis de uma P ~P
proposição. V F
F V
Números de Linhas de Tabela Verdade

Neste momento, vamos aprender a construir tabe- Dupla Negação ~(~P)


las-verdade para proposições compostas. A dupla negação nada mais é do que a própria
pró pria pro-
1º  passo: 
passo:  Contar a quantidade de proposições posição. Isto é, ~(~P) = P
envolvidas no enunciado.
Exemplo: P v Q (temos duas proposições).
2º passo: Calcular a quantidade de linhas da tabela P ~P ~ (~ P )
usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número de V F V
proposições).
140 Exemplo: P v Q = 2 2 = 4 linhas. F V F

Conectivo Conjunção “e” (^) Condicional falsa


falsa::
Vai Ficar Falsa
Só teremos uma resposta verdadeira quando todos V à F = F
os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.
TAUTOLOGIA
P Q P^Q
É uma proposição cujo valor lógico é sempre
V V V verdadeiro.
V
F F
V FF gia,Exemplo 1: A
pois o seu proposição
valor ∨  (~P) éV,uma
lógico éPsempre tautolo-
conforme a
tabela-verdade.
F F F

Conectivo Disjunção “ou” (v) P ~P P V ~P


V F V
Teremos resposta verdadeira quando pelo menos F V V
um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro.
Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PàQ) é uma
P Q PVQ tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só
V V V possui V.
V F V
F V V P Q ( P ^ Q) (PàQ)   (P^Q)→(PàQ)
F F F V V V V V

Conectivo Disjunção Exclusiva “ou...ou” ( v ) V F F F V


F V F F V
Teremos resposta verdadeira quando os valores F F F V V
lógicos envolvidos forem diferentes.
CONTRADIÇÃO
P Q PVQ
É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.
V V F Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradi-
V F V ção, pois o seu valor lógico é sempre F, conforme a
F V V tabela-verdade.
F F F
P ~P P ^ (~ P )
Conectivo Bicondicional “se e somente se” ( à) V F F
F V F
Teremos resposta verdadeira quando os valores
lógicos envolvidos forem iguais. CONTINGÊNCIA

P Q PàQ Sempre que uma proposição composta recebe


V V V valores lógicos falsos e verdadeiros, independente-
mente dos valores lógicos das proposições simples
V F F componentes, dizemos que a proposição em questão é
F V F uma contingência
contingência.. Ou seja, quando a tabela-verdade
apresenta, ao mesmo tempo, alguns valores verdadei-
F F V
ros e alguns falsos.
Conectivo Condicional “se...,então” (→) Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma
contingência, conforme a tabela-verdade.
Especialmente nesse caso, vamos aprender quan-
do teremos o resultado falso, pois o conectivo con- P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q)
dicional só tem uma possibilidade de isso ocorrer. V V F F F
Somente teremos resposta falsa quando o valor lógico V F V V V      A
     C
do antecedente for verdadeiro e o consequente falso. F V F V V      I
     T
      Á
F F F V V      M
P Q P → Q      E
     T
V V V      A
z  Tautologia:  uma proposição que é sempre
Tautologia:  sempre        M
V F F verdadeira;
F V V z  Contradição:
Contradição: uma
 uma proposição que é sempre
sempre falsa;
 falsa;
z  Contingência:
Contingência: uma
 uma proposição que pode assumir
F F V valores lógicos V e F, conforme o caso. 141

5. (VUNESP – 2018) Seja M a armação: “Marília gosta


  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS de dançar”. Seja J a armação “Jean gosta de estu-
estu-
dar”. Considere a composição dessas duas arma-arma -
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Acerca da lógica senten- ções: “Ou Marília gosta de dançar ou Jean gosta de
cial, julgue o item que segue. estudar”. A tabela-verdade que representa correta-
correta -
  Se uma proposição na estrutura condicio
condicional
nal — isto é, na mente os valores lógicos envolvidos nessa situação
s ituação é:
forma P→P→Q, em que P e Q são proposições simples
simples — for
falsa, então o precedente será, necessariamente,
necessariamente, falso.
TABELA - VERDADE
M J O u M ou J
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADO O V V 1
Veja que P→Q foi considerado falso pelo enunciado V F 2
da questão. Assim na condicional para ser falso a F V 3
regra é que o Precedente (antecedente) seja verda- F F 4
deiro o seguinte (consequente) falso. Lembre-se da
dica: Vai Ficar Falso = V à F. Resposta: Errado.   Os valores 1, 2, 3 e 4 da coluna “Ou M ou J” devem ser
preenchidos, correta e respectivamente, por:
2. (AOCP – 2019) Considere a proposição: “O contingen-
te de policiais aumenta ou o índice de criminalidade
a) V, F,
F, V e F.
F.
irá aumentar”. Nesse caso, a quantidade de linhas da
tabela verdade é igual a b) F, V, V e F.
c) F, F,
F, V e V.
V.
a) 2. d) V, F, F e V.
b) 4. e) V, V, V e F.
c) 8.
d) 16. Veja que precisamos saber quando o resultado das
e) 32. combinações lógicas do conectivo “ou...ou” dá ver-
dade. Lembrando da nossa parte teórica, sempre
O número de linhas da tabela-verdade depende do que tivermos valores lógicos diferentes, o resultado
número de proposições e é calculado pela fórmula: será verdadeiro. Sabendo disso,
 2ⁿ. Assim,
O contingente de policiais aumenta (1º proposição)
p roposição) M J Ou M ou J
O índice de criminalidade irá aumentar (2°
V V F
 proposição)
 2 2 = 4 linhas.
linhas. Resposta: Letra B. V F V
F V V
3. (FUNDATEC – 2019) Trata-se de um exemplo de tauto- F F F
logia a proposição:
 Resposta: Letra B.
a) Se dois é par então é verão em Gramado.
b) É verão em Gramado
Gramado ou não é verão em Gramado.
Gramado. CONECTIVOS LÓGICOS
c) Maria é alta ou Pedro é alto.
d)
e) É verãonão
Maria eméGramado se enão
alta e Pedro somente
é alto. se Maria é alta. Conceito
Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como
Você precisa guardar essa dica: A proposição que também podem ser chamados, servem para ligar duas
contiver uma armação com o conectivo ou mais a ou mais proposições simples e formar, assim, propo-
negação dessa mesma armação (ou vice-versa) será sições compostas.
sempre uma tautologia. Então, Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
 É verão
verão em Gram
Gramado
ado ou não
não é ver
verão
ão em
em Gramad
Gramado.o. um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
 A prop
proposiç ão p ∨  (~p) é uma tautologia, pois o seu
osição Veja a tabela abaixo:
valor lógico é sempre “verdadeiro”. Resposta: Letra B.
Tabela de conectivos
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018)  Julgue o seguinte
item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
argumentação. C O N E CT I V O NOMENCLATUR A SÍMBOLO L E IT U R A
  Se P e Q são proposições simples, então a proposição e Conjunção ^ p e q
→Q]
[P→
[P ∧P é uma tautologia, isto é, independentemente
Q]∧
ou Disjunção v p ou
ou q
 q
dos valores lógicos V ou F atribuídos a P e Q, o valor
lógico de [P→
[P→Q]
Q]∧
∧P será sempre V. ou...ou Disjunção v Ou p
Ou p ou
ou q
 q
exclusiva
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO Condicional
se...,então   → Se p,
Se p, então
então q
 q
(implicação)
 Basta perceber que o conectivo em questão é o “E” p se e
(Conjunção), que só é verdadeiro quando as duas se e Bicondicional
somente
são verdadeiras, sendo assim se P for falso, já irá somente se (bi-implicação)
se q
se q
142 invalidar o argumento. Resposta: Errado.

z  Conjunção (conectivo “e”):


“e”):  Sua representação z  Conectivo “e” usando “mas”
simbólica é ^.
Exemplo: Jurema é atriz, mas
mas Pedro
 Pedro é cantor;
Exemplo:
z  Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
ambos”
 Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
gato come banana; Exemplo: Baiano é corredor ou
ou   ele é nadador,
  Na linguagem simbólica: p ^ q. mas não ambos;
z  Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”):
“ou”): Sua repre- z  Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
sentação simbólica é v. Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
Exemplo: Exemplos:
Desde que faça
que faça sol,
sol, Pedrinho vai à praia.
  Na linguagem natural: Maria é bailarina ou Caso você
Caso você estude,
estude, irá passar no concurso.
 Juliano é atleta; Basta Ana
Basta Ana comer massas,
massas, e engordará.
  Na linguagem simbólica: p v q.
Quem joga
Quem  joga bola é rápido.
Todos os
Todos  os médicos sabem operar.
z  Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”):
“ou...ou”):  Sua Qualquer criança
Qualquer  criança anda de bicicleta.
representação simbólica é: v. Toda vez que chove
que chove,, não vou à praia.
Exemplo: Dica
  Na linguagem natural: 
natural: Ou
Ou o
 o elefante corre rápi- Na condicional a 1° proposição é o termo ante-
do ou
ou a
 a raposa é lenta; cedente  e a 2° é o termo consequente.
cedente e consequente.
  Na linguagem simbólica: 
simbólica: p v q. P à Q
P = antecedente
z  Condicional  (conectivos “se, então”):
Condicional  então”):  Sua repre- Q = consequente
sentação simbólica é 
é →.

Exemplo:
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
  Na linguagem natural: 
natural:  Se
Se   estudar, então
então   vai
passar; 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) As proposições P, Q e R a
  Na linguagem simbólica: 
simbólica: p → q. seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João,
Carlos, Paulo e Maria:
z  Bicondicional (conectivo “se e somente se”):
se”): Sua   P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é
representação simbólica é ⟷. mentiroso”.
mentiroso ”. R: “Maria é inocente”.
  Considerando que ~X representa a negação da propo-
Exemplo: sição X, julgue o item a seguir.
  A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é
  Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e culpada.” pode ser representada simbolicamente por
somente se ele
se ele receber dinheiro; ↔(~R).
(~Q)↔
(~Q)
simbólica: p⟷q.
  Na linguagem simbólica: 
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
z  Negação: Uma proposição quando negada, recebe
Negação: Uma
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro- Veja que temos uma proposição condicional (se
posição original. O símbolo que iremos utilizar é então) e a representação simbólica apresentada é de
¬p ou ~p. uma bicondional. Representação da condicional ( à ). 
 Resposta: Errado.
Exemplos:
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o seguinte
p: O gato é amarelo. item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
~p: O gato não é amarelo. argumentação.
q: Raciocínio Lógico é difícil.   A proposição “A construção de portos deveria ser
~q: É falso que raciocínio lógico é difícil.
uma prioridade de governo, dado que o transporte
r: Maria chegou tarde em casa ontem.
~r: Não é verdade que Maria chegou tarde
ta rde em casa de cargas por vias marítimas é uma forma bastante
ontem. econômica de escoamento de mercadorias.” Pode ser
P∧Q, em que P e Q
representada simbolicamente por P∧      A
são proposições simples adequadamente escolhidas.      C
     I
A negação além da forma convencional, pode ser      T
escrita com as expressões abaixo:       Á
     M
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO      E
     T
É falso que ...      A
Não é verdade que...  A representação
representação simbólica apresentada para julgar-
julgar-      M
mos é de uma conjunção. E na questão foi apresen-
Agora que já fomos apresentados aos conectivos tada uma proposição composta pela condicional na
lógicos, vamos ver algumas “camuagens” dos opera-
opera -  forma “camuada”
“camuada” dentro de uma relação de causa
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado. 143

3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Considere as seguintes


proposições: P: O paciente receberá alta; Q: O paciente NOÇÕES DE CONJUNTOS
receberá medicação; R: O paciente receberá visitas.
  Tendo como referência essas proposições, julgue o INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS
item a seguir, considerando que a notação ~S signica
a negação da proposição S. Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas
  A proposição ~P ~P→→[Q ∨R] pode assim ser traduzida: Se
[Q∨ que possuem a mesma característica, por exemplo,
numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só
o paciente receber alta, então ele não receberá medi- bebem cerveja ou o conjunto daquelas que só gostam
cação ou não receberá visitas. de músicas eletrônicas.
Representamos um conjunto da seguinte forma:
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
Conjunto X
 P: O paciente receberá
receberá alta;
~P: O paciente não receberá alta;
y
Q: O paciente receberá medicação;
 R: O paciente receberá
receberá visitas.
 A proposição ~P→[Q∨ R] pode assim ser traduzida:
traduzida: x
Se o paciente NÃO receber alta, então ele receberá
medicação ou receberá visitas. 
visitas.  Resposta: Errado.
Podemos armar que no interior do círculo há
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item a seguir, a todos os elementos que pertencem (compõem) ao con-
respeito de lógica proposicional.  junto X, já na parte externa do círculo, estão todos os
  A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo elementos que não fazem parte de X, ou seja, “y” não
Estado é consequência da radicalização da sociedade pertence ao conjunto X.
civil em suas posições políticas.” pode ser corretamente
representada pela expressão lógica P→ P→Q, em que P e Q
são proposições simples escolhidas adequadamente. Dica
No gráco acima podemos dizer que o elemento
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO “x” pertence ao conjunto X e o elemento “y” não
pertence.
 A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é
(verbo de ligação) consequência da radicalização Matematicamente, usamos o símbolo Є para indi-
da sociedade civil em suas posições políticas.
p olíticas. Temos car essa relação de pertinência. 
pertinência. Isto é: x Є X, já o ele-
apenas um verbo e por esse motivo é uma proposi- mento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o
ção simples. símbolo ∉ para essa relação de não pertinência. Mate-
Cuidado com o uso da palavra consequência em maticamente: y ∉ X.
 proposições como esta. Em determinadas situações,
de fato, teremos uma proposição condicional, senão Complemento de um conjunto
vejamos:
 Passar (verbo no innitivo) é consequência de estu- O complemento de X é o conjunto formado por
dar (verbo no innitivo)
todos os elementos do Universo e o elemento “y” faz
parte dele, claro que com exceção daqueles que estão
 Nesse caso temos
condicional. umaErrado.
Resposta: proposição composta pela presentes em X. Representamos Co complemento, ou
complementar, pelo símbolo X .  Podemos armar
que “y” não pertence a X, mas pertence ao conjunto
5. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Considerando os símbo- complementar de X: matematicamente: y Є XC.
los normalmente usados para representar os conecti-
vos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica Interpretando regiões e conhecendo a Interseção e
proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sen- União de Conjuntos
tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim-
ples sejam representadas por letras maiúsculas. Uma outra situação é quando temos dois conjuntos
conj untos
  A sentença A scalização federal é imprescindível (X e Y), podemos representar da seguinte forma, no
para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto geral:
dos medicamentos que a população consome pode
ser representada simbolicamente por P∧ P∧Q. X  Y
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

 Para ser proposição composta, haveria mais de um


verbo na frase, por isso, a frase em questão é con-
siderada uma proposição simples. Procure o verbo
na oração. a b c
 A scalização federal
federal é imprescindível para
para manter
a qualidade tanto dos alimentos quanto dos medica-
144 mentos que a população consome. Resposta: Certo. d

Interpretando os conjuntos acima, temos: X


O elemento “a” pertence apenas ao conjunto X,
pois ele está numa região que não tem contato com
o conjunto Y, já o elemento “c” faz parte somente ao
conjunto Y.
Perceba que o elemento “b” pertence aos dois con-  Y
 juntos, ou seja, faz parte da interseção entre os con-
Y. A representação simbólica é feita por X ∩
 juntos X e Y.
Y. Como o elemento “b” faz parte dessa região, temos:
b Є (X ∩ Y) – o elemento “b” pertence à interseção
dos conjuntos X e Y.
 Já o elemento
elemento “d”
“d” não faz parte
parte de nenhum dos dois
dois Perceba que realmente X ∩ Y = Y. Quando temos
conjuntos. Logo, podemos dizer que “d” não pertence à a situação acima, podemos dizer que o conjunto Y
União entre os conjuntos X e Y. A união é a junção das está contido no conjunto X, representado matemati-
representado  matemati-
regiões dos dois conjuntos e é representada simbolica- camente por Y ⊂  X. Ou podemos dizer ainda que o
mente por X ∪ Y. Assim, d ∉ (X ∪ Y) – o elemento “d” conjunto X contém o conjunto Y, representado mate-
não pertence à união entre os conjuntos X e Y. maticamente por X ⊃ Y  Y..
Vamos analisar uma outra situação:

X  Y Importante!
Entenda a diferença:
●  Falamos que um elemento
elemento   pertence ou não
 a um conjunto
pertence a
pertence conjunto;;
X–Y X ∩ Y  Y – X ● Falamos que um conjunto
conjunto  está contido ou não
contido em outro conjunto
está contido em conjunto..

Representação de Conjunto usando Chaves


Nesta representação, podemos interpretar a região Geralmente usamos letras maiúsculas para repre-
X – Y  (diferença de conjuntos) como sendo a região
sentar os nomes de conjuntos, e minúsculas para
formada pelos elementos de X que não fazem parte do
conjunto Y. Veja o exemplo: representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b, c,
d} etc. Ainda podemos utilizar notações matemáticas
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} para representar os conjuntos. Veja o exemplo abaixo:
 Y = {5, 6, 7, 9, 10}
A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}
X – Y =
Y = basta tirar de X os elementos que estão nele
e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3, 4, 8} Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
acima da seguinte maneira: o conjunto A é compos-
 Já no caso da região Y – X,
X, temos: to por todo
todo   x pertencente ao conjunto dos números
inteiros, tal que x
que x é maior ou igual a zero.
Agora, veja um outro exemplo:
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
 Y = {5, 6, 7, 9, 10} B = {∃ x Є Z | x > 5}
> 5}
Y – X = {9, 10}
Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto
Podemos falar, também, da região de interseção  B existe
existe x x pertencente ao conjunto dos números intei-
dos conjuntos X ∩ Y. ros , tal que 
que x é maior do que 5.
5.
Agora vamos esquematizar todas as simbologias
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} para que você possa gravar mais facilmente e aplicar na
 Y = {5, 6, 7, 9, 10} hora de resolver as questões. Observe a tabela a seguir:
X ∩ Y = {5, 6, 7}
S Í M B O LO NO ME E X P L I C A Ç ÃO
E por m, vamos identicar a união entre os
conjuntos X e Y.
Y. Observe que vamos juntar todos os Ex: X = {a,b,c} representa
elementos dos dois conjuntos, mas sem repetir os
repetir os ele- {,} chaves o conjunto X composto
mentos presentes na interseção. Veja: por a, b e c
Signica que o conjunto
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} conjunto
{ } ou ∅ não tem elementos, é um
 Y = {5, 6, 7, 9, 10} vazio
conjunto vazio      A
X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}      C
     I
Signica “Para todo” ou      T
∀ para todo       Á
Para qualquer que seja      M
Relação de “Contém”/“Não
Contido”/“Não Está Contido”Contém” e “Está
entre Conjuntos pertence Indica relação de pertinên-      E
     T
Є cia de elementos.      A
     M
Em algumas situações, a intersecção entre os con- Indica relação de não per-
 juntos X e Y pode ser todo o conjunto
conju nto Y, por exemplo. ∉ não pertence
tinência de elementos.
Isso acontece quando todos os elementos de B são tam-
bém elementos de A.
A. Veja isso no gráco abaixo: ∃ existe Indica relação de existência.
145

S Í M B O LO NO ME E X P L I C AÇ Ã O 3. Preencha as informações de dentro para fora (da


interseção para as demais informações);
Indica que não há relação
∄ não existe
de existência
Matemática Português
Indica que um conjunto
⊂ está contido está contido em outro
conjunto.
Indica que um conjunto
não está
⊄ não está contido em ou-
contido
tro conjunto
Indica que determinado 10
⊃ contém conjunto contém outro
conjunto
Indica que determinado
⊅ não contém conjunto não contém ou- 4. Preencha as demais informações no diagrama;
tro conjunto
Serve para fazer a ligação Matemática (20) Português (30)
entre a composição de um
| tal que
conjunto na “representa-
ção em chaves”
união de
A ∪ B Lê-se como “X união Y”.
conjuntos
interseção de
Lê-se como “X intersec- 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
A ∩ B
conjuntos ção Y”
diferença de
Lê-se como “diferença de
A-B
conjuntos A com B”
Refere-se ao complemen- 5
XC complementar
to do conjunto X
Total = X
Diagrama de VENN 20 gostam de Matemática
30 gostam de Português
Vamos entender como se resolve questões que 10 gostam dos dois
envolvem Operações com Conjuntos se
Conjuntos se relacionan- 10 gostam apenas de Matemática
do. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira 20 gostam apenas de Português
como desenvolvemos suas resoluções:
5 não gostam de nenhuma
z  Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Mate-
mática, 30 gostam de Português, e 10 gostam das 5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam tos envolvidos;
de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos
há nessa sala de aula? Matemática (20) Português (30)
Siga os passos abaixo:
1. Identique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas;
3. Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
4. Preencha as demais informações no diagrama;
diagrama; 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos.
Vamos à resolução:
5
1. Identique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas; 10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.
Matemática Português Também seria possível resolver esse tipo de ques-
tão usando a seguinte fórmula:

n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)


Esta fórmula nos diz que o número de elementos
da União entre os conjuntos X e Y (X ∪ Y)
 Y)  é dado pelo
número de elementos de X, somado ao número de ele-
mentos de Y, subtraído do número de elementos da
146 interseção (X ∩ Y). Aplicando no exemplo, temos:

Matemática (M) 4. Preencha as demais informações no diagrama;


Português (p)
André Bernardo
n(M
n( M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)
n(M
n( M ∪ P) = 20 + 30 – 10
n(M
n( M ∪ P) = 40
Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou
Português (aqui já está incluso quem gostam das duas
matérias). Para nalizar a resolução, devemos apenas 0 12 0
somar os 5 alunos que não gostam das duas matérias.
Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala. 10

z  Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quando 9 4


nós tivermos 3 conjuntos será possível resolver o pro
pro--
blema por meio de Diagramas de Venn ou por meio
de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo: 0 Carol

André, Bernardo e Carol ouviram certa quantida- 6


de de músicas. Nenhum deles gostou de seis músicas
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou-
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram, Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro mos que os três gostaram de dez músicas, depois
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve
hou ve preenchemos com as demais informações:
música alguma que somente um deles tenha gostado. 12 músicas que somente André e Bernardo gosta-
O número de músicas que eles ouviram foi? ram (na interseção entre os 2 apenas);
Siga os passos abaixo: 9 que somente André e Carol gostaram;
4 que somente Bernardo e Carol gostaram;
1. Identique os conjuntos; 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três
2. Represente em forma de diagramas; conjuntos).
3. Preencha as informações de dentro para fora (da Os “zeros” representam o fato de que não houve
4. interseção
Preencha aspara as demais
demais informações);
informações no diagrama;
diagrama; música
Logo,que
vemsomente um
a última deles tenha gostado.
etapa:
5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. 5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos;
Vamos à resolução:
1. Identique os conjuntos; Total = X
2. Represente em forma de diagramas; 6+0+12+10+9+0+4+0=X
X = 41 músicas
André Bernardo
Questões com três conjuntos podem ser resolvidos
usando a fórmula abaixo:

n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X


∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z)

Traduzindo a fórmula:
Total de elementos da união = soma dos conjuntos
 – interseções dois a dois + interseção dos três
Bom! Já vimos a teoria e precisamos praticar o que
aprendemos, não é mesmo? Vamos praticar!
Carol

3. Preencha as informações de dentro para fora (da   EXERCÍCIOS COMENT


COMENTADOS
ADOS
interseção para as demais informações);
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece-
André Bernardo beu um grande carregamento de frango congelado,
carne suína congelada e carne bovina congelada, para
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner      A
     C
     I
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres      T
foram carregados com carne bovina; 450, com carne       Á
10 suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne      M
     E
     T
suína
Nessaesituação
carne bovina; 100, com frango e carne suína.
hipotética,      A
     M
250 contêineres foram carregados somente com car-
ne suína.
Carol

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 147

Vamos extrair as informações e colocar dentro dos 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece-
diagramas: beu um grande carregamento de frango congelado,
800 contêineres distribuição; carne suína congelada e carne bovina congelada, para
0 contêineres com os 3 produtos; exportação. Esses produtos foram distribuídos em
 300 contêineres carne bovina; 800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
 450 contêineres carne suína;
suína; foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
100 contêineres com frango e carne bovina; foram carregados com carne bovina; 450, com carne
150 contêineres com carne suína e carne bovina; suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
100 contêineres com frango e carne suína. suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
Nessa situação hipotética,
400 contêineres continham frango congelado.
Bovina Frango
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
50 100 X
Com as informações colocadas nos diagramas na
questão anterior, podemos somar todas as informa-
ções que não possuem contato com o conjunto de
0  frango e subtrair
subtrair do total. Veja:
Veja:
50 (só bovinos);
150 100 150 (bovinos e suínos);
 200 (só suínos).
200 Somando tudo isso, teremos 400 contêineres com
Suína
outras carnes, o que sobrou do total será a resposta
 para a questão.
800-400= 400 contêineres contêm franco. (Lembre-se, a
banca não perguntou somente frango). Logo, 400 con-
Veja que apenas 200 contêineres foram carregados
somente com carne suína. Resposta: Errado. têineres continham frango congelado. Resposta: Certo.

2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado porto rece- 4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30


beu um grande carregamento de frango congelado, passageiros que desembarcaram
voo e que estiveram nos países A, Bde
ou determinado
C, nos quais
carne suína congelada e carne bovina congelada, para
exportação. Esses produtos foram distribuídos em ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner para ser examinados. Constatou-se que exatamente
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
foram carregados com carne bovina; 450, com carne em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína. Com referência a essa situação hipotética, julgue os
Nessa situação hipotética, itens que se seguem
50 contêineres foram carregados somente com carne   Se 11 passageiros estiveram em B, então mais de 15
bovina. estiveram em A.

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

Vamos extrair as informações e colocar dentro dos  Dos 30 passageiros, são 25 que estiveram apenas
diagramas: em A ou B, de modo que os outros 5 passageiros esti-
800 contêineres distribuição; veram apenas em C. Veja ainda que 6 passageiros
0 contêineres com os 3 produtos; estiveram A e B, de modo que os outros 19 estiveram
 300 contêineres carne bovina; somente em um desses dois países. Logo,
 450 contêineres carne suína;
suína;
100 contêineres com frango e carne bovina; A B
150 contêineres com carne suína e carne bovina;
100 contêineres com frango e carne suína.
Bovina Frango
X 6 25 – 6 – x =
50 100 X
19 – x

150 100

200 Suína 5
C

Veja que exatamente 50 contêineres foram carrega-


148 dos somente com carne bovina. Resposta: Certo.
 

Sabemos que o número de pessoas que estiveram em Para toda distância percorrida nesta tabela, existe
 B é dado pela soma 6 + (19 – X). Ou seja, um único correspondente de valor pago por corrida.
11 = 6 + (19 – X) Um matemático diria que o valor pago na corrida de
11 = 25 – X  taxi está em função da distância percorrida. Se cha-
 X = 25 – 11 marmos  D  D   de distância e VP
VP   de valor pago, pode-se
 X = 14 escrever então a fórmula que represente essa função:
 Logo, as pessoas que estiveram em A são X + 6 = 14 VP = 2D + 5, onde as duas letras na fórmula são as
+ 6 = 20. Resposta: Certo.
Certo. variáveis, tendo VP VP variando
 variando de acordo com a varia-
ção de D
de D,, isto é, VP
VP está
 está em função de D
de D.. A fórmula da
5. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Situação hipotética: A função permite escrever a sua correspondente Tabe-
ANVISA realizará inspeções em estabelecimentos la, bastando substituir os valores D
valores  D e
 e obter seus res-
comerciais que são classicados como Bar ou Res- Res - pectivos VPVP.. Podemos dizer ainda, que o valor xo na
taurante e naqueles que são considerados ao mesmo fórmula (cinco) seria o valor da bandeira.
tempo Bar e Restaurante. Sabe-se que, ao todo, são 96 Denição: Uma relação   de um conjunto A
conjunto A em
 em
estabelecimentos a serem visitados, dos quais 49 são um conjunto B
conjunto  B,, ou uma função   de
 de A
 A em
 em B
 B,, que é
classicados como Bar e 60 são classicados como denotado por  : A → B, e apresenta a seguinte pro-
Restaurante. Assertiva: Nessa situação, há mais de 15 priedade: ⩝x ϵ A, existe um único
único y
 y ϵ B tal que (x,
estabelecimentos que são classicados como Bar e y) ϵ  .
como Restaurante ao mesmo tempo. Na gura abaixo, observa-se que as relações   e  e g 
 g  
não são funções, pois para   nem todo elemento de A de  A  
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO tem um respectivo em Bem  B.. Já para a relação  g , não se
tem todo elemento de A
de  A com
 com um único respectivo em
 Extraindo os dados:  B.. A relação h: esta sim é uma função, visto que para
 B
todo elemento
todo  elemento de A
de A existe
 existe um único
único respectivo
 respectivo em B
em B,,
total: 96;
bar: 49; A f B
restaurante: 60.
Somando tudo, temos 49 + 60 = 109. Passou o total de
96, porque estamos contando 2x vezes os estabeleci-
mentos que estão na interseção. Logo, descontamos
o que passou do total. 109 - 96 = 13 estabelecimentos
que são classicados como Bar e como Restaurante
ao mesmo tempo. Resposta: Errado.

A g B

RELAÇÕES E FUNÇÕES, FUNÇÕES


POLINOMIAIS,FUNÇÕES
EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES, RELAÇÕES E
FUNÇÕES
A B
O conceito de função é um dos mais importantes H
em toda a matemática. Essa teoria aparece em mui-
tos momentos do nosso cotidiano e seu uso pode ser
encontrado em diversos assuntos, como por exemplo,
qual seria o preço a ser pago numa conta de luz que
depende da quantidade de energia consumida?
consu mida? Ou será
que a temperatura inuencia o aumento de vendas de
sorvete? E assim, o seu estudo se torna apropriado para
que sua aplicação ajude na resolução de problemas. Geralmente existe uma expressão y =    (x) que
Toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de expressa todos os elementos da relação, assim, para
associação entre eles, que faça corresponder a todo representar uma função  , de A em B, segundo uma
elemento do primeiro conjunto um único elemento do lei de formação, tem-se:
segundo, ocorre uma função, ou dizemos que um está
  = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y =   (x)} ou      A
em função do outro. Podemos representar uma função      C
 : A → B      I
de duas maneiras, tabela ou fórmula. Abaixo segue x ↦  (x)
     T
      Á
uma tabela que relaciona dois conjuntos, distância per-      M
     E
corrida e valor pago em uma corrida de taxi: Por exemplo, a função  , que associa a cada núme-      T
     A
ro real x ao número 2x é expressa da seguinte forma:      M
DISTÂNCIA
DISTÂNCIA PERCORRIDA 10 15 20 25
(KM)   = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 2x} ou
VALOR PAGO (R$) 25 35 45 55  : A → B
x ↦ 2x 149
 

Domínio, Contra Domínio e Imagem da função Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras

O domínio ( D) D) de uma função é sempre o próprio As Funções Injetoras são


Injetoras são funções tais que os dis-
conjunto de partida, ou seja, é formado por todos os
tintos elementos do domínio se relacionam com dis-
possíveis elementos do conjunto A
conjunto A (  ( D=A)
 D=A) e nos grácos
são os valores que a abscissa (eixo x 
(eixo  x ) pode assumir. O tintos elementos da imagem, ou seja, dois elementos
contra domínio (CD=B (CD=B)) é o conjunto de chegada, for- do domínio não podem ter a mesma imagem (Figura
mado por todos os elementos do conjunto B
conjunto  B e e são for- 5a). Uma função : ℝ → ℝ dada por (x) = 4x é injetora,
mados por todos os valores que as ordenadas (eixo  y  y)) visto que para x 1  ≠  x2tem-se 4x1  ≠  4x2, logo,   (x 1) ≠  
podem assumir. A imagem ( Im)  Im) é formada por todos os
elementos do contra domínio que se relacionam com (x2).
algum elemento do domínio. Assim, quando todo ele- a) Diagrama para funções injetoras
mento x ϵ A está associado a um elemento y ϵ B, dize- dize -
mos que y
que y é é a imagem de x 
de x , e denotamos por y = (x).
Seja uma função  :  ℕ →  ℕ, ou seja, com domínio
e contra domínio nos naturais, denida por y =  (x)
= x + 2. Seu conjunto imagem é formado por meio da
substituição dos valores de x = {0, 1, 2, 3, 4, ...}, perten-
perten-
  →
cente aos ℕ, em y = (x), então para x = 1  y = (1) = 1  
+ 2 = 3, e assim sucessivamente, de modo geral, a  Im(
  ) = x + 2.

Importante!
b) Diagrama para funções sobrejetora
Se tivermos um elemento do conjunto de parti-
da (A) do qual não tem seu respectivo valor em
relação ao conjunto (B), então essa relação não
é função.

O domínio
domínio é
as operações  é um subconjunto
indicadas em y =  (x)dos
sãoℝpossíveis.
no qual todas
Para
a função abaixo qual seria seu domínio?

√ x – 2
 (x) = c) Diagrama para funções bijetoras
√ 3 – x

Assim, o domínio são todos valores possíveis para


 x  tal
  tal que y =  (x) exista nos reais. Tem-se duas restri-
ções na função, a primeira que não existe raiz quadra-
da negativa e que o denominador não seja nulo. Para
isso faremos:
x – 2 ≥  0 →  x ≥  2 e 3 – x > 0 →  x < 3, note que a
desigualdade do denominador exclui o zero. Assim, a
intersecção dessas duas condições é 2 ≤ x < 3. Logo, o
domínio é D = {x ϵ R| 2 ≤ x < 3}.

As Funções Sobrejetoras 
Sobrejetoras  são funções nas quais
o seu conjunto imagem ( Im)  Im) é igual ao contra domí-
nio (CD
(CD),), isto é, Im=CD=B
é, Im=CD=B (Figura
 (Figura 5b). Em funções que
aconteçam as duas situações ao mesmo tempo, ou
seja, a função é Injetora e Sobrejetora, então dizemos
que ela é uma Função Bijetora (Figura 5c).

Funções Pares e Ímpares

Uma função é dita par  par  se, e somente se,  (x) =


 (–x), para todo x ∊ D, ou seja, valores simétricos de x 
de  x  
devem ter a mesma imagem em y em  y.. Por outro lado, se a
função for denida por  (–x) = –  (x), então dizemos a
Diagrama A e B, em relação ao domínio (D), contra domínio (CD) e
função é ímpar.
ímpar. Seja  :A→ B
 B,, os diagramas para 
para  fun-
150 imagem (Im). ções par e ímpar seguem na Figura 6.

 
a) Diagramas para funções pares Se  (x) 2x então, [g(x)] 2g(x), como temos tam
bém que [g(x)] = x + 3, logo:

x+3
 [g(x)] = 2g(x) = x + 3 → g(x) =
2

Relações entre Funções

A igualdade entre duas funções, é uma relação


entre funções 
funções  denida da seguinte forma: sejam as
funções  : A →  B  e  g: C →  D, são funções iguais se, e
somente se, A
se, A = C  e B
 e B = D e
D e (x) = g(x) para todo x ∊ A.
Assim, sendo A = {1, 2, 3} e B = {–2, –1, 0, 1, 2} e as
funções de A
de A em
 em B
 B denidas
 denidas por:

x2 – 1
 (x) = x – 1 e g(x) =
x+1
Assim, para o domínio A = {1, 2, 3} tem-se:

 (1) = 1 – 1 = 0
 (2) = 2 – 1 = 1
 (3) = 3 – 1 = 2

Diagramas para funções par (a) e ímpar (b). e

Funções de  x (  (x) = xn), denidas em    : ℝ →  ℝ, 12 – 1


com potências pares são funções pares e com potên- g(1) = =0
cias ímpares são funções ímpares, por exemplo,  (x) 1+1
= x 2 ou  (x) = x4 são pares2 e  (x)2 = x3 ou  (x) = x5 são3
ímpares, visto que, (x) = x  = (–x)  = (–x) e (–x) = (–x)   22 – 1
= –x3 = – (x). g(2) = =1
Observando o gráco de uma função par notamos
par notamos 2+1
que ela é simétrica em relação ao eixo das ordenadas
(eixo y). 32 – 1
 Já a função ímpar é
ímpar é simétrica em relação a origem g(3) = =2
((x, y) = (0, 0)) 3+1

Funções Periódicas e Compostas Como  (1) = g(1);  (2) = g(2);  (3) = g(3) para todo x
∊ A, temos que as funções são iguais.
Funções periódicas 
periódicas  a grosso modo são funções Podemos ter outras relações entre funções, funções, como
especiais de fácil identicação visual ou gráca, nas a soma de duas funções 
funções   e
 e g 
 g  denida
 denida por:
quais se observa uma característica de repetição do (  + g) (x) =   (x) + g(x).
decorrer da curva em intervalos subsequentes.
Uma função   : ℝ → ℝ é dita periódica
periódica de
 de tempo T , A diferença
diferença entre
 entre funções, denida por:
 tal que  (x) =  (x +
se existe uma constante positiva T  tal (  – g) (x) =   (x) – g(x).
T)
T , para
então,todo x ϵ ℝ. Assim,
   também se   é periódica
é periódica de períododenT período
, onde O produto
produto entre entre funções:
...
n ϵ ℕ,  (x) =  (x + T) =  (x + 2T) =   =  (x + nT). Por (  · g) (x) =   (x) · g(x).
exemplo, funções trigonométricas (x) =sen(x) e g(x) =
cos(x), são funções periódicas de período T  =  = 2π .
Para que uma função composta 
composta    com  g   exista, E o quociente
quociente entre
 entre funções:
cada uma delas    e  g   devem ser funções dentro do (  / g) (x) =   (x) / g(x), g(x) ≠ 0.
domínio e contra domínio denidos, ou seja,  : A → B  B  
e  g: B → C. C. Então,
 Então, para todo x ϵ A temos um único y ϵ Em cada uma das operações anteriores o domínio
B tal que y =  (x) e para todo y ϵ B tem-se um único z da função resultante consiste naqueles valores de  x  
ϵ C 
C   tal que z =  (y), logo, existe uma função h: A → C , que estão no domínio de cada uma das funções   e  g ,
denida por h(x) = z. Pode-se ainda indicá-la como οg sendo que quando tivermos o quociente existe a neces-      A
     C
     I
ou h(x) =  [g(x)]. sidade do denominador ser não nulo e algumas outras      T
Assim, sejam as funções  (x) = x2 + 2 e g(x) = 3x. A funções também podem ter restrições especícas,       Á
     M
composta de  οg é dada por  [g(x)] =  [3x] = (3x)2 + 2 como por exemplo, a função raiz quadrada que precisa      E
     T
= 9x2 +2. ser positiva. Logo, o domínio do resultado delas deve      A
 Já a composta de  gο  seria: g[  (x) ] = g[(x 2 +2)] = satisfazer as duas funções ao mesmo tempo.      M
3(x2 + 2) = 3x 2 + 2. Supondo duas funções (x) = √ x + 1 e g(x)
g(x) = √ x – 4 , os
os
Podemos ainda, conhecendo a composta composta  g ο , vol- domínios delas são D  = [–1, +∞[ e Dg = [4, +∞[, notem
tar para as funções individuais,   e  e g 
 g . Supondo  (x) = que raiz quadrada pode assumir somente valores
2x e  [g(x)] = x + 3, qual será a função g(x)? positivos incluindo o zero. 151

Se zermos
Se  zermos o quociente delas, teremos: Uma função : A → B  denida por y = (x) é dita fun-
 B denida
ção crescente em um intervalo, se para dois valores
 
quaisquer de x1 e x 2, pertencentes ao intervalo, se x1 <
√ x + 1
( /g)(x) = x2então (x1) < (x2). Ou seja, aumentando os valores de
√ x – 4  x  os
 os valores de y
de y também
 também aumentam (Figura 9a).
Uma função y =  (x) = 3x é uma função crescente
nos ℝ, visto que para qualquer x 1 < x2 →  3x1 < 3x2 para
O domínio da função quociente é D /g = ]4, +∞[, pois
todo  {x1, x2} ∊ ℝ.
todo
nesse caso o denominador não pode ser nulo. Uma função  : A →  B denida por y =  (x) é dita
função decrescente em um intervalo, se para dois
RAIZ DE UMA FUNÇÃO valores quaisquer de x1 e x 2, pertencentes ao interva-
lo, se x1  < x2 então  (x1) >  (x2). Ou seja, aumentando
Raiz, ou raízes
Raiz, raízes de
 de uma função, são também conhe- os valores de x 
de x  os
 os valores de y
de y diminuem
 diminuem (Figura 9b).
cidas como zero
zero da
 da função, ou seja, é quando o valor Uma função y =  (x) = –3x é uma função decres-
de
de x 
= 0. x  tenha
 tenha imagem, y  em zero ou nula, isto é, y =  (x)
imagem,  y em cente nos ℝ , visto que para qualquer x 1 < x2  → –3x 1 >
todo {x1, x2} ∊ ℝ.
 –3x2 para todo 
Assim, para determinar a raiz da função y = 2x – 1,
basta igualar tal função a zero e isolar o valor de x 
de x , logo:

1
y = 2x – 1 = 0 → 2x = 1 → x =
2

É raiz da função y = 2x – 1 e o ponto no plano car - a) b)


tesiano será:
Figura 9. Exemplos de funções crescente (a) e decrescente (b).
1
(x, y) = ,0 FUNÇÃO DEFINIDA POR MAIS DE UMA SENTENÇA
2

FUNÇÃO CONSTANTE, CRESCENTE E sãoFunções denidas


funções em que cadapor mais detem
subdomínio uma umasentença
função  
DECRESCENTE associada a ela e a união desses subdomínios forma
o domínio da função original  (x). Com isso, conse-
Uma relação  : ℝ  →  ℝ recebe a denominação de guimos construir o gráco das funções  (x) em cada
função constante quando
constante quando a cada elemento de x ∊  ℝ subdomínio, Figura 10, dois exemplos de funções
fu nções com
associa-se sempre o mesmo elemento c ∊  ℝ, ou seja, mais de uma sentença e diferentes subdomínios.
y =  (x) = c. O gráco da função constante é uma reta

{
paralela ao eixo das abcissas (eixo  x ) passando pelo  –x + 1, se x < –2
ponto (x, y) = (0, c), gura a seguir, assim o conjunto
Imagem ( Im)
 Im) de  é Im = {c}. a)   (x) =  x2 – 1, se – 2 ≤ x ≤ 1
 –x + 1, se x > 1

(Figura 10a);

 –x2 + 1, se x < 1

constante (x)
Função constante (x) = c.
b)   (x) = 
{ (x – 2)2 – 1, se x ≥ 1

Assim, temos exemplos de funções constantes (Figura 10b).


como mostra a gura a seguir.

y=4 y=–2

152 Exemplos de funções constante. (Figura 10a)

 
(Figura 10b)

FUNÇÃO INVERSA E SEU GRÁFICO

Uma função  : A → B  B,, bijetora de A


de  A em
 em  B
 B,, ou seja,
distintos elementos do domínio ( A)  A) se relacionam com
distintos elementos da imagem ( Im ( Im)) e a  Im=CD=B
 Im=CD=B,, a
relação inversa de    é uma função de  : B →  A, que
denominamos de função inversa e inversa e denotada por   -1.
Seja uma função :A→ B  B,, com A = {1, 2, 3, 4} e B = {1,
3, 5, 7}, denida por  (x) = 2x – 1,   = {(1, 1), (2, 3), (3,
5), (4, 7)}. Temos que   é bijetora visto que D  = A e a
Im  = B. A função inversa de   também é uma função
bijetora, visto que para todo y ∊ B existe um único x ∊ 
A tal que   –1 = {(y, x) | (x, y) ∊  }, onde   –1 = {(1, 1) | (3,
2), (5, 3), (7, 4)} D  –1 = B e Im  –1 = A. Logo, a sentença da
função inversa de   é denida por:

 (x) = y = 2x – 1 → 2x = y + 1 → x = y + 1


2
(a) (x)
Figura 11. Funções (a)  (b)  –1(x)
(x) = 2x – 1, (b)  –1(x) = (x + 1)/2 e (c) as
duas funções mais a bissetriz em pontilhado.
Logo, se   = {(x, y) ∊ A × B | y = 2x – 1}, então:
FUNÇÃO LINEAR, AFIM E QUADRÁTICA

   =
 –1
{ (y, x) ∊ B × A | x =
y+1
2
 { Função Linear e Am

A Função Linear é
Linear é uma aplicação de ℝ  ℝ → ℝ quan-
quan-
do cada elemento x ∊ ℝ associa o elemento ax ∊ ℝ com
O domínio da f é A que é a imagem de f  –1, já o a ≠ 0 e constante real, ou seja,  (x) = ax. a ≠ 0.
domínio de f  –1 é B que é a imagem da f. O gráco da função linear é uma reta que passa
Na Figura 11, vemos os grácos das funções   e  -1  pela origem e liga os pontos (x, y) = (x, ax) no plano
acima, percebemos pela Figura 11c que eles são simé- cartesiano (Figura 12).
tricos em relação a bissetriz nos quadrantes ímpares
do plano cartesiano. Para construir o gráco basta
plotar os pontos (x, y) ou (y, x) das duas funções no
plano cartesiano e traçar uma reta.

     A
     C
     I
     T
      Á
Linear  (x)
Figura 12. Gráco da Função Linear  (x) = 2x e o ponto (x, y) = (2, 4).      M
     E
     T
     A
A aplicação de ℝ  ℝ  →  ℝ, quando cada x ∊ ℝ estiver      M
associado ao elemento (ax + b) ∊  ℝ com a ≠  0, a  e b 
constante real, recebe o nome de Função Am, ou
seja,  (x) = ax + b; a ≠ 0, onde a é conhecido como coe-
ciente angular e b como coeciente linear. 153

O gráco para a função am,  (x) = ax + b, também


é uma reta, onde o coeciente angular indica a incli- incli-
nação da reta e o coeciente linear indica o local em
que a reta corta o eixo das ordenadas (eixo  y  y).
). Seja a
função am, (x) = 2x + 1, (x, y) = (0, 1) é o ponto onde a
reta corta o eixo y
eixo y,, com mais um ponto pode-se traçar
a reta que representa a função  (x). Assim, para x = 1
→ y = 3, ou seja, o ponto (x, y) = (1, 3), seu gráco segue
na Figura 13.
Assim colocando esses resultados sobre o eixo  x  
e adicionando os sinais vemos em quais intervalos
Importante! estão os sinais positivos e negativos da função.
2º caso: a < 0 (decrescente):
Uma função am,  
 (x)
(x) = ax + b, quando b = 0 ,

transforma-se na função
dizemos que uma funçãolinear, 
linear, é(x)
um=caso
linear (x) ax, assim,
parti-   (x) = ax + b > 0 → x < – b
;
cular da função am.  a

  (x) = ax + b < 0 → x > – b
;
 a

Am (x)
Figura 13. Gráco da Função Am (x) = 2x + 1 e o ponto (x, y) = (1, 3).
Seja a função  (x) = 2x + 1, sua raiz é dada por:
Uma Função Am é crescente
crescente sempre
 sempre que o coe-
ciente angular for positivo
positivo e
 e decrescente
decrescente quando
 quando o 1
2x + 1 = 0 → x = –
mesmo for negativo
negativo.. 2

Sinal da Função Am Como o coeciente angular é positivo (a = 2 > 0),


então o estudo de sinal de  (x) será:
O estudo do sinal de uma função  : A → B  B denida
 denida
por y = (x), é encontrar para quais valores de x 
de x  temos
 temos
 x > –  1
→  
 (x) > 0

 2
 (x) > 0,  (x) < 0 ou (x) = 0, com x ∊ D  .

Inicialmente, identicamos onde a função é igual  x < –  1
→  
 (x) < 0
a zero, ou seja, encontramos a raiz da função y =  (x). 
 2
Para isso fazemos y =  (x) = 0, para função am temos

a raiz sendo:

b
 (x) = ax + b = 0 → x = –
a

Agora, teremos dois casos para estudo do sinal da


função am, um quando o coeciente angular é posi-
posi-
tivo (a > 0) outro quando é negativo (a < 0):
1º caso: a > 0 (crescente): Inequações produto e quociente para Função Am

Sejam as funções (x) e g(x), as inequações produ-


b to delas
to  delas são dadas por:
 (x) = ax + b > 0 → x > – ;  (x) · g(x) > 0 ou  (x) · g(x) < 0 ou  (x) · g(x) ≥ 0 ou
 a  (x) · g(x) ≤ 0
 De acordo com a regra de sinais do produto de
 b
154  (x) = ax + b < 0 → x < – a ;
 números reais,
= –), assim, um temos quesolução
conjunto (+ × + =(S 
+);
( S  (– × –uma
) para = +);dessas
(+ × –

inequações pode ser encontrado da seguinte forma, De acordo com a regra de sinais do quociente de
seja a inequação produto (x) · g(x) > 0, para o produto números reais, temos que (+ ÷ + = +); (– ÷ – = +); (+
ser positivo temos duas situações:  (x) > 0 e g(x) > 0 ou ÷ – = –) e lembrando que o denominador da fração
 (x) < 0 e g(x) < 0. não pode ser nulo, assim, um conjunto solução (S  ( S )
Assim, para  (x) > 0 e g(x) > 0 encontramos a solu-
ção S1  para a  (x) > 0 e a solução S 2  para a g(x) > 0, para uma dessas inequações pode ser encontrado da
chegando na solução geral S1 ⌒ S2. seguinte forma, seja a inequação quociente:
Depois para  (x) < 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
ção S3 para a  (x) < 0 e a solução S 4 para a g(x) < 0,  (x)
chegando na solução geral S3 ⌒ S4 . ≥ 0
Por m, a solução para a inequação produto, (x) ·
Por m, a solução para a inequação produto,  (x) g(x)
g(x) > 0, é dada pela união das soluções anteriores,S =
{S1 ⌒ S2} ◡ { S3 ⌒ S4}. Raciocínio análogo para as outras
inequações produto. Para o produto ser positivo temos duas situações:
Tomemos como exemplo a inequação produto (x +  (x) ≥ 0 e g(x) > 0 ou  (x) ≤ 0 e g(x) < 0.
2) (3x – 1) > 0, ou seja,  (x) · g(x) > 0 →  (x) = x + 2 e g(x) Assim, para  (x) ≥ 0 e g(x) > 0 encontramos a solu-

= 3x – 1, seguindo os dois passos acima temos: ção S1 para  (x)  0geral
na asolução e a Ssolução S2 para a g(x) > 0,
chegando 1 ⌒ S2.
 x + 2 > 0 → x > – 2 Depois para  (x) ≤ 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
 ção S3 para a  (x) ≤ 0 e a solução S 4 para a g(x) < 0,
 1
chegando na solução geral S3 ⌒ S4 .
 3x – 1 > 0 → x > Por m, a solução para a inequação quociente:
 3
 (x)
≥ 0
g(x)

É dada pela união das soluções anteriores, S = {S1 


⌒  S2} ◡  {S3  ⌒  S4}. Raciocínio análogo para as outras
inequações quocientes.
Logo, a solução para esse primeiro caso é: Tomemos como exemplo a inequação quociente:

{
S1 ⌒ S2= x ∊ ℜ | x >
1  { (x + 2)
≥ 1
3 (3X – 1)

Ou seja,
 x + 2 < 0 → x < – 2


 1 (x + 2) (x + 2) (–2x + 3
 3x – 1 < 0 → x < ≥ 1 →  – 1 ≥ 0 → ≥ 0

 3 (3x – 1) 3x – 1 (3x – 1

Assim temos:

 (x)
> 0 →  (x) = – 2x + 3 e g(x) = 3x – 1
g(x)

Logo, a solução para esse segundo caso é S3 ⌒ S4 = Seguindo os dois passos acima temos:
{x ∊ R | x < – 2}. Assim, o conjunto solução para inequa-
ção produto (x + 2) (3x – 1) > 0 é:
 – 2x + 3 ≥ 0 → x –≤
3


 2

{ x  ℜ | x < –2 ou x > 1  {       A


S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = ∊  1
     C
3 3x – 1 > 0 → x >      I

 3      T
      Á
     M
Seja as funções (x) e g(x), as inequações quocien-      E
     T
tes delas
tes delas são dadas por:      A
     M

 (x)  (x)  (x)  (x)


> 0  o
 ou
u < 0  o
 ou
u ≥ 0  o
 ou
u ≤ 0
g(x) g(x) g(x) g(x) 155

Logo, a solução para esse primeiro caso é: (xv, yv) = 3 , – 1


2 4

{
S1 ⌒ S2= x ∊ ℜ |
1
<x≤
3  {
3 2 Logo seu gráco segue na Figura 14.

  – 2x + 3 ≤ 0 → x – ≥ 3
 2

1
 3x – 1 < 0 → x <

 3

Logo, a solução para esse segundo caso é {S3  ⌒ 


S4} = {∅}. Assim, o conjunto solução para inequação
quociente: Quadrática  (x)
Figura 14. Gráco da Função Quadrática  (x) = x2 – 3x + 2 com

(x + 2)
^ h
3 1
vértice: (xv, y v =   2 , – 4 e raízes (x1, y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0).
As raízes ou zeros da função quadrática são os valores de x tal que a
≥ 1  (x)
 (x) = ax2 + bx + c = 0.
(3x – 1)
Pela forma canônica tem-se que a função  (x) = ax2 
é: + bx + c pode ser escrita da seguinte forma:
2
b ∆
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = 1 <x≤
{
x ∊|   (x) = a
[ ]
ℜ 3 { x + 2a  – 4a2
3 2
Sendo ∆ = b2 – 4ac, o discriminante, igualando essa
Quando se está trabalhando algebricamente com função canônica a zero chegamos nos valores das
uma inequação e no momento que se tem a necessida-
ne cessida- raízes:
de de multiplicar por -1 ambos os lados para isolar x,
(–1) · – x ≤ – 3/2 · (–1) , não esqueça de também inver-
inver-
ter o sinal da inequação, cando nesse caso, x ≥ 3/2
 3/2 . .  – b ± √∆
x=
2a
Funções Quadráticas
Usando essa fórmula chegamos nas raízes da fun-
A Função Quadrática ou do 2º grau égrau  é uma apli- ção quadrática,  (x) = x2 – 3x + 2:
cação de ℝ →  ℝ quando cada elemento x ∊ ℝ associa
o elemento (ax2 + bx + c) ∊ ℝ com a ≠ 0, ou seja,  (x) = ∆ = b2 – 4ac = (–3) 2 – 4 · 1 · 2 = 9 – 8 = 1,
ax2 + bx + c; a ≠ 0 e a, b, c ∊ ℜ. Um exemplo de função
2

quadrática,
O gráco  (x) = xa –função
para 3x + 2; aquadrática,
= 1, b = –3,  
c (x)
= 2.= ax2  + x1 =  – (–3) – √ 1 = 3–1 =2
bx + c, é uma parábola, assim para sua construção é 2·1 2
necessário mais que dois pontos, diferente do visto
anterior na construção da reta. Inicialmente encon-  – (–3) + √ 1 3+1
x2 = = =2
tra-se os zeros ou raízes da função, o vértice e o pon- 2·1 2
to de encontro com o eixo y eixo  y.. São três coecientes na
função quadrática, a, b e c. O primeiro (a (a) indica se a Assim, as raízes para a função quadrática são: (x1,
concavidade da parábola está voltada para cima (a > y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0).
0) ou para baixo (a < 0), já o terceiro (c ( c) indica onde a
parábola corta o eixo das ordenadas (eixo y (eixo  y),), ou seja, Quando o valor de delta é negativo (∆ ( ∆ < 0) não
quando x = 0 ou y = c. Seja a função quadrática,  (x) temos raízes reais, pois raiz quadrada de um núme-
= x 2 – 3x + 2, (x, y) = (0, 2) é o ponto onde a parábola ro negativo é um número complexo. Quando o delta
corta o eixo y
eixo y,, com mais alguns pontos pode-se traçar é igual a zero (∆
(∆ = 0)
0) as duas raízes são iguais, ou seja,
a parábola que representa a função (x). Assim, as raí- teremos uma função quadrática de raiz unitária. Já
zes da função são y = 0 → x1 = 1; x2 = 2, ou seja, o ponto para delta positivo (∆
(∆ > 0)
0) teremos então a situação de
156 (x , y) = (1, 0); (x , y) = (2, 0) e o vértice dado pelo ponto: duas raízes reais.
1 2

Sinal da Função Quadrática

O estudo do sinal de uma função função  : A → B


 B denida
 denida
por y = (x), é encontrar para quais valores de x de x  temos
 temos
 (x) > 0,  (x) < 0 ou (x) = 0, x ∊ D  com.
Inicialmente, identicamos onde a função é igual
a zero, ou seja, encontramos a raiz da função y =  (x). Logo no estudo do sinal da função quadrática  (x)
Para isso fazemos y =  (x) = 0, para função quadrática = x 2 – 3x + 2, temos que a = 1 > 0 e calculamos o valor
vimos que as raízes são: do delta, ∆ = 1 > 0,
0 , e das raízes, x1 1 = e x 2 = 2. Assim,
concluímos para o estudo de sinal:
 – b ± √ ∆
x=
2a  (x) > 0, {x ∊ ℜ | x < 1 ou x > 2}

  

Com ∆ = b2 – 4ac. a>0→ 


 ∊
Agora, teremos os casos para estudo do sinal da  (x) 0, {x  ℜ | 1 x 2}
função quadrática, quando o coeciente a é positivo 

 

(a
∆ >>0;0)∆outro
< 0 e quando
∆ = 0 é negativo (a <0) e ainda quando Inequações para Função Quadrática
Para ∆ < 0 temos:
0 temos:
Seja a ≠ 0 as inequações quadráticas são:
quadráticas são: ax2 + bx
a > 0 →  (x) >0, ⩝x ∊ ℜ + c > 0, ax  + bx + c < 0, ax  + bx + c ≥ 0 ou ax2 + bx + c ≤ 0.
2 2

a < 0 →  (x) < 0, ⩝x ∊ ℜ Resolver a inequação  (x) = ax2 + bx + c > 0 signi-
signi -
No gráco da função quadrática com ∆ < 0,0 , como ca encontrar valores de x de  x  tal
  tal que  (x) seja positiva. O
não existe raiz real, logo a parábola não corta o eixo resultado para resolver essa inequação é encontrado
 x  (abscissa).
 (abscissa). no estudo de sinal da função  (x) . Assim dependendo
dos valores de a e de delta delta temos
 temos algumas combina-
ções de resultados para solução da  (x) > 0:

Para ∆ = 0 temos:
0 temos:

a > 0 →  (x) > 0, ⩝x ∊ ℜ


a < 0 →  (x) < 0, ⩝x ∊ ℜ

No gráco da função quadrática com ∆ = 0, 0 , as raí-


zes são iguais (raiz unitária), logo a parábola corta o
eixo x 
eixo  x  (abscissa)
  (abscissa) em apenas um ponto, nesse ponto a
 (x) = 0.

Para ∆ > 0 temos:


0 temos: No caso de inequação produto faz-se
produto faz-se o estudo de
sinal
comode cada uma
solução das funções
de acordo com aquadráticas e dene-se
regra de sinaisdene -se
do pro-

 (x) > 0, {x ∊ ℜ | x < x1 ou x > x2} duto de números reais, temos que (+ × + = +); (– × – =
 +); (+ × – = –), assim, um conjunto solução (S ) para uma
a>0→ 
 (x) < 0, {x ∊ ℜ | x  < x < x } dessas inequações pode ser encontrada da seguinte


1   2 forma, seja a inequação produto  (x) · g(x) > 0, para o
produto ser positivo temos duas situações:  (x) > 0 e
     A
  g(x) > 0 ou  (x) < 0 e g(x) < 0.      C
     I
 (x) > 0, {x ∊ ℜ | x1 < x < x2} Então seja a inequação produto (x 2 – x – 6) · (– x2       T
       Á
a<0→  + 2x – 1) > 0, para achar o conjunto solução primeiro      M
     E
 (x) < 0, {x ∊ ℜ | x < x  ou x > x } encontra-se as raízes de cada função  (x) = x2 – x – 6 e      T


1   2
g(x) = –x2 + 2x – 1:      A
     M


No gráco da função quadrática com ∆ > 0, 0 , exis- 
 ∆  = (–1)2 – 4(1)(–6) = 1 + 24 = 25
te as duas raízes reais, logo a parábola corta o eixo x 
eixo  x   ∆ = b2 – 4ac → 

(abscissa) em dois pontos, nesses pontos a  (x) = 0. 
 ∆g = (2)2 – 4(–1)(–1) = 4 – 4 = 0 157

 
 

  –(–1) – √ 25
25 Para g(x) = – x2 + 2x, com ∆ > 0 e a < 0:
0:

 x  =
1
2·1 = –2
 (x) = 0 g(x) > 0, {x ∊ ℜ | 0 < x < 2}
 x2 =  –(–1) + √ 25
25
=3 g(x) < 0, {x ∊ ℜ | x < 0 ou x > 2}
 2·1
Assim, para a inequação quociente ser negativa,

  –(2) ± √ 0  (x)/g(x) = (2x2 + x – 1) / (–x 2 + 2x) < 0, temos duas situa-

g(x) = 0  x1 = x2 = =1 ções, a primeira com  (x) > 0 e g(x) < 0. Assim, a solu-


 2 · (–1) ção será:

Para  (x) = x2 – x – 6, com ∆ > 0 e a > 0:


0: 
1   

    
   
S1 =  x ∊ ℜ | x < – 1 ou x >  {xx ∊ ℜ | x < 0 ou x >2}
 {
    ⌒
  2    
  (x)
 > 0, {x ∊ ℜ | x < –2 ou x > 3} 
    
     


  (x)
 < 0, {x ∊ ℜ | –2 < x <3} = {x ∊ ℜ | x < –1 ou x > 2
Para g(x) = –x2 +2x – 1, com ∆ = 0 e a < 0: 0: A segunda para  (x) < 0 e g(x) > 0. Assim, a solução
g(x) < 0, ⩝x ∊ ℜ.
Assim, para a inequação produto ser positiva,  (x) será:
· g(x) = (x2 – x – 6) · (–x2 + 2x – 1) > 0, sabendo que g(x) <
   
0, então a  também deve ser negativa, (x) < 0. Assim, 
 1    
   
a solução será S = {x ∊ ℜ |–2 < x < 3}. S2 = 

x ∊ ℜ | – 1 < x < ⌒ { x ∊ ℜ | 0 < x < 2}
   
   
No caso de inequação quociente 
quociente  faz-se o estudo 
 2    
     

de sinal de cada uma das funções quadráticas e de- de - 


ne-se como solução de acordo com a regra de sinais 
 1      

= 

x ∊ ℜ | 0 < x <    
   
do quociente de números reais, temos que (+ ÷ + = 
 2    
+);(– ÷ – = +);(+ ÷ – = –), assim, um conjunto solução ( S )
para uma dessas inequações pode ser encontrada da
Logo, a solução das inequações quociente (2x2 + x
seguinte forma, seja a inequação quociente  (x) / g(x)
 – 1)/(–x2 + 2x) < 0 é:
> 0, para o quociente ser positivo temos duas situa-
ções:  (x) > 0 e g(x) > 0 ou  (x) < 0 e g(x) < 0.

Então seja a inequação quociente (2x 2 + x – 1)/(–x 2 + 
 1    
   

2x) < 0, para achar o conjunto solução primeiro encon- S1 ◡ S2 = 


 x ∊ ℜ | x < –1 ou 0 < x < 2 ou x > 2    
   

    
tra-se as raízes de cada função  (x) = 2x2 + x – 1 e g(x)
= – x2 + 2x:
Máximo e Mínimo para Função Quadrática
∆  = (1)2 – 4(2)(–1) = 1 + 8 = 9 Dizemos que o número yM ∊ Im( ) é o valor máxi-
∆ = b  – 4ac →
2
 ∆  = (2)  – 4(–1)(0) = 4 – 0 = 4
2 mo ou mínimo
mo ou mínimo da da função y =  (x) se, somente se, yM ≥ 
g
y ou yM ≤ y, respectivamente. Ao valor xM ∊ D  tal que
 –(1) – √ 9 yM = (xM) chamamos de ponto máximo ou mínimo da
 x  = = –1 função. Esse ponto também conhecido como vértice


1
2·2 da função quadrática ou
quadrática ou da parábola. Denotamos o
 (x) = 0  vértice como:
  –(1) + √ 9 1
 x2 =
 2·2
=
2
   –b  –∆   
(xM, yM) = V (xv, yv) = V  ,  
  –(2) – √ 4   2a 4a   
 x1 = 2 · (–1) =2
g(x) = 0  Para a função quadrática (x) = x2 – 3x + 2, o vértice
  –(2) + √ 4 é dado por:
 x2 =
 2 · (–1)
=0

  –b  –∆   
Para  (x) = 2x2 + x – 1, com ∆ > 0 e
0 e a > 0: V(xv , yv) = V  ,  
  2a 4a   
1   – ( –3)  –((–3)2 – 4 · 1 · 2)   
 (x) > 0, x ∊ ℜ | x < –1 ou x >
2 =V  ,  
  2 · 1 4·1    
1    
   
  3 1    
 (x) < 0, x ∊ ℜ | –1 < x <    

2
   
   
=V  ,–
4    
 
158   2

Sendo a = 1 > 0, então a concavidade da parábola   –(4) – √ 16


16
está voltada para cima e o vértice será ponto de míni-  x1 = = –4
mo da função.
O vértice de uma função quadrática será ponto de  2·1
 –(4) + √ 16
16
máximo da
máximo  da função quando a < 0 e ponto de mínimo
mínimo    x2 = =0
da função quando a > 0.  2·1

FUNÇÃO MODULAR As raízes são –4


são –4 e
 e 0, como para a primeira sentença
o valor de a > 0, então a concavidade é voltada para
Denição, Gráco, Domínio e Imagem cima, e na segunda sentença o valor de a < 0, ou seja,
concavidade voltada para baixo. Logo, a solução posi-
Uma função : ℝ → ℝ denida pela associação de cada 
cada  tiva para a função nas duas sentenças segue o interva-
x ∊ ℝ a (x) = |x| ∊ ℝ é denominada Função Modular.
Modular. lo de x 
de x  abaixo:
 abaixo:
Considerando a denição de módulo de um núme-núme-
ro real, em que para um número x 
número x  tem-se
 tem-se |x| = x, se x 
≥ 0 ou |x| = –x, se x < 0, podemos descrever a função 
 x2 + 4x, x ≤ –4 e x ≥ 0
 (x) = 

modular também da seguinte forma: 
  –x2 – 4x, –4 < x < 0

 2

 x, se x ≥ 0 Dessa forma construímos o gráco para x  + 4x no
 (x) = 
 intervalo abaixo de –4
de –4 e e acima de 0 e para –x2 – 4x no

  – x, se x < 0
intervalo entre –4
entre –4 e
 e 0 (Figura 16).
As raízes das sentenças denidas pela função
O gráco para a função modular  (x) = |x| é de-
de- modular podem também ser chamadas de ponto (s)
nido pela junção dos dois grácos da função de duas de inexão da curva (funções quadráticas) ou da reta
sentenças ( x 
 x   e  –x ) e resultará em duas semi-retas de (funções lineares ou Am). Inexão é um ponto sobre
origem na raiz da função, (x, y) = (0,0), ou seja, essas uma curva na qual a curvatura troca o sinal, nesse
retas são bissetrizes dos primeiro e segundo quadran- caso indo para o lado positivo do eixo y, pois, Im (  )
tes do plano (Figura 15). = +.
O domínio da função modular é o conjunto dos
reais, ou seja, para todo x ∊  ℝ, existe um único y ∊ 
 ), sendo que a imagem da função assume somen-
Im( 

te
Im(valores
 ) = R+.positivos
  Note, que(reais não negativos
no gráco (ℝ+)).
da função as Logo,
retas
cam acima do eixo x 
eixo  x , onde todos valores para y  são  
para  y são
positivos (Figura 15).

Modular  (x)
Figura 16. Gráco da Função Modular  (x) = | x2 + 4x|.

Equações Modulares

Modular  (x)
Figura 15. Gráco da Função Modular  (x) = |x|.
Lembrando
ro real, em que da denição
para de módulo
um número de um|x|
k > 0 tem-se núme
núme-
= k-
⇔ x = k ou x = –k. Então a solução da equação modu-
Para funções modulares com potência quadrática lar |x
lar  |x + 2| = 3 é:
como (x) = |x2 + 4x|, primeiro divida a função modu-
lar em funções denidas por duas sentenças:       A

 x + 2 = 3 → x = 1      C
     I
|x + 2| = 3 ⇔ 
      T
 
 x + 2 = –3 → x = –5       Á
 x  + 4x
 2      M
 (x) =       E
      T
  –(x  + 4x)

2
S = {–5, 1}      A
     M

A essas duas funções encontramos as suas raízes: Caso tenhamos duas funções modulares, como a
equação |3x + 2| = |x – 1|, a solução é dada da seguin-
seguin -
∆ = b2 – 4ac = 4 2 – 4 · 1 · 0 = 16 te forma: 159

 3  Já para x < –1 temos –x –1 ≥ 7 – 2x ⇔  x ≥ 8, com


 3x + 2 = x – 1 → x = – 2
solução:
|3x + 2| = |x – 1| ⇔  1 S2 = {x ∊ ℜ| x < –1} ⌒ {x ∊ ℜ| x ≥ 8} = {∅}
3x + 2 = –x + 1 → x = –
 4
Assim, a solução de |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 é dada por:
   

 3 1    
   
S=  –

,–    
   
S1 ◡ S2 = {x ∊ ℜ| x ≥ 2} ◡ ∅ = {x ∊ ℜ| x ≥ 2}

 2 4    
     
FUNÇÃO EXPONENCIAL
E na situação de uma função modular, como a
equação |3x + 2| = 2x
2 x – 3, a solução é válida para valo-
valo- Denição, Características, Domínio, Imagem e
 tal que 2x – ≥ 0 → x ≥  3/2
res de x 
de x  tal 3/2.. A solução da equa-
Gráco
ção é dada por:

 3x + 2 = 2x – 3 → x = –5 Seja a um número real, tal que seja maior que zero

 e diferente de 1(0 < a ≠ 1 ou a ∊ ℜ *+ –{1}), a função  :
|3x + 2| = 2x – 3 ⇔  1 ℝ  →  ℝ que associa a cada x ∊  ℝ o número  (x) = ax,
 3x + 2 = –2x + 3 → x = 5 é conhecida como Função Exponencial.
Exponencial. Assim fun-


ções como: 2 , (√2) e 10   são exemplos de funções
x x x

Como a solução só é válida para valores de x ≥ 3/2, exponenciais.


então a solução para |3x + 2| = 2x – 3 é S = {∅}. Da denição de função exponencial, a partir de
algumas características, pode-se notar:
Inequações Modulares
z  x = 0 →  (0) = a0 = 1;
Uma das propriedades de módulo para números
reais, em que para um número k > 0 tem-se |x| < k ⇔  z    (x) = ax é crescente para a > 1, ou seja, x 1  < x2  → 

 –k < x < k e |x| > k ⇔ x < – k ou x > k. Com essa proprie-  (x1) <  (x2);
dade podemos resolver inequações modulares como
modulares como z    (x) = a x é decrescente para 0 < a < 1, ou seja, x1 <
|3x – 2| < 4 e sua solução é: x2 →  (x1) > (x2);
z  n ∊ ℤ e a > 1, então  (n) = a n > 1 se, e somente se, n
2 > 0;
|3x – 2| < 4 ⇔ –4 < 3x – 2 < 4 → –2 < 3x < 6 → – <x<2
r
3 z  a ∊ ℝ, a > 1 e r ∊ ℚ, então  (r) = a  > 1 se, e somente
       se, r > 0;

 2    
   
S= 

x ∊ ℜ | – <x<2    
   
z  a ∊ ℝ, a > 1 e r, s ∊ ℚ, então as > ar se, e somente se,

 3    
      s > r;
z  a ∊ ℝ, a > 1 e α ∊ {ℝ –ℚ}, então a α > 1 se, e somente
Mas se a inequação for |5x + 4| ≥ 4, a solução é:
se, α > 0;
|5x + 4| ≥ 4 ⇔ 5x + 4 ≤ –4 ou 5x + 4 ≥ 4 ⇔ 5x ≤ –8 z  a ∊ ℝ, a > 1 e b ∊ ℝ, então a b > 1 se, e somente se, b
> 0;
ou z  a ∊ ℝ, a > 1 e x 1, x2 ∊ ℝ, então ax1 > ax2 se, e somente
se, x1 > x2;
8 z  a ∊ ℝ, 0 < a < 1 e b ∊ ℝ, então ab > 1 se, e somente
5x ≥ 0 ⇔ x ≤ – ou x ≥ 0 se, b < 0;
5
z  a ∊ ℝ, 0 < a < 1 e x 1, x2 ∊ ℝ, então ax1 > ax2 se, e somen-
      

 8    
    te se, x1 < x2.
S= 


x ∊ ℜ | x ≤ – 5 ou x ≥ 0    
   
   
      
O domínio
domínio   da função exponencial é o conjunto
Para a inequação |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 temos: dos reais, ou seja, para todo x ∊ ℝ, existe um único yúnico y ∊ 
Im( 
 ), sendo que a imagem
imagem da  da função assume somente
|x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 → |x + 1| ≥ 7 – 2x valores positivos não nulos (reais não negativos e não
nulo (ℝ* +)). Logo, Im(   ) = R*+. Note, que no gráco da

 x + 1, se x ≥ – 1
 função a curva de  (x) = ax está toda acima do eixo x  eixo  x ,
|x + 1| = 
 pois (x) = ax > 0, ⩝ x ∊ ℜ. Além disso, temos que o pon- pon -
  –x – 1, se x < –1

to de encontro da curva com o eixo y eixo y,, é no ponto (x, y)
Para x ≥ –1 temos x + 1 ≥ 7 – 2x ⇔ ≥ 2, com solução: = (0, 1), x = 0 →  (0) = a  = 1. Assim, o gráco para duas
0

funções exponenciais, crescente (a > 1) e decrescente


160 S1 = {x ∊ ℜ | x ≥ – 1} ⌒ { x ∊ ℜ | x ≥ 2} = {x ∊ ℜ | x ≥ 2} (0 < a < 1), segue como na Figura 17.

   

 1    
   
S=   –

2,    
   

 2    
     

Inequações Exponenciais
Inequações exponenciais são aquelas inequações
onde a incógnita x 
incógnita  x  está
  está no expoente, como: 2x > 32 e
2x – 4x < 2.
A forma de solucionar a inequação exponencial é
exponencial é
deixando todas as potências com a mesma base, como
a  (x) = ax é crescente com base (a > 1) e decrescen-
te com base (0 < a < 1), podemos dizer então que a
desigualdade se mantém para as potências quando a
função é crescente e inverte quando é decrescente, ou
seja:
a > 1 → ax > ay ⇔ x > y;
0 < a < 1 → ax > ay ⇔ x < y

Seja a inequação exponencial 2x < 32 (crescente),


temos a solução igual a:
2x < 32 → 2x < 25 → x < 5
S = {x ∊ ℜ | x < 5}
E na inequação exponencial (decrescente):

  1   x
   ≥ 125
  5    
Temos duas formas:
x x
( (x)
Figura 17. Gráco da Função Exponencial, (a) crescente (  (x) = 2x) e 1     1   
( (x)
(b) decrescente (  (x) = (0, 5)x ).   ≥ 125 →   ≥ 5  → (5 3
)  ≥ 53 → 5 –x ≥ 53
 –1 x

Equações Exponenciais
5
      5    
5 –x ≥ 53 → – x ≥ 3 → x ≤ –3
Equações exponenciais são aquelas equações nas
quais a incógnita x 
incógnita  x  está
  está no expoente, como: 2x = 32 e S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
2x – 4x = 2.
A forma de solucionar a equação exponencial 
exponencial  é   1    x   1    x   1    x   1    
 –3

deixando todas as potências com a mesma base, como    ≥ 125 →    ≥ 53 →    ≥   


a  (x) = ax  é injetora, podemos dizer que potências   5       5       5       5    
iguais e de mesma base têm expoentes iguais, ou seja,
ax = ay ⇔ x = y, (a ∊ ℜ*+ –{1}) x ≤ –3
Seja a equação exponencial 2x = 128, temos a solu-
ção o valor de x 
de x  igual
 igual a: S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
2x = 128 → 2x = 27→ x = 7
S = {7} Logaritmo
Agora para a equação exponencial 5 2x2+3x–2  = 1 Antes de denir a Função Logarítmica, temos que
temos x 
temos  x  igual
 igual a: ter uma noção básica de Logaritmo. A ideia de Loga-
ritmo surgiu para solucionar problemas de equações      A
exponenciais do tipo 2 x = 3, ou seja, exponenciais que      C
     I
52x2+3x–2 = 1 → 52x2+3x–2 = 50 → 2x2 + 3x – 2 = 0      T
∆ = b2 – 4ac = 32 – 4 · 2 · (–2) = 9 + 16 = 25 não são possíveis deixar os dois membros com a mes-       Á
ma base, assim dene-se o conceito de logaritmo, seja      M
     E
  –b – √∆  –3 – √25 dois números reais positivos a e b, com a ≠ 1, chama-se      T
     A
 x1 = 2a
=
2·2
= –2  x  o
  o logaritmo de b na base a, onde o expoente que se      M
 deve dar à base a de modo que a potência obtida seja
 –b + √∆  –3 +√25 1 igual a b, ou seja:
 x2 = = =
 2a 2·2 2 loga b = x ⇔ ax = b 161

Em que, a é base do logaritmo; b é o logaritmando O domínio


domínio da  da função logarítmica é o conjunto dos
e x  é
 é o logaritmo. Assim, por exemplo, o logaritmo log2  reais positivos não nulos, ou seja, para todo x ∊  ℝ* +,
8 = 3 pois 2 3 = 8. existe um único y ∊  Im(   ), como a função  : ℝ* + →  ℝ,
Logo, dessa denição decorrem algumas proprie-
proprie -  (x) = log  x, admite a inversa g:
inversa g: ℝ → ℝ*  , g(x) = a x, assim
* a
dades, seja (a ∊ ℜ + –{1}) e b > 0: imagem   da+ função assume
   é bijetora e portanto a imagem
z  loga 1 = 0; qualquer valor real. Logo, Im ( ) = ℜ. Note, que no grá grá--
co da função  (x) = loga x, a curva está toda a direita
z  loga a = 1; do eixo y
eixo y,, pois x > 0. Além disso, temos que o ponto de
encontro da curva com o eixo x eixo x , é no ponto (x, y) = (1,
z  aloga b = b; 0), x = 1 →  (1) = loga 1 = 0. Assim, o gráco para duas
funções logarítmicas, crescente (a > 1) e decrescente (0
z  loga b = loga c ⇔ b = c;
< a < 1), segue como na Figura 18.
z  b > 0 e c > 0 → loga (b · c) = loga b + loga c, que pode
ser generalizada para:
   n      n
loga  Π  bi  = Σ  loga bi, n ≥ 2;
 i = 1    
  i =1

  b   
z  b > 0 e c > 0 → loga    = loga b – loga c, então loga 
  1    = – log  c;   c    
   a
  c    
z  α ∊ ℝ → loga bα = α · (log a b);

1
z  n ∊ N* → loga √ 
 b = loga(b) = loga b ;
n
z  a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1:
logc b
loga b =  , mudança de base com quociente;
logc a
z  a, b, c ∊  ℝ+  e a ≠  1, c ≠  1: loga b = logc  b · log a  c,
mudança de base com produto;

1
z  a ≠ 1, b ≠ 1 loga b =  ;
loga a

1
z  β ∊ ℝ* logaβ b = loga b ;
β

Denição, Características, Domínio, Imagem e


Gráco

Seja a um número real, tal que seja maior que zero
e diferente de 1(0 < a ≠ 1 ou a ∊ ℜ*+ –{1}), a função : ℝ* +
→ ℝ que associa a cada x ∊ ℝ* + o número (x) = loga x, é
conhecida como Função Logarítmica.
Logarítmica. Assim funções
como: log2 x, log½ x e log x são exemplos de funções
logarítmicas.
Da denição
terísticas quandodea função logarítmica
∊ ℜ*+ –{1}, algumas carac-
pode-se notar: carac- ( (x)
Figura 18. Gráco da Função Logarítmica, (a) crescente (  (x) = log2
x) e (b) decrescente ( (x)
 (x) = log½ x).
z    : ℝ* + → ℝ e g: ℝ → ℝ* +:  (x) = loga x →   –1 (x) = g(x) =
ax , relação inversa; Equações Logarítmicas

z    (x) = loga x é crescente para a > 1; Equações logarítmicas são aquelas equações do
z    (x) = loga x é decrescente para 0 < a < 1; tipo: loga  (x) = loga g(x) ou loga  (x) = α, α ∊  ℝ e com
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
z  a > 1; 0 < x < 1 → loga x < 0; A forma de solucionar a equação logarítmica 
logarítmica  é
z  a > 1; x > 1 → loga x > 0; deixando os logaritmos com a mesma base, e igualan-
do as função  (x) = g(x) > 0 ou aplicando propriedade
z  0 < a < 1; 0 < x < 1 →  loga x > 0; inversa e transformando em equação exponencial,
162 z  0 < a < 1; x > 1 → loga x < 0; loga  (x) = α →  (x) = aα

Seja a equação logarítmica log4 (3x + 2) = log4 (2x + 2x2 – 5x > 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · 0 = 25


5), temos a solução o valor de x
de  x = 3,
3, pois foi maior que
x > –2/3 e x > –5/2:
  – (–5) – √ 25
25
  x1 = = 0


3x + 2 < 0 → x > –2/3  2·2
 –(–5) + √ 25
25 5


 2x + 5 > 0 → x > –5/2  x1 = =
 2·2 2
log4 (3x + 2) = log4 (2x + 5) → (3x + 2) = (2x + 5) → x = 3
S = {3} Como para a  (x) = 2x2  – 5x temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para  (x) > 0 é:
Agora para a equação logarítmica log4 (2x2 + 5x + 4)
= 2 temos x 
temos x  igual
 igual a:    

 5    
   
2x2 + 5x + 4 > 0 S1 = 

x ∊ ℜ | x < 0 ou x >    
   

 2    
     
∆ = b  – 4ac = 25 – 32 = –7
2

logo,  (x) > 0, ⩝ x ∊ ℜ


Agora o estudo da inequação logarítmica começa
log4 (2x  + 5x + 4) = 2 → 2x  + 5x + 4 = 4  →2x  + 5x + 4
2 2 2 2 na relação entre os logaritmos de mesma base. Como
= 16 → 2x2 + 5x – 12 = 0 a base é 2, então a função é crescente:

∆ = b2 – 4ac = 5 2 – 4 · 2 · (–12) = 25 + 96 = 121 a = 2 > 1 → log2 (2x2 – 5x) ≤ log2 3 → 2x2 – 5x ≤ 3 → 2x2 
 – 5x – 3 ≤ 0
  – b – √∆  – 5 – √ 121
121 2x2 – 5x – 3 ≤ 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · (–3) = 25 + 24 = 49
 x1 = 2a
=
2·2
= –4
   – (–5) – √ 49
49 1
 – b + √∆  – 5 +√ 121
121 3
 x2 = = =  x1 = = –
 2a 2·2 2 2·2 2

 x1 =   ( 5) √ 49
49
= 3


 3
  
   
   
 2·2
S=   –

4,    
   

 2    
     
Como para a g(x) = 2x 2 – 5x – 3 temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para g(x) ≤ 0 é:
Inequações Logarítmicas
      
Inequações logarítmicas são aquelas inequações 
 1    
   
do tipo: loga  (x) >loga g(x) e loga  (x) > α, α ∊  ℝ e com S2 =  x ∊ ℜ | – ≤ x ≤ 3    
    

 2    
     
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
A forma de solucionar a inequação logarítmica é
logarítmica é
deixando os logaritmos com as mesma base, e aplican- a plican- Assim, a solução da inequação logarítmica log2 
do as desigualdades em casos de bases maiores que (2x  – 5x) ≤ log2 3 é dada pela intersecção das soluções
2

um ou entre zero e um, lembrando que as  (x) = g(x) acima:


> 0 ou aplicando propriedade inversa e transforman-
do em equação exponencial, loga  (x) = α →  (x) = aα.       
Esquematizando temos:

 1 5    
   
S = S1 ⌒ S2 = x ∊ ℜ | – ≤ x < 0 ou < x ≤ 3    
    

 2 2    
     

  (x) > g(x) se a > 1

loga  (x) > loga g(x) ⇔ 

E na inequação logarítmica log2 (3x + 5) > 3, temos:
  
 0 < (x) < g(x) se 0 <a<1
a > 1 → log2 (3x + 5) > 3 → 3x + 5 > 23 → 3x + 5 > 8 → x > 1
ou Mas, a função  (x) = 3x + 5 > 0, então:

  (x) > a  se a > 1
 k
loga  (x) > k ⇔ 
5      A
      C
     I
 0 < (x) < a  se 0 < a < 1
k
  (x) = 3x + 5 > 0 → x > –      T
3       Á
      M

 0 < (x) < a  se a > 1
k
     E
loga  (x) > k ⇔ 

     T
     A

  (x) > ak se 0 < a < 1 Como a solução x > 1 é também maior que:
     M

Seja a inequação logarítmica log2 (2x2 – 5x) ≤ log23, 5


para acharmos a solução primeiro fazemos o estudo x>–
do sina de  (x) = 2x2 – 5x: 3 163

Logo temos o intervalo de solução para x 


para x  sendo:
 sendo: Mantissas
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
S = {x ∊ ℜ | x > 1}
Logaritmos Decimais 20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
São funções logarítmicas onde a base a = 10, ou 22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
pode ser escrita como potência de base 10, como: log10 
 (x) ou log10α  (x), α ∊  ℝ* . Pode-se ter também a nota- 23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
ção: log10  (x) = log  (x), onde não há a necessidade de 24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
escrever o valor 10 na base. Todas as características
e propriedades de logaritmos também valem para os 25 397
9799 39
39997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
logaritmos decimais. 26 4150 4166 4183 42
42000 421
2166 4232 4249 4265 4281 4298
Segue algumas propriedades: 27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
z  10  ≤ x < 10  ⇔ log 10  ≤ log x < log 10  → c ≤ log x
c c+1 c c+1 28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
< c + 1, x > 0 e c ∊ ℤ; 29 4624 4639 465
6544 46
46669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
z  log x = c + m, onde c ∊ ℤ é característica e 0 ≤ m < 1
é a mantissa; 30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
z  x > 1 → c ≥ 0; 0 < x < 1 → c < 0; 31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
z  A mantissa (m (m) é um valor tabelado;
z  A mantissa do decimal de x 
de  x  não
  não se altera quando 32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
multiplica-se  x   por potência de 10 com expoente 33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 52
52776 52
5289
89 5302

inteiro,
quando ou sejalog10
temos a mantissa ( m) de log x não muda
(m
p x, p ∊ ℤ. 34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 54
5416
16 54
54228
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
Valores da característica (c
(c) são dados da seguinte
36 5563 5575 5587 5599 5611 56
56223 56
5635
35 5647 5658 5670
forma:
37 5882 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 57
5775
75 57
57886

 log 2,3 → c = 0 38 5798 5809 5821 58


58332 584
8433 5855 5866 5877 5888 5899

 log 31,421 → c = 1 39 591


9111 59
59222 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010

x>1  40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
 log 204 → c = 2 41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
 log 6542,3 → c = 3 42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
 log 0,2 → c = –1 43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425

 log 0,035 → c = –2 44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522

0<x<1  45 6532 6542 6551 6 56


561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
log 0,00405 → c = –3
 log 0,00053 → c = –4 46
47
6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 67
6721 67
67330 673
6702
02 67
67112
7399 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
48 6812 6821 683
8300 68
68339 6848 6857 6866 6875 6884 6893
Ou seja, o c é a quantidade de algarismos da parte 49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981
inteira menos 1 em caso de x > 1 e para 0 < x < 1 é o
oposto (negativo) da quantidade de zeros (inclusive
( inclusive o 50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067
zero antes da vírgula!)
vírgula!) que precede o primeiro alga- 51 7075 7084 7093 7101 7110 7118 7126 71
71335 71
7143
43 7152
rismo signicativo. 52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235
Sendo a mantissa tabelada para N  N   = 234 
234  (m =
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316
0,3692),
0,3692 ), Tabela 1, c = 1,
1 , assim o valor do log 23,4 = c +
m = 1 + 0,3692 = 1,3692. 54 7324 7332 7340 7348 7356 7464 7372 7380 7388 7396
Tabela 1. Exemplo de tabela de Mantissas para valores de 100 a 549
(IEZZI; MURAKAMI, 1977).
Mantissas
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 033
3344 03
0374
74
11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755 1. (FCC + 15 é Inicialmente
– 2018)
x² + 2x o domínio
o conjunto dos númerosda função
reais e yessa
=–
12 0792 0828 0864 0899 0934 09
0969
69 100
0044 1038 107
0722 11
1106
06 função será chamada de função J. Uma outra função,
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430 K, também dada por y = −x² + 2x + 15, tem como domí -
14 1461 1492 15
15223 15
1553
53 1584 1614 1644 1673 1703 1732 nio o conjunto {−4,−3,−2,3,4,5,6,7}. A diferença entre a
maior imagem da função J e a menor imagem da fun-
15 1761 1790 1818 1847 1875 19
1903
03 193
9311 1959 1987 2014 ção K, nessa ordem, é igual a:
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
a) 18.
17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529 b) 41.
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765 c) 36.
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989 d) 4.
164 e) 15.

J: ℝ → ℝ, ou seja, D =
saber temos que a função J:
 Para saber 3 2 3 2
função K: A → B, D = A e Im = B, logo se A =
 Im= ℝ, a função = 4log2 2 + log2 2 + log2 2 = 4 + +
{ − 4, − 3, − 2, 3, 4, 5, 6, 7} então B = {–20, –9, 0 ,7, 12}. 2 3 2 3
 Assim, a menor imagem para a função K é -20, já a
maior imagem para a função J, como o coeciente 24 + 9 + 4 37
= =
a< 0, ade
 ponto concavidade está
máximo será o: voltada para baixo e o seu 6 6
 Resposta: Letra C.
∆ 64
yvértice = – =– = 16
4a 4 · (–1) 4. (VUNESP – 2014) Uma população P cresce em fun-
ção do tempo t (em anos), segundo a sentença P =
 Fazendo a diferença na ordem mencionada temos:
16 – (–20) = 16 + 20 = 36. Resposta: Letra C. 2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a população é de
2000 indivíduos. A população será de 50000 indiví-
2. (FCC – 2019) Em uma negociação salarial, o sindicato duos daqui a:
representativo dos trabalhadores de uma empresa de
alta tecnologia em manufatura de peças para compu- a) 20 anos.
tadores pediu 31,25 reais por hora de trabalho mais b) 25 anos.
uma taxa adicional por empreitada de 7,05 reais por c) 50 anos.
unidade inteira fabricada em cada hora. A empresa por d) 15 anos.
sua vez ofereceu 12,03 reais por hora trabalhada mais e) 10 anos.
12,03 reais por taxa de empreitada por unidade intei-
ra produzida
foram por hora.
estabelecidas Na audiência
equações de negociação,
para o salário por hora  Resolvendo deixando
 P = 2000 · 50,1t  → 50000todos log· 5na
log
= 2000 0,1tmesma
 → 50,1t  base:
de cada uma das propostas em termos de n, o número
inteiro de peças produzidas por hora. O valor por hora 50000 50
= = = 25
trabalhada mais a taxa de empreitada que a empresa 2000 2
ofereceu só é maior que o valor solicitado pelo sindi-
cato quando: 50,1t = 25 = 5 2 → 0,1t = 2 →
2 2 10
a) n<2. t= = =2· = 20 anos
b) n=2. 0,1 1 1
c) n=3. 10
d) n<3.
e) n>3.  Resposta: Letra A.
 Inicialmente temos as seguintes funções para sindi- (FAFIPA – 2016) Os valores de x que satisfazem a ine-
5. (FAFIPA
cato e empresa, respectivamente: quação (x2 + 2x -15 / x + 2 )≤ 0 pertencem a:

 y E S  = 31,25t
12,03t + 7,05n
12,03n a) (-∞-5]U[-2,3].
 Para a empresa
empresa ser maior que a do sindicato
sindicato temos: b) (-∞-5]U(-2,3].
 y E  > ys → 12,03t + 12,03n > 31,25t + 7,05n c) (-∞-5]U(-2,3).
 Deixando em função de número de peças produzi- d) (-∞-5)U[-2,3].
das por hora temos:
12,03n – 7,05n > 31,25t – 12,03t → 4,98n > 19,22t →   Para a razão ser negativa existem dois conjuntos de
de
n > 3,86t soluções possíveis:
 Logo, para p ara o valor da empresa ser maior que a do 1º) x  2 + 2x – 15 ≥ 0 e x + 2 < 0:
sindicato os funcionários terão que produzir mais  x < –2
que três peças por hora trabalhada, ou seja, n>3.  x2 + 2x – 15 ≥ 0
 Resposta: Letra E.  ∆ = b 2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64
3. (FCC – 2016) O valor da expressão log2 16 + log4 8 +   – b – √ ∆  – 2 – 8
log8 4 é igual a:  x1 = 2a
=
2
= –5

a) 5.

 – b + √ ∆  –2 + 8
b)
c)
23/2.
37/6.  x2 =
2a
=
2
=3
d) 5/4.      A
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e a con-      C
     I
e) 41/8. cavidade voltada para cima assim para que a função      T
      Á
quadrática seja positiva a solução é em S 1 = {x ∊ ℜ | –      M
 Resolvendo deixando todos log na mesma base:      E
5 ≤ x ou x ≥ 3} mas também deve satisfazer a solução      T
log  2 16 + log  4 8 + log 8 4 = log  2 2 4 + log  2 2 2 3 + log  2 3 2 2      A
S  2 = {x ∊ ℜ | x < –2}, assim, S 1 ⌒ S  2 = {x ∊ ℜ | x ≤ –5}.      M
3 2  2º) x  2 + 2x – 15 ≤ 0 e x + 2 > 0:
= 4log2 2 + log2 2 + log2 2  x > –2
2 3  x  2 + 2x – 15 ≤ 0
Como log  2 2 = 1 então temos:  ∆ = b 2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64 165

  – b – √ ∆  – 2 – 8
A= e a11 a12
o
 x1 = 2a
=
2
= –5 a 21 a 22
 
 a11
(lê – se a um um) elemento que está na 1ª linha
 x2 =  – b + √ ∆  –2 + 8 e 1ª coluna.
= =3 (lê – se a um dois) elemento que está na 1ª linha
 2a 2 a12
a21 (lê
e 2ª–coluna.
se a um um) elemento que está na 2ª linha

{
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e
a concavidade voltada para cima assim para que a e 1ª coluna.
 função quadrática seja negativa a solução é em S  3  (lê – se a um um) elemento que está na 2ª linha
a22
= {x ∊ ℜ | – 5 < x < 3} mas também deve satisfazer e 2ª coluna.
a solução S  4 = {x ∊ ℜ | x > –2}, assim, S  3 ⌒ S  4 = {x ∊ 
Observação: Uma matriz M de ordem m ⨉ n tam-
ℜ | –2 < x ≤ 3}.
 A solução nal nal é dada pela união das parciais:parciais:
bém pode ser indicada por M = (a ij) ou M = (a ij) m ⨉ n.
(S 1 ⌒ S  2 ) ◡ (S  3 ⌒ S  4 ) = {x ∊ ℜ | x ≤ – 5 ou –2 < x ≤ 3} = TIPOS DE MATRIZES
(– ∞ , –5] ◡ (–2, 3]. Resposta: Letra B.
Matriz Linha
REFERÊNCIAS
É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e que possui apenas uma linha.
aplicações.. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v.
aplicações Exemplo:

IEZZI, Gelson et al. Fundamentos de Matemática C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1x3
Elementar.. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v.
Elementar M = (–9 7 0 –√ 15
15) é uma matriz linha de ordem 1x4

IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplica- Matriz Coluna


ções.. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v.
ções É toda matriz do tipo m ⨉ 1, ou seja, é uma matriz
que possui apenas uma coluna.
LEONARDO, Fabio Martins de et al. Conexões com
Exemplo:
a Matemática.
Matemática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3
v. RS - VW
SS 2 WW
PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática
Matemática.. 2. ed. São SS WW1

A = SS WW  é uma matriz coluna de ordem 4x1


7
Paulo: Moderna, 2010. 3 v. SS 0 WW
SS- 17WW
SOUZA, Joamir Roberto de; GARCIA, Jacqueline
da Silva Ribeiro. #Contato Matemática.
Matemática. 1. ed. São T X
Paulo: FTD, 2016. 3 v. -6
B=  é uma matriz coluna de ordem 2x1

MATRIZES
eo
Matriz Nula
1

Matrizes podem ser denidas da seguinte manei-


manei - É a matriz que possui todos os elementos iguais a
ra: sejam dois números naturais m e n diferentes de zero.
zero, denominamos matriz de ordem m por n (indi-
n (indi- Exemplo:
ca-se m x n) qualquer tabela
tabela M
 M formada por núme-
ros pertencentes ao conjunto dos reais, sendo estes
números  distribuídos
números distribuídos em
 em m linhas
linhas e
 e n colunas
colunas.. E= =0 0 0 0
0 0 0 0
G
 é uma matriz nula de ordem 2x4
Exemplos:

A= > H
-2 1 0

2 4 3
 é uma matriz de ordem 2x3, N= e o 0 0
0 0
 é a matriz nula de ordem 2x2

B=
= GN
0
3

J
-1
5
 é uma matriz de ordem 2x2, Matriz Quadrada de Ordem n

É toda matriz do tipo n ⨉ n, ou seja, em uma matriz


KK 9 1 OO
K
C = KK- 8 3 O
7 O  é uma matriz de ordem 3x2.
quadrada de ordem n o número de linhas e colunas
K 4 OO são iguais.
0 Exemplo:
L P
Toda matriz m x n  tem os seus elementos repre-
sentados por (aij) onde i representa a linha
na em
na em que o elemento está localizado:
linha e
 e j a colu-
A= e o 2

7 0
-8
 é uma matriz quadrada de ordem 2x2
166 Exemplo:

RS - V RS1 VW
 

SS 7 4 2 WWW SS 0 0 0 WW
B = SS 2 W
9 0W  é uma matriz quadrada de
3 SS0 1 0 0W WW  é uma matriz identidade de ordem 4.
SS 2 W I4 = SS
S - 5 - 1 22 WW  ordem 3x3. SS0 0 1 0W WW
T X S0 0 0 1
W
Observação: Para toda matriz quadrada, no lugar
T X
de mencionarmos que sua ordem é n ⨉  m, dizemos IGUALDADE DE MATRIZES
apenas que ela é uma matriz de ordem n. Por exem- Duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n serão iguais
plo, ao nos referirmos a uma matriz quadrada de
quando aij = bij para todo i ∈ {1,2, ∙∙∙ , m } e todo j ∈ {1,2,
ordem 3, estamos dizendo que essa matriz possui três
linhas e três colunas. ∙∙∙ , n }. Portanto para que duas matrizes sejam iguais,
elas devem ser do mesmo tipo e apresentar todos os
elementos correspondentes iguais.
Diagonal Principal
Exemplo:
Chamamos de diagonal principal de uma matriz
quadrada de ordem n, o conjunto dos elementos que
[ ] [ ]
Seja A = X   e B =   , a matriz A será igual
 – z y
à matriz B, se, e somente se, x = 7, y = – 6 e z = 9.
possui índices iguais.
Exemplo: ADIÇÃO DE MATRIZES
Dadas duas matrizes A = (a ij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n , cha-
A= e o
2

7
-8

0
 é uma matriz quadrada de ordem 2, mamos soma de A + B a matriz C = (cij)m ⨉ n tal que cij =
aij + bij, para todo i e todo j. Isto signica que a soma
cuja diagonal principal é uma matriz composta de duas matrizes A e B do tipo m ⨉ n é uma matriz C
pelos elementos a11 = 2, e a22 = 0 do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos
elementos correspondentes em A e B.
 Diagonal Secundária Exemplo:

Chamamos de diagonal secundária de uma matriz


quadrada de ordem n o conjunto dos elementos que [ –4 9 2 ] + [ –1 –01 5 ] = [ –4+–1 90 +– 10 2 ++ 5 ]
possui soma dos índices igual a n + 1. = [   – 1  ]
Exemplo:  – 5 9 7

A= e o
2

7
-8

0
  é uma matriz quadrada de ordem 2, z Propriedades da adição de matrizes

A adição de matrizes do tipo admite as seguintes


seguintes
cuja diagonal secundária é composta pelos elemen- propriedades:
tos a12 = - 8, e a 21 = 7
P1) Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Matriz Diagonal P2) Comutativa: A + B = B + A
É a matriz em que todos os elementos que não per- P3) Elemento Neutro: A + 0 = A, em que 0 é a matriz
nula
tencem à diagonal principal são iguais a zero. P4) Elemento simétrico: A + (- A) = 0, em que -A é a
Exemplo: matriz oposta de A.
 –   PRODUTO DE NÚMERO POR MATRIZ
B=   
Dado um número k e uma matriz A = (a ij)m ⨉ n, cha-
   – √7 ma-se produto kA a matriz B = (b ij)m ⨉ n tal que bij = kaij,
para todo i e todo j. Isto signica que multiplicar uma
matriz A por um número k é construir uma matriz B
Matriz Identidade de Ordem n formada por todos os elementos de A multiplicados
por k.
É toda matriz quadrada em que os elementos da
diagonal principal são iguais a 1. A matriz identidade
[ ][ ][ ]
 –  ∙   ∙ ( –
 – )  –
é representada pela letra maiúscula I, seguida da sua 2. 0 5 =  ∙ 0  ∙ 5 = 0 10
ordem, ou seja, In. 3   √ 2  ∙ 3  ∙ √ 2 6  ∙ √ 2
Exemplos:      A
z Propriedades do produto de um número por uma      C
     I
I2 = = G
1

0 1
0
 é uma matriz identidade de ordem 2
matriz
O produto de um número por uma matriz admite
     T
      Á
     M
     E
     T
as seguintes propriedades:      A
JK1 0 0
NO      M
KK OO P1) a . (b . A) = (a . b) . A
I3 = KK0 1 0O  é uma matriz identidade de ordem 3
OO P2) a . (A + B) = a . A + a . B
K0 0 1 P3) (a + b) . A = a . A + b . A
L P P4) 1 . A = A 167

PRODUTO DE MATRIZES
 

[   ]   ∙ [   ] = [   ]
Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)n ⨉ p , deno-
minamos o produto AB a matriz C = (cik)m ⨉ p tal que cik = MATRIZ TRANSPOSTA
n
ai1 . b1k + ai2 . b2k + ai3 . b3k + . . . + a in . bnk = Ʃ J= aij . b jk para
todo i ∈ {1,2, ... ,m} e k ∈ {1,2, ... ,p}.
Dada a matriz A = (aij)m ⨉ n, chamamos transposta
Observações: A denição dada garante a existên-
existên - de A a matriz A t = (a´ )  tal que a ’ = a  para todo i
cia do produto AB somente se o número de colunas de e todo j. Isto signica jique as colunas jide Atij são ordena-
n ⨉m
A for igual ao número de linhas de B, pois A é do tipo damente iguais às linhas de A.
m ⨉ n e B é do tipo n ⨉ p. Exemplos:
A denição dada arma que o produto AB é uma
matriz que tem o número de linhas de A e o número
de colunas de B, pois AB é do tipo m ⨉ p.
Exemplos: Se A = >4

5
2

7
-1
2
5
H2x3
, sua transposta é

1 –2
[   
 – 1  – 3 5 ] [ 2x3
∙ 0 5
4 0 ]2x3
RS 4 5 VW
SS
At = SS2 7 WW
WW
SS - W
 ∙  +  ∙ 0 + 2 ∙ 4 S 1 WW 2

[  (– ) +  ∙ 5 + 2 ∙ 0
(– ) ∙ 1 + (– 3) ∙ 0 + 5 ∙ 4 (– ) ∙ (– 2) + (– 3) ∙ 5 + 5 ∙ 0 ] T
  5
X
3x2

Se B = [– 1 0 ⁵√ 19
19 – 6]1x4, sua transposta é
RS - VW
[  
–  ] 2x2
SS 1 WW
S W
B  = S 0 W
t
1 5
SS 19WW
[ ]
 – 2
12 3x1
∙  [ 3  – 5 4 0 ]1x4 SS - 6 WW
T X4x1
1 ∙ 3 1 ∙ (– 5) 1 ∙ 4 1 ∙ 0 z Propriedades de uma matriz transposta

[ ]
(– 2)
(– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5) (– 2) ∙ 4
∙ 0 A matriz transposta admite as seguintes propriedades:
12 ∙ 3 12 ∙ (– 5) 12 ∙ 4 12 ∙ 0
3  – 5 4 0 P1) (At)t = A
[
 – 6 10 – 8 0
36  –60 48 0 3x4 ] P2) (A + B)t = At + Bt
P3) (k . A)t = k . A t
P4) (A . B)t = Bt . At

[ ]
 –  1
[ 0 3  – 2 ] 3x2
∙  – 1
10
MATRIZ SIMÉTRICA
3x1
Denominamos matriz simétrica toda matriz qua-
drada A, de ordem n, tal que At = A.
[  ∙∙   ++ (– ∙ )(–∙1) (– +1)(– +2)1 ∙∙ 10
 10 ] [ – 23 ]
= 18
1x2 Exemplo:
 – t  –
z Propriedades do produto de matrizes Se C [  –  ]
 , sua transposta é C  –   . [ ]
Portanto, a matriz C é simétrica, pois C t = C.
O produto de matrizes admite as seguintes
propriedades:
MATRIZ ANTISSIMÉTRICA
P1) Associativa: (A . B) . C = A . (B . C)
P2) Distributiva à direita em relação
re lação à adição: (A + B) . Denominamos matriz antissimétrica toda matriz
C=A.C+B.C quadrada A, de ordem n, tal que At = - A.
P3) Distributiva à esquerda: C . (A + B) = C . A + C . B
P4) (k . A) . B = A . (k . B) = k . (A . B) Se D = [ –  ]
 , sua transposta é D t  =
[  – .
  ]
Observações: É muito importante notar que, em
geral, a multiplicação de matrizes não é comutativa, Portanto, a matriz D é antissimétrica, pois D t = -D.
ou seja, para duas matrizes quaisquer A e B, temos AB
≠ BA. MATRIZ INVERSA
Quando A e B são tais que AB = BA, dizemos que A
e B comutam. Notemos que uma condição necessária Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Dizemos
para A e B comutarem é que sejam matrizes quadra- que A é uma matriz invertível se existir uma matriz
das e de mesma ordem. A-1 tal que A . A -1 = A-1 . A = In, onde In é a matriz identi-
É importante observar também que a implicação dade de ordem n.
AB = 0 → A = 0 ou B = 0 não é válida para matrizes, Observações: Se A não é invertível, dizemos que A
ou seja, é possível encontrar duas matrizes não nulas é uma matriz singular.
cujo produto é a matriz nula. Se A é invertível, então é única a matriz A-1.
168 Exemplo: Exemplos:

Determinante de matriz quadrada de ordem 2


[ 
]
  é inversível e A – 1 =  – 
[ ]
 

A matriz A =
   –  
, pois Se M é de ordem 2, então o det M é o produto dos
elementos da diagonal principal de M, menos o produ-
produ -
A ∙ A – 1 =  [   ]   ∙ [ – – ] to dos elementos da diagonal secundária de M.
Exemplo:
[  ∙∙ 7 7 ++ 37 ∙∙ (– 2)
 (– 2)
 ∙ (– 3) + 3 ∙ 1
 ∙ (– 3) + 7 ∙ 1 ] = [  
 ] =I
2 Se M = [ 2 –1
], então:
6 5
det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)] = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16
A ∙ A  =
 – 1
 [ 
 – 
–   ∙
 ] [ 


 ]
Determinante de matriz quadrada de ordem 3
[  ∙ 1 + (–3) ∙ 2
 –  ∙ 1 + 1 ∙ 2
 ∙ 3 + (– 3) ∙ 7
 –  ∙ 3 + 1 ∙ 7 ] = [  
 ] =I 2
Se M é de ordem 3, então o det M é dado por:

Qual é a inversa da matriz A = [ 



 ?
 ] det M = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13 
∙ a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33
a b
Fazendo A  = [ -1 c ]
d , temos: Podemos memorizar essa denição da seguinte
maneira:

A – 1 ∙ A =  [ ac b  ∙
d ] [   ] = [  
 ] z  Repetimos ao lado da matriz, as duas primeiras
colunas;
a ∙ 2 + b ∙ 0 a ∙ 1 + b ∙ 3   z  Os termos precedidos pelo sinal + são obtidos

c ∙ 2 + d ∙ 0 c ∙ 1 + d ∙ 3 =


[ 
]  [  
] multiplicando-se os da
situadas na direção elementos
diagonalsegundo as echas
principal;
z  Os termos precedidos pelo sinal – são obtidos
{ a +2a3b= 1= 0 ⇒a=

eb=–
 multiplicando-se os elementos segundo as echas
situadas na direção da diagonal secundária.

2c = 0 ⇒ c = 0 e d =  Este dispositivo apresentado a cima é conhecido


{ c + 3d = 1  como Regra de Sarrus,
Sarrus, e é utilizado para o cálculo de
determinantes de ordem 3.
Vejamos agora um exemplo numérico:

Portanto, A-1 = > H1


2

0
-
1
3
1
6
RS1
SS 2 1
VW
WW
Seja M = SS5 3 - 2W , calcule o seu determinante
WW
z Propriedades de uma matriz inversa SS - 1W
2 4
T X
A matriz inversa admite as seguintes propriedades: Utilizando a regra de Sarrus, temos que:

P1) (A-1)-1 = A     
P2) (A . B)-1 = B-1 . A-1 det M = 5 3  – 2 5 3  = 1 ∙ 3  3  ∙ (1) + 2 ∙ (– 2) ∙ 
P3) (At)-1 = (A-1)t 2 4 –1 2 4
2 + 1 ∙ 5 ∙ 4 – (1 ∙ 3
 3  ∙ 2 + 1 ∙ (– 2) ∙ 4 + 2 ∙ 5 ∙ (– 1))
    
det M = 5 3  – 2 5 3  = – 3 – 8 + 20 – (6 – 8  
DETERMINANTES 2 4 –1 2 4
 – 10) = 9 – (– 12) = 9 + 12 = 21, portanto, o det de M
Determinantes podem ser denidos do seguinte = 21
modo:   considere o conjunto das matrizes quadra-
modo:
das de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem MENOR COMPLEMENTAR
n desse conjunto. Denominamos determinante da
matriz M (e indicamos por det M) o número que asso- Considere uma matriz M de ordem n ≥  2. Seja aij
ciamos a matriz M, operando seus elementos confor- um elemento de M. Denimos menor complementar
me a ordem desta matriz. do elemento adaij, e indicamos por Dij, como sendo o      A
     C
     I
determinante matriz que se obtém suprimindo
suprimindo a
 a      T
linha i e a coluna j de M.       Á
Determinante de matriz quadrada de ordem 1      M
Exemplo:      E
     T
     A
Se M é de ordem 1, então o det M é o único elemen- RS1 VW      M
to de M. SS 2 1 WW
Exemplo: Seja M = SS5 3 - 2W , então:
WW
SS - 1W
2 4
Se M = [4], então o det M = 4 T X 169

D11 =  –    = - 18, note que suprimimos a primeira  –   + 3 ∙ (– 1)3 ∙   –   + 4 ∙ (– 1)4 ∙     = 1
4 –2 4 2 1 2 1 4
∙ 1 ∙ (4 + 12) + 3 ∙ (– 1) ∙ (10 + 3) + 4 ∙ 1 ∙ (20 – 2) = 16 – 39
[ ]
 – 
linha e a primeira coluna da matriz M, 1 – 1 5  , + 72 = 49
2 4 –2
calculando assim o determinante dos elementos Observações: podemos utilizar Sarrus ou Laplace
restantes. no cálculo do determinante de uma matriz qualquer,
O raciocínio é análogo para os demais termos, por- os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização
tanto teremos: de Laplace qualquer la (linha ou coluna) escolhida
produzirá o mesmo valor de determinante. De prefe-
rência, escolha sempre a la com a maior quantidade
D12 =    = – 12, D 13 =  –   = 6, de elementos iguais a zero. Este procedimento facilita
2 –2 2 4
os cálculos do determinante.
D21 =  –    = – 8, D 22 =    = – 8,
4 –2 2 –2 PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
D23 =  –  = 8, D 31 =  –    = – 7,
2 4  – 1 5 A denição de determinante e o teorema de Lapla-
Lapla-
ce nos permitem fazer o cálculo de qualquer deter-
D32 =    = 2, D 33 =  –   = 1. minante, no entanto, é possível simplicar o cálculo
1 5 1 –1
com a aplicação de certas propriedades. Vejamos estas
COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR) propriedades:
Consideremos uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja P1) Matriz transposta
aij um elemento de M. Denimos complemento algé- algé -
brico do elemento aij, e indicamos por Aij, como sendo Se M é a matriz de ordem n e M t sua transposta,
o número ( - 1)i + j . Dij então det Mt = det M
Exemplo: Exemplo:
SR1 -2 3 WV SR- 1 2 0 WV
S WW Seja a Matriz M = SS 3 4 - 6WW , o det M = – 10
Seja M = SSS1 -1 5 W, então: SS W
SS2 - 2W
WW S 2 1 - 2WW
4
RS- T VW X
T X SS 1 3 2 WW
A11 = (– 1)1+1 ∙ D11 = (– 1)2 ∙   –    = 1 ∙ (– 18) = – 18
4 –2 logo a M = S 2 4 1 WW , e o det Mt = – 10
t S
SS W
A12 = (– 1)1+2 ∙ D12 = (– 1)3 ∙     = (– 1) ∙ (– 12) = 12 S 0 - 6 - 2WW
2 –2 T X
P2) Fila nula
A13 = (– 1)1+3 ∙ D13 = (– 1)4 ∙     = 1 ∙ (6) = 6
2 –2 Se os elementos de uma la (linha ou coluna) qual-
qual -
A21 = (– 1)  ∙ D21 = (– 1)  ∙   – 
2+1 3   = (– 1) ∙ (– 8) = 8 quer de uma matriz M de ordem n forem todos nulos,
4 –2 então det M = 0
RS VW
A22 = (– 1)2+2 ∙ D22 = (– 1)4 ∙     = 1 ∙ (– 8) = – 8 SS 3 -1 4 WW
2 –2 S0 0 0
W
A23 = (– 1)  ∙ D23 = (– 1)  ∙   –   = (– 1) ∙ (8) = – 8
2+3 5 Seja M = S-
3 5 2W
, o det de M = 0
2 4
T X
A31 = (– 1)3+1 ∙ D31 = (– 1)4 ∙   –    = 1 ∙ (– 7) = – 7 P3) Multiplicação de uma la por uma constante
 – 1 5
Se multiplicarmos uma la qualquer de uma
A32 = (– 1)3+2 ∙ D32 = (– 1)5 ∙     = (– 1) ∙ (2) = – 2
matriz M de ordem n por um número k, o determi-
1 5
nante da nova matriz M’ obtida será o produto de k
A33 = (– 1)3+3 ∙ D33 = (– 1)6 ∙   –   = 1 ∙ (1) = 1 pelo determinante de M, isto é det M’ = k . det M
1 –1 Exemplo:
TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE RS VW
SS2 -1 3 WW
O determinante de uma matriz de ordem n ≥ 2, é Seja M = SS4 5
W
0W , o det M = – 28
SS WW
a soma dos produtos dos elementos de uma la qual-
qual - S2 -1 1W
quer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores. T X
Se multiplicarmos a primeira linha da matriz por
R V 2, teremos:
SS1 3 4
W
- 3W  , então: SRS4 - 1 6WVW
Seja M = S5 2 WW S W
SS
1 4 2W M’ = SS4 5 0WW , o det de M’ = – 56, ou seja, det M’ = 2 .
T X SS W
   S2 - 1 1WW
det M = 5 2  – 3  = a11 ∙ A11 + a12 ∙ A12 + a13 ∙ A13
13   det M, oTdet de M’ X = – 56, ou seja, caso fosse multipli-
1 4 2 cada a primeira coluna da matriz M por 2, o determi-
nante da nova matriz M’ também seria o dobro do det
170 = 1 ∙ (– 1)1+1 ∙ D11 + 3 ∙ (– 1)1+2 ∙ D12 + 4 ∙ (– 1)1+3 ∙ D13 = 1 ∙ (– 1)2 ∙  M.

RS VW RS 1 VW
 

SS4 -1 3 WW SS 2 6 WW
M’ = SSS8 5
W
0W , o det M’ = - 56
WW
Seja M = SS 3
SS-
-1 - 3W , o det M = 0, pois a 3ª linha
WW
SS4 -1 1W 2 4 12W
T X T X
é a 2ª linha multiplicada por 3.
P4) Multiplicação da matriz por uma constante
P8) Combinação linear de las paralelas
Se A é uma matriz de ordem n, então det (ɑ . A) =
ɑ  . det A
n Se (ou
linha umacoluna)
matriz que
quadrada M, de ordem
é combinação n, de
linear temoutras
uma
Exemplo: linhas (ou colunas), então det M = 0
Se A = e o 4

2
-1

3
, o det A = 14
Exemplos:

JK 1 NO
-2 -1
Se quiséssemos descobrir o determinante de 3 . A, KK OO
faríamos: Seja M = KK 3 4 7O OO , o det M = 0, pois a 3ª coluna
KK- - 3O
det 3 . A = (3) 2 . det A = 9 . 14 = 126
L5 2
P
é a soma da 1ª coluna com a 2 ª coluna.
P5) Troca de las paralelas JK2 NO
-3
KK 5
OO
Seja M uma matriz de ordem n ≥ 2. Se trocarmos Seja N = KK1 4 0O OO , o det N = 0, pois a 3ª linha é
de posição duas las paralelas, obteremos uma nova KK - 10 O
matriz M’ tal que det M’ = - det M L3 10
P
Exemplo: o dobro da 2ª linha menos a 1ª linha.
SRS 1 -1 2WVW
S WW P9) Teorema de Binet
Seja M = SS 0 3 4W , o det M = 13
SS WW
S- 3 5 1W Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então
T X det (AB) = det A . det B
Exemplo:
Se trocarmos de posição a primeira coluna com a
segunda coluna, teremos: Seja A =
B = 3,
e o
3

-1 1
2
, o det A = 5 e B =
1 2
e o
, o det
-2 -7

RS- VW Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A . B) = det A .


SS 1 1 2 WW det B = 5 . 3 = 15
M’ = SS 3 0
W
4W  o det M’ = - 13 Observação: decorre a seguinte relação do Teore-
SS WW ma de Binet:
S5 -3 1W
T X
Portanto a conclusão que chegamos é que: det M’ 1
det A –1 =
det A
= - det M
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de Exemplo:
linhas paralelas. RS VW
SS0 3 -1 WW
Seja A = SS2 -4 W
3 W , o det A = 19 , logo o det A  =
 –1
P6) Filas paralelas iguais
1 1 SS1
S WW
2 - 3W
 =
Se uma matriz M de ordem n ≥  2 tem duas las det A 19 T X
paralelas formadas por elementos respectivamente
iguais, então det M = 0. P10) Matriz triangular
Exemplo: O determinante de uma matriz triangular (aquela
cujos elementos acima ou abaixo da diagonal princi-
RS- VW pal são todos iguais a zero) é dado pelo produto dos
SS 1 0 2 WW elementos da diagonal principal.
Seja M = SS 4 5
W
7W , o det de M = 0, pois a 1ª e 3ª 
3ª   Exemplos:
SS WW
S- 1 0 2W RS- VW      A
T X SS 3 0 0 WW      C
     I
linha são iguais. Seja A = S 1 2 0 , como temos uma matriz
W      T
      Á
SS 4 -5 - 1W W      M
     E
P7) Filas paralelas proporcionais T X      T
     A
triangular superior, ou seja, todos os elementos
elemento s acima      M
Se uma matriz de ordem n ≥ 2 tem duas las para-
para - da diagonal principal são nulos, logo o determinante
lelas formadas por elementos respectivamente pro- de A será dado pelo produto dos elementos da diago-
porcionais, então det M = 0. nal principal da matriz A.
Exemplo: Portanto: det A = ( - 3) . 2 . ( - 1) = 6 171

RS VW

{
SS1 -2 7 WW a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a 1nxn = c1
Seja B = SS0 4
W
2 W , como temos uma matriz a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a 2nxn = c2
SS W
 
S0 0 - 3W W S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a 3nxn = c3
T X ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ 
triangular inferior, ou seja, todos os elementos acima am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + a mnxn = cm
da diagonal principal são nulos, logo o determinante
de B será dado pelo produto dos elementos da diago-
nal principal da matriz B. Note que pela denição do produto de matrizes, o
Portanto: det B = 1 . 4 . ( - 3) = - 12 sistema linearda
ma matricial genérico
seguinteacima, pode ser escrito na for-
maneira:

[ ] [ ] [ ]
a11 a12 a13 . . . a1n x1 c1
SISTEMAS LINEARES a21 a22 a23 . . . a2n x2 c2
EQUAÇÃO LINEAR a31 a32 a33 . . . a3n x3 = c3
∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙
Denominamos equação linear toda equação do
tipo: am1 am2 am3 . . . amn xn cn

a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a 1nxn = c, onde: Exemplos:


Escrevendo na forma matricial os dois exemplos
a1, a 2, a 3, . . . , x n : são coecientes reais, não todos anteriores, temos:
nulos.
x1, x2, x3, . . . , x n : são as incógnitas. 4 –1 x 2
4x – y = 2
c : é o termo independente.

Quando o termo independente é nulo, dizemos { x + 7y = 1 ⇒ [ 1 7


]  ∙ [ y ]   = [1 ]

{ [ ][][ ]
que a equação linear é homogênea.  – 3x + 2y – z = – 1  – 3 2 – 1 x  – 1
Exemplos: x + y – 5z = 3 ⇒ 1 1 – 5   ∙ y = 3
2x – 5y + 2z = 4 2 –5 2 z 4
a) 4x + 3y – z = – 1
b) 2x – y = 3 SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
c) – 2x – y + 5z = 0 (Equação linear homogênea)
Seja uma sequência ou n-upla n-upla ordenada
 ordenada de núme-
Não são equações lineares as equações abaixo: ros reais (a, a 2, a 3, . . . , a n), a mesma será solução de
um sistema linear S , se for a solução de todas as equa-
a) x2 + y – z 3 = 3 ções lineares de S , ou seja:
b) xy – 5z = –7
c) x – 2y + √ z = 3 a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (setença verdadeira)

z Sistema linear: a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (setença verdadeira)


a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (setença verdadeira)
Denominamos sistema linear, o conjunto de duas ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ 
ou mais equações lineares com n incógnitas.
am1a1 + am2a2 + am3a3 + . . . + amnan = cm (setença verdadeira)
Exemplos:

{ 4x – y = 2
x + 7y = 1
Exemplo:

{
x + 2y – 2z = – 5
Neste caso temos um sistema linear de duas incóg- 2x – 3y + z = 9
nitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os termos indepen-
indepen -
dentes desse sistema. 3x y 3z 8

 – 3x + 2y – z = – 1 O sistema acima admite como solução a tripla


ordenada (1,-2,1), pois substituindo estas coordenadas
x + y – 5z = 3 em cada uma das equações lineares, temos:

{
2x – 5y + 2z = 4

{
(1) +2 (– 2) – 2 (1) = – 5

{
Neste caso temos um sistema linear de três incóg- 1–4–2=–5
nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde-
inde- 2(1) – 3 (– 2) + (1) = 9 ⇒ 2 + 6 + 1 = 9
pendentes desse sistema. 3(1) – (– 2) + 3(1) = 8 3+2+3=8
Um sistema linear de m equações com n incógni-

172
tas, indicado por m x n  (lemos “m por n”), pode ser
representado por um conjunto de equações do tipo: { – 5 = – 5
9 = 9 .tod
8=8
.todas
as as
as sent
sentenç
enças
as são
são verd
verdadei
adeiras
ras..

SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO


Dx 11 Dy 22
 

portanto: x = = = 1, y = = = 22
Chamamos de sistema linear homogêneo, aquele D 11 D 11
possui todos os termos independentes nulos, ou seja,
iguais a zero.
Exemplo: Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)

{
x + y + 2z = 0 x – 2y + z = 0
b) 2x + y – 3z = – 5
3x + 4y  – z = 0 4x – y – z = – 1

{
2x + 3y  – 3z = 0
1 –2 1 0 –2 1
D = 2 1  – 3 = 10, Dx =  – 5 1  – 3 = 10
Todo sistema linear homogêneo admite a solução
4 –1 –1 –1 –1 –1
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além da
solução trivial um sistema linear homogêneo pode ter
outras soluções. 1 0 1 1 –2 0
Dy = 2 – 5  – 3 = 20, Dz = 2 1 – 5 = 30
4 –1 –1 4 –1 –1
MÉTODOS PRÁTICOS PARA
PARA A RESOLUÇÃO DE UM
SISTEMA
Dx 10 Dy 20
portanto: x = = = 1, y = = =2
Regra de Cramer D 10 D 10
Inicialmente consideremos o seguinte sistema Dz 30
z= = =3
linear: D 10
a1x + b1y = c1
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3).
a2x + b2y = c2
{ CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS LINEARES
a 1 b1
[ a 2 b2 ]
 é a matriz incompleta do sistema c 1 e c2, Os sistemas lineares podem ser classicados con-
forme o esquema abaixo:
con-
são os termos independentes do sistema.
a b1 determinado
D= 1  , é o determinante da matriz incompleta
a 2 b2 possível
do sistema. indeterminado
c b1 Sistema
Dx  = 1   , é o determinante da matriz obtida
c2 b2
impossível
por meio da troca dos coecientes de x, pelos termos
independentes, na matriz incompleta. Sistema Possível e Determinado
a c1
Dy  = 1   , é o determinante da matriz obtida
Um sistema será possível e determinado (SPD),
2 2
por meioada troca
c dos coecientes de y, pelos termos quando o determinante D da matriz incompleta for
independentes, na matriz incompleta. diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.

O exemplo acima é análogo para qualquer sistema Sistema Possível e Indeterminado


linear n x n,
n, portanto a regra de Cramer pode ser apli-
cada para resolver qualquer sistema linear n x n, onde Um sistema será possível e indeterminado (SPI),
D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões: quando o determinante D da matriz incompleta for
igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas
também: (D1 = D2 = D3 = ... = Dn = 0)

( )
D D D Dn
X1 = ,X2 = ,X3 = , . . . , x n =
D D D D Sistema Impossível

Exemplos: Um sistema será impossível (SI), quando o deter-


Vamos resolver os seguintes sistemas pela Regra minante D da matriz incompleta for igual a zero (D =
0) e pelo menos um dos determinantes das incógnitas      A
de Cramer:      C
     I
for diferente de zero.      T
      Á
a)      M
{ 3x2x– +4yy == –45 Vamos classicar cada um dos sistemas lineares
abaixo:      E
     T
     A
     M
D = 3  – 4 = 11, Dx =  – 5 – 4 = 11, D = 3  – 5 = 22
2 1 4 1 2 4
a) { 4x –y=1
2x + 3y = 5

D = 4 – 1 = 14  Como D ≠ 0, o sistema é SPD


2 3 173

{
x + 2y – z = 1 z  Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 2) e adicio-
b) 2x – 3y + 4z = 2 nar o resultado à 2ª equação.
3x – y + 3z = 3
Substituiremos a terceira linha por uma nova,
1 2 –1 fazendo a seguinte operação:
D = 2  – 3 4  = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
3  – 1 3 z  Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 3) e adicio-
adicio -
nar o resultado à 3ª equação.
vamos vericar se é SPI ou SI.

{
x + 2y – 2z = – 5
 – 7y + 5z = 19
1 2 –1 1 1 –1 1 2 1
D  = 2  – 3 4 = 0, D  = 2 2 4 = 0, D  = 2  – 3 2 = 0
x y z
 – 7y + 9z = 23
3  – 1 3 33 3 3  – 1 3 Substituiremos a terceira linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
Como D = 0, D x = 0, Dy = 0 e D z = 0, o sistema é SPI.
z  Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-

{
 – 2x + y – 3z = 0 nar o resultado à 3ª equação.
c) x – y – 5z = 2

{
3x – 2y + 2z = – 3 x + 2y – 2z = – 5
 – 7y + 5z = 19
 – 2 1  – 3 4z = 4
D = 1 – 1 – 5  = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
3  – 2 – 2 Com o sistema escalonado, podemos determinar
os valores das incógnitas da seguinte forma:
vamos vericar se é SPI ou SI. Obtendo z na 3ª equação:
4z = 4
0 1  – 3
Dx = 2 – 1 – 5 = 40 , Como Dx ≠ 0, o sistema é SI. 4
 – 3  – 2 – 2 z= 4
Não é necessário analisar o determinante das incóg-
z=1
nitas y e z, uma vez que um deles já apresenta resulta-
resulta-
do diferente de zero. Obtendo y na 2ª equação:
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª
ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES equação e encontrar o y:

Nem sempre a Regra de Cramer é um instrumento  – 7y + 5z = 19


prático para a resolução de sistemas lineares. Para a  – 7y + 5(1) = 19
 – 7y + 5 = 19
resolução de sistemas de três ou mais equações, pode-  – 7y = 19 – 5
mos fazer a solução de uma forma escalonada, ou seja,  – 7y = 14
vamos fazer o escalonamento do sistema. Um sistema
14
estará escalonado quando de equação para equação, y=
no sentido de cima para baixo, houver aumento dos    – 7
coecientes nulos situados antes dos coecientes   y=–2
não-nulos.
Exemplos: Obtendo x na 1º equação:
Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valo-
valo -
res na 1ª equação e encontrar o x:
{ {
x+y+z=3 x+y+z–t=6
S1 0x + y + z = 2 , S2 0x – y – 4z + 3t = – 13 x + 2y – 2z = – 5
0x + 0y + z = 1 0x + 0y + 12z – 6t = 20 x + 2 (– 2) – 2(1) = – 5
x–4–2=–5
Vejamos um exemplo prático de como resolver um x–6=–5
sistema linear por escalonamento: x=–5+6
x=1

{
2x – 3y + z = 9
x + 2y – 2z = – 5 Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, -2, 1).
3x – y + 3z = 8

Primeiramente vamos trocar de posição a linha 2


com a linha 1, para que a incógnita x que possui o coe-   EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
ciente 1 que na primeira linha.
1. (ESAF – 2009) O determinante da matriz:

{
x + 2y – 2z = – 5
[ ]
2 1 0
2x – 3y + z = 9 B= a b c  é:
3x – y + 3z = 8 4+a 2+b c
a) 0
Substituiremos a segunda linha por uma nova, b) 2b - c
174 fazendo a seguinte operação: c) a + b + c

d) 6 + a + b + c 1 2 a b  3 – 2
  e) 2bc + c - a (  – 1 – 1 )   ∙ ( c d ) ( 1 4  )
  =

 A matriz B é uma matriz quadrada de ordem


ordem 3, para
para  Fazendo o produto entre as matrizes no primeiro
calcular os seus determinantes, vamos utilizar a membro, temos:
 Regra de Sarrus: 1 ∙ a + 2 ∙ c 1 ∙ b + 2 ∙ d  3 – 2
 2 1 0 2 1 ( (– 1) ∙ a + (– 1) ∙ c (– 1) ∙ b + (– 1) ∙ d 1 4  ) (   )
  =

a b c a b  ,
  4 + a 2 + b c 4+a 2+b a + 2c b + 2d  3 – 2
(  – a – c
–b–d  ) ( 1 4  )
  =

Vamos fazer o produto das diagonais principais,


menos o produto das diagonais secundárias.  Pela igualdade de matrizes geraremos o seguinte
sistema linear:
 2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) – [0 ∙ b ∙ (4 + a) +
 2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac – [4c + 2bc + ac] a + 2c = 3

 
= 2bc + 4c + ac – 4c – 2bc – ac = 0 Resposta: Letra A.
2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes:

A=
2 3
(1 3) e B = (1 3)
2 4
{ b + 2d = – 2
 – a – c = 1
 – b – d = 4
Trocando de posição a linha 2 com a linha 3, temos:
  Calcule o determinante do produto AB:
a + 2c = 3

{
a) 8
b) 12  – a – c = 1
c) 9 b + 2d = – 2
d) 15
e) 6  – b – d = 4

 Pelo Teorema dede Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det Vamos encontrar primeiramente os valores de a e
 A ∙ det B c, fazendo a soma da linha 1 com a linha 2, temos:
Calculando separadamente cada um dos determi- c=4
nantes, teremos:
Substituindo c por 4 na primeira linha, temos:
 2 3 = 2 ∙ 3 – (3 ∙ 1) = 6 – 3 = 3
 Det A = a + 2c = 3
1 3
 2 4 = 2 ∙ 3 – 4 ∙ 1 = 6 – 4 = 2 a + 2 ∙ (4) = 3
 Det B = a+8=3
1 3
a=3–8
 Portanto o det (A
(A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos- a=–5
ta: Letra E.
 Para encontrar os valores de b e d, faremos a soma
3. (CESGRANRIO – 2011) Considere a equação matricial da linha 3 com a linha 4, obtendo:
AX = B, d=2
1 2 3  – 2 Substituindo d por 2 na linha 4, temos:
Se A = ( ) eB= ( ) , então a matriz X é:  – b – d = 4
 – 1 – 1 1 4  – b – (2) = 4
2 –4  – b – 2 = 4
a) ( 2 5 )  – b = 4 + 2
 – b = 6
 – 5 – 6
b) ( 4 2 ) b=–6
 – 5 – 6
3  – 1  Portanto a matriz X será igual a:
 4 2 (   )
c) (
 – 1 – 4 )  Resposta: Letra B.
 – 5 – 8
d) ( ) 4. (UNIRIO – 2009) Se o sistema: 3x + y = 18  possui
{
3 2 2x + my = k
4 0
e) (0 3 ) innitas soluções, o produto k ∙ m, vale:

 Para encontrar a matriz X, vamos escreve-la como a) 8      A


     C
     I
uma matriz genérica, e substituir na equação indi- b) 12      T
cada no enunciado: c) 15       Á
d) 18      M
     E

 X =  4
0  )
0
3
e) 20      T
     A
     M

Substituindo as três matrizes conhecidas na equa- Se o sistema possui innitas soluções, ele é um siste-
ção inicial, temos: ma possível indeterminado (SPI). Pela regra de Cra-
mer um sistema linear 2x2 será SPI, se e somente se,
 A ∙ X = B  D = 0, D x = 0 e D y = 0. 175

 Para encontrar
encontrar o valor de m vamos calcular o deter- 0 5 1 0 5
minante da matriz incompleta, igualando o mesmo  D x  = 1 1 – 2 1 1  = 0 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ (– 1)
a zero, teremos, portanto:  – 1 3 – 4 – 1 3
 3 1 = 0 + 1 ∙ 1 ∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ (– 1) + 0 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 1 ∙ (– 4)]
 2 m  D x  = 10 + 3 – (– 1 – 20) = 13 – (– 21) = 13 + 21 = 34
 3 ∙ m – 2 ∙ 1 = 0  Logo D x  = 34
 3m – 2 = 0  Fazendo:
 3m = 2  D  34
 2  x =  x  =  = 2, portanto x = 2. Resposta: Letra B.
m=  D 17 
 3
 Para encontr
encontrarar o valor
valor de k, basta calcula
calcularr o determ
determi-
i-
nante em relação
descobrimos a uma
o valor dasporém
de m, duas incógnitas, já que
para facilitar os
cálculos vamos calcular o determinante em relação
SEQUÊNCIAS
a y, igualando o mesmo a zero, teremos o seguinte:
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
 3 18 = 0
 2 k  Esse tema é cobrado de uma maneira que ao mes-
 3 ∙ k – 2 ∙ 18 = 0 mo tempo que pode parecer fácil, pode ser bem com-
 3k – 36 = 0 plicado. Descobrir a lei de formação ou padrão da
 3k = 36 sequência é o seu principal objetivo, pois nas ques-
 36
k= tões sobre sequências/raciocínio sequencial, você
 3 será apresentado a um conjunto de dados dispostos
k = 12 de acordo com alguma “regra” implícita, alguma lógi-
 Não se esqueça que o exercício não pede os valores ca de formação. O desao é exatamente descobrir
de m e k, mas sim o produto entre eles. Fazendo o essa “regra” para, com isso, encontrar outros termos
 produto entre m e k, teremos:
teremos: daquela mesma sequência.
Veja o exemplo abaixo:
m ∙ k =  2 ∙ 12 =  24 = 8
 3 3 2, 4, 6, 8,...
 Resposta: Letra A.
A primeira pergunta que podemos fazer para
5. (CESGRANRIO – 2011) Considere o sistema a seguir: achar a lei de formação é: os números estão aumen-
tando ou diminuindo?

{
x + 5y + z = 0
4x + y – 2z = 1 Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as
7x + 3y – 4z = – 1 operações de soma ou multiplicação entre os termos.
  Nesse sistema o valor de x  é:
 é: Veja o nosso exemplo que fora postado: 2, 4, 6, 8,.. Do
primeiro termo para o segundo, somamos o número
a) 3 dois e depois repetimos isso.
b) 2
c) 1 2+2=4
d) 0 4+2=6
e) -1 6+2=8
O exercício pede somente o valor da incógnita
Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
 x, portanto podemos utilizar a regra de Cramer
Cramer,,
pois 8+2 = 10.
 para encontrar o seu valor
valor.. Pela regra de Cramer
Cramer,,
 D x  Caso os números estejam diminuindo, você pode
sabemos que: x = . Calculando os respectivos buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
 D
determinantes pela regra de Sarrus, teremos: entre os termos.
Agora, observe esta outra sequência:
1 5 1
 D =  4 1 – 2
7 3 –4 2, 3, 5, 7, 11, 13, ...

1 5 1 1 5 Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem


 D =  4 1 – 2 4 1  = 1 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ 7 + 1 ∙ 4 a dizer que o próximo termo é o 15, mesmo tendo per-
7 3 –4 7 3 cebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendên-
∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ 7 + 1 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 4 ∙ (– 4)]
cia é relevar esse “probleminha” e marcar logo o valor
 D = – 4 – 7 + 12 – (7 – 6 – 80) = – 62 – (– 79) = – 62 + 15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encon-
79 = 17 
 Logo D = 17  trado caso,
Neste deve estamos
ser capazdiante
de explicar TODA aprimos!
dos números sequência!
Sim,
 Fazendo D x  , temos: aqueles números que só podem ser divididos por eles
0 5 1 mesmos ou então pelo número 1. No caso, o próximo
 D x  = 1 1 – 2 seria o 17, e não o 15. A propósito, os próximos núme-
176  – 1 3 – 4 ros primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37...

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS AL
ALTERNADAS
TERNADAS

É bem comum aparecem questões que envolvem


uma sequência que tem mais de uma lei de formação.
Podemos ter 2 sequências que se alternam, como nes-
te exemplo:

2, 5, 4, 10
10,, 6, 15
15,, 8, 20
20,, ...
  O número que substitui o símbolo “?” é:
Se analisarmos mais minuciosamente, podemos
dizer que temos uma sequência que, de um número a) 25.
para outro, devemos somar 2 unidades e também b) 23.
podemos notaro que
número para temos
outro, bastaa somar
sequência que, de elas
5 unidades, um c)
d) 32.
20.
estão em sequências numéricas alternadas. Veja: e) 28.
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,...
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ...  Note o seguinte padrão:
1 + 2 = 3 (primeiro número da segunda coluna)
SEQUÊNCIAS COM FIGURAS E DE PALAVRAS  3 + 5 = 8 (primeiro número
número da terceira coluna)
8 + 12 = 20 (primeiro número da quarta coluna)
Não há teoria especíca para este assunto, mas res-
res -  20 + 28 
+ 28  =
 = 48 (primeiro número da quinta coluna)
ponderemos a seguir algumas questões para “pegar-  Resposta: Letra E.
mos o jeito” dos exercícios que envolvem sequências
com guras e de palavras. Esse é o modo como se 3. (ACCESS – 2020)  Observe a sequência innita a
aprende essa matéria. Mãos à obra! seguir:

  LOGICALOGICALOGICALOGICA...

  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS   A 2020ª letra dessa sequência é:

1. (FURB – 2019)  Em um restaurante, usam-se mesas a) C.


que comportam 4 cadeiras. Se juntarem duas dessas b) A.
mesas, consegue-se espaço para 6 cadeiras. Se jun- c) L.
tarem três dessas mesas, o espaço ca restrito a 8 d) O.
cadeiras. A imagem a seguir ilustra essa situação: e) I.

Temos o ciclo “L O G I C A”, com 6 elementos. Agora,


basta dividir a posição 2020 pela quantidade de ele-
mentos do ciclo. Veja:
 2020 / 6 = 336 + resto 4
Ou seja, temos 336 ciclos completos mais 4
elementos:
  Seguindo esse padrão, pode-se armar que a quanti
quanti--  Resto 1 = L
dade de mesas que se deve juntar para que a quanti-  Resto 2 = O
dade de lugares disponíveis (cadeiras) seja igual a 22  Resto 3 = G
é:  Resto 4 = I (Gabarito)
 Resposta: Letra E.
a) 6.
b) 15. 4. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Observe a sequên-
c) 10. cia de palavras:
d) 12.   OSSOS – NEVOEIRO – DESENHO – JANT JANTARES
ARES –
e) 8. FIBRILADOR – MILÍCIA – ABRIDOR – ? –. A palavra
que substitui corretamente o ponto de interrogação é:
1 mesa = 4 cadeiras
a) GARAPA.
 2 mesas = 6 cadeiras b) MAMÃO.
 3 mesas = 8 cadeiras c) JONATAS.
 4 mesas = 10 cadeiras d) AGROPECUÁRIO.
5 mesas = 12 cadeiras      A
6 mesas = 14 cadeiras      C
     I
 A sequência apresentada segue um padrão
padrão em rela-      T
7 mesas = 16 cadeiras ção aos meses do ano. A primeira palavra, OSSOS,       Á
8 mesas = 18 cadeiras      M
começa com letra “O”, mês de outubro; a segunda      E
9 mesas = 20 cadeiras      T
 palavra, NEVOEIRO, começa com a letra “N”, mês      A
10 mesas = 22 cadeiras de novembro...      M
 Resposta: Letra C. OSSOS → Outubro
 NEVOEIRO → Novembro
2. (CONTEMAX – 2020) Considere o seguinte padrão de  DESENHO → Dezembro
números  JANTARESS → Janeiro
 JANTARE 177

 FIBRILADOR → Fevereiro z  o termo que buscamos é o da décima posição, isto


 MILÍCIA → Março é, a10;
 ABRIDOR → Abril z  a razão da PA é 2, portanto r = 2;
? → Maio z  o termo inicial é 1, logo a1 = 1;
O ponto de interrogação está associado ao mês de z  n, ou seja, a posição que queremos, é a de número
 Maio, devendo ser substituído por uma palavra
palavra que 10: n = 10
comece com a letra “M” = MAMÃO, apresentada nas
opções. Resposta: Letra B. Logo,

5. (IBADE – 2019) A palavra MALOTE está para LOMAET, an = a1  + (n-1)r
assim como CAMILO está para: a10 = 1 + (10-1)2
a10 = 1 + 2x9
a) MIOLCA. a10 = 1 + 18
b) MICAOL. a10 = 19
c) CAOLMI.
d) MILOCA. Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na
e) LOCAMI. sequência e conra. Perceba que, com essa fórmula,
podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da
posição 200 é:
 Na palavra MALOTE, foi invertida a ordem das
duas primeiras sílabas (LOMA) e invertida a ordem an = a1  + (n-1)r
das duas últimas letras (ET). Basta seguir o mes- a200 = 1 + (200-1)2
mo raciocínio para a palavra CAMILO, que ca: a200 = 1 + 2x199
 MICAOL. Resposta: Letra
Letra B. a200 = 1 + 198
a200 = 199

Soma do primeiro ao n-ésimo termo da PA


PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E
A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
“n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS n # (a  1 + an)
Sn = 2
Uma progressão aritmética é aquela em que os
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons- Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
tante, normalmente representada pela letra r. lar a soma dos 7 primeiros termos do nosso exemplo
Termo inicial: valor do primeiro número que que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.
 Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo a n será, nes-
compõe a sequência; te caso, o termo a7, que observando na sequência é o
Razão: regra que permite, a partir de um termo,
t ermo, número 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula,
obter o seguinte. temos:
Observe o exemplo abaixo:
n # (a  1 + an)
{1,3,5,7,9,11,13, ...} Sn = 2

  + 13)
7 # (1
Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9, e assim suces-
suces - S7 = 2
sivamente. Temos um exemplo nítido de uma Progres-
são Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e S7 =
7 # 14
termo inicial igual a 1. Em questões envolvendo pro- 2
gressões aritméticas, é importante você saber obter o 98
termo geral e a soma dos termos, conforme veremos S7 = 2
= 49
a seguir.
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:
Termo geral da PA PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
crescente.
Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei- Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...}  → r = 3
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
decrescente.
outro termo. Temos a seguinte fórmula:
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1
PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão
an = a1  + (n-1)r iguais.
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0.
Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o
“n-ésimo” termo); a é o termo inicial, r é a razão e n é
1
a posição do termo na PA. Dica
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir PA crescente: se r > 0;
o termo de posição 10. Já temos as informações que PA decrescente: se r < 0;
178 precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...} PA constante: se r = 0.
 

Em uma progressão aritmética de 3 termos, o Substituindo na fórmula da média aritmética:


segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé- (a1 + a 2 + a 3 + a 4 )/4 = 310
tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: (a1+ a1 + r + a 1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
 4 a1 + 6r = 310 . 4
PA (a1, a2, a3) à a2 = (a1 + a3)/2  4 a1 + 6. (-24) = 1240
PA (2, 4, 6) à 4 = (2+6)/2 à 4 = 4  4 a1 - 144 = 1240
a1 = 346
 Encontrando a 4:
a 4= 346 + (4-1).r
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS a 4= 346 + 3r
a 4= 346 + 3. (-24)
a 4 = 274. Resposta: Letra D.
1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes
entre os números 23 e 125 é: 3. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Em cada item a seguir é
a) 25. apresentada uma
assertiva a ser situação
julgada, hipotética,
a respeito seguidalineares,
de modelos de uma
b) 26. modelos periódicos e geometria dos sólidos.
c) 27.   Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente,
d) 28. considerado apto na avaliação médica das condições
e) 24. de saúde física e mental, foi convocado para o teste
de aptidão física, em que uma das provas consiste em
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o últi- uma corrida de 2.000 metros em atéat é 11 minutos. Como
mo é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma Manoel não é atleta prossional, ele planeja completar
 PA de razão igual a 4. Então, temos as seguintes o percurso no tempo máximo exato, aumentando de
informações: uma quantidade constante, a cada minuto, a distância
a1 = 24 percorrida no minuto anterior.
an = 124 Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para metros no primeiro minuto e aumentar de 11 metros a
obter os múltiplos). distância percorrida em cada minuto anterior, ele com-
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos pletará o percurso no tempo regulamentar.
encontrar a quantidade de elementos (múltiplos):
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
n 1
a  = =a 24
124   + +(n-1)r
(n – 1)4 Veja que no primeiro minuto ele percorre 125
124 = 24 + 4n – 4 metros, no segundo 125 + 11 = 136 metros, no ter-
124 – 24 + 4 = 4n ceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante.
104 = 4n  Estamos diante de uma progressão aritmética (PA)
n = 26. Resposta: Letra B. de termo inicial a1 = 125 e razão r = 11. O décimo
 primeiro termo (correspondente
(correspondente ao 11º minuto) é:
2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em an= a1 + (n-1).r
4 dias. A quantidade de quilômetros que ele percorrerá a11 = 125 + (11 – 1).11
em cada dia será diferente e formará uma progressão a11 = 125 + 110 = 235 metros
aritmética de razão igual a − 24. A média de quilôme-
quilôme-  A soma das
das distâncias percorridas nos 11 primeiros
tros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km. minutos é dada pela fórmula da soma dos termos
Desse modo, é correto concluir que o número de quilô- da PA:
metros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último
dia de viagem será igual a n # (a  1 + an)
S n = 2
a) 334.
b) 280. 11 #   5 + 235)
(12
S 11 =
c) 322.
d) 274.
2
11 # 360
e) 310. S 11 = 2

 Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos S 11 = 180 · 11


o a 4. Devemos colocar tudo em função de a1, para S 11 = 1.980
 podermos substituir na média. Usando a fórmula  A distância total
to tal percorrida é menor do que 2.000
do termo geral: metros. Logo, Manoel não completará o percurso
r = -24 no tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta:
an= a1 + (n-1).r  Errado.
 Achando a1:
a1 = a1 + (1-1).r 4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta recebe      A
a1 = a1 a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi-      C
     I
Colocando a 2 em função de a1:      T
do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas       Á
a 2= a1+ (2-1)r      M
a 2 = a1 + r de água, no 1° dia do experimento ela recebeu      E
     T
Colocando a 3 em função de a1:      A
a = a + (3-1)r a) 64 gotas.      M

a 3 3 = a11 + 2r b) 49 gotas.


Colocando a 4 em função de a1: c) 59 gotas.
a 4 = a1 + (4-1)r d) 44 gotas.
a 4 = a1 + 3r e) 54 gotas. 179

 
 Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
então, o a1 é dado por: soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
a65= a1 + (n-1).r 16, 32...}
 374 = a1 + (65-1)5 2
4
(2 - 1)
#
 374 = a1 + 64 x 5 S4 =
 374 = a1 + 320 2-1
a1 = 54 gotas. 2 # (1  6 - 1)
S4 =
 Resposta: Letra E. 1
2 # 15
S4 =
5. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Em determinado colégio, 1
todos os 215 alunos estiveram presentes no primeiro S4 = 30
dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram;
no terceiro dia, 4 alunos faltaram; no quarto dia, 6 alu- Soma dos innitos termos de uma progressão
nos faltaram, e assim sucessivamente. geométrica
  Com base nessas informações, julgue os próximos
itens, sabendo que o número de alunos presentes às Suponha que você corra 1000 metros, depois,
aulas não pode ser negativo. você corra 500 metros, depois, você corra 250 metros
  No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos.
e, depois, 125 metros – sempre metade do que você
correu anteriormente. Quanto você correrá no total?
Observe que o que temos é exatamente uma progres-
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO são geométrica innita, porém, essa PG é decrescente.
de crescente.
Quando temos uma PG innita com razão 0 < q <
 P.A. (215, 213, 211, 209,..., a 25 )
 P.A. 1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto
Termo Geral da P.A. maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
an= a1 + (n-1).r tanto, substituindo, teremos:
a 25 = 215 + (25-1) · (-2)
a 25 = 215 + (24· -2) a1 # (0 - 1)
1)
a 25 = 215 - 48 S∞ =
q-1
a 25 = 167 alunos a1
 Logo, 215 - 167 = 48 alun
alunos
os ause
ausentes
ntes.. Resp
Resposta
osta:: Err
Errado.
ado. S∞ =
q-1
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
Dica
Observe a sequência abaixo: Em uma progressão geométrica, o quadrado do
{2, 4, 8, 16, 32...} termo do meio é igual ao produto dos extremos.
{a1, a2, a3} à (a2)2 = a1 × a3
Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2. Veja: {2, 4, 8, 16, 32...}
Este é um exemplo típico de Progressão Geométrica, 82 = 4 × 16
ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obti- 64 = 64.
do a partir da multiplicação do anterior por um mes-
mo número, o que chamamos de razão da progressão
geométrica. A razão é simbolizada pela letra q.   EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de 1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica repre-
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão
e a soma dos termos. Geométrica crescente de razão igual a q, então, é COR-
RETO armar que o valor de q é igual a:
Termo geral da PG
a) 2.
A fórmula a seguir nos permite obter qualquer b) 3.
termo (antermo
primeiro ) da progressão geométrica,
(a1) e da razão (q): partindo-se do c) 4.
d) 8.
an = a1 × qn-1 Vamos substituir os valores que já temos na fórmu-
la geral da PG para acharmos a razão:
No nosso exemplo, o quinto termo, a 5 (n = 5), pode an = a1 × qn-1
ser encontrado assim: a6 = a1 × q6-1
192 = 6 × q 5
{2, 4, 8, 16, 32...} 192/6 = q5
a5 = 2 × 2 5-1  32 = q5
a5 = 2 × 24 q = 5 32
a5 = 2 × 16 q=2
a5 = 32  Resposta: Letra A.
Soma do primeiro ao n-ésimo termo da PG 2. (IBFC – 2016) Se a soma dos elementos de uma P.G.
(progressão geométrica) de razão 3 e segundo termo
A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n” 12 é igual a 484, então o quarto termo da P.G.
P.G. é igual a:
primeiros termos da progressão geométrica:
n
a1 # (q - 1)
a)
b) 324.
36.
Sn = c) 108.
180
q-1 d) 216.

Temos que a 2 = 12 e q = 3. Para


P ara calcularmos o quarto
termos, devemos usar a fórmula do termo geral da   HORA DE PRATICAR!
 PG. Veja:
a 4 = a 2 × q 4-2 1. (CESGRANRIO — 2018) Considere o conjunto A cujos
a 4 = 12 × 3 2 5 elementos são números inteiros, e o conjunto B for-
a 4 = 12 × 9 mado por todos os possíveis produtos de três
t rês elemen-
a 4 = 108 tos de A.
 Resposta: Letra C. Se B = {–30, –20, –12, 0, 30}, qual o valor da soma de
todos os elementos de A?
3. (IDECAN – 2014) Observe a progressão geométrica
(P.G.) e assinale o valor de y.
a) 5
P.G. = (y + 30; y; y – 60) b) 3
c) 12
a) +30. d) 8
b) +60. e) –12
c) –30.
d) –60. 2. (CESGRANRIO — 2015) Em certo concurso, a pontua-
e) –90. ção de cada candidato é obtida da seguinte forma:
 Em uma progressão geométrica,
geométrica, o quadrado do ter- por cada acerto o candidato recebe 3 pontos e, por
mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo: cada erro, perde 1 ponto. Os candidatos A e B zeram
 y² = (y + 30) × (y - 60) a mesma prova, porém A acertou 5 questões a mais
 y² = y² -60y +30y -1800 do que B.
 y² - y² +60y -30y = -1800   Qual foi a diferença entre as pontuações obtidas pelos
 30y = -1800 dois candidatos?
 y = -1800/30
 y = -60 a) 15
 Resposta: Letra D. b) 25
c) 5
4. (FUNDATEC – 2019) A sequência (x-120; x; x+600) for-
ma uma progressão geométrica. O valor de x é: d) 10
e) 20
a) 40.
3. (CESGRANRIO — 2015)
b) 150.
c) 120. A mãe de João
dá-lo a pagar uma das prestações decidiu
referentes aju-
a uma
d) 200. compra parcelada. Ela solicitou a antecipação do
e) 250. pagamento e, por isso, a nanceira lhe concedeu um
desconto de 6,25% sobre o valor original daquela pres-
 Em uma progressão geométrica,
geométrica, o quadrado do ter- tação. João pagou um terço do novo valor, e sua mãe
mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo:
 x  2 = (x-120) × (x+600) pagou o restante.
 x  2 = x  2 + 600x – 120x -72000   A parte paga pela mãe de João corresponde a que fra-
 x  2 - x  2 = 480x – 72000 ção do valor original da prestação?
 480x = 72000
 x = 72000/480 29
a)
 x = 150 48
 Resposta: Letra C. 1
b)
5. (IESES – 2019) Em uma progressão geométrica de 24
razão r = 3 a soma dos 5 primeiros termos
te rmos é igual a 968. 15
  Então, o primeiro termo dessa progressão é: c)
16
a) Maior que 18. d) 5
b) Maior que 15 e menor que 18. 8
c) Maior que 12 e menor que 15. 4
d) Maior que 9 e menor que 12. e)
e) Menor que 9. 25

Vamos usar a fórmula da soma da PG: 4. (CESGRANRIO — 2015) Cada vez que o caixa de um
banco precisa de moedas para troco, pede ao geren-
n
a1 # (q - 1) te um saco de moedas. Em cada saco, o número de
S n = moedas de R$ 0,10 é o triplo do número de moedas de
q-1
n R$ 0,25; o número de moedas de R$ 0,50 é a metade      A
a1 # (3 - 1)      C
     I
968 = do número de moedas de R$ 0,10.      T
3-1   Para cada R$ 75,00 em moedas de R$ 0,50 no saco de       Á
moedas, quantos reais haverá em moedas de R$ 0,25?      M
a1 # (2 43 - 1)      E
968 =      T
2      A
a) 20      M
1936 = 242a1 b) 25
aa1 = 1936 / 242 c) 30
1 = 8 d) 10
 Resposta: Letra E. e) 15 181

5. (CESGRANRIO — 2018) Para que seja possível admi- 9. (CESGRANRIO — 2013) Mauro precisava resolver alguns
nistrar as vendas de uma empresa, é necessário 1
exercícios de Matemática. Ele resolveu  dos exercícios
estimar a demanda do mercado. Considere que uma 5  
2
cidade tenha 300.000 habitantes que consomem dois no primeiro dia. No segundo dia, resolveu  dos exercí-
3
sabonetes por mês e que a participação da empresa X
cios restantes e, no terceiro dia, os 12 últimos exercícios.
no mercado de sabonetes é de 30%. A demanda men-   Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
sal por sabonetes da empresa X é de
a) 30
a) 60.000 unidades b) 40
b) 90.000 unidades c) 45
c) 120.000 unidades d) 75
d) 180.000 unidades e) 90
e) 240.000 unidades
10. (CESGRANRIO — 2013) Em certa cidade, a tarifa do
6. (CESGRANRIO — 2018) O dono de uma loja deu um metrô é R$ 2,80, e a dos ônibus, R$ 2,40. Mas os passa-
geiros que utilizam os dois meios de transporte podem
desconto de de
ginal) de um 20%seus
sobre o preçoe, de
produtos venda
ainda (preço
assim, ori-
obteve optar por um bilhete único, que dá direito a uma viagem
de ônibus e uma de metrô, e custa R$ 3,80.
um lucro de 4% sobre o preço de custo desse produto.   Em relação ao valor total gasto com uma viagem de
  Se vendesse pelo preço original, qual seria o lucro obti- ônibus e uma de metrô pagas separadamente, o bilhe-
do sobre o preço de custo? te único oferece um desconto de, aproximadamente,
a) 40% a) 27%
b) 30% b) 30%
c) 10% c) 32%
d) 20% d) 34%
e) 25% e) 37%
11. (CESGRANRIO — 2013) Numa empresa, todos os seus
7. (CESGRANRIO — 2018) Uma empresa cria uma cam- clientes aderiram a apenas um dos seus dois planos,
panha que consiste no sorteio de cupons premiados. Alfa ou Beta. O total de clientes é de 1.260, dos quais
O sorteio será realizado em duas etapas. Primeira- apenas 15% são do Plano Beta. Se x clientes do plano
mente, o cliente lança uma moeda honesta: Beta deixarem a empresa, apenas 10% dos clientes
que nela permanecerem estarão no plano Beta.
  se o resultado for “cara
“cara”,”, o cliente seleciona, aleatoria
aleatoria--   O valor de x é um múltiplo de
mente, um cupom da urna 1; se o resultado for “coroa”, o
cliente seleciona, aleatoriamente,
aleatoriamente, um cupom da urna 2. a) 3
b) 8
  Sabe-se que 30% dos cupons da urna 1 são premia- c) 13
dos, e que 40% de todos os cupons são premiados. d) 11
  Antes de começar o sorteio, a proporção de cupons e) 10
premiados na urna 2 é de 12. (CESGRANRIO — 2013) O gráco abaixo apresenta o
consumo médio de oxigênio, em função do tempo, de
a) 50% um atleta de 70 kg ao praticar natação.
b) 25%
c) 5%
d) 10%
e) 15%

8. (CESGRANRIO — 2015) Amanda e Belinha são amigas


ediferentes.
possuem Aassinaturas
empresa dedeTVTVa acabo
cabodedeAmanda
empresas

descontos de 25% na compra dos ingressos de cine-
ma de um shopping. A empresa de TV a cabo de
Belinha dá desconto de 30% na compra de ingressos
do mesmo cinema. O preço do ingresso de cinema,
sem desconto, é de R$ 20,00. Em um passeio em famí-
lia, Amanda compra 4 ingressos, e Belinha compra 5
ingressos de cinema no shopping, ambas utilizando-
-se dos descontos oferecidos por suas respectivas   Considere que o consumo médio de oxigênio seja dire-
empresas de TV a cabo. tamente proporcional à massa do atleta.
  Quantos reais Belinha gasta a mais que Amanda na   Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de
um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática de
compra dos ingressos?
natação?
a) 10 a) 50,0
b) 15 b) 52,5
c) 20 c) 55,0
d) 25 d) 57,5
182 e) 30 e) 60,0

13. (CESGRANRIO — 2018) Uma sequência numérica tem 1


  O número real x para o qual se tem Sx =

seu termo geral representado por an, para n ≥ 1. Sabe-


Sabe - 4
-se que a1 = 0 e que a sequência cujo termo geral é bn
= an+1 – an, n ≥ 1, é uma progressão aritmética cujo a) 4
primeiro termo é b1 = 9 e cuja razão é igual a 4. b) log25
  O termo a1000 é igual a c) 3/2
d) 5/2
a) 2.002.991 e) log23
b) 2.002.995
c) 4.000.009 18. (CESGRANRIO — 2015) Uma sequência de números
d) 4.009.000 reais tem seu termo geral, an , dado por an = 4.2 3n+1,
e) 2.003.000 para n ≥ 1. Essa sequência é uma progressão
14. (CESGRANRIO — 2018)  Para obter uma amostra de a) geométrica, cuja razão é igual a 2.
tamanho 1.000 dentre uma população de tamanho b) geométrica, cuja razão é igual a 32.
20.000, organizada em um cadastro em que cada ele- c) aritmética, cuja razão é igual a 3.
mento está numerado sequencialmente de 1 a 20.000, d) aritmética, cuja razão é igual a 1.
um pesquisador utilizou o seguinte procedimento: e) geométrica, cuja razão é igual a 8.
I.  calculou um intervalo de seleção da amostra, dividin-
dividin- 19. (CESGRANRIO — 2013) A sequência an, n ∈  N é 
do o total da população pelo tamanho da amostra: uma progressão aritmética cujo primeiro termo é 
20.000/1.000 = 20; a1 = −2 e cuja razão é r = 3. Uma progressão geo-
II.  sorteou aleatoriamente um
um número inteiro, do interva- métrica, bn, é obtida a partir da primeira, por meio
lo [1, 20]. O número sorteado foi 15; desse modo, o
da relação bn = 3an , n ? N. Se b1 e q indicam o primeiro
primeiro elemento selecionado é o 15º;
termo e a razão dessa progressão geométrica, então
III. a partir desse ponto, aplica-se o intervalo de seleção q
da amostra: o segundo elemento selecionado é o 35º  vale
b1
(15+20), o terceiro é o 55º (15+40), o quarto é o 75º
(15+60), e assim sucessivamente. a) 243.
  O último elemento selecionado nessa amostra é o b) 3.
1
a) 19.997º c)
b) 19.995º 243
2
c) 19.965º d) –
3
d) 19.975º
e) 19.980º 27
e) –
6
15. (CESGRANRIO — 2013) Progressões aritméticas são
sequências numéricas nas quais a diferença entre 20. (CESGRANRIO — 2014) Seja A3x3 uma matriz quadra-
dois termos consecutivos é constante. da de ordem 3. O elemento da matriz A3x3, que ocupa
  A sequência (5, 8, 11, 14, 17, ..., 68, 71) é uma progres- a linha i e a coluna j, é representado por aij, i, j = 1, 2, 3.
são aritmética nita que possui Acerca dos elementos da matriz A3x3, sabe-se que:

a) 67 termos   Quatro elementos são iguais a 0 e os cinco restantes


b) 33 termos são iguais a 1;
c) 28 termos   Para todos os valores de i e j, tem-se aij = aji .
d) 23 termos
e) 21 termos Os possíveis valores da soma a11 + a22 + a33 são:

16. (CESGRANRIO — 2018) Considere a sequência numé- a) 0e1


rica cujo termo geral é dado por a n=2 1-3n, para n ≥ 1. b) 0e2
Essa sequência numérica é uma progressão c) 0e3
d) 1e3
1
a) geométrica, cuja razão é e) 2e3

b) geométrica, cuja razão é -6.
-6.
c) geométrica, cuja razão é -3.
-3. 9  GABARITO
d) aritmética, cuja
cuja razão
razão é -3.      A
1      C
     I
e) aritmética, cuja razão é 1 D      T
8       Á
     M
2 E      E
     T
17. (CESGRANRIO — 2018) Para x > 0, seja Sx a soma      A
3 D      M

4 B

5 D 183

6 B
7 A
8 A
9 C
10 A
11 E
12 E
13 B
14 B

15 D
16 A
17 B
18 E
19 A
20 D

 ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES

184

ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO


FI NANCEIRO

INTRODUÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Nem sempre a banca organizadora do concurso dispõe o conteúdo programático do edital em uma sequência
lógica. Isso acaba dicultando a busca dos assuntos, além de prejudicar uma assimilação eciente dos temas. Por
isso, elaboramos didaticamente o conteúdo a seguir, abordando todos os itens do edital de uma maneira que você
realmente consiga aprender e otimizar os seus estudos. Acompanhe na tabela a seguir a equivalência dos itens do
edital, reorganizados nesse material.

C ONT EÚ DO D O E DITA L NE ST E LIVR O

Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desaos


Internet banking
Mobile banking
Open banking
Novos modelos de negócios
Fintechs, startups e Big techs
Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)
Funções da moeda Banco na Era Digital – Atualidades do Mercado
Financeiro
O Dinheiro na Era Digital: blockchain, bitcoin e demais
criptomoedas
Marketplace
Correspondentes bancários
Arranjos de pagamentos
Sistema de pagamentos instantâneos (PIX)
Segmentação e interações digitais
Transformação digital no Sistema Financeiro    O
   R
   I
   E
   C
   N
   A

OS BANCOS NA ERA
ER A DIGITAL: ATUALIDADES, TENDÊNCIAS E DESAFIOS    N
   I
   F
   O
HOME/OFFICE BANKING, REMOTE BANKING, BANCO VIRTUAL    D
   A
   C
A ligação entre o computador do cliente e o computador do banco, é o que basicamente se dene como Home    R
   E
Banking.    M
Para que houvesse uma redução de custos de intermediação nanceira, os bancos concluíram que havia    O
   D
necessidade de reduzir o trânsito e a la de clientes nas agências.    S
Esse o motivo para o aprimoramento dos Bancos 24 horas, onde se dá o atendimento remoto – fora das agên-    E
   D
cias – da clientela.    A
   D
   I
Esse tipo de atendimento se utiliza da rede
re de banco 24 horas (saques, depósitos, pagamento de contas, solicitação    L
de entrega de talões de cheques, etc.), empresas tipo balcão eletrônico, cartões magnéticos em redes de postos de    A
   U
gasolina, redes de lojas.    T
   A
Pode-se, então, obter uma integração dos requisitos de conveniência, segurança, ecácia e relacionamento,
exigidos pelo conceito de remote bank.
A segurança na transmissão de dados é garantia pelo perl que o banco, concede por meio de uma palavra-cha -
ve-password que limita o acesso às informações.
185

Fonte: https:/
https://www.p
/www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
ortaleducacao.com.br/conteudo/artigos/ Startup signica o ato de começar algo, normal-
normal-
contabilidade/remote-banking-(banco-virtual)/24984 mente
estão norelacionado com
início de suas companhias
atividades e quee buscam
empresas que
explo-
INTERNET BANKING/BANCO DIGITAL rar atividades inovadoras no mercado.
Empresas startup são jovens e buscam a inovação
Muito além de oferecer serviços por internet ban- em qualquer área ou ramo de atividade, procurando
king ou aplicativos que auxiliem clientes a realizar desenvolver um modelo de negócio escalável e que
suas transações nanceiras, o banco digital se carac-
carac- seja repetível.
teriza por apresentar uma proposta de valor onde a Um modelo de negócio é a forma como a empre-
maioria dos seus produtos e serviços sejam oferecidos sa gera valor para os clientes. Um modelo escalável
de forma digital. e repetível signica que, com o mesmo modelo eco- eco -
É um modelo operacional com infraestrutura nômico, a empresa vai atingir um grande número de
capaz de responder às interações de seus clientes em clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um
tempo real e criar uma cultura que se adeque às ino- aumento signicativo dos custos.
vações tecnológicas de forma ágil.
MOBILE BANKING
De acordo com a pesquisa FEBRABAN de tecnologia
bancária 2014, o Banco digital possui um processo não
presencial no momento da abertura
abert ura de contas, com cap- Banco móvel (às
móvel (às vezes utilizado o termo em inglês
tura digital de documentos e informações e coleta eletrô- mobile banking )tipicamente
alguns serviços são ferramentas que disponibilizam
bancários através de dis-
nica de assinatura. Com relação à consulta e resolução de
positivos móveis, como um celular.
problemas, o banco digital possui acesso a canais eletrô-
ele trô- “Mobile Banking (operação bancária móvel)
nicos para todas as consultas e contratação de produtos. refere-se à disposição e vantagem dos serviços da
A resolução de problemas é feita por múltiplos canais operação bancária e nanceiros com a ajuda dos dis-dis-
sem a necessidade da ida à agência. positivos móveis da telecomunicação.
A variedade de serviços oferecidos pode incluir
Relação entre bancos digitais e FinTechs ou Startups facilidades para realizar operações bancárias e tran-
sações do mercado acionário, para administrar clien-
 Fintechs  são as startups que criam inovações no
 Fintechs  tes e para ter acesso a informações personalizadas.”
setor nanceiro, baseados em tecnologia. Elas têm Serviços de informação, por outro lado, pode ser
sido uma aposta dos bancos tradicionais para acele- oferecido como um módulo independente.
rar a inovação tecnológica e se inserir na era digital.
Os bancos beneciam-se da interação com essas OPEN BANKING E OS NOVOS MODELOS DE
empresas disruptivas pela facilidade e agilidade na NEGÓCIOS
criação e aprimoramento de produtos e serviços.
Enquanto
maneira deasvalidar
FinTechs veem receber
o negócio, nessa parceria, uma
investimentos Se fôssemos
signicaria traduzir
Banco Aberto.ipsis
Maslitteris,
esse é umOpen Banking
termo que
e ganhar experiência. remete aos métodos de Inovação Aberta pensados
Além disso, os bancos possuem uma base ampla, exclusivamente para o setor bancário.
consolidada e crescente de clientes e oferecem estabi- Dentro do que chamamos de Open Banking está
lidade, conança e experiência em atender à regula-
regula- a prática da colaboração entre instituições bancárias
mentação do Sistema Financeiro Nacional. tradicionais com startups, ntechs e empresas de tec-
No Brasil, diversas instituições nanceiras têm nologia. Essas parcerias resultam em soluções e apli-
promovido programas que dialogam com as FinTechs. cações inovadoras.
O Bradesco, por exemplo, criou em 2014 o programa E isso só acontece por que as Interfaces de Progra-
InovaBra, que promove a interação do banco com mação de Aplicativos (APIs) permitem que terceiros
startups com potencial de desenvolvimento de negó- acessem informações nanceiras com eciência, o
cios e produtos relacionados a serviços nanceiros. que promove o desenvolvimento de novos aplicativos
Dentro desse ecossistema, foi criado em 2017 o Ino- e serviços. Elas também facilitam a coleta e a análises
vaBra habitat,
habitat, do qual a Simply é uma das empresas sosticadas de volumes exponenciais de dados.
participantes. Um espaço onde empresas, startups, APIs abertas são ótimas oportunidades para criar
investidores, mentores e empreendedores geram novos modelos de negócios bancários, iniciando o tão
novos
base nonegócios e buscam
networking soluções inovadoras com
e na colaboração. necessário
ponsável por processo
tirar as de Transformação
instituições Digital,
nanceiras res-
da área
Outro exemplo dessa interação é o Cubo, um espa- de conforto e guiá-las rumo a estratégias fundamenta-
ço de coworking lançado pelo Itaú em parceria com das em user-centric.
a Redpoint, localizado na zona sul de São Paulo. Ele O Open Banking propõe elaboração de produtos e
comporta e apoia até cinquenta startups, sendo seis serviços online, 100% digitais que geram vantagens
delas, FinTechs. para o usuário nal. Sim, a ideia não é resolver o pro-
pro -
O banco digital representa uma evolução na for- blema do banco e de seus desenvolvedores, mas o do
ma de se relacionar com o cliente tendo como base seu consumidor.
a inovação tecnológica. Ou seja, busca uma relação Idealmente, uma estratégia de Open Banking deve
mais personalizada e próxima do consumidor a m resultar em uma melhor experiência para os consumi-
de atender uma nova geração de clientes mais exigen- dores. A diferença entre o conceito e outras estratégias
tes e conectados. rotineiras no mercado é o novo cenário criado por ele,
Fonte: http:/
http://blog.simply.co
/blog.simply.com.br/banco-digital-desao-set
m.br/banco-digital-desao-setor-
or-
em que correntistas acessam serviços e funcionalida-
nanceiro/ des do banco a partir de sites e aplicativos terceiros.
A instituição nanceira deixa de existir apenas
186 Startup em seus próprios domínios e passa a ter contato com

seu cliente em outros espaços digitais, ampliando sua fatores como idade, prossão, hobbies, gostos cultu-
cultu-
atuação, público, portfólio de serviços e tempo de rais e atividades praticadas regularmente.
contato.
A plataforma de API aberta do banco deve ser z  Utilize a mídia correta
capaz de conectar o correntista, mais especicamente
os dados dele, à outras plataformas de sua escolha. O Saber quem é o seu público alvo ideal é a chave
poder de escolha é do usuário, o de conexão de dados para descobrir onde o seu cliente está e, a partir dis-
é da instituição nanceira. so, estabelecer qual a mídia deve ser prioritária na
Fonte: https://www.mjvinnovation.com/pt-br/blog/open-banking/ ação. Conhecer as opções de segmentação, uso e pers
existentes em cada ambiente é essencial para que sua
O comportamento do consumidor na relação com o campanha tenha bom desempenho.
banco
z  Teste variáveis
O perl do cliente de serviços bancários tem muda-
muda-
do nos últimos anos. Bancos tradicionais já não conse- Durante a publicação da campanha é fundamental
guem suprir as necessidades de clientes que nasceram criar variantes de público para entender a receptivida-
mergulhados na era digital, como a geração Y. de de cada um. Segmentações diferentes inuenciam
resultados diferentes, por isso ter públicos segmenta-
Por isso, a m de oferecer um relacionamento
mais
são ospersonalizado, é essencial dessa
interesses e necessidades compreender quais
nova geração dos
cadapermite elevar
interação seu entendimento
da campanha, da audiência
permitindo resultadosa
de consumidores, assim como o que eles esperam dos cada vez melhores.
serviços nanceiros.
A geração digital deseja ser localizada por seus z  Mensure os resultados
interesses especícos e características peculiares e
não ser somente um número em amplos dados demo- Acompanhar os dados de demograa, renda, enga- enga-
grácos. Ela é composta por clientes participativos e  jamento, tempo
tempo de visita
visita e conversão,
conversão, disponibili
disponibilizados
zados
que desejam ser questionados sobre os produtos e ser- ao analisar as campanhas, possibilita que a cada publi-
viços que o banco oferece. cação você conheça melhor seu público. A partir disso
São consumidores que esperam que o banco tenha é possível ajustar a nova etapa da ação e segmentar
uma visão ampla de seu relacionamento, atuando de de forma ainda mais precisa, provocando impacto na
forma antecipatória, observando possíveis problemas hora certa e na pessoa certa.
e criando soluções. Eles querem ser surpreendidos com
Fonte: https:/
https://infographya.com.br/
/infographya.com.br/segmentacao-de-publico-no-
segmentacao-de-publico-no-
serviços especiais em momentos inesperados e espe-
ambiente-digital/
ram que a instituição nanceira esteja ao seu lado no
longo prazo, nos diversos momentos da sua vida.
Estes clientes também esperam que o banco tenha A importância da segmentação pública
caráter informativo e orientador. Além de terem inte-
resse em assuntos nanceiros, querem que a institui-
institui - É difícil até hoje mensurar o quanto a internet está
ção os eduque através de dicas e canais on-line, assim transformando a humanidade em todos os aspectos:
social, cultural, econômico, mas, algumas caracterís-
como os informe sobre o atual cenário econômico, ticas dessa nova era digital já são bastante evidentes,
alertando-os sobre mudanças nanceiras. mensuráveis e aplicáveis em estratégias de marketing.
Desejam sentir que estão seguros e protegidos, que Na época de ouro da TV aberta, o grande público
podem escolher os melhores canais para interagir geral era o objetivo nal de qualquer campanha. Ven-
Ven -
com o banco. dia mais quem tinha mais espaço publicitário, quem
Fonte: http:/
http://blog.simply.co
/blog.simply.com.br/banco-digital-desao-set
m.br/banco-digital-desao-setor-
or- conseguia anunciar nos programas de maior audiên-
nanceiro/
cia. Essa realidade mudou completamente desde que
a internet se popularizou, principalmente com o uso    O
SEGMENTAÇÃO
SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES DIGITAIS em massa de redes sociais.    R
   I
   E
   C
O marketing digital é essencial para a comunicação Direcionando investimento e mensagem    N
das atividades de uma marca, anal neste ambiente é    A
   N
   I
possível se posicionar e garantir uma audiência quali-    F
cada. Neste sentido, a estratégia é ainda mais asser-
asser- Hoje, ae fortalecimento
mercado grande oportunidade de não
de marca consolidação
está mais no
na    O
   D
tiva quando as ações e campanhas de marketing são divulgação para grandes públicos, mas na identicação    A
personalizadas de acordo com o público e comparti-    C
e foco em nichos de mercado onde se concentram as    R
lhadas no momento certo para atingir o cliente.    E
pessoas com mais potencial de compra e delização.    M
Ao estabelecer um planejamento para a divul- A segmentação é uma forma de otimizar investi-    O
gação de uma campanha no Facebook é necessário mentos através de uma mensagem mais objetiva e com    D
selecionar, dentre os diversos ltros demográcos e    S
escopo mais bem denido. Se por um lado gasta-se    E
pers de interação, quem deverá ser impactado por    D
menos com tempo de exibição em horário nobre, por    A
sua publicação. Saiba como começar: outro ganha-se mais relevância em campanhas dese-    D
   I
   L
nhadas para atrair organicamente. É uma forma única    A
z  Crie ‘personas’ no mundo corporativo de fazer mais com muito menos.    U
   T
   A
Denir as características da pessoa que você quer Criando uma identidade
atingir por meio da associação com seus valores e
informações facilita a seleção de interesses que con- O Marketing Digital surgiu dessa necessidade de
tribuam para uma segmentação ecaz. Selecione aproximar marca e público de forma como nunca antes 187

foi possível. O termo do momento em divulgação publi- seu público alvo. Ao aplicar técnicas de Marketing
citária é “conexão emocional”. Campanhas segmenta- Digital à mesma campanha, é possível conseguir o
das e que setornam
mensagem apoiama empresa
em redesmais
sociais para passar
próxima uma
do público, mesmo
de resultado,
entusiastas com10
20mil, em um grupo
mil pessoas. segmentado
Você gasta apenas
como mais uma amiga em sua rede de relacionamentos. uma fração do dinheiro em um ambiente muito mais
Dessa forma, é possível criar uma identidade bem propício ao engajamento.
denida para o negócio e seus produtos. A marca é
personicada em uma mensagem e é muito mais fácil Segmentando de forma inteligente
se relacionar afetivamente com uma persona do que
apenas um nome na tela. E a segmentação do Marketing Digital, principal-
mente utilizando Big Data, não se resume apenas ao
Aumentando taxas de conversão gosto de um público. Com a captação de mais infor-
mações sobre clientes e visitantes por meio de site e
Ou seja, a segmentação de público é hoje a fórmu- redes sociais, é possível segmentar com muito mais
la mais rápida e eciente para aumentar a sua taxa precisão. Pode-se criar campanhas especícas, por
de conversão (a porcentagem de pessoas atingidas exemplo, para uma única cidade, uma faixa etária ou
pela mensagem que realmente fazem uma compra ou até um horário do dia.
assinam um serviço), além de necessitar de um custo
menor para manter esse cliente delizado. Retendo clientes através de relacionamento

Conexão
quebrada — emocional é barata de
duas características quecriar e difícil
qualquer de ser
empresa Por último, uma das grandes vantagens do Marke-
busca em suas campanhas de marketing. Segmentar seu ting Digital na segmentação de público é a capacidade
público é a forma mais eciente de alcançar esse resultado.
resulta do. de separar a aquisição da delização de clientes.
Em campanhas de massa, não há como fazer essa
Marketing Digital e a estratégia de segmentação diferenciação — a mesma mensagem é divulgada
para clientes e não clientes. Já o Marketing Digital
Agora que a importância da segmentação de públi- possibilita campanhas especícas de remarketing e
co cou clara, é hora de entender melhor como o relacionamento que tratem apenas sua base já con-
Marketing Digital pode fazer isso na prática. São bene-
be ne- quistada, otimizando o investimento menor na manu-
fícios que vão muito além da mensagem em si e sua tenção desse público delizado com engajamento e a
plataforma de divulgação, mas também estratégias tão desejada conexão emocional.
de Business
de  Business Intelligence para
Intelligence  para garantir que seu inves-
Fonte: https:/
https://2dcb.com.br/blog/co
/2dcb.com.br/blog/como-o-marketing-digital-aj
mo-o-marketing-digital-ajuda-na-
uda-na-
timento em divulgação seja feito de forma assertiva:
segmentacao-de-publico
Entendendo o seu público
O DINHEIRO NA
N A ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN,
BITCOIN E DEMAIS CRIPTOMOEDAS
O primeiro
a esse passoé entender
novo público para umaquem
divulgação
seuadequada
são seuss clientes
potenciais. Através de pesquisas e aplicação de téc- Moedas Virtuais
nicas de prospecção, é possível identicar nichos de
mercado potenciais para divulgar e engajar. As chamadas “moedas virtuais” ou “moedas cripto-
A prática de mais sucesso atualmente é a criação grácas” são representações digitais de valor que não
de buyer
buyer   personas, pers ctícios que representam são emitidas por Banco Central ou outra autoridade
seus consumidores e ajudam a elaborar e implementar monetária. O seu valor decorre da conança deposita-
deposita-
campanhas de marketing mais segmentadas e focadas. da nas suas regras de funcionamento e na cadeia de
participantes.
Criando campanhas em plataformas unicadas
Veremos agora algumas perguntas quando fala-
mos de moedas virtuais:
Parte de entender seu público passa também por
mapear seu comportamento na internet e hábitos ao O Banco Central do Brasil regula as “moedas
consumir conteúdo digital. Para aproveitar informa- virtuais”?
ções valiosas como essas, é preciso criar ou contratar
plataformas que uniquem e automatizem a sua pre- pre - Não. As “moedas virtuais” não são emitidas, garan-
sença nesses ambientes. tidas ou reguladas pelo Banco Central. Possuem for-
Hoje o Marketing Digital é obrigatoriamente mul- ma,
tratadenominação e valor
de moedas ociais, próprios,doou
a exemplo seja, não se
real.
ticanal e só é possível mensurar resultados e adaptar
estratégias se todos os dados coletados em diversas As “moedas virtuais” não devem ser confundidas
fontes estiverem centralizados em um bom sistema com “moedas eletrônica”, prevista na legislação. Moe-
de monitoramento. das eletrônicas se caracterizam como recursos em
reais mantidos em meio eletrônico que permitem ao
Economia de dinheiro usuário realizar pagamentos.

O resultado mais relevante que o Marketing Digi- O Banco Central do Brasil


B rasil autoriza o funcionamento
tal traz para a segmentação do público é otimizar a das empresas que negociam “moedas virtuais” e/
taxa de conversão — como dissemos, fazer mais com ou guardam chaves, senhas ou outras informações
menos. Ao entender os hábitos e gostos do seu públi- cadastrais dos usuários, empresas conhecidas como
co e ter um sistema integrado de monitoramento, a “exchanges”?
divulgação se torna mais barata e eciente.
Imagine uma campanha em TV aberta que atinja Não. Essas empresas não são reguladas, autoriza-
188 um milhão de pessoas, sendo que apenas 10 mil sejam das ou supervisionadas pelo Banco Central. Não há

legislação ou regulamentação especíca sobre o tema Fonte: https:/


https://blog.toroinv
/blog.toroinvestimentos.com.br/bitco
estimentos.com.br/bitcoin-blockchain-o-
in-blockchain-o-
no Brasil. que-e
O cidadão que decidir utilizar os serviços presta-
dos por essas empresas deve estar ciente dos riscos de Mineração de criptomoeda
eventuais fraudes ou outras condutas de negócio inade-
quadas, que podem resultar em perdas patrimoniais. Na rede Bitcoin, cada bloco possui diversas transa-
ções e sua transmissão acontece a cada dez minutos
É possível realizar compras de bens ou serviços no quando alguém descobre um “quebra-cabeças”.
Brasil utilizando “moedas virtuais”? O sistema Bitcoin utiliza o “Secure Hashing Algori-
thm 256” (ou SHA-256), algoritmo que fornece valores
A compra e venda de bens ou de serviços depende a partir de um conjunto alfanumérico, usando uma
de acordo entre as partes, inclusive quanto à forma função matemática e criptográca.
de pagamento. No caso de utilização de “moedas vir- São cálculos quase impossíveis de se realizar, pois
tuais”, as partes assumem todo o risco associado. exigem uma rapidez descomunal. Assim, foram cria-
dos hardwares de mineração para solucionar esses
Qual o risco para o cidadão se as moedas virtuais cálculos.
forem utilizadas para atividades ilícitas? O objetivo desses hardwares é solucionar os algo-
ritmos matemáticos e, assim, conseguir um espaço
Se utilizada em atividades ilícitas, o cidadão pode no blockchain para registrar suas transações com as
estar sujeito à investigação por autoridades públicas. bitcoins.
Blockchains são conhecidos por serem extrema-
As “moedas virtuais” podem ser utilizadas como mente seguros 
seguros  e praticamente não hackeáveis. Isso
investimento? porque usam “mecanismos de consenso” que, basica-
mente, são regras que denem a forma
fo rma (justa) em que
A compra e a guarda de “moedas virtuais” estão uma rede cripto deve funcionar.
sujeitas aos riscos de perda de todo o capital investido, Os dois principais mecanismos de consenso exis-
além da variação de seu preço. O cidadão que investir tentes em blockchains são proof-of-work (PoW) (PoW)  e
em “moedas virtuais” deve também estar ciente dos proof-of-stake (PoS).
(PoS).
riscos de fraudes. O algoritmo proof-of-work garante a segurança da
rede blockchain pela mineração de criptomoedas —
É permitido realizar transferência internacional processo em que poder computacional é aplicado para
utilizando “moedas virtuais”? encontrar uma solução matemática complicada que
dá o direito de transmissão de um bloco de transações.
Não. Transferências internacionais devem ser fei- Esse é o algoritmo de consenso utilizado pelas
tas por instituições autorizadas pelo Banco Central a redes Bitcoin
Bitcoin,, Ethereum
Ethereum   (por enquanto),
enquanto), Bitcoin
operar no mercado de câmbio, que devem observar as as Cash,, Monero
Cash Monero e  e demais blockchains que
blockchains que utilizam a
normas cambiais.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/ mineração cripto para
Assim, aqueles que garantir suamáquinas
tiverem as segurança.
de mine-
perguntasfrequentes-respostas/faq_moedasvirtuais ração mais potentes têm mais chances de encontrar
essa solução matemática mais rápido e garantir a
BlockChain segurança e conabilidade do blockchain.
Porém, PoW é criticado, pois a mineração cripto
O BlockChain espécie de banco de dados, onde não é algo sustentável,
sustentável, já que milhares de máqui-
cam armazenadas todas as informações sobre as nas precisam estar ligadas ao mesmo tempo, em
transações de Bitcoins. O mais legal é que este grande uma grande competição tecnológica, a m de obter
arquivo é acessível a todos os usuários. a recompensa fornecida pelo protocolo a cada trans-
Dessa forma, você pode acessar essa base de dados missão de bloco (atualmente, de 6,25 BTC). E isso custa
pelo seu computador e ver uma negociação que ocor- MUITA energia elétrica, que polui o meio ambiente.    O
   R
reu entre duas pessoas: uma na China e outra na Ale- Outro mecanismo muito conhecido e que visa subs-    I
   E
manha, por exemplo. tituir o insustentável modelo PoW é proof-of-stake.    C
   N
Os detalhes sobre quem são os envolvidos não é Em vez de solucionar um quebra-cabeça matemá-    A
possível saber, pois tudo é criptografado. Mas você tico, um nó (participante da rede) garante o direito de    N
   I
   F
sabe que aquela transação ocorreu e que ela está gra- transmitir o bloco de transações à rede com base na    O
vadaE na blockchain para sempre. quantia que está    D
   A
falamos para sempre no sentido literal. Anal, seja, a quantia em“bloqueada
“bloqueada” ” (aplicada)
staking de seus na rede, ou
criptoativos.    C
não é possível desfazer ou alterar uma transação após    R
Quando soluciona o quebra-cabeça da rede, recebe    E
ela ser inserida no sistema. Ou seja, não dá para voltar uma recompensa na forma do token principal da rede.    M
atrás caso tenha se arrependido de vender seus Bit-    O
Porém, se zer algo de errado, uma
u ma parte de seus crip-
crip-    D
coins. Ficou mais claro agora o que é blockchain? toativos em staking pode ser “queimada”, como um    S
   E
tipo de punição para maus agentes.    D
Dica (Fonte: moneytimes.com.br-Daniela do Nascimento)
   A
   D
   I
   L
Blockchain é
Blockchain  é uma cadeia de blocos, daí o nome,    A
que fazem parte de um sistema de registro coleti- ARRANJOS DE PAGAMENTO    U
   T
vo. Isso quer dizer que as informações não estão    A
guardadas em um lugar só, pois em vez de esta- Um arranjo de pagamento é o conjunto
conju nto de regras e
rem armazenadas em um único computador, todas procedimentos que disciplina a prestação de determi-
as informações da blockchain estão distribuídas nado serviço de pagamento ao público. As regras do
entre os diversos computadores ligados a ela. arranjo facilitam as transações nanceiras que usam 189

dinheiro eletrônico. Diferentemente da compra com comerciante, como lojas de departamento, ou em


dinheiro vivo entre duas pessoas que se conhecem, o estabelecimentos pertencentes a uma rede de
arranjo conecta todas as pessoas que a ele aderem. É franquia ou de licenciados;
ocartão
que acontece quando
numa ocompra
cliente que
usa uma bandeirapor-
de z  Exclusivos
de crédito só é possível como água, para
luz e pagamento
transporte; de serviços públicos,
que o vendedor aceita receber daquela bandeira. z  Baseados em moedas virtuais, como programas de
Os arranjos podem se referir, por exemplo,
ex emplo, aos pro- benefícios, como de milhagem aérea e outros pro-
cedimentos utilizados para realizar compras com car- gramas que tenham como objetivo incentivar uso
tões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional e a delidade do cliente por meio de prêmios;
ou estrangeira. Os serviços de transferência e remes- z  Decorrentes de programas governamentais de
sas de recursos também são arranjos de pagamentos. benefícios, a exemplo de vale-alimentação, vale-
As pessoas jurídicas não nanceiras que executam os -refeição e vale-cultura;
serviços de pagamento no arranjo são chamadas de ins- z  De saque e aporte, nos quais as condições de pres-
tituições de pagamento e são responsáveis pelo relacio- tação desses serviços são estabelecidas por meio
namento com os usuários nais do serviço. Instituições de contratos comerciais entre as operadoras de
nanceiras também podem operar com pagamentos. caixas eletrônicos e as instituições nanceiras e de
A instituição é chamada de Instituidor de Arranjo pagamento, e que, atualmente, não são submeti-
de Pagamento quando é a pessoa jurídica responsável
responsá vel dos à aprovação do BC; e
pela criação do arranjo de pagamento e pela manu- z  Destinados ao recebimento de doações eleitorais.
tenção do seu funcionamento. A ele cabe o papel de
organizar e criar regras
arranjo, observada para o funcionamento
a regulamentação do
do Banco Cen- O Banco Central (BC) supervisiona todos os arran-
 jos de pagamento que não se enquadrem nas condi-
tral, e de monitorar se os participantes dos arranjos ções descritas acima.
estão seguindo as regras e os procedimentos estabele- Ainda, segundo a Lei 12.865/13,
12.865/13, em seu artigo 7º
cidos. As bandeiras de cartão de crédito são exemplos Os arranjos de pagamento e as instituições de paga-
de instituidor de arranjo. O Banco Central é o institui mento observarão os seguintes princípios, conforme
dor dos arranjos TED, DOC, boleto e Pix, por exemplo.
parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão
do Brasil, observadas as diretrizes do Conselho Mone-
sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões pri-
vate label – emitidos por grandes varejistas e que só tário Nacional:
podem ser usados no estabelecimento que o emitiu
 I - Interoper
- Interoperabilidade
abilidade ao
 ao arranjo de pagamento e
ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos
entre arranjos de pagamento distintos;
à supervisão do BC os arranjos para pagamento de  II - Solidez e eciência dos arranjos de pagamen-
serviços públicos (como provisão de água, energia to e das instituições de pagamento, promoção da
elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos competição e previsão de transferência de saldos
de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, em moeda eletrônica, quando couber, para outros
ainda, os cartões de vale-refeição e vale-alimentação. arranjos ou instituições de pagamento;
O BR Code, que é um exemplo de arranjo de paga-  III - Acesso
- Acesso não
não discriminatório
discriminatório aos
 aos serviços e às
mento, passará a ser o padrão único para QR Codes infraestruturas necessários ao funcionamento dos
(código de barras bidimensional) a serem utilizados arranjos de pagamento;
para a iniciação de transações em arranjos de paga-  IV -  Atendimento às necessidades
necessidades dos
 dos usuários
mento. A Resolução BCB nº10, que entrou
e ntrou em vigor em  nais, em especial liberdade de escolha, segurança,
segurança,
20/08/2020, estabelece que os arranjos de pagamentos  proteção de seus interesses econômicos, tratamen-
terão até 21/04/2021 para adaptarem os QR Codes ao to não discriminatório, privacidade e proteção de
BR Code. dados pessoais, transparência e acesso a informa-
Com esse novo padrão, o usuário pagador poderá ções claras e completas sobre as condições de pres-
utilizar o mesmo QR Code para iniciar uma transação tação de serviços;
em diferentes arranjos – a depender do aplicativo V - Conabilidade , qualidade e segurança dos ser-
escolhido, de acordo com suas preferências. Os pres- viços de pagamento; e
tadores de serviço de pagamento devem informar ao VI -  Inclusão nanceira , observados os padrões
usuário qual o arranjo de pagamento está sendo utili- de qualidade, segurança e transparênc
transparência
ia equivalen-
zado naquela transação. tes em todos os arranjos de pagamento.
A legislação proíbe que instituições de pagamento
prestem serviços privativos de instituições nanceiras, PIX – PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS
como a concessão de empréstimos e nanciamentos ou
a disponibilização de conta bancária e de poupança. RESOLUÇÃO BCB Nº 1, DE 12 DE AGOSTO DE 2020
Não são regulados e supervisionados pelo BC os
seguintes arranjos de pagamento: A participação no PIX é obrigatória para
obrigatória para as insti-
tuições nanceiras e para as instituições de pagamen-
pagamen-
z  Que apresentem volumetria inferior a: to autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil com
Brasil  com mais de quinhentas mil contas de clientes
  R$500 milhões de valor total das transações, ativas, consideradas as contas de depósito à vista, as
acumulado nos últimos doze meses; e contas de depósito de poupança e as contas de paga-
  25 milhões de transações, acumuladas nos últi- mento pré-pagas.
mos doze meses. Consideram-se contas de clientes ativas as contas
de depósito à vista, as contas de depósito de poupança
z  Cujos cartões sejam emitidos para uso exclusivo e as contas de pagamento pré-pagas não encerradas.
190 em uma rede de estabelecimento de um grande É facultada a adesão ao PIX:

 I - das demais instituições


instituições nanceiras e instituições
instituições z  Chave aleatória
de pagamento z Pix Copia e Cola
 II - da Secretaria
Secretaria do Tesouro
Tesouro Nacional,
Nacional, na condição
condição
de ente governamental. Dica
As instituições de pagamento que optarem por Eu posso ter várias chaves cadastradas na mes-
aderir ao PIX, e não se enquadrarem 
enquadrarem  nos critérios ma conta, mas nunca várias contas vinculadas a
previstos na regulamentação em vigor para serem mesma chave, pois a chave só poderá abrir uma
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, conta de cliente.
serão consideradas integrantes do
integrantes do Sistema de Paga-
mentos Brasileiro (SPB) a partir do momento em que Shadow banking
apresentarem pedido de adesão ao PIX.
Os processos e estruturas de governança do PIX O shadow banking, também conhecido em portu-
devem garantir: guês como “sistema
“sistema bancário sombra”,
sombra”, é um con-
 junto de operações e intermediários nanceiros que
 I - a representatividade e a pluralidade de institui- fornecem crédito em todo o sistema nanceiro glo-
ções e de segmentos participantes; bal de
bal  de forma “informal”.
 II - o acesso não discriminatório;
discriminatório; e Ou seja, por meio de uma série de atividades
 III - a mitigação de conitos de interesse.
interesse. paralelas ao sistema bancário, algumas instituições
O Fórum Pix é um comitê consultivo permanente e agentes conseguem realizar nanciamentos de for-
for-
que tem como objetivo subsidiar o Banco Central do ma indireta, sem passar por nenhuma supervisão ou
 Brasil na denição
que disciplinam das regras e dos
o funcionamento doprocedimentos
Pix. regulação.
O Fórum Pix é integrado por: Dentre os intermediários não-regulamentados que
 I - pa
parti
rtici
cipa
pant
ntes
es do ar
arra
ranjo
njo,, in
indi
divi
vidu
dual
almen
mente
te ou pormei
meioo podem fazer parte do shadow banking estão os:
de associações representativas de âmbito nacional;
 II - provedores e potenciais provedores de serviços z  Bancos de investimento;
investimento;
de tecnologia da informação, z  Fundos de hedge;
hedge;
 III - usuários pagadores
pagadores e recebedores, por meio meio de z  Operações com derivativos
derivativos e
 e títulos securitizados
securitizados;;
associações representativas
representativas de âmbito nacional; e z  Fundos do mercado monetário;
 IV - câmaras e prestadores de serviços de compen- z  Companhias de seguros;
sação e de liquidação que ofertem mecanismos de z  Fundos de capital privado;
 provimento de liquidez
liquidez no âmbito do Pix.
Pix. z  Fundos de direitos creditórios;
creditórios;
z  Factorings e fomentadoras mercantis;
A coordenação do Fórum Pix será exercida pelo z  Empréstimos descentralizados (peer-to-peer
Banco Central do Brasil.
lending).
Compete ao Coordenador do Fórum Pix:
Por que o shadow banking existe?

 Isugestão
- apresentar, por iniciativa
de participante, própriade
propostas ouacréscimos
a partir de Instituições que praticam o shadow banking geral-
ou de alterações de regras que possam ensejar a mente servem como intermediários entre credores
necessidade de alteração no Regulamento do Pix, e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e
quando referentes a temas que impactem a atuação capital para investidores e corporações.
dos participantes e seus correspondentes modelos Mas como essas instituições não são bancárias, elas
de negócio; não recebem depósitos tradicionais como um banco
 II - analisar
analisar e responder as
as contribuições dos parti- tradicional. Por isso, muitas operações feitas por essas
cipantes do Fórum Pix acerca das propostas de que instituições possuem maiores riscos de mercado,
mercado, de
trata o inciso I;
 III - denir os temas
temas a serem discutidos pelo Fórum
crédito e de liquidez, além de não possuir uma reser-
va de capital para servir como garantia.    O
 Pix;    R
   I
 IV - denir a periodicidade das reuniões do Fórum Mas com o desenvolvimento dos mercados glo-    E
bais e a estruturação de operações cada vez mais    C
 Pix;    N
V - decidir sobre a constituição de grupos de tra- complexas, o shadow banking passou a desempenhar    A
   N
   I
balho temáticos, com objeto delimitado, de forma um papel cada vez mais relevante em todo o sistema    F
 permanente ou por prazo determinado, e sobre a nanceiro. De acordo com estudos da área, estima-se    O
composição, a coordenação, os produtos, os prazos que em 2015 existiam 92 trilhões de dólares em os ati-    D
   A
eVIas- diretrizes de atuação
decidir sobre desses grupos;
a constituição de comitês, inclu- vos nanceiros não bancários circulando pelo mundo.    C
   R
   E
sive de autorregulação, sua composição e objeto de    M
atuação; e    O
   D
VII - coordenar a atuação das entidades envolvidas
no encaminhamento das soluções aprovadas.  ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES    S
   E
   D
   A
Os clientes que desejarem usar o sistema PIX pre-    D
   I
   L
cisam cadastrar uma chave de acesso 
acesso  a uma conta    A
   U
especíca em uma ou mais instituições nanceiras.    T
No total existem 5 chaves possíveis:    A

z Seu CPF ou CNPJ


z  Seu número de telefone
z  Seu e-mail 191

 ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES
192

Cuidado, não necessariamente dados expressos


em números serão quantitativos, eles podem também
ser qualitativos, como RG, CPF, CNPJ, CEP,
CEP, CNAE (clas-
sicação nacional de atividades econômicas), geral-
geral -
mente esse tipo de código ou classicação é feito em

PROBABILIDADE
ESTATÍSTICA E números. Ex: queremos
sas que atuam em cada saber
setor,apodemos
quantidade deaempre-
usar CNAE,
que é um número, para separar a quantidade de mer-
cados, farmácias, postos de combustíveis etc.
Os dados qualitativos podem ser:

z  Ordinais: são aqueles que podem ser ordenados,


Ordinais: são
REPRESENTAÇÃO TABULAR
TABULAR E como mês, nível de escolaridade, tamanho de rou-
pa (P, M, G) entre outros. Ex: o nível de escolari-
GRÁFICA dade pode ser dividido em ensino fundamental,
ensino médio, ensino superior, pós-graduação. Por
CONCEITOS mais que seja um dado qualitativo, a gente conse-
gue colocar isso em ordem, pois sabemos que pri-
A estatística
estatística é
 é a parte da matemática que se dedi- meiro vem o ensino fundamental, depois o ensino
ca à análise, apresentação e interpretação de dados médio e assim por diante. Da mesma forma o mês,
coletados. Esses dados são coletados dentro de uma sabemos que primeiro vem janeiro, depois feverei-
população,, que é o conjunto total dos elementos a
população ro até chegar em dezembro;
z  Nominais:
Nominais:   que são aqueles que não podem ser
serem estudados podemos
Dessa população, (podem ser pessoas,
coletar objetos
os dados etc.).
de duas ordenados, como sexo, estado civil entre outros. Ex:
podemos dividir os estados civis em casado, união
maneiras: estável, solteiro, viúvo... claramente não temos uma
ordem entre essas opções.
z  Censo:  quando são coletados os dados de toda a
Censo: 
população; e Os dados quantitativos podem ser:
z  Mostra: é um subconjunto da população, da qual
Mostra:
são coletados dados para, posteriormente, fazer z  Discretos:  são aqueles dados que possuem um
Discretos: 
uma inferência sobre a população (inferência conjunto nito de valores, como a quantidade de
estatística). acertos em uma prova de múltipla escolha, a quan-
tidade será apenas números inteiros, 0, 1, 2, 3 e
assim por diante, ou
Ex.: na eleição, todas as pessoas aptas a votar são z Contínuos:   que são aqueles que possuem uma
Contínuos:
a população. Quando uma empresa é contratada para escala contínua de valor como tempo, compri-
fazer uma pesquisa de intenção de voto, eles selecio- mento etc. Ex: vamos considerar a variável altura.
nam uma amostra dessa população, fazem as pergun- Entre os dados 1,70m e 1,71m existe uma innida-
innida -
tas pré-determinadas pela pesquisa, e com os dados de de números.
das respostas fazem uma inferência de como a popu-
lação toda irá votar. NORMAS DE APRESENTAÇÃO TABULAR
TABULAR
Um dos ramos da estatística é a estatística descri-
tiva,, onde estudaremos 4 tipos de medidas descritivas:
tiva Modelo de uma Ta
Tabela
bela

z   As
As medidas de tendência central que
central que são medi-  Já mostramo
mostramoss algumas
algumas tabelas ao longo
longo do
do material,
material,
das que indicam a posição dos dados, como média, mas anal, para que serve, e como montar uma tabela?
mediana, moda e quartis (também chamadas de Uma tabela deve ser composta por diversas linhas
medidas de posição);
posição); e colunas, sendo que devemos ter um título (normal-
mente na primeira linha da tabela), e vários dados
z Ass medidas de dispersão 
 A dispersão  que medem o grau de organizados nas linhas e colunas seguintes.
variabilidade dos elementos de um conjunto, como Geralmente, na primeira linha, depois do título,
desvio-padrão, variância, amplitude; teremos as classes que serão retratadas nas linhas,
   A
ex.: Estados, Siglas, População, Área etc. Nas linhas    C
   I
z   A assimetria da curva; e seguintes teremos os dados da tabela, onde teremos    T
   S
z   O achatamento da curva, chamado de curtose
curtose.. em uma mesma linha o Estado, relacionando sua     Í
   T
sigla, sua população, sua área etc. Vejamos o exemplo    A
   T

dessa tabela citada.    S


   E
Importante!    E
   E
INFORMAÇÕES DOS ESTADOS DA REGIÃO    D
Essas duas últimas (assimetria e curtose) também SUDESTE    A
   D
   I
são conhecidas como medidas de distribuição.    L
E STAD O SIGLA POPULAÇÃO Á R E A ( K M 2)    I
   B
   A

Os dados de uma amostra podem ser qualitati- Minas Gerais MG 21.292.666 586.522    B
   O
   R
vos, que
vos, que são aqueles dados não numéricos como sexo, Espírito Santo ES 4.064.052 46.095    P
nacionalidade, avaliação nominal (bom, regular,
ruim) etc., ou quantitativos,
quantitativos,   que são dados expres- Rio de Janeiro RJ 17.366.189 43.780
sos em números, que podem ser objeto de contagens, São Paulo SP 45.919.049 248.222
medições como altura, peso etc. 193

Analisando a tabela acima, podemos concluir que ESPÉCIES QUE HABITAM


HAB ITAM A REGIÃO –
Minas Gerais (MG) é o maior estado da Região Sudeste,
pois tem a maior área, mas que o estado de São Paulo ÚLTIMOS
ÚL TIMOS 3 ANOS
é o mais populoso, por ter uma população maior que QUANTIDADE OBSERVADA
os outros. ESPÉCIE
2 01 8 2 01 9 20 20
O importante é olhar uma tabela e entender quais
dados Onça 30 38 45
As podemos extrairutilizadas
tabelas mais com o que na
estáestatística
apresentado nela.
são as Tamanduá 60 65 75
tabelas de frequência, conforme apresentamos no
item de média aritmética para dados agrupados. Lobo 30 90 107
Anta 50 80 90
Tipos de Séries Estatísticas
Séries Temporais
As séries estatísticas são as diversas maneiras de
apresentar os dados desejados em forma de tabela, o De todas as séries, uma das mais importantes é a
objetivo das séries estatísticas é organizar os dados
observados e mostrá-los de maneira organizada, faci- série temporal, que corresponde a um conjunto de
litando sua compreensão. observações de uma variável ao longo do tempo, ou
Temos vários tipos séries estatísticas, mas vamos seja, uma sequência de dados numéricos em ordem
destacar algumas mais importantes: sucessiva, que geralmente (mas não necessariamente)
ocorre em intervalos uniformes. Ex.: uma série que
z  Séries Temporais: é
Temporais: é um conjunto de observações mostra a quantidade de picolés vendidos por uma sor-
de uma variável ao longo do tempo, ou seja, uma veteria mensalmente ao longo de um ano.

sequência
va. Nesse tipo
de dados
de série
numéricos
o que varia
emé ordem
o tempo,
sucessi-
mas o Podemos
de séries não denir exemplos de séries temporais e
temporais:
fato e o local de observação são xos;
z  Séries Geográcas
Geográcas:: é um conjunto de observações
de uma variável em diferentes locais. Nesse tipo de SÉRIES NÃO
SÉRIES TEMPORAIS
série o que varia é o local (região) da observação, TEMPORAIS
mas o tempo e o fato observado são xos. Ex.: Série diária da temperatura Temperaturas de várias ci-
na cidade de São Paulo ao dades em um mesmo dia,
POPULAÇÃO DOS ESTADOS DA REGIÃO SUDESTE longo de um ano. ou períodos diferentes.
Quantidade de furtos no
E STAD O P O P U L A Ç ÃO Quantidade de furtos
ano de 2018 nas diferen-
anuais em Cuiabá.
Minas Gerais 21.292.666 tes capitais do país.
Salários dos funcionários
Espírito Santo 4.064.052 Salário de um funcionário
de uma empresa no mes
ao longo do ano.
Rio de Janeiro 17.366.189 mo mês.

São Paulo 45.919.049 As séries temporais são importantes para identi-


identi -
car padrões de variáveis no tempo, para que se possa
z  Séries Especícas: é um conjunto de observações tentar prever possíveis danos no futuro. Para descre-
de uma variável com diferentes categorias (espé- ver séries temporais, são utilizados modelos de pro-
cies). Nesse tipo de variável o que varia são as cate- cessos estocásticos, que são processos controlados por
gorias observadas, mas o tempo e o local são xos. leis probabilísticas.
Ex.: queremos analisar a quantidade de animais Uma série temporal pode ser decomposta em três
diferentes que habitam uma certa região de prote- séries temporais: tendência, sazonalidade e uma com-
ção orestal. Nesse caso a tabela será classicada ponente aleatória (nível).
pelas espécies observadas na região de interesse
em um mesmo intervalo de tempo.
z  Tendência:  é o comportamento de longo prazo
Tendência: 
na série, podendo ser determinístico (quando
ESPÉCIES QUE HABITAM A REGIÃO EM 2020 os valores da série podem ser descritos por uma
função matemática) e podendo ser estocástico
QUANTIDADE (aquele cujo estado é indeterminado, com origem
ESPÉCIE
OBSERVADA em eventos aleatórios). Ex.: Quando analisamos
Onça 45 a população brasileira ao longo dos anos (vamos
supor uma série com 100 anos), vemos que a cada
Tamanduá 75 ano esse valor aumenta, nem sempre em uma mes-
ma proporção, mas podemos notar uma tendência
Lobo 107
de crescimento;
Anta 90 z  Sazonalidade:
Sazonalidade:   é um padrão regular que ocorre
na série temporal. Uma série temporal é sazonal
z  Séries Conjugadas (Mistas): nesse
(Mistas): nesse tipo de séries quando fenômenos que ocorrem durante o tempo
vamos conjugar dois tipos de séries em uma mes- se repetem em um mesmo período de tempo, ou
ma tabela. Ex.: vamos conjugar a tabela especí-
especí- seja, ocorrem sempre em uma mesma hora, todos
ca acima, com uma série temporal, mostrando a os dias, ou em um mesmo mês, todos os anos. Ex.:
quantidade de cada espécie observada ao longo um aumento nas vendas de uma loja de roupas em
194 dos últimos 3 anos. dezembro em todos os anos (período do Natal);

z  Aleatório: é o que não pode ser explicado pela ten-


Aleatório: é
dência e sazonalidade, ou seja, é o resíduo, sendo Série Temporal Estacionária e Observações
que a aleatoriedade não pode ser determinística
(descrito por uma função matemática) e será sem-
pre estocástico;
z  Ciclo:
Ciclo: Longas
 Longas ondas, mais ou menos regulares, em
torno de uma linha de tendência.
Outro ponto importante é a estacionariedade da
série temporal.
Dizemos que uma série temporal é estacionária
quando suas observações no tempo se posicionam
aleatoriamente ao redor de uma média constante,
transparecendo um equilíbrio estável.

Série Temporal Estacionária e Observações

  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
1. (FCC – 2018) Em séries temporais, as oscilações
aproximadamente regulares em torno da tendência

a) são típicas de séries muito curtas, como dados dentro


de um mês.
b) dão a direção global dos dados.
c) podem ser decorrentes de fenômenos naturais e
socioeconômicos.
d) caracterizam uma
uma série sem variável residual.
e) determinam o componente não sistemático.

Vamos analisar cada alternativa, mas iremos ver


que 4 são totalmente incorretas, e uma delas é um
Podemos notar que uma série estacionária se man-  pouco vaga, mas, mesmo assim correta, é mais fácil
tém sempre em torno de uma média, que representa- chegar na resposta por eliminação:
mos pela linha preta central na gura a seguir.  Alternativa a) Essas oscilações em torno da ten-
dência são características de séries temporais, e
acontecem tanto para séries longas quanto curtas.
Série Temporal Estacionária  Alternativa incorreta.
 Alternativa b) Essa direção global é exatamente a
tendência, e não as oscilações em torno dela. Alter-
nativa incorreta.
 Alternativa c) Exatamente, a tendência é o compor-
tamento a longo prazo, entretanto os valores não
serão exatamente os considerados em uma certa
 função matemática, tendo sempre uma pequena
variação, que são essas oscilações em torno da
tendência. Essas variações podem ocorrer por inú-
meros fatores, dentre eles fenômenos naturais e
socioeconômicos. Alternativa correta.
 Alternativa d) Essas oscilações são caracteriza-
das pelos resíduos, ou seja, variáveis residuais que    A
 fazem com que os valores observados sejam próxi-    C
   I
mo, mas não idênticos aos valores previstos, por-    T
   S
tanto essas oscilações. Alternativa incorreta.     Í
   T
 Alternativa e) Essas oscilações são naturais das    A
   T
Uma série pode ser estacionária por um período observações, o comportamento sistemático de uma    S
   E

curto, ou por um período longo, oe modelo ARIMA observação se caracteriza    E


pode descrever séries estacionárias séries não esta- de observações, por exemplo,pelo erro anotamos
quando sistemáticoo    E
   D
cionárias que não apresentam um comportamento horário de certas observações, mas o relógio utiliza-    A

totalmente aleatório, ou seja, uma não estacionarie- do está com 1 hora de atraso. Alternativa incorreta.    D
   I
   L
dade homogênea, que é quando uma série é estacio-  Resposta: Letra C.    I
   B
   A
nária, utuando ao redor de um nível, por um certo    B
tempo, depois muda de nível e utua ao redor desse 2. (IBADE – 2017) Considerando uma série temporal, é    O
correto armar que a tendência
t endência indica:    R
novo nível, e depois muda novamente de nível e assim    P

por diante. a) comportamento sazonal


sazonal a curto prazo.
prazo.
b) ciclos de altas e quedas periódicas de valores a curto
curto
prazo.
195

c) comportamento independente dos dados a longo, cur- Como ao fazer a regressão linear temos uma reta ao
to e médio prazo. longo do tempo, essa sazonalidade não é levada em
d) comportamento a longo prazo. conta. Resposta: Letra B.
e) somente se há um outlier conhecido como ponto
inuente. 6. (CESPE-CEBRASPE – 2008) Uma agência de desen-
volvimento urbano divulgou os dados apresentados
 Por denição sabemos que a tendência caracteriza
na tabela a seguir, acerca dos números de imóveis
o comportamento a longo prazo. Resposta: Letra D. ofertados (X) e vendidos (Y) em determinado municí-
4. (IADES – 2014) Uma série temporal é qualquer conjun- pio, nos anos de 2005 a 2007.
to de observações ordenadas no tempo. Acerca das
séries temporais, assinale a alternativa correta.
NÚMERO DE IMÓVEIS
ANO
a) As séries temporais não podem ser contínuas
contínuas nem OF ER
ERTAD OS
OS (X
(X ) V EN
END
D ID
ID OS
OS (Y
(Y )
discretas.
b) Os modelos utilizados para descrever séries tempo- 2005 1.500 100
rais não são controlados por fatores probabilísticos.
c) Os modelos utilizados
utilizados para descrever séries tempo- 2006 1.750 400
rais são processos estocásticos, isto é, processos 2007 2.000 700
controlados por leis probabilísticas.
d) Um conjunto de observações ordenadas no tempo não
é uma série temporal.   Considerando as informações do texto, julgue o item
e) Um conjunto de índices
índices diários da bolsa de valores subsequente. A variável X forma uma série estatística
não é um exemplo de série temporal. denominada série temporal.

Vamos analisar as alternativas. ( ) CERTO ( ) ERRAD


ERRADOO
 Alternativa a) as séries temporais podem ser qual-
quer uma das duas, tanto contínuas
co ntínuas como discretas.  Exatamente, uma série temporal é um conjunto de
 Alternativa incorreta.
 Alternativa b) Os modelos são controlados
controlados por fato- observações de uma variável ao longo do tempo.
res probabilísticos SIM. Alternativa incorreta. Vemos os dados de duas variáveis (imóveis oferta-
 Alternativa c) Exatamente o contrário da alternati- dos e imóveis vendidos) ao longo dos anos (2005,
va anterior, portanto alternativa correta.  2006 e 2007) Resposta: Certo.
 Alternativa d) O exercício usou a denição de série
temporal e armou que isso não era uma série tem- GRÁFICOS E DIAGRAMAS
 poral. Alternativa incorreta.
incorreta.
 Alternativa e) Esse exemplo é um conjunto de obser-
vações ordenadas no tempo, portanto uma série Para representar os dados coletados existem vários
temporal. Alternativa incorreta. Resposta: Letra C. tipos de grácos usados na estatística. Muitos deles são
conhecidos e sempre aparecem em reportagens, jornais
5. (CESGRANRIO – 2012) etc. Vamos mostrar alguns dos principais tipos de grácos:
Caixa box-plot 
A caixa box-plot
box-plot (muito
 (muito cobrado) é um gráco que
nos mostra a distribuição de frequência, e é formado
pelos quartis e pelos valores extremos.

Mediana Valor máximo


Valor mínimo Q1 (Q2) Q3 (limite superior)
(limite inferiro)

Dados
discrepantes
É preciso estimar o número de unidades de um certo
equipamento a serem vendidas por uma empresa. Um
estagiário fez um modelo de regressão linear, onde x -20 - 10 0 10 20 30 40 50
(no do mês) e y as vendas realizadas em unidades são
mostrados na gura acima. Vemos que a caixa é formada pelos 3 quartis, que
  Qual tipo de componente da série temporal de vendas no caso seriam aproximadamente: Q1 = 0, Q2 = 20 e Q3
NÃO foi observado no modelo? =e 40,
30. portanto
Os dadosamplitude
extremos seriam aproximadamente
seria: 40 4 0 + 15 = -15
– (–15) = 40 55.
a) Nível Médio As duas bolinhas signicam dados discrepantes
b) Sazonalidade (outliers), que seriam dados que fogem do padrão do
c) Ciclicidade restante dos dados. Os dados discrepantes são aqueles
d) Tendência Linear
e) Tendência Exponencial que superam em 1,5 vezes o intervalo interquartílico
(diferença entre Q3 e Q1).
Vemos que os dados possuem picos em alguns meses, No nosso exemplo:
e que esses valores acontecem sempre na mesma
época do ano (2, 14 e 26), ou seja, todo ano, no mes- Q3 – Q1 = 30 – 0 = 30
196 mo mês ocorre um pico,
p ico, isso é a sazonalidade. 1,5 · 30 = 45

Os dados discrepantes serão aqueles que forem Nesse tipo de gráco vemos que não é possível
inferiores a 45 unidades de Q1, ou superiores a 45 falar em média ou mediana, mas podemos usar como
unidades de Q3. medida de tendência central a moda, que nesse caso
seria o Ensino Superior, que é o grau de instrução que
Limite inferior: 0 – 45 = - 45 mais se repete no gráco.
Limite superior: 30 + 45 = 75
Portanto, serão dados discrepantes os que tiverem Gráco de Dispersão

valores inferiores a “–45” ou os superiores a 75. Estudaremos melhor esse tipo de gráco quando
Gráco de Barras e Colunas falarmos de correlação, mas, irei apresentar como ele
é feito, e quando é usado.
Esses dois tipos de grácos na verdade são basica-
basica- O gráco de dispersão, ou diagrama de dispersão, é
mente os mesmos, a diferença é que no gráco de bar-
bar- uma associação entre pares de dados quantitativos, nor-
ras, as barras/colunas são horizontais e no gráco de malmente são usados para entender a correlação entre
colunas, as barras/colunas são verticais. Normalmen- duas variáveis. Nele, vamos vericar as duas variáveis
te esses grácos são usados para representar dados e colocar esses pontos em um plano cartesiano.
qualitativos ordinais e quantitativos discretos. Vamos fazer um gráco de dispersão com as variá-
variá -
veis peso e altura de um grupo de 6 pessoas:

5 ALTURA 1,7 1,72 1,9 1,56 1,64 1,82


4
3 PESO 75 81 87 52 70 90
2
1
0 Altura x Peso
  1   a  2 
  i  a 
  r   i
  r   i  a
  3
 
  i  a
 4
 4 100
  g   o
  e
  t   e
  t   g   o   g 
  r
  o   r
 o
 e  g 
90
  t  e
  C  a   C  a   a
  C
  t
  C  a
80
70
60
50
40
1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
Categoria 4
Categoria 3 Podemos ver que cada ponto representa o par
Categoria 2 peso/altura de um indivíduo, mas discutiremos isso
mais profundamente posteriormente.
Categoria 1
0 2 4 6 Gráco de Setores (Pizza)

O gráco
sentar dadosdequalitativos
setores normalmente é usado
como setores paracírculo
de um apre-
apre-
No gráco de colunas o eixo horizontal traz os
dados qualitativos, ou quantitativos discretos, e o eixo (pedaços de uma pizza). Normalmente os dados são apre-
vertical traz as frequências (quantidades) de cada sentados em percentuais, sendo que o total
to tal é 100% (360º).
categoria. Já no gráco de barras o eixo vertical traz
os dados qualitativos ou quantitativos discretos, e o Grau de Instrução
eixo horizontal traz as frequências de cada categoria.
Vamos supor um gráco de colunas, onde quere-quere-
mos saber a quantidade de pessoas com diferentes
graus de escolaridade em um determinado concurso. Pós Graduação
6%    A
   C
   I
   T
   S
Grau de Instrução dos Candidatos Ensino Ensino     Í
   T
Superior Fundamental    A
   T
600 25% 38%    S
   E
500    E
   E
400 Ensino    D
   A
300 Médio    D
   I
200 31%    L
   I
100    B
   A
0    B
  o   o  r   o    O

  n  o   d  i
  é   e  r  i
  p   u
  ã
  a  ç     R

  s  i
   P
   M   S   u
   E  n   i  n  o
 
  n  o   r  a  d
  G
  s   i  -
  s
   E  n   n  s
   E    P  ó Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

Pós Graduação 6%
197

Desse gráco, podemos ver que, na pesquisa, o Podemos notar que esse gráco nada mais é que
grau de instrução predominante é o Ensino Funda- um gráco de barras, mas, pelo fato de o gráco mos-
mos -
mental, com 38%, e o mais raro é a Pós-Graduação, trar a quantidade de consumo anual de sorvete em
com 6%. Também é um gráco em que temos a moda diferentes países, ao invés de se colocar as barras,
como medida de tendência central. foi colocada uma espátula de tomar sorvete, em um
tamanho proporcional ao da barra, e ao lado do grá-
grá-
Histograma co foi colocada uma imagem de sorvetes.

O histograma é um dos principais grácos da esta-


esta -
tística, ele é muito utilizado para demonstrar a distri-
buição de frequência de dados quantitativos contínuos.
O histograma é formado por colunas ou barras
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
(retângulos) de um conjunto de dados e dividido em (MÉDIA, MEDIANA, MODA, MEDIDAS DE
classes uniformes ou não uniformes. Sendo que a POSIÇÃO,, MÍNIMO E MÁXIMO)
POSIÇÃO
base do retângulo representa uma classe e a altura do
retângulo representa a quantidade ou a frequência MÉDIA
absoluta com que o valor da classe ocorre no conjunto
de dados. Existem 3 tipos de média: a mais cobrada é a média
aritmética (simples ou ponderada),
aritmética  ponderada), mas temos tam-
Peso de bagagens bém a média geométrica e
geométrica e a média harmônica.
harmônica.
despachadas no Voo X da Como veremos na parte de distribuição de pro-
Companhia Aérea Alfa babilidade, a média é o primeiro momento de
momento de uma
30 distribuição.
25 Temos duas formas de apresentação de dados para
     a
       i
que seja calculada a média, a mais comum é a apre-
     c 20 sentação de vários dados não agrupados,
agrupados, onde são
     n
       ê
     u 15 listados vários valores. Por exemplo, em uma prova a
     q lista de notas de todos os alunos separadamente são
     e
     r 10 dados não agrupados. A outra forma de apresenta-
      F
5 ção é através de dados agrupados,
agrupados, nesse caso, vamos
pensar no mesmo exemplo, mas, ao invés de termos
0 todas as notas diretamente, receberemos uma lista
10 20 30 40 50 60 dizendo que, 5 pessoas tiraram de 0 a 2, outras 7 tira-
ram de 2 a 4, mais 15 tiraram de 4 a 6, outras 10 de 6 a
Peso, em Kg 8 e os 3 restantes tiraram de 8 a 10, normalmente isso
é apresentado em uma tabela.
A tabela nos mostra que a maior parte das baga-
gens possui entre 30 e 35 kg, mas existem malas desde N OTA QUANTI DAD E DE ALUN OS
0 a 60 kg.
0–2 5
Gráco Pictórico
2–4 7
O gráco pictórico não é propriamente um tipo 4–6 15
especíco de gráco. Na verdade, o gráco pictórico
pode ser representado por um gráco de barras, de 6–8 10
colunas, de linhas, ente outros. A grande característica
desse gráco é que, para chamar mais a atenção, são 8 – 10 3
usadas guras (imagens) na composição do gráco.
Esse tipo de gráco é muito usado em jornais e Quando estamos tratando de média
média   de dados de
telejornais, pois proporciona uma comunicação mais uma população
população   representamos pela letra grega μ
rápida e com precisão de entendimento. Nesse tipo de (mi), já quando estamos tratando de média
média de
 de dados
gráco as guras são, ao mesmo tempo, os dados esta-
esta- de uma amostra,
amostra, representamos
 representamos por x.
tísticos e indicam a proporcionalidade desses dados.
Média Aritmética Simples

A média aritmética simples é


simples é a que estamos mais
acostumados no dia a dia, ela é dada pela soma dos
valores dos dados que queremos saber, dividido pela
quantidade desses dados.

Dinamarca Soma
Média =
Quantidade
   
Soma = Média x Quantidade

Em linguagem matemática isso é dado por:

198 x = / xi  para dados de uma amostra


amostra..
N

Ou: Vamos pensar no mesmo exemplo da média sim-


ples. Supondo que, na faculdade, teremos 4 provas
μ = / xi  para dados de uma população
população.. de Estatística, mas a prova 3 tem peso 2 e a prova 4
N tem peso 3. Para calcular a média ponderada temos
Onde: / Xi  é o somatório dos dados X 1, X 2, X 3...XN, que somar todas as notas, mas, as notas que têm pesos
e N é a quantidade de dados da amostra/população. devem ser somadas conforme seu peso, ou seja, se
Cada dado é representado por Xi. for peso 2 temos que multiplicar essa nota por 2, se
Vamos supor que, na faculdade, teremos 4 provas for peso 3 temos que multiplicar essa nota por 3. E na
da disciplina de Estatística. Para calcular a média nal quantidade
Supondotemos
que asque considerar
notas tenham osido
peso
natambém.
ordem: 6,0;
basta somar as 4 notas e dividir por 4.
Supondo que as notas tenham sido na ordem: 6,0; 7,0; 5,0 (peso 2); 8,0 (peso 3). Nesse caso, a quantidade
7,0; 5,0; 8,0. de notas que vamos considerar deve ser 7, pois as pro-
vas 1 e 2 têm peso 1, a prova 3 é peso 2, e a prova 4 é
Soma peso 3. Portanto: 1 + 1 + 2 + 3 = 7.
Média = Quantidade  
Soma
6+7+5+8 Média =
Média = Quantidade  
4   6 + 7+ 2 · 5 + 8 · 3
26 Média =
Média = 7  
4  6 + 7 + 10 + 24
Média = 6,5 Média =
7  
47
Ex: Em uma faculdade a quantidade de alunos Média =

matriculados em cada curso está apresentada na tabe- Média = 6,71
la a seguir:
Média Aritmética para Dados Agrupados
CURSO QUANTI DAD E D E ALUNO S
Podemos ter duas formas de apresentação de
Direito 55 dados, uma que nos traz o dado e a frequência que
esse dado ocorre, e outra que dá um intervalo (que
Contabilidade 24 chamamos de classe) e a frequência de dados dessa
Estatística 35 classe, ambas apresentadas no formato de tabela.
Vamos mostrar um exemplo para cada tipo de apre-
Física ? sentação de dados:

A média do número de alunos matriculados por z  Ex: Em um evento foram compradas 4 marcas dife-
curso é 38,5. Nesse caso, qual a quantidade de alunos rentes de água, conforme a tabela.
matriculados em Física?
A média de alunos matriculados por curso é dada QUANTIDADE DE
pela soma dos alunos de cada curso dividido pela TIPOS PREÇO UNITÁRIO
GARRAFAS
quantidade de cursos, onde a média foi dada, e é 38,5,
e o total de cursos é 4. A 5 R$ 3,80
Sabemos que a fórmula da média é: B 8 R$ 6,00
Soma C 15 ?
Média = D 6 R$ 5,00
Quantidade  
Soma
38,5 = O preço médio do total de garrafas compradas foi
4  
Soma = 38,5 · 4 de R$ 5,50. Qual o valor unitário da garrafa da marca C?
Soma = 154 Para achar a média, temos que somar o valor de
todas as garrafas, sendo que para cada marca foram
   A
A soma dos alunos matriculados é 154, e vamos compradas uma quantidade diferente de garrafas.    C
   I
chamar o número de alunos matriculados em Física Para resolver esse tipo de questão vamos incluir mais    T
   S
de X. uma coluna na tabela, que é a multiplicação do valor     Í
   T
unitário com a quantidade de garrafas.    A
   T
   S
55 + 24 + 35 + X = 154    E
   E
114 + X = 154 QUANTIDADE PREÇO
X = 154 – 114 TIPOS QXP    E
DE GARRAFAS UNITÁRIO    D
   A
X = 40 A 5 R$ 3,80 5 · 3,8 = 19    D
   I
   L
   I
Portanto, são 40 alunos matriculados em Física. B 8 R$ 6,00 8 · 6 = 48    B
   A
C 15 ? 15 · X    B
   O
Média Aritmética Ponderada D 6 R$ 5,00 6 . 5 = 30    R
   P

A média ponderada é
ponderada é muito parecida com a média 19 + 48 + 15 · x + 30
simples, mas nela são colocados pesos diferentes para Média =
5 + 8 + 15 + 6  
alguns dados. Essa média é muito utilizada em provas.
199

Sabemos que a média dos valores foi R$ 5,50, QUANTIDADE DE PONTO MÉDIO
portanto: NOTA
ALUNOS DA CLASSE
97 + 15 · x 0 |– 2 5 1
5,5 =
34 2 |– 4 7 3
 
5,5 · 34 = 97 + 15 · X 4 |– 6 15 5
187 = 97 + 15 · X
6 |– 8 10 7
15 · X = 187
90 – 97 8 |– 10 3 9
90
X= Agora basta fazer a coluna da multiplicação da frequên-
15 cia (quantidade de alunos) pelo ponto médio da classe.
   
X=6
PONTO QUANT.
Logo o Preço Unitário da Marca C é R$ 6,00. QUANTIDADE
NOTA MÉDIO DA X PONTO
DE ALUNOS
CLASSE MÉDIO
Agora vamos ver um exemplo em que os dados
são dados em classes. Vamos pensar no exemplo que 0 |– 2 5 1 5x1=5
demos lá em cima, das notas dos alunos, sendo que 2 |– 4 7 3 7 x 3 = 21
5 pessoas tiraram de 0 a 2, outras 7 tiraram de 2 a 4,
mais 15 tiraram de 4 a 6, outras 10 de 6 a 8 e os 3 res-
res - 4 |– 6 15 5 15 x 5 = 75
tantes tiraram de 8 a 10.
6 |– 8 10 7 10 x 7 = 70

NOTA Q U A NT I D A D E D E A LU N O S 8 |– 10 3 9 3 x 9 = 27
0 |– 2 5
Como temos toda a sala, estamos falando de popu-
2 |– 4 7 lação, e a média é dada por μ.
4 |– 6 15
6 |– 8 10 5 + 21 + 75 + 70 + 27
μ=
8 |– 10 3 5 + 7 + 15 + 10 + 3
 
A barra (|) normalmente mostra que o dado limite 198
μ=
entre as classes pertence àquela classe, ou seja, a nota 40
2 estaria no limite entre a 1ª e a 2ª classe, nesse caso    
por conta da barra vamos considerar que a nota 2 per- μ = 4,95
tencente à 2ª classe. Portanto, a nota média da classe foi 4,95.
Para achar a média nesse caso vamos fazer pra-
ticamente a mesma coisa do exemplo acima, mas o A frequência apresentada em um exercício pode
valor da classe que iremos usar é o ponto médio de ser absoluta ou relativa. A frequência absoluta 
absoluta  é a
cada classe, ou seja, basta fazer a média da classe. quantidade total, no nosso exemplo é a quantidade de
alunos que tiraram tais notas. A frequência relativa 
relativa 
Cada classe tem uma variação de 2 pontos, portan- é a razão ou percentual entre a quantidade daquele
to a média de cada classe será: dado e o total, portanto a soma da frequência relativa
de todas as classes resulta sempre em 1.
0+2
Classe 1: =1 QUANTIDADE
2 NOTA FREQ. REL ATIV
ATIVA
A
  DE ALUNOS

2+4 0 |– 2 5 5÷40 = 0,125 = 12,5%


Classe 2: =3 2 |– 4 7 7÷40 = 0,175 = 17,5%
2
   
4 |– 6 15 15÷40 = 0,375 = 37,5%
4+6
Classe 3: =5 6 |– 8 10 10÷40 = 0,250 = 25%
2
    8 |– 10 3 3÷40 = 0,075 = 7,5%
6+8 TOTAL 40 1 = 100%
Classe 4: =7
2 Média Geométrica
   
8 + 10 A média geométrica, μG, é dada por:
Classe 5: =9
2  N 
200     μG = √ X1 · X2 · X3 ..... XN 

Fazendo um paralelo com a média aritmética, na 140 + 88 + 36 + 52 + 14


média geométrica ao invés de somarmos os dados,  Média =
vamos multiplicar, e ao invés de dividirmos pela 14 + 8 + 3 + 4 + 1
   
quantidade de dados observados (N) vamos fazer a
raiz enésima dessa quantidade. 330
 Média =
Média Harmônica 30
   
A média harmônica, μH, é dada por:  Média = 11 anos
 Resposta: Certo.
N
μH = / 1  , ou seja: Texto para Questões 02 e 03
X1

N Tendo em vista que, diariamente, a Polícia Fede-


μH   =
ral apreende uma quantidade X, em kg, de drogas em
11 1 1 determinado aeroporto do Brasil, e considerando os
+ + + ....+ dados hipotéticos da tabela a seguir, que apresenta
X X X XN
  1  2  3  os valores observados da variável X em uma amostra
aleatória de 5 dias de apreensões no citado aeroporto,
Fazendo um paralelo com a média aritmética, na  julgue os itens 02 e 03.
média harmônica vamos inverter os termos, a quantida-
de de dados observados (N) ca no numerador (em cima)
e a soma ca no denominador (embaixo). A diferença DIA
DI A
é que a soma não é dos dados propriamente, e sim, do
X (QUANTIDADE 1 2 3 4 5
inverso dos dados, ou seja, um sobre o valor observado.
DIÁRIA DE DROGAS
Dicilmente vemos uma questão cobrar o cálculo
APREENDIDAS, EM 10 22 18 22 28
das médias geométrica e harmônica, mas, uma proprie-
propr ie-
dade que é mais cobrada é a comparação das médias KG)
aritmética, geométrica e harmônica. Precisamos saber
que a média aritmética é a maior, depois a média geo- 2. (CESPE-CEBRASPE –2018) A mediana das quantida-
métrica e, por m, a média harmônica que é a menor. des X observadas na amostra em questão foi igual a
18 kg.
μA > μG > μH
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

 A é a medi
medida
da central
central da nossa amos
amostra
tra,, entr
entretan
etanto,
to,
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS  paraa acha
 par acharr esse valo
valorr os dad
dadosos prec
precisa
isamm esta
estarr em
ordem crescente. Vamos ordenar nossos dados para
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018-ADAPTADA) A tabela a  poderr acha
 pode acharr a medi
mediana,
ana, send
sendoo que o total de dad
dados
os são
seguir mostra a distribuição das idades dos 30 alunos 5.
de uma sala de aula. 10, 18, 22, 22, 28
 A mediana será o 3º elemento, ou seja, 22. Resposta:
Idade (em anos) 10 11 12 13 14  Errado.

Número de alunos 14 8 3 4 1 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A moda da distribuição


dos valores X registrados na amostra foi igual a 22 kg.
  Nesse caso, a média de idade dos alunos dessa sala é
igual a 11 anos. ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO  A moda é o valor que mais se repete, nesse caso é o
 22 que se repete duas vezes,
vezes, o restante aparece
aparece ape-
 Na primeira
primeira linha temos a idade e na segunda temos nas uma vez (10, 18 e 28). Resposta: Certo.
a quantidade de alunos com
co m cada idade (frequência).    A
   C
   I
Veja que normalmente fazemos esse tipo de questão 4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No item a seguir é apre-    T
com os dados dispostos em colunas, e aqui estão em    S
    Í
sentada uma situação hipotética, seguida de uma    T
linhas, portanto basta acrescentar uma linha da assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalida-    A
   T
 freq. x idade. de, divisão proporcional, média e porcentagem.    S
   E
  Em uma faculdade, para avaliar o aprendizado dos alu-    E
   E
IDADE NÚMERO DE nos em determinada disciplina, o professor aplica as pro-    D
IDADE X FREQ
(EM ANOS) ALUNOS vas A, B e C e a nota nal do aluno é a média ponderada    A
   D
   I
das notas obtidas em cada prova. Na prova A, o peso é 1;    L
10 14 10x14=140 na prova B, o peso é 10% maior que o peso na prova A; na    I
   B
   A
11 8 11x8=88 prova C, o peso é 20% maior que o peso na prova B.    B
  Nesse caso, se PA, PB e P C forem as notas obtidas por    O
   R
12 3 12x3=36 um aluno nas provas A, B e C, respectivamente, então    P

a nota nal desse aluno é expressa por:


13 4 13x4=52
14 1 14x1=14
201

PA + 1,2PB + 1,21PC 49,06


 Média =
3,52 6
 
 Média = 8,1766
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO  Resposta: Certo.

Como temos uma média ponderada, iremos colo- MODA, MEDIANA E QUARTIS
car no denominador a soma dos pesos das provas,
ou seja, diferentemente da média aritmética, onde Moda
todas
 Já asmerador
no numer
no nu provas
ador,,possuem o mesmo
vamos coloc
vamos colocar peso.
ar a nota
nota de cada prov
provaa Quando dizemos que uma roupa está na moda, isso
multiplicada pelo seu peso, ou seja, peso 1 para a pro- quer dizer que muita gente está usando esse tipo de
va A, e os pesos que iremos calcular nas provas B e C. roupa. A moda
moda (Mo)
 (Mo) na estatística é exatamente isso,
 Prova B o peso é 10% maior que na prova A, ou seja, seja, é aquele dado que mais se repete na população ou na
vamos multiplicar o peso da prova A por 1,10, que amostra, ou seja, o dado com maior frequência.
frequência.
seria o peso da prova A, mais 10% (0,1). Ex: Dado os valores observados: 3, 4, 5, 6, 6, 8, 8, 8,
 Peso(P B ) = 1 · 1,10 = 1,10 9, 10. A moda é o 8 pois aparece 3 vezes.
 A prova C tem peso 20% maior que a prova B (que Para dados não agrupados é tranquilo de achar a
tem peso 1,1), portanto vamos multiplicar o peso da moda, mas quando temos dados agrupados com inter- inte r-
 prova B por 1,2, que é o peso da prova A, mais 20% 2 0% valos de classes não sabemos exatamente qual valor
(0,2). dentro daquela classe mais se repete, para isso temos
3 métodos para achar a moda: moda bruta, moda de
 Peso (PC  ) = 1,1 . 1,2 = 1,32 Pearson e moda de Czuber.
A moda bruta nada mais é que o valor médio da
PA + 1,1PB + 1,32PC classe modal.
 Média = Ex:
  1 + 1,11 + 1,32
QUANTIDADE DE
NOTA
PA + 1,1PB + 1,32PC ALUNOS
 Média =
3,42 0 |– 2 5
2 |– 4 7
 Resposta: Errado.
4 |– 6 15
5. (CESPE-CEBRASPE –2018) Considerando que a análi- 6 |– 8 10
se de uma amostra de minério de chumbo tenha apre-
sentado os seguintes resultados percentuais (%): 8,10; 8 |- 10 3
8,32; 8,12; 8,22; 7,99; 8,31, julgue o item a seguir, relati-
vo a esses dados. A classe modal é a que tem a maior frequência, ou
  O valor médio do teor de chumbo presente na amostra seja, a que possui 15 alunos, que é a classe que vai de
foi superior a 8%. 4 a 6. Assim, pelo método da moda bruta, a moda será

( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO aclasse
média(4 da classe, ou seja, a média entre os limites da
e 6):

 Nessa questão nem precisávamos fazer conta, 4+6


olhando os números vemos que dos 6 números 5 são Mo =
maiores que 8, chegando até a 8,32. O único núme- 2
   
ro menor que 8 é o 7,99, ou seja, muito próximo de
8, logo a média com certeza será maior que 8 sem 10
 fazer a conta. Mo =
2
 A média sempre será maior que o menor dos núme-    
ros, e menor que o maior dos números (conside- Mo = 5
rando que tenhamos números diversos na nossa
amostra, pois se todos os números forem iguais, a A moda de Pearson é
Pearson é dada pela fórmula:
média será o próprio número).
 Podemos perceber isso, tirando 0,02 do maior Mo = 3 · Md – 2 · x
·  x
número 8,32 (resultando 8,30), e passando para o
7,99 (resultando 8,01). Agora todos os números são Portanto, para achar a moda pelo método de Pear-
maiores que 8, portanto a média com certeza será son, é preciso achar a mediana (Md) e a média arit-
maior que 8. mética (x).
Caso alguém tenha feito a conta: A moda de Czuber é
Czuber é dada pela Fórmula de Czuber:

8,10 + 8,32 + 8,12 + 8,22 + 7,99 + 8,31 d1


 Média = Mo = L + h ·
6 d1 + d2
202  

Onde: L é o limite inferior da classe modal (classe Quando temos número ímpar de observações, a
com maior frequência); mediana será o próprio valor, mas quando tivermos
h é a amplitude da classe (diferença entre os extre- uma quantidade parpar de
 de dados, não teremos um valor
mos da classe); central, nesse caso vamos fazer a média entre os dois
d1 é a diferença entre a frequência da classe modal valores centrais.
com a classe anterior;
d2 é a diferença entre a frequência da classe modal Vamos pensar nos seguintes dados: 3, 4, 5, 6, 6, 8,
com a classe posterior. 8, 8, 9, 10
Veja que na fórmula de Czuber a classe anterior é Aqui temos 10 dados, e para dividirmos nossa
mais importante que a classe posterior à classe modal, amostra em duas partes iguais vamos separar entre
pois
te d1 aparece
inferior em modal.
da classe baixo eVamos
em cima, e o L écom
entender o limi-
um o 6 e o 8, restando 5 dados para cada lado. Portanto, a
mediana será a média entre 6 e 8.
exemplo:
Dada a distribuição de frequência.
3, 4, 5, 6, 6, / 8, 8, 8, 9, 10
QUANTIDADE DE
NOTA 6+8 14
ALUNOS
Md = = =7
0 |– 2 5 2 2
       
2 |– 4 7
Para dados não agrupados é tranquilo de achar a
4 |– 6 15 mediana, mas quando temos dados agrupados com
6 |– 8 10 intervalos de classes não sabemos exatamente qual
valor dentro daquela classe será o central, para isso
8 |- 10 3 vamos fazer uma regra de três para achar esse valor,
esse método é chamado de interpolação linear.
linear.
Para achar a moda vamos usar a Fórmula de Czu- Dada a distribuição de frequência:
ber. A classe modal é a classe com maior frequência,
portanto das notas entre 4 e 6, que tem 15 alunos.
NOTA Q U A NT I D A D E D E A LU N O S
Portanto:
L = 4 (limite inferior) 0 |– 2 5
h = 2 (intervalo da classe: 6 – 4 = 2) 2 |– 4 7
d1 = 8 (diferença de frequência entre a classe
modal e a classe anterior: 15-7 = 8) 4 |– 6 15
d2 = 5 (diferença de frequência entre a classe
modal e a classe posterior: 15-10 = 5) 6 |– 8 10
8 |- 10 3
d1
Mo = L + h · O total de observações nessa população é 40. Portan-
d1 + d2
    to, a mediana estará entre o 20 e o 21, mas para fazer a
8 conta vamos usar o termo inferior, portanto o 20º.
Mo = 4 + 2 · A mediana estará na terceira classe, pois até a
8+5   segunda temos 12 alunos (5 + 7), e ao nal da terceira
 já teremos 27 alunos, portanto o 20º termo estará den-
8
Mo = 4 + 2 · tro da 3ª classe (4 a 6).
13 Como disse acima, até a classe anterior temos 12
  alunos, para chegar a nossa mediana, que é o 20º ter-
16 mo, faltam 8 alunos. Portanto, vamos fazer uma regra
Mo = 4 + de 3, onde a classe mediana tem 15 alunos em uma    A
13    C
   I
    variação de 2 pontos, portanto para 8 alunos a varia-    T
   S
Mo = 4 + 1,23 ção de pontos será X.     Í
   T
Mo = 5,23    A
   T
   S
   E
Mediana Frequ
Frequênc
ência
ia (a
(alun
lunos
os)) Var
aria
iaçã
çãoo dent
dentro
ro da cl
clas
asse
se    E
   E
15 2    D
A mediana
mediana (Md)
 (Md) é o valor que divide os dados em    A
   D
duas partes iguais, ou seja, ao relacionar os dados em 8 X    I
   L
   I
ordem crescente é o dado que ca na posição central.    B

Ex: Dado os valores observados: 3, 4, 5, 6, 6, 8, 8, 8,    A


15 · X = 2 · 8    B
9, 10, 14. 15 · X = 16
   O
   R
Temos 11 dados nessa amostra, portanto o 6º valor    P
é o valor central, pois, temos 5 valores antes dele e 5 16
depois, portanto a mediana é 8. X=
15
 
3, 4, 5, 6, 6, 8, 8, 8, 9, 10, 14 X = 1,06 203

 
 

me -
Portanto o 8º termo da 3ª classe (que é a nossa me- Intervalo Quartílico
diana) está 1,06 acima do limite inferior da classe me-
diana, que é 4. O intervalo quartílico é diferente do desvio quartí-
lico (intervalo semi-interquartílico), o intervalo quartí-
Md = 4 + 1,06 = 5,06 lico é apenas a diferença entre o quartil 3 e o quartil 1.

Quartis IQ = Q3 – Q1
DESVIO
Assim como a mediana divide os dados em duas
partes iguais, os quartis dividem em 4 partes iguais. Desvio é a diferença entre um dado qualquer de
Portanto, teremos 3 quartis (Q1, Q2 e Q3). uma amostra/população (X ) e a média desses dados
i
O primeiro quartil (Q1) divide 25% dos dados antes (μ/ x).
dele e 75% dos dados depois, o segundo quartil (Q2)
divide 50% dos dados de um lado e 50% de outro, e o D = Xi - x
terceiro quartil (Q3) divide 75% dos dados antes dele
e 25% depois. Entre cada quartil temos 25% dos dados.
da dos. O desvio em si não diz muita coisa e nunca é cobra-
Alguém mais atento pode me falar, “mas se o Q2 do, mas é importante para entendermos o desvio
divide os dados restando 50% para cada lado ele é a médio e o desvio padrão (esse sim muito cobrado).
mediana!”. Exatamente isso, o Q2 é a própria mediana.
Vamos supor uma amostra com 20 dados: Desvio Médio
  (5) (5) (5) (5) A soma de todos os desvios de uma amostra resulta
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 em 0, vejamos o exemplo a seguir, de uma amostra
  Q1 Q2 Q3 com 4 dados: 4, 6, 8, 10
  5,5 10,5 15,5
4 + 6 + 8 + 10 28
Existem ainda os: x= 4 = 4
     
z  Decis, que têm essa mesma ideia dos quartis, mas x=7
dividem a população/amostra em 10 partes iguais,
Portanto os desvios são:
portanto teremos 9 decis, cando 10% da amostra
em cada parte, e 4: D = 4 – 7 = -3
z Percentis, que dividem a população/amostra em 6: D = 6 – 7 = -1
100 partes iguais, portanto teremos 99 percentis, 8: D = 8 – 7 = 1
cando 1% da amostra em cada parte. Por exem-
exem- 10: D = 10 – 7 = 3
plo, o P10 signica que temos 10% dos dados a
esquerda, e o restante (90%) a direita. Soma dos desvios: - 3 – 1 + 1 + 3 = 0

Portanto, para acharmos o desvio médio 


médio  vamos
utilizar o somatório dos módulos dos desvios e dividir
pela quantidade de dados. Utilizamos os módulos por-
DISPERSÃO (AMPLITUDE, AMPLITUDE que se usássemos os valores normais a soma daria 0.

INTERQUARTIL,
PADRÃOVARIÂNCIA,
DESVIO PADRÃO E COEFICIENTE DE DM =
/ Xi
  -X
 para dados de uma amostra
amostra..
n
VARIAÇÃO)
Ou:
AMPLITUDE /   -  n
Xi
DM = n  para dados de uma população
população..
A amplitude
amplitude é  é a diferença entre o maior valor e o
menor valor da lista de dados, vamos supor a lista: 3, Ex: Vamos usar o mesmo exemplo:
6, 10, 12, 14, 20
20.. A amplitude será: 4: D = 4 – 7 = -3
6: D = 6 – 7 = -1
Ampl = Xmáx - Xmín 8: D = 8 – 7 = 1
Ampl = 20 – 3 = 17 10: D = 10–7 = 3
DESVIO QUARTÍLICO Os módulos serão: 3, 1, 1 e 3.

O desvio quartílico, que também podemos chamar 3+1+1+3


de amplitude semi-interquartílica é a diferença entre DM =  4
o 3º quartil e o 1º quartil dividido por 2.  
8
Q3 - Q1 DM =
DQ = 4
   
2
204   DM = 2

 
 

Variância O desvio padrão é a raiz da variância, portanto a


fórmula e as considerações sobre população e amostra
Falamos que a média é o primeiro momento de são as mesmas, apenas vamos fazer a raiz do resultado.
uma distribuição, já a variância é chamada do segun-
do momento de uma distribuição. Desvio padrão = √Variância
A variância é uma medida de dispersão que mostra o
quão distante cada valor desse conjunto está da média. Em uma população, o desvio padrão é representa-
Na variância teremos pela primeira vez uma dife- da por σ (sigma), já para uma amostra o desvio padrão
rença na fórmula quando consideramos uma popu- é representado por S.
lação e uma amostra. Até agora, as fórmulas eram
sempre iguais, mudávamos apenas a representação / _ Xi-X i
 2

da média (de μ para x ). Para uma amostra: s =  n -1

σ2 (sigma
Em umaao população
quadrado),ajávariância
para umaé amostra
representada
a variân-
por
cia é representada por S2. / _Xi
  -ni
  2

Para uma amostra: Para uma população: σ =  n

 2
/ ^Xi
  - Xh
S2 = n-1
Quando tivermos dados agrupados, basta multipli-
car cada parênteses pela frequência da classe.
Para uma população:
  2   2
/  f _Xi-X i / f bXi
   -n l
/ _Xi   2
  - ni s =  n -1
σ =  n
σ2 = n   ou
Podemos perceber que para uma amostra vamos Coeciente de Variação
dividir por “n-1” e para uma população vamos dividir
por N. Usamos N (maiúsculo e minúsculo) para ilus- O coeciente de variação (ou coeciente de variação
trar que em uma população a quantidade de dados de Pearson) é a divisão do desvio padrão pela média.
é maior que na amostra, mas os dois “enes” querem
dizer a mesma coisa, ou seja, a quantidade de dados. S
Quando temos a variância populacional, podemos Pra uma amostra: CV = X
calcular a variância amostral aplicando um fator de v
Para uma população: CV =   n
correção, que é:
n Propriedades

n-1 Vamos pensar num conjunto de dados do salário


  de uma determinada empresa. Com esses valores
n podemos calcular a média, mediana, desvio padrão,
S2 = σ2 · variância etc.
n-1 Em determinado momento o dono da empresa
   
resolve dar um aumento de 10% para todos os funcio-funcio-
Quando tivermos dados agrupados, basta multipli- nários, ou seja, multiplicando o salário de todos por 1,1.
car cada parênteses pela frequência da classe. Nesse caso, o que acontecerá com esses dados estatísti-
cos? Ou então, o dono resolve aumentar R$ 100,00 no
 2
salário de cada um, ou seja, somar 100,00 em todos os
/ f_ Xi-X i dados, o que acontecerá com esses dados estatísticos?
S  =
2
n -1 Quando multiplicamos todos os salários por uma
ou constante qualquer (1,1 por exemplo), a média será alte-
rada na mesma ordem, ou seja, para achar a nova média
/ f`Xi-n  j2 multiplicaremos a média anterior pela mesma constante
σ  =
2
n -1
(1,1). A mesma coisa ocorre para a mediana, a moda e o
desvio padrão. A única grandeza diferente é a variância,
Existe uma outra forma de calcular a variância, que será multiplicada pelo quadrado dessa constante,    A
   C
que em boa parte dos casos é mais rápida, que é a pois lembremos que ela é o quadrado do desvio padrão.    I
   T
diferença entre a média dos quadrados e o quadra- Em resumo, ao multiplicar os dados por uma cons-    S
    Í
do da média.
média. tante k, os dados estatísticos serão alterados da seguinte    T
   A
maneira:    T
   S
σ2 = x2 – (x)2    E
   E
   E
Ou seja, basta elevar todos os dados ao quadrado FORMA DE CHEGAR AO    D
DADO ESTATÍSTICO
e calcular a média desses valores, e subtrair disso a NOVO VALOR    A
   D
   I
média dos dados ao quadrado.    L
   I
Média (µ) µ.k    B
   A
Desvio Padrão Mediana (Md) Md . k    B
   O
   R
O desvio padrão nos dá a noção de quão disper- Moda (Mo) Mo . k    P
sos são os dados da amostra, quanto menor o desvio
padrão, mais concentrado em torno da média aritmé- Desvio padrão (
padrão (σσ) σ. k
tica estão os dados, quanto maior o desvio padrão, Variância (σ
Variância (σ2) σ2 . k2
mais dispersos esses dados. 205

Quando somamos todos os salários por uma cons-


tante qualquer (100 por exemplo),
exe mplo), a média será altera- VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E
da na mesma ordem, ou seja, para achar a nova média DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE
somaremos a média anterior pela mesma constante. A
mesma coisa ocorre para a mediana e a moda. Entre- VARIÁVEL ALEATÓRIA
tanto as medidas de dispersão, desvio padrão e variân-
cia não serão alteradas pela soma de uma constante. Variável aleatória é uma função
função   que associa um
Assim o resumo dos valores, após a soma dos único valor real para cada ponto do espaço amostral,
dados pela constante k é: podemos dizer ainda, que é uma variável quantitativa,
sendo que seu valor depende de fatores aleatórios.
aleatórios.
Vamos supor dois lançamentos seguidos de uma
FORMA DE CHEGAR AO moeda honesta. Vamos chamar de X a variável alea-
DADO ESTATÍSTICO
NOVO VALOR tória que nos dá o número de coroas obtidas nesses
Média (µ) µ+k dois lançamentos.
A variável aleatória X pode assumir 3 valores, 0, 1
Mediana (Md) Md + k ou 2, pois o espaço amostral das opções são: cara/cara
(X = 0 coroas), cara/coroa ou coroa/cara (X = 1 coroa),
Moda (Mo) Mo + k e por último coroa/coroa (X = 2 coroas). Portanto, a
Desvio padrão (σ) Não muda probabilidade de sair uma coroa é:

Variância (σ2) Não muda 40 40


=
Resumindo, quando somamos k a todos os elemen- 80     80  
tos de uma série de dados, e/ou quando multiplicamos
por k todos os elementos de uma série de dados:
Pois são duas opções de sair apenas uma coroa:
MULTIPLICAÇÃO coroa/cara e cara/coroa.
SOMA DE UMA Assim, dizemos que a probabilidade de X = 1 é:
DE UMA
CONSTANTE K  CONSTANTE K 
1
NOVA MÉDIA/ P(X = 1) =
MEDIANA/ Soma k Multiplica por k
MODA   2  

NOVO DESVIO Multiplica pelo Qual a probabilidade de X > 0? Para X ser maior
Não altera
PADRÃO módulo de k que 0, temos as opções X = 1 e X = 2. Das 4 opções de
NOVA
resultado dos lançamentos, 3 situações satisfazem a
Não altera Multiplica por k2 condição da variável aleatória ser maior que 0.
VARIÂNCIA

Vantagens e Desvantagens da Média Aritmética 3


P(X > 0) =
A média aritmética é, com certeza, o parâmetro   4  
estatístico mais conhecido pela grande maioria das
pessoas, pois é muito usada desde os primeiros anos As variáveis aleatórias podem ser discretas
discretas   ou
contínuas, e são denidas pela sua função de pro-
contínuas,
de escola,
ção, e em
até pela muitos de
facilidade casos
ser no dia a dia da popula-
calculada. babilidade.. Normalmente são denidas por P(x) ou
babilidade
Entretanto, levando em conta que a média aritmé- P(X=x).
tica é uma medida estatística (medida de tendência Cuidado, essa denição P(X=x) pode parecer estra-
estra-
central), assim como a mediana e a moda, por exem- nha, mas o X maiúsculo signica a variável aleatória
X, que pode ser qualquer variável que estamos que-
plo, ela tem suas vantagens e desvantagens, ao com-
rendo estudar, como a quantidade de atendimentos
pararmos com essas outras duas medidas. em um hospital ou a quantidade de caras em uma
série de lançamentos da moeda. Já o x minúsculo é
VANTAG E NS D E SVANTAGE N S o valor realmente assumido por essa variável, 1, 2,
3..., ou seja, se estamos falando da variável aleatória
Extremamente indicada É muita inuenciada quantidade de atendimentos em um dia em um hospi-
para dados em que os pelos valores extremos, tal (X), essa quantidade pode ser 100, 50, 75 (x).
valores sejam simétricos podendo causar uma
em relação ao valor cen- distorção caso a distribui- VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS
tral (Curva Normal) ção seja assimétrica.
Não traz informações A variável aleatória discreta é aquela que só pode
Indicada para
conjuntos comparar
de dados que sobre aacima
dados quantidade de
ou abaixo assumir
mente sãovalores discretos
valores (contáveis)
pertencentes que normal-
aos conjuntos dos
guardem semelhança da média, bem como não números naturais (N) ou inteiros (Z).
entre si. é possível saber o valor Ex.: quantidade de resultado 3 em uma série de
mais frequente. sucessivos lançamentos de dados; número de vasos
206 fabricados com defeito em um lote, retirados de forma

aleatória; quantidade de resultados cara em uma série do mundo todo (considerando as casas decimais, exis-
de 10 lançamentos de moeda. Perceba que em todos tem innitos valores de peso para considerarmos).
esses exemplos teremos um número inteiro como res- Nas variáveis contínuas, a função de probabi-
posta, exemplo 1, 2 ou 3 e etc. lidade   é chamada de Função densidade de pro-
lidade
Nas variáveis discretas, quando temos uma fun- babilidade e
babilidade  e a área denida sob a curva é igual a 1
ção de distribuição de probabilidade 
probabilidade  acumulada
acumulada,, (probabilidade total é sempre igual 1).
chamamos de função de distribuição,
distribuição, que é dada
por: F(x) = P(X ≤ x), ou seja, é a probabilidade da variá-
vel aleatória X assumir um valor inferior a x.
Ex.: Dada uma variável que pode assumir os
seguintes valores de x e as respectivas probabilidades: TEOREMA DE BAYES
CONCEITOS
XI P(X=X I) PROB.
ACUMULADA A probabilidade é a parte da Matemática que cal-
cula a “chance” (probabilidade) de que algo aconteça,
1 0,1 0,1 como, por exemplo, jogar na Mega-Sena e ganhar, ou
2 0,3 0,4 então, de chutar uma questão no concurso e acertar.
Para iniciar essa teoria, vamos partir de alguns
3 0,4 0,8 conceitos importantíssimos para a probabilidade:
4 0,2 1,0
z Experimento aleatório: 
aleatório:  é o evento que pode
Total 1 ter diferentes resultados, quando repetidos nas
mesmas condições, ou seja, não sabemos o resul-
Nessa variável X, o x pode ser 1 (com probabilida- tado, mas podemos saber quais são os resultados
de de 10% de ocorrer), pode ser 2 (com probabilidade possíveis de serem obtidos. Ex.: o lançamento de
de 30% de ocorrer), pode ser 3 (com probabilidade de um dado é um experimento aleatório, sabemos
40% de ocorrer) ou pode ser 4 (com probabilidade de que pode cair 1,2, 3, 4, 5 ou 6, mas não sabemos
20% de ocorrer). qual exatamente irá cair naquele lançamento
A função de distribuição dessa variável aleatória especíco;
seria: z  Ponto amostral: 
amostral:  é qualquer um dos resultados
  0, se x < 1 possíveis no experimento aleatório. Ex.: No lança-
  0,1, se 1 ≤ x < 2 mento do dado, se o dado cair com a face 1 para
F(X) = 0,4, se 2 ≤ x < 3 cima é um ponto amostral, assim como todas as
  0,8, se 3 ≤ x < 4 outras faces, 2, 3, 4, 5 e 6;
1,0, se x ≥ 4 z  Espaço amostral:
amostral: é o conjunto
conjunto de de todos os resul-
tados possíveis do experimento aleatório, é dado
Isto é: F(3) = P(X ≤3) = P(X=1) + P(X=2) + P(X=3) pela letra S. Ex.: No lançamento do dado, o espaço
Normalmente, as questões dão apenas a função amostral é: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Nesse caso, dizemos
de distribuição e pedem algumas probabilidades. Por que o número de elementos do espaço amostral é
exemplo: dado por n(S), portanto, nesse exemplo n(S) = 6.
A denição do espaço amostral é um passo muito
z Achar probabilidade de (X = 4). importante na resolução dos exercícios de proba-
bilidade. Em muitas questões, para denirmos o
Lembrando que estamos falando de variável dis-
espaço amostral será usada a análise combinatória;
creta, como temos o x = 4 na última linha com pro-
babilidade acumulada de 1, e na linha anterior a z  Evento:  é um subconjunto do espaço amostral. O
Evento: 
probabilidade acumulada é 0,8, a probabilidade evento será representado por uma letra maiúscula, A,
desse valor ser 4 é 1 – 0,8 = 0,2. Isso ocorre porque e o número de elementos do evento é dado por n(A).
os únicos valores que a variável aleatória discreta Ex.: No lançamento do dado, se quisermos um
resultado ímpar, temos 3 opções: 1, 3 e 5. Portanto,    A
pode assumir são 1, 2, 3 ou 4.    C
   I
representamos isso da seguinte maneira: A = {1, 3,    T
z  Achar a probabilidade de (X<3)    S
5} e n(A) = 3, pois o conjunto A possui 3 elementos.     Í
   T
Quando temos um subconjunto vazio (), dizemos    A
Basta olhar na linha anterior a x=3, ou seja, P(X<3) = 0,4. que é um evento impossível,
impossível, já que ele nunca
   T
   S
   E
z  Achar a probabilidade de (X≤3). poderá ocorrer. Já quando temos o subconjunto    E
S, ele é igual ao espaço amostral e
amostral e chamamos de    E
   D
P(X≤3) = 0,8. evento certo,
certo, pois ele, com certeza, irá ocorrer.    A
   D
   I
   L
   I
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTÍNUAS Resumindo:    B
   A
   B
A variável aleatória contínua é aquela que pode z  Experimento aleatório: lançamento do dado;    O
   R

assumir qualquer valor real em um intervalo nito z  Ponto amostral: a face que caiu virada pra cima;    P
ou innito.
Ex.: Tempo na corrida de 100m livres (entre
(entr e 9 segun- z  Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(S) = 6;
dos e 10 segundos existem innitos números, conside-
conside- z  Evento A: obter um resultado maior que 4: A = {5,
rando as casas decimais entre eles); peso das pessoas 6} e n(A) = 2; 207
 

z  Evento impossível: obter o resultado 7. B = {} e 89.000


n(B)=0;  P(JP) =
z  Evento certo: obter resultado maior que 0 e menor
290.000
 
que 7; C = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(C)=6.  P(JP) = 0,3068 = 30,68%. Resposta: Certo.
A probabilidade de ocorrer o evento A, representa- AXIOMAS DA PROBABILIDADE
da por P(A), em um experimento aleatório é a divisão
entre número de elementos de A, n(A), pelo núme- Axiomas são verdades inquestionáveis, ou seja,
ro de elementos do espaço amostral n(S). Em outras conceitos fundamentais da probabilidade, também
palavras, dizemos que é a divisão do número de casos
favoráveis, n(A), pelo número de casos possíveis, n(S). conhecido como axiomas de Kolmogorov
de Kolmogorov..
Os axiomas da probabilidade são 3:

 A z
P(A) = n ( )   A
1 probabilidade
(evento certo –de100%)
um evento acontecer
e 0 (evento está entre–
impossível
n (S) 0%); ≤ P(A) ≤ 1;
  z  A soma das probabilidades de todos os eventos do
espaço amostral é igual a 1: P(S) = P(A) + P(B) + P(C)
Onde:
= 1 para um espaço amostral onde os únicos even-
P(A) é a probabilidade de acontecer o evento A;
n(A): é o número de elementos favoráveis que fa- tos possíveis são A, B e C;
zem parte do evento A;   Ex.: No lançamento de uma moeda, são dois even-
n(S): é o número de elementos do espaço amostral S. tos possíveis, podendo sair cara ou sair coroa. A
probabilidade de cada um dos eventos é ½, portan-
Vamos exemplicar, com uma questão de concur-
concur - to, a soma entre eles é ½ + ½ = 1;
so do CESPE. z  Se A e B forem eventos mutuamente excluden-
tes, ou seja, se um ocorre o outro não ocorre, não
havendo intersecção entre eles, a soma das pro-
babilidades de cada evento é a probabilidade da
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO união dos dois eventos, que será 1.

1. (CESPE-CEBRASPE – 2016)  Considere a seguinte P(AB) = P(A) + P(B), quando AB é vazio (θ).
informação para responder à questão: a Prefeitura
do Município de São Paulo (PMSP) é subdividida em   Ex.: Quando temos dois eventos complementares,
32 subprefeituras e cada uma dessas subprefeituras isso sempre acontece, pois a probabilidade de um
administra vários distritos. evento acontecer somado com a probabilidade
  A tabela a seguir, relativa ao ano de 2010, mostra
mostra as desse evento não acontecer será sempre 1. Você fez
populações dos quatro distritos que formam certa uma aposta na vitória do seu time, temos apenas
região administrativa do município de São Paulo.
dois eventos possíveis, ou seu time ganha, ou seu
time não ganha (perde ou empata), é impossível
Distrito População (em 2010) acontecer as duas coisas. Esses eventos, portanto,
são complementares.
Alto de Pinheiros 43.000
Itaim Bibi 92.500 Intersecção de Eventos (regra do E)
Jardim Paulista 89.000 Quando um exercício pede a probabilidade de
Pinheiros 65.500 acontecer um evento E
temos a probabilidade   um
da outro evento
intersecção qualquer,
de dois eventos
Total 290.000 P(A⋂B). A fórmula é dada por:

  Considerando-se a tabela apresentada, é correto P(A e B) = P(A) · P(B|A)


armar que, se, em 2010, um habitante dessa região
administrativa tivesse sido selecionado ao acaso, a Onde:
chance de esse habitante ser morador do distrito Jar- P(B|A) signica a probabilidade de ocorrer B, sen-
sen-
dim Paulista seria superior a 29% e inferior a 33%. do que A já ocorreu.
Ex.: Qual a probabilidade de retirar dois ases de um
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO baralho de cartas, sem que haja reposição das cartas.
Apesar de o exercício não colocar o “e”,
“e ”, temos uma
 A probabilidade
probabilidade é a divisão do número
número total de casos
casos intersecção de eventos aí, já que queremos retirar
 favoráveis pelo total de casos possíveis. Os casos uma ás (A1), E depois, mais um Ás (A2). O total de car-
 favoráveis são os moradores do Jardim Paulista tas do baralho é 52 e o total de ases é 4.
(89.000) e o total de casos possíveis é 290.000, ou
seja, o total de habitantes nessa população. Logo, a 4
 probabilidade dede selecionar um habitante do Jardim A probabilidade de sair o primeiro ás é: 52 ,
 Paulista “P(JP)” é:  
pois o total de eventos possíveis é 52, e o total de
208 eventos favoráveis é 4.

 
A probabilidade de sair o segundo ás, dado que já Eventos Mutuamente Exclusivos
3 Dizemos que dois eventos são mutuamente exclu-
saiu um ás, é , pois agora temos apenas 3 ases e 51
cartas. 51 sivos quando não podem ocorrer ao mesmo tempo, ou
Portanto, a probabilidade de sortear dois ases é seja, quando um ocorre, o outro não ocorre.
Portanto, quando dois eventos são mutuamente
P(A1 e A2) = P(A1) · P(A2|A1) exclusivos:
4 3 z  P(A|B) = 0; A probabilidade de “A” ocorrer, saben-
P(A1 e A2) =  · (simplicando o 4 com o 52
e o 3 com 51)   52   51   do que “B” já ocorreu, é zero;
,
z  P(B|A) = 0; A probabilidade de “B” ocorrer, saben-
do que “A”
“A” já ocorreu,
ocorreu , é zero;
1 1
P(A1 e A2) =  · z  P(A e B) = 0; A probabilidade de A e B ocorrerem ao
13 17
      mesmo tempo é zero.
1
P(A1 e A2) = Os eventos complementares são sempre mutua-
mente exclusivos, mas os eventos mutuamente exclu-
  221   sivos nem sempre são complementares, apesar de
1 ambos não acontecerem ao mesmo tempo. Para os
Logo, a probabilidade de retirar dois ases é . eventos serem mutuamente exclusivos, basta que
  221   eles não possam ocorrer ao mesmo tempo. Para ser
Eventos Independentes complementar, quando um não ocorre, o outro obri-
gatoriamente tem que ocorrer. A probabilidade de
Dizemos que dois eventos são independentes ocorrer o evento A é P(A), e seu complementar é não
quando a ocorrência de um não interfere na probabi- A, representado por Ā, sendo que a probabilidade de
lidade do outro. acontecer Ā é P(Ā).
Um exemplo fácil de assimilar é no lançamento
sucessivo de um dado. Se no primeiro lançamento eu Exemplo 1: No lançamento de um dado
tiro 3, quando vou lançar o segundo dado, a probabili-
probabili-
dade de tirar qualquer coisa foi alterada? Não. A pro- Evento A: sair um número par;
babilidade
sempre 1/6,de tirar
logo, qualquer
podemos número
dizer especíco
que esses e ventosserá
eventos são Evento B: sair um número ímpar.
independentes..
independentes Esses dois eventos são mutuamente exclusivos e
Agora, vamos pensar no nosso exemplo do tópico complementares, pois os dois não podem acontecer
anterior, retirando dois ases de um baralho. ao mesmo tempo, e se o resultado não for ímpar, tem
que ser par.
z  Se tirarmos duas cartas em sequência, sem repo-
sição da carta retirada, a probabilidade de retirar Exemplo 2: Jogo do Palmeiras
um ás na segunda tentativa é diferente da primei-
ra, uma vez que já foi retirada uma carta, mudan- Evento A: O Palmeiras ganhou o jogo;
do o nosso espaço amostral e mudando o número Evento B: O Palmeiras perdeu o jogo.
total de eventos favoráveis, portanto, esses even-
tos são dependentes; Esses dois eventos são mutuamente exclusivos,
pois os dois eventos não podem ocorrer ao mesmo
z  Se retirarmos duas cartas em sequência, com repo- tempo, mas não são complementares, pois pode acon-
sição da carta retirada, a probabilidade de retirar tecer um empate também. Portanto, se o Palmeiras
um ás na segunda tentativa é a mesma que na não ganhou, não podemos dizer necessariamente que
primeira, pois o total de cartas não foi alterado
nem o total de ases, portanto, esses eventos são ele Obviamente,
perdeu. dois eventos complementares ou dois
independentes..
independentes eventos mutuamente excludentes são dependentes
dependentes,,
pois um evento altera a probabilidade do outro.
   A
Na maioria dos casos conseguimos concluir se os    C
   I
eventos são independentes ou dependentes, mas em União de Dois Eventos (Regra do OU)    T
   S
alguns casos, pelo relato, não é possível sabermos.     Í
   T
Nesse caso, sabemos que quando os eventos são inde- Quando um evento pede a probabilidade de acon-    A
   T
pendentes, a probabilidade de B ocorrer, sabendo que tecer um evento OU
OU outro,
 outro, temos a probabilidade da    S
   E
A já ocorreu “P(B|A)”, é igual a probabilidade de B união de dois eventos P(A∪B). A fórmula é dada por:    E
ocorrer: “P(B)”.    E
   D
P(A ou B) = P(A) + P(B) – P(A e B)    A
   D
   I
P(B|A) = P(B).    L
   I
Ou, usando os símbolos:    B
   A
Da mesma forma, P(A|B) = P(A).    B
Portanto, podemos dizer que os eventos A e B são P(A∪B) = P(A) + P(B) – P(A∩B)    O
   R
independentes se, e somente se, ocorrer:    P

z  Quando dois eventos são dependentes


dependentes,, sabemos que:
P(A e B) = P(A) . P(B)
P(A⋂B) = P(A) . P(B|A)
P(A∪B) = P(A) + P(B) - P(A) . P(B|A) 209

z  Quando temos dois eventos independentes


independentes,, sabe- z  P(A∪B) = 0,15, se A e B forem mutuamente
mos que: exclusivos;
Para os eventos serem mutuamente exclusivos:
P(A⋂B) = P(A) . P(B) P(A∪B) = P(A) + P(B)
P(A∪B) = P(A) + P(B) - P(A) . P(B) P(A) = 0,3; P(A∪B) = 0,15;
P(A∪B) = P(A) + P(B)
z  Quando temos dois eventos mutuamente exclusi- 0,15 = 0,3 + P(B) (passando o 0,3 para o outro lado
vos,, sabemos que:
vos do igual com sinal trocado).
P(B) = 0,15 – 0,3
P(B) = - 0,15
P(A⋂B) = 0
A probabilidade nunca pode ser negativa, portan-
P(A∪B) = P(A) + P(B) to, item errado.

Importante! PROBABILIDADE CONDICIONAL


Eventos dependentes P(A∪B) = P(A) + P(B) -
dependentes:: P(A∪
P(A) · P(B|A)  Já discutimos um pouco sobre isso, mas existe uma
fórmula muito comum nas questões de concurso, que
Eventos independentes P(A∪B) = P(A) + P(B) -
independentes:: P(A∪ pode ser usada para questões com Probabilidade.
P(A) · P(B) Lembrando que a probabilidade condicional é
Eventos mutuamente exclusivos: P(A∪B) = P(A)
exclusivos: P(A∪ aquela em que queremos a probabilidade de ocorrer
um evento, dado que um outro evento já ocorreu.
+ P(B) Por exemplo, vamos supor que eu retirei uma car-
ta de um baralho (que tem 52 cartas).
A probabilidade de eu retirar uma dama (Q) é: 4/52,
Ex.: Vamos considerar os eventos A e B quaisquer, uma vez que temos 4 damas em 52 cartas possíveis.
pertencentes a um mesmo espaço amostral, em um
experimento aleatório. Considerando que P(A) = 0,30, P(Q) = 4/52 = 0,076 = 7,6%
vamos julgar essas 4 armações: Agora, a probabilidade de eu retirar uma carta

z  P(B) = 0,6 e P(A ⋂B) = 0.30, se A e B forem de copas
copas e 52( cartas
) é: 13/52,
possíveis.
uma vez que temos 13 cartas de
independentes;
P(♥) = 13/52 = 0,25 = 25%
Para os eventos serem independentes: P(A⋂B) =
Indo mais além, a probabilidade de eu retirar uma
P(A) . P(B) dama de copas, ou seja, retirar uma dama e que seja
P(A) = 0,3; P(B) = 0,6; P(A ⋂B) = 0,18 de copas, será 1/52, pois só temos uma dama de copas
P(A⋂B) = P(A) . P(B) no baralho.
0,18 = 0,3 . 0,6
0,18 = 0,18 (CERTO) P(Q♥) = 1/52 = 0,019 = 1,9%

Agora sim, vamos chegar à fórmula muito usada da


z  P(B) = 0,6 e P(A∪B) = 0,7, se A e B forem Probabilidade Condicional. Vamos supor que eu quei-
independentes; ra saber a probabilidade de tirar uma dama, dado que
a carta retirada é de copas. Ou seja, existe uma con-
Para os eventos serem independentes: P(A∪B) = dição, eu já sei que a carta é de copas, portanto, meu
espaço amostral, nesse caso, será apenas as cartas de
P(A) + P(B) - P(A) · P(B) copas do baralho, ou seja, 13. Pensando diretamente,
P(A) = 0,3; P(B) = 0,6; P(A ∪B) = 0,7 a probabilidade é 1/13 = 7,7%, mas muitas vezes não é
P(A∪B) = P(A) + P(B) - P(A) · P(B) tão fácil de enxergar como nesse caso, portanto, existe
e xiste
0,7 = 0,3 + 0,6 - 0,3.0,6 uma fórmula para resolver essa questão.
0,7 = 0,9 – 0,18
0,7 = 0,72 (ERRADO) P(A∩
P(A ∩B)
P(A|B) =
  P(B)  
z  P(B) = 0,75, se A e B forem mutuamente exclusivos;
exclusivos;
Para os eventos serem mutuamente exclusivos: Ou seja, a probabilidade de ocorrer A, uma vez que
B já ocorreu, é a probabilidade da intersecção entre A
P(A∪B) = P(A) + P(B)
e B, dividido pela probabilidade de B.
P(A) = 0,3; P(B) = 0,75; Nesse nosso caso, iríamos dividir a probabilidade
P(A∪B) = P(A) + P(B) de ocorrer uma dama de copas: P(Q ♥) = 1,9%, pela pro-
pro -
P(A∪B) = 0,3 + 0,75 babilidade de sair uma carta de copas: P(♥) = 25%.
P(A∪B) = 1,05

A probabilidade nunca pode ser maior que 1, por- P(Q|♥) = 1,9 = 7,6%
210 tanto, item errado
errado.. 25  

  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS  P(A) . P(B|A)
P(B|A) =
2
·
2
=
4
=
1
4     3     12     3  
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Em um espaço de proba-
bilidades, as probabilidades de ocorrerem os eventos 1º não mente (B) e 2º mente (A)
independentes A e B são, respectivamente, P(A) = 0,3
e P(B) = 0,5. Nesse caso, P(B/A) = 0,2.  A probabilidade de escolher um que não mente, com
os 4 à disposição, é: P(B) = 2/4.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO Saindo um que não mente, restam 3 à disposição,
sendo que 2 mentem. A probabilidade de escolher
Queremos saber a probabilidade de ocorrer B, dado um que mente é: P(A|B) = 2/3.
que A já ocorreu. Portanto, vamos usar a fórmula 1º não mente (B) e 2º mente (A):
da probabilidade condicional. Nesse caso, o evento 2 2 4 1
que já ocorreu é o A, portanto, ele vem depois da  P(B) . P(A|B)
P(A|B) = · = =
barra (|) e será o denominador: 4     3     12     3  

 P(B∩ A) 1º mente (A) E 2º não mente (B) OU 1º não mente (B)


 P(B|A) =  E 2º mente (A)
   P(A)    Agora, basta somar as duas probabilidades, pois,
 Pelo fato dos eventos A e B serem independentes, irá acontecer uma coisa ou outra, ou seja, se acon-
sabemos que: tecer uma coisa com certeza não acontecerá a outra
 P(B∩ A) = P(A) · P(B) – valores
valores dados no enunciado. (eventos mutuamente exclusivos).
 P(B∩ A) = 0,3 · 0,5
 Portanto, a probabilidade condicional
condicional é:
1 1 2
 P(B∩ A) + = = 0,666 = 66,6%
3     3     3  
 P(B|A) =
 P(A)    A segunda forma de resolver
resolver é:
 De 4 pessoas, temos que escolher 2, portanto, o
0,3 · 0,5 total de possibilidades é dado pela combinação de
 P(B|A) =  4 pegando 2.
  0,3  
 P(B|A) = 0,5.
0,5. Resposta: Errado.
Errado. C4,2 = 4!
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Os indivíduos S1, S2, S3   2! · 2!  
e S4, suspeitos da prática de um ilícito penal, foram 4 · 3 · 2!
interrogados, isoladamente, nessa mesma ordem. No C4,2 =
depoimento, com relação à responsabilização pela   2 · 2!
prática do ilícito, S1 disse que S2 mentiria; S2 disse C4,2 = 2 . 3
que S3 mentiria; S3 disse que S4 mentiria. A partir C4,2 = 6
dessa situação, julgue o item a seguir. Considerando
que a conclusão ao nal do interrogatório tenha sido
a de que apenas dois deles mentiram, mas que não  Das 6 opções, as favoráveis são aquelas em que são
escolhidos 1 que mente e 1 que não mente, portanto,
fora possível identicá-los, escolhendo-se ao acaso
não serão favoráveis apenas quando forem escolhi-
dois entre os quatro para novos depoimentos, a proba-
bilidade de apenas um deles ter mentido no primeiro
dos juntos os 2 que mentem, ou juntos os 2 que não
interrogatório é superior a 0,5. mentem. Portanto, o total de casos desfavoráveis é
igual a 2, logo, o número de casos favoráveis é 4.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

Vamos ver duas formas de resolver esse tipo de P(A) = 4 = 2  = 0,666 = 66,6%. Resposta:
66,6%. Resposta: Certo.
  6     3
exercício.    A
   C
São 4 suspeitos, sendo que, 2 mentem e 2 não men-    I
   T
tem. Vamos escolher 2 ao acaso, e queremos a possi- 3. (CESPE-CEBRASPE –2018) Em determinado tribunal,    S
    Í
bilidade de escolher 1 que mente e 1 que não mente. a probabilidade de extinção de um processo judicial    T
   A
 Podemos escolher isso de duas formas:
formas: 1º mente (A) P(A∩B)= 0,05 e a probabi-
com julgamento de mérito é P(A∩    T
   S
 E 2º não mente (B) OU 1º não mente (B) E 2º mente lidade de extinção de um processo judicial sem julga-    E
   E
(A). Resposta: Certo. P(A∩B) = 0,15, em que os eventos Ā 
mento de mérito é P(A∩    E
e B são eventos mutuamente excludentes e denotam,    D
1º mente (A) E 2º não mente (B) respectivamente, os eventos complementares dos
   A
   D
   I
eventos A e B. Com referência a essa situação hipoté-    L
 A probabilidade de escolher um que mente,
mente, com os 4    I
   B
à disposição, é: P(A) = 2/4. tica, julgue o item a seguir.    A
   B
Saindo um que mente, restam 3 à disposição, sendo    O
que 2 falam a verdade, a probabilidade de escolher P(Ā∪B) > P(Ā)    R
   P
um que fala a verdade é: P(B|A) = 2/3.
1º mente (A) E 2º não mente (B): ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

211

q ue seja A ou B, vamos montar


 Aqui não importa o que   Se as variáveis datam e tipo de sítio fossem totalmen-
uma tabelinha com as opções de intersecção entre te independentes, então a quantidade de fraudes que
 A, Ā, B e B. Vamos lembrar que a probabilidade da ocorrem nos sítios de móveis e eletrodomésticos nos
soma de todos os eventos possíveis
p ossíveis é sempre 1. dias úteis deveria ser inferior a 14.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
B B TOTA L
A Vamos completar essa tabela com todos os totais:

Ā TIPO DE SÍTIO
Total 1 DATA DE
DE MÓVEIS E TOTAL
JOGOS
ELETRODOMÉSTICOS
O exercício fala que P(A ∩ B) = 0,05 e P(A∩ B ) = 0,15. ONLINE
dias úteis 22 18 40
B B TOTAL
A 0,05 0,15 0,2 m de
semana 28 12 40
e feriados
Ā 0,8
TOTAL 50 30 80
Total 1,00
Queremos saber a probabilidade
p robabilidade de ocorrerem frau-
Os eventos Ā  e B são mutuamente excludentes, ou
des em sítios de móveis e eletrodomésticos (evento
seja, eles não podem ocorrer juntos, portanto, a
 A) nos dias úteis (evento B), considerando
considerando que esses
intersecção entre eles é nula.
eventos sejam independentes.
B B TOTAL P(A∩B) = P(A) · P(B)
A 0,05 0,15 0,2  Para isso, temos que achar
achar a probabilidade
probabilidade do even-
Ā 0 0,8 to A ocorrer e a probabilidade do evento B ocorrer.
O evento A é a fraude ocorrer em sítios de móveis e
Total 1,00 eletrodomésticos, sendo que o total de fraudes nesse
tipo de sítios é 30, de um total de 80 fraudes.
Com isso podemos completar a tabela.
30
B B TOTAL P(A) =
A 0,05 0,15 0,2   80  

Ā 0,8 0 0,8 O evento B é a fraude ocorrer em dias úteis, sendo


que o total de fraudes nesses dias é 40, de um total
Total 0,85 0,15 1,00 de 80 fraudes.
 P( Ā ) = 0,8
 P(UB) = P( Ā ) + P(B) – P( Ā∩ B) 40
 P(UB) = 0,8 + 0,85 – 0,8 P(B) =
 P(UB) = 0,85 80  
 Portanto, P( ĀUB) > P( Ā )
0,85 > 0,8. Resposta: Certo.  Portanto:

4. (CESPE-CEBRASPE
dados categorizados,–2018) A tabela
organizados pora seguir mostra
uma adminis- P(A∩B) = 30 · 40
tradora de cartões de crédito, a respeito da ocorrência 80     80  
de fraudes em compras online, de acordo com os cri-
térios data e tipo de sítio. 30 1
P(A∩B) = ·
80     2  
TIPO DE SÍTIO
15 1
DE MÓVEIS E P(A∩B) = ·
DATA DE JOGOS 80   1  
ELETRODO-
ONLINE
MÉSTICOS 15
P(A∩B) =
dias úteis 22 18
  80  
m de semana e
28 12
feriados  Portanto, para um total de 80 fraudes, 15 deveriam
ocorrer em dias úteis em sítios de móveis e eletrodo-
  Com referência aos dados apresentados, julgue o item mésticos, caso esses eventos fossem independentes.
212 que se segue.  Resposta: Errado.

5. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Se Carlos estiver presente Quando realizamos o lançamento de um dado,


na aula ministrada pela professora Paula, a probabilida- sabemos que a probabilidade de tirar o número 4,
de de ele aprender o conteúdo abordado é de 80%; se ele por exemplo, é 1/6 ou 0,16667, que é o valor esperado
estiver ausente, essa probabilidade cai para 0%. Em 25% E(X). Se jogarmos o dado 6 vezes, o esperado é tirar
das aulas da professor
professoraa Paula, Carlos está ausente. 4 apenas uma vez, mas isso não necessariamente vai
  Com relação a essa situação hipotética, julgue o item acontecer, pode ser que ele não saia nenhuma vez, ou
seguinte. pode ser que ele saia 2 vezes, ou até mais, resultando
  A probabilidade de Carlos não aprender o conteúdo em um percentual diferente de 1/6.
ministrado pela professora Paula é inferior a 25%.
2 5%. Agora, se jogarmos o dado 100 vezes, o percentual
de resultado 4 que sairá, tende a se aproximar mais de
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 1/6, em comparação com o lançamento do dado por 6
vezes. Se aumentarmos para 1.000 lançamentos, a ten-
te n-
 Existem duas formas de Carlos
Carlos não aprender: dência é esse valor ser ainda mais próximo de 1/6, ou
1ª – Indo à aula: nesse caso, a probabilidade de seja, quanto maior a quantidade de eventos, maior a
ele não aprender é 20%, sendo que ele vai em 75% tendência do resultado do nosso experimento se apro-
das aulas. Portanto, a probabilidade de Paulo não ximar do valor esperado.
aprender
75% . 20%indo à aula
= 0,75 . 0,20é:= 0,15 = 15% OU  Por sua
Grandes vez, essa
Números teoria é chamada de Lei dos
(LGN).
 2ª – Não indo à aula: nesse caso, a probabilidade de
ele não aprender é 100%, sendo que ele não vai em Variância
 25% das aulas, portanto, a probabilidade de Paulo
não aprender não indo à aula é: 100% . 25% = 1 . A variância de X, representada por Var(X) ou σ 2, é
0,25 = 25% dada por:
 Assim, para saber a probabilidade total de Carlos
não aprender, acontecendo a 1ª forma OU a 2ª for- Var(X) = E(X2) – [E(X)]2
ma, portanto, somamos as duas probabilidades:
15% + 25% = 40%. Resposta: Errado. Lembrando que o desvio-padrão (σ) é a raiz da
variância.

Covariância
VARIÂNCIA E COVARIÂNCIA A covariância (variância conjunta) mede o grau
de interdependência numérica entre duas variáveis
VALOR ESPERADO, VARIÂNCIA E COVARIÂNCIA aleatórias.
Quando duas variáveis
variáveis são
 são estatisticamente inde-
Valor Esperado pendentes, sua covariância será igual a zero.
zero .
A covariância é dada por:
O valor esperado de uma variável aleatória (tam-
bém chamado de esperança), que representamos por Cov(XY) = E(XY) – E(X) · E(Y)
E(X), nada mais é do que a média
média,, que em uma função
de probabilidade é dada pela soma dos produtos dos Lembrando que E(X) e E(Y) são as médias de x e y,
valores das variáveis pela sua probabilidade. e E(XY) é a média da multiplicação das variáveis X e Y.
Imaginemos que X é uma variável que represente
a quantidade de banheiros em uma casa, após a análi- Transformação de Variáveis
se de uma amostra de casas, foi construída a seguinte
tabela: Algumas propriedades importantes dos conceitos
estudados, considerando a, b e c constantes, e, X e Y
XI P(X=xi) Xi . P(X=Xi) variáveis aleatórias.

1 0,1 1 . 0,1 = 0,1 E(a) = a (a esperança de uma constante é a própria


2 0,3 2 . 0,3 = 0,6 constante)    A
E(aX) = a.E(X)    C
   I
3 0,4 3 . 0,4 = 1,2 E(X+a) = E(X) + a    T
   S
E(X+Y) = E(X) + E(Y)     Í
   T
4 0,2 4 . 0,2 = 0,8    A
   T
Var(a) = 0 (a variância de uma constante é zero)    S
   E
TOTAL 1 0,1 + 0,6 + 1,2 + 0,8 = 2,7    E
Var(aX) = a2 · var(X)    E
   D
E(X) = 2,7 Var(X+a) = var(X)    A
   D
A tabela nos mostra que 10% das casas analisa-
analisa- Var(X) = E(X2) – [E(X)]2    I
   L
   I
das tinham 1 banheiro, 30% tinham 2 banheiros, Var(X + Y) = Var(X) + Var(Y) + 2 · Cov(X,Y)    B
   A
40% tinham 3 banheiros e 20% tinham 4 banheiros. Var(X - Y) = Var(X) + Var(Y) - 2.Cov(X,Y)    B
A terceira coluna é a multiplicação da quantidade de Cov(X,Y)
Cov(X,Y) = E(XY) – E(X) · E(Y)    O
   R
banheiros pela probabilidade. Cov(X,a) = 0    P
Isso signica que ao escolhermos uma casa qual-
qual- Cov(X,X) = Var(X)
quer, o valor esperado de banheiros dessa casa será Cov(aX,bY) = a · b · Cov(X,Y)
2,7, ou seja, ao pegarmos uma amostra qualquer, Cov(X+Y,Z) = Cov(X,Z) + Cov(Y,Z)
encontraremos em média 2,7 banheiros. Cov(X,Y) = Cov(Y,X) 213

Quando vamos transformar uma variável aleató- -1 ≤ R < 0: Correlação negativa –
negativa – enquanto uma
ria, usamos essas propriedades para achar a média variável aumenta, a outra diminui. Ex.: Considerando
(esperança)
esperança) e
 e a variância dessa nova variável. a variável temperatura e a variável venda de choco-
late quente. Quanto maior a temperatura do ambien-
te menor será a venda de chocolate quente. Podemos
dizer que, quanto mais próximo de -1, mais forte será
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO a correlação negativa, e, quanto mais próximo de
zero, menos relacionada estarão as variáveis. Assim
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018)  Julgue o item que se como na positiva, temos uma correlação negativa per-
segue, relativo à análise multivariada. feita quando R = -1.
  Se X e Y forem variáveis independentes e tiverem dis-
 Y  Y  Y
tribuição normal com médias μX e μY, respectivamente,
e variâncias σx2 e σy2, respectivamente, então a soma X
+ Y terá média μX + μY e variância σX2 + σY2.
X X X
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO Correlação negativa
entre X e Y Correlação negativa
forte entre XeY Correlação negativa
entre perfeita XeY
 A média da soma das variáveis é:
 E(X+Y) = E(X) + E(Y) Disponível em: <https:/
<https://repositorio.utfpr
/repositorio.utfpr.edu.br/jspui/
.edu.br/jspui/
 Portanto: bitstream/1/2460/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C%20Sabrina%20
Anne% 20de_2015_1.pdf>. Acesso em: 29 nov nov.. 2020
 E(X+Y) = μ X  + μY 
 Já a variância é dada
dada por:
z  R = 0: Correlação nula
nula –
 – as variáveis não são cor-
Var(X+Y) = Var(X) + Var(Y) + 2.Cov(X,Y) relacionadas.
Var(X+Y) = σ  X  2 + σ Y  2 + 2.Cov(X,Y)
O exercício fala que as variáveis X e Y são inde-  Y
 pendentes e sabemos que a covariância entre duas
variáveis independentes é 0.
Cov(X,Y)) = 0 (pois elas são independentes).
Cov(X,Y
Var(X+Y) = σ  X  2 + σ Y  2 + 0 X
Var(X+Y) = σ  X  2 + σ Y  2. Resposta: Certo. Não há correlação
entre X e Y

Disponível em: <https:/


<https://repositorio.utfpr
/repositorio.utfpr.edu.br/jspui/
.edu.br/jspui/
bitstream/1/2460/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C%20Sabrina%20
CORRELAÇÃO LINEAR SIMPLES Anne% 20de_2015_1.pdf>. Acesso em: 29 nov nov.. 2020

CORRELAÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS O coeciente de correlação linear é dado pela ra-


ra -
zão entre a covariância de X e Y e o produto dos des-
Considerando duas variáveis quaisquer, essas vios-padrão de cada variável.
variáveis podem ter um grau de correlação entre elas,
que chamamos de coeciente de correlação linear, Cov(X,Y)
que pode ser representado por ρ(rho) ou R.
R = 
=  vX·vY
O coeciente de correlação pode variar entre -1 e 1. REGRESSÃO LINEAR
E ele pode ser representado por um gráco de disper-
disper -
são, onde um eixo é a variável X e o outro a variável Y. O coeciente de correlação de Pearson (R) é o coe-
coe-
0 < R ≤ 1: Correlação positiva –
positiva – enquanto uma variá- ciente que mostra o grau de dependência entre duas
vel aumenta a outra também aumenta. Ex: Vamos con- variáveis, também podemos achar o R através dos
siderar as variáveis altura e peso. Normalmente, quanto pares ordenados formados por cada ponto das duas
maior a altura, maior o peso. Podemos dizer que, quanto variáveis.
mais próximo de 1, mais forte será a correlação positi- Vamos imaginar que queremos saber se duas variá-
va, e, quanto mais próximo de zero, menos relacionada veis aleatórias quaisquer estão correlacionadas, como
estarão as variáveis. Chamamos a correlação igual a 1 de por exemplo o aumento da temperatura e a quantidade
de furtos na Baixada Santista aos nais de semana. Para
perfeita, cujos dados resultam em uma reta.
isso são coletados a quantidade de furtos registrados em
 Y
10 dias (5 nais de semanas) e a temperatura média em
 Y  Y
cada um desses dias, e chegamos na seguinte tabela:

T EM PE R ATU R A N º D E F U RT O S
X X X 17° 2
Correlação positiva Correlação positiva Correlação positiva
entre X e Y forte entre X e Y entre perfeita X e Y 18° 3

Disponível em: <https:/


<https://repositorio.utfpr
/repositorio.utfpr.edu.br/jspui/
.edu.br/jspui/
25° 6
bitstream/1/2460/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C%20Sabrina%20 24° 7
214 Anne% 20de_2015_1.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2020

 
 

O coeciente de correlação pode ser calculado pela


TE M P ER AT UR A N º D E F U RT O S seguinte fórmula, sendo X e Y as duas variáveis alea-
20° 5 tórias que queremos analisar a correlação:
30° 10
n · ⅀ X · Y - ⅀ X · ⅀Y
28° 8 R  =
 =
√n · (⅀X²) - (⅀X)² · √n · (⅀Y²) - (⅀Y)²
20° 4
32° 10 Vamos achar o R do nosso exemplo, sendo tempe-
ratura X e nº de furtos Y e o número de dados n = 10
33° 12 (10 dias de observação):

*Dados não verídicos X Y X.Y X2 Y2


Olhando os dados podemos até notar que nos dias 17 2 34 289 4
mais quentes o número de furtos aumenta, mas vamos 18 3 54 324 9
colocar isso em um gráco de coordenadas, onde no 25 6 150 625 36
eixo x vamos colocar a temperatura, e no eixo y os fur- fur -
tos, para visualizar melhor. Cada coluna da nossa tabe- 24 7 168 576 49
la é um par ordenado: (17,2), (18,3), (25,6), (24,7) e assim 20 5 100 400 25
por diante. Vamos colocar um ponto no gráco para
cada par ordenado para visualizar essa correlação. 30 10 300 900 100
28 8 224 784 64
Furto
10 20 4 80 400 16
9
8 32 10 320 1024 100
7 33 12 396 1089 144
6
5
TOTAL
4 2 47 67 18 26 64 11 5 47
R
3
2
1
]g 10 · 1826 - 247 · 67
°C R=
16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 √10 · 6411 - 247² · √10 · 547 - 67²
18.260 - 16.549
Podemos ver que existe uma correlação entre as R=
variáveis, pois pelo gráco vemos que conforme uma √64.110 - 61.009 · √5.470 - 4.489
variável aumenta a outra aumenta também, mas 1.711
podemos ver que não é algo exato, não forma uma R=
linha perfeita (casos em que R = 1). A regressão linear √3.101 · √981
tem o intuito de denir uma função que dena essa 1.711
correlação entre as variáveis e a regressão mais usada R=
55,69 · 31,32
é a linear, a qual deniremos uma função linear para
explicar essa correlação. Basicamente faremos uma 1.711
R=
linha reta resumindo esses dados: 1.744,21    A
   C
   I
   T
R = 0,98    S
    Í
   T
Furto    A
   T
10 Com isso vemos que o R está muito próximo de 1,    S
   E
9 o que caracteriza uma correlação muito forte entre as    E
8 variáveis.    E
   D
7 Temos que fazer uma observação importante. A    A
   D
6 correlação nem sempre tem efeito de causa e conse-    I
   L
   I
quência, pois, o fato de aumentar a temperatura não    B
5    A
faz com que os bandidos queiram roubar mais, na    B
4
verdade o aumento da temperatura faz com que mais    O
   R
3 pessoas queiram ir para a praia se refrescar, e nesse    P
2 momento os bandidos enxergam uma melhor oportu-
1 nidade para praticar seus delitos, por isso o aumento.
°C Portanto apesar das variáveis estarem correlaciona-
16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 das elas não são causa e consequência. 215

Do coeciente de correlação de Pearson podemos ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA) E ANÁLISE DE

achar o Coeciente
ciente
de Determinação (CD) ou coe
de explicação, que mede o percentual da-
RESÍDUOS
variação de Y que é explicado pela variação de X. A análise de variância (da sigla em inglês ANOVA)
CD = R 2 é usada para comparar médias de populações diferen-
No nosso exemplo: tes, com a nalidade de descobrir se as médias de certo
CD = 0,982 = 0,96 parâmetro entre populações são iguais ou não, possibi-
Portanto 96% da variação de X é explicada pela litando comparar 3 ou mais grupos de uma só vez.
variação de Y e os outros 4% de variação têm outros A ANOVA nos mostra se as diferenças amostrais
motivos. observadas são reais, ou seja, causadas por uma dife-
rença da população observada, ou casuais, ou seja,
causadas pelo acaso por conta da aleatoriedade na
Importante! escolha da amostra.
Correlação: mede o grau de relação (-1 ≤ R ≤ 1); Para aplicarmos a ANOVA, as amostras devem ser
Regressão: nos dá uma função que relaciona as aleatórias e independentes, as populações devem pos-
variáveis. suir distribuição normal, e as variâncias populacio-
nais devem ser iguais (não rigorosamente iguais, mas
A regressão linear é a denição de uma função próximas).
Para entender melhor, vamos utilizar um exemplo
que relacione as duas variáveis X e Y. Vamos padro- simples. Vamos supor que queremos testar o tempo de
nizar que Y é a variável dependente, e X é a variável resposta de 3 drogas diferentes para o tratamento de
independente. Como no nosso exemplo, a temperatu- uma doença (remédios A, B e C). Para isso, vamos apli-
ra (X) é uma variável independente pois ela não sofre car cada droga em 5 pacientes diferentes, e cronome-
inuência do número de furtos, e o número de fur-fur - trar o tempo de resposta, ou seja, o tempo necessário
tos (Y) é a variável dependente, pois ela sim sofrerá
para a eliminação dos sintomas.
inuência da temperatura (X). Por ser uma função
linear ela terá essa cara: Ao realizarmos a ANOVA iremos comparar a
variância entre os grupos e a variância dentro de
 Y = a . X + b cada grupo. Queremos saber se os tempos médios de
respostas para cada droga são iguais, portanto, a hipó-
 Y é a variável dependente, que varia de acordo tese nula será:
com o X, X é a variável independente, “a” é o coe
coe-- H0: μ1 = μ2 = μ3 ...
ciente angular que acompanha o X, e “b” é o coecien-
coecien- H1: A hipótese alternativa indicará que pelo menos
te linear (intercepto), que é o termo independente, uma das médias é diferente.
que vem sozinho. Realizadas as medições dos tempos de respostas,
Para achar essa função vamos utilizar o método em minutos, temos:
dos mínimos quadrados.
quadrados.
Para achar o valor do coeciente angular (“a”) A B C
vamos usar a fórmula:
PACIENTE 1 9 10 9

a=
^ h
cov   X, Y
Var(x)
PACIENTE 2 12 14 13
PACIENTE 3 18 19 17
Que podemos extrapolar para:
PACIENTE 4 24 23 26
n·⅀X·Y-⅀X·⅀Y PACIENTE 5 36 38 35
a=
n · (⅀X²) - (⅀X)² MÉDIA 19,8 20,8 20

ou
A média geral das 15 observações é dada por: X =
20,2.
n · ⅀ X · Y - n X · · Y
 Y
a= Podemos notar que as médias amostrais para cada
n · ⅀X² - n(X
n(X)² remédio são diferentes umas das outras. O que a ANO-
VA quer analisar é se essas médias populacionais são
Onde X X é a média dos dados de X e Y
e Y é a média dos iguais ou não, ou seja, se essa diferença nas médias
dados de Y. amostrais se deve apenas aos fatores aleatórios da
Para achar o b (coeciente linear), vamos usar as amostra selecionada ou se essa diferença se deve à
médias de X e Y. qualidade do remédio mesmo.
 Y = a. X + b Analisando os dados, vemos que a variação dentro
de ntro
Muitas vezes, podemos ver Y = a + bx, isso é a de cada grupo é grande, e, a variação entre os grupos
mesma coisa, só temos que tomar cuidado para não não tem muita diferença, portanto, nesse caso, aceita-
confundir, pois, nesse caso, usaremos a fórmula para ríamos H0 e concluiríamos que a variação é causada
achar o b. A fórmula é usada para achar o coeciente pela diferença da amostra mesmo.
angular (que acompanha o X), independente do nome Por outro lado, podemos ter os seguintes dados das
216 dado a ele. medições:

A B C gltotal = n – k + (k – 1)
gl  = n – 1
total
PACIENTE 1 29 17 11
PACIENTE 2 28 18 12 A quantidade de graus de liberdade do modelo (entre)
é a quantidade de variáveis explicativas do modelo.
PACIENTE 3 28 18 11 No nosso exemplo temos 3 grupos (remédios A, B
e C), portanto k = 3, e para cada grupo temos 5 pacien-
pacien-
PACIENTE 4 31 19 12 tes, portanto o total de amostras é 15, logo: n = 15.
PACIENTE 5 32 20 14 Assim:
gl1 ou glentre = 3 – 1 = 2
Analisando os dados, vemos que a variação dentro gl2 ou gldentro = 15 – 3 = 12
de cada grupo é pequena e a variação ente os grupos gltotal = 15 – 1 = 14
é grande, portanto, nesse caso, rejeitaríamos H0 e con-
cluiríamos que a variação realmente é causada pela Podemos ver que a soma de gl1 e gl2 resulta no gltotal.
diferença da droga. Portanto, as variâncias ou quadrados médios (QM)
Olhando essa tabela com poucos dados e uma dife- são dados por:
rença gritante, é fácil de deduzirmos isso, mas nem
sempre é assim fácil de enxergar, por isso são usados QMT ou S2Total = SQT
n-1
vários cálculos e índices para se chegar a essa conclu-
são. Lembrando que a ANOVA só irá nos mostrar se
SQE
existe diferença ou não entre os grupos, mas não irá QME ou S2Entre =
mostrar qual dos grupos (drogas no nosso exemplo) k-1
diverge dos demais.
SQD
Para concluirmos sobre a hipótese nula vamos QMD ou S2Dentro =
usar o teste F, que é a razão entre a variância entre os n - k 
grupos pela variância dentro
dentro dos
 dos grupos:
Assim podemos achar o valor do teste F.
2
2
(variância entre os grupos) S entre QME
 S entre F= =
F = 2
=   2
S dentro QMD
 S dentro
(variância dentro dos grupos)
 
O modo de usar a tabela F não é muito diferente das
Para calcularmos as variâncias vamos usar a soma outras que já vimos, mas temos uma tabela para cada
de quadrados
saber: a somadededesvios. São 3total
quadrados somas que atemos
(SQT), somaque
de nível de signicância
da quantidade (1 - de
de graus α), eliberdade
para usá-la vamos
entre precisar
e dentro.
dentro .
quadrados entre
entre   grupos ou soma de quadrados de Vamos ver a tabela do teste F para um nível de sig-
tratamentos ou
tratamentos  ou soma dos quadrados do modelo (SQE, nicância de 95%. Nas colunas temos a quantidade de
SQTrat ou SQM) e a soma de quadrados dentro
dentro dos
 dos gru- graus de liberdade entre
entre gl
 gl1, que na tabela está como
pos ou soma de quadrados dos resíduos ou soma de v1, e nas linhas temos a quantidade de graus de liber-
quadrados dos erros
erros (SQD,
 (SQD, SQRes ou SQErro). Muito cui- dade dentro
dentro (gl
 (gl2, que na tabela está como v 2). Portan-
dado com essas siglas, em cada lugar elas aparecem to, vamos olhar o valor na coluna 2 e na linha 12.
de uma maneira, por isso, tenham em mente que a
“entre grupos” – SQE – é a do modelo, ou da regressão
Α = 0,05
ou outro nome que remeta ao modelo da regressão
linear, já a “dentro dos grupos” – SQD - é o erro, ou V1 1 2 3 4 5 10 15 25 30 60
resíduos, ou algo relacionado a isso, já o SQT é o total. 1 161,5 199,5 21
215,
5,7 22
2244,6 23
230,
0,2 24
241,
1,9 24
2466 24
249,
9,3 25
250,
0,1 25
2522,2
Uma boa notícia é que geralmente os exercícios
fornecem os valores de SQT, SQE e SQD. A SQtotal  é a 2 18,51 19 19
19,1
,166 19
19,2
,255 19
19,3
,3 19,4 19
19,4
,433 19
19,4
,466 19
19,4
,466 19
19,4
,488
soma das outras duas: 3 10,13 9,55 9,28 9,12 9,01 8,79 8,70 8,63 8,62 8,57    A
   C
   I
SQtotal = SQentre + SQdentro ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...    T
   S
    Í
   T
10 4,96 4,10 3,71 3,48 3,33 2,98 2,85 2,73 2,7 2,62    A
Para achar as variâncias, que também chamamos    T
   S
nesse caso de quadrados médios 
médios  (QM)
(QM),, temos que V2 12 4,84 3,98 3,59 3,36 3,2 2,85 2,72 2,6 2,57 2,49    E
   E
dividir o SQ pelos graus de liberdade. Cada SQ terá 12 4,75 3,89 3,49 3,26 3,11 2,75 2,62 2 ,5 2,47 2,38    E
   D
uma quantidade de graus de liberdade diferente.    A
Os graus de liberdade são dados por: ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...    D
   I
   L
   I
Entre os grupos:
grupos: gl1 ou glentre = k – 1 60 4 3,15 2,76 2,53 2,37 1,99 1,84 1,69 1,65 1,53    B
   A
Dentro dos grupos: gl
grupos: gl2 ou gldentro = n – k 120 3,92 3,07 2,68 2,45 2,29 1,91 1,75 1,60 1,55 1,43    B
   O
Total: gl
Total:  gltotal = n – 1    R
∞ 3,84 3 2,61 2,37 2,21 1,83 1,67 1,51 1,46 1,32    P
Sendo que: k é a quantidade de grupos; e n é a
quantidade de observações totais (de todos os grupos)
Assim como vimos nas SQs, o grau de liberdade Portanto, para um nível de signicância de 95%
total é dado pela soma de gl1 e gl2: temos: F(2,12) = 3,89. 217

Esse é o valor do F crítico, se o F encontrado for


n · ⅀ X · Y - ⅀ X · ⅀Y 
maior que 3,89, ele está localizado depois do Fcrítico,  β ̂ =
0 n · ⅀ X² - (⅀X)² 
portanto
uma das rejeitamos
médias é H , e concluímos
diferente. Ou seja,quequando
pelo menos
o F  
encontrado é maior que o Fcrítico rejeitamos H0, pois o
valor estará na área cinza do gráco. Já quando o F 20 · 8400 - 300 · 400
encontrado é menor que o Fcrítico aceitamos H0, pois o  β ̂  =
valor estará na área branca do gráco. 20 · 6000 - (300)²

168.000 - 120.000
 β ̂  =
a 120.000 - 90.000
Fa (v1 , v2)
 48.000
Com os valores da ANOVA podemos achar também  β ̂  =
o Coeciente de Determinação (CD), ou R2. Que é  30.000
dado por:
 β ̂  = 1,6
R 2 =
 Assim podemos achar o valor do coeciente linear,
α̂ .
Outro valor da regressão que podemos encontrar Y  = = α̂ + β ̂
utilizando os dados da tabela da ANOVA é o coecien-
coecien -  20 = α ̂ + 1,6 . 15
te angular do modelo de regressão (que chamamos de  20 = α ̂ + 24
“a” no começo da aula), esse valor é dado por: α̂ = 20 – 24
α̂ = –4
–4
 Portanto a regressão
regressão ca:
ca: = -4 + 1,6.X 
a2 = Se X = 10;
Y = -4 + 1,6 . 10
Y = - 4 + 16
Onde SQE é a soma dos quadrados entre as amos- Y = 12
tras, ou do modelo, e ⅀
e ⅀ (Xi - X)2 é a soma dos quadrados  Resposta: Certo.
das diferenças entres os valores da amostra e a média,
termo que aparece
tra no começo dessenacurso
denição de variância
(estatística da amos-
amos -
descritiva). 2. uma
(CESPE-CEBRASPE
(CESPE-CEBRASP E – 2019)
regressão múltipla Considerando-se
de dados estatísticos, que, em
a soma
dos quadrados da regressão seja igual a 60.000 e a
soma dos quadrados dos erros seja igual a 15.000, é
correto armar que o coeciente de determinação — R 2 
  EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS — é igual a

1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Ao avaliar o efeito das a) 0,75.


variações de uma grandeza X sobre outra grandeza Y b) 0,25.
por meio de uma regressão linear da forma  P     =  + β   X,
̂ α̂ + ̂ c) 0,50.
um analista, usando o método dos mínimos quadrados, d) 0,20.
encontrou, a partir de 20 amostras, os seguintes somató- e) 0,80.
rios (calculados sobre os vinte valores de cada variável):
  ∑X = 300; ∑ Y = 400; ∑X2 = 6.000; ∑ Y2 = 12.800 e ∑(XY) Sabemos que R 2 é dado por:
= 8.400
  A partir desses resultados, julgue o item a seguir. SQE 
 R 2 =
  Para X = 10, a estimativa de Y é  = 12.
SQT 
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO O SQE é a soma dos quadrados da regressão ou do
modelo (Entre amostras), e o SQT é a soma do SQE
Tendo em vista que temos 20 amostras, podemos com o SQD, soma dos quadrados dos erros (Dentro
achar a média de  e a média de X, tendo em vista os da amostra).
somatórios dados no enunciado. SQT = 60.000 + 15.000
 400 SQT = 75.000
Y =  20
Y = 20 60.000
 R 2 =
 Média de X. 75.000
 300
 X =  20
60
 X = 15  R 2 =
Vamos achar o valor do coeciente angular  , usando 75
218 os valores dados no enunciado.

 R 2 = 0,8
 Resposta: Letra E. 127.000 - 125.000
a = 

3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Deseja-se estimar o total  255.000 - 250.000


de carboidratos existentes em um lote de 500.000 g
de macarrão integral. Para esse m, foi retirada uma  2
a=
amostra aleatória simples constituída por 5 pequenas
porções desse lote, conforme a tabela seguinte, que 5
mostra a quantidade x amostrada, em gramas, e a a = 0,4
quantidade de carboidratos encontrada, y, em gramas.  Resposta: Errado.

AMOS TR A X Y 4. (CESPE-CEBRASPE –2018) Determinado estudo con-


siderou um modelo de regressão linear simples na for-
1 100 60 ma yi = β0 + β1xi + εi, em que yi representa o número de
2 80 40 leitos por habitante existente no município i; xi repre-
senta um indicador de qualidade de vida referente a
3 90 40 esse mesmo município i, para i = 1, ..., n. A compo-
nente εi representa um erro aleatório com média 0 e
4 120 50 variância σ². A tabela a seguir
se guir mostra a tabela ANOVA
5 110 60 resultantequadrados
mínimos do ajusteordinários.
desse modelo pelo método dos
  Com base nas informações e na tabela apresentadas,
 julgue o item a seguir: FONTE DE
MODELO ERRO TOTAL
VARIAÇÃO
  Considerando se o modelo de regressão linear na for
ma y = ax + ε, em que ε denota o erro aleatório com SOMA DE
média nula e variância V, e a representa o coeciente 900 100 1.000
QUADRADOS
angular, a estimativa de mínimos quadrados ordiná-
rios do coeciente a é igual ou superior a 0,5. GRAUS DA
1 10 11
LIBERDADE
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
MÉDIA DOS
900 10
Vamos achar o valor do coeciente angular a, sendo QUADRADOS
que a amostra é de 5 elementos. RAZÃO F 90
n · ⅀ X · Y - ⅀ X · ⅀Y  P – VALOR <0,001
a=
n · ⅀ X² - (⅀X)² 
  A partir das informações e da tabela apresentadas, jul-
 Para achar os valores da fórmula, vamos utilizar a gue o item subsequente:
tabela, e acrescentar as colunas necessárias x2 e x.y
x.y,,   O desvio padrão amostral do número de leitos por
e a linha da soma: habitante foi superior a 10 leitos por habitante.
AMOS TR A X Y X2 X.Y ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
1002 = 100 . 60
1 100 60  A variância amostral do número de leitos por habi-
10.000 = 6.000
tantes (y), nada mais é que a variância total (QMT).
802 = 80 . 40
2 80 40 SQT 
6.400 = 3.200
QMT = S  2total =
902 = 90 . 40  glt
3 90 40
8.100 = 3.600    A
1.000    C
   I
1202 = 120 . 50 S  2total =    T
4 120 50    S
    Í
14.400 = 6.000   11    T
   A
1102 = 110 . 60  Fazer esse cálculo sem a calculador
calculadora
a caria difícil,    T
5 110 60    S
12.100 = 6.600  por isso vamos aproximar o valor do denominador    E
   E
Soma 500 250 51.000 25.400  para 10.    E
   D
   A
1.000    D
   I
S  2total =    L
   I
5 · 25.400 - 500 ·250 10    B
   A
a=      B
5 · 51000 - (500)²  S  2total = 100    O
   R
   P
S total = 100

S total =
 =  10
219

 Agora vamos voltar para a nossa aproxim


aproximação,
ação, como  Pelo método dos mínimos quadrados estimamos o
o valor do denominador é 11 teremos um resultado valor do coeciente angular e do coeciente linear
menor que 100 para a variância, portanto o desvio- de uma regressão linear, que segue o padrão:

o-padrão, quenosso
que deixa é a raiz da variância,
gabarito será menor que 10,
como errado. Y = aX + b. Resposta: Certo.
 Agora só por curiosidade,
curiosidade, vamos ver o resultado
resultado do
desvio-padrão:
1.000 DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE,
S  total =
 2
BINOMINAL E NORMAL
11
S  2total = 90,9090 DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE
S total = 90,9090
Uma distribuição de probabilidade descreve o
S total = 9,535
 Resposta: Errado. comportamento aleatório de um fenômeno dependen-
te do acaso. A maioria das questões cobra a aplicação
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Um pesquisador estudou das fórmulas de cada distribuição. Em boa parte das
a relação entre a taxa de criminalidade (Y) e a taxa de questões, o enunciado já diz qual a distribuição usada,
desocupação da população economicamente ativa em outras ele cita algumas características e precisa-
(X) em determinada
aplicou um modelo de região do país.
regressão Esse
linear pesquisador
pesquisador 
simples na for-  mosAssaber qual distribuição
distribuições está sendo
são divididas emtratada.
distribuições
ma Y = bX + a + ε, em que b representa o coeciente de probabilidade de variáveis aleatórias discretas
discretas   e
angular, a é o intercepto do modelo e ε denota o erro distribuições de probabilidade de variáveis aleatórias
aleatório com média zero e variância σ 2. A tabela a contínuas..
contínuas
seguir representa a análise de variância (ANOVA) pro-
porcionada por esse modelo. Distribuição de Probabilidade de Variáveis Aleatórias
Discretas
FONTE DE GRAUS DE SOMA
VARIAÇÃO LIBERDADE QUADRADOS Bernoulli
modelo 1 225
A distribuição de Bernoulli é o resultado de uma
erro 899 175 experiência aleatória que tenha apenas dois resulta-
total 900 400 dos possíveis, que chamamos de: sucesso (P) e fracas-
so (q),
(q), que geralmente determinamos 1 para sucesso e
0 para fracasso.
  A respeito
sabendo dessa
que b > 0 situação hipotética,
e que o desvio padrãojulgue o item,
amostral da
variável X é igual a 2. X P ( X)
  A estimativa da variância σ2 é superior a 0,5.
0 q
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO 1 p
O enunciado informou que ε denota o erro aleatório
com variância σ  2 , portanto, vamos achar a variância
variância As somas das probabilidades de sucesso e fracasso
do erro, que é dada pelo QMD, ou seja, a média dos é igual 1: p + q = 1, por isso muitas vezes podemos ver
quadrados dentro das amostras, ou erro ou resíduo: a representação de q como “1 – p”.
SQD A esperança (média) na distribuição de Bernoulli é:
QMD = S  2erro =
 gld
E(x) = 0 q + 1 . p
SQD E(x) = p
σ² =
 gld
A variância (σ2) é dada por:
σ² = 175
899 Var(x) = p · q
σ² = 0,195
 Pelos va
 Pelos valo
lore
ress ne
nem
m pr
preci
ecisá
sáva
vamos
mos fa
faze
zerr a con
conta
ta,, poi
poiss pa
para
ra Para se determinar o número mínimo de lança-
ser maior que 0,5, o valor do denominador deveria ser mentos/resultados para que se tenha um sucesso, bas-
 próxi
 próximo
mo de 450
450,, que é a met
metad
adee de 900
900.. Res
Respos
posta
ta:: Er
Erra
rado
do.. ta fazer o inverso da probabilidade de sucesso (p).
6. (CESPE-CEBRASPE – 2019) A respeito dos diferentes
métodos de estimação de parâmetros, julgue o item a 2
Nmínimo =
seguir.
  É possível estimar o coeciente angular de uma regres
regres--   3
são linear simples pelo método dos mínimos quadrados.
Obs.: o resultado pode ser dado com casas decimais.
220 ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

DISTRIBUIÇÃO da máxima verossimilhança a partir da distribuição de


Bernoulli.
A distribuição binomial é uma sucessão de  Ber- Sabendo que P (Z < 2) = 0,975, em que Z representa
noullis, ou seja, vários eventos independentes que
noullis, a distribuição normal padrão, julgue o item que se
tenha segue, em relação a essa situação
porhipotética. Em um
so. Emcomo
suma,resultados
a binomialpossíveis o sucesso
é caracterizada ou3ofatores:
por fracas- grupo formado aleatoriamente 4 ex-condenados
libertos no mesmo dia, estima-se que a probabilida-
z   Todas as n tentativas do experimento são independentes; de de que apenas um deles volte a ser condenado por
algum crime no prazo de 5 anos, contados a partir do
z  Cada tentativa possui apenas dois resultados possí- dia em que eles foram libertados, seja superior a 0,4.
veis: sucesso ou fracasso;
z  A probabilidade de sucesso em cada tentativa é p. ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

Portanto, os parâmetros em que se baseiam a distri- Trata-se de uma distribuição de Bernoulli, pois para
buição binomial são: a quantidade de tentativas (n), a cada observação de um ex-condenado temos duas
probabilidade de sucesso em uma tentativa (p) e a quan- opções, ou ele é condenado novamente em 5 anos ou
tidade de sucessos que queremos nas n tentativas (k). não é condenado novamente em 5 anos.
A fórmula da distribuição binomial é:  A probabilidade de voltar voltar é 0,25, ou seja, p = 0,25.
 A probabilidade de não voltar (q) é 1 – p, ou seja,
P(X=k) = Cn,k . pk . qn-k 1 – 0,25 = 0,75.
Como temos um grupo de 4 ex-condenados para
Onde: Cn,k  é a combinação de n  em k  (análise avaliar, vamos usar a distribuição binomial:
combinatória):  Logo, em um grupo de 4 ex-condenados (n = 4), a
 probabilidade de 1 ex-condenado ser novamente
n! condenado (k =1) é:
Cn,k =  Na distribuição binomial:
  k! · (n-k)!  P(X = k) = C n,k · pk  · qn-k 
 P(X = 1) = C  4,1 · 0,251 · 0,75 4-1
4! 3
Importante!  P(X = 1) =  · 0,25 · 0,75 3
1! · 3!
As questões normalmente pedem para calcular  P(X = 1) = 4 · 0,25 · 0,75 3
a probabilidade de ocorrer k sucessos em uma  P(X = 1) = 1 · 0,75 3
sucessão de n tentativas. Ex.: probabilidade de  P(X = 1) = 0,4218
tirar 3 vezes (k = 3) o número 5 no lançamento  Portanto, a probabilidade é superior a 0,4. Respos-
de dados, após lançar esse dado por 10 vezes (n ta: Certo.
= 10). Nesse caso, sabemos que a probabilidade
de sucesso (tirarde5 fracasso
a probabilidade no dado) éé 5/6
1/6 (q
(p == 5/6),
1/6), pois
logo DISTRIBUIÇÃO NORMAL
temos 6 opções de resultado no dado. A distribuição normal é uma “curva simétrica em
torno do seu ponto médio” formando o conhecido
conhe cido for-
mato de sino.
sino.
Para os valores da média e da variância da distri- É importante que você saiba que esse assunto
a ssunto é um
buição binomial basta multiplicar a Bernoulli por “n”. dos mais importantes quando se fala de distribuições
A média na distribuição binomial é dada por: E(x) = n.p estáticas.
A variância é dada por: Var(x) = n.p.q A curva de distribuição normal mostra o funcio-
namento de vários processos nas empresas e muitas
Tabela da Distribuição Binomial ocorrências comuns.
Um exemplo disso é a “altura ou peso de uma, a
pressão sanguínea de um grupo de pessoas, o tempo
FÓRMULA P(X=x) = Cn,x . px . qn-x que um grupo de estudantes gasta para realizar uma    A
   C
MÉDIA np prova”    I
   T
Frente a isso, a distribuição normal pode ser utili-    S
    Í
VARIÂNCIA npq    T
zada para ligar distribuições discretas de probabilida-    A
de, como por exemplo, a distribuição binomial, vista    T
   S
DESVIO-PADRÃO   √npq anteriormente. Por conseguinte, a distribuição nor-    E
   E
mal possui função base para a inferência estatística    E
   D
clássica.    A
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO Na sua funcionalidade, a média, moda e mediana    D
   I
   L
dos dados possuem o mesmo valor.    I
   B
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado órgão gover-    A
   B
namental estimou que a probabilidade p de um ex-con- Determinação da Distribuição Normal    O
   R
denado voltar a ser condenado por algum crime no prazo    P
de 5 anos, contados a partir da data da libertação, seja Para vericar se uma determinada variável alea-
alea-
igual a 0,25. Essa estimativa foi obtida com base em tória segue uma distribuição normal, é necessário
um levantamento por amostragem aleatória simples analisar se essa corresponde à função densidade de
de 1.875 processos judiciais, aplicando-se o método probabilidade 221

 
 
 

Poisson
  EXERCÍCIO COMENT
COMENTADO
ADO
 A distr
distribui
ibuição
ção de Pois
Poisson
son é uma apro
aproximaç
ximação
ão da bino
bino--
mial para um número muito grande de eventos (n) e 1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) É igual a 3/4 a probabi-
uma probabilidade pequena de sucesso (p). Uma dica lidade de determinado advogado conseguir decisão
importante é que em provas, normalmente,
normalmente, quando se favorável a sideem
na vara cível cada
certo petição
tribunal. protocolada
O plano por ele
desse advoga-
trata de Poisson o exercício cita expressamente.
 A fórmula da distribuição de Poisson é: do é protocolar, sequencialmente, 12 petições nessa
vara cível durante o ano de 2020. Favoráveis ou não,
λx as decisões do tribunal para petições são emitidas na
 P(X=x) = e  ·

x! mesma ordem cronológica em que são protocoladas


e são sempre independentes entre si.
Onde λ é tanto a média quanto à variância.   A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo
Tabela da Distribuição de Poisson item, considerando as variáveis aleatórias X e Y, em
que X = quantidade de decisões emitidas pelo tribu-
nal até que ocorra a primeira decisão não favorável ao
λx advogado, e Y = quantidade de decisões emitidas pelo
FÓRMULA P(X=x) = e . -λ 
tribunal favoráveis ao advogado.
x!   Espera-se que a primeira decisão desfavorável ao
advogado ocorra somente depois de, pelo menos, qua-
MÉDIA   λ  tro decisões favoráveis a ele.
VARIÂNCIA   λ 
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
DESVIO-PADRÃO   √λ
 Nesse caso, a distribuição que mostra o número de
Distribuição Geométrica tentativas até o primeiro sucesso é a distribuição
 geométrica. A esperança da distribuição geométri-
ca é dada por:
A distribuição geométrica é o número de tentati-
vas até o primeiro sucesso. A fórmula é dada por: 1
 E(X) =
P(X=x) = p . q x-1   p
 Nesse caso, p é a probabilidade
probabilidade de sair uma decisão
Sendo p a probabilidade de ocorrer o sucesso. desfavorável, que é ¼.
Nessa distribuição, se considerarmos o valor de X 1
como o momento do primeiro sucesso, X não pode ser  E(X) = 1
0, pois não podemos ter um sucesso sem que o evento 4
ocorra. Portanto, x será sempre maior que 0.  E(X) = 4
Se quisermos saber a probabilidade de alcançar o  Portanto, a esperança é que a 4ª decisão seja des-
sucesso no primeiro evento, vamos considerar X = 1.
Se quisermos que o primeiro sucesso seja na quinta  favorável, e não depois de 4 decisões. Resposta:
 Errado.
tentativa, teremos X = 5, nesse caso, teremos 4 fracas-
sos seguidos, e na quinta tentativa teremos o sucesso. As fórmulas que precisamos gravar de cada distri-
A média na distribuição geométrica é dada por: buição discreta.

1 BI N O M I A L P O IS SO N G E O M É TR IC A
E(x) =
  p FÓRMULA
P(X=x) =
P(X=x) = e ·-λ
λx
P(X=x) = p . qx-1
Cn,x . px . qn-x
1 x!
A variância é dada por: Var(X) =
p2 MÉDIA np λ
Tabela da Distribuição Geométrica VARIÂNCIA npq λ

DESVIO   √q
FÓRMULA P(X=x) = p . qx-1   √npq   √λ
PADRÃO
p
MÉDIA 1
p
NOÇÕES DE AMOSTRAGEM,
q INFERÊNCIA ESTA
ESTATÍSTICA,
TÍSTICA,
VARIÂNCIA
p2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
AMOSTRA
  √q
DESVIO-PADRÃO É comum ouvirmos por aí pessoas que dizem
p não acreditar em pesquisas como Ibope, Datafolha
entre outras, com o argumento de que nunca foi
222

entrevistado por esses órgãos e que não conhecem nenhuma pessoa que tenha sido consultada também. Ora,
consultar a população toda acerca de algum assunto é muito custoso e demandaria um tempo muito grande. Por
isso, para se chegar a essa estimativa, esse tipo de pesquisa é realizado em parte da população.
Para analisar parâmetros estatísticos de uma população é necessário selecionar uma amostra a partir de téc-
nicas de amostragem. Dessa amostra são extraídos dados estatísticos, que serão estudados e analisados, e então,
generalizados para toda a população por meio da Inferência Estatística.
AMOSTRAGEM

POPULAÇÃO

AMOSTRA

AMOSTRA

INFERÊNCIA

Quando vamos tratar de inferência estatística, o nosso conjunto de dados a ser analisado são os dados extraí-
dos das amostras da população. Para isso, a amostra selecionada deve ser representativa da população.
Uma amostra não representativa é
representativa é uma amostra viciada,
viciada, que chamamos de vício de amostragem.
amostragem. Utilizan-
do esse tipo de amostra chegaríamos a um resultado que não corresponde à realidade.
Ex.: Queremos saber a quantidade de torcedores de cada time na cidade de São Paulo, portanto nossa popu-
lação é o total de habitantes de São Paulo. Vamos supor que a amostra selecionada para responder fosse feita na
porta do estádio do Palmeiras em dia de jogo. Nesse caso, praticamente 100% dos entrevistados se declarariam
palmeirenses, o que, claramente, está incorreto, pois a escolha da amostra foi realizada de forma incorreta.
Conceitos importante:
População objeto: é a população total que temos o interesse de obter informações;
Unidade elementar (unidade amostral): é a unidade (indivíduo) da população que será observada (analisa-
da), pode ser uma pessoa, uma peça de uma produção etc.
Amostra: é o subconjunto da população.
Censo: análise de todos os elementos da população.
Erro amostral: é a diferença entre o resultado amostral para o resultado populacional.
Existem várias formas de se determinar uma amostra da população a ser estudada, que se dividem em dois
grandes grupos:
P R OB AB I LÍS TIC A S N Ã O -P R O B A B I L Í S T I C A S
Quando todos os elementos da população possuem a Quando os elementos da população não possuem a mes-
mesma probabilidade de serem selecionados. Só nas ma probabilidade de serem escolhidos, pois dependem
amostras probabilísticas podem ser utilizados os méto- do critério do pesquisador. Esse método tem uma des-
dos de inferência. Alguns exemplos são a amostra alea- vantagem por não ser possível fazer inferências sobre a
tória simples, a sistemática, a estraticada e amostra por população. Apesar disso, ainda é um método muito utili-
conglomerado. zado. Alguns exemplos são a amostra por conveniência,
intencional, amostra por cotas e voluntários.

AMOSTRA PROBABILÍSTICAS
   A
   C
   I
Aleatória Simples    T
   S
    Í
   T
É o método mais utilizado, que consiste na escolha aleatória dos indivíduos de uma determinada população    A
   T
que formarão a amostra, um detalhe importante desse método é que é preciso conhecer os dados de toda a popu-    S
lação para, a partir de uma listagem, por exemplo, sejam denidos aleatoriamente os indivíduos estudados.    E
   E
Ex.: Em uma sala de aula com 100 alunos queremos escolher 15 para responderem a uma pesquisa de satisfa-    E
   D
ção dos professores. Portanto, a partir da lista dos 100 alunos da sala, selecionamos 15 aleatoriamente,
ale atoriamente, enumeran-    A
   D
do cada aluno e fazendo um sorteio, como um bingo, por exemplo, ou até por algum sistema especíco randômico,    I
   L
   I
como a funcionalidade Random
funcionalidade Random do  do Excel.    B
   A
   B
Sistemática    O
   R
   P
É uma variação da amostragem aleatória simples, na qual a partir da população ordenada (lista) escolhemos
um critério para fazer a seleção.
Ex.: Em uma fábrica que produz um certo objeto, a cada 10 peças produzidas retiramos uma para compor
nossa amostra, a m de detectar possíveis erros de produção. 223

Estraticada Por Cotas

Consiste em dividir a população em grupos meno- Essa amostra é parecida com as probabilísticas
res homogêneos, que chamamos de estratos, de forma estraticada e conglomerado, pois é necessário divi-
divi-
que os elementos de cada estrato sejam mais homo- dir a população em grupos e determinar a proporção
gêneos (pouca variabilidade) e os estratos sejam mais da população de cada grupo, e xar cotas que serão
heterogêneos (grande variabilidade). Os estratos extraídas de cada
consideradas. A diferença
grupo proporcionalmente
é que usamos esse
às tipo
classes
de
devem ser mutuamente exclusivos, ou seja, cada indi- amostra quando não existe uma listagem da popula-
víduo deverá estar em apenas 1 estrato. Esses estratos ção alvo.
podem ser divididos em idade, renda mensal, classe Ex: pesquisa eleitoral, no caso denem o percen-
percen-
social, sexo, entre outros. tual de pessoas em cada faixa de idade a ser entre-
Dividida a população em estratos, é selecionada de vistada, e escolhem as pessoas de forma acidental até
forma aleatória simples parte dos elementos de cada completar cada grupo de idade.
estrato.
Essa escolha dos elementos de cada estrato pode Voluntários
ser feita de maneira:
São pessoas que se voluntariam a participar da
z  Uniforme:  escolhendo, por exemplo, 10 pessoas
Uniforme:  pesquisa. Ex.: teste de novos remédios, que pessoas se
de cada estrato, ou; voluntariam para serem cobaias.
z Proporcional:   obedecendo a representatividade
Proporcional: DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS
de cada estrato na população, por exemplo, divi-
dindo os estratos entre homem e mulher, se 30% Após a realização das amostragens, e das pesquisas
da minha população é mulher e 70% de homens, que queremos realizar, teremos amostras com dados
minha amostra será formada por 30% de mulheres sobre os assuntos de interesse da pesquisa. Com esses
e 70% de homens. dados das amostras em mãos, faremos a inferência
sobre os dados da população. Os dados extraídos das
Conglomerado pesquisas podem ser: média, desvio-padrão, variân-
cia, proporção dentre outros valores.
Consiste em dividir uma população em conglome- Conforme vimos nas distribuições de probabilida-
rado (subgrupos) como: quarteirões, famílias, orga- des das variáveis aleatórias (discretas e contínuas),
esses modelos probabilísticos são baseados em alguns
nizações, agências, edifícios etc., selecionar de forma parâmetros (como exemplo, o λ na distribuição de
aleatória simples alguns dos conglomerados e anali- Poisson) que na prática são desconhecidos, assim pre-
sar todos os elementos do subgrupo escolhido. Nesse cisamos estimar esses parâmetros com base nessas
tipo de amostra as pessoas de cada conglomerado não amostras aleatórias.
necessariamente precisam ter características comuns, Vamos considerar uma população, de tamanho N
como na estraticada. (que pode ser uma população innita), representada
por uma variável X. Dessa população será sorteada
uma amostra aleatória simples de tamanho n . Cada
Importante! sorteio de um elemento dá origem a uma variável
aleatória que chamaremos de Xi, sendo que todos os
As bancas
amostras geralmente
estraticada tentam
e por confundirmas
conglomerado, as sorteios são independentes e possuem a mesma dis-
tribuição de X.
é bem fácil de diferenciar as duas. Portanto, uma amostra aleatória simples da variá-
Na amostra estraticada, a população é dividida aleatórias  X 1, X 2, ...,
vel X é um conjunto de variáveis aleatórias X
em grupos e, de todos
todos  os grupos,
grupos, são seleciona- Xn, identicamente distribuídas.
dos alguns elementos de
elementos de forma aleatória. Os valores
valores da população são chamados de parâ-
Já na amostra por conglomerado, a popula- metros,, já os valores encontrados nas amostras são
metros
chamados de estimadores.
estimadores. Portanto, quando falar-
ção é dividida em grupos, e são selecionados mos de um estimador, estaremos nos referindo a um
grupos, que terão todos os elementos 
alguns grupos, elementos  valor amostral, já quando falarmos em parâmetros,
analisados. estaremos nos referindo a um valor populacional.
Os parâmetros da população podem ser vários,
mas, os mais comuns são a média, a variância, o
AMOSTRA NÃO-PROBABILÍSTICAS desvio-padrão e a proporção. Vamos simbolizar um
Aleatória Acidental ou por Conveniência parâmetro qualquer por θ. Já os estimadores são as
estimativas para esses parâmetros, e, para simbolizar
Esse tipo de amostra é a menos rigorosa de todas, que estamos tratando de um estimador, colocamos
usado nas pesquisas
dores cam de opinião,
em lugares quando
com grande os de
uxo entr
entrevista-
evista-
pessoas, um ^ sob
 sobre
re o sím
símbol
boloo do par
parâmet
âmetro
ro ( ).
como mercado, metrô e calçadões, para fazer teste de Quando vamos usar os valores encontrados em
produtos, entrevistando pessoas ao acaso de forma uma amostra aleatória, podemos ter erros em relação
acidental. ao parâmetro populacional, portanto denimos esse
erro como a diferença do estimador para o parâmetro
 Intencional real da população.
São selecionadas pessoas que os pesquisadores jul-
gam ser relevantes para a pesquisa, como no caso da e =  – θ
amostra aleatória, mas com alguns ltros. Ex: Em uma
pesquisa sobre conforto de bonés, o entrevistador Chamamos esse erro 
erro  de viés, ou vício, portanto,
224 conversa apenas com pessoas que usam boné na rua. quando temos um estimador não-viesado, esse erro

z  Suciência – o estimador é suciente se a infor-


infor -
é 0, portanto: = θ. Isso signica que um estimador
mação tirada da amostra consegue mostrar tudo o
não-viesado é igual ao parâmetro populacional.
que for possível sobre o parâmetro desconhecido,
Nas distribuições amostrais, assim como nas
ou seja, qualquer outra informação não acarretará
estimativas de máxima verossimilhança,
verossimilhança, a média
uma melhora da informação sobre o parâmetro.
populacional (parâmetro)
populacional  (parâmetro) pode ser dada pela média
z Não viés – esse já falamos anteriormente, é quan-
amostral (estimador),
amostral  (estimador), isso está associado ao Teorema
Central do Limite, ou seja, podemos dizer que esses do o erro na medida é nulo: e =  – θ.
parâmetros são não-viesados. Assim como a propor- z  Consistência – considera que aumentando o tama-
ção amostral também é um parâmetro não-viesado, nho da amostra, as estimativas tenderão ao valor
e podem ser usados como proporção populacional. desconhecido do parâmetro.
Portanto: z  Eciência – o estimador será mais eciente quan-
quan-
do o erro quadrático médio (variância do erro) for
o menor possível.
E( ) = µ

 Já a variância do estimador é dada pela variância


populacional dividido pelo tamanho da amostra.   EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Um estudo acerca do tem-
po (x, em anos) de guarda de autos ndos em deter-
deter -
Va
Varr( ) = minada seção judiciária considerou uma amostragem
aleatória estraticada. A população consiste de uma
Sendo uma amostra aleatória simples
aleatória  simples (X1, X2, ..., Xn), listagem de autos ndos, que foi segmentada em qua-
qua-
de tamanho
uma variáveln,aleatória
de umanormal
população
X (ourepresentada por
seja, com média tro estratos, segundo a classe
a classe de cada processo (as
classes foram estabelecidas por resolução de autori-
µ e variância σ2, simbolizada por N(µ,σ2)), então a dis- dade judiciária.) A tabela a seguir mostra os tamanhos
tribuição amostral da média amostral X também será populacionais (N) e amostrais (n), a média amostral
(x̂) e a variância amostral dos tempos (s2) correspon-
normal, e sua média será µ e sua variância será . dentes a cada estrato.

Simbolicamente temos:
temos: X ∼ N(µ;σ2) ⇒  ∼ N
 N((µ; ) TAMANHOS TAMANHOS
ESTRA-
POPULACIONAIS AMOS-  x  ̂
   S2
TOS
(N) TRAIS (N)
O desvio padrão da distribuição amostral é cha-
(EP( ) ou s), e o erro padrão da
mado de erro padrão (EP( A 30.000 300 20 3
média é dado por: B 40.000 400 15 16
C 50.000 500 10 5
D 80.000 800 5 8
EP
EP(( ) = total 200.000 2.000 - -
 Já o erro padrão da proporção amostral é dado por:
  Considerando que o objetivo do estudo seja estimar o
tempo médio populacional (em anos) de guarda dos
s= autos ndos, julgue o item a seguir.
  A estimativa do tempo médio populacional da guarda
dos autos ndos é maior ou igual a 12 anos.
A estimativa da variância da proporção amostral
é dada por: ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

 Para achar o tempo


 Para tempo médio temos que achar a média
s2 = dentre todos os grupos, para isso vamos precisar mul-
   A
tiplicar a coluna N pela coluna  x 
   ,̂ par
paraa enco
encontr
ntrar
ar a    C
   I
Outra coisa muito cobrada é a fração amostral (f), soma total, e dividir pelo tamanho populacional todo.    T
   S
que nada mais é que o tamanho da amostra (n) dividi-     Í
   T
do pelo tamanho da população (N). TAMANHOS TAMANHOS    A
   T
ESTRATOS POPULACIONAIS AMOSTRAIS    
x  ̂  x  ̂
N ‧    S2    S
(N) (N)    E
   E
f = 
=  20 x 30.000 =    E
A 30.000 300 20 3    D
600.000    A
Não podemos esquecer que quando temos uma    D
   I
   L
população nita e uma amostra sem reposição, temos B 40.000 400 15
15 . 40.000 =
16    I
600.000    B
que multiplicar o estimador pelo fator de correção:    A
   B
10 . 50.000 =    O
. Já nos casos de
de população nita com reposição,
reposição,   C 50.000 500 10 5    R
500.000
   P
ou nos casos de população innita não é necessário D 80.000 800 5
5 . 80.000 =
8
aplicar o fator de correção. 400.000
Os bons estimadores possuem quatro proprieda- Total 200.000 2.000 - 2.100.000 -
des características: 225

 E(X  ) = 2.100.000
200.000
 Na distribuição
distribuição de Poisson, a média é igual à variân-
21 cia. Como queremos a estimativa de máxima veros-
 E(X) = 
=  2
similhança, sabemos que a estimativa de máxima
 E(X) = 10,5 anos Resposta: Errado.
Errado. verossimilhança da média é a média amostral.
Calculando a média amostral:
(CESPE-CEBRASPE – 2018) Uma pesquisa realizada
2. (CESPE-CEBRASPE 10+4+2+4
 X =
com passageiros estrangeiros que se encontravam 4
em determinado aeroporto durante um grande even- 20
to esportivo no país teve como nalidade investigar a  X = 4
sensação de segurança nos voos internacionais. Foram  X = 5
entrevistados 1.000 passageiros, alocando-se a amos- Como a média é igual a variância:
tra de acordo com o continente de origem de cada um  µ= σ  2 = 5 Resposta:
5 Resposta: Errado.
— África, América do Norte (AN), América do Sul (AS),
Ásia/Oceania (A/O) ou Europa. Na tabela seguinte, N é 4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Determinado órgão go-
o tamanho populacional de passageiros em voos inter- vernamental estimou que a probabilidade p de um ex-
nacionais no período de interesse da pesquisa; n é o -condenado voltar a ser condenado por algum crime
tamanho da amostra por origem; P é o percentual dos no prazo de 5 anos, contados a partir da data da liber-
passageiros entrevistados que se manifestaram satis- tação, seja igual a 0,25. Essa estimativa foi obtida com
feitos no que se refere à sensação de segurança. base em um levantamento por amostragem aleatória
simples de 1.875 processos judiciais, aplicando-se o
O R IG EM N N P método da máxima verossimilhança a partir da distri-
África 100.000 100 80 buição de Bernoulli.
NA 300.000 300 70   Sabendo que P(Z < 2) = 0,975, em que Z representa
AS 100.000 100 90 a distribuição normal padrão, julgue o item que se
segue, em relação a essa situação hipotética.
A/O 300.000 300 80   O erro padrão da estimativa da probabilidade p foi
Europa 200.000 200 80 igual a 0,01.
Total 1.000.000 1.000 Ppop ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO

  Em cada grupo de origem, os passageiros entrevis- O erro padrão da proporção amostral é dado por:
tados foram selecionados por amostragem aleatória
√ 
p ‧ q
simples. A última linha da tabela mostra o total popu- n
lacional no período da pesquisa, o tamanho total da s = 

amostra e Ppop  representa o percentual populacional O exercício informa que p = 0,25, como q é o comple-
de passageiros satisfeitos. A partir dessas informa- mentar de p, ou seja, a diferença de p para 1:
ções, julgue o item a seguir. q=1–p
  Na situação apresentada, o desenho amostral é conhe- q = 1 – 0,25
cido como amostragem aleatória por conglomerados, q = 0,75
visto que a população de passageiros foi dividida por 0,25 ‧ 0,75
grupos de origem. s= 1875
√ 
√ 
0,1875
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO s= 1875

√ 
1
 Na amostragem por conglomerado a população é s=
dividida em grupos menores, que são selecionados 10.000
de forma aleatória simples e todos os elementos do 1
 grupo selecionado são analisados.
analisados. s = 100
 Nesse caso foram selecionados estratos (continen- s = 0,01 Resposta: Certo.
te de origem) e selecionados de forma aleatória
simples os elementos entrevistados, portanto uma (CESPE-CEBRASP E – 2018) Uma pesquisa realizada
5. (CESPE-CEBRASPE
amostragem estraticada. Resposta:
 Resposta: Errado. com passageiros estrangeiros que se encontravam
em determinado aeroporto durante um grande even-
3.  (CESPE-CEBRASPE – 2018) A quantidade diária de to esportivo no país teve como nalidade investigar a
e-mails indesejados recebidos por um atendente é sensação de segurança nos voos internacionais.
internacionais . Foram
uma variável aleatória X que segue distribuição de entrevistados 1.000 passageiros, alocando-se a amos-
Poisson com
estimá-las, média edessa
retirou-se variância desconhecidas.
distribuição Para
uma amostra tra de acordo com o continente de origem de cada um
aleatória simples de tamanho quatro, cujos valores — África, América do Norte (AN), América do Sul (AS),
observados foram 10, 4, 2 e 4. Ásia/Oceania (A/O) ou Europa. Na tabela seguinte, N é
  Com relação a essa situação hipotética, julgue o item o tamanho populacional de passageiros em voos inter-
a seguir. nacionais no período de interesse da pesquisa; n é o
  A estimativa de máxima verossimilhança para a tamanho da amostra por origem; P é o percentual dos
variância de X, que corresponde à variância amostral, passageiros entrevistados que se manifestaram satis-
é maior ou igual a 9. feitos no que se refere à sensação de segurança.

226 ( ) CERTO ( ) ERRAD


ERRADOO

INTERVALO DE CONFIANÇA
O RIGEM N N P
África 100.000 100 80 Sempre que selecionamos uma amostra para cal-
cular estimadores e obter parâmetros da população
AN 300.000 300 70 (média, variância, proporção etc.), teremos um erro
AS 100.000 100 90 embutido nesse valor.
Imaginemos uma população que tem uma média
A/O 300.000 300 80 de altura μ, e, ao analisarmos uma amostra dessa popu-
popu-
lação, encontremos uma média . Essa
Essa média amostral
Europa 200.000 200 80 é um bom parâmetro para denirmos a média popu- popu-
total 1.000.000 1.000 Ppop lacional, mas a média amostral encontrada não será
totalmente idêntica à populacional, sempre teremos
um erro aleatório. Nesse caso temos que quanticar o
  Em cada grupo de origem, os passageiros entrevis- erro construindo um intervalo de conança.
tados foram selecionados por amostragem aleatória
simples. A última linha da tabela mostra o total popu- x = μ ± e
lacional no período da pesquisa, o tamanho total da
amostra e Ppop  representa o percentual populacional Encontrando esse intervalo de conança denire-
denire-
de passageiros satisfeitos. mos um grau de incerteza associado a nossa estimativa.
  A partir dessas informações, julgue o item a seguir. Para achar os intervalos de conança, vamos con-
con -
  Considerando o referido desenho amostral, estima-se siderar variáveis que possuem distribuição normal, e
que o percentual populacional Ppop seja inferior a 79%. vamos utilizar as tabelas da normal padrão (Z), assim
como t de Student
Student e
 e qui-quadrado. Voltaremos a usar
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO o nível de signicância, que aqui pode ser chamado

O percentual amostral nos dá o percentual popula- de coeciente de conança.


O erro aleatório dos estimadores encontrado na
cional. A coluna P nos dá o percentual de passagei- amostra, em geral, estará atrelado ao grau de con-
ros que se manifestaram satisfeitos no que se refere ança (1 - α) que queremos e do tamanho da amostra
à sensação de segurança, portanto vamos achar a selecionada.
quantidade de passageiros que se disseram satis- Vamos supor que uma população tenha média de
 feitos, para isso vamos multiplicar a coluna P pela idade de 43 anos, e ao selecionarmos uma amostra
coluna n, que são as pessoas de cada grupo que res- vamos querer um erro de no máximo 1 ano, assim tere-
 ponderam à pesquisa. mos que ter uma amostra de n elementos para isso.
Denido o erro, a média da amostra terá que resul-
resul -
O R I GEM N N P N .P tar em: 43 ± 1, ou seja, um intervalo limitado a: [42 ; 44].
Nesse caso temos que selecionar uma amostra que
África 100.000 100 80 100 . 0,8 = 80 nos dê uma média amostral entre 42 e 44 anos.
AN 300.000 300 70 300 . 0,7 = 210 Nesse intervalo o erro é de 1 ano, pois estamos
variando 1 ano acima da média e 1 ano abaixo da
AS 100.000 100 90 100 . 0,9 = 90 média. Por outro lado, a amplitude desse intervalo é
de 2 anos, pois 44 – 42 = 2. Assim podemos dizer que
A/O 300.000 300 80 300 . 0,8 = 240 a amplitude de um intervalo de conança é o dobro
Europa 200.000 200 80 200 . 0,8 = 160 do erro.
total 1.000.000 1.000 Ppop 780
A 2.e
 Portanto o percentual da amostra, que é o mesmo INTERVALO DE CONFIANÇA PARA MÉDIA
do percentual populacional é:
780 Quando sabemos o valor do desvio padrão popula-
 P POP = 1000
cional (σ), o erro é dado por:
 P POP = 0,78 = 78% Resposta:
78% Resposta: Certo.    A
   C
σ    I
   T
6. (CESPE-CEBRASPE – 2020 – ADAPTADA) Muitos e = Z0 . √ n    S
    Í
   T
sorteios virtuais são realizados em uma plataforma    A
   T
que gera números de maneira aleatória, sendo cada Sendo que: “e” é o erro; “σ” é o desvio padrão popu-
popu-    S
   E
número sorteado apenas uma vez com a mesma pro- lacional; “n” é o tamanho da amostra; “Z 0” também    E
babilidade. Essa técnica é denominada amostragem chamado de Zα/2, que é o valor na curva normal padro-    E
   D
aleatória simples com repetição. nizada, atrelada ao nível de conança da amostra.    A
   D
Obs.: O valor mais clássico, que algumas bancas    I
   L
( ) CERTO ( ) ERRADO até exigem que você saiba de cabeça é o coeciente de    I
   B
conança de 95%, ou seja,    A
   B
 Nesse caso os números são sorteados aleatoriamen- 1 - α = 0,95
   O
   R
te dentre todos os possíveis, portanto é uma amos- α = 0,05 = 5%    P
tragem aleatória simples, pois todos têm a mesma
 probabilidade de serem sorteados. Como cada Portanto ao olharmos na tabela (aquela mesma da
número só pode ser sorteado apenas uma vez, isso curva normal padronizada) o valor de Z 0,005/2 = Z0,025  =
signica que é sem repetição. Resposta: Errado. 1,96, pois P(-1,96<Z<1,96) = 0,95, ou 95%. 227

Logo, quando tivermos um nível de conança de 95% amostra; “Z0” também chamado de Z α/2, que é o valor
podemos usar diretamente o valor de Z0 = 1,96, mas, caso na curva normal padronizada, atrelada ao nível de
o exercício forneça os dados, é sempre bom conferir. conança da amostra.
Da fórmula do erro, podemos multiplicar os lados Multiplicando os lados por 2, teremos:
por 2, assim teremos:

√  p ‧ q
σ
2.e = 2 . Z 0 . A = 2 . Z0 .
  √ n n

Sabemos que “2e” é a amplitude do intervalor de Com base na fórmula do erro, vamos chegar que o
conança, portanto: intervalo de conança para a proporção é dado por:
σ
A = 2 . Z0 .
√ n p ± Z0 .
√ p ‧ q
n

Com base na fórmula do erro, vamos chegar que o


intervalo de conança para a média é dado por: Para qualquer um dos intervalos de conança
(média e proporção) são dois tipos de exercício que
σ se repetem mais, sendo um para achar o intervalo de
X ± Z0 . conança e outro para achar o tamanho da amostra
amostra..
√ n
Para achar o tamanho da amostra, vamos usar a fór-
mula do erro para média ou proporção, e para achar o
Sendo que: intervalo de conança vamos usar a fórmula do inter-
inter -
X é a média amostral valo de conança da média ou da proporção.
Quando não sabemos o valor do desvio padrão
populacional e tivermos uma
mente até 30 observações), amostrausar
podemos pequena (geral-
a tabela t de TESTE DE HIPÓTESE
Student,, nesse caso a fórmula será um pouco diferente.
Student Um dos métodos de avaliação da inferência estatís-
tica é chamado de Teste de Hipótese. Que consiste em
s considerar uma hipótese para um parâmetro Popula-
X ± t0 .
√ n cional (pode ser média, proporção etc.) e a partir dos
dados recolhidos da amostra, testar se essa hipótese
deve ser aceita ou rejeitada.
Nesse caso: “X
“X” é a média amostral; “S” é o desvio
padrão amostral; “n” é o tamanho da amostra; “t0” Por se tratar de uma decisão com base na análise
de uma amostra, a decisão nunca terá 100% de certe-
certe -
também chamado de tn – 1, α/2, que é o valor na tabela t
za, sempre teremos um percentual de erro estatísti-
de Student
Student,, atrelada ao nível de conança, e ao núme-
núme -
co embutido nessa decisão, que é dado em um valor
ro de graus de liberdade (n – 1) da amostra. percentual.
Quando temos uma população, com desvio padrão Ex.: temos uma população e queremos saber a
constante, e para um mesmo grau de conança, o erro média de idade (μ). Vamos supor que, por algum moti-
moti -
será menor quanto maior for o tamanho da amostra. vo, a gente acredite que a média seja de 35 anos. Para
Considerando duas amostras diferentes (n1  e n2) de
uma mesma população (mesmo desvio padrão popu- testar
amostrase da
esse é realmente
população o valor,
e achar vamos
a média tirar uma
da amostra,
a mostra, ou
lacional), e um grau de conança igual para as amos-
amos- amostral (X ou μX), e, suponhamos que
média amostral (X suponhamos que a média
tras (mesmo Z0) temos que: amostral encontrada foi de 33. Assim vamos fazer um
teste de hipótese com base no valor da média amos-
e1 . √ n1= e2 . √ n2 tral para testar se a média populacional realmente
pode ser 35.
INTERVALO
INTERVALO DE CONFIANÇA PARA PROPORÇÃO As hipóteses podem ser simples, quando ela espe-
cica completamente a distribuição da população
Assim como construímos o intervalo de conan-
conan- (exemplo: H: µ = 0), ou composta, quando ela não
ça para a média, podemos construir um intervalo de especica completamente a distribuição da popula-
popula -
conança para a proporção populacional, com base ção (exemplo: H: µ > 0, ou H: µ < 0).
na proporção da amostra. Na proporção temos uma Para calcular o desvio padrão amostral (σX) e a
variável com distribuição binomial, onde temos ape- variância amostral (σX)2  a partir do valor populacio-
nas duas opções: ou um evento ocorre (sucesso) ou nal usamos:
não ocorre (fracasso).
Da mesma forma que vimos anteriormente, a pro- σ2 σ
σ 2
porção
caso amostral
é dado por: terá um erro aleatório, que nesse  ( X)  = n  
Variância: (
Variância:  σX = n
Desvio-padrão: σ
Desvio-padrão:

√ 
p ‧ q A hipótese criada será sempre para a população e
e = Z0 . n nunca para a amostra, os principais parâmetros usa-
dos nas hipóteses são:

Sendo que: “e” é o erro; “p” é a proporção amos- μ: média populacional


tral para o caso favorável; “q” é “1 – p”, ou seja, a pro- p: proporção populacional
228 porção dos casos desfavoráveis; “n” é o tamanho da σ: desvio-padrão populacional

σ2: variância populacional hipótese nula era verdadeira. Nesse caso realizamos
o erro tipo I.
Quando vamos fazer o teste de hipótese temos que Agora imagine que a média populacional fosse na
criar duas hipóteses: a hipótese nula (H0), que geral- verdade 3, e, ao realizar o teste, como realizado aci -
mente é uma hipótese simples,
simples,  e a hipótese alter- ma, ele fosse aceito. Nesse caso o teste deveria ter sido
nativa (H1  ou HA), que geralmente é uma hipótese rejeitado uma vez que a média populacional é maior
composta. Essas duas hipóteses são complementares, que 2. Assim teremos cometido o erro tipo II.
ou seja, se uma é verdadeira a outra será falsa, e elas
A probabilidade de cometer o erro tipo I é dada
não podem possuir elementos em comum.
α, que chamamos de nível de signicância (que
por α,
normalmente é dado no exercício). A probabilidade
HIPÓTESE de cometer o erro tipo II é dada por β, e associado a
HIPÓTESE NULA
ALTERNATIVA isso temos o poder do teste,
teste, que é “1 – β”, ou seja, a
É a base do nosso teste A hipótese alternativa é probabilidade de rejeitar H0 quando ela realmente é
e ela normalmente terá o complemento da hipó- falsa.
um sinal de igualdade, tese nula, e geralmente Fique atento à tabela abaixo:
podendo ser: =, ≤ ou ≥. não tem o sinal de igual,
podendo ser: ≠, < ou >. REALIDADE
Dito isso vamos citar alguns exemplos de formação H0 V
 VEE R DAD EI R A H0 FALSA
de hipóteses, considerando que k é um número real
(k ∈ R): ACEITAR H0 Decisão correta (1 – α) Erro do tipo II (β)
DECISÃO ( α) (nível Decisão correta
Erro do tipo I (α
H0: μ = k REJEITAR H0 de signicância) (1 – β) (poder do
teste)
bilateral

}
H1: μ ≠ k Em um teste, quando queremos diminuir a proba-
bilidade de cometer o erro tipo I, estaremos aumen-

}
H0: μ = k H0: μ = k H0: μ ≤ k H0: μ ≤ k tando a probabilidade de cometer o erro tipo II. A
ou ou ou unilateral
única forma de minimizar os dois erros é aumen-
H1: μ > k H1: μ < k H1: μ > k H1: μ < k tando o tamanho da amostra. Podemos concluir que
quanto maior a amostra menor a chance de erro, mas
Dos conceitos ligados à lateralidade falarei mais ele nunca será zero, a não ser que a nossa amostra
para frente, mas já adianto aqui que, quando a hipó- seja grande o suciente, ou seja, a própria população.
tese alternativa tiver sinal de ≠, o teste será bilateral, O nível de signicância é o que dene a aceitação
e quando a hipótese alternativa
alterna tiva tiver sinal de < ou >, o ou rejeição do teste. Para poder analisar esse valor
teste será unilateral. vamos usar a distribuição normal. Vamos supor que  que  
Como estamos partindo de uma amostra para esti-
mar os dados de uma população, podemos incorrer α = 1%, ou seja, a probabilidade de cometer o erro tipo
em dois tipos de erros, os quais chamamos de erro I é de 1%.
tipo I e erro tipo II. Como falei anteriormente, o teste é Temos 3 opções diferentes de forma de montar a
baseado na hipótese nula (H ), portanto os dois tipos distribuição.
erros serão baseados em 0H0.
de erros serão
z  Teste unilateral à esquerda:
ERRO T IP O I E RRO T IPO II
Quando rejeitamos H0 (e Quando aceitamos H0 (e
consequentemente acei- consequentemente rejei-
tamos H1) sendo que a H0  tamos H1) sendo que H0 é
é verdade na realidade. falsa na realidade. α
   A
   C
   I
Ex.: Em uma linha de produção, a média de pro-    T
   S
dutos com defeito fabricados a cada dia é 1,5. Esse é     Í
   T
um parâmetro populacional, mas, vamos considerá-lo Zert    A
   T
desconhecido (como normalmente é). Vamos fazer    S
z  Teste unilateral à direita:    E
um teste de hipótese, no qual nossa hipótese nula será    E
que a média populacional é no máximo 2 (o que mos-    E
   D
tra que na realidade o teste deveria ser aceito, pois a    A
   D
média populacional é 1,5). Assim:    I
   L
   I
   B
   A
H0: μ ≤ 2    B
H1: μ > 2 α    O
   R
   P
Supondo que ao realizar o teste fosse constata-
do que o mesmo foi rejeitado, o que signica que a
hipótese nula foi rejeitada. Assim, o teste foi rejeita- Zert
do quando na verdade deveria ter sido aceito, pois a 229

z  Teste bilateral: z  Achar o valor crítico,


crítico, que pode ser observado na
tabela da normal padrão (ou dado no exercício). E
vamos encontrar o valor de Z que deixe a probabi-
lidade do nível de signicância na região crítica.
z  Marcar o Zobs no gráco.
α α z  Avaliar a aceitação e rejeição de H 0.
2 2   Se Z obs está dentro da Região Crítica, então rejeita-
mos H0.
  Se Zobs está fora da Região Crítica, então aceitamos H0.
Zert
- Zert
Algumas dicas importantes:
As regiões cinzas são chamadas de Região Crítica
Quanto menor for o P-valor mais chance de
(RC) ou
(RC) ou região de rejeição, e a parte branca é chama-
da de região de aceitação. rejeitar o H0.
Para resolver uma questão de teste de hipótese Se p-valor ≤ α, rejeitamos H0 em favor de H1.
vamos seguir 6 passos: > α, não rejeitamos H0 em favor de H1.
Se p-valor > 
Quando NÃO
NÃO   sabemos o valor do desvio-padrão
z  Escrever as hipóteses: populacional, vamos usar o teste t de Student. Para
isso temos que saber apenas duas coisas: usar a tabela
  Hipótese nula: H0. (utilizar os sinais =, ≥ ou ≤) e que a quantidade de graus de liberdade é: gl = n – 1
  Hipótese alternativa: H1. (utilizar os sinais ≠, > ou <) (como vimos nas distribuições).
z  Calcular o valor observado ou estatística do tes-
te (Z
te  (Zobs, tobs), que é o valor que iremos usar ao nal
para fazer a comparação com a região crítica.   EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS
Para calcular esse valor vamos utilizar a tabela da 1. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Por meio de uma pesqui-
normal padrão para
As fórmulas para omédia
Z, ou são:
a tabela t de Student. sa, estimou-se
de famílias que, em uma
endividadas população,
era de 57%. Esseo resultado
percentualfoi
p
observado com base em uma amostra aleatória sim-
X–μ ples de 600 famílias.
Zobs =   Nessa situação, considerando a hipótese nula H0: p
σ ≥ 60%, a hipótese alternativa H1: p < 60% e P(Z ≤ 2)
√ n = 0,977, em que Z representa a distribuição normal
padrão, bem como sabendo que o teste se baseia na
Onde σ é o desvio-padrão populacional. aproximação normal, assinale a opção correta, a res-
peito desse teste de hipóteses.
X–μ
tobs =
 =   a) O erro do
do tipo II representa a probabilidade
probabilidade de se rejei-
S tar a hipótese nula, uma vez que, na realidade, p = 60%.
√ n b) Com nível de signicância α = 2,3%, a regra de decisão
decisão
do teste é rejeitar a hipótese nula caso o percentual de
Onde S é o desvio-padrão amostral. famílias endividadas na amostra seja inferior a 56%.
Podemos calcular também o Zobs para proporção: c) Trata-se de um teste unilateral à direita.
p̂ –
 – p d)
e) A
A estatística do teste
hipótese nula foi igual
deve ser ou superior
rejeitada caso a aprobabilida-
caso 1.
probabilida-
Zobs = de de ocorrência de erro do tipo I seja igual ou inferior
√ 
p ‧ ( – p)
a 0,01.
n
Em que: p é a proporção populacional e p
e p     é̂ a proporção Vamos escrever os dados apresentados e depois
amostral. analisar cada alternativa.
A probabilidade de encontrarmos valores da  p̂  = 57%.
amostra abaixo do Zobs é chamado de P-valor. n = 600
Ex.: caso o valor encontrado para Zobs seja -1, a pro-  H 0: p ≥ 60%
babilidade de encontrarmos um valor menor que -1 é  H 1: p < 60%
dada pela tabela da normal padrão, e essa probabili-  Alternativa a) Como a proporção na realidade
realidade é 60%
dade é chamada de P-valor. e a nossa hipótese nula diz que p ≥ 60%, a hipótese
nula é na realidade verdadeira. Caso no teste essa
z  Fazer o gráco (unilateral esquerda ou direita ou
bilateral). Para saber qual gráco usaremos vamos hipótese seja rejeitada, estaremos cometendo o erro
considerar o sinal da hipótese alternativa. tipo I, que é quando rejeitamos H 0 quando ele na ver-
dade é verdadeiro. O erro tipo II é quando aceitamos
 H 0 quando ele é falso. Alternativa incorreta.
 Alternativa b) Vamos fazer o teste de hipótese
seguindo os passos.
1- H 0: p ≥ 60%
α  H 1: p < 60%
O 2º passo não faremos, pois não queremos o Z obs ,
mas sim o valor da média amostral que está na fór-
230 Zert mula do Z.

 3 - Para
Para saber o gráco que
que vamos usar, precisamo
precisamoss
p̂ –
 – p
olhar o sinal do H 1 , que é p < 60%. Como o sinal é <,  Z obs =

√ 
vamos usar o gráco unilateral à esquerda. p ‧ ( – p)
 4 - O nível de signicância
signicância é 2,3%, portanto a região
região n
crítica tem 2,3%, ou seja, 0,023, na região branca
temos 1 – 0,023 = 0,977. O exercício informa que P(Z 0,57
0,57 – 0,6
0,6
≤ 2) = 0,977, por simetria, sabemos que P(Z ≥ -2) =  Z obs =

√ 
0,977, ou seja: 0,6 ‧ ( – 0,6)
600

(2,3%)  Z obs =  – 0,03


,
0,023  Z obs = - 1,5
0,9 77
O valor é menor que 1. Alternativa incorreta.
–2  Alternativa e) Sabemos que a RC para Z = -2 é de
 2,3%, ou seja,
seja, o nível de signicância.
signicância.
Caso a o nível de signicância fosse 1%, a região
 Portanto, Z crit = -2
seria menor ainda. Pelo gráco abaixo, a região cin-
5 – O valor que delimita a RC é -2, voltando ao passo
za escuro seria 
seria  = 1%, e a região compreendida pela
 2, vamos achar qual o valor da média amostral
amostral que
soma das áreas
áreas cinzas seria = 2,3%. Como o Z obs é
resulta em Z = -2.
-1,5, ele ca à direita do -2. Considerado apenas a
área cinza escura o ponto -1,5 está fora da RC, por-
p̂ –
 – p tanto temos que aceitar H 0. Alternativa incorreta.
 Z obs =
p ‧ ( – p)
n
√ p̂ – – 0,6
-2 =

√ 
0,6 ‧ ( – 0,6)
600
-2 -1,5
p̂ –
 – 0,6
-2 =
 Resposta: Letra B.
√ 
0,6 ‧ ,
,
600
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em uma fábrica de fer-
p̂ –
 – 0,6 ragens, o departamento de controle de qualidade rea-
-2 = lizou testes na linha de produção de parafusos. Os

√ 
0,2
0,2 testes ocorreram em dois campos: comprimento dos
600 parafusos e frequência com que esse comprimento
fugia da medida padrão. Historicamente, o compri-
p̂ –
 – 0,6
-2 = mento
padrão médio desses
observado é 0,3parafusos é 3avaliados
cm. Foram cm, e o 10.000
desvio
√ ,
, parafusos durante uma semana. Desses, 1.000 fugi-
p̂ –
 – 0,6 ram às especicações técnicas da gerência: o com- com -
-2 =
0,02 primento do parafuso deveria variar de 2,4 cm a 3,6
 p̂ - 0,6 = - 0,04 cm. O chefe da linha de produção, porém, insiste em
 p̂  = 0,6 – 0,04 armar que, em média, 4% da produção de parafusos
 p̂  = 0,56 fogem às especicações. O departamento de controle
   A
 p̂  = 56% de qualidade assume que os comprimentos dos para-    C
   I
fusos têm distribuição normal.    T
   S
    Í
  A partir dessa situação hipotética, julgue o item subse-    T
quente, considerando que Φ(1) = 0,841, Φ(1,65) = 0,95,    A
   T
(2,3%) Φ(2) = 0,975 e Φ(2,5) = 0,994, em que Φ(z) é a função    S
   E
0,023 distribuição normal padronizada acumulada, e que    E
0,9 77
√ 
   E
0,0384    D
0,002 seja valor aproximado para .    A
10.000    D
   I
   L
   I
56%   Com base nos dados
com signicância apresentados,
de 5%, pode-se
a armação do rejeitar,
chefe da linha
   B
   A
   B
 Portanto, para p < 56% estaremos na Região Crítica de produção.    O
   R
da curva, portanto temos que rejeitar H 0. Alternati-    P
va correta. ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
 Alternativa c) O teste é unilateral
unilateral a esquerda. Alter-
Alter-
nativa incorreta.  Na amostra de 10.000 parafusos, 1.000 fugiram às
 Alternativa d)
d) A estatística do
do teste (Z obs ) é dada por: especicações, o que corresponde a 10%, portanto, 231

10% dos parafusos estão fora das especicações. O de distribuição acumulada de uma distribuição normal
chefe diz que, em média, apenas 4% (0,04) fogem às padrão e z é um desvio padronizado, julgue o item que
especicações. Assim temos os seguintes dados:
especicações. se segue, com relação ao teste de hipóteses H0  = μ
 p̂  = 0,1 (proporção amostral) ≥ 60 minutos, contra HA = μ < 60 minutos, em que H 0 
n = 10.000 e HA  denotam, respectivamente, as hipóteses nula e
 Passo 1 – Escrever hipóteses:
hipóteses: alternativa.
 As hipóteses são:   Se o teste for efetuado com nível de signicância igual
 H 0: p = 0,04 a 1%, o poder do teste será igual a 99% para qualquer
 H 1: p ≠ 0,04 valor hipotético μ.
Temos um teste bilateral.
obs
 Passo
Vamos2calcular
– calcular
o Z oobsZ . : ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
O nível de signicância é o α, que é a probabilidade
de ocorrer o erro tipo I, seu complementar “1 – ” é o
 p̂  – p nível de conança, ou seja, a probabilidade de acei -
 Z obs =
tar H 0 quando esse é verdadeiro.
√ 
 p ‧ ( – p)
n
 Já o poder do teste é a probabilidade de rejeitar H 0 
quando esse é falso, que é dado por “1–“, que é o
0,1 – 0,04 complementar
complemen tar de β, que é a probabilidade de come-
 Z obs = ter erro tipo II.

√ 
0,04 ‧ ,  No caso de o nível
nível de signicância
signicância ser 1%, o nível
nível de
10,000 conança será 99% e não o poder do teste. Resposta:
 Errado.
0,06
 Z obs = (CESPE-CEBRASP E – 2018) Determinado órgão gover-
4. (CESPE-CEBRASPE

√ 
0,04 ‧ , namental estimou que a probabilidade p de um ex-con-
10,000 denado voltar a ser condenado por algum crime no
prazo de 5 anos, contados a partir da data da libertação,
liber tação,
0,06 seja igual a 0,25. Essa estimativa foi obtida com base
 Z obs = (essa raiz foi dada no enunciado)
em um levantamento por amostragem aleatória sim-
√ 
0,0
0,0
ples de 1.875 processos judiciais, aplicando-se o méto-
10,000   do da máxima verossimilhança a partir da distribuição
0,06 de Bernoulli.
 Z obs = 0,002   Sabendo que P(Z < 2) = 0,975, em que Z representa
a distribuição normal padrão, julgue o item que se
 Z obs = 30 segue, em relação a essa situação hipotética.
  A estimativa intervalar 0,25 ± 0,05 representa o interva-
 Passos 3, 4 e 5 – Desenhar o gráco, encontrar o Z crit 
gráco, encontrar lo de 95% de conança do parâmetro populacional p.
e marcar o Z obs:
Temos um teste bilateral com nível de signicância ( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO
de 5%, portanto em cada lado teremos 2,5%, assim
vamos considerar Φ(2) = 0,975, sendo o Z crit o -2 e o 2.  A amostra tem 1.875 processos:
processos: n = 1.875.
 A proporção
p roporção “p” da pessoa voltar a cometer crime

 pé de 25%:
= 0,25
 Assim: q = 1 – p
q = 1 – 0,25
2,5% 2,5% q = 0,75
O intervalo de conança é de 95%, e o exercício
0 ,975, ou seja, P( − 2 ≤ Z ≤ 2) =
informa que P(Z < 2) = 0,975,
95%, portanto, Z 0 = 2.
– Zcrit Zcrit Zobs Obs: Se os valores acima de 2 são 2,5%, então os
–2 2 30 abaixo de -2 também são 2,5%, logo entre -2 e 2 tere-
mos 95%, que é o valor solicitado no exercício.
Como o Z obs está na região crítica, vamos rejeitar H 0. O intervalo de conança para uma proporção é
 Resposta: Certo. dado por:
 p ‧ q
3. (CESPE CEBRASPE 2018) Os tempos de duração
de exames de cateterismo cardíaco (Y, em minutos)
 p ± Z 0 .
√  n
efetuados por determinada equipe médica seguem 0,25 ‧ 0,75
0,25 ± 2 .
uma distribuição normal com
Emmédia μ e desvioaleatória
padrão 1,875
σ, ambos desconhecidos. uma amostra
√ 
√ 
simples de 16 tempos de duração desse tipo de exa- 0,1875
me, observou-se tempo médio amostral igual a 58 0,25 ± 2 .
1,875
minutos, e desvio padrão amostral igual a 4 minutos.

√ 
  A partir da situação hipotética apresentada e conside- 1
0,25 ± 2 .
rando Φ(2) = 0,977, em que Φ(z) representa a função 10,000
232

1 s
0,25 ± 2 . X ± t0 .
100 √ n
0,25 ± 0,02 101,94
 Portanto, para um nível de conança de 95% o 87 ± 2,093 .
2,093 .
√  20
intervalo será 0,25 ± 0,02. Resposta: Errado.
101,94
87 ± 2,093 .
2,093 .
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um tribunal, entre os  4,47 
processos que aguardam julgamento, foi selecionada
aleatoriamente uma amostra contendo 30 processos.
87 ± 2,093 . 22,8
Para cada processo da amostra que estivesse há mais 87 ± 47,72
de 5 anos aguardando julgamento, foi atribuído o valor Os limites são:
1; para cada um dos outros, foi atribuído o valor 0. Os
dados da amostra são os seguintes:
87 - 47,72 = 39,28
  1 1 00 1 01 1 01 1 11 0 11 1 01 0 10 1 01 1 10 1 1 87 + 47,72 = 134,72

  A proporção populacional de processos que aguar-  Pelo fato de termos usados valores aproximados
com duas casas decimais, tivemos uma pequena
dam julgamento há mais de 5 anos foi denotada por diferença no resultado, mas vemos que a alternati-
p; a proporção amostral de processos que aguardam va “e” é a que mais se aproxima. Resposta: Letra E.
por .
 julgamento há mais de 5 anos foi representada por .
  Com referência a essas informações, julgue o item a 7. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Para determinado experi-
seguir, considerando que, para a distribuição normal mento, uma equipe de pesquisadores gerou 20 amos-
padrão Z, P(Z > 1,28) = 0,10; P(Z > 1,645) = 0,05; e P(Z tras de tamanho n = 25 de uma distribuição normal,
> 1,96) = 0,025. com média μ = 5 e desvio padrão σ = 3. Para cada
  O teste t de Student   seria apropriado para testar se, amostra, foi montado um intervalo de conança com
nesse tribunal, p é maior que 50%, com 29 graus de coeciente de 0,95 (ou 95%). Com base nessas infor-
infor-
liberdade. mações, julgue os itens que se seguem.
( ) CERTO ( ) ERRAD
ERRADOO forma βi ± 1,176, em
I. Os intervalos de conança terão a forma β
que βi é a média da amostra i.
O teste t de Student serve para fazer a estimativa II. Para todos os intervalos de conança,
de conança, βi + ε ≥ μ ≥ βi − ε,
da média, o teste de proporção é feito com base na sendo ε a margem de erro do estimador.
normal reduzida (Z). III. Se o tamanho da amostra fosse maior, mantendo-se
xos os valores do desvio padrão e do nível de conan-
conan-
ça, haveria uma redução da margem de erro ε.
√ 
 p ‧ q
 p ± Z 0 .
n   Assinale a opção correta.

 Resposta: Errado. a) Apenas o item II está certo.


b) Apenas os itens I e II estão certos.
6. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Em uma amostra aleató- c) Apenas os itens I e III estão certos.
ria de 20 municípios Paraenses, considerando-se os d) Apenas os itens II e III estão certos.
dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e) Todos os itens estão certos.
e Defesa Social relativos ao crime de lesão corporal, a Vamos analisar cada item.
média é igual a 87 e o desvio padrão igual a 101,9419.
  Considerando-se, para 19 graus de liberdade, o coe-  Item I – Dado que a média da amostra i é β ,i vamos
ciente a = 2,093 e utilizando-se o valor aproximado achar o erro ε.
4,4721 para a raiz quadrada de 20, com o auxílio da
σ 
distribuição t, um intervalo de 95% de conança para a ε = Z 0 .
média deverá ter √ n    A
   C
   I
   T
a) limite inferior de, aproximadamente,
aproximadamente, 38,78.  Lembrando que para um nível de conança
conança de 95%,    S
    Í
   T
b) limite superior de,
de, aproximadamente,
aproximadamente, 143,12.  Z vale 1,96. Dados:    A
   T
c) amplitude 2c = 93,45.    S
   E
d) limite inferior de 39,29 e limite
limite superior de
de 142,18. σ=3    E
e) limite superior de,
de, aproximadamente,
aproximadamente, 134,71. n = 25    E
   D
3    A
ε = 1,96 .    D
O exercício informa que: √ 25
25    I
   L
   I
 3    B
   A
X
S  = 87 
= 101,9419 ε = 1,96 . 5    B
   O
   R
n = 20 ε = 1,96 . 0,6    P
ε = 1,176
O exercício informa também que t
que t 0  é 2,093 para 19
 graus de liberdade em um teste com conança de  Portanto, o intervalo de conança é: βi ± 1,176. Item
95%. correto. 233

 Item II – Cuidado com a redação desse item. Ele  As hipóteses são:
quer saber se para qualquer intervalo de conança
a média (µ) estará dentro desse intervalo de conan-  H 0: μ = 800
ça. Independente do intervalo de conança adota-  H 1: μ ≠ 800
do, os limites serão sempre a média mais ou menos
o erro, entretanto não necessariamente a média
encontrada na amostra estará dentro desse interva-  Agora vamos calcular
calcular o Z obs:
lo, conforme o próprio enunciado nos mostra, 95%
das amostras estão dentro dos limites, entretanto X–µ
5% não estarão dentro desse intervalo de conança.  Z obs =
 Item incorreto. σ 
σ  √ n
 Item III – A fórmula da margem de erro é: ε = Z 0
 . √ n
Considerando que Z 0 e σ são constantes (vou substi- 778 – 800
 Z obs =
tuir por C), o erro é a divisão da constante pela raiz  40
do tamanho da amostra. Como o tamanho da amos-
√  25
tra está no denominador, quanto maior o tamanho
da amostra menor será o erro.  – 22
c  Z obs =
ε=  . Item correto.  40
√ n
5
 Estão corretos os itens I e III. Resposta: Letra C.
 – 22
8. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Uma fábrica de cerve-  Z obs =
 ja artesanal possui uma máquina para envasamento 
regulada para encher garrafas de 800 mL. Esse mes-
 Z obs = - 2,75
mo valor é utilizado como média μ, com desvio padrão
xo no valor de 40 mL. Com o objetivo de manter um
padrão elevado de qualidade, periodicamente, é reti-
rada da produção uma amostra de 25 garrafas para
se vericar se o volume envazado está controlado, ou
seja, com média μ = 800 mL. Para os testes, xa-se o
nível de signicância  = 1%, o que dá valores críticos
de z de – 2,58 e 2,58.
  Com base nessas informações, julgue os seguintes
itens.

I. É correto indicar como hipótese alternativa H


alternativa H1: μ ≠  – 2,58 2,58
800 mL, pois a máquina poderá estar desregulada
para mais ou para menos.
 Para o nível de signicância de 1% temos que os
II. Caso uma amostra apresente média de 778 mL, os
técnicos poderão parar a produção para a realização valores de Z crit  são -2,58 e 2,58. Portanto o Z obs  é
de nova regulagem, pois tal valor está dentro da região menor que – 2,58, logo estará na região crítica. Item
crítica para o teste. correto.
 Item III - A questão nos dá os seguintes
seguintes dados:
III. A produção
amostra não precisaria
apresentasse média serde
paralisada
815 mL, caso
pois uma
este
valor está fora da região crítica para o teste. X = 815 mL
σ = 40 mL
  Assinale a opção correta. n = 25
a) Apenas o item I está certo.  As hipóteses são:
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.  H 0: μ = 800
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.  H 1: μ ≠ 800

Vamos analisar cada item.  Agora vamos calcular


calcular o Z obs:
 Item I – A hipótese nula deverá ser média igual a
800mL (μ = 800), e a hipótese alternativa poderia X–µ
ser menor que 800mL (μ < 800), maior que 800mL (μ  Z obs = σ 
> 800) ou diferente de 800mL (μ ≠ 800). As 3 opções
de hipótese alternativa são válidas. Item correto. √ n
 Item II - A questão nos dá os seguintes
seguintes dados:
815 – 800
X = 778 mL  Z obs =
 40
σ = 40 mL
234 n = 25 √  25

15 1
 Z obs = c)
 40 20
 
5
1
15 d)
 Z obs = 10
 

1
 Z obs = 1,875 e)
5
 
 Para o nível de signicância de 1% temos que os
valores de Z crit  são -2,58 e 2,58. Portanto o Z obs  é
menor que 2,58, logo estará fora da região crítica. 4.  (CESGRANRIO —qual
cou um artigo no 2013)  Umainserida
estava revista aacadêmica publi-
Tabela a seguir.
 Item correto.
 Portanto, todos os itens estão corretos. Resposta:
 Letra E. CLASSES DE
RENDIMENTO MENSAL FREQUÊNCIA
(EM SALÁRIOS  RELATIVA (%)
MÍNIMOS)
HORA DE PRATICAR! Total 100
1. (CESGRANRIO — 2018) Há dez anos a média das ida- Até 1 30
des, em anos completos, de um grupo de 526 pessoas Mais de 1 a 2 30
era de 30 anos, com desvio padrão de 8 anos. Mais de 2 a 3 10
  Considerando-se que todas as pessoas desse grupo Mais de 3 a 5 10
estão vivas, o quociente entre o desvio padrão e a Mais de 5 a 10 8
média das idades, em anos completos, hoje, é Mais de 10 a 20 2
Sem rendimentos 10
a)
b) 0,45
0,42
  A melhor estimativa para a média do rendimento men-
c) 0,20
d) 0,27 sal, em salários mínimos, é
e) 0,34
a) 2,05
2.  (CESGRANRIO — 2013) Em um departamento de uma b) 2,15
empresa, o gerente decide dar um aumento a todos os c) 2,35
empregados, dobrando o salário de todos eles. d) 2,45
  Em relação às estatísticas dos novos salários, consi- e) 2,65
dere as armativas abaixo.
5.  (CESGRANRIO — 2018) Sabe-se que 30% dos clientes
I - A média dobra. de um banco são do sexo masculino e os 70% restan-
II - A variância dobra. tes são do sexo feminino. Entre os clientes do sexo
III - A moda dobra. masculino, a média do tempo de vínculo com o banco
é igual a 4 anos e, entre os clientes do sexo feminino,
  É correto o que se arma em é igual a 6 anos.
  Considerando-se todos os clientes, de ambos os
a) I, apenas
sexos, qual é a média do tempo de vínculo de cada um
b) II, apenas
c) I e III, apenas com o banco?
d) II e III, apenas
e) I, II e III a) 5 anos    A
b) 5,3 anos    C
   I

3.  (CESGRANRIO — 2014) Em uma urna há cinco cartões c) 6 anos    T


   S
    Í
de papel com mesmo formato, cada um deles conten- d) 5,4 anos    T
   A
do uma única letra: três cartões contêm a letra A, e os e) 5,7 anos    T
   S
dois cartões restantes contêm a letra R.    E

  Retirando-se os cartões da urna, um a um, de forma 6.  (CESGRANRIO — 2015) Em uma determinada agência    E
   E
aleatória e sem reposição, qual é a probabilidade da bancária, para um cliente que chega entre 15 h e 16 h,    D
   A
sequência retirada ser “A R A R A”? a probabilidade de que o tempo de espera na la para    D
   I
ser atendido seja menor ou igual a 15 min é de 80%.    L
   I
   B
1   Considerando que quatro clientes tenham chegado na    A
   B
a)    O
  120 agência entretrês
exatamente 15 desses
h e 16 h,clientes
qual a probabilidade
esperem maisde
deque
15    R
   P

1 min na la?
b)
60 a) 0,64%
 
b) 2,56% 235

c) 30,72%   Se o concorrente aumentou o quadro de funcionários,


d) 6,67% a probabilidade de que ele entre no mercado de seguro
e) 10,24% de ança locatícia é de:

7.  (CESGRANRIO — 2018 Os jogadores X e Y lançam um a) 13/20


dado honesto, com seis faces numeradas de 1 a 6, e b) 7/13
observa-se a face superior do dado. O jogador X lança c) 3/10
o dado 50 vezes, e o jogador Y, 51 vezes. d) 7/20
e) 6/13
  A probabilidade de que o jogador Y obtenha mais
faces com números ímpares do que o jogador X, é:
11. (CESGRANRIO — 2018) Numa amostra de 30 pares de
observações do tipo (xi, yi) , com i = 1, 2, ..., 30, a cova-
a) 1 riância obtida entre as variáveis X e Y foi -2. Os dados
b)
c) 3/4
1/4 foram transformados linearmente da forma (z i, w i) =
(-3x i + 1, 2y i + 3), para i = 1, 2, ..., 30.
d) 1/2
e) 1/6
  Qual o valor da covariância entre as variáveis Z e W
transformadas?
8. (CESGRANRIO — 2018)  Uma amostra aleatória de
tamanho 5 é retirada de uma população e observa-se
que seus valores, quando postos em ordem crescente, a) 41
obedecem a uma Progressão Aritmética. b) 36
c) –7
  Se a variância amostral não viciada vale 40, qual é o d) 12
valor da razão da Progressão Aritmética? e) 17

a) 3 12. (CESGRANRIO — 2013) Considere que as notas das


b) 5√2 matérias de Matemática, Física e Português de alunos
c) 4 de uma mesma sala de aula sigam distribuições nor-
d) 2 √5 mais. As variâncias das notas são, respectivamente,
e) 1 3,0, 6,0 e 7,5. Por outro lado, a variância das notas de
Matemática e Física somadas é 11,0 e a variância das
9. (CESGRANRIO — 2018)  Três caixas eletrônicos, X, notas de Matemática e Português somadas é 10,5.
Y e Z, atendem a uma demanda de 50%, 30% e 20%,
respectivamente, das operações efetuadas em uma   O que esses resultados indicam?
determinada agência bancária. Dados históricos regis-
traram defeitos em 5% das operações realizadas no a) Notas de Matemática e notas de Física são
caixa X, em 3% das realizadas no caixa Y e em 2% das independentes.
realizadas no caixa Z. b) Notas de Matemática e notas de Português são
  Com vistas à melhoria no atendimento aos clientes, independentes.
esses caixas eletrônicos passaram por uma revisão c) As notas de Física são mais
mais altas que as notas de
completa que: Português.
d) As notas de Física são o dobro das dede Matemática.
I- reduziu em 25% a ocorrência de defeito; e) As notas de Matemática
Matemática e Física somadas
somadas são mais
II- igualou as proporções
proporções de defeitos
defeitos nos caixas
caixas Y e Z; e altas que as notas de Matemática e Português somadas.
III- regulou a proporção de defeitos no caixa X que cou
reduzida à metade da nova proporção de defeitos do 13. (CESGRANRIO — 2018)  A Tabela a seguir mostra a
caixa Y. distribuição
programa dede pontos obtidos
delidade porpor
oferecido um cliente
uma em um
empresa.
  Considerando-se que após a conclusão do procedi-
mento de revisão, sobreveio um defeito, a probabilida-
de de que ele tenha ocorrido no caixa Y é PONTOS 0 2 3 4 6 8 9
FREQUÊNCIA 1 2 4 1 1 5 1
a) 40%
b) 35%
  A mediana da pontuação desse cliente é o valor mínimo
c) 20%
para que ele pertença à classe de clientes “especiais”.
d) 25%
  Qual a redução máxima que o valor da maior pontua-
e) 30%
ção desse cliente pode sofrer sem que ele perca a
classicação de cliente “especial”, se todas as demais
10. (CESGRANRIO — 2018) Os analistas de uma segura- pontuações forem mantidas?
dora estimam corretamente que a probabilidade de
um concorrente entrar no mercado de seguro de ança
a) cinco unidades
locatícia é de 30%. É certo
cer to que se, de fato, o concorren-
b) quatro unidades
te entrar no mercado, precisará aumentar seu quadro
c) uma unidade
de funcionários. Sabe-se que, caso o concorrente não d) duas unidades
pretenda entrar no mercado desse segmento, existem
e) três unidades
50% de probabilidade de que ele aumente o quadro de
funcionários.
236
 

 14.(CESGRANRIO — 2015) Em uma instituição nanceira a) possuírem unidades de medida m2 e m.


55% dos clientes não possuem seguro, 20% possuem b) possuírem unidades
unidades de medida m e m2.
1 seguro, e o restante, 2 seguros. c) ser adimensional e possuir unidade de
de medida m2.
d) possuir unidade de medida m e ser adimensional.
  A média e a mediana do número de seguros que cada
e) possuir unidade de medida
medida m2 e ser adimensional.
cliente possui são, respectivamente:
18.  (CESGRANRIO — 2018) Dentre as atribuições de um
7 1 certo gerente, encontra-se o oferecimento do produ-
a) e to A, de forma presencial e individualizada, aos seus
30 2
    clientes. A probabilidade de o gerente efetuar a venda
b) 1 e 1 do produto A em cada reunião com um cliente é 0,40.
7 Em 20% dos dias de trabalho, esse gerente não se reú-
c) e0 ne com nenhum cliente; em 30%dos dias de trabalho,
  10   ele trabalho,
de se reúne ele
comseapenas 1 cliente; e em 50%
reúne, separadamente, comdos dias
exatos
d) 0 e 0 2 clientes. Em um determinado dia de trabalho, a pro-
1 1 babilidade de esse gerente efetuar pelo menos uma
e) e venda presencial do produto A é
3 3
     
a) 0,54
15. (CESGRANRIO — 2013) O tempo de ligações telefôni- b) 0,46
cas segue uma distribuição de probabilidade exponen- c) 0,20
cial com média de 3 minutos. Um sujeito chega a um d) 0,26
telefone público e descobre que a pessoa à sua frente e) 0,44
está na ligação há pelo menos dois minutos.
19. (CESGRANRIO — 2015) Um grupo de analistas nan- nan-
  Qual é a probabilidade de essa ligação durar pelo ceiros composto por 3 especialistas – X, Y e Z – pos-
menos cinco minutos no total? sui a seguinte característica:
  X e Y decidem corretamente com probabilidade de
a) e−1 80%, e Z decide corretamente em metade das vezes.
−2
b)
c) ee−3   Como as decisões são tomadas pela maioria, a proba-
d) 1 – e−3 bilidade de o grupo tomar uma decisão correta é:
e) 1 – e−5
a) 0,16
16. (CESGRANRIO — 2013) Quatro variáveis são utilizadas b) 0,64
em um modelo de previsão da quantidade produzida c) 0,48
de uma determinada Comodity agrícola. São elas: d) 0,32
e) 0,80
z  temperatura, em graus Celsius
z  quantidade de fertilizante, em toneladas 20. (CESGRANRIO — 2018) A Tabela a seguir apresenta a
z  variação dos preços praticados no mercado interna- distribuição da variável número de talões de cheques,
cional, em % X, solicitados no último mês de uma amostra de 200
z  quantidade produzida de um produto similar, em clientes de um banco.
toneladas
NÚMERO DE TALÕES
  Para determinar qual dessas variáveis apresenta a FREQUÊNCIA
DE CHEQUES
maior variabilidade, deve-se utilizar
0 40
a) apenas a média
média de cada uma das variáveis
b) apenas a variância de cada uma
uma das variáveis
variáveis 1 50
c) apenas o desvio padrão de cada uma dasdas variáveis 2 70
   A
   C
   I
desvio padrão    T
   S
d) a relação de cada uma das variáveis 3 30     Í
   T
média    A
  5 10    T
   S
variância    E
e) a relação de cada uma das variáveis Total 200    E
   E
média    D
       A
  A função de distribuição empírica para a variável X,    D
   I
número de talões de cheques solicitados, é:    L
   I
17. (CESGRANRIO — 2013) A variância de um conjunto de    B
dados é 4 m2.    A
   B
  Para o mesmo conjunto de dados foram tomadas mais    O
   R
duas medidas de variabilidade: a diferença entre o ter-    P
ceiro e o primeiro quartil e o coeciente de variação.

  Esses dois valores caracterizam-se, respectivamente, por


237
 

18 E
19 E
a) Fx (x) =
20 C

 ANOTAÇÕES
 ANOTAÇÕES
b) Fx (x) =

c) Fx (x) =

d) Fx (x) =

e) Fx (x) =

9 GABARITO

1 C
2 C
3 D
4 B
5 D

6 B
7 D
8 C
9 A
10 E
11 D
12 B
13 A
14 C
15 A

16 D
17 D
238

 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

INTRODUÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Nem sempre a banca organizadora do concurso dispõe o conteúdo programático do edital em uma sequência
lógica. Isso acaba dicultando a busca dos assuntos, além de prejudicar uma assimilação eciente dos temas. Por
isso, elaboramos didaticamente o conteúdo a seguir, abordando todos os itens do edital de uma maneira que você
realmente consiga aprender e otimizar os seus estudos. Acompanhe na tabela a equivalência dos itens do edital,
didaticamente reorganizados neste material.

CONT EÚD O DO E DITAL NEST E L I V R O PÁGINA


Mercado nanceiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de
Políticas Econômicas 240
crédito, de capitais e cambial)
Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e
não convencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e operações
Políticas Econômicas 240
compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos
bancos comerciais no Banco Central do Brasil
Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública Políticas Econômicas 240
Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Na- Sistema Financeiro Nacional 246
cional; Órgãos normativos e instituições supervisoras, executoras e
operadoras Instituições Financeiras 255

Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 261
direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdên-
cia, consórcio, investimentos e seguros Produtos e Serviços Bancários 273
Dinâ
Dinâmi
micca do
do Mer
Merca
cado
do:: Ope
Operraç
açõ
ões no
no mer
merca
cado
do in
intter
erba
banc
ncár
áriio Mercado de Crédito – Operações At
Ativas e Ga
Garantias 261
Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recu-
Merc
Mercad
ado
o de Cr
Créd
édit
ito
o – Ope
perraç
açõ
ões Ati
tivvas e Gar
Garaant
ntiias 261
peração de crédito
Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros no-
Merc
Mercad
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Créd
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ntiias 261
minais e reais
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; ança; penhor mer-
mer -
Merc
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açõ
ões Ati
tivvas e Gar
Garaant
ntiias 261
cantil; alienação duciária; hipoteca; anças bancárias
Noções de Mercado de capitais Mercado de Capitais 287
Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e
Mercado de Câmbio 298
operações básicas
Regimes de taxas de câmbio xas, utuantes e regimes intermediários
Mercado de Câmbio 298
Taxas de câmbio nominais e reais

Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações Mercado de Câmbio 298
Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, uxo de capi-
capi -
Mercado de Câmbio 298
tais e seus impactos sobre as taxas de câmbio
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e com-    S
bate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas altera-    O
   I
Crim
Crimee de
de Lav
Lavag
agem
em de Din
Dinhe
heir
iro/
o/Ca
Capi
pita
tais
is e Leg
Legis
isla
laçõ
ções
es 3022
30    R
ções; Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e Carta Circular nº     Á
4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações.    C
   N
Autorregulação bancária Autorregulação Bancária 311    A
   B
Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações Lei Complementar nº 105/2001 312    S
   O
 Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agos-    T
Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 315    N
to de 2018 e suas alterações    E
   M
   I
Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº    C
Legislação anticorrupção 321    E
8.420/2015 e suas alterações
   H
Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.658, de 26 de abril de Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.658, de    N
330    O
2018 26 de abril de 2018    C

239

Um dia um navio choca-se com algumas pedras per-


POLÍTICAS ECONÔMICAS to da ilha e sua carga de doces é perdida na costa.
 De repente, 30 toneladas de doces estão dispostas
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, na praia, e qualquer pessoa que deseja doces sim-
inevitavelmente, as políticas adotadas pelo governo  plesmente caminha até a praia e pega alguns. Por-
para buscar o bem-estar da população. Como agente que a oferta de doces é muito maior que a procura,
os seus 25 quilos de doces não têm valor algum.
de peso no sistema nanceiro brasileiro, o Governo (Fonte: Ed
(Fonte:  Ed Grabianowski)
tem por objetivo estruturar políticas para alcançar
a macroeconomia brasileira, ou seja, criar meca- Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam
nismos para defender os interesses dos brasileiros, a inação, pois, por denição, inação signica:
economicamente.
É comum ouvirmos nos jornais notícias como:  Aumento generalizado
generalizado e persistente dos
dos preços dos
o governo aumentou (ou diminuiu) a taxa de juros.  produtos de uma cesta de consumo
Essas notícias estão ligadas, intrinsecamente, às polí-
ticas coordenadas pelo governo para estabilizar a eco- Ou seja, para haver inação, deve haver um
nomia e o processo inacionário. aumento de preços, mas este aumento não pode ser
As políticas traçadas pelo governo têm um objetivo
obj etivo pontual, deve ser generalizado. Mesmo que alguns
simples, que é aumentar ou reduzir a quantidade de produtos não aumentem de preço, se a maioria
dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a aumentar, já é suciente. Mas esse aumento deve ser
inação. persistente, ou seja, contínuo.
Como em toda pesquisa cientíca, deve haver um
Para tanto, o governo vale-se de manobras como: grupo de estudos, e esse grupo chamamos de cesta de
aumentar ou diminuir taxas de juros, aumentar ou consumo,, porque, ao avaliar a inação, avaliamos a
consumo
diminuir impostos e estimular ou desestimular a libe- evolução de um grupo de produtos ou serviços, e não
ração de crédito pelas instituições nanceiras. cada um isoladamente.
Desta forma, imagine que você vai ao supermer-
INFLAÇÃO OU PROCESSO INFLACIONÁRIO cado e faz uma feira. Nessa feira, terá vários produ-
tos em seu carrinho, como: água, arroz, feijão, carne,
A inação é um fenômeno econômico que ocorre milho, trigo, frutas, verduras, legumes etc. Também
devido a vários fatores. Dentre eles, está um bastante terá na mesma cesta produtos como: dólar, euro,
conhecido por todos desde o Ensino Médio, quando os gasolina, álcool (combustível), viagens, lazer, cinema,
professores falavam da “lei da oferta e da procura”, energia etc.
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa,
caixa , a conta
lembra-se?
A lei é bem simples do ponto de vista histórico, totalizou R$ 500,00 no primeiro mês. No segundo mês,
ao repetir os mesmos produtos, a conta totalizou R$
mas do ponto de vista econômico há varias variáveis 620,00; no terceiro, R$ 750,00 e, no quarto, R$ 800,00.
que levam a uma explicação do seu comportamento, Note que os preços estão subindo de forma persistente.
por exemplo: Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro
O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamen- perde valor,
valor, uma vez que precisaremos de mais reais
te, ter mais dinheiro, correto? Então, se você possuir para comprar o mesmo produto. A esse processo de
mais dinheiro, a tendência natural é que você gaste perda de valor do dinheiro damos o nome de inação.
mais. Com isso, empresas, produtores e prestadores O processo inacionário tem um irmão oposto que
de serviços, percebendo que você está gastando mais, é chamado de deação. A deação ocorre quando os
elevarão seus
elevarão  seus preços, pois sabem que você pode pagar preços dos produtos começam a cair de formafo rma genera-
lizada e persistente, gerando desconforto econômico
mais pelo mesmo produto, uma vez que há excesso para os produtores, que podem chegar a desistir de
de demanda pelo
demanda pelo produto ou serviço. produzir algo em virtude do baixo preço de venda.
Da mesma forma, se um produto é elaborado em Ambos os fenômenos têm consequências desas-
grande quantidade e a há uma sobra deste, os seus trosas no nosso bem-estar econômico, pois a inação
preços tendem a cair
cair,, uma vez que há um excesso de gera desvalorização do nosso poder de compra, e a
oferta de
oferta  de produto. deação pode gerar desinteresse dos produtores em
fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desem-
 Em resumo, a lei da oferta e procura declara que prego em massa. Além de tudo, ambas podem culmi-
quando a procura é alta, os preços sobem e, quan- nar na temida 
temida  recessão,
recessão, que signica a estagnação
do a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos completa ou quase total da economia de um país.
demonstram isso. Se existe um teatro com 2 mil Tanto a inação como a deação são fenômenos que
lugares (uma oferta xa), o preço dos espetáculos podem ser calculados e quanticados. Para isso, nosso
dependerá de quantas pessoas desejam ingressos. governo mantém uma autarquia a postos, pronta para
Se uma peça muito popular está sendo encenada, apurar e divulgar
 divulgar o o valor da inação ocial, chama-
e 10 mil pessoas querem assisti-la, o teatro pode da Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Amplo (IPCA)..
subir os preços de forma que os 2 mil mais ricos Essa autarquia chama-se Instituto Brasileiro de Geo-
 possam pagar os ingressos. Quando a procura é graa e Estatística (IBGE)
Estatística (IBGE).. O IPCA é a inação calcula-
calcula-
muito mais alta que a oferta, os preços podem subir da do dia primeiro ao dia 30 de cada mês, considerando
terrivelmente. Nosso segundo exemplo é mais ela- como cesta de serviços a de famílias com renda de até
borado. Digamos que você viva numa ilha na qual 40 salários mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta
todos amam doces. Porém, existe um suprimento salários mínimos entra no cálculo da inação ocial.
limitado de doces na ilha, assim, quando as pessoas A m de manter nosso bem-estar econômico, o
trocam doces por outros itens, o preço é razoavel- governo busca estabilizar essa inação, uma vez que
mente estável.
quilos de doces,Com
queovocê
tempo, você
pode economiza
trocar por umaté 25
carro ela, por suaos
padronizar vez, reduz nosso
parâmetros poder deocompra.
da inação, governo Para
bra -
bra-
240 novo. sileiro instituiu o regime de Metas para Inação.

Nesse regime, a meta de inação é constituída por POLÍTICAS/SITUAÇÕES RESTRITIVAS


POLÍTICAS/SITUAÇÕES RESTR ITIVAS OU
um centro de meta, que seria o valor ideal entendido POLÍTICAS/SITUAÇÕES
POLÍTICAS/SITUAÇÕES EXPANSIONIST
EXPANSIONISTASAS
pelo governo como uma inação saudável.
Esse centro tem uma margem de tolerância para As políticas restritivas 
restritivas  são resultado de ações
mais e para menos, pois, como em qualquer nota, que de alguma forma reduzem o volume de dinhei-
temos os famosos arredondamentos. É como no colé- ro circulando na
circulando na economia e, consequentemente, os
gio, quando você tirava 6,5 e o professor arredondava gastos das pessoas gerando uma desaceleração da eco-
para 7, lembra? Isso ajudava muito você na hora de nomia e do crescimento. Mas por que o governo faria
fechar a nota no m do ano e, para o governo, é do isso? A resposta é simples: faz isso para controlar a
mesmo jeito. É uma “ajudinha” para fechar a nota. inação, pois quando há muito dinheiro circulando
Veja como foram e como estão as principais mudanças no mercado, o que acontece com os preços dos pro-
referentes a isso no Brasil: dutos? Sobem!
Para conter essa subida, o governo restringe o con-
Meta Central sofre novo corte em 2020 sumo e os gastos para que a inação diminua. Nesse
caso, você iria ao shopping  não
  não para comprar coisas,
6% mas apenas para ver as coisas ou “dar uma voltinha”.
5,75%
Teto 5,50% IssoPor
representa nosso
Teto
Teto 5,25%
5%
outro lado, ascenário atual
políticas desde 2014.   são
expansionistas
expansionistas 
4,50% 4,25%
Meta 4%
Teto
Teto resultado de ações do governo que estimulam os
Meta 3,75% gastos e o  consumo,
consumo, ou seja, em cenário de baixo
Central
Central Meta Meta
3,50%
Central Central Meta crescimento, o governo incentiva as pessoas a gastar
Central
3% 2,75% 2,50% e as instituições nanceiras, a emprestar. Isso gera
Piso 2,25% 2% um volume maior de recursos na economia,
economia , para
Piso Piso Piso Piso que o mercado não entre em recessão. Portanto, esse
resultado faria você gastar mais, endividar-se mais e
investir mais; logo você não iria ao shopping  só
  só para
ver as coisas, mas sim para comprar, e comprar mui-
2018 2019 2020 2021 2022 to! Entretanto, devemos ter cuidado, pois com muitos
Fonte: Conselho Monetário Nacional. Infográco elaborado em: gastos, também alimentamos um crescimento acele-
09/01/2020 rado da inação. Tivemos esse cenário recentemente
de 2008 a 2013 e hoje sofremos a crise inacionária
Atenção! Até 31 de dezembro de 2016, a margem devido ao crescimento excessivo do consumo.
de tolerância, ou seja, de variação do centro da meta Resumindo, as políticas econômicas podem ser:

era dede
partir 2%primeiro
para mais
de (teto)
janeirooudepara
2017menos
até 31 (piso).
de dezem Já a-
de zem- z  Expansionistas, quando estimulam os gastos, em-
Expansionistas,
bro de 2018, a nova margem de tolerância passou a préstimos e endividamentos para aumentar o vo-
ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso). lume de recursos circulando no país;
Para o ano de 2019, o centro da meta para a inação z  Restritivas
Restritivas,, quando desestimulam ou restringem
será de 4,25%, com intervalo de tolerância de menos os gastos, empréstimos e endividamentos para re-
1,50% e de mais 1,50%. Para o ano de 2020, o centro duzir o volume de recursos circulando no país.
da meta para a inação será de 4,00%, com intervalo
de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%. Para o Atenção! Muitas pessoas se questionam por que
ano de 2021, o centro da meta será 3,75% com a mar - o governo, quando busca estimular o consumo e
gem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos. aquecer a economia, simplesmente não emite mais
Para 2022, o centro será de 3,50% e para 2023, o cen- cen - dinheiro e, com isso, resolve o “problema da falta de
tro será de 3,25% com margens de tolerância de 1,5% dinheiro”. A resposta é simples e, pelos conhecimen-
para mais e para menos. tos que você adquiriu até aqui, será perfeitamente
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 alte-alte - capaz de responder. Quanto mais dinheiro em circula-
rou a periodicidade de estabelecimento da meta de ção, menor seu valor; com isso, os preços irão sempre
inação para até 30 de junho de cada terceiro ano tender a subir mais e o “problema” da falta de dinhei-
imediatamente anterior. Parece complicado, mas é ro continuará. Logo, emitir moeda não é uma solução
simples, veja: o centro da meta de inação do ano de fácil de aceitar,
estabilidade pois ela
do poder depode acarretar sérios danos à
compra.
2021 foi decidido pelo Conselho Monetário Nacional
três anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2018, e Entretanto, existe uma forma não não   convencional    S
assim, sucessivamente, o de 2022 deveria ser decidido de emitir moeda para que possamos, eventualmente,    O
   I
suprir a falta exagerada de dinheiro. Entretanto, vale    R
até 30 de junho de 2019, sempre respeitado o limite de     Á
3 anos de antecedência.
antecedência. lembrar que essa forma de emitir é restrita
re strita e peculiar,    C
pois o dinheiro será emitido apenas
apenas de
 de forma escri-    N
Todas essas medidas adotadas pelo governo bus-    A
tural,, ou seja, eletrônica, uma vez que o ato de emitir
tural    B
cam estabilizar nosso poder de compra e nosso bem- papel moeda o torna suscetível a desgastes pela ina-ina -    S
-estar econômico. Para utilizar essas ferramentas, o    O
ção, já que circula livremente em qualquer lugar do    T
governo utiliza as famosas políticas econômicas,
econômicas, que    N
país.    E
nada mais são do que um conjunto de medidas que Essa forma de emissão de moeda chama-se exi-    M
   I
busca estabilizar o poder de compra da moeda nacio- bilização quantitativa,
quantitativa, quantitative easing  ou,
 ou, ainda,    C
   E
nal, gerando bem-estar econômico para o país. afrouxamento quantitativo.    H
   N
As políticas econômicas são estabelecidas pelo Na exibilização quantitativa, a quantidade de    O
Governo Federal, tendo como agentes de suporte o moeda criada é chamada de valor expandido. É uma    C
Conselho Monetário Nacional, como normatizador, e o criação maciça de dinheiro, ou seja, afrouxamento
Banco Central, como executor dessas políticas. As ações monetário. Usualmente, os bancos centrais só impri-
desses agentes resultam em apenas duas situações
situaçõe s para mem papel moeda seguindo a demanda de dinheiro,
o cenário econômico, que serão expostas a seguir. ou seja, não há criação espontânea de dinheiro novo. 241

Nessa técnica, os bancos centrais usam o dinheiro Como isso funciona? O governo vive em uma que-
eletronicamente criado para comprar grandes quan- da de braços constante, pois precisa arrecadar mais
tidades de títulos e diversos ativos nanceiros no do que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois
mercado nanceiro e de capitais. Isso não representa precisa estimular a economia. Então, a saída é arreca-
entrega de dinheiro novo para os bancos empresta- dar impostos e, quando estes não forem sucientes, o
rem, e sim como reserva bancária – depósitos que os governo se endivida. Quando o governo emite títulos
bancos têm nas contas do Banco Central. públicos federais, ele se endivida, pois os títulos públi-
cos são acompanhados de uma remuneração, uma taxa
DIVISÃO DAS POLÍTICAS ECONÔMICAS de juros, que recebeu o nome do sistema que adminis-
tra e registra essas operações de compra e venda. Esse
z  Política Fiscal:
Fiscal: Arrecadações menos despesas do sistema chama-se Sistema Especial de Liquidação e
uxo do orçamento do governo; Custódia (SELIC). Esse sistema deu o nome a taxa de
z  Política Cambial:
Cambial: Controle indireto das taxas de  juros dos títulos, chamada de
de taxa SELIC.
SELIC.
câmbio e da balança de pagamentos; Essa taxa de juros é o famoso juro da dívida públi-
z  Política Creditícia:
Creditícia: Inuência nas taxas de juros ca, porque o governo deve considerá-lo como despesa
do mercado, através da taxa Selic; e endividamento. Logo, a emissão destes títulos, bem
z  Política de Rendas:
Rendas: Controle do salário mínimo como o aumento da taxa SELIC, devem ser cautelosos
nacional e dos preços dos produtos em geral; para evitar excessos de endividamento, acarretando
z  Política Monetária:
Monetária: Controle do volume de meio diculdades em fechar o caixa no m do ano.
circulante disponível no país e controle do poder Esse fechamento de caixa pode resultar em duas
multiplicador do dinheiro escritural. situações. Uma chamamos de superávit
superávit e e a outra, de
décit.
Política Fiscal Resultado scal primário
primário   é a diferença entre as
receitas primárias e as despesas primárias durante
A política scal reete o conjunto de medidas pelas um determinado período. O resultado scal nominal
nominal,,
quais o governo
governo   arrecada receitas
receitas   e realiza despe- ou resultado secundário
secundário,, por sua vez, é o resultado
sas de
sas de modo a cumprir três funções: a estabilização
estabilização   primário acrescido do pagamento líquido de juros. juros.
macroeconômica, a redistribuição
redistribuição da
 da renda e a alo- Assim, fala-se que o governo obtém superávit scal 
cação de
cação  de recursos. A função estabilizadora consiste na quando as receitas excedem as despesas em dado
promoção do crescimento econômico sustentado, com período; por outro lado, há décit quando as receitas
baixo desemprego e estabilidade de preços. A função são menores do que as despesas.
redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa No Brasil, a política scal é conduzida com alto
da renda. Por
necimento m, a de
eciente função
bens alocativa
e serviçosconsiste nocom-
públicos, for -
for-
com grau de responsabilidade scal. O uso equilibrado dos
recursos públicos visa a redução gradual da dívida
pensando as falhas de mercado. líquida como percentual do PIB, de forma a contri-
Os resultados da política scal podem ser avalia-
avalia - buir com a estabilidade, o crescimento e o desenvol-
dos sob diferentes ângulos, que podem focar na men- vimento econômico do país. Mais especicamente, a
suração da qualidade do gasto público, bem como política scal busca a criação de empregos, o aumento
identicar os impactos da política scal no bem-estar dos investimentos públicos e a ampliação da rede de
dos cidadãos. seguridade social, com ênfase na redução da pobreza
Para tanto, o governo se utiliza de estratégias como e da desigualdade.
elevar ou reduzir impostos, pois, além de sensibilizar
seus cofres públicos, busca aumentar ou reduzir o Política Cambial
volume de recursos no mercado quando for necessário.
necessário .
A política scal consiste em basicamente dois obje-
obje -
tivos: primeiro, ser uma fonte de receitas ou de gastos É o conjunto de ações governamentais diretamen-
para o governo, na medida em que reduz seus impos- te relacionadas ao comportamento do mercado de
tos para estimular ou desestimular o consumo. Segun- câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade rela-
do, quando o governo usa a emissão de títulos públicos tiva das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de
emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para pagamentos.
A política cambial busca estabilizar a balança de
comercializá-los e arrecadar dinheiro para cobrir
seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação. pagamentos tentando manter em equilíbrio seus com-
O governo tem metas de arrecadação, que muitas ponentes, que são: a conta corrente,
corrente, que registra as
vezes precisam de uma “forcinha” através da comercia- entradas e saídas devidas ao comércio de bens e ser-
lização de títulos públicos federais no mercado nancei-
nancei- viços, bem como pagamentos de transferências; e a
ro. Segundo o art. 164 da Constituição Federal,
Federal, é vedado conta capital
capital e e nanceira. Também são componentes
ao Banco Central nanciar o tesouro com recursos pró- pró- dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos
prios, este busca capitalizar
capitalizar o
 o governo comercializando oferecidos pelo FMI e contas atrasadas (débitos venci-
os títulos emitidos pela Secretaria do Tesouro. dos no exterior).
Desta forma, o governo consegue não só arrecadar Dentro dessa balança de pagamentos, há uma
recursos como, também, enxugar ou irrigar o merca- outra chamada Balança Comercial,
Comercial, que busca esta-
do de dinheiro, pois quando o Banco Central vende bilizar o volume de importações e exportações den-
títulos públicos federais, retira dinheiro de circulação tro do Brasil. Essa política visa equilibrar o volume
volu me de
e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus
Central compra títulos de volta, devolve recursos ao valores não pesem tanto na apuração da inação,
ina ção, pois

242 sistema
do nanceiro, além de diminuir a dívida pública
governo. as moedas
so dia a dia.estrangeiras estão muito presentes em nos-

Como odegoverno
brasileiro não pode
forma direta, interferir
uma vez no câmbio
que o câmbio bra- Existem
a serem dois principais
adotados tipos de
pelo governo: a política
política monetária
restritiva,
sileiro é utuante, o governo busca estimular expor-
expor - ou contracionista, e a política expansionista.
tações e desestimular importações quando o volume A política monetária expansiva
expansiva consiste
 consiste em aumen-
de moeda estrangeira estiver menor dentro do Brasil. tar a oferta de moeda,
moeda, reduzindo a  taxa de juros juros 
Da mesma forma, caso o volume de moeda estrangei- básica e estimulando investimentos.
investimentos. Essa política é
ra dentro do Brasil aumente demais, causando sua adotada em épocas de recessão, ou seja, épocas em que
desvalorização exagerada, o governo busca estimular a economia está parada e ninguém consome, produzin-
importações para reestabelecer o equilíbrio. do uma estagnação completa do setor produtivo. Com
Mas por que o governo estimularia a valorização essa medida, o governo espera estimular o consumo e
de uma moeda estrangeira no Brasil? Ao estimular gerar mais empregos.
a valorização de uma moeda estrangeira, atraímos Ao contrário, a política monetária contracionista
contracionista  
investidores, além de tornar o cenário mais salutar consiste em reduzir a oferta de moeda,
moeda, aumentan-
para os exportadores, que são os que produzem rique- do assim a taxa
a taxa de juros e reduzindo os investimen-
zas e empregos dentro do Brasil. Dessa forma, ao se tos.. Essa modalidade da política monetária é aplicada
tos
utilizar da política cambial, o governo busca estabili- quando a economia está sofrendo alta inação, visan-
visan-
zar a balança de pagamentos e estimular ou desesti- do reduzir a procura por dinheiro e o consumo cau-
mular exportações e importações. sando, consequentemente,
de preços dos produtos. uma diminuição no nível
Política Creditícia Esta política monetária é rigorosamente elaborada
pelas autoridades monetárias brasileiras, utilizando-
Conjunto de normas ou critérios que cada insti- -se dos seguintes instrumentos, todos regulamentados
tuição nanceira utiliza para nanciar ou emprestar e executados pelo Banco Central do Brasil:
recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do
governo, que controla os estímulos a concessão de z  Mercado Aberto
crédito. Cada instituição deve desenvolver uma políti-
ca de crédito coordenada, para encontrar o equilíbrio Também conhecido como Open Market,
Market, operações
entre as necessidades de vendas e, concomitantemen- com títulos públicos são mais um dos instrumentos
te, sustentar uma carteira a receber de alta qualidade. disponíveis de política monetária. Esse instrumento,
Essa política sofre constante inuência do poder considerado um dos mais ecazes, consegue equili-
equili-
governamental, pois o governo se utiliza de sua taxa brar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em
básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as curto prazo.
taxas de juros das instituições nanceiras para cima A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela 
pela 
ou para baixo. Secretaria do Tesouro Nacional,
Nacional, se dá pelo Banco Cen-

queSeosobancos
governo
emeleva
geralsuas taxas seu
seguirão de juros, é sinal
raciocínio de
e ele- tral
comatravés de Leilões
de Leilões
a necessidade Formaisou
de expandir e Informais.
Informais . De acordo
reter a circulação de
varão suas taxas também, gerando uma obstrução a moedas do mercado, as autoridades monetárias compe-
contratação de crédito pelos clientes tomadores ou tentes resgatam ou vendem esses títulos.
gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros
SELIC, os bancos em geral tendem a seguir essa dimi- e aumentar a circulação de moedas, o Banco Central
nuição, recebendo estímulos a contratação de crédito compra (resgata) títulos públicos que estejam em cir-
para os tomadores ou gastadores. culação. Se a necessidade for inversa, ou seja, aumen-
tar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas,
Política de Rendas o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
Portanto, os títulos públicos são considerados
A política de rendas consiste na interferência do ativos de renda xa, tornando-se uma boa opção de
governo nos preços e salários praticados pelo mer- investimento para a sociedade.
cado. No intuito de atender a interesses sociais, o Outra nalidade dos títulos públicos é a de captar
governo tem a capacidade de interferir nas forças do recursos para o nanciamento da dívida pública, bem
mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que como nanciar atividades do Governo Federal, como
ocorre quando o governo realiza um tabelamento de por exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura.
preços com o objetivo de controlar a inação. Os leilões
lidade leilões dos
 dos ,títulos
do BACEN,
BACEN públicosInstituições
que credencia são de responsabi-
Financei-
Ressaltamos que, atualmente, o governo brasileiro    S
ras chamadas de dealers
dealers   ou líderes de mercado, para    O
   I
interfere tabelando o valor do salário-mínimo; entre-    R
tanto, quanto aos preços dos diversos produtos no que façam efetivamente o leilão dos títulos. Nesse caso,     Á
temos o leilão informal ou
informal ou Go Around,
Around, pois nem todas    C
país, não há interferência direta do governo.    N
as instituições são classicadas como dealers
dealers..    A
   B
Política Monetária Os leilões formais são aqueles em que todas as todas  as    S
instituições nanceiras, credenciadas pelo BACEN,    O
   T
É a atuação de autoridades monetárias 
monetárias  sobre a podem participar do leilão dos títulos, mas sempre    N
   E
quantidade de moeda em circulação, de crédito e das sob o comando deste.    M
   I
taxas de juros controlando a liquidez global do sis- Além dessas formas de o governo participar do    C
   E
tema econômico. Essa é a mais importante política mercado de capitais, existe o Tesouro Direto,Direto, forma    H
econômica traçada pelo governo. Nela, estão contidas que o governo encontrou que aproxima as pessoas    N
   O
as manobras que surtem efeitos mais ecazmente na físicas e jurídicas em geral, ou não nanceiras, da    C
economia. compra de títulos públicos. O tesouro direto é um sis-
A política monetária inuencia diretamente a quan-
quan - tema controlado pelo BACEN para que a pessoa física
tidade de dinheiro circulando no país e, consequente- ou jurídica comum possa comprar títulos do governo
mente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso. dentro de sua própria casa ou escritório. 243

z  Redesconto ou Empréstimo de Liquidez   Outros títulos 


títulos  e valores mobiliários, créditos
e direitos creditórios, preferencialmente com
Outro instrumento de controle monetário é o garantia real, e outros ativos.
Redesconto Bancário, no qual o Banco Central conce-
de “empréstimos
“empréstimos”” às instituições nanceiras a taxas
taxas  
acima das
acima  das praticadas no mercado. Importante!
Os chamados empréstimos de assistência à liqui-
dez são
dez  são utilizados pelos bancos somente quando exis- As operações intradia
intradia   e de um dia útil 
útil  aceitam
te uma insuciência de caixa (uxo de caixa), ou seja, como garantia exclusivamente os títulos públi-
quando a demanda de recursos depositados não cobre cos federais; as demais podem ter como garantia
suas necessidades. qualquer título aceito como garantia pelo BACEN.
Quando a intenção do Banco Central é de injetar
dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para
z  Recolhimento Compulsório
estimular os bancos a pegar esses empréstimos. Os
bancos, por sua vez, terão mais disponibilidade de
crédito para oferecer ao mercado; consequentemente, Um dos instrumentos de Política Monetária utiliza-
a economia aquece. do pelo governo para aquecer ou esfriar a economia.
Quando o Banco Central tem por necessidade reti- É um depósito obrigatório 
obrigatório feito pelos bancos junto ao
rar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas Banco Central.
para esses empréstimos são altas, desestimulando os Parte de todos os depósitos que são efetuados à
bancos a pegá-los. Dessa forma, os bancos que pre- vista, ou seja, os depósitos das contas correntes, tanto
cisam cumprir com suas necessidades imediatas en- de livre movimentação como de não livre movimen-
xugam as linhas de crédito, disponibilizando menos tação pelo cliente, depósitos a prazo e demais depósi-
crédito ao mercado; com isso, a economia desacelera. tos feitos pela população, junto aos bancos, vão para
Vale ressaltar que o Banco Central é proibido
proibido,, pela o Banco Central. O Banco Central xa essa taxa de
Constituição Brasileira, de emprestar dinheiro a qual- recolhimento. Essa taxa é variável, de acordo com os
quer outra instituição que não seja uma instituição interesses do governo em acelerar ou não a economia.
nanceira. As operações de Redesconto do Banco Cen Cen-- Isso porque, ao reduzir o nível do recolhimen-
tral podem ser: to, sobram mais recursos nas mãos dos bancos para
serem emprestados aos clientes, com isso, gerando
  Intradia, destinadas a atender necessidades de
Intradia, maior volume de recursos no mercado. Já quando
liquidez das instituições nanceiras ao longo os níveis do recolhimento aumentam, as instituições
do dia. É o chamado Redesconto a juros zero; nanceiras reduzem seu volume de recursos, liberan-
liberan-
  De um dia útil,
útil, destinadas a satisfazer neces- do menos crédito e, consequentemente, reduzindo o
sidades de liquidez decorrentes de descasa-
mento de curtíssimo prazo no uxo de caixa de volume de recursos no
O recolhimento mercado. tem por nalidade
compulsório
instituição nanceira; aumentar ou diminuir a circulação de moeda no país.
  De até quinze dias úteis,
úteis, podendo ser recon- Quando o governo precisa diminuir a circulação de
tratadas desde que o prazo total não ultrapasse
quarenta e cinco dias úteis, destinadas a satis- moedas no país, o Banco Central aumenta a taxa do
fazer necessidades de liquidez provocadas pelo compulsório, pois, dessa forma, as instituições nan-
nan-
descasamento de curto prazo no uxo de caixa ceiras terão menos crédito disponível para população;
de instituição nanceira e que não caracteri-
caracteri- portanto, a economia acaba encolhendo.
zem desequilíbrio estrutural; Ocorre o inverso quando o governo precisa aumen-
  De até noventa dias corridos,
corridos, podendo ser tar a circulação de moedas no país. A taxa do compul-
recontratadas desde que o prazo total não sório diminui e, com isso, as instituições nanceiras
ultrapasse cento e oitenta dias corridos, desti- fazem um depósito menor junto ao Banco Central.
nadas a viabilizar o ajuste patrimonial de insti- Assim, os bancos comerciais cam com mais moe- moe-
tuição nanceira com desequilíbrio estrutural. da disponível e, consequentemente, aumentam suas
linhas de crédito. Com mais dinheiro em circulação, há
Atenção! Entende-se por operação intradia
Atenção! Entende-se intradia a a com- o aumento de consumo e a economia tende a crescer.
pra com compromisso de revenda, em que a compra e a As instituições nanceiras podem fazer transferên-
transferên -
correspondente revenda ocorrem no próprio dia entre cias voluntárias, de recursos oriundos de depósitos à
a instituição nanceira tomadora e o Banco Central. vista; porém, o depósito compulsório é obrigatório,
Todas as operações feitas pelo BACEN são compro- porque os valores que são recolhidos ao Banco Cen-
missadas, ou seja, a outra parte que contrata com o tral são remunerados por ele para que a instituição
BACEN assume compromissos com ele para desfazer nanceira não tenha prejuízos com os recursos para-
para -
a operação assim que o BACEN solicitar. dos junto ao BACEN.
Sobre a Compra com Compromisso de Revenda, O recolhimento pode ser feito em espécie (papel
temos algumas observações que aparecem nas provas. moeda), através de transferências eletrônicas para
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na contas mantidas pelas instituições nanceiras junto ao
modalidade de compra com compromisso de revenda, BACEN ou até mesmo através de compra e venda de títu-
os seguintes ativos de titularidade de instituição nan-
nan - los públicos federais. Além disso, o Recolhimento Com-
ceira, desde que não haja restrições a sua negociação: pulsório pode variar em função das seguintes situações:

  Títulos públicos federais registrados


federais registrados no Siste- z  Regiões Geoeconômicas
Geoeconômicas;;
ma Especial de Liquidação e de Custódia – Selic,
Se lic, z  Prioridades de aplicações, ou seja, necessidade do
que integrem a posição de custódia própria da governo;;
governo
244 z
instituição nanceira;   Natureza das instituições nanceiras.

Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são Décit Público


estabelecidos pelo BACEN da seguinte forma: O governo, como toda família, possui receitas e
DETERMINAR COMPULSÓRIO SOBRE DEPÓSITO À despesas, e, como toda família, geralmente o gover-
VISTA no apresenta mais Despesas do
Despesas do que Receitas,
Receitas, dessa
Até 100% maneira tem-se:
DETERMINAR COMPULSÓRIO SOBRE DEMAIS TÍ-
TULOS CONTÁBEIS E FINANCEIROS Décit = Gastos - Receitas
Até 60%
Quanto maior o gasto em relação às receitas,
maior o Décit, de maneira contrária, quanto maior
Os instrumentos de política monetária citados aci- as Receitas em relação aos gastos, tem-se Superávit
Superávit..
ma são importantes armas para execução do quantita- O Décit Público tem relação direta com a Dívida
tive easing  ou
 ou exibilidade quantitativa. Pública,, sendo assim:
Pública
QUANTITATIVE EASING
Quanto Mais Elevado o décit público, Maior o au-
mento da dívida
Quantitative
transações easing de
de compra   (QE) pode
ativos, ser públicos
tanto denido quan-
tanto públicos como
to privados
to privados,, em larga escala,
escala, executadas pelo Banco MANEIRAS DE MENSURAÇÃO DO DÉFICIT PÚBLICO
Central com o objetivo de estimular a demanda agre-
gada, seja por meio da ampliação das reservas ban- De maneira geral, existem três maneiras de se
cárias, seja por meio da injeção de liquidez direta no medir o décit público. Vamos analisar as 3 de forma
setor privado. resumida:
Após a crise de 2008, o QE ganhou grande espaço
na política monetária mundial. Décit Nominal
O quantitative easing  tem
 tem o objetivo de atuar sobre
a taxa de juros de
juros de longo prazo.
prazo. Assim, tecnicamente, Todas as despesas e receitas incorridas pelo gover-
o QE é a compra de títulos de longo prazo pelo Banco no em determinado período. Como o próprio nome
Central com o objetivo de atuar diretamente sobre a diz, o cálculo é feito pelo valor nominal, ou seja, não
taxa de juros de longo prazo. há o cálculo da inação . Lembre-se, o Décit Nomi-
Nomi-
Isso acontece quando o Banco Central perde a nal não considera a inação do período.
capacidade de atuar sobre as taxas de curto prazo
a m de afetar as de longo prazo com o objetivo de, Décit Primário
assim, gerar algum estímulo na economia.
Para se medir o Décit Primário, os pagamentos e
ORÇAMENTO PÚBLICO recebimentos de juros são excluídos da Medida. Lem-
bre-se, no cálculo do Décit Primário não se conside-
conside -
Segundo o site do Ministério da Economia: ram as despesas com juros, amortizações da dívida
pública, entre outras despesas e receitas nanceiras.
O orçamento público é o instrumento de planeja- O principal motivo de retirar as despesas nancei-
nancei-
mento que estima as receitas que o governo espe- ras é evidenciar de forma concreta a fonte primária de
ra arrecadar ao longo do próximo ano e, com base aumento da dívida pública. É necessário saber que o
nelas, autoriza um limite de gastos a ser realizado Décit Primário é a fonte primária da dívida pública.
com tais recursos.
 Essa programação orçamentária consta na Lei Décit Operacional
Orçamentária Anual (LOA), elaborada com base
nas metas e prioridades do Governo denidas na É o “Décit Real” por assim dizer, neste cálculo, é
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). deduzido do décit efeitos da inação e do pagamento
 É a LDO que estabelece
estabelece a ligação
ligação entre o Plano
Plano Plu- de juros da dívida. Lembre-se que o Décit Operacio-
Operacio -
rianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual
Anual (LOA).
 Ao englobar receitas e despesas, o orçamento é nal deduz a Inação e o Pagamento de Juros de seu
cálculo.    S
   O
   I
 peça fundamental para o equilíbrio das contas    R
    Á
 públicas e indica para a sociedade as prioridades NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO    C
denidas pelo governo, como, por exemplo, gastos    N
   A
com educação, saúde e segurança pública.    B
Como uma família, o Brasil também necessita de    S
nanciamento para suas atividades, a maneira mais    O
Ou seja, o que acontece no Brasil não é diferente    T
usual de País nanciar suas atividades é por meio da    N
do que acontece em uma família, é necessário denir    E
Emissão de Títulos Públicos, em resumo:    M
o orçamento e planejar os gastos de acordo com suas    I
   C
prioridades.    E
z  A maneira mais óbvia de nanciar este décit é    H
tomando recursos emprestados do setor privado,    N
   O
DÍVIDA PÚBLICA por meio da venda de títulos públicos;    C
z Os títulos públicos não podem ser adquiridos dire-
Para entendermos corretamente o conceito de tamente pelo BACEN;
Dívida Pública, temos que entender o conceito de Dé-
Dé - z Os Títulos Públicos são referenciados pela taxa
cit Público, sendo: SELIC; 245

z  Quando o governo precisa de nanciamento, nor-


nor- z  NTN-B (Principal):
(Principal): Notas do Tesouro Nacional Série
malmente sobe a taxa SELIC, o que causa um maior B. Título atrelado à inação (IGPM ou IPCA) bom
interesse por títulos públicos; para o investidor que quer proteger seu ganho real.
z  Um Aumento da Taxa SELIC, tira moeda da Eco-
nomia, já que os investidores tendem a preferir Títulos com Cupom
comprar títulos.
São títulos públicos com cupom:
Lembre-se que um aumento da taxa Selic tende a
diminuir a inação e Vice e Versa. z  NTN-B: Atrelada a Inação (IPCA ou IGPM);
NTN-B:
z  NTN F:
F: Pré-Fixado.
CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS

De maneira geral, os gastos públicos podem ser SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


subdivididos em quatro categorias, sendo elas:
Uma das engrenagens mais importantes, se não a
z  Consumo do Governo:
Governo: Salários do Funcionalis- mais importante, para que o mundo seja do jeito que
mo, Consumo Corrente etc; é, é o dinheiro. Ele compra carros, casas, roupas, títu-
z  Investimento do Governo; lo e, segundo alguns, só não compra a felicidade. Sen-
z  Transferências
às Empresas; ao Setor Privado: Como Subsídios do o dinheiro carregado com toda essa importância,
cada país, estado e cidade organiza-se de forma a ter
z   Juros da Dívida. seu próprio modo de ganhar dinheiro. Essa organi-
zação, aliás, é formada de um jeito em que a maior
De forma geral, a Dívida Pública consiste no esto- quantidade possível de dinheiro possa ser adquirida.
que total de recursos de terceiros utilizados para Há muito tempo, o mundo funciona dessa forma. Por
nanciar o décit público. isso, todos os países já conhecem muitos caminhos e
atalhos para que sua organização seja elaborada para
TÍTULOS PÚBLICOS seu benefício.
Essa organização que busca o maior número possí-
São títulos emitidos pelo próprio governo para vel de riquezas é denida por uma série de importan-
importan -
angariar recursos, na prática é a forma do governo “te tes órgãos do estado. No Brasil, esse órgão formador
pedir dinheiro emprestado”. Para que você empres- da estratégia econômica do país é chamado de Sis-
te esse recurso ao governo é necessário que o mesmo tema Financeiro Nacional.
Nacional. Ele tem, basicamente, a
te garanta alguma vantagem nanceira na forma de função de controlar todas as instituições que são liga-
 juros. das às atividades econômicas dentro do país, e mui-
Os títulos públicos não possuem garantia do FGC, tas outras funções. Tem também muitos componentes
porém são considerados muito seguros, pois o gover- que o formam.
no brasileiro costuma honrar sua dívida atualmente. Existem grupos dentro do grupo do Sistema Finan-
Lembre-se que os Títulos Públicos não contam com a ceiro Nacional. O mais importante dentro desse siste-
Garantia do FGC. ma é o Conselho Monetário Nacional.
Nacional. Esse conselho
Entre os títulos públicos existem duas modalida- é essencial por tomar as decisões mais importantes
des: os títulos sem cupom e
cupom e os títulos com cupom.
cupom. para a que o país funcione de forma eciente e ecaz.
Títulos sem cupom pagam seus juros apenas no O Conselho Monetário Nacional tem sob seu
vencimento dos títulos; enquanto títulos com cupom comando muitos integrantes que são importantes,
pagam no vencimento e juros periódicos (trimestrais, cada um na sua função. No entanto, o mais importan-
semestrais etc). te desses membros é o Banco Central do Brasil.
Brasil.
O Banco Central do Brasil 
Brasil  é o responsável pela
emissão de papel-moeda e de moeda metálica, dinhei-
Importante! ro que circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho
Monetário Nacional, um trabalho de scalização nas
Títulos Sem Cupom pagam
Cupom pagam juros Apenas  no ven-
Apenas no instituições nanceiras do país. Além disso, tem diver-
diver -
cimento dos títulos. sas utilidades, como realizar operações de emprés-
Títulos Com Cupom pagam
Cupom pagam juros Periódicos
Periódicos.. timos e cobrança de créditos junto às instituições
nanceiras. O Banco
mais importante Central
do Brasil, é considerado
acima de todos osooutros,
banco
A rentabilidade de títulos com o sem cupom costu- uma espécie de “Banco dos Bancos”.
Bancos”.
mam ser bem parecidas, mudando apenas a frequên- O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma for-
cia de pagamento. ma de várias entidades se organizarem de modo a
manter a máquina do governo funcionando. Sua utili-
Títulos sem Cupom dade é o acompanhamento e também a coordenação
de todas as atividades nanceiras que acontecem no
Brasil. Esse acompanhamento acontece na forma de
São títulos públicos sem cupom: scalização. Já a coordenação está na parte em que
funcionários do Banco Central agem segundo suas
z LFT – Letra Financeira do Tesouro (Tesouro Dire- responsabilidades, no cenário nanceiro.
to Selic):
Selic): Pós Fixado, atrelado à SELIC. Por ser pós Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo
xado é recomendado em cenários de alta de SELIC; dos anos. O próprio Banco Central era outra entida-
z  LTN – Letra do Tesouro Nacional: Pré
Nacional:  Pré Fixado, o de, com nome diferente: Superintendência da Moeda
investidor já sabe no momento da contratação a e do Crédito. A mudança ocorreu por meio do art. 8º
246 rentabilidade do papel; da Lei nº 4.595/1964. As moedas do Brasil já mudaram

várias vezes ao longo da História brasileira. A modicação de uma moeda


moe da nacional é, em qualquer circunstância,
algo que causa muitas mudanças, mas no caso da mudança para a atual moeda (real), essa transformação foi
grandiosa.
mada Em uma
de plano real,época
real, em que
conseguiu a inação
frear eraeum
a inação grande terror
normalizar parado
os preços economia
comérciobrasileira, essaseguido
interno. Isso, mudança,
de cha
uma-
valorização da moeda nacional, resultou em uma recuperação rápida da economia brasileira.
Quem manuseia dinheiro todos os dias, paga suas contas, recebe seu salário, nem ne m pensa no grande sistema que
há por trás dessas operações. Na verdade, os salários são do valor que são para que a atual quantidade de dinheiro
circule no país, para que a economia brasileira seja como é. Assim, o Sistema Financeiro Nacional toma decisões
todos os dias que são reetidas na nossa realidade.
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto
conj unto de instituições, órgãos e ans que controlam, scalizam e fazem
as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua Constituição
Federal de 1988, em seu art. 192, cita qual o intuito do sistema nanceiro nacional: O Sistema Financeiro Nacional,
estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em
todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em duas partes distintas
distintas:: subsistema normativo e subsiste-
ma operativo ou operador. O
operador. O de normas
normas responsabiliza-se
 responsabiliza-se por fazer regras
regras para
 para que se denam parâmetros
para transferência de recursos entre uma parte e outra, alémalé m de supervisionar o funcionamento de instituições 
instituições 
que façam atividade de intermediação monetária. Já o subsistema operativo ou operador torna
operador torna possível que as
regras de transferência de recursos, denidas pelo subsistema de supervisão, sejam possíveis.
O subsistema
Financeiro normativo é
normativo
Nacional, Banco éCentral
formadodopor: Conselho
por:  Conselho
Brasil, Monetário
Comissão Nacional,
de Valores Conselho
Mobiliários
Mobiliários, de Recursos
, Conselho do Sistema
Nacional de Segu-
ros Privados, Superintendência de Seguros Privados, Conselho Nacional
Na cional da Previdência Complementar e Superin-
tendência da Previdência Complementar.
O outro subsistema, 
subsistema,  o operativo ou operador,
operador, é composto por: Instituições Financeiras Bancárias, Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, Instituições Financeiras Não Bancárias, Agentes
Especiais, Sistema de Distribuição de TVM. As partes integrantes do subsistema operativo
operativo,, citadas acima, são
grupo que compreendem instituições que são facilmente achadas em nosso dia a dia. As Instituições Financeiras
Bancárias, por exemplo, representam as Caixas
Caixa s Econômicas, Bancos Comerciais, Cooperativas de Crédito e Bancos
Cooperativos. As instituições Financeiras Não Bancárias são, por exemplo, Sociedades de Crédito ao Microem-
preendedor, Companhias Hipotecárias, Bancos de Desenvolvimento.
As autoridades
autoridades do
 do Sistema Financeiro Nacional também podem ser divididas em dois grupos: Autoridades
Monetárias e Autoridades de Apoio.
Apoio.
As autoridades monetárias são
monetárias são as responsáveis por normatizar e executar as operações de produção de moe-
moe -
da. São elas o Banco Central do Brasil (Bacen) e o Conselho
o Conselho Monetário Nacional (CMN).
(CMN).
 Já as autoridades de apoio são
apoio são instituições que auxiliam as autoridades monetárias na prática da política
monetária. Um exemplo desse tipo de instituição é o Banco do Brasil. Outro
Brasil. Outro tipo de autoridade de apoio são ins-

atituições
Comissãoquedetêm poderes
Valores de normatização
Mobiliários
Mobiliários. . limitada a um setor especíco. O exemplo desse tipo de autoridade é
As instituições nanceiras, termo muito usado para denir algumas empresas, são denidas como as pes-
soas jurídicas,
jurídicas, públicas ou privadas
ou privadas e  e que tenham sua função principal ou secundária de guardar
guardar,, intermediar
intermediar  
ou aplicar os recursos nanceiros  (tanto dos próprios recursos como recursos de terceiros), que sejam em
moeda de circulação nacional ou de fora do país e também a custódia de valor de propriedade de outras pessoas.
Pessoas físicas
físicas   que façam atividades paralelas às características acima descritas também são  são  consideradas
instituições nanceiras, sendo que essa atividade pode ser de maneira permanente ou não. No entanto, exercer
essa atividade sem a prévia autorização devida do estado pode acarretar ações contra essa pessoa. Essa autorização
deve ser dada pelo Banco Central e,
Central e, no caso de serem estrangeiras, a partir de um decreto do Presidente da Repú-
blica. Entretanto, em 2020 o presidente editou o Decreto nº 10.029 que delegou delegou ao
 ao Bacen o poder de autorizar o
funcionamento de instituições nanceiras estrangeiras; 
estrangeiras; todavia, deve-se levar em consideração que se trata de uma
delegação que pode ser avocada a qualquer momento, e trata-se de um decreto, que pode ser, também, revogado.
As decisões tomadas pelo Conselho Monetário Nacional têm total ligação com o estado da economia do país.
Suas mudanças são determinantes para o funcionamento do mercado nanceiro. A chamada bolsa de valores  valores 
(mercado no qual as mercadorias são ações ou outros títulos nanceiros) tem empresas, produtos e ações que
variam de acordo com o que esse sistema faz. Considerando o alto valor de dinheiro investido nesse mercado, a    S
   O
   I
bolsa    R
afetarde valores
a vida é um as
de todas espelho das
esferas dagrandes proporções com as quais as decisões tomadas por esse sistema podem
sociedade.     Á
   C
   N
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL    A
   B
Órgãos normativos Entidades supervisoras Operadores    S
   O
   T
Instituições nanceiras    N
Conselho Monetário Nacio- Banco Central do Brasil    E
captadoras de depósitos Bolsa de mercadorias e futuros    M
nal (CMN) (Bacen)    I
à vista    C
   E
Conselho Nacional de Pre-    H
Superintendência de Se-    N
vidência Complementar Resseguradores Demais instituições nanceiras    O
guros Privados (Susep)    C
(CNPC)
Superintendência Nacio-
Conselho Nacional de Se-
nal de Seguro Comple- Bancos de câmbio Bolsa de valores
guros Privados (CNSP)
mentar (Previc) 247

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


Comissão de Valores Mo- Sociedades de
Sociedades seguradoras
biliários (CVM) capitalização
Intermediários e adminis- Entidades aber-
tradores de recursos de tas de previdência
terceiros complementar
Fundos de pensão

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E A LEGISLAÇÃO

O Brasil, buscando a melhor forma de servir ao seu povo, conforme ordena a Carta Magna, tem por obrigação
criar um sistema que seja capaz de organizar, de forma eciente, a circulação de dinheiro e suas formas deriva -
das, buscando a segurança e o desenvolvimento do país. Com isso, vem o art. 192 da nossa Constituição Federal:
Federal:

Art. 192 O sistema nanceiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado
equilibrado do País
País  
e a servir aos interesses da coletividade ,
coletividade , em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas
de crédito , será regulado por leis complementar
complementareses que
 que disporão, inclusive, sobre a  participação do capital
estrangeiro nas
estrangeiro  nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)

A Lei nº 4595/1964 dispõe
4595/1964 dispõe sobre o sistema que será operado no Brasil, as autoridades monetárias que serão os
agentes responsáveis por garantir que essas operações aconteçam e que sejam seguras e solidas para os agentes
nanceiros e seus clientes. Acompanhe o art. 1º:
Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído:
 I - do Conselho Monetário
Monetário Nacional;
Nacional;
 II - do Banco Central
Central do Brasil
Brasil
 III - do Banco do
do Brasil S. A.;
 IV - do Banco Nacional
Nacional do Desenvolvimento
Desenvolvimento Econômico e Social;
V - demais instituições nanceiras públicas e privadas.

O Sistema Financeiro Nacional é ainda composto pela Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6385/1976).

Conselho Monetário Nacional (CMN)

É o órgão normativo
normativo máximo
 máximo no SFN. É ele quem dita as normas
normas que
 que serão seguidas pelas instituições nan-
nan-
ceiras.
vel porAlém disso, todas
coordenar o CMNasépolíticas
responsável por formular
econômicas as e,
do país políticas da moedaaepolítica
principalmente, crédito monetária.
no país, ou seja, é responsá-
Suas reuniões ordinárias, ou seja, comuns, são mensais, e ao nal de cada reunião é emitida uma resolução da
qual é lavrada uma ata, cujo extrato é publicado no Diário Ocial da União (DOU) e no Sistema de Informação do
Banco Central (SISBACEN), excluindo-se os assuntos condenciais discutidos na reunião.

DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994

Art. 30 As
30 As decisões de natureza normativa serão divulgadas
divulgadas mediante resoluções assinadas pelo Presidente do
 Banco Central
Central do Brasil
Brasil , , veiculadas
veiculadas pelo Sistema
Sistema de Informações Banco
Banco Central
Central (SisBacen) e publicadas no Diário
Ocial da União.
 Parágrafo único. As decisões de caráter condencial serão
serão comunicadas somente aos interessados.
interessados.
[...]
Art. 33º [...]
33º [...]
§ 1º Após as atas terem sido assinadas por todos os conselheiros, extratos das atas serão publicados no Diário
no Diário
Ocial da União , excluídos
excluídos os
 os assuntos de caráter condencial.

Resumindo: Tanto
Resumindo:  Tanto as Resoluções quanto os extratos são publicados no DOU e no SISBACEN; entretanto, se
houver algum assunto condencial, este não será divulgado a todos publicamente, apenas aos interessados.
Entretanto, a resolução como um todo deve ser publicada, excluindo-se as partes condenciais.
O CMN é um órgão
órgão colegiado,
 colegiado, composto por um ministro,
ministro, o Presidente do Banco Central e o Secretário Especial de
Fazenda do Ministério da Economia, todos indicados
indicados pelo
 pelo Presidente da República, sendo o Presidente do Bacen submetido
à aprovação do Senado Federal.

Ministro da Economia
(Presidente do Conselho)

CMN

Secretário Especial de
Presidente do Banco Central
Fazenda do Ministério da
do Brasil
Economia
248

Importante: Em
Importante:  Em fevereiro de 2021, foi publicada a Vejamos a seguir a sequência dos objetivos do CMN:
Lei Complementar 179, que estabelece mandatos de qua-
tro anos para presidentes e diretores do Banco Central.
Central.
Orientar
Estes mandatos
presidente são renováveis
do Banco Central e ospor maisdiretores.
demais quatro, para o
Além disso o Presidente do Bacen e os demais dire- Propiciar
tores serão, durante o período do mandato, xos e    N
estáveis, só podendo ser demitidos por processo admi-    M
   C Zelar
nistrativo disciplinar.    o
    d
É interessante saber também que, segundo o    s
   o
   v
   i
Decreto nº 1.307,
1.307, de 9 de novembro de 1994:    t
   e Coordenar
   j
    b
   O
Art. 8º 
8º  O  presidente do CMN   poderá convidar
 para participar das reuniões do conselho sem Estabelecer
direito a voto outros
voto outros Ministros
 Ministros de Estado , assim
como representantes de entidades públicas ou Estabelecer
 privadas..
 privadas
Art. 16 [...]
16 [...]
§ 1º Poderão assistir às reuniões do CMN: Você percebeu algo estranho naquele que está des-
a) assessores credenciados individualmente pelos tacado? Ele não é um verbo de mandar
mandar,, mas sim de
conselheiros;
b) convidados do presidente do conselho.
conselho. fazer, de “colocar a mão na massa”. Essa é a única
fazer,
§ 2º Somente aos conselheiros é dado o direito de
exceção do CMN a regra dos verbos, então, atente-se
voto. ao verbo zelar
zelar,, pois ele cai muito em provas, por se
tratar de uma exceção.
ao Presidente
Compete ao Presidente do Conselho deliberar
Conselho deliberar  ad Agora que vimos os verbos vinculados aos objeti-
vos do CMN, você percebeu que esses verbos indicam
referendum do
referendum  do colegiado
 colegiado,, nos casos de urgência e de
relevante interesse. Perceba que o Presidente não tem poder, mandar, autoridade. Logo, ca fácil memori-
memori -
o famoso “voto de minerva”, ou seja, não possui voto zar as competências o CMN, pois elas sempre serão
de desempate, pois ele pode tomar decisões sozinho, iniciadas por um verbo que indica mandar
mandar.. Então,
em casos de urgência, e depois submeter essa decisão vejamos na íntegra os objetivos:
à votação na reunião ordinária ou extraordinária do
colegiado.   Orientar a aplicação dos recursos das institui-
Orientar a
O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Execu- ções nanceiras públicas ou privadas, de forma
tiva do
do CMN
 CMN e da Comissão
da  Comissão Técnica da Moeda e do a garantir condições favoráveis ao desenvolvi-
Crédito (Comoc).
(Comoc). Compete ao Banco Central organi- mento equilibrado da economia nacional.
zar e assessorar as sessões deliberativas (preparar,
assessorar, dar suporte
as atas e manter durante
seu arquivo as reuniões, elaborar
histórico). É muito
como importante
as instituições irãoque o CMN
investir oriente
seus a forma
recursos, pois
más decisões no mercado nanceiro custam mui- mui-
z  Objetivos do CMN to dinheiro e até a falência de várias instituições. É
importante destacar que ele orienta todas
todas as
 as institui-
Agora, vamos saber o que o CMN faz de fato, qual ções nanceiras, incluindo as públicas.
sua missão. Para isso, a Lei deu ao CMN objetivos que
são sua missão, o motivo de ele existir. Os objetivos do   Zelar pela liquidez e solvência das instituições
Zelar pela
CMN são 9, e as atribuições, que são as armas que o nanceiras.
CMN tem para cumprir os objetivos, são 39!
Você não precisa decorar todos os objetivos e atri- Esse objetivo cai com muita frequência nas provas,
buições do CMN. Basta guardar 4 dos 6 objetivos, pois pois se trata de uma exceção à regra dos verbos de
são os que mais caem nas provas, e adicionar uma mandar. Ele faz com que o CMN sempre tenha como
regrinha dos verbos, na qual veremos que tanto os preocupação buscar que as instituições nanceiras
objetivos quanto as atribuições sempre serão inicia- tenham recursos disponíveis em seu caixa, mantendo-    S
das com verbos de poder
poder,, mandar
mandar,, autoridade
autoridade.. -se lí
líquidas e honrando seus compromissos para com    O
   I
seus credores, mantendo-se solventes.    R
Dos objetivos do CMN, descartamos 2, que são:     Á
   C
   N
Propiciar o
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos   Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e
Propiciar o    A
   B
instrumentos nanceiros” e dos instrumentos nanceiros, de forma a tor- tor -    S
Estabelecer , para ns da política monetária e nar mais eciente o sistema de pagamentos e    O
   T
cambial, as condições especicas para negociação mobilização de recursos;    N
   E
de contratos derivativos...   Estabelecer
Estabelecer,, para ns da política monetária    M
   I
e cambial, as condições especícas para nego-
nego-    C
   E
Esses não são cobrados com frequência em provas, ciação de contratos derivativos, estabelecendo    H
até por não terem contexto ou conexão com assuntos limites compulsórios, denindo as próprias    N
   O
dos editais. Sendo assim, camos com 4 objetivos e as características dos contratos existentes e crian-    C
atribuições. Mais à frente, faremos relações entre as do novos;
atribuições e os objetivos do CMN, o que nos ajudará   Coordenar
Coordenar   as políticas monetária, creditícia,
bastante a lembrar deles na hora da prova. orçamentária, scal e da dívida pública interna
e externa. 249

É importante destacar que o CMN sempre será o responsável por formular essas políticas. Como vimos, o CMN
não costuma fazer coisas, mas apenas mandar
mandar;; então, quando o CMN formula políticas, ele as envia ao Bacen,
que as executa.

 Estabelecer a meta de inação.


Estabelecer a
Esse é um dos mais importantes objetivos do CMN, que aparece com frequência nas provas.
pro vas. O CMN passa a ser
o responsável por estabelecer um parâmetro para metas de inação no Brasil. Ele, com base em estudos e ava -
liações da economia, estabelece uma meta para a inação ocial, que deverá ser cumprida pelo Bacen dentro do
ano indicado. Hoje, no Brasil, temos uma meta de inação
ina ção que é dividida da seguinte forma até dezembro
de zembro de 2021:

Teto de 5,25% a.a


   e
    d Margem de tolerância
   a
   t
   e   1 de 1,5% para mais
   M   2
   0
   a   2 
    d   o
   s    ã Centro de 3,75% a.a
   o
   r    ç
   t    a
   e    f
   m   n
   I
Margem de tolerância
    â
   r
   a de 1,5% para menos
   P

Piso de 2,25% a.a

O centro da meta é o que CMN entende que seria a meta ideal para o cenário econômico do país. Entretanto,
engessar um número no mercado nanceiro não é bom, principalmente um índice que avalia os preços do mer- mer -
cado; então, o CMN admite uma pequena variação para mais ou para menos. Caso o índice de inação, IPCA, ina
ina--
ção ocial, esteja dentro dessa margem de variação (ou margem de tolerância), entende-se que o Banco Central
cumpriu a meta de inação estabelecida
estabele cida pelo CMN. O CMN diminuiu, a partir de 2017,
2017 , a margem de tolerância de
2% para 1,5%, estabelecendo um novo teto e um novo piso.
Por causa dos objetivos, o CMN
CMN recebeu
 recebeu da Lei 4595/64 várias atribuições
atribuições,, ou seja, as armas que ele tem para
poder cumprir seus objetivos, das quais destacamos algumas que mais frequentes em prova. Podemos conectá-las
aos objetivos para nos ajudar a memorizar mais, sem ter de utilizar apenas a regra dos verbos. Veja a seguir os
principais verbos ligados às atribuições:

Fixar diretrizes
Disciplinar
Estabelecer limites
Determinar
   s    s Regulamentar
   i    e
   a    õ
   i    ç
   p    i
   c   u
   n    b
Outorgar
   r    i
   i    r
   P   t
   A Estabelecer
Regular
Expedir normas
Disciplinar
Delimitar

O B J E T I VO S ATR I BU IÇ ÕE S C OR R E SPO ND E NT E S
Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capi-
tal mínimo das instituições nanceiras privadas, levando em
Zelar pela liquidez e solvência das instituições nanceiras
conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e
agências ou liais
Orientar a aplicação dos recursos das instituições - -
nanceiras públicas ou privadas, de forma a garantir con- Regular a constituição, o funcionamento e a scalização de
dições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da todas as instituições nanceiras que operam no país
economia nacional
z Disciplinar o crédito e suas modalidades e as formas das
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentá- operações creditícias
ria, scal e da dívida pública interna e externa z Estabelecer limites para a remuneração das operações e

250
serviços bancários ou nanceiros

Existem algumas atribuições do CMN que não zemos conexões, pois são bastante independentes. Entretanto,
não deixaremos de comentá-las, pois caem bastante em provas, logo, merecem nossa atenção. São elas:

z  Expedir normas gerais de estatística e contabilidade a serem apreciadas pelas instituições nanceiras. Aten -
te-se a esta atribuição, que costuma cair em questões mais elaboradas;
z  Disciplinar as
Disciplinar  as atividades das bolsas de valores (dene o que é uma bolsa de valores e o que elas fazem);
z  Fixar as diretrizes e normas
 normas da
 da política cambial,
cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer
operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeiras;
z  Outorgar ao
Outorgar  ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer gra-
ve desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação;
z  Baixar normas que
normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps
swaps,, xando limites, taxas, prazos e outras
condições.

Atenção: Nas provas das bancas mais exigentes, é comum aparecer o CMN contextualizado com Congresso
Atenção:
Nacional, Senado Federal e Câmara dos Deputados. Então, temos uma regra
re gra básica que vai te ajudar em qualquer
competência do CMN que possa ser perguntada e contextualizada com o Poder Legislativo.

Dica
O CMN só se relaciona com o Senado Federal, ou seja, Câmara dos Deputados, nunca!

Exceto dois casos em que aparece o Congresso Nacional na Lei 4595/64:


Art. 4º [...]
4º [...]
 XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas
demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios (vetado);
[...]
§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará
encaminhará ao Congresso Nacional, até 31 de março de cada ano, relatório da
evolução da situação monetária e creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá
descreverá,, minudentemente as provi-
dências adotadas para cumprimento dos objetivos estabelecidos nesta lei, justicando destacadamente os montan -
tes das emissões de papel-moeda que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas.
Banco Central Do Brasil (Bacen)

O Bacen é uma autarquia


autarquia colegiada
 colegiada independente
independente composta
 composta por nove diretorias,
diretorias, incluindo a presidência.
Todos indicados pelo Presidente da República com
República com aprovação do do Senado
 Senado Federal,
Federal, sem vinculação a nenhum
ministério.
Deverão ser nomeados o Presidente e 8 Diretores do Banco Central do Brasil, cujos mandatos atenderão à
seguinte escala, dispensando-se nova aprovação pelo Senado Federal para os indicados que, na ocasião, já estejam
no exercício do cargo. Acompanhe os incisos do § 2º do art. 4º da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de
2021:

 I - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano de mandato do Presidente da
 República;
 II - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato do Presidente da
 República;
 III – O Presidente do Banco Central e 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do terceiro
ano de mandato do Presidente da República; e
 IV - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do Presidente da
 República.

Será admitida uma recondução para o Presidente e para os Diretores


Direto res do Banco Central do Brasil que houverem    S
sido nomeados na forma da LC179/2021.    O
   I
   R
Além disso, no exercício dos mandatos, o presidente e os demais diretores do Bacen são xos e estáveis. Isso     Á
   C
signica que, uma vez investidos nos cargos de diretos, eles só podem ser demitidos nas seguintes hipóteses:    N
   A
   B
Art. 5º [...]
5º [...]    S
 I - a pedido;    O
   T
 II - no caso de acometimento
acometimento de enfermidade
enfermidade que incapacite
incapacite o titular
titular para o exercício
exercício do cargo;    N
   E
 III - quando sofrerem condenação, mediante decisão transitada
transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, pela    M
   I
 prática dede ato de improbidade
improbidade administrativa
administrativa ou de crime cuja pena acarrete, ainda
ainda que temporariamente,
temporariamente, a proibi-    C
   E
ção de acesso a cargos públicos;    H
 IV - quando apresentarem
apresentarem comprovado e recorrente desempenho
desempenho insuciente para o alcance dos objetivos do Banco    N
   O
Central do Brasil.    C

Segundo o § 1º do art. 5º da LC, na hipótese acima, compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao Pre-
sidente da República a proposta de exoneração, cujo aperfeiçoamento cará condicionado à prévia aprovação, por
maioria absoluta, do Senado Feder
Federal
al.. 251

O Bacen é a autarquia executiva central do SFN, delegação que pode ser avocada a qualquer momento,
além de Supervisora, com a missão primária de garan- e de um decreto que pode ser, também, revogado.
tir a  estabilidade do poder de compra da moeda Não se esqueça de que o Bacen regulamenta o
nacional,, e secundárias de zelar pela estabilidade e
nacional estabilidade e câmbio (inciso
câmbio  (inciso XV do art. 10 da Lei 4595/64), a com-
eciência do SFN, suavizar as utuações do nível de pensação de
pensação  de cheques e outros papéis e a concorrên-
atividade
Realizaeconômica e fomentar
duas reuniões o pleno
reuniões ordinárias
 ordinárias emprego. ,
emprego.
semanalmente,
semanalmente cia
cia entre
 entre
do art. 18as
dainstituições
mesma lei:nanceiras. Acompanhe o § 2º
nas quais são lavradas circulares e  as atividades de
sua competência privativa; também podem ser emi- § 2º O Banco Central da República do Brasil, no
tidas   resoluções.
tidas resoluções. Sua sede ca em 
em  Brasília,
Brasília, e tem exercício da scalização que lhe compete, regula -
outras 9 representações nas capitais dos estados do rá as condições de concorrência entre instituições
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,  nanceiras, coibindo-lhes os abusos com a aplica-
Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. ção da pena nos termos desta lei.
O Bacen tem ainda 4 objetivos:
objetivos:
O CMN
CMN   orienta a aplicação
aplicação   dos recursos
recursos   das
instituições nanceiras. Também regulamenta 
regulamenta  a
z  Zelar pela adequada liquidez da economia;
Zelar pela
z  Zelar
Zelar pela
 pela estabilidade e promover o permanente constituição,, o funcionamento
constituição funcionamento   e a scalização das
aperfeiçoamento do sistema nanceiro; instituições nanceiras que operam no país.
z  Manter
Manter as
 as reservas internacionais em nível adequado; O Bacen
Bacen   autoriza
autoriza   o funcionamento das institui-
z  Estimular
Estimular a  a formação de poupança. ções nanceiras e também estabelece as condições
condições  
para exercer quaisquer cargos de direção nas
direção nas insti-
tuições nanceiras
tuições  nanceiras privadas
privadas..
Cuidado! Lembre-se que existe um zelar
zelar   que é
competência
das do nanceiras.
instituições CMN: Zelar pela liquidez
Então, e solvência
caso apareça um Dica
verbo zelar
zelar e
 e não for associado ao texto acima, auto- Zelar pela liquidez
liquidez   e solvência
solvência   das instituições
maticamente, será competência do Bacen. nanceiras é do CMN.
Dentre as várias competências do B acen, vale 
ressaltar: Zelar pelo resto que aparecer é com o Bacen!
Não se esqueça 
esqueça  de que os verbos relacionados
z  Emitir papel-moeda e
papel-moeda e moeda metálica; ao CMN
CMN são
 são sempre verbos de autoridade
de  autoridade.. São ver-
z  Executar os serviços do meio circulante;
bos como: regular, autorizar, estabelecer, coordenar,
z  Determinar a taxa de recolhimento compulsó-
xar normas, disciplinar, orientar etc.
rio até 100% dos depósitos à  vista e 60% títulos  Já os verbos empregados ao Bacen
Bacen   são verbos de
contábeis das instituições nanceiras; ação, ou seja, verbos que indicam “botar as mãos na
z  Receber recolhimentos compulsórios e
compulsórios e voluntá massa ou apenas supervisionar. São exemplos: execu-
rios das instituições nanceiras e bancárias; tar, exercer, realizar, controlar, scalizar, aplicar etc.
z  Realizar e regulamentar
 regulamentar operações
 operações de redescon- Entretanto, atente-se, pois o Bacen tem 6
tem 6 exceções
to e empréstimo às instituições nanceiras; a essa regra. São: 3 regular,
regular, 1 estabelecer,
estabelecer, 1 autori-
z  Regular
Regular a a execução dos serviços de compensação zar e 1 determinar.
determinar.
z  de cheques e outros
Regulamentar papéis;
e efetuar
 efetuar   operações de compra e z  Regular a compensação de cheques e outros papéis;
Regular a papé is;
venda de títulos públicos federais; z  Regular o
Regular o mercado de câmbio e suas operações e
z Exercer o controle do crédito sobre todas as suas utuações;
formas; z  Regular a concorrên
concorrência
cia entre as instituições fnanceiras;
fnanceiras;
z  Exercer a
Exercer  a scalização das instituições nanceiras; z  Estabelecer  as condições para o exercício de
Estabelecer 
z  Autorizar o funcionamento das instituições nan-
nan - cargos de administração/direção das instituições
ceiras no país; nanceiras privadas;
z  Estabelecer as condições para o exercício de quais- z  Autorizar
Autorizar o o funcionamento de instituições nan-
nan-
quer cargos de administração/direção nas institui- ceiras no país;
ções nanceiras privadas
privadas;; z  Determinar
Determinar a  a taxa do recolhimento compulsório.
z Vigiar   a interferência de outras empresas nos
Vigiar
mercados nanceiros e de capitais; O Bacen recebe vários apelidos, devido às várias
z  Controlar o
Controlar  o uxo de capitais estrangeiros no país. atividades que realiza. São eles:

Atenção! Autorizar o funcionamento de Institui-


Atenção! z  Banco dos Bancos:
Bancos:  Quando recebe os depósitos
ções Financeiras Estrangeiras no País, só por Decreto compulsórios e voluntários das instituições nan-
nan-
ceiras, e estes voluntários, apenas oriundos dos
do Poder Executivo. depósitos à vista;
Lei 4595/1964 z  Banqueiro do Governo:
Governo: Quando centraliza o cai-
xa do governo e administra as reservas internacio-
Art. 18  As instituições nanceiras somente pode- nais, bem como as reservas em ouro do Brasil;
rão funcionar no País mediante prévia autorização z  Banco Emissor:
Emissor: Quando emite o papel moeda
do Banco Central da República do Brasil ou decreto autorizado pelo CMN e fabricado pela Casa da
do Poder Executivo, quando forem estrangeiras. Moeda do Brasil;
z  Emprestador de última Instância:
Instância: Quando reali-
Conforme dito anteriormente, entretanto, em 2020 za o empréstimo de liquidez, ou redesconto,
re desconto, às ins-
o presidente editou o Decreto nº 10.029 que
10.029 que delegou
delegou   tituições nanceiras. Vale lembrar mais uma vez
ao Bacen o poder de autorizar o funcionamento de que o Bacen é proibido pela Constituição Federal
instituições nanceiras estrangeiras. Reiteramos que de emprestar dinheiro a qualquer entidade que
252 deve ser levado em consideração que se trata de uma não seja uma instituição nanceira.

Apenas para relembrar, esse empréstimo, que nós (Depin), Departamento de Assuntos Internacionais
 já conhecemos pelo nome de redesconto do Banco (Derin) e Departamento de Relacionamento com In-
Central e
Central  e que já explicamos no início da matéria, tem vestidores e Estudos Especiais (Gerin).
as seguintes modalidades, como vimos antes: A primeira sessão dos trabalhos conta ainda com a
presença do chefe de gabinete do presidente, do asses-
z  Intradia, destinado a atender necessidades de li-
Intradia, sor de imprensa e de outros servidores do Banco Cen-
quidez de instituição nanceira, ao longo do dia. É tral, quando autorizados pelo presidente.
o chamado redesconto a juros zero; Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21
z  De um dia útil,
útil, destinado a satisfazer necessida- de junho de 1999, da sistemática de metas para a
des de liquidez decorrentes de descasamento de inação  como diretriz de política monetária.
monetária. Des-
curtíssimo prazo no uxo de caixa de instituição de então, as decisões do Copom passaram a ter como
nanceira; objetivo cumprir as metas para a inação denidas
z  De até quinze dias úteis,
úteis, podendo ser recontrata- pelo Conselho Monetário Nacional.
Nacional. Segundo o mes-
do desde que o prazo total não ultrapasse
ul trapasse quarenta mo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe
e cinco dias úteis, destinado a satisfazer necessi- ao presidente do Banco Central divulgar,
Central divulgar, em Carta
dades de liquidez provocadas pelo descasamento Aberta ao Ministro da Economia,
Economia, os motivos do des-
de curto prazo no uxo de caixa de instituição cumprimento, bem como as providências e prazo para
nanceira e que não caracterizem desequilíbrio
estrutural; o retorno da taxa de inação aos limites estabelecidos.
z  De até noventa dias corridos,
corridos, podendo ser recon- Formalmente, os objetivos
os objetivos do Copom são:
tratado desde que o prazo total não ultrapasse cen-
z  Implementar a política monetária;
to e oitenta dias corridos, destinado a viabilizar o
z  Analisar o Relatório de Inação divulgado pelo
ajuste patrimonial de instituição nanceira com
Banco Central ao nal de cada trimestre civil;
desequilíbrio estrutural. z  Denir a meta para a Taxa Selic, cando viés
extinto (Circular
extinto (Circular 3868/17).
Entende-se por operação intradia a compra com
compromisso de revenda em que a compra e a corres- A taxa de juros xada na reunião do Copom é a
pondente revenda ocorrem no próprio dia. Meta para a Taxa
a Taxa Selic (taxa
Selic (taxa média dos nanciamen-
nanciamen-
tos diários, com lastro em títulos federais,
federais, apurados
FORMAS DE REDESCONTO no Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic
Selic),
),
O Bacen só aceita redescontar Títulos a qual vigora por todo o período entre reuniões ordi-
Intradia Públicos Federais nárias do Comitê.
(Juros Zero) Vale ressaltar que existe também uma taxa Selic
chamada Selic Over,
Over, que é a taxa SELIC de um dia 
dia 
O Bacen só aceita redescontar Títulos especíco, pois o que é traçado pelo Copom é uma
1 dia útil Públicos Federais meta, mas o que acontece diariamente chama-se
(Há cobrança de juros pelo Bacen) Selic Over; isso ocorre porque, como qualquer outro
Qualquer título serve para ser redescon- papel que vale dinheiro, os títulos públicos variam de
Até 15 dias tado, desde que o Bacen entenda que é preço todo dia.
úteis um título seguro e com garantia Até dezembro de 2017, o Copom podia divulgar
(Há cobrança de juros pelo Bacen) essa Meta da
tendência deTaxa Selic
alta ou decom umEsse
baixa. viés,artifício
ou seja, com uma
era utili-
Qualquer título serve para ser redescon- zado para casos extremos de variação econômica nos
Até 90 dias tado, desde que o Bacen entende que é quais o Presidente do Copom poderia elevar ou abai-
corridos um título seguro e com garantia xar a taxa Selic sem, necessariamente, convocar uma
(Há cobrança de juros pelo Bacen) reunião extraordinária do colegiado do comitê. Entre-
tanto, em 19 de dezembro de 2017,
20 17, através da Circular
3868, o Bacen não
não mais
 mais autorizou ao Copom divulgar
Comitê de Política Monetária (Copom) Taxa Selic com vieses de alta ou de baixa, para evitar
quaisquer tipos de especulações no mercado.
Instituído em 20 de junho de 1996, tem como obje- As reuniões ordinárias do Copom ocorrem apro-
tivo estabelecer as diretrizes
as diretrizes da política monetária ximadamente de
ximadamente  de 45 em 45 dias e dividem-se em dois
e denir a  a  taxa de juros 
juros   básica
básica   que será seguida dias/sessões: geralmente, a primeira sessão às terças-
pelos bancos. -feiras e a segunda, às quartas-feiras.    S
O Copom é composto pelos membros da Diretoria O número de reuniões ordinárias foi
ordinárias foi reduzido para    O
   I
oito ao ano a
ano a partir de 2006, sendo o calendário anual    R
Colegiada do Banco Central do Brasil:Brasil : o presiden-     Á
te,, que tem o voto de qualidade;
te qualidade; e os diretores
diretores   de divulgado até o m de junho do ano anterior, admitidas    C
   N
Administração, Assuntos Internacionais e de Gestão modicações até o último dia do ano da divulgação.    A
   B
de Riscos Corporativos, Fiscalização, Organização do No primeiro
No  primeiro dia dasuma
reuniões, os chefes de depar-    S
Sistema Financeiro e Controle de Operações do Cré- tamento apresentam análise da conjuntura    O
doméstica   abrangendo inação, nível de atividade,
doméstica    T
dito Rural, Política Econômica, Política Monetária,    N
Regulação do Sistema Financeiro, e Relacionamento evolução dos agregados monetários, nanças públi-públi-    E
cas, balanço de pagamentos, economia internacional,    M
   I
Institucional e Cidadania. mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado    C
   E
Também participam do primeiro dia da reunião os monetário, operações de mercado aberto, avaliação    H
chefes dos seguintes departamentos do Banco Central:    N
prospectiva das tendências da inação  e expectati-    O
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema vas gerais para variáveis macroeconômicas.    C
de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações No   segundo dia da reunião, do qual participam
No
do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econô- apenas os membros do Comitê e
Comitê  e o chefe do Depep,
mico (Depec), Departamento de Estudos e Pesquisas sem direito a voto, os diretores de Política Monetária
(Depep), Departamento das Reservas Internacionais e de Política Econômica, após análise das projeções 253

atualizadas para a inação, apresentam 


apresentam  alterna-  II - regular a utilização
utilização do crédito
crédito nesse mercado;
mercado;
tivas para a taxa
a taxa de juros de curto prazo e fazem 
fazem   III - xar, a orientação geral a ser observada pela
recomendações acerca da  da  política monetária.
monetária. Em Comissão de Valores Mobiliários no exercício de
seguida, os demais membros do Copom fazem suas suas atribuições;
ponderações e apresentam eventuais propostas alter-  IV - denir as atividades da Comissão de Valores
nativas. Ao nal, procede-se à votação das propostas,  Mobiliários que devem ser exercidas em coordena-
buscando-se, sempre que possível, o consenso. A deci- ção com o Banco Central do Brasil.
são nal – a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver V - aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da
 – é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo Comissão de Valor
Valores
es Mobiliários
tempo em que é expedido Comunicado através do Sis- VI - estabelecer  , para ns da política monetária
tema de Informações do Banco Central (SisBacen). e cambial, condições especícas para negociação
As atas
atas   em português das reuniões do Copom são de contratos derivativos , independentemente da
divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana poste-
poste- natureza do investidor (Incluído pela Lei nº 12.543,
rior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de de 2011)
até seis dias úteis após o m da segunda sessão, sen- § 1o  Ressalvado o disposto nesta Lei, a scaliza-
do publicadas na página do Banco Central na internet1  ção do mercado nanceiro e de capitais con-
e para a imprensa a partir das 18h30 do dia da segunda tinuará a
tinuará  a ser exercida, nos termos da legislação
sessão. Em inglês, deverão ser publicadas no 7º dia útil. em vigor, pelo Banco
pelo Banco Central do Brasil.
Brasil.  (Incluído
Ao nal de cada trimestre civil, o Copom divulga,  pela Lei nº 12.543, de 2011)
através do Bacen, o documento Relatório de Ina-
ção2, que analisa detalhadamente a conjuntura eco- Ou seja, tudo que não for dado como responsabi-
nômica e nanceira do País, bem como apresenta suas lidade da CVM, será do Bacen. Assim, a CVM e o CMN
projeções para a taxa de inação. Dentro das políti-
políti - exercem as funções de:
cas monetárias, o CMN e o Bacen, buscando facilitar
aaglomerados
confecção desse relatório de inação, criaram os   Assegurar
Assegurar o  o funcionamento eciente e regular
monetários, e dentro deles, os meios de dos mercados de bolsa e de balcão;
pagamento, que são a forma como o dinheiro está pre-   Proteger os
Proteger  os titulares de valores mobiliários;
sente na economia, quer em dinheiro “vivinho” ou em   Evitar   ou coibir
Evitar coibir   modalidades de fraude ou
“papel que vale dinheiro”. manipulação no mercado;
  Assegurar   o acesso do público a informações
Assegurar
Comissão De Valores Mobiliários (CVM) sobre valores mobiliários negociados e sobre as
companhias que os tenham emitido;
z  Lei 6.385/1976 e alterações posteriores   Assegurar a
Assegurar  a observância de práticas comerciais
equitativas no mercado de valores mobiliários;
Apenas em 1976, portanto, 12 anos após a criação   Estimular a
Estimular  a formação de poupança e sua apli-
do SFN, foi criada a CVM, uma autarquia
autarquia,, em regime cação em valores mobiliários.
especial, vinculada ao Ministério da Economia,
Economia, cole-
giada, independente. Atenção:: Estimular a formação de poupança tare-
Atenção
Ela é composta por 5 Diretores,
Diretores, incluindo o pre- fa é do Bacen, mas estimular a formação de poupança
sidente, todos indicados pelo Presidente da Repú- para aplicação em valores mobiliários 
mobiliários  compete à
blica   e aprovados pelo Senado 
blica Senado  Federal
Federal.. Todos têm CVM.
mandato xo e estabilidade
 estabilidade;; atente-se ao fato de que Também é tarefa da CVM promover a expansão
mandato é de 5 anos,
anos, proibida a recondução, ou seja, e o funcionamento eciente e regular do mercado
a “reeleição”, e a cada ano a comissão se renova em   de ações e estimular as aplicações permanentes em
um quinto,
quinto, ou seja, sai um dos 5 e entra um novo. ações do capital social das companhias abertas.
É atribuição da CVM scalizar os seguintes valo-
Dica res mobiliários:
mobiliários:
Lembre-se de que a CVM adora o número 5! Qual-
z  Ações (e suas distribuições públicas);
Ações (e
quer coisa diferente de 5 está errada:
z  Debêntures e suas cédulas (e suas distribuições
z 5 diretores;
públicas);
z Mandato de 5 anos;
z  Bônus de subscrição (e suas distribuições públicas)
z Renovados a cada ano e 1/5.
z  Cotas de Fundos de Investimentos;
z  Notas promissórias comerciais – commercial pa-
Suas reuniões
reuniões ordinárias
 ordinárias são semanais
semanais,, das quais  pers (e
 pers (e suas distribuições públicas);
são emitidas Instruções Normativas de vinculação
z  Fundos de investimento;
Nacional. A comissão é responsável por regulamen-
z  Derivativos , Contratos Futuros e de Opções (Deri-
tar, desenvolver, controlar e scalizar o Mercado de
Valores Mobiliários do país. A CVM sempre vai ter vativos são contratos
de seu valorcontratos que
 quesubjacente,
de um ativo derivam ataxa
maior
de parte
refe-
suas atribuições ligadas aos termos “Valores Mobiliá-
rios” ou “Mercado de Capitais”. rência ou índice).
Acompanhe o art. 3º da Lei 6.385/1976:
É atribuição da CVM scalizar os seguintes merca-
Art. 3º Compete
3º Compete ao Conselho Monetário Nacional: dos de valores mobiliários:
mobiliários:
 I - denir a política a ser observada na organiza-
ção e no funcionamento
no funcionamento do do mercado de valores z  Mercado de balcão;
mobiliários ; z  Bolsas de valores.
1 Disponível em: https://www.bcb.go
https://www.bcb.gov.br/publicaco
v.br/publicacoes/atascopom
es/atascopom
254 2 Disponível em: https:/
https://www.bcb.go
/www.bcb.gov.br/publicaco
v.br/publicacoes/ri
es/ri

Cabe ao CMN disciplinar as atividades das Bolsas Estas atividades realizadas pelas Instituições Fi-
de Valores. Também compete ao CMN estabelecer, nanceiras levam ao desenvolvimento dos produtos
para ns da política monetária e cambial, condições nanceiros ou bancários, que estudaremos mais à
especícas para negociação de contratos de derivati-
derivati - frente.
vos, independentemente da natureza do investidor.
Não são títulos de responsabilidade da CVM: FORMAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS

z  Títulos Públicos (Federais, Estaduais e Municipais); Muitas pessoas se perguntam: como um banco
z  Títulos Cambiais. determina uma taxa de juros?
Para estabelecer uma taxa de juros, os bancos
Estes são competência do Banco Central. Compete seguem o mesmo raciocínio de um vendedor de qual-
ao Bacen scalizar o Mercado de Capitais quando de quer produto ou serviço. Para estabelecer esta taxa
títulos de valores mobiliários não contemplados pela o banco busca saber a quantidade de demanda pelo
Lei 6.385/76. Logo, o BACEN scaliza tudo o que a CVM produto nanceiro, bem como os custos para vendê-lo
não scalizar no Mercado de Capitais. e a sua margem de lucro.
Para se construir esta taxa os bancos levam em
consideração:

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS z  Custo da captação 


captação  do dinheiro (valor que irá ser
pago ao cliente que deposita os recursos no banco);
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: ESTRUTURA z  Custos administrativos 
administrativos  do banco como: salários,
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; ÓRGÃOS impostos, água, luz, telefone, despesas judiciais etc;
NORMATIVOS E INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS, z  Custos com recolhimento compulsório,
compulsório, pois os
EXECUTORAS E OPERADORAS valores que cam retidos no banco central, mes- mes -
mo sendo remunerados, não tem o mesmo ganho
Ótimo, agora sabemos tudo sobre quem normatiza que teriam se estivessem sendo emprestados aos
e quem scaliza as instituições nanceiras, mas quem clientes;
são de fato estas instituições nanceiras? z  Inadimplência do produto,
produto, uma vez que quanto
maior for a inadimplência, maior será o risco de
Lei 4.595/1964 prejuízo, e este prejuízo é repassado aos clientes
com aumentos de taxas e tarifas;
Art. 17 Consideram-se instituições nanceiras , z  Margem de lucro desejada.
lucro desejada.
 para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas
as pessoas
 jurídicas públicas ou privadas , que tenham Quando os bancos avaliam as taxas de juros cobra-
como atividade principal ou acessória a cole- das, levam em consideração uma equação matemáti-
ta , intermediação
intermediação   ou aplicação
aplicação   de recursos
recursos  
 nanceiros  próprios
 próprios   ou de terceiros
terceiros , , em moeda ca simples: Receita de Crédito – Custo da Captação.
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de Esta equação mostra o lucro bruto da liberação dos
 propriedade de terceiros.
terceiros. créditos, uma vez que apenas deduziu o custo da cap-
 Parágrafo único. Para os efeitos desta
desta lei e da
da legis- tação, e como vimos ali em cima, este não é o único
lação em vigor, equiparam-se às instituições custo que o banco possui.
 nanceiras as pessoas físicas que exerçam O resultado desta equação chama-se spread
spread.. Este
qualquer das atividades referidas neste arti- termo nada mais é do que a diferença entre a receita
 go, de forma permanente
permanente ou eventual.
eventual. das taxas de juros que o banco recebe, e as despesas
Art. 18  As instituições nanceiras somente que o banco tem para captar os recursos que serão
 poderão funcionar no País mediante prévia emprestados.
autorização do Banco Central da República do
 Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando
 forem estrangeiras.
estrangeiras.
Juro pago ao Juro pago pelo
SPREAD
banco por seus banco a seus
BANCÁRIO
Basicamente, uma instituição nanceira tem como devedores credores
objetivo a intermediação dos recursos de clientes que    S
tem dinheiro sobrando (agentes superavitários), para    O
   I
os clientes que precisam de dinheiro (agentes de-
de -    R
    Á
citários). Ou seja, pega-se de quem tem sobrando e    C
empresta-se à quem está precisando. Importante!    N
   A
   B
Entretanto, quando a instituição busca captar di- Este spread não pode ser confundido com lucro    S
nheiro, ela oferece
ra que eles aceitemaos clientes
assumir osuma recompensa
riscos pa-
de emprestar banco, pois se considerarmos que o spread é
do banco,    O
   T
   N
o lucro, estamos armando que a única despesa    E
dinheiro, essa recompensa nós chamamos de remu- que o banco possui é o custo de captação, o que    M
   I
neração por aplicação, e esta operação, para a institui-    C
ção, é uma operação passiva
operação passiva.. 
não é verdade!    E
   H
 Já quando o cliente necessita de dinheiro, a insti- O spread bancário funciona como um lucro bru-    N
to, do qual ainda serão deduzidas as despesas    O
tuição nanceira busca emprestar o dinheiro capta-
capta -    C
do, mas cobra do cliente uma taxa de juros, que nada administrativas, as provisões de devedores duvi-
mais é do que o preço do dinheiro emprestado, mais o dosos (inadimplência) e despesas gerais, can-
can-
seu lucro. Esta operação, para a instituição nanceira,
nanceira ,  do o que sobrar depois destas deduções o real
é chamada ativa
ativa.. lucro do banco. 255

Taxa de Juros do Mercado x Taxa Selic z  Agenciamento dos pagamentos e recebimentos


fora do País;
A taxa de juros chamada Selic, que é a taxa que z   Operador dos fundos setoriais, como Pesca e
remunera os títulos públicos e que falaremos bastante Reorestamento;
ainda no decorrer da matéria, serve como balizadora z  Captação de depósitos de poupança
poupança,, com direcio-
das taxas de juros cobradas pelos bancos, ou seja, se a namento para o crédito rural,
rural, e operacionalização
taxa de juros Selic subir, as taxas de juros dos bancos do FCO
FCO –
 – Fundo Constitucional do Centro-Oeste;
z   Execução dos preços mínimos dos produtos
sobem também,
Tem-se, e vice-versa.
portanto, a formação das taxas de juros, agropastoris;
onde os bancos levam em consideração: z  Execução dos serviços da dívida pública consolidada;
z  Realizar, por conta própria,
própria, operações de compra
z  Custos administrativos (salários,
administrativos (salários, inadimplência, e venda de moeda estrangeira 
estrangeira  e, por conta do
indenizações etc; BACEN, nas condições estabelecidas pelo CMN;
z  Custo da captação (pago
captação (pago aos poupadores); z  Arrecadação dos tributos e rendas federais,
federais, a
z  Tendência da taxa Selic (determinada
Selic (determinada pelo governo). critério do Tesouro Nacional;
z  Executor dos serviços bancários para o Gover-

Desta forma, temos a taxa de juros de uma institui- no Federal,


Federal, e suas autarquias, bem como de todo
ção nanceira, que será cobrada em muitas operações os Ministérios e órgãos acessórios.
de crédito.
Mais à frente entenderemos como o governo deter- BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
mina esta taxa Selic e como ela inuencia de forma
abrangente a formação das taxas de juros.
Criado em 1952 como autarquia federal, foi enqua-
drado como uma empresa pública federal, com
PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS
PRINCIPAIS
FEDERAIS personalidade
própriojurídica
mônio próprio, , pela Leide5.662,
direito
de privado e patri-
21 de junho de
1971. O BNDES é uma Empresa Pública vinculada ao
Caixas Econômicas Ministério da Economia e
Economia e tem como objetivo:
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está z  Apoiar empreendimentos que contribuam para o
regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de desenvolvimento do país.
1969, como empresa pública vinculada ao Ministé-
rio da Economia.
Economia. Trata-se de instituição assemelha- Suas linhas de apoio contemplam nanciamentos
da aos bancos comerciais, podendo capta depósitos de longo prazo e
prazo e custos competitivos, para o desen-
à vista,
vista, realizar operações ativas e efetuar prestação volvimento de projetos 
projetos  de investimentos e para
de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é a comercialização de máquinas e equipamentos
que ela prioriza a concessão de empréstimos e nan-
nan- novos, fabricados no país, bem
país, bem como para o incre-
ciamentos a programas e projetos nas áreas de assis- mento das exportações brasileiras.
brasileiras. Contribui, tam-
tência social, saúde, educação, trabalho, transportes bém, para o fortalecimento da estrutura de capital das
urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao empresas privadas e desenvolvimento do mercado de
consumidor,, nanciando bens de consumo durá-
consumidor capitais. A BNDESPAR
BNDESPAR,, subsidiária
subsidiária   integral, investe
veis, emprestar
e caução sob, garantia
de títulos,
títulos bem comodetem
penhor industrial
o monopólio do eem empresas nacionais
debêntures através
conversíveis. da subscrição
O BNDES deser
considera ações
de
empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob con- fundamental importância, na execução de sua política
de apoio, a observância de princípios ético-ambientais
signação e tem o monopólio da venda de bilhetes de
loteria federal.
federal. Além de centralizar
centralizar o
 o recolhimento e assume o compromisso com os princípios do desen-
e posterior aplicação de todos os recursos oriundos
o riundos do volvimento sustentável. As linhas de apoio nanceiro
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS( FGTS),
), inte- e os programas do BNDES atendem às necessidades
gra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo de investimentos das empresas de qualquer porte
(SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). e setor, estabelecidas no país. 
país.  A parceria com ins-
tituições nanceiras, com agências estabelecidas em
todo o país, permite a disseminação do crédito, pos-
Banco do Brasil S/A sibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.
O BB é uma S/A, Múltipla, Pública, de capital Operações Passivas de uma Instituição Financeira
aberto,, onde o Governo Federal é o acionista majori-
aberto
tário, portanto é uma Sociedade de Economia Mista,
Mista, z Depósitos à vista ou depósitos em conta corren-
onde existe capital público e privado, juntos. te ou depósitos a Custo Zero:
É o principal executor da política ocial de cré-
dito rural. 
rural.  São a captação de recursos junto ao público em
Tem algumas funções atípicas, pois ainda é um geral, pessoas físicas e jurídicas.
jurídicas. Os depósitos à vis-
grande parceiro do Governo Federal, são elas: ta têm como características não são remunerados 
remunerados 
e permanecem no banco por prazo indeterminado,
indeterminado,
z  Executar e administrar os serviços da câmara de
Executar e sendo livres as suas movimentações.
movimentações.
compensação de
compensação  de cheques
cheques e
 e outros papéis; Para o banco, geram fundos ( funding 
 funding ) para lastrear
z  Efetuar os pagamentos
pagamentos e
 e suprimentos necessários operações de créditos de curto prazo, porém, uma
à execução do Orçamento Geral da União;
União; parte deve ser recolhida ao BACEN,
BACEN, como depósito
z  Aquisição e nanciamento dos estoques de produ- compulsório,, servindo portando como instrumen-
compulsório
256 ção exportável; to de política monetária. Outra parte destina-se ao

crédito contingenciado, conforme parâmetros de- de - um banco comercial e o banco entrega um certicado
nidos pelo CMN, e o restante são os recursos livres de que o cliente depositou aquele dinheiro, e pagará
para aplicações, pelo banco. uma remuneração em forma de taxa de juros, geral-
A movimentação das contas correntes, cujos recur-
re cur- mente atrelada a outro certicado de depósito, cha-
cha -
sos são de livre movimentação pelos seus titulares, mado CDI
CDI –
 – Certicado de Depósito Internanceiro.
são movimentadas por meio de depósitos, cheques, A vantagem deste papel é que pode ser ser   “passa-
ordens de pagamento, documentos de créditos (DOC), do para frente”, 
frente”,  ou seja, pode ser endossado
endossado (para
 (para
transferências eletrônicas disponíveis (TED) e outros. quem nunca viu este termo, nada mais é do que poder

sãoAnormatizadas
abertura e movimentação de contas
pelo CMN, por meio correntes
das Resoluções passar para frente). O CDB possui duas modalidades
modalidades::
n. 2025 e 2.747 e dispositivos complementares. z Pré-xado, quando determinamos a remuneração
De regra todo depósito é feito no Caixa do Banco, do cliente no momento da contratação;
que recebe o dinheiro e autentica a cha de depósito, z Pós-xado quando a remuneração do cliente está
que vale como prova de que foi feito o depósito e que atrelada a um índice futuro.
o cliente entregou tal dinheiro ao Banco.
As chas de depósitos devem ser preenchidas pelo Na modalidade pós-xada, há uma sub modalida-
modalida-
cliente ou por funcionário do Banco, constando, espe- de chamada utuante , esta modalidade permite que
cicamente, os valores em cheque e em dinheiro, sen-
sen- a remuneração varie todo dia, ou seja, o cliente será
do que uma das vias da cha será entregue ao cliente remunerado por período que deixar o dinheiro apli-
e a outra será o documento contábil do caixa. cado. Neste caso dizemos que o CDB possui liquidez
O depósito tanto pode ser feito em dinheiro cor- diária,, pois após o primeiro dia de aplicação já é pos-
diária
rente, como em cheques, que serão resgatados pelo sível resgatar os valores obtendo juros proporcionais
Banco depositário junto ao serviço de compensação ao período aplicado. O RDB –
RDB – Recibo de Depósito Ban-
de cheques, ou pelo serviço de cobrança. cário é materializado quando o cliente faz uma entre-
Os depósitos em dinheiro produzem o imediato ga de dinheiro a uma Instituição Financeira, mas esta
crédito na conta
os depósitos em corrente emterão
cheque só que foi depositado,
o crédito mas
liberado não pode
contas emitir um
correntes. certicado,então,
A instituição, pois não
emite capta em
apenas
após seu resgate. um recibo, um simples recibo, que diz: “este cliente
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO deixou comigo um valor e eu remunerarei por uma
taxa de juros”, geralmente, também, o CDI.
É importante mencionar que o depósito à vista é O problema
problema deste
 deste papel é que, por não
nã o ser um cer-
uma das principais formas que as Instituições Finan- ticado, e sim apenas um recibo, não pode ser pas-
ceiras têm de criar moeda escritural,
escritural, ou seja, moedas sado para frente,
frente, ou seja, não pode ser endossado. 
endossado. 
que são dados em um computador, que não existem As instituições são as Sociedades de Crédito e as Coo-
materialmente. Logo, só os captadores de depósito à perativas de Crédito, pois só podem captar depósito
vista criam moeda escritural. a prazo sem emissão de certicado, ou seja, apenas
RDB. O RDBRDB   possui duas modalidades: Pré-xado e
z  Depósito a prazo ou depósito a prazo xo: Pós-xado, entretanto o RDB não possui liquidez
diária,, visto que não pode ser resgatado, sob hipótese
diária
São depósitos em que o cliente dá ao banco um alguma, enquanto não acabar o prazo acordado com
prazo para sacar o dinheiro, ou seja, o cliente não a instituição nanceira.
poderá sacar sem prévio aviso ao banco. Com isso, o
banco ca mais seguro para emprestar esse dinheiro Caderneta de Poupança
captado, portanto, paga uma remuneração, em forma
de taxa de juros, pelo prazo que o dinheiro permane- As instituições nanceiras captadoras de poupan-
poupan-
cer aplicado. ça são geralmente as que aplicam em nanciamen-
nanciamen -
Com esses valores o banco empresta-os para os tos habitacionais, ou seja, pegam o valor arrecadado
decitários e nesta ponta realiza uma operação ativa
ativa,, na poupança e emprestam boa parte do valor em
pois está em posição superior, uma vez que o cliente nanciamentos habitacionais. Existem, no entanto,
agora deverá devolver o dinheiro ao banco. as poupanças rurais que são captadas pelos bancos
comerciais, para empréstimos no setor rural.
As instituições que captam poupança no País são:
Importante Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), Associações    S
   O
   I
de Poupança e Empréstimo (APE) e a Caixa Econô-    R
Se sua prova pedir para você denir se tal opera-
opera - mica Federal (CEF), além de outras instituições que     Á
   C
ção é ativa ou passiva, atente para um referencial queiram captar, mas deverão assumir o compromisso    N
que a questão estiver indicando, caso contrário, de emprestar parte dos recursos em nanciamentos    A
   B
poderá se confundir. Nosso referencial acima foi habitacionais.    S
A caderneta de poupança constitui um instru-    O
o BANCO.    T
mento de aplicação de recursos muito antigo, que    N
   E
visa, entre outras coisas, a aplicação com uma ren-    M
   I
Os Depósitos a Prazo Mais Comuns São o CDB e o tabilidade razoável para o cliente. Esta rentabilidade    C
   E
RDB é composta por duas parcelas sendo uma básica e a    H
outra variável. A parcela básica chamamos de TR ou    N
   O
O CDB e o RDB nada mais são do que, como vimos Taxa de referência, que nada mais é do que a média    C
acima, o cliente superavitário emprestando dinheiro das Letras do Tesouro Nacional (tipo de título públi-
ao banco, para que este empreste dinheiro aos de-
de- co federal pré-xado) negociadas no mercado secun-
secun-
citários. O CDB 
CDB  – Certicado de Depósito Bancário é dário e registradas na Selic. Já a parcela Variável é a
materializado quando o cliente faz um depósito, em remuneração adicional, que pode ser de 0,5% ao mês, 257

aproximadamente 6,17% ao ano; ou 70% da Meta da Desta forma, para conciliar os dois pensamen-
taxa Selic. tos, podemos consolidar que a poupança só rende-
rá se completar aniversário, e este aniversário é do
mês corrido para pessoas físicas e entidades sem ns
lucrativos; e para os demais será o trimestre corrido.
Para pessoas físicas e pessoas jurídicas sem
ns lucrativos, não há incidência
há incidência de tributação
tributação   de
imposto de renda, entretanto devem ser declarados
no
pagar imposto de renda;
imposto, mas
ok? para as declarar
pessoas éjurídicas
diferentecom
de
ns lucrativos  há incidência de imposto 
imposto  de renda
nos rendimentos trimestrais da poupança, a alíquo-
ta   a ser cobrada será de 22,5%
ta 22,5%   sobre os rendimen-
tos. 

OPERADORES DO SFN

Instituições Financeiras Monetárias ou Bancárias

São instituições que captam basicamente depósi-


Para que você possua direito à rentabilidade da tos à vista, abrindo contas correntes e criando moeda
poupança, existem algumas regrinhas que você deve escritural. Relembrando, essas moedas escriturais são
obedecer, conforme a Lei 8.177/91, que é a lei que números virtuais em computador, o dinheiro físico/
determinar remuneração da poupança e suas regras. material não existe.

z 1ª A remuneração será calculada sobre o menor Bancos Comerciais


saldo apresentado em cada período de rendimen-
to. Mas o que é um período de rendimento? Os bancos comerciais são instituições nanceiras
privadas ou públicas que
públicas que têm como objetivo princi-
 I - para os depósitos de
de pessoas
 pessoas físicas e
físicas  e entida-
des sem ns lucrativos , o período de rendimento
pal proporcionar suprimento de recursos necessários
é o mês corrido , a partir da data de aniversário 
aniversário  para nanciar, a curto e médio prazo,
prazo, o comércio
comércio,, a
da conta de depósito de poupança; indústria,, as empresas prestadoras de serviços,
indústria serviços, as
 II - para os demais depósitos , o período de ren- pessoas físicas e terceiros em geral.
geral. Deve ser cons-
dimento é o trimestre corrido a
corrido a partir da data tituído sob a forma de sociedade anônima e
anônima e na sua
de aniversário da
aniversário da conta de depósito de poupança. denominação social deve constar a expressão “Ban-
co”, vedado à palavra Central (Resolução
Central (Resolução CMN 2.099,
E essa tal data de aniversário? O que é? de 1994). Captam depósitos à vista,
vista, como atividade
típica, abrindo contas-correntes
contas-correntes   e criando moeda
A data de aniversário 
aniversário  da conta de depósito de escritural,, mas, também podem captar deposito a
escritural
poupança será o dia do mês de sua abertura,
abertura, consi- prazo xo (CDB/RDB).
derando-se a data de aniversário das contas abertas
nos dias 29, 30 e 31 como o dia 1° do mês seguinte. Caixas Econômicas
z  2ª O crédito dos rendimentos será
rendimentos será efetuado: A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está
regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de
 I - mensalmente , na data de aniversário
aniversário da conta, 1969, como empresa pública vinculada ao Ministé-
 para os depósitos
depósitos de pessoa
de pessoa física e de entidades rio da Economia.
Economia. Trata-se de instituição assemelhada
sem ns lucrativos ; e aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à
 II - trimestralmente , na
na data
data de aniv
aniversá
ersário
rio no últi-
mo mês do trimestre , para
para os demais depósitos.
depósitos.
vista, realizar operações ativas e efetuar prestação
vista,
de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é
Resumindo, para você receber o rendimento da que ela prioriza a concessão de empréstimos e nan-
nan-
sua poupança, é preciso deixar o recurso depositado ciamentos a programas e projetos nas áreas de assis-
até a data de aniversário da poupança, e no aniversá- tência social, saúde, educação, trabalho, transportes
rio dela quem ganha o presente (os juros) é você! Note urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao
que para isso você deve deixar o valor depositado até consumidor,, nanciando bens de consumo durá-
consumidor
que o valor complete o aniversário, mas há,
há , neste pon- veis, emprestar sob garantia de penhor industrial
to, uma confusão entre a interpretação da lei e ques- e caução de títulos.
títulos. Conta, também, com o monopólio
tões de prova, pois a lei é bem clara ao armar que a do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob con-
data de aniversário é o dia da abertura da conta e não signação e tem o monopólio da venda de bilhetes de
o dia do depósito do recurso. loteria federal.
federal. Além de centralizar
centralizar o o recolhimento
Entretanto, as bancas examinadoras de concursos de e posterior aplicação de todos os recursos
re cursos oriundos do
bancos vêm armando que a conta poupança pode ter Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS ( FGTS),
), inte-
28 aniversários, ou seja, um para cada dia de depósitos, gra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
uma vez que posso realizar depósitos todo dia, e que os (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
depósitos nos dias 29,30 e 31 são contabilizados como
258 efetivamente realizados no dia 01 do mês seguinte.

Cooperativas de Crédito CENTRAIS de crédito,


crédito, as quais devem deter no míni-
mo 51% das ações 
ações  com direito a voto 
voto  (Resolução
A cooperativa de crédito é uma instituição nancei-
nancei- 2.788/00).
ra formada por uma associação autônoma de pessoas Principais características:
unidas voluntariamente, com forma e natureza jurí-
dica próprias, de natureza civil,
civil, sem ns lucrativos, z  Captam depósitos à vista e a prazo (CDB e RDB)
constituída para prestar serviços a seus associados.
associados. somente de associados;
z  Captam recursos dentro do país e no exterior atra-
Deve Constar a expressão “cooperativa de crédito”.
vés de empréstimos;
z  Os recursos por eles captados cam na região onde
o nde
z  Singulares: mínimo de 20 PF (algumas PJ podem
Singulares: o Banco atua, e onde os recursos foram gerados;
desde que sejam de atividades correlatas, pareci- z  Emprestam através de linhas de crédito em geral
das, e que não tenham ns lucrativos) somente aos associados;
z  Prestam serviços também aos não cooperados.
Resolução 4.434/2015 
4.434/2015  As cooperativas de crédito
singulares passam a ser classicadas nas seguintes Note que não há obrigatoriedade de a constitui-
categorias: ção do Banco Cooperativo ser uma S/A fechada, pois a
Resolução cita apenas uma S/A, deixando a critério da
 I.  Plenas
 Plenas   – podem praticar todas as operações instituição essa decisão.
autorizadas às cooperativas de crédito;
 II. Clássicas
Clássicas   – vedada a realização de opera- Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
ções que geram exposição vendida ou comprada
em ouro, moeda estrangeira, variação cambial, Os bancos múltiplos são instituições nanceiras
variação no preço de mercadorias, ações ou em privadas ou públicas que
públicas que realizam as operações ati-
instrumentos nanceiros derivativos, bem como a vas, passivas e acessórias das diversas instituições
aplicação em títulos de securitização, empréstimos nanceiras, por intermédio das seguintes carteiras:
de ativos, operações compromissadas e em cotas de comercial,, de investimento
comercial investimento e/ou
 e/ou de desenvolvimen-
 fundos de investimento;
investimento; e to,, de crédito imobiliário,
to imobiliário, de arrendamento mer-
 III. Capital e Empréstimo 
Empréstimo  – vedada a capta- cantil e
cantil  e de crédito, nanciamento e investimento.
ção de depósitos e a realização de operações que Essas operações estão sujeitas às mesmas normas
 geram exposição vendida ou comprada em ouro, legais e regulamentares aplicáveis às instituições sin-
moeda estrangeira, variação cambial, variação no gulares correspondentes às suas carteiras. A carteira
 preço de mercadorias, ações ou em instrumentos
 nanceiros derivativos, bem como a aplicação em de desenvolvimento somente poderá ser operada
títulos de securitização, empréstimos de ativos, por banco público. O
público. O banco múltiplo deve ser cons-
operações compromissadas e em cotas de fundos tituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma
de investimento. delas, obrigatoriamente, comercial ou de investi-
mento,, e ser organizado sob a forma de sociedade
mento
z  Centrais:: mínimo de 3 cooperativas singulares.
Centrais anônima.. As instituições com carteira comercial
anônima
podem captar depósitos à vista.vista. Na sua denomina-
Características: ção social deve constar a expressão “Banco” (Resolu-
“Banco” (Resolu-
ção CMN 2.099, de 1994).
 São equiparadas às Instituições Financeiras (Lei Como você percebe, este banco múltiplo tem tudo
7492/86); a ver com Banco Comercial, e mais na frente você per-
 ceberá que existe o Banco de Investimentos, que é não
não  
  Atuam principalmente 
principalmente
economia (rural).   no setor primário da monetário, e que também forma um Banco Múltiplo,
mas sem carteira comercial, ou seja, não poderá cap-
Operações mais comuns: tar depósitos à vista.

  Captam depósitos à vista e a prazo somente de INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS


associados, sem emissão de certicado – “RDB”, OU NÃO BANCÁRIAS
além de poderem, desde 2020, captar Caderne-
ta de Poupança e realizar operações de nan-
nan - São instituições que não captam depósitos à vis-
ciamento habitacional; ta, ou seja, não abrem contas correntes e não criam    S
moeda escritural.
escritural. Estas instituições não lidam com    O
   I
  Obter empréstimos ou repasses de instituições    R
nanceiras nacionais ou estrangeiras, inclusive dinheiro em espécie, mas sim com papéis que valem     Á
dinheiro e saldos eletrônicos, que representam valo-    C
por meio de depósitos internanceiros. (Reso-
(Reso -    N
lução 3.859/2010); res em dinheiro.    A
   B
  Receber recursos de fundos ociais;    S
  Doações; Bancos de Investimento    O
   T
  Conceder empréstimos e nanciamentos ape- ape -    N
   E
nas aosno
associados; Os bancos de investimento sãoeminstituições    M
   I
  Aplica mercado nanceiro. nanceiras privadas  especializadas operações    C
   E
de participação societária de caráter temporário, de    H
Banco Cooperativo nanciamento da atividade produtiva para supri-
supri-    N
   O
mento de capital xo e de giro e de administração    C
Banco comercial ou banco múltiplo constituído, de recursos de terceiros. 
terceiros.  Devem ser constituídos
obrigatoriamente, com carteira comercial.
obrigatoriamente, comercial. É uma sob a forma de sociedade anônima 
anônima  e adotar, obri-
sociedade anônima 
anônima  e se diferencia dos demais por gatoriamente, em sua denominação social, a expres-
ter como acionistas controladores as cooperativas são “Banco de Investimento”. 
Investimento”.  Não possuem contas 259

correntes
correntes e
 e captam recursos via depósitos a prazo,
prazo, altas taxas de juros devido à alta inadimplência de
repasses de recursos externos, internos e venda de suas operações. Exemplo: Fininvest, Losango.
cotas de fundos de investimento por eles adminis-
trados. As principais operações ativas são nancia-
nancia- Sociedades de Arrendamento Mercantil
mento de capital de giro e capital xo, subscrição ou
aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos Sociedade de arrendamento mercantil (SAM) rea-
internanceiros e repasses de empréstimos externos liza arrendamento de bens móveis e imóveis adquiri-
(Resolução CMN 2.624, de 1999). dos por ela, segundo as especicações da arrendatária
(cliente), para ns de uso próprio desta. Assim, os con-
con -
z  Podem ter Conta desde que: não remunerada e não tratantes deste serviço podem usufruir de determina-
movimentada por cheque nem por meio eletrôni- do bem sem serem proprietários dele.
cos pelo cliente; Embora sejam scalizadas pelo Banco Central do
z  Administra fundos de investimento;
investimento; Brasil e realizem operações com características de um
z  São Agentes Underwriters  e auxiliam na oferta nanciamento, as sociedades de arrecadamento mer- mer-
pública inicial de papéis de companhias abertas. cantil não são consideradas instituições
instituições nanceiras, mas
sim entidades equiparadas a instituições nanceiras.
Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos Constituídas sob a forma de sociedade anônima,
anônima,
devendo constar obrigatoriamente na sua denomina-
Para xar, relembremos a denição de Bancos ção social
ção  social a expressão “Arrendamen
“Arrendamento to Mercantil”.
Múltiplos citada anteriormente: Os bancos múltiplos Operam na forma Ativa:
são instituições nanceiras privadas ou públicas que
públicas que
realizam as operações ativas, passivas e acessórias z   Leasing   –– Locação de bens Móveis, nacionais ou
das diversas instituições nanceiras, por intermédio estrangeiros e Bens Imóveis adquiridos pela enti-
das seguintes carteiras: comercial
comercial,, de investimento
investimento   dade arrendadora para ns de uso próprio do
e/ou de desenvolvimento
desenvolvimento,, de crédito imobiliário,
imobiliário, arrendatário;
de arrendamento mercantil e
mercantil e de crédito, nancia- z  Captação: captam através de empréstimos
empréstimos  em
emoutras
outras
mento e investimento.
Essas investimento . sujeitas às mesmas normas
operações estão instituições nanceiras nacionais ou estrangeiras.
legais e regulamentares aplicáveis às instituições sin- Como sua principal atividade ativa é o  Lea
 Leasing 
sing   ou
gulares correspondentes às suas carteiras. A carteira arrendamento mercantil (aluguel), passa a ser conside-
de desenvolvimento somente poderá ser operada rada uma prestadora de serviços, logo sobre suas opera-
por banco público. O
público. O banco múltiplo deve ser cons- ções não incide o Imposto sob Operaçõ
Operaçõeses Financeiras
tituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma (IOF), mas
(IOF),  mas sim Imposto Sob prestação de Serviços.
delas, obrigatoriamente, comercial ou de investi- Dentro do SFN funciona um subsistema dos cap-
mento,, e ser organizado sob a forma de sociedade
mento tadores de poupança que direcionam estes recursos
anônima.. As instituições com carteira comercial
anônima para nanciamentos habitacionais, o SISTEMA BRA- BRA -
podem captar depósitos à vista.
vista. Na sua denomina- SILEIRO DE POUPANÇA E EMPRESTIMOS (SBPE). Nele
ção social deve constar a expressão “Banco” (Resolu-
“Banco” (Resolu- operam a Caixa (CEF), as Associações de Poupança e
ção CMN 2.099, de 1994). Empréstimo (APE) e as Sociedades de Crédito Imo-
biliário (SCI) e as demais instituições que desejem
Bancos de Desenvolvimento captar poupança para emprestar em nanciamentos
habitacionais.
Constituídos sob a forma de sociedade anônima,
anônima, Associações de Poupança e Empréstimos:
com
trolesede na capital
acionário
acionário, do Estado
, devendo que
adotar, detiver seu
obrigatória con-
e priva- São de
sendo constituídas sob comum
propriedade a forma de
de seus
sociedade civil,
civil,
associados.
tivamente, em sua denominação
denominação social,
 social, a expressão Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas
“Banco de Desenvolvimento”, seguida do nome do ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da
Estado   em que tenha sede (Resolução CMN 394, de
Estado Habitação (SFH). 
(SFH).  As operações passivas
passivas   são cons-
1976). tituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias,
Empréstimos direcionados principalmente para depósitos de cadernetas de poupança,
poupança , depósitos
Empresas do setor Privado. Exemplos: BDMG, BRDE. internanceiros e empréstimos externos. Os deposi-
deposi-
Bancos de desenvolvimento são exclusivamente tantes dessas entidades são considerados acionistas
bancos públicos. O BNDES não é um banco de desen- da associação e, por isso, não recebem rendimentos,
volvimento, é uma empresa pública. mas dividendos. Os recursos dos depositantes são,
assim, classicados no patrimônio líquido da associa
Sociedades de Crédito, Financiamento e ção e não no passivo exigível (Resolução CMN 52, de
Investimento 1967).

Constituídas sob a forma de sociedade anônima e


anônima e   Sociedade Civil sem ns Lucrativos;
na sua denominação
denominação social
 social deve constar a expressão   Os clientes que abrem poupança tornam-se asso-
“Crédito, Financiamento e Investimento”. Tais
Investimento”. Tais enti- ciados e recebem dividendos (remuneração da
dades captam
captam recursos
 recursos por meio de aceite e colocação poupança).
de Letras de Câmbio (Resolução
(Resolução   CMN 45, de 1966),
Certicados de Depósitos Bancários  e Recibos de z  Captação: Poupança; Letra de Crédito Hipotecá-
Depósitos Bancários (Resolução
Bancários (Resolução CMN 3.454, de 2007). ria; Letra Financeira; Repasse da Caixa Econômica
São as famosas nanceiras, geralmente ligadas Federal e de outras instituições nanceiras cap-
cap -
a algum Banco Comercial. Têm capacidade para rea- tadoras de poupança que não desejam operar no
260 lizar operações até 12 vezes o seu patrimônio e pratica SFH

Sociedades de Crédito Imobiliário z  São, juntamente com os Bancos de Investimento,


os underwriters.
São instituições nanceiras criadas pela Lei 4.380,
de 21 de agosto de 1964, para atuar
atua r no nanciamento
habitacional.. Constituem operações passivas
habitacional passivas dessas
 dessas Importante!
instituições os depósitos de poupança,
poupança, a emissão de
O acordo BACEN CVM nº17 autorizou a DTVM a
letras e cédulas hipotecárias e depósitos internan-
internan -
operar no ambiente da Bolsa de Valores, acaban-
ceiros. Suas operações ativas são: nanciamento para
construção de habitações,
habitações, abertura de crédito para do, assim, com uma grande diferença existente
compra ou construção
construção de
 de casa própria, nanciamen-
nanciamen- entre as CTVM e DTVM.

to de capital
dutoras de giro a empresas
e distribuidoras incorporadoras,
de material pro-.
de construção
construção. Bolsas de Valores e Bolsas de Mercadorias e de
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade Futuros
anônima,, adotando obrigatoriamente em sua deno-
anônima
minação social a expressão “Crédito Imobiliário”. As bolsas de valores 
valores  são um mercado organi-
(Resolução CMN 2.735, de 2000). zado que pode
zado que pode ser
 ser constituído sob a forma de Socie-
dade Civil sem ns lucrativos, ou S/A Com ns
lucrativos,, estas bolsas têm por nalidade oferecer
lucrativos
AS Sociedades Corretoras de Títulos e Valores
um ambiente seguro para que os investidores rea-
Mobiliários (CTVM)
lizem suas
lizem  suas operações de compra e venda de capitais,
gerando uxo nanceiro no mercado futuro.
São constituídas sob a forma de sociedade anôni- As bolsas de Mercadorias e de Futuros são
Futuros são ins-
ma ou por quotas de responsabilidade limitada. 
limitada.  tituições que viabilizam a negociação de contratos
Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas futuros, opções de compra, derivativos e o mer-
de valores,
valores, subscrever emissões de títulos e valores cado a termo.
termo. Neste segmento operam investidores
mobiliários no mercado; comprar e vender títulos e
títulos e interessados nas variações futuras de preços 
preços  dos
valores mobiliários por conta própria e de terceiros; produtos e ativos.
encarregar-se da administração de carteiras e da
custódia de títulos e valores mobiliários;
mobiliários; exercer ramAtualmente
Atualmente 
formando a  no Brasil,
BM&F estas que
Bovespa, duasé uma
bolsas se uni-
fusão das
funções de agente duciário; instituir, organizar e atividades das duas bolsas anteriores, ou seja, hoje
administrar fundos e clubes de investimento;
investimento; emitir a BM&F Bovespa, opera tanto no mercado à vista de
certicados de depósito de ações; intermediar opera- ações ou no mercado de balcão, como no mercado a
ções de câmbio;
câmbio; praticar operações no mercado de termo ou de futuros.
câmbio; praticar determinadas operações de conta Em 2016 a BM&F Bovespa comprou todos os direi-
margem; realizar operações compromissadas; pra- tos e carteiras da maior administradora de mercado
ticar operações de compra e venda de metais pre- de balcão do Brasil, a CETIP S/A, que estudaremos
ciosos,, no mercado físico,
ciosos físico, por conta própria e de mais à frente, desta forma a atual BM&F Bovespa 
Bovespa  é
terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futu- uma S/A com ns lucrativos, e recebe o nome de B3
ros por conta própria e de terceiros. São supervisio- (Bolsa, Brasil, Balcão), 
Balcão),  visando o lucro através da
nadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN prestação de serviços gerando um ambiente salutar
1.655, de 1989). 
1989).  para as negociações do mercado de capitais, que pode
ser um ambiente físico onde ocorrem as negociações,
As Sociedades Distribuidoras de Títulos
T ítulos e Valores ou um ambiente Eletrônico onde ocorrem os Pregões.
Mobiliários (DTVM)

São constituídas sob a forma de sociedade anô- MERCADO DE CRÉDITO – OPERAÇÕES


nima ou por quotas de responsabilidade limitada,
limitada,
devendo constar na sua denominação social a expres- ATIVAS
ATIVAS E GARANTIAS
GARA NTIAS
são “Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”.
Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta Crédito é um conceito presente no dia a dia das
pública e distribuição de títulos e
títulos  e valores mobiliá- pessoas e empresas, mais do que possamos imaginar
rios no mercado; administram e custodiam as car- a princípio. Todos nós estamos continuamente às vol-
tas com o dilema de uma equação simples: a constante    S
teiras de títulos 
títulos  e valores mobiliários; instituem,    O
   I
organizam e administram fundos e clubes de inves- combinação de nossos recursos nitos com o conjun-    R
to de nossas imaginações e necessidades innitas,     Á
timento;; operam no mercado acionário, comprando,
timento    C
vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliá- gerando desta forma a procura por Crédito.    N
   A
Por outro lado, a Política de Crédito de um banco é    B
rios, inclusive ouro nanceiro, por conta de tercei-
um assunto de extrema importância para o concessor    S
ros; fazem a intermediação com as bolsas de valores    O
de crédito, pois fornece instrumentos que auxiliam    T
e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de na hora da decisão de emprestar ou não, funcionando    N
   E
ações; operam no mercado aberto e intermedeiam como orientadores da concessão.    M
   I
operações de câmbio.
câmbio. São supervisionadas pelo Ban-    C
co Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 1986). E como a literatura técnica dene crédito
crédito??    E
   H
   N
Crédito  é todo ato de vontade ou disposição de
Crédito     O
z  Fiscalizadas pelo BACEN e CVM; alguém de destacar ou ceder, temporariamen-    C
z  São intermediadores. (investidor – Bolsa); te , parte do seu patrimônio
seu  patrimônio a a um terceiro, com a
z  Intermediam operações de câmbio até o limite de expectativa de
expectativa  de que esta parcela volte a sua posse
100 mil dólares por operação, nas operações de integralmente, após decorrido o tempo estipula-
compra e venda de moeda à vista (cambio pronto);. do.. (Wolfgang Kurt Schrickel )
do  ) 261

Em outras palavras: “crédito é a expectativa gera- Surge como compensação pela antecipação do
da através da disponibilidade de uma quantia em montante necessário para a satisfação das necessida-
montante necessário
dinheiro para uma pessoa, dentro de um espaço de des de consumo ou bem-estar. Do ponto de vista das
tempo limitado”.
limitado”. Entidades Financiadoras ou Bancos
Bancos é é considerado o
Para uma instituição nanceira, a palavra crédito lucro, ou a variável que carrega a parte dos lucros.
é sinônima de conança. A atividade bancária funda-
funda- Regra geral, a taxa de juro pode
juro pode ser xa ou
 ou variá-
 variá-
menta-se nesse princípio, que envolve a instituição vel sendo
vel  sendo que a primeira permite maiores níveis de
propriamente dita, seu universo de clientes, empre- segurança para o consumidor, pois permite saber
gados e o público em geral. Anal, conança é um antecipadamente o valor de todos os reembolsos. Já a
sentimento, uma convicção que se constrói ao longo segunda reete a evolução do mercado, sendo que, o
do tempo, através de acontecimentos e experiências consumidor terá ganhos, se a variação for para menos
reais, da lisura, probidade, pontualidade, honestidade e terá gastos adicionais se a variação for para mais.
de propósitos, cumprimento de regulamentos e com- De igual modo, a nalidade e garantia associada
promissos assumidos. ao pedido de crédito dene o prêmio ou juros  que
O banco, no exercício da sua função principal, que terá de suportar, pois, considera-se que o crédito ao
é a de intermediar recursos de terceiros, promover a consumo ou crédito de consumo, como os cartões de
captação de riquezas e poupanças, apoia-se nos prin- crédito ou crédito pessoal, possuem maiores taxas de
cípios da segurança e conança para consolidação de  juro que os créditos hipotecários para compra
compra de casa,
um relacionamento construtivo. denominados créditos habitacionais.
São 3 os elementos fundamentais do crédito,
crédito, Assim sendo, o prêmio ou os juros surgem
juros surgem como
sendo eles: Montante; Prazo e Prêmio ou Juros. as variáveis determinantes do valor do dinheiro no
tempo, pois
tempo,  pois permite atualizar e compensar as Enti-
z  Montante (é a “bufunfa” de fato, é o R$ que a ins- dades nanciadoras do custo em conceder o crédito
tituição vai liberar para você) em detrimento de outras opções de investimento.
investimento.
O prêmio ou juros está igualmente condicionado
É o capital ou dinheiro do crédito. É o valor que à nalidade e garantia da operação, pois este será tão
irá receber emprestado 
emprestado  para a satisfação das suas elevado quanto menor a importância da necessidade,
necessidades que, posteriormente,
à Entidade Financiadora, o banco. terá que devolver menor o valor da garantia ou maior nível de risco da
operação.
No entanto, são as necessidades ou nalidades É da conjugação destes três elementos que surge a
que determinam o montante do crédito, crédito, pois, não prestação do crédito,
crédito, pois esta é a junção do capital,
é aceitável, solicitar um crédito de montante elevado prazo e os juros.
para comprar um carro. A prestação terá maior ou menor valor a depender
É igualmente aceitável que o risco que a Entidade da taxa de juros e o tempo do empréstimo, mantendo-
Financeira está disposta a correr pela
correr pela concessão de -se o capital constante.
determinado montante seja condicionado a um cola- Em outras palavras, o reembolso do montante
teral ou garantia que
garantia que lhe proporcionará a segurança nanciado pode ser efetuado mediante o pagamento
ou conforto para disponibilização desse montante. de prestações que serão determinadas em função do
Assim sendo, o montante
montante,, de grosso modo, está con- tempo e do prazo.
dicionado pela
dicionado  pela nalidade, risco e garantias associadas. Fonte: http:/
http://www.artigon
/www.artigonal.com/credito-artigos/3-element
al.com/credito-artigos/3-elementos-
os-
fundamentais-do-credito-3840068.html
z  Prazo (é o tempo para devolver o dinheiro ao
banco acrescido dos juros da operação) Tendo por base a conança, a concessão de crédito
também é baseada em dois elementos fundamentais:
Período no qual o montante terá que ser resti-
tuído à Entidade Financeira,
Financeira, este varia
varia   de acordo z  A vontade do devedor de liquidar suas obrigações
com as preferências e necessidades subjacentes ao dentro das normas contratuais estabelecidas;
pedido de crédito. A título de exemplo, não é conside- z A habilidade do devedor de assim fazê-lo, ou seja,
rado correto, proporcionar um crédito para comprar de pagar.
carro com um prazo demasiado alargado, pois se con-
sidera que o prazo de 4 a 6 anos é um período aceitá- A vontade de pagar pode ser colocada sob o título
vel para este tipo de crédito. Caráter, enquanto que a habilidade para pagar pode
Caráter,
De igual modo, a garantia do crédito surge nova- ser nominada tanto como Capacidade
Capacidade,, quanto como
mente como variável 
variável  determinante na denição Capital e
Capital e Condições
Condições..
do prazo do empréstimo, pois, oferece-se como cola-
teral o penhor de um depósito a prazo, então pode- PRINCIPAIS MODALIDADES DE CRÉDITO
rá negociar o prazo do seu crédito permitindo maior
exibilidade. Para nossa prova consideramos mercado de cré-
Assim sendo, o prazo apresenta-se exível e rela- dito tudo
tudo   relacionado a crédito, entretanto vamos
ciona-se   com a nalidade do crédito e a garantia 
ciona-se salientar os tipos que nossa banca mais gosta de
associada. cobrar.
nanceira Lembrando querecursos,
está liberando quandoelauma instituição
se encontra na
z  Prêmio ou Juros (é o famoso pagamento que posição Ativa,
Ativa, ou seja, está liberando dinheiro para
você dá à instituição para ela te emprestar o um decitário e este decitário deverá devolver o
dinheiro) recurso ao banco, acrescentando uma taxa de juros
pactuada entre as partes. As principais operações ati-
262 vas são:
vas  são:

z  O CDC – Crédito Direto ao Consumidor z  Compror Finance

Esta modalidade de crédito é a mais comum, pois é Existe uma operação inversa ao Vendor
Vendor,, denomi-
direcionada para diversas áreas, como: Automático, nada Compror
Compror,, que ocorre quando pequenas indús-
Turismo, Salário/ Consignação (30%
Consignação (30% da renda, debi-
debi- trias vendem para grandes lojas comerciais.
comerciais . Neste
tado do contracheque) e o CDC para bens de consu- caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o ador
mo duráveis:
duráveis: carros, motos etc. do contrato, o próprio comprador é que funciona
Admite garantias reais ou dejussórias, ou até como tal.
mesmo sem garantias. Obs.:
Obs.: Existe
 Existe ainda o CDC-I
CDC-I (Cré-
 (Cré- Trata-se, na verdade, de um instrumento que dila-
dito Direto ao Consumidor com Interveniência) que é ta o prazo de pagamento de compra sem envolver o
realizado quando o vendedor é o ador ou avalista do vendedor (fornecedor).
cliente na operação, ou seja, o banco fornece crédito O título
banco a pagar
nanciar funciona
o cliente como
que irá lhe “lastro”
pagar empara
datao
ao cliente, pois o vendedor está assumindo o risco da futura pré-combinada, acrescido de juros e IOF, sem
operação junto ao banco, para que este libere o recur- incidência imediata da CPMF no empréstimo. Como o
so parcelado ao cliente. Vendor,, este produto também exige um contrato mãe
Vendor
denido as condições básicas da operação que será
z   Hot Money efetivada quando do envio ao banco dos contratos--
contratos- -
lhos, com as planilhas dos dados dos pagamentos que
Inicialmente uma aplicação nanceira de curto serão nanciados.
prazo, com alta rentabilidade. Trazido para o Brasil,
prazo,
ganhou fama por ser uma linha de crédito destinada
crédito destinada z  Adiantamentos ou Descontos
a Pessoas Jurídicas.
Prazo de 1 até 29 dias, mas normalmente
normalmente se se con- Consistem basicamente em adiantar ao cliente
trata por até 10 dias. ou credor, um valor referente a um crédito que este
Para sanar problemas momentâneos de uxo de receberá somente em uma data futura. Logo, aquele
caixa..
caixa crédito já contará no caixa do cliente ou da empresa.
Adaptável às mudanças bruscas nas taxas de  de  O banco, por não ser mãe do cliente, cobra uma taxa
 juros   por ter como principal característica o curto
 juros de juros,
valor que dimunui
nominal.dimunui do do valor de face do título, ou
prazo.
Exemplo: Um cliente possui um título, que tem
z  Vendor Finance valor de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse
desse título o cliente vai até o banco e solicita ao ban-
É uma operação de nanciamento de vendas  co que adiante a ele o valor referente àquele título. O
banco cobra uma taxa de juros que diminui do valor
baseadas no princípio da cessão de crédito, que per-
de face do título um determinado valor, exemplo: o
mite a uma empresa vender seu produto a prazo e banco irá cobrar R$200,00 pela antecipação. Logo, o
receber o pagamento à vista. banco faz o crédito na conta do cliente no valor de
A operação de Vendor supõe que a empresa com- R$800,00. O banco ca com a custódia do papel, e
pradora seja cliente tradicional da vendedora, pois quando o devedor pagar o título, o banco cará com
será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao o valor de R$1.000,00. Lucrando, assim, R$200,00 na
banco. operação.
A empresa vendedora transfere seu crédito ao Esses títulos podem ser boleto, cartões de cré-
banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, dito,   cheques pré-datados, duplicatas e notas
dito,
paga o vendedor à vista e nancia o comprador. promissórias.
A principal vantagem para a empresa vendedora é Quando falamos de desconto de duplicatas, che-
a de que, como a venda não é nanciada diretamente ques ou notas promissórias,
promissórias, temos alguns detalhes:
por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, Caso os títulos não sejam pagos pelo devedor, o
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de banco tem direito de regresso contra o credor,credor, ou
fabricação, torna-se menor. cedente. Ou seja, se o devedor não pagar o
pagar  o banco vai
É uma modalidade de nanciamento de vendas atrás do cliente (credor), para que este efetue o paga-
para empresas na qual quem contrata o crédito é mento ao banco.    S
   O
   I
o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o    R
comprador. Assim,
comprador.  Assim, as empresas vendedoras deixam z  Leasing  ou Arrendamento Mercantil –
Mercantil – Principal     Á
produto das Sociedades de Arrendamento Mercan-    C
de nanciar os clientes, elas próprias, e dessa forma    N
param de recorrer aos empréstimos de capital de giro til (S.A.M), o leasing  é
 é um contrato denominado na    A
   B
legislação brasileira como “arrendamento mer-    S
nos bancos ou aos seus recursos próprios para não se cantil”. As partes desse contrato são denominadas    O
descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.    T
“arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam,    N
Como em todas as operações de crédito, ocorre a    E
de um lado, um banco ou sociedade de arrenda-    M
incidência do IOF, sobre o valor do nanciamento,    I
mento mercantil, o arrendador, e, de outro, o clien-    C
que é calculado proporcionalmente ao período do    E
te, o arrendatário.    H
nanciamento.    N
   O
A operação é formalizada com a assinatura de um O objeto do contrato é a aquisição, por parte do    C
convênio, com direito de regresso entre o banco e a arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário
empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato para sua utilização. O arrendador é, portanto, o
de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto,
vendedora, banco e empresa compradora). durante a vigência do contrato, são do arrendatário. 263

Residindo aí a principal vantagem do leasing , pois o arrendatário, ou seja o cliente que irá usar o bem, o utilizará
sem necessariamente ter sua propriedade, o que em um nanciamento comum não será possível, pois o cliente
estaria comprando o bem e não apenas alugando. Desta forma, o Leasing 
o Leasing  é
 é um serviço e, por isso, não incide sobre
suas operações o IOF, mas sim o Imposto Sobre Serviço, o ISS.
O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de
propriedade do arrendador. Esta opção deve ser indicada no momento da contratação.
Caso o cliente deseje/almeje car com o bem no nal, deverá pagar ao Arrendador o Valor Residual Garantido
(VRG) que nada mais é do que um valor de mercado do bem. Este VRG pode ser diluído nas parcelas do aluguel
durante todo o contrato se assim for pactuado.
Duas das principais vantagens do Leasing 
do Leasing  são:
 são:

z A não incidência de IOF, e sim de ISS, o


ISS,  o que torna a operação mais barata;
z  A possibilidade, para
parcelas . as Pessoas Jurídicas, de deduzir do Imposto de Renda como
do Leasing 
do Leasing  Renda  como despesa operacional as

Como nos Empréstimos Normais é Possível Quitar o  Leasing Antes do Prazo Denido no Contrato?

Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na regulamentação (art.
8º do Regulamento anexo à Resolução CMN 2.309, de 1996),
1996), o contrato não perde as características de arrenda-
mento mercantil. Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua caracte-
rização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classicada como de compra e venda a prazo
(art. 10 do citado Regulamento).
Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa descaracterização pode
acarretar.

Bem objeto do
leasing

Arrendatário
Arrendador (Banco)
(Cliente)
Proprietário
Usuário

Deve vender o
bem após o m do
Pode optar por car
contrato caso o
com o bem no nal
cliente não o adquira
no nal

QUADRO RESUMO

Leasing nanceiro Leasing operacional
2 anos para bens com vida útil < 5 anos
Prazo mínimo de duração do leasing 90 dias
3 anos para bens com vida útil > 5 anos
Valor residual garantido - VRG Permitido Não permitido
Pactuada no início do contrato, normalmente
Opção de compra Conforme valor de mercado
igual ao VRG
Por conta do arrendatário ou da
Manutenção do bem Por conta do arrendatário (cliente)
arrendadora
Total dos pagamentos, incluindo o VRG, deve- O somatório de todos os paga-
rá garantir à arrendadora o retorno nanceiro mentos devidos no contrato não
Pagamentos
da aplicação, incluindo juros sobre o recurso poderá exceder 90% do valor do
empregado para a aquisição do bem bem arrendado
Valor pré-xado no contrato para exercer a opção de compra (Fonte: Banco Central)

OBS.
geiros 1: Os bens que estes
é necessário podem ser arrendados
estejam são elaborada
em uma lista móveis ou pelo
imóveis,
CMN.nacionais ou estrangeiros. Para os estran-
2:  Sale and Leaseback  (Apenas
OBS. 2:   (Apenas para bens Imóveis):
Imóveis): tipo de Leasing 
de  Leasing  em
  em que o dono de um imóvel o
vende para uma Sociedade de Arrendamento, e no mesmo contrato a Sociedade de Arrendamento arrenda o bem
para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing nanceiro e só para Pessoas Jurídicas.
264

OBS. 3: Os
3: Os bens objetos de arrendamento mercantil – CRÉDITOS ROTA
ROTATIVOS
TIVOS
 Leasing 
 Leas ing , não podem ser arrendados ao próprio fabrican-
te do bem, ou seja, por exemplo: A Embraer que fabrica Os créditos rotativos nada mais são do que opera-
aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si. ções em que o devedor pode reutilizar o valor liberado
pelo banco sempre que liquidar a operação anterior.
Consórcio
Conta Garantida
Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídi-
cas em grupo, com prazo de duração e número de cotas Caracteriza-se por um valor disponibilizado pelo
previamente determinados, promovida por adminis- banco ao cliente em uma conta de não
nã o livre movimen-
tradora de consórcio, com a nalidade de propiciar a tação, onde o mesmo só pode movimentá-la por che-
seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de que ou transferência.
bens ou serviços, por meio de autonanciamento. Resumindo, é um saldo em uma conta que, caso
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica o cliente não tenha fundos na sua conta corrente de
prestadora de serviços com objeto social principal vol- livre movimentação, esta conta cobre a emissão de
tado à administração de grupos de consórcio, consti- cheques e outros compromissos, desde que haja aviso
tuída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade prévio do pedido de movimentação, além da prová-
anônima. vel exigência de garantias para a liberação do recurso
A adesão de um consorciado a um grupo de con- solicitado.
sórcio se dá mediante assinatura de contrato de par-
ticipação. Nesse contrato, devem estar previstos os Cheque Especial
direitos e os deveres das partes, tais como a descrição
do bem a que o contrato está referenciado e seu res- Crédito de caráter rotativo que se destina a cobrir
pectivo preço (que será adotado como referência para emissão de cheques de clientes PF ou PJ que não
o valor do crédito e para o cálculo das parcelas men- tenham saldo disponível em sua conta. Estes valores
sais do consorciado). No contrato deve haver, ainda, cam disponíveis para o cliente movimentá-los com
as condições para concorrer à contemplação por sor- seus cheques, cartões, TED e DOC. Os juros são men-
teio, bem como as regras da contemplação por lance. sais e não há necessidade de amortização mensal do
O interesse do grupo de consórcio prevalece sobre saldo devedor, bastando o cliente pagar os juros e IOF
o interessecaracterizam-se
consórcio individual do consorciado. Os não
como sociedade grupos de
perso- do período utilizado.
Para conta de depósitos à vista titulada por pes-
nicada com patrimônio próprio, o qual não deve ser soas naturais, ou seja, pessoas físicas e por microem-
confundido com o patrimônio dos demais grupos nem preendedores individuais 
individuais  (MEI), as taxas de juros
com o da administradora. remuneratórios cobradas sobre o valor utilizado do
Contemplação no consórcio: cheque especial estão limitadas a, no máximo, 8%  8% 
(oito por cento) ao mês.
z  A contemplação é atribuição de crédito ao consor- É vedado à instituição nanceira impor limite
ciado para a aquisição de bem ou serviço; superior a R$500,00 (quinhentos reais), se o cliente
z  As contemplações podem ocorrer por meio de sor- optar pela contratação de limite mais baixo, ou seja,
teios ou lances; se o cliente disser que quer o menor limite possível, o
z  A contemplação por lance somente pode ocorrer banco não pode exigir que sejam 500 reais, pode ser
depois de efetuadas as contemplações por sorteio menor.
ou se estas não forem realizadas por insuciência A alteração de limites, quando não realizada por
de recursos do grupo de consórcio; iniciativa do cliente, deve ser feita da seguinte forma:
z  Uma vez contemplado, o consorciado terá a facul-
dade de escolher o fornecedor e o bem desde que z  No caso de redução
redução,, ser precedida de comuni-
respeitada a categoria em que o contrato estiver
referenciado; cação ao cliente, com no mínimo trinta dias de
antecedência;
z  O fato de a administradora eventualmente ser vin- z  No caso de majoração
majoração,, ser condicionada à pré-
culada a alguma concessionária, revendedora ou via autorização do cliente, obtida a cada oferta de
montadora de bens não pode restringir a liberda- aumento de limite.
de de escolha do consorciado.    S
Os limites podem ser reduzidos sem observância    O
   I
O Banco Central (BC) é responsável pela normati-
normati-    R
do prazo da comunicação prévia, desde que vericada     Á
zação, autorização, supervisão e controle das ativida- deterioração do perl de risco de crédito do cliente,    C
   N
des do sistema de consórcios, com foco na eciência e conforme critérios denidos na política de gerencia-
gerencia-    A
   B
solidez das administradoras e cumprimento da regu- mento do risco de crédito.    S
lamentação especíca.    O
   T
As questões inerentes às relações de consumo Cartão de Crédito    N
   E
entre clientes e usuários das instituições nanceiras    M
   I
e das administradoras de consórcio estão sujeitas ao Consistem, basicamente, em uma linha de crédito    C
   E
Código de Defesa do Consumidor, cabendo aos órgãos rotativo, onde o cliente compra com o cartão e pode    H
integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consu- pagar de uma só vez ou parcelado.    N
   O
midor (SNDC) fazer a mediação dessas questões. Conforme for pagando as faturas, o crédito vai sen-    C
As administradoras de consórcio devem remeter do liberado novamente e pode ser reutilizado.
periodicamente ao BC informações contábeis e não- As atividades de emissão de cartão de crédito 
crédito 
-contábeis sobre as operações de consórcio. exercidas por instituições nanceiras estão sujeitas
Fonte: bcb.gov.br à regulamentação
regulamentação baixada
 baixada pelo Conselho Monetário 265

Nacional (CMN)
(CMN) e
 e pelo Banco Central do
Central do Brasil, nos termos dos arts. 4º e 10 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, nos
casos em que a emissão
emissão do
 do cartão de crédito não tem a participação de instituição nanceira, não se aplica a
regulamentação do CMN e do Banco Central.
Vale lembrar que existem as instituições de pagamento,
pagamento, que nada mais são do que instituições não nancei -
ras que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem
a regulamentação do CMN e do Bacen.
Hoje no Brasil prevalece a Circular 3.885/2018 que exige solicitação de autorização para funcionamento de
instituições de pagamento, que incluem as administradoras de cartões de crédito, apenas se ultrapassarem o
parâmetro de 500 milhões de reais em transações comuns ou 50 milhões em transações pré-pagas.
Desta forma, não há uma regra que o Bacen autoriza funcionamento de administradoras de cartão, cando
obrigatório apenas as que ultrapassarem os parâmetros acima.

TIPOS DE INSTITUI ÇÃO DE PAGAMENTO


Gerencia conta de pagamento do tipo pré- Exemplo: emissores dos cartões de vale-
Emissor de moeda eletrônica -paga, na qual os recursos devem ser de- -refeição e cartões pré-pagos em moeda
positados previamente. nacional.
Gerencia conta de pagamento do tipo
Exemplo: instituições não nanceiras emis-
emis-
Emissor de instrumento de pa- pós-paga, na qual os recursos são de-
soras de cartão de crédito (o cartão de cré-
gamento pós-pago positados para pagamento de débitos já
dito é o instrumento de pagamento).
assumidos.
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
a aceitação de instrumento de pagamento. para aceitação de cartão de pagamento.
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
a aceitação de instrumento de pagamento. para aceitação de cartão de pagamento.
Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br)

Tipos de Cartão de Crédito


Existem duas categorias
categorias   de cartão de crédito: básico e diferenciado.
diferenciado. O cartão básico
básico   é aquele utilizado
somente para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. Já
credenciados.  Já o cartão diferenciado
diferenciado  
é aquele cartão que, além de permitir a utilização na sua função clássica de pagamentos de bens e serviços, está
associado a programas de benefício e/ou recompensas,
recompensas , ou seja, oferece benefícios
be nefícios adicionais, como programas
de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no exterior
etc.
O cartão de crédito básico é de oferecimento obrigatório pelas instituições emissoras
instituições emissoras de cartão de crédito,
quando possuem o produto cartão de crédito em seu portifólio. Esse cartão básico pode ser nacional ou interna-
cional,, mas o valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do
cional menor  do que o valor da anuidade do cartão diferen-
ciado, por este motivo o cartão básico não tem direito a participar de programas de recompensas oferecidos
recompensas  oferecidos
pela instituição emissora.
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões de loja que só podem ser usados na rede da loja especica,
por exemplo: Renner e Riachuelo. E os Co-Branded Cards,
Cards, que são cartões de crédito que fazem parcerias com
outras empresas de grande nome no mercado, exemplo: Itaú TAM delidade.
Além dessas classicações, o Banco Central, através da resolução CMN nº 4.549, adicionou uma outra classi-
classi-
cação quanto  ao pagamento dos valores das faturas que são: cartão com rotativo regular e
não regular. 
regular. regular e cartão com rotativo
O rotativo regular: Pagamento apenas do mínimo e
mínimo e não parcela o restante, situação em que adere ao crédito
rotativo regular, em que se sujeita
suje ita o titular do cartão ao pagamento
pa gamento dos juros e dos encargos nanceiros previstos
pre vistos
em contrato, sendo vedada a cobrança de juros adicionais punitivos (comissão de permanência).
O rotativo não regular: Pagamento de valor inferior ao mínimo,
mínimo, sem parcelamento: cliente ca inadimplen-
inadimplen-
te, podendo ser aplicados os procedimentos previstos no contrato para situações de inadimplemento: juros do
crédito rotativo (por dia de atraso sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não liquidado); multa de 2%
sobre o principal; e juros de mora de 1% ao mês. Atenção! O prazo máximo de utilização de crédito rotativo é de
30 dias, até o vencimento da fatura subsequente.

Tarifas
Tarifas Cobradas

Os bancos só podem cobrar 5 tarifas, consideradas prioritárias, referentes


prioritárias, referentes à prestação de serviços de car-
tão de crédito: anuidade
anuidade,, emissão de segunda via do cartão,
cartão , tarifa para uso na função saque (nacional ou
internacional),, para uso do cartão no pagamento de contas e
internacional) contas e no pedido de avaliação emergencial do limite
de crédito.
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem automática
mensagem automática relativa
à movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo fornecimento de
plástico de cartão de crédito em formato personalizado,
personalizado, e ainda pelo fornecimento emergencial de segunda 
segunda 
via de cartão de crédito. Esses serviços são considerados “diferenciados” pela
“diferenciados” pela regulamentação.
266
 

Todas essas tarifas devem estar previstas em con- Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com fatu-
trato e são cobradas exclusivamente pela administra- ramento bruto anual de até R$ 300 milhões),
milhões ), (caso
dora do cartão. a empresa pertença a grupo ou conglomerado, o fatu-
ramento bruto total de todas as participantes deve ser
somado e não pode exceder o limite de 300 milhões),
Importante! sediadas no País, de controle nacional,
nacional, que exer-
Atualmente não existe valor mínimo para paga- çam atividade econômica compatíveis com as Políti-
cas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam
mento de fatura de cartão de crédito, cando as
em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.
instituições nanceiras livres para decidir qual O cartão BNDES Agro Agro  é também um produto
o valor mínimo para o pagamento das faturas baseado no conceito de cartão de crédito, entretanto
entre tanto é
pelos clientes. voltado apenas para pessoas físicas e
físicas e visa nanciar
investimentos em produtos rurais em seus negócios.
Vale destacar que caso o cliente não pague a fatu- O portador do Cartão BNDES poderá comprar
ra por completo, o saldo devedor será nanciado pelo exclusivamente os itens expostos no Portal de Ope-
Banco e não pela administradora do cartão, e cabe rações do Cartão BNDES 
BNDES  (www
(www.cartaobndes.gov.br)
.cartaobndes.gov.br)
ao Banco oferecer ao cliente opções de parcelamen- por fornecedores previamente credenciados.
to alternativas mais baratas que os juros cobrados no As 11 Instituições nanceiras emissoras atuais do
rotativo do cartão. Da mesma forma, caso o cliente Cartão BNDES são:
queira parcelar uma fatura, pois está incapaz de efe-
tuar o pagamento total, quem parcelará será o Ban-
co e não a administradora do cartão, pois estas estão Banco do
Brasil
proibidas pelo Bacen a realizarem tal operação. Banco
Sicredi do
Nordeste
 Na verdade, os nanciamentos são feitos por ban-
cos, pois administradoras de cartão de crédito são
 proibidas de nanciar seus clientes. Nesses casos,
o detentor do cartão de crédito aparecerá no SCR Sicoob Santander
como cliente do banco, que é o real nanciador da
operação intermediada pela administradora de
cartão de crédito.
Fonte: FAQ
FAQ Sistema de Informação de Crédito – BACEN Emissores

Com base nisto que aprendemos, é bom saber que Itaú Banestes
para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura
completa de instituições nanceiras, credenciadores,
bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
Instituições Financeiras ou Emissor:
Emissor: É o banco
ou uma instituição não bancária que fornece o car- Caixa Banrisul
tão de crédito e/ou débito para o cliente (titular do
cartão). É quem se relaciona com o titular do cartão,
estabelecendo os limites de crédito, enviando o cartão BRDE Bradesco
para utilização, emitindo as faturas e aprovando as
compras realizadas nas lojas.
Credenciador:: Responsável pela liação dos esta-
Credenciador esta-
belecimentos comerciais para uso de cartões nas ope- Bandeiras de cartão de crédito: Cabal,
crédito: Cabal, Elo, Mas-
rações de venda. É responsável pelo fornecimento e terCard e Visa.
manutenção dos equipamentos de captura, a trans-
missão dos dados das transações eletrônicas e os cré-
ditos em conta corrente do estabelecimento comercial.
Estabelecimento Credenciado:
Credenciado: Empresa de qual-
quer porte, incluindo o empreendedor individual ou
prossional autônomo que aceita o sistema de cartões As condições nanceiras em vigor são:  Limite
com suas respectivas bandeiras nas vendas de bens de crédito de até R$ 2 milhões por cartão,
cartão , por banco    S
   O
   I
ou serviços. emissor.    R
Bandeira:: É quem licencia a marca para o emissor
Bandeira     Á
e para o credenciador e coordena o sistema de apro-    C
z  Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses.    N
vação, compensação e liquidação dos créditos. A Visa
Visa,, z Taxa de juros pré-xada (informada na página ini-
ini-    A
   B
 Mastercard, Diners Club e American Express
Express são
 são exem- cial do Portal).    S
plos de bandeiras internacionais e a Hipercard, Elo,    O
   T
Sorocred, Sicred são bandeiras nacionais ou regionais    N
Obs. 1: O
1: O limite de crédito de cada cliente será atri-    E
buído pelo banco emissor do cartão, após a respecti-    M
   I
Cartão BNDES    C
va análise de crédito. Uma empresa pode obter um    E
Cartão BNDES de cada bandeira por banco emissor,    H
O Cartão BNDES é um produto que, baseado no    N
conceito de cartão de crédito, visa nanciar os inves- podendo somar seus limites numa única transação.    O
   C

timentos dos Empresas


(MEI), Micro Micro Empreendedores Individuais
e das micro, pequenas e Obs. 2: O
quantos 2:  O cliente
bancos pode obter
emissores um Cartão
ele desejar. BNDES
Caso em
um ban-
médias empresas de
empresas de controle nacional. co emissor trabalhe com mais de uma bandeira
de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse
267

 
banco, um Cartão BNDES de cada bandeira, desde z  Os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Fun-
(Fun-
que a soma dos limites não ultrapasse R$2 milhões.
milhões. café).
café).
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): Os bancos estão z  Letra de Crédito do Agro Negócio/LCA
Negócio/LCA.. (Novo!)
autorizados a cobrar a TAC desde que esta não exceda
2% do limite de crédito concedido. OF (Imposto sob Não controlados: todos
controlados: todos os demais. O banco capta
Operação Financeira) no
Financeira) no cartão BNDES agora
BNDES agora pode ser se quiser e empresta como quiser.
cobrado, devido ao Decreto Nº 8.511 de agosto de 2015.
Quais são as modalidades da operação? Resolução
Crédito Rural CMN 4.899/21

É uma linha de crédito barata, com taxas determi- Custeio:: destina-se a cobrir despesas normais dos
Custeio normais dos
nadas por legislação que buscam ajudar aos produ- ciclos produtivos como
produtivos como aquisição de bens e insumos,
tores rurais e suas cooperativas em suas atividades. suplemento do capital de trabalho, além de atender às
Beneciários: pessoas dedicadas à extração de produtos vegetais. (é
comprar insumos para
Investimentos:
Investimentos plantaràsgrãos,
: destina-se vegetais,
aplicações emetc.).
bens
z  Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
z  Cooperativa de produtores rurais; ou serviços,
serviços, cujo desfrute se estenda por vários
z Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo períodos de produção.
produção. (Modernização)
produtor rural, dedique-se a uma das seguintes Comercialização:: destina-se a assegurar ao pro-
Comercialização
atividades: dutor ou cooperativas os recursos necessários à
colocação de seus produtos no mercado,
mercado, podendo
  Pesquisa ou produção de mudas ou sementes compreender a pré-comercialização, os descontos
scalizadas ou certicadas; de Nota Promissória Rural, Duplicatas Rurais 
Rurais   e o
  Pesquisa ou produção de sêmen para insemina- Empréstimo do Governo Federal (EGF).
Crédito de industrialização:
industrialização: destina-se a pro-
ção articial e embriões; dutor rural para industrialização de produtos agro-
  Prestação de serviços mecanizados de nature- pecuários em sua propriedade rural, desde que, no
za agropecuária, em imóveis rurais, inclusive mínimo, 50% (cinquenta por cento) da produção a ser
para proteção do solo; beneciada ou processada seja de produção própria;
  Prestação de serviços de inseminação articial, e a cooperativas, na forma denida no Manual do Cré-Cré -
em imóveis rurais; dito Rural, desde que, no mínimo, 50% (cinquenta por
  Medição de lavouras;
  Atividades orestais. cento)
seja de da produção
produção a serou
própria beneciada ou processada
de associados.
Cuidado! Sindicatos rurais estão fora, ou seja, não Taxa de Juros
podem ser beneciários do crédito rural.
Pode ser concedido, com nalidades especiais, A taxa de juros máxima admitida no crédito rural
crédito rural a
rural a pessoa física ou jurídica que se dedi- é de 6% a.a. (seis por cento), podendo ser reduzidas a
que à exploração da pesca e da aquicultura,
aquicultura, com critério da instituição nanceira e escalonada confor-
confor -
ns comerciais, incluindo-se os armadores de pes- me origem dos recursos dos Fundos Constitucionais
ca.. (Resolução BACEN 4.106/2012)
ca (FNE, FNO e FCO).
O tomador do crédito está sujeito à scalização da
Instituição Financeira. Quais são os limites de nanciamento?

Da origem dos Recursos O limite de crédito de custeio rural,


rural, por bene-
bene-
ciário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional
Controlados/Obrigatórios: são controlados por de Crédito Rural (SNCR), é de R$3.000.000,00
R$3.000.000,00   (três
Lei, ou seja, exige-se que sejam repassados ao cré- milhões de reais), devendo ser considerados, na apu-
dito rural. ração dessecontrolados,
recursos limite, os créditos
controlados de  aqueles
, exceto
exceto  custeio tomados
tomadoscom
no
Caso os bancos descumpram esta exigência,
pagam multa e o valor desta multa será revertida âmbito dos fundos constitucionais de
constitucionais de nanciamento
em recursos ao credito rural. regional ou aqueles cuja origem do recurso sejam as
Letras de Crédito do Agronegócio.
Agronegócio.
Nas operações de investimento
investimento,, o limite de crédi-
z  Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibili- to dependerá do objeto a ser adquirido e da disponibi-
dade de depósito à vista);
vista); lidade da instituição nanceira, pois é vedado utilizar
z  Os das Operações Ociais de Crédito sob supervi-
recursos controlados/obrigatórios para operações de
são do Ministério da Economia; investimentos, exceto se disposto em norma especí-
especí-
z  Os de qualquer fonte destinados ao crédito ca, que são as linhas que utilizam recursos da Poupan-
rural na forma da regulação 
regulação   aplicável, quando ça Rural e de linhas de crédito do BNDES. Além disso
sujeitos à subvenção da União, sob a forma de devem ser observados os seguintes prazos:
equalização de encargos nanceiros, inclusive os
recursos administrados pelo Banco Nacional de z  Investimento xo: 12 (doze) anos;
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
Social (BNDES); z Investimento semixo: 6 (seis) anos, exceto
z  Os oriundos da poupança rural,
rural, quando aplicados quando se tratar de aquisição de animais para
segundo as condições denidas para os recursos
obrigatórios; reprodução
co) ou cria,
anos, incluído atécujo prazomeses
12 (doze) será de
deaté 5 (cin-
carência.
z  Os dos fundos constitucionais de
constitucionais de nanciamento
268 regional;

Para a comercialização
comercialização  o valor máximo será
máximo será libera- z  Desenvolver atividades orestais e pesqueiras;
do de acordo com a garantia ofertada que poderá ser de z  Estimular a geração de renda e o melhor uso da
até 4,5 milhões se
milhões se as garantias forem de Nota Promis- mão-de-obra na agricultura familiar.
sória Rural ou uma Duplicata Rural, podendo chegar
a 25 milhões para
milhões para Financiamento Especial de Estoca- As garantias da operação:
gem (FEE)
(FEE) de
 de sementes, com recursos controlados.
Para o crédito de industrialização 
industrialização  limite do cré- z  Penhor agrícola, pecuário, mercantil, orestal ou
dito para as operações de industrialização, ao ampa- cedular;
R$1.500.000,00  (um
ro dos recursos controlados, é de R$1.500.000,00 z  Alienação duciária;
milhão e quinhentos mil reais) por tomador, em cada z  Hipoteca comum ou cedular;
ano agrícola e em todo o SNCR, onde, no mínimo, 50% 
50% 
z  Aval ou ança;
(cinquenta por cento) da produção a ser beneciada
z  Seguro rural ou ao amparo do Programa de Garan-
ou processada deve ser de produção própria do
própria do pro-
dutor rural, da cooperativa de produção ou de asso- tia da Atividade Agropecuária (Proagro); (Isento de
ciados; podendo chegar a 400 milhões, com recursos IOF)
z  Proteção de preço futuro da commodity agrope-
agrope-
dos fundos
vas constitucionais,
constitucionais, 
de produção  se tomado por cooperati-
agropecuárias cuária, inclusive por meio de penhor de direitos,
contratual ou cedular;
O que é Nota Promissória Rural? z  Outras que o Conselho Monetário Nacional admitir.

Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo A que tipo de despesas está sujeito o crédito rural?
de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril,
quando efetuadas diretamente por produtores rurais z  Remuneração nanceira (taxa de juros
de juros);
);
ou por suas cooperativas; nos recebimentos, pelas z  Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e
cooperativas, de produtos da mesma natureza entre- Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e
gues pelos seus cooperados, e nas entregas de bens de Valores Mobiliários (IOF
(IOF);
);
produção ou de consumo, feitas pelas cooperativas z  Custo
Custo de
 de prestação de serviços;
aos seus associados. O devedor é, geralmente, pessoa z  As previstas no Programa de Garantia da Ativida-
física. de Agropecuária (Proagro
(Proagro); );

O que é Duplicata Rural? O Proagro é o Programa de Garantia da Atividade


Agropecuária. É um programa do governo federal que
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de nature- garante o pagamento
do a lavoura de nanciamentos
sofrer danos provocados porrurais quan
quan-
eventos cli--
za agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas
diretamente por produtores rurais ou por suas coo- máticos adversos ou causados por doenças e pragas
perativas, poderá ser utilizada também, como título sem controle.
do crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural
pelo vendedor, este cará obrigado a entregá-la ou a z  Prêmio de seguro rural,
rural, observadas as normas
remetê-la ao comprador, que a devolverá depois de divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros
assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica. Privados;
z  Sanções pecuniárias,
pecuniárias, as famosas MULTAS por
Como pode ser liberado o crédito rural? descumprimento de normas, que acabam virando
recursos para o crédito rural.
De uma só vez ou em parcelas, por caixa ou em z  Prêmios em contratos de opção de venda, do mes-
conta de depósitos, de acordo com as necessidades do mo produto agropecuário objeto do nanciamento
empreendimento, devendo sua utilização obedecer a de custeio ou comercialização, em bolsas de merca-
cronograma de aquisições e serviços. dorias e futuros nacionais, e taxas e emolumentos
Para liberação do crédito rural a instituição nan-
nan - referentes a essas operações de contratos de opção.

ceira pode
pensado exigir
caso hajaum projeto,,depodendo
projeto
garantias este ser dis-
Notas Promissórias Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutuá-
Rurais ou Duplicatas Rurais. rio, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua conta
Os objetivos do crédito rural são: pela instituição nanceira ou decorrente de expressas    S
disposições legais. Cuidaso! A Alíquota do IOF é zero,    O
   I
z  Estimular os investimentos rurais efetuados pelos mas existe um IOF adicional de 0,38% sobre o Cré-    R
    Á
produtores ou por suas cooperativas; dito Rural.    C
   N
z  Favorecer o oportuno e adequado custeio da    A
Quando deve ser realizada a scalização do crédito    B
produção e a comercialização de produtos    S
agropecuários; rural?    O
   T
z  Fortalecer o setor rural;    N
   E
z  Incentivar a introdução de métodos racionais Deve ser efetuada nos seguintes momentos:    M
   I
no sistema de produção, visando ao aumento de    C
   E
produtividade, à melhoria do padrão de vida das z  Crédito de custeio agrícola: antes da época previs-    H
populações rurais e à adequada utilização dos ta para colheita;    N
   O
recursos naturais; z  Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso    C
z  Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e da operação;
regularização de terras pelos pequenos produ- z  Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez
tores, posseiros e arrendatários e trabalhadores no curso da operação, em época que seja possível
rurais; vericar sua correta aplicação; 269

z  Crédito de investimento para construções, refor- Garantias Fidejussórias


mas ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão
do cronograma de execução, previsto no projeto; Do prexo latino “des”, fé, sinceridade, crença,
z  Demais nanciamentos: até 60 (sessenta) dias após conança, crédito, esse tipo de garantia está baseada
cada utilização, para comprovar a realização das na delidade do garantidor em cumprir a obrigação,
obras, serviços ou aquisições. caso o devedor não o faça e, de outro lado, na conan-
conan -
ça do credor, no retorno de seu crédito, seja por parte
Cabe ao scal vericar a correta aplicação dos do devedor ou por parte do garantidor.
recursos orçamentários, o desenvolvimento das ati- Nessa garantia, a assinatura do garantidor será a
vidades nanciadas e a situação das garantias, se garantia do cumprimento das obrigações assumidas
houver. pelo devedor, ou até mesmo os bens pessoais do
garantidor respondem pelo cumprimento da
cumprimento da dívida
FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO
E XPORTAÇÃO E do devedor. Nesta categoria, estão o aval e a ança.
IMPORTAÇÃO – BNDES
z  Aval:: Ato pelo qual alguém, pela aposição de sua
Aval
Financiamentos
crédito à importação 
importação
captadas no exterior   - são linhas aos
para nanciamento de assinatura no verso ou anverso de um título de
assinatura no
crédito,, declara-se responsável solidariamente
crédito solidariamente  
importadores por um prazo negociado com o banco. com o devedor pelo pagamento da quantia expres-
Podem ser obtidas pelo importador com o banqueiro sa no título.
no exterior ou com o banco brasileiro.
Financiamentos à exportação -
exportação - são linhas de cré- Ou seja, o Aval
Aval é
 é uma garantia dada em Títulos
ítulos de
 de
dito que podem ser com recursos do BNDES (Banco Crédito e
Crédito  e é solidária
solidária,, ou seja, tanto o devedor como
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), seu garantidor, o avalista, podem ser executados pelo
dos bancos nacionais e do Tesouro Nacional, já que é credor na ordem que este preferir. Desta forma, dize-
de interesse do país que ocorra a exportação para que mos que o aval é avacalhado
avacalhado,, ou seja, bagunçado e
ocorra a entrada de divisas no país. sem ordem de execução. 
execução. 
Entre as linhas de nanciamento, podemos citar: O novo Código Civil exige a autorização do cônju-
ge, casado
ge,  casado sob o regime de comunhão parcial e total
1. ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio - For- de bens, para a prestação de aval, sob pena de invali-
ma de antecipação de receita para exportadores que dade das respectivas garantias.
 já tenha fechado o contrato de venda e que, portan-
No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso
to, já tenham uma data prevista para o embarque das
mercadorias e posterior ingresso das divisas. ocobrar
devedor não o faça. Vencido
indistintamente o título,ou
do devedor o credor pode 
do avalista. 
avalista.
O aval é uma garantia tipicamente cambiária, ou seja,
O contrato de câmbio 
câmbio  será negociado com um
não vale em contrato,
contrato, somente
somente   pode ser passado
banco local, que adianta ao exportador os reais equi-
valentes ao valor da exportação. O contrato de câmbio em títulos de crédito e
crédito e o avalista se responsabiliza
pode ser encerrado, também, sem liquidação nancei-
nancei - apenas pelo valor expresso no título avalizado.
ra. É quando o ACC vira um ACE. Fiança Pessoal: É um contrato por meio do qual
alguém, chamado ador, garante o cumprimento da
2. ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues -   obrigação do devedor, caso este não o faça, ou garante
Com o embarque das mercadorias e a entrega dos o pagamento de uma indenização ou multa pelo não
documentos, o ACC poderá ser contabilmente trans- cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não
formado em ACE ou, no caso do exportador não ter fazer do aançado. A ança é uma garantia dada em
feito ACC, o ACE pode ser solicitado em até 60 dias contratos,, ou seja, diferentemente do aval, a ança
contratos
após o embarque. exige um contrato para ser formalizada.
Na ança, existem três guras distintas:
ACE é, portanto, um nanciamento após o embar-
embar -
z
que das mercadorias
e depende com adoentrega
da necessidade de documentos
exportador em esten-   ção,
O Fiador:
Fiador
caso :oaquele quenão
devedor se obriga
o faça; a cumprir a obriga-
der o prazo de pagamento para seus compradores z O Aançado: é o devedor principal da obrigação
(importadores). originária da ança,
z O Beneciário: é o credor, aquele a favor do qual
GARANTIAS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO a obrigação deve ser cumprida.

As Garantias de operações de crédito existem como A ança, em relação ao crédito, representa uma
uma forma de proteção para os bancos e credores em obrigação subsidiária,
subsidiária, ou seja, ela só existe até o
geral que querem garantir o pagamento, por parte do limite estabelecido 
estabelecido  e somente pode ser cobrada
devedor, de compromissos assumidos por este para caso o devedor não pague a dívida aançada.
com os credores. As garantias possuem dois grandes A ança é subsidiária
subsidiária,, o que permite o direito
grupos: Fidejussórias e as Reais. de ordem
ordem   na execução da dívida, ou seja, o ador,
As garantias Fidejussórias são relacionadas a pes- ou codevedor, só efetivamente será executado após
soas,, ou seja, a garantia passa a ser uma pessoa física
soas cobrança ao devedor principal.
ou jurídica. Já as garantias Reais envolvem bembem   ou Para ser solidária, ou seja, para que o ador possa
direitos que
direitos  que são dados em garantia do cumprimento ser compelido a pagar, independentemente de o deve-
de alguma obrigação, por exemplo: veículos, imóveis, dor já ter ou não sido acionado para fazê-lo, deverá
270 títulos de crédito e até direitos de crédito. conter cláusula especíca.

A ança pode ser dada por qualquer pessoa capaz não baste para a liquidação da dívida, o devedor
física ou jurídica. Quando o ador, pessoa física for continua obrigado ao pagamento da diferença.
casado,, é obrigatório o consentimento do cônjuge.
casado O credor com garantia real não necessita habilitar-
Na avaliação dos bens do(s) ador (es) não se con-
con- -se em concordata do devedor, visto que o bem garan-
ta o bem de família – único imóvel residencial – por tidor da operação já está destacado em sua garantia.
força da impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/90 Na hipótese de falência, vendido o objeto garantidor,
e no Código Civil. Esse bem de família somente pode primeiramente o credor é pago e, restando algum
responder pela dívida se for recebido em garantia valor, é esse distribuído entre os credores quirogra-
hipotecária. fários. Se o valor da venda não for suciente para o
Fiança Bancária: Nada
Bancária: Nada mais é do que um contra- ressarcimento do credor, esse deverá habilitar-se no
to por meio do qual o banco, que é o ador, garante processo de falência pela diferença, na qualidade de
o cumprimento da obrigação de seus clientes (aan-
(aan- credor quirografário.
çado) e poderá ser concedido em diversas modalida-
des de operações e em operações ligadas ao comércio Penhor
internacional.
A ança nada mais é do que uma obrigação escri-
escri - Penhor Mercantil –
Mercantil – Contrato acessório e formal,
ta, acessória, assumida pelo banco, e que, por se tratar em que o devedor, ou outra pessoa por ele, entrega
de uma garantia e não de uma operação de crédito, ao credor um ou vários bens móveis,
móveis , como garantia
está isenta do IOF.
IOF. de obrigação.
Os Bancos somente poderão prestar ança que
tenha perfeita caracterização do valor em moeda
nacional e vencimento, ou seja, o prazo de validade Importante!
da ança.
Além disso, os bancos não poderão contratar an-an- O bem, objeto dessa garantia, obrigatoriamente
ças que acumulem valor superior a 5 vezes o montan- ca na posse do banco ou de quem este indi-
indi-
te dos seus capitais realizados e reservas livres, bem car como el depositário. A Propriedade é do
como as anças não poderão, isoladamente, superar devedor!
a metade da soma dos recursos livres e dos capitais
realizados.
É vedado aos bancos: O contrato lastreado por garantia de penhor mer-
cantil é levado a registro no Cartório de Títulos e
z  A assunção de responsabilidades por aval ou Documentos, para que surta os efeitos legais contra
terceiros. A origem/propriedade do bem a ser penho-
z  outorga de aceite;
A concessão de ança ou qualquer outra garantia rado é comprovada através de documentação hábil.
que possa, direta ou indiretamente, ensejar aos De acordo com o Código Civil, extingue-se o penhor:
favorecidos a obtenção de empréstimos em geral,
ou o levantamento de recursos junto ao público; z  Extinguindo-se a obrigação;
z  A concessão de aval ou ança em moeda estran- z  Perecendo a coisa;
geira   ou que envolva risco de variação de taxas
geira z  Renunciando o credor;
de câmbio, exceto quando se tratar de operações z  Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades
ligadas ao comércio exterior. de credor e de dono da coisa;
z  Dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
A prestação de ança pela Caixa Econômica Fede-
Fede - venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou
ral depende de prévia e expressa autorização deste por ele autorizada.
Banco Central, em cada caso. As Sociedades de Crédi-
to, Financiamento e Investimentos não poderão pres- Alienação Fiduciária: 
Fiduciária:  É a garantia representa-
tar ança nem aval. da pela transferência da propriedade resolúvel
As informações anteriores não se aplicam aos ban- do bem móvel para o credor duciante , cando o
cos privados de investimento ou de desenvolvimento, devedor   duciário na posse direta 
devedor direta  desse bem, na
os quais cam regulados, no particular, pela Resolu-
Resolu- condição de el depositário, até o cumprimento total
ção nº 18, de 18 de fevereiro de 1966. As demais Insti- das obrigações.
   S
tuições Financeiras, inclusive Cooperativas de Crédito Essa garantia veio resolver o problema das Socie-    O
   I
e Seção de Crédito das Cooperativas Mistas, não pode- dades Financeiras que, ao nanciar a aquisição de    R
    Á
rão outorgar aceite, ança ou aval. bens móveis, utilizava-se de institutos obsoletos para    C
   N
garantir o pagamento da obrigação. Esta garantia é    A
Garantias Reais típica em nanciamento de bens duráveis.
duráveis.    B
   S
Para o credor, esse tipo de garantia trouxe a novi-    O
   T
Como vimos na garantia pessoal, os bens gerais do dade de, caso o devedor não liquide sua obrigação    N
no vencimento, poderá requerer a ação de busca e    E
garantidor asseguram o cumprimento da obrigação.    M
apreensão do bem alienado e,
alienado e, após se apossar des-    I
 Já na garantia real (do latim res
res=coisa),
=coisa), o devedor ou    C
se, vendê-lo a terceiros, aplicando o valor de venda    E
garantidor destaca um bem especíco que garantirá    H
o ressarcimento do credor,
credor, na hipótese de inadim- no pagamento de seu crédito, ou seja, com a alienação
alie nação    N
   O
plência do devedor. Diante da hipótese de inadimple- duciária, o bem pode ser executado sem o tramite    C
mento do devedor, o credor pode oferecer à venda o  judicial completo,
completo, bastando o devedor ser declara-
bem onerado,
onerado, pagando-se com o preço obtido, devol- do irremediavelmente insolvente,
insolvente, ou seja, não vai
vendo ao alcançado
e o preço devedor a na
diferença entreoopreço
venda. Caso valor da
da venda
dívida pagar de jeito nenhum. 271

No entanto, convém salientar que o credor não Critérios para Pagamento


pode car com o bem objeto da garantia , devendo
vendê-lo, utilizando-se do valor da venda na liquida- O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por insti-
ção da operação. tuição nanceira ou conglomerado.
Hipoteca – –  Direito real de garantia, constituído
sobre imóvel do devedor ou de terceiros,
terceiros, sem tirá- Limite de Cobertura Ordinária
-lo da posse direta do proprietário, objetivando sujei-
tá-lo ao pagamento da dívida. Até R$250.000,00 por CPF, por conta ou conglome-
Ou seja, diferentemente da alienação duciária, rado nanceiro. Se a conta possuir mais de um titular,
aqui o devedor dá o bem em garantia, mas continua
aqui o devedor dá o bem em garantia, mas continua o valor de 250 mil será dividido pelo número de titu
o dono dele, ou seja, não há transferência de pro- lares, ou seja, não são 250 mil por cada, mas sim por
priedade do devedor para o credor,
credor, mas apenas a todos, ok?
sinalização de que aquele imóvel é uma garantia de
uma operação de crédito e, caso ele seja vendido, o Adesão Compulsória
valor arrecadado será voltado preferencialmente a
quitação da dívida contraída. A adesão das instituições nanceiras e as associa-
associa -
A hipoteca
mento pode
à parte ou porser formalizada
cláusula adjeta em um Instru-
a contratos de ções de poupança e empréstimo em funcionamento
no País - não contemplando as cooperativas de crédito
empréstimos, mas em qualquer caso é obrigatória a e as seções de crédito das cooperativas, é realizada de
averbação na matrícula do imóvel junto ao Cartório forma compulsória. As autorizações do Banco Central
de Registro de Imóveis. do Brasil para funcionamento de novas instituições
Quando o imóvel for de propriedade de pessoa nanceiras estão condicionadas à adesão ao FGC.
física casada, é obrigatório o comparecimento de seu O FGC possui norma legal que explicita os critérios
cônjuge na hipoteca. e limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional
Finalmente, convém salientar que toda garan- - Resolução 4.222
4.222,, de 23 de maio de 2013.
tia é acessória de uma obrigação principal e que,
portanto, com a extinção da obrigação principal, a Depósitos Garantidos
garantia deixa de existir. Por
existir. Por outro lado, a garantia
se prende somente à obrigação garantida, não poden- z  Depósitos à vista (contas
vista (contas correntes)
do, por ato unilateral do credor se estender a outra z  Depósitos de poupança;
poupança;
obrigação, ainda que as partes sejam as mesmas. z  Depósitos a prazo CDB e RDB;
RDB;
z  Depósitos mantidos em contas não movimentáveis

FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO z  por cheques


Letras destinadas a salários
de câmbio; salários;;
Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197,
2.197, z  Letras hipotecárias;
de 31/08/1995, o Conselho Monetário Nacional - CMN z  Letras de crédito imobiliário;
autoriza a “constituição de entidade privada, sem ns z  Letras de crédito do agronegócio (LCA);
(LCA) ;
lucrativos, destinada a administrar mecanismos de z  Operações compromissadas que têm como objeti-
proteção a titulares de créditos contra instituições vo títulos emitidos após 8 de março de 2012 por
nanceiras”. empresa ligada.
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento
da nova entidade são aprovados. Cria-se, portanto, Para que o fundo possua recursos, são necessárias
o Fundo Garantidor de Créditos - FGC,FGC, associação contribuições MENSAIS das instituições que zeram
civil sem ns lucrativos, com personalidade jurí - adesão ao FGC.
dica de direito privado,
privado, através da Resolução 2.211,
2.211, A contribuição ordinária é de 0,01% 0,01%  e as espe-
de 16/11/1995. ciais,, para garantir os DPGEs (Depósitos a Prazo com
ciais
O FGC tem por objetivos prestar garantia de crédi- Garantia Especial) de 0,02% com garantias reais e
tos contra instituições dele associadas, nas situações 0,03% sem garantias reais.
reais. Essas garantias reais, são
de:
bens ofertados
para em garantia
cobrir eventuais pela instituição
problemas nanceira
de liquidez.
z  Decretar da intervenção ou da liquidação extraju- Atenção, pois as Letras Imobiliárias não são mais
dicial de instituição associada; garantidas pelo FGC.
z  Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, A regra padrão é que o FGC garante os depósitos
do estado de insolvência de instituição associada até 250 mil reais por CPF/conta ou conglomerado
que, nos termos da legislação em vigor, não
nã o estiver nanceiro, entretanto para o DPGE
DPGE – – Depósitos a Pra-
sujeita aos regimes referidos no item anterior. zo com Garantia Especial do FGC – a garantia é de até
40 milhões de
milhões de reais, o que o torna especial. Vale des-
Integra também o objeto do FGC, consideradas tacar que nesta modalidade de investimentos não se
as nalidades de contribuir para a manutenção da admite conta conjunta,
conjunta, mas apenas individual, desta
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e pre- forma não há de se falar em dividir os 40 milhões para
venção de crise sistêmica bancária, a contratação de 2 ou mais pessoas na mesma conta.
operações de assistência ou de suporte nanceiro, Essa modalidade de depósitos exige valor míni-
incluindo operações de liquidez com as instituições mo inicial de 1 milhão de reais e prazo mínimo de 12
associadas, diretamente ou por intermédio de empre- meses e máximo de 24 meses.
sas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas Algumas mudanças que ocorreram no FGC em
272 controladores. 2017.

COMO ERA Neste sistema,


Conselho Nacionalnós
detemos como
Seguros órgão ,normativo
Privados
Privados, o CNSP, res-o
Garantia de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ e conglo- ponsável por xar as diretrizes e normas da política
merado nanceiro, em depósitos cobertos pelo Fundo de seguros privados. Ele é composto pelo Ministro da
Garantidor de Créditos e emitidos por instituições as- Economia (Presidente), representante do Ministério
sociadas à entidade. da Justiça, representante da Secretaria da Previdência
Social, Superintendente da Superintendência de Segu-
Não havia teto para garantia paga pelo FGC por CPF ou ros Privados, representante do Banco Central do Brasil
CNPJ em qualquer período. e representante da Comissão de Valores Mobiliários.
São atribuições do CNSP:
Investidores não-residentes não contavam com a ga-
rantia do FGC.
z  Fixar diretrizes e normas da política de seguros
COMO FICOU privados;
z  Regular a constituição, organização, funcionamen-
Limite permanece inalterado. to e scalização dos que exercem atividades
a tividades subor-
subor-
dinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados,
Teto de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, a cada período
de 4 anos, para a garantia paga pelo FGC.
bem como a aplicação das penalidades previstas;
z  Fixar
Investidores não-residentes passam a contar com a ga- seguro,asprevidência
características gerais
privada dos capitalização
aberta, contratos de
rantia, para investimentos elegíveis. e resseguro;
z  Estabelecer as diretrizes gerais das operações de
resseguro;
O FGCOOP – Fundo Garantidor do Cooperativismo z  Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB;
z  Prescrever os critérios de constituição das Sociedades
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdên-
resolução   que estabelece a forma de contribuição
resolução cia Privada Aberta e Resseguradores, com xação dos
das instituições associadas ao Fundo Garantidor do limites legais e técnicos das respectivas operações;
Cooperativismo de Crédito (FGCoop),
(FGCoop), bem como z  Disciplinar a corretagem do mercado e a prossão
aprova seu estatuto e regulamento. Conforme previs- de corretor.
to na Resolução nº 4.150,
4.150, de 30/10/2012, esse fundo
terá como instituições associadas todas as cooperati- Para auxiliar o CNSP, foi criada a SUSEP (Superin-
vas singulares de crédito do Brasil e os bancos coo- tendência de Seguros Privados) 
Privados)  que é a autarquia
perativos integrantes do Sistema Nacional de Crédito responsável pelo controle e scalização dos mercados
Cooperativo (SNCC). de seguro, previdência privada aberta, capitalização
De acordo
objetivo com
prestar seu estatuto,
garantia o FGCoop
de créditos tem por
nos casos de e resseguro. A autarquia, vinculada ao Ministério da
Economia, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de
decretação de intervenção ou de liquidação extraju- novembro de 1966, e sua missão é desenvolver os
dicial de instituição associada, até o limite de R$250 mercados supervisionados, assegurando sua estabili-
mil reais por pessoa, bem como contratar operações dade e os direitos do consumidor.
de assistência, de suporte nanceiro e de liquidez com São atribuições da SUSEP:
essas instituições.
A contribuição mensal ordinária das instituições z  Fiscalizar a constituição, organização, funciona-
associadas ao Fundo será de 0,01% dos saldos das mento e operação das Sociedades Seguradoras, de
obrigações garantidas, que abrangem as mesmas Capitalização, Entidades de Previdência Privada
modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Aberta e Resseguradores, na qualidade de execu-
Créditos dos bancos, o FGC. tora da política traçada pelo CNSP;
z  Atuar no sentido de proteger a captação de pou-
pança popular que se efetua através das operações
Importante! de seguro, previdência privada aberta, de capitali-
As Cooperativas de Crédito e os Bancos Coope- zação e resseguro;
z  Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores
rativos não fazem
fazem parte mais parte
do FGCOOP
FGCOOP. do FGC,P apenas
. O FGCOOP
FGCOO (Fundo dos mercados supervisionados;    S
z  Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos    O
   I
Garantidor do Cooperativismo) que tem as mes-    R
mas coberturas do FGC, mesmos critérios e instrumentos operacionais a eles vinculados, com     Á
vistas à maior eciência do Sistema Nacional de Segu
Segu--    C
mesmos objetivos.    N
ros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;    A
   B
z  Promover a estabilidade dos mercados sob sua    S
 jurisdição, assegurando sua expansão e o funcio-    O
   T
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS namento das entidades que neles operem;    N
   E
z  Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que    M
   I
SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS integram o mercado;    C
   E
z  Disciplinar e acompanhar os investimentos daque-    H
las entidades, em especial os efetuados em bens    N
O Subsistema Normativo    O
garantidores de provisões técnicas;    C
Dentro do sistema de seguros privados, nós temos, z  Cumprir e fazer cumprir as deliberações do
assim como no sistema nanceiro que vimos anterior-
anterior- CNSP e exercer as atividades que por este forem
mente, uma estrutura composta por órgão normativo, delegadas;
entidade supervisora e os operadores. z  Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 273

O Subsistema Operador do Sistema de Seguros Modalidades:


Privados
z  Modalidade Tradicional:
Tradicional:
As instituições a seguir são subordinadas ao CNSP
e a SUSEP, que regulamentam seu funcionamento e Dene-se como Modalidade Tradicional o Título de
scalizam suas atuações neste mercado. Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular,
ao nal do prazo de vigência, no mínimo
mínimo,, o valor
Sociedades de Capitalização total dos pagamentos efetuados pelo subscritor
(cliente),, desde que todos os pagamentos previstos
(cliente)
Constituídas sob a forma de sociedades anô- tenham sido realizados nas datas programadas.
nimas,, elas negociam contratos (títulos de capita-
nimas Deve possuir prazo de vigência mínimo de 12
lização) que têm por objeto o depósito periódico de meses e
meses  e tem carência mínima de 30 dias para resgate.
prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá,
depois de cumprido o prazo contratado, o direito de z Modalidade Compra-Programada:
resgatar parte dos valores depositados corrigidos por
uma taxa de juros estabelecida contratualmente; con- Dene-se como Modalidade Compra-Programa-
Compra-Programa -
ferindo, ainda, quando previsto, o direito de concor- da o Título de Capitalização em que a sociedade de
rer a sorteios de prêmios em dinheiro. 
dinheiro. 
capitalização
o recebimentogarante
do valoraodetitular,
resgateaoemnal da vigência,
moeda corrente
O Título de Capitalização (Circular 569/2028) nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade
de optar, se este assim desejar e sem qualquer outro
É um produto em que parte dos pagamentos reali-
custo, pelo recebimento do bem ou serviço referen-
zados pelo subscritor (adquirente) e usado para for-
ciado na cha de cadastro, subsidiado por acordos
mar um capital mínimo,
mínimo, segundo cláusulas e regras
aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições comerciais celebrados com indústrias, atacadistas ou
Gerais do Título), e que, além disso, será pago em moe- empresas comerciais.
da corrente nacional 
nacional  em um prazo máximo máximo  esta- Devem ser estruturados na forma PM (Por Mês) ou
belecido no contrato, dando também ao adquirente/ PP (Por Período),
Período), possuem prazo de vigência míni-
subscritor o direito a participação em sorteios. mo de 6 meses e
meses e 30 dias de carência para
carência para resgate.
Os prazos dos títulos de capitalização são:
z Modalidade Popular:
z  Prazo de Pagamento: é
Pagamento: é o período durante o qual o
Subscritor compromete-se a efetuar os pagamen- Dene-se como Modalidade Popular o Título de
tos que,
tos que, em geral, são mensais e sucessivos. Outra Capitalização que tem por objetivo propiciar a partici-
pa rtici-
possibilidade,
ser de Pagamentocomo colocada(PP)
Periódico acima, é aPagamento
ou de de o título pação dodos
integral titular em sorteios,
valores semvigência
pagos. Tem que hajamínima
devolução
de
Único (PU); 12 meses e carência mínima de 60 dias para resgate.
z  Prazo de Vigência:
Vigência: é o período durante o qual o A Tele Sena é um ótimo exemplo desta modalidade.
Título de Capitalização está sendo administrado pela
Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo z Modalidade Incentivo:
ao título, em geral, atualizado monetariamente pela
TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de
Condições Gerais. É o prazo que compreende o iní- Capitalização que está vinculado a um evento promo-
cio e o m do título, ou seja, o prazo em que o cliente cional de caráter comercial instituído pelo Subscritor
ou subscritor concorre aos sorteios; para alavancar as vendas de seus produtos ou servi-
z  Prazo de Carência: é
Carência: é o período em que o subscri- ços ou para delizar seus clientes.
tor (cliente) não pode solicitar o resgate da capita- O subscritor neste caso é a empresa que compra o
lização, mesmo com perdas. Esse prazo é máximo
de 24 meses em
meses em qualquer modalidade. título e o cede total ou parcialmente (somente o direi-
to ao sorteio) aos clientes consumidores do produto
Formas de pagamento: utilizado no evento promocional.
z  Por Mês (PM) Tem prazo de vigência
de 60 dias de carência paramínimo
resgate.de 60 dias e prazo
É um título que prevê um pagamento a cada mês
mês  
de vigência
vigência do
 do título. z Modalidade de instrumento de garantia:

z  Por Período (PP) Permite que o título de capitalização seja utiliza-


do como uma garantia ou caução. Com isso, o título
É um título em que não há correspondência entre de capitalização passa a ser uma alternativa ao segu-
o número de pagamentos 
pagamentos   e o número de meses de ro garantia e à ança à locação ou obrigação com
vigência do
vigência  do título. terceiros.
O título só poderá ser resgatado pelo terceiro, caso
z  Pagamento Único (PU) o contrato seja quebrado pelo subscritor/adquirente
É um título em que o pagamento é único (realiza-
único (realiza- do título, desta forma não se fala de carência para res-
do uma única vez), tendo sua vigência estipulada na gate. O subscritor/ adquirente poderá resgatar o título
proposta.. (no mínimo 12 meses).
proposta meses). Note que nem sem- durante a vigência, entretanto, só poderá fazê-lo com
274 pre os prazos de vigência e pagamento vão coincidir.
coincidir . a anuência do terceiro.

A vigência mínima será de 6 meses. ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA


COMPLEMENTAR
z Modalidade de lantropia premiável:
Entidades abertas de previdência complementar
É um instrumento para que entidades benecen-
benecen - - são entidades constituídas unicamente sob a forma
tes de assistência social angariem recursos. Nessa de sociedades anônimas e
anônimas e têm por objetivo instituir
modalidade, o direito de resgate do valor do título de e operar planos de benefícios de caráter previden-
capitalização é cedido para a entidade benecente, ciário,   concedidos em forma de renda continuada,
ciário,
permanecendo o cliente apenas com o direito de par- pagamentos por período determinado ou paga-
mento único,
único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
físicas.
ticipar de sorteios.
Só pode ser estruturado na forma PU (pagamento Os Planos de Previdência Complementar Abertos
único), vigência mínima de 60 dias e para
pa ra resgate ape-
nas após 60 dias contados da aplicação. Os planos são comercializados por bancos e segu-
radoras, e podem ser adquiridos por qualquer pessoa
Categoria Instantânea física ou jurídica. O órgão do governo que scaliza e
dita as regras dos planos de Previdência Privada é a
A famosa raspadinha agora pode ser atrelada a Susep (Superintendência de Seguros Privados), que é
título de capitalização. Este procedimento já era feito ligada ao Ministério da Economia.
há anos no Brasil, mas não era regulamentado pela Os dois planos mais comuns são PGBL e VGBL.
SUSEP, o que mudou após a publicação da Circular PGBL signica Plano Gerador de Benefício Livre e
569/2018. É importante frisar que Categoria Instantâ- VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre.
nea não pode ser confundida com modalidade. São planos previdenciários que permitem que
você acumule recursos por um prazo contratado.
Como é estruturado um título de capitalização? Durante esse período, o dinheiro depositado vai sen-
do investido e rentabilizado pela seguradora
se guradora ou banco
Os títulos de capitalização são estruturados com escolhido.
prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e em Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa
séries cujo tamanho deve ser informado no próprio por duas fases: o período de investimento e o período
de benefício. O primeiro normalmente ocorre quando
título, sendo no mínimo de 10.000 títulos. Por exem- estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase
plo, uma série de 100.000 títulos poderá ser adquirida de formação de patrimônio. Já o período de benefício
por até 100.000 clientes diferentes, que são regidos começa a partir da idade que você escolhe para come-
pelas mesmas condições gerais e se for o caso, concor- çar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos
rerão ao mesmo
O título prevêtipo de sorteio.
pagamentos a serem realizados pelo de trabalho.
você A maneira
quem escolhe. de recebimento
É possível resgatardos recursos é
o patrimônio
subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral, três acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (ren-
componentes: da) para passar a receber, mensalmente, da empresa
seguradora.
z  Cota de Capitalização:
Capitalização: parte que é destinada a É importante lembrar que tanto o período de
acumulação do capital, corrigira monetariamente investimento quanto o período de benefício não preci-
por um índice xado no contrato. Deve ser maior sam ser contratados com a mesma seguradora. Desta
que as demais cotas; forma, uma vez encerrado o período de investimento,
z  Cota de sorteio:
sorteio: parte destinada ao pagamento o participante ca livre para contratar uma renda na
dos prêmios aos sorteados; instituição que escolher.
z  Cota de Carregamento:
Carregamento: parte destinada as despe- Diferença entre PGBL e VGBL
sas administrativas da sociedade de capitalização
com a administração do título. A principal distinção entre eles está na tributação.
No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições
Os valores dos pagamentos são xos? da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limi-
   S
Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os paga- te de 12% da sua    O
   I
mentos são obrigatoriamente xos. Já nos títulos com reduzir o valor do renda bruta
imposto anual.
a pagar ouAssim,
aumentarpoderá
sua    R
restituição de IR. Vamos supor que um contribuinte     Á
vigência superior, é facultada a atualização dos paga-    C
tenha um rendimento bruto anual de R$ 100 mil. Com    N
mentos, a cada período de 12 meses, por aplicação de    A
o PGBL, ele poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR    B
um índice ocial estabelecido no próprio título. sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL
PGBL,, só    S
   O
será pago no resgate desse dinheiro. Mas atenção: esse    T
benefício scal só é vantajoso para aqueles
aquele s que fazem    N
O resgate é sempre inferior ao valor total que foi    E
pago? a declaração do Imposto de Renda pelo formulário    M
   I
completo e são tributados na fonte.
fonte.    C
   E
Não. Alguns títulos possuem ao nal do prazo de Para quem faz declaração simplicada ou não é    H
   N
vigência um percentual de resgate igual ou até mesmo tributado na fonte,
fonte, como autônomos, o VGBL
VGBL é é ideal.    O
Ele é indicado também para quem deseja diversicar    C
superior a 100%, isto é, se fosse, por exemplo 100%, seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais
signicaria que o titular receberia ao nal do prazo de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto por-por -
de vigência, tudo o que pagou, além da atualização que, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre
monetária, que é o caso do produto Tradicional. o ganho de capital. 275

 É possível a portabilidade entre planos do tipo VGBL A taxa de carregamento incide


carregamento incide sobre cada depó-
(Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano sito que é feito no plano. Ela serve para cobrir des-
Gerador de Benefício
só é permitida Livre)? do
entre planos Não, a portabilidade
mesmo segmento, pesas
casos, de corretagem
a cobrança e administração.
dessa Na maioria
taxa não ultrapassa dos-
5%, sen-
sen
isto é, entre planos de previdência complementar do o máximo autorizado pela SUSEP de 10%, sobre o
aberta (PGBL para PGBL), ou entre planos de segu- valor de cada contribuição que você zer. No mercado
ro de vida com cobertura por sobrevivência (VGBL há três formas de taxa de carregamento, dependendo
 para VGBL). 3 do plano contratado. São elas:
Os planos denominados PGBL E VGBL,
VGBL, durante o z  Antecipada:  incide no momento do aporte. Esta
Antecipada: 
período de diferimento, terão como critério de remu- taxa é decrescente em função do valor do aporte
neração da provisão matemática de benefícios a con- e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior
ceder, a rentabilidade da carteira de investimentos o valor do aporte ou quanto maior o montante
do Fundo de Investimentos Exclusivo (FIE), instituí- acumulado, menor será a taxa de carregamento
do para o plano, ou seja, DURANTE O PERÍODO DE antecipada.
DIFERIMENTO NÃO HÁ GARANTIA DE REMUNE- z  Postecipada:
Postecipada:   incide somente em caso de porta-
RAÇÃO MÍNIMA, ou seja, pode render negativo.
bilidade ou resgates. É decrescente em função do
PGBL ou VGBL, como avaliar os dois tipos de pla-
nos de previdência. tempo de permanência no plano, podendo chegar
a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de perma-
nência, menor será a taxa.
PGBL X V GB L z  Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no
Híbrida: a
Abatimento das Tratamento Durante o período
ingresso de aportes ao plano), quanto na saída (na
contribuições no Fiscal de acumulação, os ocorrência de resgates ou portabilidades). Como
Imposto de Renda recursos aplicados você pode ver, existem produtos que extinguem a
(até o limite de estão isentos de cobrança dessa taxa após certo tempo de aplica-
12% da Renda tributação sobre ção. Outros atrelam esse percentual ao saldo inves-
Bruta anual) du- os rendiment
rendimentos.
os. tido: quanto maior o volume aplicado, menor a
rante o período de Somente no mo- taxa. Nos dois casos, não deixe de pesquisar antes
acumulação. So- mento do recebi- de escolher seu plano de previdência.
bre os valores de mento de renda ou
resgate e rendas resgate haverá a Alíquotas do Imposto de Renda (IR)
haverá a incidên- incidência de Im-
cia de tributação posto de Renda A alíquota do imposto de renda serve para tributar
a renda que você receberá ao nal do plano, quando
for gozar o benefício de forma parcelada ou de uma
Mais atraente Para quem Para quem é isento, únicadesse
fora vez. Claro que a receita
seu dinheiro, não é?federal
Logo,não
estacaria de
alíquota
para quem de- é indicado declara Imposto de
pode ser cobrada de duas formas de acordo com a
clara Imposto de Renda simplicado
Renda completo, ou tem previdência
escolha do cliente.
podendo aprovei- complementar e/
tar o abatimento ou já abate o limite A Alíquota Progressiva
da Renda Bruta máximo de 12% da
anual na fase de Renda Básica anual Esta forma de tributação é ideal para quem não
contribuição declara imposto de renda ou se declara como isento,
pois o imposto
imposto  cobrado
cobrado na
 na previdência no momento
do resgate será de 15%, independente do prazo.
prazo.
Entretanto, caso sua renda passe a ser tributável, ou
Fonte: Conde Consultoria Atuarial
seja, você passe a ganhar o suciente para pagar impos-
impos-
to de renda, a tributação que era 15% passa a acompa-
acompa -
Os planos de Previdência Privada cobram dois nhar a tributação do seu salário, e quando você efetuar
tipos de taxa que devem ser observados na hora da o resgate, terá de fazer um ajuste no seu imposto de
contratação: a taxa de administração nanceira e a renda para mais ou para menos, a depender o valor do
taxaAde carregamento.
taxa de administração nanceira  é cobrada seu salário
gressiva, e da
pois alíquotaconforme
aumenta cobrada, seu
por salário
isso o nome Pro-
progride.
pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de Por exemplo, eu ganho 10 mil reais por ano, por-
investimento exclusivo, criado para o seu plano, e tanto não preciso declarar imposto de renda, e se eu
pode variar de acordo com as condições comerciais declarar não preciso pagar imposto, logo minha pre-
do plano contratado. Os que têm fundos com investi- vidência está sujeita a imposto de 15% e quando você
mentos em ações, por serem mais complexos, normal- efetuar o resgate e for cobrado o imposto, como você
mente têm taxas um pouco maiores do que aqueles não deve pagar imposto de renda, pode receber o
que investem apenas em renda xa. valor cobrado de volta como restituição.
É importante saber que, a taxa de administração Agora um outro exemplo: Ganho 70 mil reais por
nanceira é cobrada diariamente sobre o valor total ano, logo, devo declarar imposto de renda e devo
da reserva e a rentabilidade informada é líquida, ou pagar imposto, ou esse pode ser retido no meu salá-
seja, com o valor da taxa de administração já debitado. rio pelo meu empregador se eu for assalariado. Para
quem ganha 70 mil reais por ano o imposto devido é de
276 3 Fonte: http ://www.susep.gov
://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-complementar-aberta#duvidasfaq
.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-complementar-aberta#duvidasfaq

27,5%, ou seja, minha previdência sairá de um imposto administrativa e nanceira e patrimônio próprio,
de 15% para um imposto de 27,5%. Desta forma você vinculada ao Ministério da Economia , com com sede
sede e
deverá pagar imposto a mais por ela e não receberá  foro no Dist
Distrito
rito Fed
Federa
erall e atu
atuaçã
açãoo em
em todo o terr
territóri
itórioo
nada de volta a título de restituição. nacional.
Por isso, essa forma de tributação deve ser escolhi-  Parágrafo único. A Previc atuará como entidade
da com cuidado, e com o pensamento no fato de que de scalização e de supervisão das atividades das
se sua renda subir demais você pagará mais imposto. entidades fechadas de previdência complementar
e de execução das políticas para o regime de pre-
A Alíquota Regressiva vidência complementar operado pelas entidades
 fechadas de previdência
previdência complementar
complementar,, observadas
Esta alíquota indica que o imposto será cobrado na as disposições constitucionais e legais aplicáveis.
forma inversa a Progressiva, ou seja, começará alto, Art. 2º 
2º Compete à Previc:
em 35%, e terminará em 10% ao
10% ao m de dez anos, ou  I - proceder
proceder à scalização das atividades das enti-
seja, a alíquota reduz com o tempo. Logo, esta modali- dades fechadas de
fechadas de previdência
 previdência complementar
 complementar e
dade é mais indicada para aqueles que desejam car no de suas operações;
plano de previdência por muito tempo, e que queiram  II - apurar e julgar  infrações
 infrações e aplicar as penali-
utilizar a aplicação como benefício futuro de aposenta- dades cabíveis;
doria. Indicada para aqueles clientes que estão pensan-  III - expedir instruções e
instruções e estabelecer procedimen-
do em muito longo prazo. Deve, também, ser escolhida tos para a aplicação das normas relativas à sua

com atenção,
Regressiva pois esta escolha
é irretratável, entrenão
ou seja, você progressiva ou
pode mudar. área
do de competência,
Conselho Nacional dede acordo com as
Previdência diretrizes
Complemen-
Tome cuidado, pois existe a possibilidade de troca tar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 
de regime tributário de Progressivo para Regressivo, e 10.683, de 28 de maio de 2003;
2003;
isso encontra amparo na Lei 11.053. Embora a lei não  IV - autorizar :
seja muito clara, ela faz menção ao fato de que o clien- a) a constituição e o funcionamento das enti-
te que tenha uma previdência na moralidade tributária dades fechadas de previdência complementar   ,
progressiva possa migrar para a alíquota regressiva,
regressiva, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e
mas isso só pode ser feito uma única vez e é irreversível. regulamentos de planos de benefícios;
Da mesma forma, em 2015 a SUSEP e a PREVIC
assinaram um acordo em março daquele ano para Entidades Fechadas de Previdência Complementar
que fosse possível a migração entre previdência
complementar aberta para fechada e vice-versa,vice-versa , As entidades fechadas de previdência complemen-
entretanto o acordo não especica como e em que ter- ter - tar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma
mo essa migração é feita, cando clara apenas a auto-
auto - de fundação ou sociedade civil, sem ns lucrativos 
rização para migração. e são acessíveis, exclusivamente
exclusivamente,, aos empregados
de uma empresa ou
empresa ou grupo de empresas ou aos ser-
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA vidores   da União, dos Estados, do Distrito Federal e
vidores
Como vimos anteriormente, além das Sociedades dos Municípios, entes denominados patrocinadores
de Capitalização, das seguradoras e das Entidades ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de
Abertas de Previdência Complementar, existem as caráter prossional, classista ou setorial, denomina-
denomina-
Entidades Fechadas de Previdência complemen- das instituidores.
tar. Entretanto,
tar. Entretanto, estas não são subordinadas ao CNSP As entidades de previdência fechada devem seguir
nem, tampouco, são scalizadas pela SUSEP. Vejamos:
Vejamos: as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Mone-
tário Nacional,
Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25
CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos
COMPLEMENTAR recursos dos planos de benefícios.

Conselho Nacional de Previdência Complementar O Plano de Previdência Fechado


(CNPC) é um órgão colegiado
colegiado que
 que integra a estrutura do
Ministério da Economia, reunindo-se trimestralmen- Também conhecido como fundos de pensão, é cria-
te, e
te, e cuja competência é regular o regime de previdên- do por empresas e voltado exclusivamente aos seus    S
cia complementar operado pelas entidades fechadas de funcionários, não podendo ser comercializado para    O
   I
previdência complementar (fundos de pensão). quem não é funcionário daquela empresa.    R
    Á
O CNPC é o novo órgão com a função de regular    C
A Superintendência Nacional de Previdência Com-    N
o regime de previdência complementar operado plementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao    A
   B
pelas entidades fechadas de previdência comple- Ministério da Economia, responsável por scalizar    S
mentar,, nova denominação do Conselho de Gestão da
mentar    O
as atividades das entidades fechadas de previdência    T
Previdência Complementar. complementar (fundos de pensão).    N
   E
Atenção! Em ambas as entidades a aplicação dos    M
   I
SUPERINTENDÊNCIA DE PREVIDÊNCIA recursos das reservas é orientada pelo CMN.
   C
   E
COMPLEMENTAR (PREVIC)    H
   N
   O
Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009    C

Art. 1º 
1º   Fica cria
criada
da a Supe
Superint
rintendê
endência
ncia Nac
Naciona
ionall
de Previdência Complementar - PREVIC, autar-
quia de natureza especial, dotada de autonomia 277

indenização caso algum sinistro aconteça com o bem


segurado, que pode ser um bem material ou até mes-
mo a própria vida.
Neste tipo
devolvido de seguro,aoo nal
ao segurado acúmulo de capital
do prazo não é
contratado,
pois o valor pago destina-se ao prêmio pago ao Segu-
rador para assumir o risco do sinistro do segurado.
SOCIEDADES SEGURADORAS Ex: Vida, Automóveis, acidentes pessoais, saúde,
residenciais e viagem.
São entidades
entidades,, constituídas sob a forma de socie-
dades anônimas, especializadas em pactuar contrato,
por meio do qual assumem
assumem   a obrigação
obrigação   de pagar O RESSEGURO OU RETROCESSÃO
ao contratante (segurado), ou a quem este designar,
uma indenização
indenização,, no caso em que advenha o risco O Resseguro é o Seguro das Seguradoras
indicado e temido, recebendo
recebendo,, para isso, o prêmio
prêmio  
estabelecido. É um contrato em que o ressegurador
ressegurador assume
 assume o
compromisso  de indenizar
compromisso  indenizar a
 a companhia segurado-
O Seguro ra (cedente)
ra (cedente) pelos danos que possam vir a ocorrer em
decorrência de suas apólices de seguro.
Contrato mediante o qual uma pessoa denomina- Para garantir com precisão um risco aceito, as
da Segurador, se obriga, mediante o recebimento de seguradoras usualmente repassam parte dele para
um prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada uma resseguradora que concorda em indenizá-las por
Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros, eventuais prejuízos que venham a sofrer em função
previstos no contrato. (Circular SUSEP 354/07). da apólice de seguro que vendeu. O contrato de resse-
Ou seja, o Segurador assume o risco do segurado guro pode ser feito para cobrir um determinado risco
e em troca disto recebe um prêmio em dinheiro, logo, isoladamente ou para garantir todos os riscos assumi-
cabe ao Segurador decidir se aceita ou não o risco do dos por uma seguradora em relação a uma carteira ou
segurado. ramo de seguros. O seguro dos riscos assumidos por
Para se proteger as seguradoras se valem de pes- uma seguradora é denido por meio de um contrato
quisas e questionários sobre o segurado para buscar de indenização.
calcular a probabilidade de um evento acontecer ou Os Resseguradores fornecem proteção a varia-
não. Estes eventos são os fatos geradores ou, simples- dos riscos, inclusive para aqueles de maior vulto e
mente, sinistros. Quando estes sinistros ocorrem o complexidade que são aceitos pelas seguradoras. Em
segurador deve indenizar o segurado conquanto que contrapartida, a cedente (segurador direto) paga um
o sinistro esteja previsto no contrato rmado entre os prêmio de resseguro, comprometendo-se a fornecer
dois. Este contrato chamamos de apólice. informações necessárias para análise, xação do pre-
pre -
ço e gestão dos riscos cobertos pelo contrato.
As partes da proposta de seguro: Resumindo, a seguradora ca com medo de dar
um problema sério na apólice de seguro, ou o valor a
z  Apólice: proposta formal aceita pela seguradora;
Apólice: indenizar ser alto demais, e acaba por tentar diminuir
z  Endosso:: poder que se tem de mudar o bem em
Endosso o risco, dividindo com uma resseguradora. É o seguro
garantia ou características do bem garantido; do Seguro.
z  Prêmio:: prestação paga periodicamente pelo
Prêmio
segurado; O Cosseguro
z  Sinistro:: prejuízo causado a um bem segurado;
Sinistro
z  Indenização:: valor que segurado recebe caso o
Indenização O cosseguro nada mais é do que pegar uma apólice
sinistro ocorra; de seguro e distribuí-la para mais de uma seguradora,
z  Franquia:: contribuição do segurado para libera-
Franquia ou seja, quando o risco é alto demais, as seguradoras
ção da indenização, é a coparticipação do segura- dividem, entre elas, o risco daquela apólice, pois caso
do no prejuízo. haja algum problema, o sinistro, o prejuízo
prej uízo é dirimido
entre elas.
Dentro do mercado de seguros, nós temos dois Aqui há algumas características dos seguros:
grandes grupos de seguros: Os seguros podem ser classicados em seguros
individuais ou em grupo.
Seguros de Acumulação O seguro individual é
individual é uma relação entre uma pes-
soa ou uma família e uma seguradora. A seguradora,
Onde eu invisto um capital por um determinado pra- evidentemente, terá de aferir corretamente o risco
zo e, ao nal, recebo o valor de volta, corrigido por um segurado e pulverizá-lo, colocando-o numa carteira
indexador de juros. Então é chamado de acumulação onde existem diversos riscos semelhantes, mas inde-
porque há um acúmulo de dinheiro que ao nal poderá pendentes entre si.
O seguro em grupo 
grupo  é o seguro de um conjunto
ser devolvido ao segurado caso o sinistro não ocorra. de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece
Exemplo: Previdência Complementar Aberta (PGBL, uma relação triangular entre a seguradora, o segura-
VGBL), Títulos de Capitalização. do e o grupo a que ele pertence.
O grupo pode ser constituído por uma empresa,
Seguros de Risco por uma organização sem ns lucrativos, por uma
associação prossional, ou por uma pessoa física. Os
São os famosos fatos geradores. Esses seguros seguros contratados por empresas são chamados de
foram criados para o segurado contribuir com um empresariais ou corporativos. É um seguro em gru-
278 valor, e por meio dessa contribuição ele recebe uma po, formalizado por uma única apólice que garante

coberturas estabelecidas de acordo com um critério objetivo e uniforme, não dependente exclusivamente da
vontade do segurado.
A seguradora, com base nos contratos de adesão ao seguro, emite para cada segurado um documento que
comprova a inclusão no grupo (Certicado de Seguro). Nesse documento constam a identicação do segurado e a
designação dos seus beneciários.
Os seguros diferem também segundo o regime de nanciamento, ou seja, a técnica atuarial que determina a
forma de nanciamento das indenizações e benefícios integrantes do contrato.
Os regimes se dividem em repartição e capitalização.
capitalização. O regime de repartição, por sua vez, se divide entre
repartição simples e repartição de capitais de cobertura.
No regime de repartição simples,
simples, todos os prêmios pagos pelos segurados em
segurados em determinado período formam
um fundo que
fundo que se destina ao custeio de indenizações a
indenizações a serem pagas por todos os sinistros ocorridos no próprio
período (e às demais despesas da seguradora). Isso implica em que o prêmio cobrado é calculado de forma que cor-
responda à importância necessária para cobrir o valor das indenizações relativas aos sinistros esperados. Não há,
há,
assim, a possibilidade de devolução ou resgate de prêmios e contribuições capitalizadas
contribuições capitalizadas ao segurado, ao bene-
bene-
ciário ou ao estipulante, como nos casos de planos de previdência.
Tipicamente, esse regime se aplica aos planos previdenciários ou de seguro de vida em grupo, em situações
em que a massa de participantes é estacionária e as despesas com pagamento de benefícios são estáveis e de
curta duração. É usado também na previdência social estatal (INSS e regimes próprios do Estado), porém, sem a
condição de estabilidade mencionada. É o caso também dos seguros
se guros de vida em grupo, de seguros de automóveis,
au tomóveis,
de saúde etc.
Ocorrido o sinistro,
sinistro, o segurado
segurado recebe
 recebe uma indenização pré-estabelecida independentemente do valor
que pagou.
pagou. No
formação de No mercado
provisões dede seguros,
prêmios nãoentretanto,
ganhos, depara garantia
oscilação da solvência
de riscos das empresas,
e de sinistros, a legislação
devidamente impõe
atestadas pelosa
atuários em Nota Técnica e Avaliação Anual.
O regime de repartição de capitais de cobertura é o método em que há formação de reserva apenas
a penas para garan-
tir os pagamentos das indenizações e benefícios iniciados no período, ou seja, arrecada-se apenas o necessário
e suciente para formação de reserva garantidora do cumprimento dos benefícios futuros que se iniciam neste
período.
Em outras palavras, há formação de um fundo correspondente ao valor atual dos benefícios de prestação con-
tinuada iniciados no período em questão. Nesse regime, há a obrigação de constituição de provisão de benefícios
concedidos.
O regime de capitalização é
capitalização é o método que consiste em determinar a contribuição necessária para atender
determinado uxo de pagamento de benefícios, estabelecendo que o valor da série de contribuições efetuadas ao
longo do tempo seja igual ao valor da série de pagamentos de benefícios que se fará no futuro.
Esse modelo de nanciamento constitui reservas tanto para os participantes assistidos, como para os ativos e
obviamente pressupõe a aplicação das contribuições nos mercados nanceiros, de capitais e imobiliários a m  m de
adicionar valor à reserva que se está
e stá constituindo. A capitalização é dividida em duas fases distintas:
distintas: a primeira
denominada “fase contributiva” e a segunda “fase do benefício”. 
benefício”.  
A legislação vigente torna obrigatória a utilização do regime nanceiro de capitalização para os benefícios de
pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas. Nesse regime, obriga-se a empresa a constituir
provisão de benefícios concedidos, como no caso anterior, e provisão de benefícios a conceder. Assim, no regime
de capitalização, o objetivo não é apenas pagar indenização ou benefício pré-estabelecido,
pré-estabelecido , mas permitir ao
segurado ou participante retirar ao nal do contrato uma poupança que, idealmente, cubra os riscos de morte,
invalidez, aposentadoria etc.

RAMOS DE SEGUROS
GRUPO S C A R A CT ER Í S TI C A S G E R A I S
Seguros contra incêndio, roubo de imóveis, bem como os seguros compreensivos re-
1 Patrimonial
sidenciais, condominiais e empresariais
2 Riscos Espe
pecciais Segu
gurros contra riscos de petróleo, nucleares e satélite
tess    S
   O
   I
Seguros contra indenizações por danos materiais ou lesões corporais a terceiros por    R
3 Responsabilidades     Á
culpa involuntária do segurado    C
   N
4 Cascos em (“run off ”)
”) Seguros contra riscos marítimos, aeronáuticos e de hangar    A
   B
   S
Seguros contra roubos e acidentes de carros, de responsabilidade civil contra tercei-    O
5 Automóvel    T
ros e DPVAT    N
   E
Seguros de transporte nacional e internacional e de responsabilidade civil de cargas,    M
   I
6 Transporte    C
do transportador e do operador    E
   H
7 Riscos Fi
Financeiros Seguros diversos de garantia de contratos e de ança locatícia    N
   O
   C
8 Crédito em (“run off ”)
”) Seguros de crédito à exportação e contra riscos comerciais e políticos
Seguros coletivos de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de so-
9 Pessoas Coletivo
brevivência, prestamista e educacional
279

RAMOS DE SEGUROS
GRUPO S C A R A CT ER Í S TI C A S G E R A I S
10 Habitacional Seguros contra riscos de morte e invalidez do devedor e de danos ao imóvel nanciado
11 Rural Seguros agrícola, pecuário, de orestas e penhor rural
12 Outros Seguros no exterior de sucursais e de seguradoras no exterior
Seguros individuais de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de
13 Pessoa In
Individual
sobrevivência, prestamista e educacional
Seguros compreensivos para operadores portuários, responsabilidade civil facultativa
14 Marítimos
para embarcações e marítimos
Seguros de responsabilidade facultativa para aeronaves, aeronáuticos, responsabili-
15 Aeronáutico
dade civil de hangar e responsabilidade do explorador ou transportador aéreo
16 Microsseguros Microsseguros de pessoas, microsseguros de danos
17 Saúde Seguro Saúde
Fonte: Susep

ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: DOCUMENTAÇÃO BÁSICA

Bom pessoal, muitos de nós já fomos a algum banco, alguma vez, para abrir, ou assistir alguém abrir uma con-
ta. A conta que abrimos no banco nada mais é do que um contrato
contrato,, e como tal precisa de regras e de orientações
sobre sua forma.
Lembrando que esse contrato é composto por uma cha-proposta e um cartão de assinatura.
assinatura.
A cha-proposta deve conter no mínimo: Qualicação do depositante, endereço residencial e comercial
completos, telefone com DDD, referencias pessoais, data da abertura da conta e o número dessa conta, e a assina-
tura do depositante.
Estas orientações estão contidas na Resolução CMN nº 4753/2019,
4753/2019, que dita às regras básicas que devem nor-
tear as Instituições Financeiras quando da Abertura e manutenção de contas de depósito.
Então vamos ver o que o CMN e o BACEN têm dito sobre isso:
No caso de pessoa física:
z  Documento de identicação (carteira de identicação ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional

z  de habilitação,
Inscrição passaporte,
no Cadastro CTPS,Física
de Pessoa carreiras de órgão de classe);
(CPF);
z Comprovante de residência.
Para que exista uma pessoa física, basta que esta nasça com vida. Ela se extingue com a morte do indivíduo.

No caso de pessoa jurídica:

z  Documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial);


z  Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
z  Documentos que qualiquem e autorizem os representantes, mandatários
mandatá rios ou prepostos a movimentar a conta.
z  Para que uma Pessoa Jurídica de direito Privado exista é necessário que o contrato social seja registrado na
 JUNTA COMERCIAL
COMERCIAL do Estado onde a empresa se situa.
z Nos casos de Partidos Políticos deve-se registrar
re gistrar o estatuto no TSE – Tribunal Superior Eleitoral. (estes são pes-
soas jurídicas de direito privado
privado).
).
z  As pessoas jurídicas podem ser também de direito Público Interno: União, Estados, Distrito Federal e Municí-
pios; Autarquias e Fundações Públicas. (são criados por Lei)
z
  Existem ainda as de Direito Público Externo: que são os territórios e entidades governamentais no exterior.
A pessoa jurídica extingue-se com a dissolução desta, mediante acordo entre os sócios ou por decreto judicial,
exceto para as públicas, que serão por meios especícos.
Além disso, a instituição nanceira pode estabelecer critérios próprios para abertura de conta de depósito,
desde que seguidos os procedimentos previstos na regulamentação vigente (Resolução CMN 4753/2019).
Ou seja, as instituições Financeiras podem exigir outros documentos ou termos para abrir esta conta, mas
desde que não ram a resolução acima.
Ex.: Depósito Inicial e comprovante de rendimentos.
Vamos compreender sobre a cha-proposta agora.
Esta deve conter no mínimo:

z  Condições para fornecimento de talonário de cheques;


cheques;
280

z  Necessidade de comunicação pelo depositante,


depositante, de crédito básico e cadastro, somente podendo ser
por escrito, de qualquer mudança de endereço ou cobrados os serviços constantes da Lista de Servi-
número de telefone ou no cadastro; ços da Tabela I anexa à Resolução CMN 3.919, de
z  Condições para inclusão
inclusão do
 do nome do depositante 2010, devendo ainda ser observados a padroni-
no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos zação, as siglas e os fatos geradores da cobrança,


(CCF);
Informação de que os cheques liquidados, uma z 
também
Serviçosestabelecidos por meiocuja
especiais:  aqueles
especiais:  da citada Tabela I;e
legislação
vez microlmados, poderão ser destruídos;  regulamentação especícas denem as tarifas
(estas microlmagens devem permanecer por no e as condições em que aplicáveis,
aplicáveis, a exemplo
mínimo 10 anos no
mínimo  anos no arquivo); dos serviços referentes ao crédito rural, ao Siste-
z  Tarifas de serviços,
serviços, incluindo a informação sobre ma Financeiro da Habitação (SFH), ao Fundo de
serviços que não podem ser cobrados; Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao Fundo
z  Saldo médio mínimo 
mínimo  exigido para manutenção PIS/PASEP, às chamadas “contas-salário”, bem
da conta se houver essa exigência. como às operações de microcrédito de que trata a
Resolução CMN 4.000, de 2011;
z  Serviços diferenciados: 
diferenciados:  aqueles que podem ser
Importante! cobrados desde
cobrados  desde que explicitadas ao cliente ou ao
A Ficha-Proposta  somente poderá ser microl-
Ficha-Proposta somente usuário as
usuário  as condições de utilização e de pagamento.
mada   depois
mada  de transcorridos no mínimo cinco
depois de
anos,, a contar do início do relacionamento com
anos No encerramento da conta 
conta  é necessário tomar
o cliente. alguns cuidados:

z
É facultado
facultado à à instituição nanceira abrir, man-   Pode
banco,ser encerrada
desde de quepor ambas as partes,
acompanhada partes, cliente
de aviso ou
prévio,
ter ou encerrar 
encerrar  contas de depósito caso o cliente
cliente   por meio de carta registrada ou meio eletrônico;
esteja inscrito no CCF
CCF –
 – Cadastro de Emitente de Che- z  Informar se há cheques a serem compensados,
compensados,
ques sem Fundos. pois havendo, o banco pode ser negar encerrar
O cliente será incluído no CCF nas seguintes a conta, sem a devida comprovação de que eles
condições: foram liquidados;
z  Devolver as folhas de cheque restantes
cheque  restantes ou decla-
z  Devolução de cheque sem provisão de fundos na rar que as inutilizou;
segunda apresentação; z  Deixar depositado na conta valores para com-
z  Devolução de cheque por conta encerrada; pensar débitos 
débitos  e compromissos assumidos na
z  Devolução de cheque
cheque por pratica
pratica espúria. (práti- relação do cliente com o banco.
cas ilegais).
Atente para algumas informações:
Veremos com mais detalhes mais a frente.
Sobre as tarifas que podem ser cobradas na sua z  Pessoas Físicas com idade entre 16 e 18 anos, não
conta veja: Quando se fala em serviços do Banco, lem- emancipadas,, podem ter conta de depósitos, e
emancipadas
bramos que são 4 categorias de serviços: acesso a crédito também, desde que na abertura
ou na assinatura do contrato sejam assistidas
sejam assistidas por
 por
z  Serviços essenciais: aqueles
essenciais: aqueles que não podem ser seus responsáveis legais!;
cobrados z   Já as Pessoas Físicas com idade inferior a 16 anos,
anos ,
podem ter contas de depósitos, e devem ser repre-
  Emissão da primeira via do cartão de débito.
Emissão da débito. sentadas por
sentadas  por seus representantes legais;
(segundas vias, exceto nos casos decorrentes de z  Pessoas Físicas com Deciência Visual  podem
perda, roubo, furto, danicação e outros moti- moti - ter contas de depósitos, e até rmar contratos de
vos não imputáveis a Instituição emitente); empréstimo, desde que sejam assistidas por duas
  4 saques durante o  o mês. (No caso de poupança
de poupança   testemunhas e
testemunhas  e que o contrato
contrato seja
 seja lido em voz alta;
são 2 saques por
saques por mês); z  Os residentes e domiciliados no exterior podem
  Até 10 folhas de cheque durante
cheque durante o mês; ter conta no Brasil,
Brasil, mas as movimentações ocor-
  2 extratos por
extratos por mês; ridas em tais contas caracterizam ingressos ou saí-
  Até dia 28 de fevereiro de cada ano o banco das de recursos no Brasil e, quando em valor igual
deve enviar ao cliente um extrato consolida- ou superior a R$10 mil, estão sujeitas a comprova-    S
   O
   I
do,, mostrando seus rendimentos no ano ante-
do ção documental, registro no sistema informatizado    R
rior, geralmente para ns de Imposto de Renda; do Banco Central e identicação da proveniência     Á
   C
  2 Transferências entre
Transferências entre contas da mesma insti- e destinação dos recursos, da natureza dos paga-    N
tuição por mês. (No caso da poupança
poupança 2  2 transfe- mentos e da identidade dos depositantes e dos    A
   B
rências entre contas de mesma titularidade);
titularidade); beneciários das transferências efetuadas. (Lem-
(Lem -    S
brando que só instituições autorizadas a operar    O
  Consultas via internet;
internet;    T
  Prestação de qualquer serviço por meios eletrô- com câmbio podem ter esse tipo de conta).    N
   E
nicos,, no caso de contas cujos contratos prevejam
nicos    M
   I
utilizar  exclusivamente
utilizar exclusivamente  meios eletrônicos;
eletrônicos; COBRANÇA    C
   E
  Compensação de cheques.
cheques.    H
   N
Um dos serviços mais desenvolvidos pelos bancos    O
z  Serviços prioritários: O banco é obrigado a for- atualmente é a cobrança, um serviço indispensável
indispensável para    C
necer um pacote básico destes serviços priori- qualquer banco comercial. Com este instrumento, os
tários, que são aqueles relacionados a contas de bancos estreitar
estreitaram
am seu relacionamen
relacionamento
to com os clien-
depósitos, transferências de recursos, operações tes,, PF e PJ, e engordaram as aplicações com recursos
tes
de crédito e de arrendamento mercantil, cartão transitórios em títulos. Vamos ver como isso acontece. 281

Quando um cliente
cliente vende
 vende algo para alguém, bem FUNDOS DE INVESTIMENTOS
ou serviço, emite um boleto ou
boleto ou bloqueto, estes pos-
suem código de barras, logo podem transitar pelos Um fundo de investimento é
investimento é uma comunhão de
serviços de compensação, sem sua movimentação físi- recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com
ca. Vimos, inclusive, que estes boletos transitam pelo o objetivo de obter ganhos nanceiros  a partir da
SILOC, até o VLB 25mil. Boletos de valor igual ou supe- aplicação em títulos e valores mobiliários.
mobiliários. Um fun-
rior ao VLB 250 mil transitam diretamente no STR. do é organizado sob a forma de condomínio
condomínio,, e seu
Nesta história nós temos três personagens: patrimônio é dividido em cotas,
cotas, cujo valor é calcu-
lado diariamente por
diariamente por meio da divisão do patrimô-
z  O Credor ou cedente 
cedente  – cliente do banco que irá nio líquido pelo número de cotas em circulação.
circulação .
emitir ou contratar os serviços de emissão boletos Em outras palavras é como um condomínio que reúne
de cobrança; recursos de um conjunto de investidores (cotistas),
z  O Banco –
Banco – instituição que disponibiliza o programa com o objetivo de obter ganhos nanceiros a partir da
para emissão destes boletos, e que pode realizar a aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobi-
cobrança de duas formas: simples¹ ou registrada². liários. Se o gestor do fundo zer um bom trabalho, o
z  O devedor ou sacado –
sacado – cliente do credor que adqui- patrimônio do fundo aumentará, aumentando o valor
riu produto ou serviço, e pagará o boleto emitido. das cotas do fundo.
Quando este fundo dá um bom resultado, ou seja,
A cobrança como falamos anteriormente, é um lucro, este valor é distribuído proporcionalmente ao
produto de relacionamento entre banco e cliente número de cotas de cada participante.
(cedente). Com isso o cedente possui conta no banco É a comunhão de recursos sob a forma de condo-
e os valores
valores resultantes
 resultantes da cobrança são creditados mínio em que os cotistas têm os mesmos interesses
diretamente na conta
depender do que do cedente,
cedente, em D+0 ou D+1, a
for pactuado. ecapitais,
objetivos
ouao investir
seja, todos no
têmmercado
os mesmosnanceiro
direitos, eede
o
Graças ao sistema de compensação, o sacado valor das cotas é igual para todos.
(devedor) pode pagar o título em qualquer praça, até Funciona exatamente como um condomínio de
a data do vencimento. Após o vencimento, somente na apartamentos, em que cada condômino é dono de
agencia bancaria do cedente ou emissor do título. uma cota (um apartamento) e paga a um terceiro
te rceiro para
administrar e coordenar as tarefas do prédio (o síndi-
z A cobrança simples é
simples é a mera emissão dos boletos. co). Nele são estabelecidas as regras de funcionamen-
O cedente preenche, emite, envia e especica o ban-
ban - to (horário de funcionamento da piscina, do salão de
co onde deve ser pago, tudo isso sem aviso prévio ao festas, de música alta nas dependências dos aparta-
banco. Quando do pagamento, o banco envia uma mentos, entre outras). Essas regras são seguidas por
informação ao cliente e credita em sua conta; todos os moradores, sem exceção.
z  A cobrança registrada é
registrada é mais completa, pois o ban- Um fundo de investimento 
investimento  funciona da mes-
co vai processar a emissão dos títulos, com base em ma forma. Os cotistas (os moradores) compram uma
informações previamente enviadas pelo cedente, e quantidade de cotas ao aplicar
aplicar,, e pagam uma taxa
vai processar inclusive a cobrança do pagamento de administração a
administração a um terceiro (o Gestor
Gestor,, o síndico)
ao sacado. Caso não realize o pagamento, o banco para coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus
pode
mesmolançar o nome
aos órgãos dedo sacadoao
proteção emcrédito.
protesto ou até recursos no mercado.
minado fundo, Ao comprar
o cotista cotas de
está aceitando um regras
suas deter-
de funcionamento (aplicação, resgate, horários, cus-
Ainda sobre cobrança, existe um evento chamado tos etc.), e passa a ter os mesmos direitos dos demais
oat, que nada mais é do que quando o banco recebe cotistas, independentemente da quantidade de cotas
um título de cobrança (boleto) a favor do cedente X, que cada um possui.
porém só repassa a quantia correspondente depois Agora, imagine que você não mora num prédio,
de 3 dias. Durante esse período (oat) o Banco perma-
perma- portanto está fora do condomínio, e precisa escolher
nece com o recurso, a custo zero, investe a quantia. quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra
Para que isso existe deve estar previsto no contrato da esportiva ou quem vai contratar os seguranças. Pro-
prestação do serviço. Geralmente essa liberdade dada vavelmente, terá mais trabalho para encontrar esses
ao banco deixa as tarifas de cobrança mais baratas. prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse
num condomínio, essa seria uma tarefa para o sín-
dico, com a vantagem de poder ratear com os outros
condôminos esses custos.
Cedente Mercadoria Sacado Situação semelhante poderia acontecer com você,
caso estivesse sozinho no mercado nanceiro. Cabe-
Credor Devedor
Aceita A ria a você
teira escolher os ativos
de investimento.
investimento . Isso para compor
signica uma com
analisar car-
frequência riscos, nível de endividamento e expecta-
tiva de resultados de cada empresa da qual você com-
prou ação ou de cada banco do qual você adquiriu um
Banco CDB. Isso daria muito trabalho, logo, você entrando
em um grupo, este grupo terá um gestor, e esse gestor
Cobrador se preocupará com isso para você.
Fonte: XP Investimentos

Quando o investidor vai aderir a um fundo, ou con-


282 domínio, ele deve atestar, mediante termo apropriado,

que recebeu o Regulamento


Regulamento,, e que tomou ciência da z  Política de distribuição de cotas, inclusive no que
política de investimentos e dos riscos do produto, se refere à descrição da forma de remuneração
além disso deve ser disponibilizado para eletronicamen- dos distribuidores.
te o Formulário
o Formulário de Informações Complementares.
Lâmina de Informações Essenciais
Caso o investidor que comprou parte desse fun- A instrução CVM 522, de 08 de maio de 2012,
do queira vender, ele pode? que promoveu alterações na instrução 409, trouxe
modicações na Lâmina de Informações Essenciais,
Isso vai depender. Existem dois tipos de fundos: documento já utilizado no mercado para a venda de
Abertos e
Abertos  e Fechados. fundos de investimento para investidores de varejo. A
Os Fundos
Os  Fundos Abertos permitem
Abertos permitem que o investidor res- ideia é padronizar o material utilizado, de forma que
gate   o valor aplicado a qualquer momento,
gate momento, ou seja, os investidores possam melhor comparar os fundos.
ele pode reaver seu dinheiro, logo, será um fundo de Nas mudanças, a lâmina passa a conter as informa-
alta liquidez.
liquidez. O resgate será feito com base no valor ções mais importantes em formato simples e sempre
em que a cota estiver valendo no mercado. Embora na mesma ordem. Além das informações sobre taxas
existam fundos que pedem prazo de carência para res- e despesas, a lâmina traz uma tabela com os retornos
gate, por exemplo: 30 ou 60 dias após a aplicação; os dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso
fundos são considerados como tendo alta liquidez. exista, de anos com rentabilidade negativa, além de
 Já os Fundos Fechados 
Fechados  não permitem o resgate outras mudanças, conforme disposto na instrução.
antecipado,, ou seja, se você comprar vai ter de car
antecipado A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
com as cotas até o m do prazo estabelecido. Entre-
Entre- dia 10 (dez) de cada mês com os dados relativos ao
tanto, como nada é eterno, você pode vender as cotas mês imediatamente anterior, e enviá-la imediatamen-
para outra pessoa,
pessoa, mas como elas já foram comer- te à CVM. O administrador deve entregar a lâmina ao
cializadas a primeira vez com você, você terá de ven- futuro cotista antes do seu ingresso no fundo e divul-
dê-las no mercado secundário,
secundário, ou seja, na bolsa de gar, em lugar de destaque na sua página na internet, e
valores ou no mercado de balcão. sem proteção de senha, a lâmina atualizada.
É importante saber que, todo cotista, ao ingressar
ESTRUTURAS PRESENTES NOS FUNDOS DE no fundo, deve atestar, por meio de termo próprio,
INVESTIMENTOS que recebeu o regulamento e o prospecto (a partir de
1º de janeiro de 2013, a lâmina), que tomou ciência dos
Mas o que são esse Regulamento e o Formulário de riscos envolvidos e da política de investimentos, como
Informações Complementares? também da possibilidade de ocorrência de patrimônio
O Regulamento
Regulamento   é o documento de constituição negativo e de sua responsabilidade por contribuições
do fundo.
fundo. Nele estão estabelecidas todas as informa- adicionais de recursos, quando for o caso. Por isso,
ções e as regras essenciais relacionadas, entre outras atenção ao ler esses documentos, pois neles o inves-
estabelecidas no capítulo IV da instrução CVM 409: (i) tidor vai encontrar informações muito importantes.
à administração
administração;; (ii) à espécie
espécie,, se aberto ou fechado;
(iii) ao prazo
prazo   de duração, se determinado ou indeter- Os Papéis das Pessoas
minado; (iv) à gestão
gestão;; (v) aos prestadores de serviço;
(vi) à política de investimento, de forma a caracteri-
zar a classe do fundo; (vii) à taxa de administração 
administração  z O investidor:
investidor: cliente
cliente 
veis para aplicar em  que tem de
fundos recursos disponí-
investimentos,
e, se o caso, às taxas de performance,
performance, entrada e saí- muitas vezes atraído por ganhos superiores ao de
da; (ix) às condições de aplicação e resgate de
resgate de cotas. investimentos tradicionais como poupança, CDB e
As alterações
alterações   no regulamento dependem de prévia RDB e que foge de risco elevados como os investi-
aprovação da assembleia geral  geral  de cotistas e devem
mentos diretos em ações;
ser comunicadas à CVM.CVM. É importante saber que as
z  O investidor Qualicado: pessoas físicas ou jurí-
alterações feitas no regulamento do Fundo de Investi-
mento implicam modicações nas condições de funcio- funcio - dicas que tem notório conhecimento sobre inves-
namento do Fundo. Portanto, o cotista deve analisar as timentos ou que tem volumes elevados aplicados
modicações propostas de acordo com seus interesses em investimentos e que estão dispostas a aplicar
como investidor. de forma diferenciada.
O formulário de informações complementares é
complementares é    S
documento de natureza virtual, que deve ser disponibi- São considerados investidores qualicados:    O
   I
lizado pelo administrador e pelo distribuidor do fundo    R
 I – instituições nanceiras ;     Á
em seus sites. Trata-se de um documento de caracterís-    C
tica mais dinâmica, que fornece informações comple-  II – companhias seguradoras
seguradoras   e sociedades de    N
   A
mentares sobre o fundo, contendo, entre outras: capitalização ;    B
 III – entidades
entidades abertas
 abertas e fechadas de previdência    S
   O
z Local, meio e forma de divulgação de informações complementar ;    T
   N
do fundo;  IV – pessoas físicas ou jurídicas 
jurídicas  que possuam    E
z  Local, meio e forma de solicitação de informações investimentos nanceiros em valor superior
superior   a    M
   I
pelo cotista; R$ 1.000.000,00 (um
1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicio-    C
   E
z  Exposição dos fatores de riscos inerentes
inerente s à compo- nalmente , ateste
atestem
m por escrito sua condição de    H
   N
sição da carteira do fundo; investidor qualicado mediante termo próprio.    O
z  Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus V – fundos de investimento destinados exclusiva-    C
cotistas, contemplando a política a ser adotada mente a investidores qualicados;
pelo administrador quanto ao tratamento tributá- VI – administradores
administradores de
 de carteira e consultores de
rio perseguido; valores mobiliários autorizados pela CVM, em rela-
z  Descrição da política de administração de risco; ção a seus recursos próprios ; 283

VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
Federal ou
por Municípios. IN CVM 450.

Atenção! Existem também os investidores Prossionais, que são são pessoas físicas ou jurídicas que


jurídicas que possuam
investimentos nanceiros em valor superior
superior a a R$ 10.000.000,00 (dez
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente
adicionalmente,,
atestem por escrito sua condição de investidor prossional mediante termo próprio.

z  Os Administradores
Administradores dos  dos Fundos: São Instituições Financeiras, autorizadas pela CVM, que serão os responsá-
veis legais pelo Fundo,
Fundo, e pode, inclusive, atuar como distribuidor das cotas do Fundo;
z  O Gestor
Gestor:: este é o cara que põe a mão na massa,
massa, ou seja, é o prossional que acompanha o mercado nancei-
nancei -
ro, mede o risco do fundo diariamente, analisa e avalia o cenário econômico, toma decisão sobre quais ativos
comprar ou vender, obedecendo as diretrizes legais e a política de investimentos do
investimentos do fundo;
z  Os distribuidores
distribuidores são
 são aqueles que fazem a distribuição das cotas,
cotas, como falamos anteriormente, pode ser o
próprio administrador, ou outra instituição que integre o sistema de distribuição de valores mobiliários;
z  O custodiante
custodiante é  é a instituição que irá guardar, ou
o u seja,
seja, custodiar o título,
título, para que o mesmo esteja disponível
quando for utilizado. Pode ser o próprio administrador, ou caso não seja credenciado pela CVM para essa atri- a tri-
buição, uma instituição contratada.

Estruturas e Responsabilidades dos Fundos de Investimento no Brasil

Investigadores e proprietários das cotas Representação legal; Contratação de prestadores


do Fundo de Investimento, que repre- Cotistas
de serviços; Documentação (regulamentados e
sentam frações ideais de seu patrimônio prospectos); Controle de enquadramento e com-
líquido; Conam seus recursos aos pres-
pres- pliance; Gestão de risco; Assembleias de cotistas;
tadores de serviço.
Fundos de Investimentos
Relatórios e extratos a cotistas, incluindo informes
de rendimentos; Retenção de impostos; Relatórios
a órgãos reguladores; Abertura de contas em con-
Administrador trapartes, KYC e PLD de prestadores de serviços e
cotistas.
Gestor

z  Escolha dos investimentos;


z  Compra e venda de ativos;
z  Denição da estratégia de investimentos;
z  Ajuste do portfólio, em caso de desenquadramento.

Custodiante

z  Recepção de instruções de investimentos;


z  Guarda e liquidação física e nanceira dos ativos que compõem a carteira do Fundo;
z  Reconciliação;
z  Controle de eventos corporativos;
z  Abertura de contas em clearings e agentes depositários.
Controlador
z  Cálculo do valor da cota do fundo;
z  Precicação e marcação a mercado dos ativos do fundo;
z  Contabilidade;
z  Geração de relatórios de posição para gestores.

Distribuidor

z  Marketing e vendas das cotas do Fundo;


z  Suitability de cotistas;
z  KYC e PLD de cotistas;
z  Serviço de atendimento a cotistas.

Escriturador

z  Receber ordens de aplicação e resgate de cotistas ou distribuidores;


z  Controlar e manter a posição de cotas detidas por cada um dos cotistas;
z  Envio de relatórios e extratos mensais a cotistas;
z  Cálculo e retenção de Impostos.

Auditor Independente

z  Realizar auditoria anual do Fundo.

A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

É a essência do Fundo, ou seja, é através dela que o investidor ira saber como
como o
 o administrador irá conduzir o
Fundo, se procura retorno de curto ou longo prazo, no que irá aplicar e qual o tipo de risco
Fundo, risco que
 que ele está disposto
disposto  
a correr na compra dos papeis.
284

Essa política
política pode
 pode ser ativa ou passiva:
passiva: dirá quando aquele papel irá valer no futuro. O
maior exemplo que temos são as ações.
z  Ativa: quando o Fundo estabelece um índice de
Ativa:
referência, exemplo CDI, e tenta ultrapassar esse Os Tipos de Fundos Quanto ao seu Prazo
índice;
z Passiva: quando
Passiva:  quando o Fundo estabelece um índice de Curto Prazo
referência, exemplo CDI, e tenta acompanhar
acompanhar esse
 esse

z  fundo, mas apenas


Benchmark:
Benchmark acompanhar.
: É o indicador
indicador    de mercado usado Os fundos
objetivo de investimento
reproduzir de curto
as variações prazode
das taxas têmjuros
por
para medir a performance
performance   do Fundos. É a refe- e das taxas pós-xadas, investindo seus recursos em
rência para saber se o fundo está rendendo bem títulos públicos federais ou em títulos privados de bai-
ou não. Para os fundos de renda xa p mais usado xo risco de crédito com prazo médio de cada ativo
é o CDI e para os de renda variável são o IBOVESPA de até 365 dias.
dias.
e o IBX – Índice Brasil;
z  Taxa de Administração:
Administração: é a taxa cobrada pela Longo Prazo
empresa administradora pelo serviço de geren-
ciamento do fundo. É um percentual xo, calcu- Os fundos de investimento classicados como de
lado sobre patrimônio líquido 
líquido  e são cobrados longo prazo são aqueles que têm uma carteira de títu-
diariamente.. Esses recursos servem para remu-
diariamente los com prazo médio acima de 365 dias.
nerar o administrador, ou seja, é o salário do
administrador; A NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS – IN CVM
z  Taxa de Performance: é a taxa cobrada por alguns
555
fundos quando estes ultrapassam seu benchmark,
ou seja, rende mais do que o esperado.
esperado. Ocorre
z  Renda Fixa: Os
Fixa: Os fundos dessa categoria possuem a
quando o administrador faz o dever de casa muito sua carteira de investimentos (80%) composta por
bem, e por isso ganha uma recompensa;
z  Taxa de entrada ou de saída:
saída : É uma taxa que títulos de renda xa pré ou pós-xados. Principal-
Principal -
poderá ser cobrada do investidor quando da aqui- mente títulos públicos e títulos privados de ban-
sição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de cos de baixo risco de crédito. Este fundo não pode
carregamento) ou quando o investidor solicita o ter taxa de performance, exceto se for um fundo
resgate de suas cotas. Nesse caso a taxa de entrada exclusivo para investidor qualicado. Na modali-
modali-
ou de saída não está computada no patrimônio do dade renda xa existe um segundo nível chama-
chama-
fundo, portanto o valor da cota do fundo divulga- da fundos simples que
simples que nada mais são do que os
do pelo administrador não contém essa taxa. Como antigos fundos referenciados que têm por objetivo
todas as demais taxas, essa também deverá estar de rentabilidade, proporcionar uma rentabilida-
denida no regulamento e no prospecto do fundo; de atrelada a um indexador nanceiro, e a sua
carteira de investimento deverá ser composta por,
Vejamos um conceito importante. no mínimo, 95% da carteira em títulos públicos
e títulos de bancos com risco igual ou superior
z  Chinese Wall: Embora
Wall: Embora cada fundo de investimen- ao do governo. Os
governo. Os fundos simples também têm a
tos tenha seu CNPJ próprio, os recursos do admi- comunicação com os investidores feita de forma
nistrador poderiam, eventualmente, se misturar eletrônica apenas, e eles não podem cobrar taxas
com os recursos dos investidores, para isso, esse de performance, o que reduz custos e aumenta seu
termo foi criado para separar estes recursos, ou potencial de retorno;
seja, o dinheiro do administrador não pode car z  Cambial: Os
Cambial:  Os fundos dessa categoria têm a sua car-
 junto ao dinheiro do investidor, para evitar que teira de investimentos composta por (80%) títulos
o dinheiro dos investidores fosse utilizado pelo de renda xa que tenham como objetivo de ren-
administrador em proveito próprio. tabilidade proporcionar a variação de preços de
uma determinada moeda estrangeira;
estrangeira;
Agora que você sabe sobre quase todos os termos z  Multimercados:
Multimercados: Os Os fundos dessa categoria obtêm
de Fundos de Investimentos vamos ver o que pode sua rentabilidade, fundamentalmente, a partir
haver dentro deles. de várias operações arriscadas.
arriscadas. Os derivativos    S
nanceiros são contratos que visam a simular um    O
   I
conjunto de operações de modo a permitir que o    R
Os Tipos de Fundos Quanto a sua Rentabilidade     Á
gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do
patrimônio do    C
   N
Dentro dos fundos nos temos papeis que valem fundo em uma determinada estratégia de inves-    A
timento. A alavancagem é a possibilidade que o    B
dinheiro, e esses papeis pode ser de Renda Fixa ou de    S
gestor tem de poder aplicar o patrimônio do fundo    O
Renda Variável. em papeis mais arriscados como ações de empre-    T
   N
   E
z  Renda Fixa: 
Fixa:  Rendimento pactuado no momento sas alavancadas, derivativos, e títulos de variação    M
   I
da emissão do título. Podem ser pré ou pós-xados. de preços elevadas;    C
z  Ações:
Ações: Os
 Os fundos dessa categoria têm a sua cartei-    E
Os pré-xados são aqueles que temos uma remune-
remune -    H
ração determinada no momento da contratação, já ra de investimentos composta por 67% (no míni-    N
   O
os pós-xados são aqueles em que atrelamos a um mo) em ações de
ações de empresas negociadas em Bolsa    C
índice pactuado previamente (TR, IPCA, IGP-M etc.); de Valores.
z  Renda Variável: 
Variável:  quando a taxa de rentabilidade
não pode ser avaliada na emissão, podendo ao Tributação (IR) – 15%, incidente no resgate, ou seja,
nal gerar ganhos ou prejuízos, ou seja, o mercado não tem come cotas e IOF é zero. 285

Atenção! Os fundos de renda xa, ações e multimercados também ganharam uma nova categoria, que entra
no segundo nível de divisão: investimento no exterior,
exterior, na qual são incluídos os fundos com carteiras que têm
mais de 40% dos ativos alocados em papéis internacionais.

FRAME DA CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS


Regulação Regulação

Nível 1 Nível 2 Nível 3


Simples Simples
Indexados Índice
Ativos
Soberano
z  Duração Baixa
Renda Fixa Grau de Investimento
z  Duração Média
Crédito Livre
z  Duração Alta
z  Duração Livre

Investimento no Exterior
Investimento no Exterior
Dívida Externa
Balanceados
Flexível

Alocação Macro
Trading
Long and Short - Direcional
Multimercados Por Estratégia Long and Short  - - Neutro
Juros e Moedas
Investimento no Exterior Livre
Capital Protegido
Estratégia Especíca
Investimento no Exterior
Indexados índices
Valor/Crescimento
Setoriais
Dividendos
Ações Ativos Small cap
Sustentabilidade/Governança
índice Ativo
Livre
Investimento no Exterior Investimento no Exterior
Fundos Fechados de Ações
Especícos Fundos de Ações FMP-FGTS
Fundos de Mono Ação
Cambial Cambial Cambial

Fonte: comoinvestir
comoinvestir.com.br
.com.br

Outros Tipos de Fundos

z  Direitos Creditórios: A
Creditórios: A carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títulos que
representam operações realizadas nos segmentos nanceiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrenda-
arrenda -
mento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis
recebíveis.. Esses fundos pos-
suem uma regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modicações);
z  Fundos de Previdência: São fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano
gerador de benefícios livres (PGBL e VGBL);
z  Imobiliário: São fundos de investimento fechados,
fechados, cujos recursos são destinados para empreendimentos
imobiliários e
imobiliários  e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modica -
ções). ( Isentos
 Isentos de Imposto de Renda.);
z  Riscos em Fundos de Investimentos.

286

É a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas
dimensões para o risco:

z  Risco de Crédito: É
Crédito: É a probabilidade
probabilidade de
 de que o emissor
emissor do
 do título que compõe a carteira do fundo não pague o
pague o
valor do título no seu vencimento
vencimento;;
z  Risco de Estratégia ou Mercado: É
Mercado: É a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo
não produza os resultados esperados,
esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e
negativo e se
isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo;
z  Risco
cotistasdepor
Liquidez:
Liquidez:   Ocorre
desinteresse quando os
do mercado oufundos encontram
por deciência diculdade
de caixa para liquidar as vendas de cotas dos
do fundo.

Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está cor-
rendo ao investir em um fundo de investimento.

A Marcação a Mercado

Como o próprio nome diz, marcação a mercado signica atualizar para o valor do dia o preço.
preço. Ou
 Ou seja, mes-
mo que um papel (ou qualquer outro ativo de renda xa) tenha uma taxa determinada (prexada ou pós-xada),
é necessário que, diariamente, seu valor seja atualizado.
O risco de crédito,
crédito, essencialmente, está vinculado aos preços denidos pelo mercado, e se faz necessário, a
cada momento, denir o valor do título em função das novas taxas vigentes em relação ao rendimento denido
na sua origem.
A marcação a mercado é mais apropriada
apropriada   para os negócios em fundos de investimento e
investimento  e carteiras admi-
nistradas, que negociam frequentemente títulos de acordo com a sua necessidade de caixa ou de seleção de novas
modalidades de aplicação nanceira para suas carteiras.
Para denir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado dene a taxa do momento composta da
taxa básica (sem risco) e do spread adicional denido pelas variáveis de risco que envolvem o título negociado.
Por este fato dizemos que mesmo os fundos de renda xa podem ter volatilidade.

A Tributação dos Fundos

A tributação nos fundos ocorre de duas formas, a primeira é o Come Cotas, evento que diminui o número de
cotas do investidor no fundo, por isso o nome; e o segundo é o imposto de renda cobrado no momento do resgate
da aplicação.
O Come Cotas ocorre em 2 meses do ano, maio e novembro, o que dá uma distancia de 6 meses entre um e
outro, então podemos armar que o come cotas ocorre semestralmente.
Para os fundos de curto prazo o come cotas é de 20% e para os de longo prazo será de 15%, exceto os fundos de
ações que não sofrem com o come cotas.
O imposto de renda no resgate será cobrado, obviamente, quando o cliente resgata seus valores,
valo res, sendo descon-
tado o que já foi cobrado no come cotas.

No momento do resgate os fundos de Curto Prazo seguem a tebela:

P R A ZO D A S A P L I C A Ç Õ E S ATÉ 1 80 D IA S ACIM A D E 1 80 D I AS
Alíquota 22,5% 20%
No momento do resgate os fundos de Longo Prazo seguem a tebela:

PRAZO DAS DE 181 A 360 DE 361 A 720 ACIMA DE 720


ATÉ 180 DIAS    S
APLICAÇÕES DIAS DIAS DIAS    O
   I
   R
Alíquota 22,5% 20% 17,5% 15%     Á
   C
   N
   A
IOF    B
   S
   O
O IOF nas operações de fundos de investimentos começa com alíquota de 96%, chegando a zero no 30º dia após    T
   N
a aplicação. Os fundos de ações não sofrem cobrança de IOF.    E
   M
   I
   C
   E
   H
   N
   O
MERCADO DE CAPIT
CAPITAIS
AIS    C

O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que


mobiliários que tem o propósito de propor-
cionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas
bolsas de valores,
valores, sociedades corretoras
corretoras  distribuidoras
distribuidoras e
 e outras instituições nanceiras autorizadas. 287

Anteriormente, quando falamos de autoridades monetárias, vimos uma delas como principal supervisora e
reguladora do mercado de valores mobiliários, a CVM.
A CVM é a principal autarquia responsável por garantir o adequado funcionamento do mercado de valores
mobiliários. Logo, para que qualquer companhia possa operar nesse mercado, dependerá de autorização prévia
da CVM para realizar suas atividades.
Para que Serve o Mercado de Valores Mobiliários?
Em alguns casos, o mercado de crédito não é capaz de suprir as necessidades de nanciamento dos agentes ou
das empresas. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um determinado agente, em geral uma empresa, deseja
um volume de recursos muito superior ao que uma instituição poderia, sozinha, emprestar. Além disso, pode
acontecer de os custos dos empréstimos no mercado de crédito, em virtude dos riscos assumidos pelas instituições
nas operações, serem demasiadamente altos, de forma a inviabilizar os investimentos pretendidos. Surgiu, com
isso, o que é conhecido como Mercado de Capitais, ou Mercado de Valores Mobiliários.
No Mercado de Valores Mobiliários, em geral, os investidores emprestam recursos diretamente aos agentes de- de -
citários, como as empresas. Caracteriza-se por negócios de médio e longo prazo, nos quais são negociados títulos
chamados de Valores Mobiliários. Como exemplo, podemos citar as ações ações,, que representam parcela do capital
social de sociedades anônimas,
anônimas, e as debêntures
debêntures,, que representam títulos de dívida dessas mesmas sociedades.
Nesse mercado, as instituições nanceiras atuam, basicamente, como prestadoras de serviços,serviços, assessorando
as empresas no planejamento das emissões de valores mobiliários, ajudando na colocação
na  colocação deles para o público
o público in-
vestidor,, facilitando o processo de formação de preços e a liquidez, assim como criando condições adequadas pa-
vestidor
ra as negociações secundárias. Elas não
não assumem
 assumem a obrigação pelo cumprimento das obrigações estabelecidas e
formalizadas nesse mercado. Assim, a responsabilidade pelo pagamento dos juros e principal de uma debênture,
por exemplo, é da emissora, e não da instituição nanceira que a tenha assessorado ou participado do processo
de colocação dos títulos no mercado. São participantes desse mercado, como exemplo, os Bancos de Investimento,
as Corretoras e Distribuidoras de títulos e Valores Mobiliários, as entidades administradoras de mercado de bolsa
e balcão, além dedediversos
No mercado capitais,outros prestadores
os principais denegociados
títulos serviços. são:

z  Ações –
Ações – ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas;
z  Debêntures
Debêntures conversíveis
 conversíveis em ações, bônus de subscrição;
z  Commercial papers ou
papers ou Notas Promissórias Comerciais, que permitem a circulação de capital para custear o
desenvolvimento econômico.

O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos


dire itos e recibos de subscrição de valores mobiliá-
rios, certicados de depósitos de ações e demais derivados autorizados à negociação pela CVM.
Esses títulos são papéis que valem dinheiro, ou seja, são uma forma de uma empresa ou companhia arrecadar
dinheiro,
dinhei ro, na forma de aquisição
aquisição de novos sócios
sócios ou credores.
credores. Isso decorre do fato de que, muitas vezes, arrecadar
dinheiro através da emissão de títulos é mais barato para a empresa do que contratar empréstimos em institui-
ções nanceiras.

EMPRESAS E COMP
COMPANHIAS
ANHIAS

As Companhias são as empresas que são emissoras dos papéis negociados no mercado de capitais. Essas
empresas têm um objetivo em comum: captar recursos em larga escala e de forma mais lucrativa. Para que isso
ocorra, as empresas devem solicitar à CVM autorização para emitir e comercializar seus papéis.
Essas empresas são chamadas Sociedades Anônimas ou, simplesmente, S/A. Ao adotarem esse tipo de consti-
tuição, elas passam a ter uma quantidade
quantida de de sócios maior do que teriam se fossem
fo ssem empresas de responsabilidade
limitada – LTDA, por exemplo.
Estas S/As podem ser constituídas de forma aberta ou fechada. Vejamos as diferenças:
As S/A abertas
abertas admitem
 admitem negociação dos seus títulos nos mercados abertos, como Bolsa e Balcão Organizado;
 já as fechadas
fechadas só
 só podem ter seus papéis negociados restritamente entre pessoas da própria empresa ou próximas
à empresa.

COMPANHIAS
Abertas Fechadas

Características
Atuam nas bolsas de valores ou mercados de bal- Nº de cotistas limitados a 20 patrimônio pequeno não operam em
cão organizados bolsas de valores ou balcões organizados

NEGOCIAÇÕES DE PAPÉIS

Para as Companhias Abertas, que admitem negociação de seus papéis


papé is no mercado público, há distribuição
distribuição em
 em
288 dois tipos de mercados
mercados:: o primário
o primário e o secundário
o secundário..

Oferta pública de distribuição,


distribuição, primária ou As ofertas públicas devem ser realizadas por inter-
secundária, é o processo de colocação, junto ao públi- médio de instituições integrantes do sistema de dis-
co, de certo número de títulos e valores mobiliários tribuição de valores mobiliários,
mobiliários, como os bancos
para venda. Envolve desde o levantamento das inten- de investimento, corretoras ou distribuidoras. Essas
ções do mercado em relação aos valores mobiliários instituições poderão se organizar em consórcios com
ofertados até a efetiva colocação junto ao público, o m especíco de distribuir os valores
valore s mobiliários no
incluindo a divulgação de informações, o período de mercado e/ou garantir a subscrição da emissão, sem-
subscrição, entre outras etapas. pre sob a organização de uma instituição líder, que
As ofertas podem ser primárias ou secundárias. assume responsabilidades especícas. Para participar
de uma oferta pública, o investidor precisa ser cadas-
ser  cadas-
Quandovendas
dessas a empresa vendeo novos
vão para títulos
títulos e
caixa da  e os recursos
empresa
empresa, , as ofer- trado em uma dessas instituições.
tas são chamadas de primárias
primárias.. Essas instituições integrantes do Sistema de Dis-
Por outro lado, quando não
quando não envolvem a emissão tribuição de Valores Mobiliários são os chamados
de novos títulos,
títulos, caracterizando apenas a venda de agentes subscritores ou agentes underwhiters
underwhiters.. Esses
ações já existentes – em geral dos sócios que querem agentes realizam a subscrição dos títulos, ou seja, assi-
“desinvestir” ou reduzir a sua participação no negócio nam embaixo atestando a procedência dos papéis, por
 – e os recursos vão para os os vendedores
 vendedores e não para o isso o nome underwhiting .
caixa da empresa, a oferta é conhecida como secun-
como secun- Esse evento pode ser dividido em 3 tipos:
dária (
dária  (block
block trade).
trade).
Além disso, quando a empresa está realizando a z  Underwhiting   Firme
 Firme:: Modalidade de lançamen-
sua   primeira oferta pública,
sua pública, ou seja, quando está to na qual a instituição nanceira, ou consórcio
abrindo o seu capital
seu capital,, a oferta recebe o nome de ofer-
o fer- de instituições, subscreve a emissão
a emissão total,
total, encar-
ta pública inicial ou IPO (do termo em inglês, Inicial
inglês,  Inicial regando-se, por sua conta e risco,
risco , de colocá-la
 Public Oer). no mercado junto aos investidores individuais
Quando a empresa já tem o capital aberto e já rea- (público) e institucionais. Nesse tipo de operação,
lizou a sua primeira oferta, as emissões seguintes são no caso de um eventual fracasso, a empresa já
conhecidas como ofertas subsequentes ou, no termo recebeu
recebeu integralmente
 integralmente
ações emitidas.
emitidas . O risco éo inteiramente
valor correspondente às
do  under-
do
em inglês, follow
inglês, follow on.
on.
writer  (intermediário nanceiro que executa uma
z  Mercado Primário operação de underwriting ). ).
  Oferta Pública Inicial – IPO (títulos novos); O fato de uma emissão ser colocada por meio de
  Sensibilizam o caixa da empresa; underwriting rme oferece uma garantia adicional ao
  Pode ter valor nominal ou valor de mercado. investidor, porque, se as instituições nanceiras do
consórcio estão dispostas a assumir o risco da opera-
z  Mercado Secundário ção, é porque conam no êxito do lançamento, uma
vez que não há interesse de sua parte em imobilizar
  Negociação dos títulos já emitidos anterior- recursos por muito tempo;
mente;
  Não sensibiliza o caixa da empresa; z  Underwhiting Best Eorces  (Melhores Esfor-
  Os papéis terão seu valor apenas pelo valor de ços): Modalidade de lançamento de ações na qual
ços):
mercado. a instituição nanceira assume
assume   apenas o com-
promisso de fazer o melhor
o melhor esforço para colocar
tais,A Lei 6385/1976
6385/1976,
estabelece , que
que disciplina
nenhuma 
nenhuma o mercado
  emissão de capi-
pública de onas
 máximo de condições
melhores uma emissão junto àe sua clientela
possíveis sua
em  clientela,
um deter-,
valores mobiliários poderá ser distribuída no mer- minado período de tempo. As diculdades de colo-
colo -
cado sem prévio 
prévio  registro na Comissão de Valores cação das ações irão se reetir diretamente na
Mobiliários, apesar de lhe conceder a prerrogativa de empresa emissora. Nesse caso, o investidor deve
dispensar o registro em determinados casos, e delega proceder a uma avaliação mais cuidadosa, tanto
competência para a CVM disciplinar as emissões.
emissões. das perspectivas da empresa quanto das institui-
Além disso, exemplica algumas situações que ções nanceiras encarregadas do lançamento;
caracterizam a oferta como pública
como pública,, por exemplo: a z  Residual ou stand-by underwriting :  Nessa for-
   S
utilização de listas ou boletins, folhetos, prospectos ou ma de subscrição pública, a instituição nanceira    O
   I
anúncios destinados ao público; a negociação feita em    R
não se responsabiliza,
responsabiliza, no momento do lançamen     Á
loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público, to, pela integralização total
total   das ações emitidas.    C
   N
entre outros. Há um comprometimento, entre a instituição e a    A
Em regra, toda oferta pública deve ser registrada    B
empresa emitente, de negociar as novas ações jun-    S
na CVM. Porém, o  o  registro poderá ser dispensado
dispensado   to ao mercado durante certo tempo ndo, no qual    O
   T
considerando as características especícas da ofer-
ofer- poderá ocorrer a subscrição total, por parte da ins-    N
   E
ta em questão, como, por exemplo, a oferta pública tituição, ou a devolução, à sociedade emitente, das    M
de valores mobiliários de emissão de empresas ações que não foram absorvidas pelos investidores    I
   C
   E
de pequeno porte e de microempresas,
microempresas , assim de-
de- individuais e institucionais.    H
nidas em lei, que são dispensadas automaticamente    N
   O
do registro para ofertas de até R$ 2.400.000,00 (Dois Aspectos Operacionais do underwriting : A    C
milhões e quatrocentos mil reais) em cada período de decisão de emitir ações, seja pela oferta pública, seja
12 meses, desde que observadas as condições estabe- para abertura ou aumento do capital, pressupõe que
lecidas nos §§ 4º ao 8º, do art. 5º, da instrução CVM a sociedade ofereça certas condições de atratividade
400/03. econômica, bem como supõe um estudo da conjuntura 289

econômica global a m de evitar que não obtenha êxi-êxi- estar organizado como um sistema eletrônico 
eletrônico  de
to por falta de senso de oportunidade. É preciso que negociação por terminais, que interliga as institui-
se avaliem, pelo menos, os seguintes aspectos: existên- ções credenciadas em todo o Brasil, processando suas
cia de um clima de conança nos resultados da eco- eco - ordens de compra e venda e fechando os negócios
nomia, estudo setorial, estabilidade política, inação eletronicamente.
controlada, mercado secundário e motivações para O Mercado de Balcão Organizado
Balcão Organizado é um ambien-
oferta dos novos títulos. te administrado
administrado por
 por instituições autorreguladoras
autorreguladoras,,
que propiciam sistemas informatizados 
informatizados  e regras
regras  
MERCADOS DE ATUAÇÃO DAS COMPANHIAS
COMPANHIAS para a negociação de títulos e valores mobiliários.
Essas instituições são autorizadas a funcionar pela
No amercado
temos criação deorganizado desistemas
mecanismos, valoresemobiliários,
regula men-
regulamen- CVM e por ela são
Atualmente, supervisionadas.
a maior administradora de balcão
tos que propiciam a existência de um ambiente segu- organizado do
organizado  do país era a CETIP
CETIP.. Atualmente, ela foi
ro para que os investidores negociem seus recursos e comprada pela BM & F Bovespa e, hoje, compõe a
movimentem a economia do país. No Brasil, existem B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
Balcão).
dois tipos de mercado organizado, que são as Bolsas
de Valores e os Balcões Organizados de negociação. Quais os Títulos Negociados no Mercado de
d e Balcão
Organizado?
z  Bolsas de Valores:
O Mercado de Balcão Organizado pode admitir admitir   a
  Ambiente no qual se negociam os papéis das negociação somente
negociação  somente as
 as ações de companhias aber-
S/A abertas; tas com registro para negociação em mercado de
  Podem ser Sociedades civis semsem ns
 ns lucrativos balcão   organizado
balcão organizado.. As debêntures
debêntures   de emissão de
ou S/A com
com ns
 ns lucrativos; companhias abertas podem
abertas podem ser negociadas simulta-
  Opera via pregão eletrônico, não havendo mais neamente   em Bolsa de Valores e Mercado de Bal-
neamente
o pregão viva voz, que era chamado presen- cão Organizado desde
Organizado desde que cumpram os requisitos de
cial. Agora, as transações são feitas por telefone ambos os mercados.
através dos escritórios das instituições nan-
nan- Conforme vimos, antes
antes   de ter seus títulos nego-
ceiras autorizadas; ciados   no mercado primário, a companhia deverá
ciados
  Registra, supervisiona e divulga as execuções requerer   o registro
requerer registro   de companhia aberta  junto à 
dos negócios e as suas liquidações. CVM e,
CVM  e, neste momento, deverá especicar onde seus
títulos serão negociados no mercado secundário, se
Em resumo, as Bolsas de Valores 
Valores  compreendem em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
um ambiente que pode ser físico ou eletrônico.
eletrônico . Essa decisão é muito importante, pois, uma vez
Nele, são realizadas negociações entre investidores e concedido   o registro 
concedido registro  para negociação em mercado
entre companhias e investidores. Entretanto, pelo fato de balcão organizado, este só pode ser alterado com
de as empresas que operam na Bolsa serem grandes um pedido de mudança de registro junto à CVM  CVM..
demais e possuírem uma tradição, aquelas que estão A companhia aberta é
aberta é responsável por divulgar
divulgar  
começando têm diculdade para serem tão atrativas para a entidade administradora
administradora do do Mercado de Bal-
quanto elas. cão Organizado todas as informações
informações   nanceiras  e
Pensando nisso, a CVM autorizou a criação de atos ou
atos  ou fatos
fatos  relevantes
relevantes sobre
 sobre suas operações. A enti-
Mercados de Balcão,
Balcão, que são, também, ambientes dade administradora do
administradora do Mercado de Balcão Organi-
virtuais   nos quais empresas menores podem nego-
virtuais zado, por sua vez, irá disseminar
disseminar essas
 essas informações
informações  
ciar seus títulos com mais facilidade. Vale dizer que através de seus sistemas eletrônicos ou impressos
o Mercado de Balcão pode ser Organizado
Organizado   ou Não para todo o público.
Organizado. No Mercado de Balcão Organizado, a companhia
aberta pode requerer a listagem de seus títulos atra-
vés de seu intermediário nanceiro ou este poderá
Organizado Não Organizado requerer a listagem independentemente da vontade
da companhia. Por exemplo, se o intermediário pos-
suir uma grande quantidade de ações de uma deter-
Utiliza minada companhia, ele poderá requerer a listagem da
exclusivamente o
exclusivamente Não existe sistema mesma e negociar esses ativos no Mercado de Balcão
Sistema Eletrônico padrão
de Negociação
Organizado. Nesse caso, a entidade administradora do
Mercado de Balcão Organizado disseminará as infor-
Supervisiona a Não existe padrão mações que a companhia aberta tiver encaminhado
Liquidação dos na supervisão dos à CVM.
papéis papéis Além de ações e debêntures, no mercado de balcão
organizado, são negociados diversos outros títulos,
tais como:
Em resumo, o Mercado de Balcão Organizado tem
normas e é bastante conável. Já o Não Organizado é z  Bônus de subscrição;
uma verdadeira bagunça.
z  Índices representativos de carteira de ações;
Tradicionalmente, o Mercado de Balcão é um
z  Opções de compra e venda de valores mobiliários;
mercado de títulos sem local físico denido  para
z  Direitos de subscrição;
a realização das transações
transações que
 que são feitas por telefo-
z  Recibos de subscrição;
ne entre
ne  entre as instituições nanceiras. Ele é chamado de
Organizado quando
Organizado  quando se estrutura como um sistema de
290 negociação de títulos e valores mobiliários, podendo

z  Quotas de fundos fechados de investimento, O fundo de garantia é mantido pelas bolsas com a
incluindo os fundos imobiliários e os fundos de nalidade exclusiva de assegurar aos investidores o
investimento em direitos creditórios; ressarcimento de prejuízos decorrentes de execução
z  Certicados de investimento audiovisual; inel de ordens por parte de uma corretora membro,
z  Certicados de recebíveis imobiliários. entrega de valores mobiliários ilegítimos ao investi-
dor, decretação de liquidação extrajudicial da corre-
Sistemática do Mercado Organizado tora de valores, entre outras.
Uma segunda diferença refere-se aos procedi-
1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa
mentos especiais que as bolsas de valores 
valores  devem
adotar no caso de variação signicativa de preços 
A empresa decide Busca autorização A empresa decide ou no caso de uma oferta, representando uma quanti-
tornar-se Companhia  junto à CVM, para em qual mercado de dade signicativa de ações. Nesses casos, as bolsas de
– se S/A aberta ou entrar nos mercados atuação deseja estar
S/A fechada de atuação valores devem interromper a negociação do ativo.
ativo.
Para as companhias, a regra para se tornar uma
companhia aberta é a mesma, independentemente de
buscar uma listagem em bolsa de valores ou no mer-
cado de balcão organizado.

CVM Autoriza Mercado de Balcão


Se S/A Aberta
ou não Organizado Importante!
Não pode haver negociação simultânea de uma
mesma ação de uma mesma companhia em bol-
Vale destacar que a companhia pode trocar de sa de valores e em instituições administradoras
mercado. Todavia, como se trata de uma grande buro-
cracia que envolve recomprar todos os papéis em
do Mercado de Balcão Organizado.
circulação em um mercado para poder migrar para
o outro, a CVM editou a IN CVM 400, a qual dita as MERCADO DE AÇÕES
regras para a mudança de mercado de atuação.
Para as ações, é proibida a comercialização em Dentro do Mercado de Capitais, está o mercado
ambos os mercados simultaneamente. Já para as mais procurado e utilizado, que é o Mercado de Ações.
debêntures, é permitida a negociação simultânea nos Nele, são comercializados os papéis mais conhecidos
dois mercados. no mundo dos negócios, os quais tornam o seu possui-
dor um sócio da companhia emitente.
Qual a diferença entre uma Bolsa de Valores e as O mercado de ações consiste na negociação, em
entidades que administram o Mercado de Balcão mercado primário ou secundário, das ações geradas
Organizado? por empresas que desejam captar dinheiro de uma
forma mais barata. Neste sentido, ação pode ser
As Bolsas de Valor
Valores
es também
 também são responsáveis por entendida como a menor parcela do capital social
administrar o mercado secundário de ações, debêntu- das companhias ou sociedades anônimas.
anônimas. É, por-
res e outros títulos e valores mobiliários. Na verdade, tanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos
ainda que não haja nenhum limite de quantidade ou seus titulares, os acionistas
acionistas,, todos os direitos e deve-
tamanho de ativos para uma companhia abrir o capi- res de um sócio
sócio no
 no limite das ações possuídas.
tal e listar seus valores para negociação em bolsas de Uma ação é um valor mobiliário expressamente
valores, em companhias
valores são geral, as empresas listadas
de grande em
porte
porte.. bolsas de previsto
entanto, no inciso
apesar deI,todas
do art.
as 2º, da Lei 6.385/1976.
companhias No
ou socieda-
Isso prejudica
prejudica   a “visibilidade” de empresas de des anônimas terem o seu capital dividido em ações,
menor porte e,
porte e, de certa forma, a própria liquidez dos somente as ações emitidas por companhias registra-
ativos emitidos por essas companhias. Por isso, em das na CVM, chamadas companhias abertas, podem
muitos países, há segmentos especiais e/ou mercados ser negociadas publicamente no mercado de valores
segregados especializados para a negociação de ações mobiliários.
e outros títulos emitidos por empresas de menor porte. Atualmente, as ações são predominantemente    S
Ao mesmo tempo, no Brasil, no Mercado de  de Balcão escriturais,, mantidas em contas de depósito, em nome
escriturais    O
   I
Organizado é
Organizado  é admitido um conjunto mais amplo de dos titulares, sem emissão de certicado, em instituição    R
    Á
intermediários   do que em Bolsas de Valores, o que
intermediários contratada pela companhia para a prestação desse ser-    C
   N
pode aumentar o grau de exposição de companhias viço, em que a propriedade é comprovada pelo “Extra-    A
de médio porte ou novas empresas ao mercado. to de Posição Acionária”. As ações devem ser sempre    B
   S
Assim, o objetivo
objetivo da
 da regulamentação do mercado nominativas,, não mais sendo permitida
nominativas permitida a emissão e a    O
   T
de balcão organizado 
organizado  é ampliar o acesso ao mer- negociação de ações ao portador ou endossáveis.    N
   E
cado para novas companhias,
companhias, criando um segmento    M
   I
voltado à negociação de valores emitidos por empre- Espécies de Ações    C
sas que não teriam, em bolsas de valores, o mesmo    E
   H
grau de exposição e visibilidade. As ações podem ser de diferentes espécies, con-    N
   O
Para os investidores, a principal diferença entre
diferença entre forme os direitos que concedem a seus acionistas. O    C
as operações realizadas em bolsas de valores e aque- Estatuto Social das Companhias, que é um conjunto de
las realizadas no mercado de balcão organizado 
organizado  é regras que deve ser cumprido pelos administradores
que, nesse último, não existe um fundo de garantia e acionistas, dene as características de cada espécie
que respalde suas operações.
operações. de ações, que podem ser: 291

z  Ação Ordinária (sigla ON – Ordinária Nominativa)

Sua principal característica é conferir ao seu titular o direito a voto nas Assembleias de acionistas;

z  Ação Preferencial (sigla PN – Preferencial Nominativa)

Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de ação o direito de voto.voto . Em contrapartida, concede outras
vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no reembolso de capital, capital , podendo, ainda,
possuir prioridades especícas se admitidas à negociação no mercado.
As ações preferenciais podem
po dem ser divididas em classes, tais como, classe “A”,
“A”, “B” etc. Os direitos de cada classe
constam do Estatuto Social.
As ações
observar que,preferenciais
em regra, elastêm
nãoopossuem
direito
possue mde receber
direito dividendos
a voto aoomenos
ou, quando te m, ele10%
tem, a maisIsso
é restrito. queporque
as ordinárias.
e xistem Vale
existem dois
casos em que as ações preferenciais adquirem direito a voto temporário,
temporário, quais sejam:

z  Quando a empresa passar mais de três anos sem distribuir lucros;


z  Quando houver votação para eleição dos membros do Conselho Administrativo da companhia.

OR D IN ÁR I AS PR E F ER E N C IA IS F R UIÇ ÃO OU G OZO
Voto Lucro Ex.: Ações
51% controlador z Pelo menos, 10% maior que as ordinárias Ações que foram compradas de volta pelo emi-
z Se a empresa passar mais de 3 anos sem dar tente, mas que o titular recebeu um novo títu-
lucro, essas ações adquirem o direito ao voto lo representativo do valor que é negociável e
endossável.

Características das Ações

z  Quanto ao valor:
  Nominais: o valor da ação vai descrito na escritura de emissão no momento do lançamento;
Nominais:
  Não nominais:
nominais: o valor da ação será dito pelo mercado, mas não pode
po de ser inferior ao valor dado na emissão
das ações (essa manobra é mais arriscada, porém pode dar maior retorno).

z  Quanto à forma:

  Nominativas:: há o registro do nome do proprietário no cartório de registro de valores mobiliários e a


Nominativas
emissão física do certicado;
  Nominativas
Nominativas  Escriturais
Escriturais:: não há a emissão física do certicado, mas apenas o registro no Livro de Regis-
Regis -
tros de Acionistas; as ações são representadas por um saldo em conta.

Obs.: ações ao portador 


portador não são mais permitidas no
permitidas no Brasil desde 1999, pois eram alvo de muita lavagem de
dinheiro.

Importante!
Termo que pode aparecer na prova:
Chips: Ações de primeira linha, de grandes empresas e, por isso, possuem muita segurança
z Blue Chips: Ações se gurança e tradição.
São ações usadas como referência para índices econômicos.

z  Quanto à remuneração das ações:

Elas podem ser remuneradas de quatro formas:

  Dividendos: compreendem a parcela do lucro líquido que, após a aprovação da Assembleia Geral Ordi-
Dividendos: compreendem
nária, será alocada aos acionistas da companhia. O montante dos dividendos deverá ser dividido entre as
ações existentes, para sabermos quanto será devido aos acionistas a cada ação por eles detida.

Para garantir a efetividade do direito do acionista ao recebimento de dividendos, a Lei das S.A. prevê o sistema
do dividendo
dele obrigatório
obrigatório,
aos acionistas , dedividendo.
a título de acordo com o qual
Porém, as companhias
a referida são obrigadas
Lei confere a, havendo
às companhias liberdalucro,
liberdade destinar
de para parte
estabelecer,
em seus estatutos sociais, o percentual do lucro líquido do exercício, que deverá ser distribuído anualmente aos
acionistas, desde que o faça com “precisão e minúcia” e não sujeite a determinação do seu valor ao exclusivo
arbítrio de seus administradores e acionistas controladores.
Caso o Estatuto seja omisso, os acionistas terão direito a recebimento do dividendo obrigatório equiva-
292 lente a 50% do lucro líquido ajustado
líquido ajustado nos termos do art. 202, da Lei das S.A;

  Ganhos de Capital: Ocorrem quando um inves- Dividendos xos são aqueles cujo valor se encon-
tidor compra uma ação por um preço baixo e tra devidamente quanticado no Estatuto, seja em
vende a mesma ação por um preço mais alto, ou montante certo em moeda corrente, seja em percen-
seja, realiza um ganho; tual certo do capital, do valor nominal da ação ou,
  Bônus de Subscrição: Quando alguém adquire ainda, do valor do patrimônio líquido da ação. Nessa
ações, passa a ser titular de uma fração do capi- hipótese, tem o acionista direito apenas a tal valor, ou
tal social de uma companhia. Todavia, quando o seja, uma vez atingido o montante determinado no
capital é aumentado e novas ações são emitidas, Estatuto, as ações preferenciais com direito ao divi-
as ações até então detidas por tal acionista pas- dendo xo não participam dos lucros remanescentes,
sam a representar uma fração menor do capital, que serão distribuídos entre ações ordinárias e prefe-
ainda que o valor em moeda seja o mesmo. renciais de outras classes se houver.
Dividendo mínimo é
mínimo é aquele também previamen-
Parapercentual
pação evitar quedetida
ocorrapelo
essaacionista
diminuiçãono na partici-
capital da te quanticado
certo em moeda no Estatuto,
corrente,seja
sejacom
em base em montan-
montan
percentual certo-
companhia, a Lei assegura a todos os acionistas, como do capital, do valor nominal da ação ou, ainda, do
um direito essencial, a preferência na subscrição valor do patrimônio líquido da ação. Porém, ao con-
das novas ações 
ações  que vierem a ser emitidas em um trário das ações com dividendo xo, as que fazem jus
aumento de capital (art. 109, inciso IV, da Lei das S.A.), ao dividendo mínimo participam dos lucros remanes-
na proporção de sua participação no capital, anterior-
a nterior- centes após assegurado às ordinárias dividendo igual
mente ao aumento proposto. ao mínimo. Assim, após a distribuição do dividendo
Da mesma forma, 
forma,  os acionistas também terão mínimo às ações preferenciais, às ações ordinárias
direito de preferência nos casos de emissão de títu- caberá igual valor. O remanescente do lucro distribuí-
los conversíveis em ações, tais como debêntures do será partilhado entre ambas as espécies de ações
conversíveis e
conversíveis  e bônus de subscrição. em igualdade de condições.
Neste período, o acionista deverá manifestar sua O dividendo xo ou mínimo assegurado às ações
intenção de subscrever as novas ações emitidas no preferenciais pode ser cumulativo ou não. Sendo cumu-
âmbito do aumento de capital ou dos títulos conver- lativo, no caso de a companhia não ter obtido lucros
síveis em ações, conforme o caso. Caso não o faça, o durante o exercício em montante suciente para pagar
direito de preferência caducará. integralmente o valor dos dividendos xos ou mínimos,
o valor faltante será acumulado para os exercícios
e xercícios poste-
Alternativamente,
aumento, o acionista podecaso ceder
não deseje participar
seu direito do
de prefe- riores. Essa prerrogativa depende de expressa previsão
rência (art. 171, § 6º, da Lei das S.A.). Da mesma forma estatutária.
que as ações, o direito de subscrevê-las pode ser livre- No caso das companhias abertas que tenham ações
mente negociado, inclusive em Bolsa de Valores; negociadas no mercado, as ações preferenciais deve-
rão conferir aos seus titulares ao menos uma das
vantagens a seguir 
seguir  (art. 17, § 1º, da Lei 6.404/1964,
  Bonicação: Ao longo das atividades, a Com- Lei das S/A.):
panhia poderá destinar parte dos lucros sociais
para a constituição de uma conta de “Reservas” z  Direito a participar de uma parcela correspon-
(termo contábil). Caso a companhia queira, em dente a, no mínimo, 25% do lucro líquido do
exercício social posterior, distribuir aos acio- exercício,, sendo que, desse montante, garante-
exercício
nistas o valor acumulado na conta de Reservas,
Re servas, -se um dividendo prioritário de, pelo menos, 3%
poderá fazê-lo na forma de Bonicação, poden-
poden- do valor do patrimônio líquido da ação e, ainda,
do efetuar o pagamento em espécie ou com a o direito de participar de eventual saldo desses
distribuição de novas ações. É importante des- lucros distribuídos, em igualdade de condições
tacar que, atualmente, as empresas não mais com as ordinárias, depois de ter sido assegurado a
distribuem bonicação na forma de dinheiro, elas dividendo igual ao mínimo prioritário;
pois preferem delizar ainda mais os sócios,
dando-lhes mais ações. z  Direito
maioresde receber
que dividendos,
os pagos às ações
às pelo menos,  10%
 ações ordinárias; 
ordinárias;
z Direito de serem incluídas na oferta pública em
Ações Preferenciais e Distribuição de Dividendos decorrência de eventual alienação de controle.
A Lei das S.A. permite que uma sociedade emita ações Com relação aos direitos dos acionistas,
acionistas, existem
preferenciais, que podem ter seu direito de voto suprimi- algumas situações que as bancas de concursos gostam
do ou restrito por disposição do estatuto social da compa-    S
de cobrar em prova e, por isso são importantes.    O
   I
nhia. Em contrapartida, tais ações deverão receber uma Quando a empresa realiza Sobra no Caixa,
Caixa, ou seja,    R
vantagem econômica em relação às ações ordinárias.     Á
Lucro,, ela pode
Lucro pode   comprar ações de acionistas mino-
acionistas mino-    C
Além disso, a Lei permite que as companhias aber- ritários, pois, assim, concentrar
concentraráá mais o valor
valor   das    N
   A
tas tenham várias classes de ações preferenciais, que ações. A esse evento chamamos de amortização de    B
conferirão a seus titulares vantagens diferentes entre ações.. O personagem que mais ganha nessa história é
ações    S
   O
si. Nesse caso, os titulares de tais ações poderão com- o Controlador
Controlador,, pois, como ele detém 51% das ações, 
ações,     T
parecer às Assembleias Gerais da companhia, bem    N
seu poder cará maior, já que o número de acionistas    E
como opinar sobre as matérias objetos de deliberação, ou de ações diminui, aumentando seu percentual.    M
   I
mas não poderão votar. A CVM, vendo esse aumento de poder do contro-    C
   E
As vantagens econômicas a serem conferidas às lador, baixou a Instrução Normativa nº 10,10, que, em    H
ações preferenciais em troca dos direitos políticos outras palavras, diz que a recompra de ações,
ações, uma    N
   O
suprimidos, conforme dispõe a Lei, poderão consistir    C
vez feita, nda por aumentar o poder do controlador
em prioridade de distribuição de dividendo, xo ou da empresa. Entretanto, essas ações que foram recom-
mínimo, prioridade no reembolso do capital, com prê- pradas devem permanecer em tesouraria por, no
mio ou sem ele, ou a cumulação dessas vantagens (art. máximo, 90 dias e, depois, devem ser revendidas
17, caput e incisos I a III, da Lei das S.A.). ou canceladas. 
canceladas.  293

Ou seja, a CVM está limitando esse aumento de poder do controlador,


controlador , para evitar que os acionistas mino-
ritários percam sua participação na administração da empresa.
Quanto à mudança de controlador –
controlador – o acionista majoritário, que detém 51% das ações – a CVM também edita
norma que regula essa troca, para evitar prejuízos
pre juízos aos acionistas minoritários. É a IN CVM 400 que
400 que diz que, para a
troca do controlador,
controlador, o novo controlador deve garantir que, caso queira fechar o capital da S/A, deverá comprar
as ações dos minoritários por, ao menos, 80% do valor pago pelas ações do controlador anterior. anterior. Fazendo
isso, a CVM garante que os acionistas minoritários não terão prejuízos, pois o novo controlador poderia comprar
as ações a um preço bem mais baixo do que pagou pelas do controlador anterior. É preciso dizer que, para que
isso ocorra, deve haver uma concordância mínima entre os acionistas gerais. gerais. A esse princípio chamamos de
tag along .
Existem, ainda, manobras que o mercado de capitais faz, as quais geram impacto sobre o valor das ações no
mercado e sua capacidade de comercialização. Vejamos:

z  Desdobramento ou Split 

É uma estratégia utilizada pelas empresas com o principal objetivo de melhorar a liquidez de suas ações.
Acontece quando as cotações estão muito elevadas, o que diculta a entrada de novos investidores no mercado.
Imagine que uma ação é cotada ao valor de R$ 150, com lote padrão de 100 ações. Para comprar um lote des-
sas ações, o investidor teria que desembolsar R$ 15.000, que é uma quantia considerável para a maior parte dos
investidores (pessoa física).
Desdobrando suas ações na razão de 1 para 3, cada ação dessa empresa seria multiplicada por 3. Assim, quem que m
possuísse 100 ações, passaria a possuir 300 ações. O valor da cotação seria dividido por 3, ou seja, passaria de R$
150 para R$ 50.
Na prática, o desdobramento de ações não altera, de forma alguma, o valor do investimento ou o valor da
empresa. É apenas uma operação de multiplicação de ações e divisão dos preços, para aumentar a liquidez das
ações. Agora, depois do desdobramento, o investidor que quisesse adquirir um lote de ações da empresa, gastaria
apenas R$ 5.000. Note que o investidor que possuía 100 ações cotadas a R$ 150, com um valor total de R$ 15.000,
ainda possui os mesmos R$ 15.000, porém distribuídos em 300 ações cotadas a R$ 50.
Com as ações mais baratas, mais investidores se interessam em comprá-las. Isso pode fazer com que as cota-
ções subam
isso irá emacontecer.
ou não curto prazo, devido à maior
A companhia entrada
também podede investidores
utilizar no mercado,como
os desdobramentos porém nãode
parte hásua
como prever de
estratégia se
governança corporativa, para mostrar atenção e facilitar a entrada de novos acionistas minoritários.
Os desdobramentos podem acontecer em qualquer razão. No entanto, as mais comuns são de 1 para 2, de 1
para 3 e de 1 para 4 ações.

z  Grupamento ou Inplit 
ou Inplit 

Exatamente oposto ao desdobramento, o grupamento serve para melhorar a liquidez e os preços das ações
quando estão cotadas a preços muito baixos no mercado.
Imagine uma empresa com ações cotadas na bolsa a R$ 10, com lote padrão de 100 ações. A empresa julga,
baseada em seu histórico e seu posicionamento estratégico, que suas ações estão cotadas por um valor muito bai-
xo no mercado e aprova, em assembleia geral, que fará um grupamento na razão de 5 para 1. Ou seja, cada cinco
ações passarão a ser apenas uma ação e os preços serão multiplicados por 5.
Antes do grupamento, o investidor que possuísse 100
10 0 ações cotadas a R$ 10 teria o valor total de R$ 1.000. Após
o grupamento, o mesmo investidor passaria a ter 20 ações (100/5) cotadas a R$ 50, ou seja, continuaria possuindo
os mesmos R$ 1.000 investidos. O grupamento, assim como o desdobramento, não altera em absolutamente nada
o valor do investimento.
Um dos objetivos do grupamento de ações é tentar diminuir a volatilidade dos ativos. Assim, R$ 1,00 de varia-
ção em um ativo cotado a R$ 10,00 signica 10% de variação. Já em um ativo cotado a R$ 50,00, representa apenas
2%. É importante ressaltar que nada garante se isso irá ou não acontecer.
Outro objetivo do grupamento pode estar atrelado ao planejamento estratégico da companhia e a suas práticas
de governança corporativa. As cotações de suas ações podem estar intimamente ligadas à percepção de valor da
empresa por parte dos investidores.

D E S D O B R A M E NT O O U S P L I T G RU PAM ENTO OU IN PLIT

z Manobra feita para tornar as ações mais baratas e atra-


tivas para novos investidores z Manobra feita para tornar as ações mais caras e, aparen-
z Diminui o valor das ações, mas mantém o valor aplicado temente, elevar seu valor
pelo investidor z Aumenta valor das ações, mas mantém o valor aplicado
z Aumenta a quantidade de ações do investidor
z Não altera o capital do investidor z Diminui a quantidade de ações
z Aumenta a liquidez das ações, pois cam mais baratas e z Não altera o capital do investidor
fáceis de serem comercializadas
294

Mercado à Vista de Ações

O mercado à vista de ações é aquele no qual ocorrem as negociações deste papel de forma imediata, ou seja,
nele, você pode comprar e vender uma ação no mesmo dia. O comprador realiza o pagamento (liquidação
nanceira) e o vendedor entrega as ações objeto da transação (liquidação física) em D+2 (dois dias) – liqui-
dação física e nanceira –, ou seja, no segundo dia útil após a realização do negócio. Nesse mercado, os preços
são formados em pregão em negociações realizadas no sistema eletrônico de negociação.
No mercado à vista de ações, temos:

z  Operações imediatas ou de curto prazo;


z  Operacionalizado na Bolsa de Valores;
z  Sistema eletrônico de negociação;
z  Câmara de liquidação de ações – antiga CBLC.

Hoje, o mercado à vista de ações é coordenado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Dentro dele, temos a compra
e venda de ações quase que instantaneamente, pois é nele que ocorrem as negociações diárias do mercado de
capitais.
Durante o dia, temos
dia, temos o pregão
pregão que,
 que, atualmente, é eletrônico
eletrônico,, funcionando das 10h às 18h. Ele nada mais é do
que a B3 coordenando a compra e venda dessas ações.
Após seu fechamento
fechamento,, que ocorre às 18h
18h,, não se pode mais realizar nenhuma transação no ambiente.

Importante!
Até 2019, existia o After Market , que era um curto espaço de tempo em que os investidores poderiam realizar
reali zar
negociações fora do horário regular da Bolsa. Todavia, com a modicação do horário de fechamento para
18h, em 2020, o After Market  foi
 foi extinto.

Quando funcionava, o After


o After Market
Market era uma reabertura
reabertura para
 para que as pessoas
pessoas que
 que não pudessem negociar no
mercado no horário
às 17h45, ocorria regular conseguissem
regular conseguissem
a pré-abertura
pré-abertura desse participar,
 desse mercado, no qualassegurando práticas
só podiam ser equitativas
canceladas 
canceladas ao mercado.
 operações
operações feitas Dashorário
 feitas no 17h30
normal. Das 17h45 às 18h, podiam ser feitas transações no mercado, mas somente com papéis que já haviam
sido comercializados no dia,
dia, então não se podia lançar títítulos novos no After
no After Market .
Existia, ainda, um limite máximo e mínimo para as operações – 2% para mais ou para menos, além de limite
de valor. Nele, eram executadas ordens simples tais como compra e venda, execução
execução ou
 ou cancelamento de compra
ou venda, além de dar ordem a mercado.
As ordens podiam ser dadas:

z  A Mercado:
Mercado: quando especica a quantidade
quantidade e  e as características
características do
 do que vai ser comprado ou vendido (exe-
cutar na hora);
z  Limitada:: executar a preço
Limitada preço  igual
igual ou
 ou melhor
melhor do
 do que o especicado;
z  Administrada:: a mesma a mercado,
Administrada mercado, mas, nesse caso, ca a critério da intermediadora
intermediadora   decidir
decidir o
 o melhor
momento;
z  ON-STOP:: dene o nível
ON-STOP nível de
 de preço
preço a a partir do qual a ordem deve ser executada;
z  Casada:: ordem de venda de um e compra do outro (ambas
Casada outro (ambas executadas ao mesmo tempo).

DÁ A ORDEM

z Investidor

EXECUTA A ORDEM    S


   O
   I
   R
z CTVM     Á
   C
z DTVM    N
z Banco de Investimentos    A
   B
   S
   O
REALIZA A ORDEM    T
   N
   E
   M
   I
z After
 After Market     C
z Sistema de negociação eletrônico    E
   H
   N
   O
   C
As ordens diurnas que estivessem no sistema pendentes, sujeitavam-se aos limites de negociação do  After
 Market. O
 Market.  O sistema rejeitava ordens de compra superiores ao limite e ordens de venda a preço inferior ao limite.
A variação permitida era de 2% para mais ou para menos, além de ter um limite de operações de R$ 100 mil por
investidor (já somado ao que ele havia feito no pregão regular). 295
 

Os negócios
negócios feitos
 feitos na B3
B3 devem
 devem ser divulgados
divulgados em
 em D+1
D+1.. A liquidação física das
física das compras e vendas de ações
deve ser até D+2
D+2,, a qual ocorre quando o vendedor entrega as ações à Câmara de liquidação de ações.
A liquidação nanceira das ações compradas ou vendidas é, também, em D+2 D+2.. Esta ocorre quando é feito o
débito na conta do comprador e, ao mesmo tempo, é entregue a ação sicamente ao comprador.

Lei 6.404 (art. 64) – DEBÊNTURES

O que são debêntures?

São valores mobiliários representativos


mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo,
prazo, que asseguram a seus detentores
(debenturistas
debenturistas)) o direito de crédito contra a companhia emissora. Essa companhia emissora pode ser uma S/A
aberta ou fechada,
fechada, mas somente as abertas podem
abertas podem negociar suas debêntures no mercado das bolsas ou
bolsas ou bal-
cão,, pois nas fechadas,
cão fechadas, as
 as debêntures nem precisam de registro na CVM,
CVM, pois é algo fechado, restrito. Lembre-
-se de que,
fechada nãopara
temoperar
vontadenade
Bolsa
vir aoupúblico,
no Mercado de Balcão,
somente as coisas precisam vir a público. Então, uma empresa
as abertas.
Até agora, você já sabe que existem duas pessoas nesse processo de debêntures.
Vejamos:

Agente duciário viabiliza

Companhia que emite a Debênture e Investidor do Mercado que deseja


deseja captar recursos emprestar seu dinheiro ao emissor
(Envia a Debênture) em troca de juros previamente pactuados
(Envia o Dinheiro)

Agente underwritter 

Para essa debênture ter validade, ela precisa apresentar alguns requisitos legais, pois, acima de tudo, se trata
de um contrato e, como tal, precisa de algumas especicações. Vejamos quais são elas:

z Deve constar o nome debênture


debênture com
 com a indicação da espécie e suas garantias;
z  Nº de emissão, série e ordem;
z  Data da emissão;
z  Vencimento (determinado ou indeterminado – perpétua – e se poderá ou não ter seu prazo de vencimento
antecipado);
z  O índice que vai ser usado para corrigir o valor da debênture. (ex.: CDI, IPCA, IGP-M);
z  Quantidade de debêntures que irão ser emitidas (limitada ao capital próprio da empresa);
z  Valor nominal da debênture (ou valor de face);
z  As condições para conversão ou permuta e seus respectivos prazos;
z  Se a debênture terá garantias ou não (e,
não (e, se tiver, quais serão). Tais garantias podem ser:

  Real
Real:: a mais valiosa,
  Flutuante:
Flutuante : não existepois
umabem
garantia existe sicamente
especíco; a garantia é(hipoteca,
uma partepenhor, caução, bens
do patrimônio determinados);
da empresa (até 70% do
valor do capital social);
  Quirografária
Quirografária:: nenhuma garantia ou privilégio (a garantia em caso de falência será o que sobrar e se
sobrar alguma coisa);
 Subordinada
Subordinada:: em caso de falência, oferece preferência apenas sobre o crédito dos acionistas.

Agora, você já sabe o que é necessário para fazer uma debênture, quem pode emitir e quais as garantias que
podem ser usadas ou não. Porém, de que forma é possível materializar, ou seja, transformar essa debênture
em algo que se possa ver? Existem duas formas para isso. Vejamos o esquema a seguir:

z  Nominativas

  Título físico;
  Registrado na CETIP;
  Emite o certicado;
  Registro no Livro de Registro de Debêntures Nominativas.

z  Nominativas Escriturais

296   Informação Eletrônica;


 

  CETIP registra e custodia; São Agentes Fiduciários os Bancos Múltiplos, os


  Não emite certicado; Bancos de Investimento, CTVM e DTVM. Quanto aos 
aos  
  Registro no Livro de Registro de Debêntures tipos ou classes de debêntures,
debêntures, podem ser:
Nominativas.
z  Simples: Um simples direito de crédito contra
Simples: Um crédito contra a
emissora ou empresa;
Importante! z  Conversíveis:
Conversíveis: podem
 podem ser trocadas por ações da
empresa emitente das
emitente das debêntures;
z A escritura da debênture é obrigatória, mas a z  Existe prazo máximo 
máximo  para que o debenturista
emissão do certicado é facultativa; decida se
decida  se irá querer converter em ações ou não e,
z Não é comum o debenturista solicitar o certi-
certi - nesse prazo, a empresa não pode mudar nada nos
cado da debênture, mas, se solicitá-lo,
solicit á-lo, a
 a empre- seus papé
papéisis;;
sa deve emiti-lo; z  Permutáveis ou não conversíveis: é
conversíveis: é a opção que
z As Debêntures só podem ser emitidas por ins- o debenturista tem de trocar as debêntures por
tituições que não sejam instituições nanceiras. ações
passadodeum
outras
prazocompanhias,
companhias
mínimo. , depois de haver
Quanto aos prazos das debêntures,
debêntures, que devem  Já quanto à remuneração, pode-se ter:
constar na escritura da emissão, podem ser:
z   Juros (xos ou variáveis);
z  Determinado: prazo xado na emissão da debênture;
z  Indeterminado
Indeterminado   ou perpétua:
perpétua: via de regra, não Aqui, atente-se ao fato de que 
que  as Sociedades de
tem prazo de vencimento, mas esse prazo pode ser Arrendamento Mercantil e as Companhias Hipote-
decretado pelo agente duciário quando ocorrer cárias só podem remunerar a juros pela TBF – Taxa
inadimplência no pagamento dos juros ou dissolu- Básica Financeira;
ção do emitente, a empresa;
z  Antecipado:
z  Participação nos Lucros;
z  Prêmio de Reembolso: não pode ser atrelado, inde-
 Antes do resgate: deve constar na escritura o xado a TR, TBF ou TJLP.
prazo para resgate e a possibilidade de isso
ocorrer; Medição dos Riscos nas Debêntures
  Antes do
colapso no vencimento:
mercado ou oquando ocorrer um
agente duciário vir
z  Alta qualidade: baixa taxa de retorno;
que o debenturista corre algum risco.
z  Baixa qualidade: alta taxa de retorno.

Agente Fiduciário
Basta lembrar que quanto mais risco, mais grana;
quanto menos risco, menos grana.
A Lei 6.404/76 estabelece que a escritura de emis-
são, por instrumento público ou particular, de debên-
As Ofertas das Debêntures
tures distribuídas ou admitidas à negociação no
mercado terá, obrigatoriamente, a intervenção de
z  Pública
agente duciário dos debenturistas. O agente duciá-
duciá-
rio é quem representa a comunhão dos debenturistas
perante a companhia emissora, com deveres especí-
especí-  Público em geral;
  Há registro na CVM;
cos de defender os direitos e interesses dos debentu-
  Assembléia Geral ou Conselho Administrativo
ristas, entre outros citados na Lei.
Para tanto, possui poderes próprios também atri- decidem;
 Agente Fiduciário;
 
buídos pela Lei para, na hipótese de inadimplência
da companhia emissora, declarar, observadas as z  Privada
condições da escritura de emissão, antecipadamen-
te, vencidas as debêntures e cobrar o seu principal e
acessórios, executar garantias reais ou, se não existi-   Grupo restrito de investidores;
rem, requerer a falência da companhia, entre outros.   Não há registro na CVM.    S
   O
   I
Esse personagem viabiliza a operação de
operação de compra    R
das debêntures, por parte do debenturista, e a venda, Os Mercados das Debêntures     Á
   C
por parte da empresa emissora, ou seja, ele interme-    N
   A
dia a situação. Além disso, o agente duciário deve,    B
acima de tudo, proteger o debenturista. Para isso, ele    S
Primário Secundário    O
representa   o debenturista em caso de colapso do
representa z Debêntures já    T
existentes    N
mercado, ou para: z Emissão pela 1ª vez    E
z Compra e venda por
   M
   I
investidores
   C
z  Proteção do debenturista;    E
z  Executar garantias reais da emissora;    H
z Balcão Organizado    N
z  Requerer falência da emissora. z Inuino caixa da
(Sistema Nacional    O
empresa
de Debêntures -    C
administrado pela
Vale dizer que o agente duciário pode reque-
reque - CETIP S/A)
rer essas situações para garantir ao debenturista o
recebimento dos créditos.
créditos.
297

Commercial Papers
Commercial Papers 
Papers  são títulos, pap
papééis que valem dinheiro.
dinheiro. São uma aplicação
aplicação.. Parecem muito com as
debêntures e com as notas promissórias que estudamos no tópico sobre Títulos de Crédito (a famosa amarelinha).
São títulos de curto prazo,
prazo, que têm prazo mínimo de 30 dias e mám áximo de 360 
360 dias
dias,, emitidos por instituições
não nanceiras, ou seja, as instituições nanceiras estão fora, pois podem captar recursos de
recursos de outras maneiras.
Então, o Commercial Paper serve
Paper serve para captar recursos no mercado interno,
interno, pois constitui uma promessa de paga-
mento na qual incidem juros a favor do investidor.

Importante!
As debêntures podem ser emitidas para fora do país
p aís com garantia real de bens situados no Brasil. Já os Com-
mercial Papers não podem. Eles podem ser emitidos apenas para dentro do Brasil.

MERCADO DE CÂMBIO
O que é Câmbio?

Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista
brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a
operar no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e entrega-lhe (vende-lhe) a moeda
estrangeira. Já quando um turista estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado
a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais
correspondentes.
No Brasil, o mercado de câmbio é  o ambiente no qual se realizam as operações de câmbio entre os
agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus cor-
respondentes. Esse mercado é regulamentado
regulamentado   e scalizado  pelo Banco Central e
Central e compreende as operações
de compra e de venda de moeda estrangeira,
estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados
ou com sede no país e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouro-instrumento
cambial realizadas
cambial  realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco
Central,, diretamente ou por meio de seus correspondentes
Central correspondentes..
Incluem-se, no mercado de câmbio brasileiro, as operações relativas aos recebimentos, pagamentos e trans-
ferências do e para o exterior, mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações
referentes às transferências nanceiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais
internacionais.
À margem da lei,
lei, funciona um segmento denominado Mercado Paralelo.
Paralelo. São ilegais os negócios realizados
nesse mercado, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.

Quem Opera no Mercado de Câmbio?

Bancos Múltiplos, Comerciais, de Investimentos, de Desenvolvimento, CEF, SCFI, CTVM, DTVM, Agências de
Fomento e Corretoras de Câmbio são instituições habilitadas a operarem no Mercado de Câmbio.
Cabe destacar que apenas os Bancos e a CEF,
CEF, exceto os Bancos de Desenvolvimento, podem operar livre-
mente nele.
mente nele. Já algumas instituições operam com restrições
restrições,, ou seja, não podem fazer qualquer operação, mas
somente as especicadas pelo BACEN. São elas:
z  Bancos de Desenvolvimento;
z  Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento;
z  Agências de Fomento.

Com exceção dessas três, as demais podem realizar todas as operações do Mercado de Câmbio, embora algu-
mas tenham restrições de 
de valor
valor,, mas não de operações. As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários,
as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e as sociedades corretoras de câmbio têm algumas
restrições quanto ao valor das operações:

z  Operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$ 300 mil ou
mil ou o seu equivalente em outras
moedas;
z Operações no mercado interbancário (arbitragens no país) e por meio de banco autorizado a operar no mer-
cado de câmbio (arbitragem com o exterior).

Além desses agentes, o Banco Central também concedia autorização para agências de turismo e meios de hos-
pedagem de turismo para operarem no Mercado de Câmbio. Atualmente, não se concede mais autorização para
esses agentes, permanecendo, ainda, apenas aquelas agências de turismo cujos proprietários pediram ao Banco
298 Central autorização para constituírem instituição autorizada a operar em câmbio. Enquanto o Banco Central

está analisando tais pedidos, as agências de turismo ainda autorizadas podem continuar a realizar operações
de compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativamente a viagens
internacionais.
Em resumo:
z  Os meios de hospedagem não podem mais operar câmbio de jeito nenhum;
z  As agências de turismo que pediram autorização ao BACEN continuam até que ele decida se elas cam efeti-
efeti -
vamente ou não.

Ainda, as Instituições Financeiras podem contratar correspondentes para operar câmbio por elas. Nesse caso,
teríamos um plano B para as agências de Turismo que tiverem seus pedidos negados pelo BACEN, pois, se elas se
liarem a uma Instituição Financeira, não mais precisarão da autorização deste.
Pela Resolução nº 4.811/20, as operações realizadas pelos correspondentes são de total responsabilidade da
instituição contratante, devendo ela estabelecer as regras e condutas que os correspondentes deverão seguir,
quais sejam:

z  Execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa à transferência unilateral (ex.: manutenção de
residentes, transferência de patrimônio, prêmios em eventos culturais e esportivos) do ou para o exterior,
limitada   ao valor equivalente a U$$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, em 
limitada em  espécie e 1 mil dólares 
dólares  por
operação;
z  Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda
estrangeira em cartão pré-pago, limitada
limitada ao
 ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos,
Unidos, por
operação e em espécie 1 mil dólares;
dólares;
z Recepção e encaminhamento de propostas de
propostas  de operações de câmbio.

A ECT – Empresa de Correios e Telégrafos do Brasil – também


–  também é  autorizada
autorizada pelo
 pelo Banco Central a realizar
operações com vales postais internacionais,
internacionais, emissivos e receptivos, destinadas a atender compromissos diver-
sos, tais como: manutenção de pessoas físicas, contribuições previdenciárias, aposentadorias e pensões, aquisição
de medicamentos para uso particular, pagamento de aluguel de veículos, multas, doações. Por meio dos vales pos-
tais internacionais, a ECT também pode dar curso a recebimentos ou pagamentos conduzidos sob a sistemática
de câmbio simplicado de exportação ou de importação,
importação, observado o limite de US$ 50 mil, ou
mil, ou seu equivalente
em outras moedas, por operação.

z  Memorize os limites elencados pelo resumo a seguir:

  CTVM, DTVM e Corretoras de Câmbio: 300 mil dólares por operação;


  Empresa de Correios e Telégrafos: 50 mil dólares por operação;
  Correspondentes Bancários e Agências de Turismo ainda em operação: 1 mil dólares por operação – em
contrapartida, em espécie – e 3 mil dólares em operações escriturais (Resolução nº 4.811/20).

Importante!
As instituições são obrigadas a informar o VET – Valor Efetivo Total nas operações.
Isso deve-se ao fato de que nas operações de câmbio há custos embutidos como:
z Tarifa de Conversão das moedas
z IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Vale destacar que o IOF é um imposto que incide sobre quase todas as operações nanceiras.

Resolução nº 3.568/2008 com Alterações Posteriores pela Resolução nº 4.811/20

Art. 8º 
8º  As
As pessoas
 pessoas Físicas e Jurídicas
Jurídicas podem
 podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências    S
   O
   I
internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor  , sendo contraparte na operação agente    R
autorizado a operar  no no mercado de cambio, observada a legalidade da transação, tendo como base a fundamen-     Á
tação econômica e as responsabilidades denidas na respectiva documentação.    C
   N
   A
   B
Neste sentido, pode-se dizer que qualquer
que qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e vender moeda estran-    S
geira desde que a outra parte na operação de câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no Mer-    O
   T
cado de Câmbio (ou seu correspondente para tais operações) e que seja observada a regulamentação em vigor,    N
   E
incluindo a necessidade de identicação em todas as operações.    M
   I
É dispensado o respaldo documental das operações de valor até o equivalente a US$ 10 mil, preservando-se, no    C
   E
entanto, a necessidade de identicação do cliente.    H
   N
   O
Banda Cambial no Brasil    C

Uma utuantes.
Banda Cambial é a forma como um país dene suas taxas de câmbio, quer sejam xas ou livres, ou, até
mesmo, Até 2005, existiam duas bandas cambiais, a Livre e a Flutuante. A primeira, por exemplo,
vinha dos empréstimos e envios de dinheiro do Brasil para fora e vice-versa. 299

No entanto, operar com duas bandas cambiais era Nas operações de compra ou de venda de moeda
muito burocrático, pois cada uma tinha suas especi- estrangeira de até US$ 10 mil, ou seu equivalente em
cações. Então, em 2005, cou instituída, no Brasil, a outras moedas estrangeiras, não é  obrigatória a for-
banda cambial, que foi resultante da junção
da  junção das ban- malização do contrato de câmbio. O agente do merca-
das Livre e Flutuante.
Flutuante. Aqui, vale lembrar que, como do de câmbio deve identicar seu cliente e registrar a
o Governo intervém indiretamente no mercado, com- operação no Sistema Câmbio.
prando e vendendo moeda, essa utuação recebeu o
O Contrato de Câmbio deve conter alguns requisitos
nome de utuação suja. legais para ter validade, devendo ser registrado no
SISBACEN,, constando:
SISBACEN
As Operações no Mercado de Câmbio
z  Qual a moeda em questão;
As operações mais comuns são:
comuns são: z  A taxa cobrada;
z O valor correspondente em moeda nacional;
z  Compra e Venda de
Venda de moeda estrangeira; z  Nome do comprador e do vendedor.
z  Arbitragem   (operação em que há a compra de
Arbitragem
moeda estrangeira com outra moeda estrangeira);
z  Exportação e Importação.
Importação. Importante!
Como se Efetivam as Trocas de Moedas? Até 10 mil dólares não é necessário o Contrato
de Câmbio. No entanto, o registro da operação é
As trocas de moedas podem ser: obrigatório (Circular Bacen nº 3.825/17).
z Manuais: em espécie
Manuais: espécie;;
z  Sacadas:: quando não existe o dinheiro vivo, mas,
Sacadas Existem 10 (dez) tipos de Contratos de Câmbio
Câmbio.. A
sim, papéis que valem dinheiro.
dinheiro. seguir, listaremos os que são mais comumente cobra-
dos em prova. Vejamos:
Quando falamos de câmbio, pensamos, também,
nas taxas cambiais, ou seja, nas taxas que revelam z  ACC – Adiantamento Sobre Contrato De Câmbio
quanto uma moeda vale em relação a outra moeda.
Entre elas, as mais comuns são: O ACC é um dos mais conhecidos e utilizados meca-
nismos de nanciamento à  exportação. Trata-se de
z Taxa Repasse ou Cobertura:
Cobertura: feita entre os Bancos nanciamento na fase de produção ou pré-embarque.
e o BACEN; Para realizar um ACC, o exportador deve procurar
z  Dólar Pronto
Pronto: : para
até 48 horas ou D+2; as operações com entrega em um banco comercial autorizado a operar em câmbio.
z  PTAX
PTAX:: Média das compras e vendas de moedas Tendo limite de crédito com o banco, o exportador cele-
estrangeiras entre as Instituições Financeiras den- bra com este um contrato de câmbio no valor corres-
tro do país – sempre em dólar americano. Essa é a pondente às exportações que deseja nanciar, ou seja, o
taxa de câmbio que é divulgada diariamente pelo contrato de câmbio é celebrado antes mesmo do expor-
Banco Central e serve de referência para várias tador receber do importador o pagamento de sua venda.
operações no mercado cambial. Neste sentido, o exportador pede ao banco o adian-
tamento do valor, em reais, correspondente ao contra-
Taxaa de Câmbio nominal x Taxa de Câmbio Real
Tax to de câmbio. Assim, além de obter um nanciamento
competitivo para a produção da mercadoria a ser
A Taxa de Câmbio Nominal
 Nominal indica
 indica o preço do ati- exportada, o exportador também xa a taxa de câm-câm -
vo nanceiro, enquanto que a Taxa de Câmbio Real  Real   bio da sua operação.
indica o preço relativo entre
entre duas
 duas moedas, o que per- Cabe destacar que o ACC pode ser realizado em
mite medir a competitividade relativa entre
entre   os dois algumas exportações de serviços e, ainda, em até 360
países em questão. dias antes do embarque da mercadoria. A liquidação
Em resumo, a taxa nominal é o preço de um ativo da operação ocorre com o recebimento do pagamen-
limpo e seco, sem nenhuma interferência. Já o valor
real é o preço do ativo comparado entre duas moedas to efetuado
mento pelo importador,
dos juros devidos peloacompanhado
exportador, do
ou paga-
pode
 – dessa forma, é possível saber
sabe r quanto aquele deter- ser feita com encadeamento com um nanciamento
minado ativo vale em um país e noutro. pós-embarque.
A Forma de Materializar as Operações de Câmbio: O z  ACE – Adiantamento Sobre Cambiais Entregues: O
Contrato de Câmbio ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues –
Entregues – é 
um mecanismo similar ao ACC, só que contratado
Contrato de câmbio é o documento que forma- na fase de comercialização ou pós-embarque.
liza a operação de compra ou de venda de moeda
estrangeira.
Nele, são estabelecidas as características e as con- Após o embarque dos bens, o exportador entrega
dições sob as quais se realiza a operação de câmbio, os documentos da exportação e as cambiais (saques)
revelando informações relativas à moeda estrangeira da operação ao banco e celebra um contrato de câm-
que um cliente está comprando ou vendendo, à taxa bio para liquidação futura. Então, o exportador pede
contratada, ao valor correspondente em moeda nacio- ao banco o adiantamento do valor, em reais, corres-
nal e aos nomes do comprador e do vendedor. Os con- pondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter
tratos de câmbio devem ser registrados no Sistema um nanciamento competitivo para conceder prazo
Câmbio pelo agente autorizado a operar no mercado de pagamento ao importador, o exportador também
300 de câmbio. xa a taxa de câmbio da sua operação.

O ACE pode ser contratado com prazo de até 390 z  Habilitação simplicada: destinada às pessoas
dias após o embarque da mercadoria. A liquidação físicas, às empresas públicas e
físicas, públicas e às sociedades de
da operação ocorre com o recebimento do pagamen- economia mista –
mista – entidades sem ns lucrativos;
to efetuado pelo importador, acompanhado do paga- z Habilitação especial:
especial: destinada aos órgãos 
órgãos  da
mento dos juros devidos pelo exportador. Administração Pública direta,
direta, autarquias, fun-
dações públicas, órgãos públicos autônomos e
organismos internacionais;
ACC ACE z  Habilitação restrita:
restrita: destinada à pessoa física ou
Adiantamento Sob Contrato Adiantamento Sob Contrato  jurídica   que tenha
 jurídica tenha   operado
operado   anteriormente
anteriormente   no
de Câmbio de Exportação
comércio exterior exclusivamente para realização
de consulta ou reticação de declaração.
Pré-Embarque Pós-Embarque
z  Financia a mercadoria a ser z  Antecipa os recursos
No mercado de Câmbio temos, também, as  as   ope-
exportada a serem recebidos do rações de Remessas.
Remessas.  As remessas são operações de
Comprador
z  Deve ser contratado até 360 envio de recursos para o exterior, por meio de ordens
dias antes do embarque da z  Deve ser feito até 390 dias
dias
mercadoria posteriores ao embarque da de pagamento (cheque, ordem por conta, fax, internet
internet,,
mercadoria cartões
dinheirode crédito).
para fora doEm suma,
país sãodeformas
através de enviar
instituições.
Existem remessas do Exterior para o Brasil e vice-
O pagamento é feito quando O pagamento da operação -versa. Elas podem ser:
no embarque da mercadoria deverá ser feito quando o
ou no ingresso do dinheiro importador enviar os recursos
pago pelo importador z  Em espécie:
espécie: por Instituição Financeira ou pelo
ECT;
z  Via cartão de crédito:
crédito: seguem a mesma lógica da
Tanto no ACC quanto no ACE, os limites de nan-
nan - remessa em espécie, entretanto o pagamento é fei-
ciamento são de até 100% do valor das mercadorias e to por cartão de crédito. 
crédito. 
não incidem IOF sobre essas operações, por se trata-
rem de incentivos à exportação. O que é Posição de Câmbio?
As operações de Exportação e Importação devem
ser registradas em um sistema chamado SISCOMEX – A posição de câmbio é  representada pelo saldo
Sistema de Comércio Exterior. Esse Sistema é utilizado das operações de câmbio (compra e venda de moeda
em conjunto pela SECEX (Secretaria de Comércio Exte- estrangeira, de títulos e documentos que os represen-
rior), pela Secretaria da Receita Federal e pelo BACEN, tem e de ouro-instrumento cambial) prontas ou para
para scalizar a entrada e a saída de recursos do Brasil liquidação futura realizadas pelas instituições autori-
para o exterior e vice-versa, trazendo vários benefícios zadas pelo Banco Central do Brasil a operar no merca-
aos processos de exportação e importação, quais sejam: do de câmbio.

z  Harmonização de conceitos e uniformização de O que é Posição de Câmbio Comprada?


códigos dos processos;
z  Ampliação de pontos de atendimento; A posição de câmbio comprada é o saldo em moe-
z  Eliminação de coexistências de controles e siste- da estrangeira registrado em nome de uma instituição
mas paralelos de coleta de dados; autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou
z  Diminuição, simplicação e padronização de do-
do- para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu-
cumentos; los e documentos que as representem e de ouro-ins-
z  Agilidade nos processos e diminuição dos custos trumento cambial em valores superiores às vendas.
administrativos.
O que é Posição de Câmbio Vendida?
O  SISCOMEX é  é  um sistema e, como tal, é neces-
A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda
sário que as pessoas se cadastrem nele para ope-
rar. Existem 4 (quatro) tipos de cadastros para o seu estrangeira registrado em nome de uma instituição
autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou    S
acesso. para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu-    O
Vejamos:    I
los e documentos que as representem e de ouro-ins-    R
    Á
trumento cambial em valores superiores às compras.    C
z Habilitação ordinária:
ordinária: destinada à pessoa jurí-    N
   A
dica que
dica  que atue habitualmente
habitualmente no no comércio exte- O que é Prêmio de Risco?    B
rior.. Nesta modalidade, a empresa está sujeita ao
rior    S
   O
acompanhamento da Receita Federal com base    T
Para melhor explicar isso, retomaremos alguns    N
na análise prévia da sua capacidade econômica e    E
conceitos já estudados.    M
nanceira;    I
Sabemos que a taxa de câmbio é livremente pac-    C
   E
tuada entre os agentes autorizados a operar no mer-    H
Obs.: essa é a modalidade mais completa de habi-
Obs.: essa cado de câmbio ou entre estes e seus clientes, podendo    N
   O
litação,, a qual permite aos operadores realizar qual-
litação as operações de câmbio ser contratadas para liquida-    C
quer tipo de operação.
operação. Quando o volume de suas ção pronta ou futura. Neste sentido, temos a possibi-
operações for incompatível com a capacidade econô- lidade de realizar operações com vencimento futuro,
mica e nanceira evidenciada, a empresa estará sujei
suje i- ou seja, a operação só será nalizada em uma data
ta a procedimento especial de scalização. previamente acordada entre as partes. 301

Ocorre
a termo que, no as
(contrato), caso de operações
partes interbancárias,
devem observar que , nas
que, Veja queSe
dissimular. osonúcleos do tipoos
agente pratica (verbos) são ocultar
dois, dentro do mes-e
operações para liquidação pronta ou futura, a taxa de mo contexto, responde por um único crime.
câmbio deve reetir exclusivamente o preço da moe-
moe - A lavagem é chamada de “crime parasitário”.
da negociada para a data da contratação da operação Observe bem que a lavagem (que é crime) tem relação
de câmbio, sendo facultada a pactuação de prêmio
prêmio   com a prática de uma infração (crime ou contraven-
ou bonicação nas operações para liquidação futura. ção) anterior. De acordo com o art. 1º, o julgamento
Esse prêmio a que o Banco Central se refere no Capí- independe do processo e do julgamento das infrações
tulo 1, da série “Regulamento do Mercado de Câmbio penais antecedentes.
e Capitais Internacionais”, é o Prêmio de Risco.
Risco. Ele Neste sentido, para que seja punível a lavagem,
nada mais é que um viés (uma tendência) entre a taxa deve haver um fato típico e ilícito anterior. No entan-
de câmbio
câmbio no no mercado futuro e a esperança do câm- to, não é necessária a condenação no crime anterior,
bio no
bio  no futuro. somente será excluída a lavagem. Ou seja, se a infra-
Por m, vale lembrar que podemos analisar o Prê- ção penal antecedente foi atípica (fato inexistente) e,
mio de Risco,
Risco, comparando a paridade coberta dos por isso, não constituir infração penal, ou, ainda, se
 juros à paridade descoberta destes. houve causa que excluísse a ilicitude, não há como o
agente responder por lavagem de dinheiro.

ma,Seguindo com no
pena prevista o nosso estudo,
caput do
caput incorrerá
 do art. 1º, na mes-
quem pratica as
condutas que estão no art. 1º, § 1º:
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO/
CAPITAIS E LEGISLAÇÕES § 1º Incorre na mesma pena quem,
pena quem, para ocultar
ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
LEI N° 9.613/1998 (LEI DE PREVENÇÃO À LAV
L AVAGEM
AGEM valores provenientes de infração penal
DE DINHEIRO)  I - os converte em ativos lícitos ;
 II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou
Também conhecida como Lei de Lavagem de recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
Capitais, a Lei nº 9.613/98 visa combater a ocultação movimenta ou transfere ;
 III - importa ou exporta bens com valores não
ou dissimulação de bens ou valores que tenham sido correspondentess aos verdadeir
correspondente verdadeiros os..
obtidos de forma ilícita (frutos de infrações penais).
O termo lavagem diz respeito à necessidade de se
O inciso I trata da hipótese de a lavagem dar-se
dar aparência de legalidade — “lavar” o dinheiro ili-
com a conversão dos bens, direitos ou valores em ati-
citamente obtido (“sujo”). A expressão tem origem no vos lícitos, como, por exemplo, ações na Bolsa. Por esse
direito estadunidense, “money
“money laundering” , com a des-
coberta de que criminosos, na década 1920, usavam viés, pode-se
(lavagem falar na chamada
da lavagem), “lavagem ou
que é a ocultação emdissimu-
cadeia”
lavanderias para esconder a origem criminosa de lação de bens, dinheiro ou valores, provenientes de
bens (alguns países utilizam a expressão “branquea- lavagens anteriores (neste caso, o delito antecente é
mento de capitais”, mas seu uso não é muito aceito, outra lavagem). Um exemplo da lavagem em cadeia
tendo em vista a conotação racista). seria a aplicação, na Bolsa de Valores, de rendimentos
Um exemplo de lavagem é a compra de obras de obtidos numa lavagem anterior.
arte para revenda com dinheiro obtido por meio do O inciso II trata da gura do receptador dos bens,
tráco ilícito de drogas. direitos ou valores. Já o inciso III cuida da hipótese espe-
Uma das grandes novidades trazidas pela Lei nº cíca de lavagem por meio de operações de importação
9.613/98 é que, antes dela, apenas o tráco de drogas e exportação. O parágrafo
parágrafo 2º do artigo 1º apresenta
poderia congurar um crime antecedente que pudes-pudes - outras hipóteses equiparadas à lavagem de dinheiro:
se gerar a lavagem de dinheiro. Com sua entrada em
vigência, outros crimes podiam ser antecedentes da § 2º Incorre ainda, na mesma pena quem:
lavagem. Em 2012, a Lei nº 12.683/12 alterou a Lei nº I – Utiliza, na atividade econômica ou nancei-
nancei-
9.613/98, de modo que, hoje, qualquer infração penal ra , bens, direitos ou valores proveniente
provenientess da
(crime ou contravenção, como, por exemplo, o jogo do infração penal ; ;
bicho) podem ser considerados crimes antecedentes
para a lavagem.  II -  participa
tório de grupo, associação
tendo conhecimento de que sua ou escri-
atividade
principal ou secundária é dirigida à prática de cri-
CONCEITO E FORMAS DE LAVA
LAVAGEM
GEM mes previstos nesta Lei.

Art. 1º 
1º  Ocultar ou dissimular a natureza, ori- O inciso I do § 2º pune a lavagem no exercício de
 gem, localiza
localização,
ção, disposiçã
disposição,o, movime
movimentação
ntação ou atividade econômica ou nanceira e o inciso II pune a
 propriedade
 propr iedade dede bens, dire
direitos
itos ou valore
valoress prove-
prove- associação para ns de lavagem de capitais.
nientes, direta ou indiretamente, de infração
 penal.. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
 penal § 3º A
3º A tentativa é punida nos
punida nos termos do parágra-
 Pena – reclusão,
reclusão, de 3 a 10 anos, e multa.
multa.  fo único do art. 14 do
do Código Penal.
O § 3º traz importante disposição no sentido de
O art. 1º traz o conceito de lavagem
la vagem de dinheiro (ou que é punível a tentativa de lavagem de capitais.
capitais). De maneira simples, temos que a lavagem
de dinheiro consiste no ato ou atos praticados com a § 4º A pena será aumentada de um a dois ter-
nalidade de dar aparência lícita a bens, direitos ou ços , se os crimes denidos nesta Lei forem come-
valores que tenham origem na prática de uma infra- tidos de forma
de  forma reiterada ou
reiterada ou por intermédio de
302 ção penal (crime ou contravenção). organização criminosa.
criminosa.

O art.1º, § 4º traz uma causa de aumento de pena Esses benefícios aplicam-se somente à colaboração
(de 1/3 a 2/3) se os crimes previstos na Lei de Lavagem premiada nos crimes de lavagem de dinheiro.
forem cometidos: Existem outras formas de colaboração premiada
previstas em outras leis (como a Lei de Organizações
z  De forma reiterada; ou Criminosas por exemplo), que oferecem ao colabora-
z  Por intermédio de organização criminosa. dor outros “prêmios” (como o não oferecimento de
denúncia).
Dica
AÇÃO CONTROLADA E INFILTRAÇÃO DE AGENTES
O conceito de organização criminosa se encon-
tra na Lei nº 12.850/13. § 6º Para a apuração do crime de que trata este
artigo, admite-se a utilização da ação controlada 
controlada 
 Já vimos que existe hipótese
h ipótese de aumento de pena e da inltração de agentes.
nos crimes de lavagem. E será que existe alguma hipó-
tese de diminuição? Sim, ela se encontra prevista no A m de efetivar a apuração do crime de lavagem
art. 1º, § 5º da Lei nº 9.613/98. de dinheiro, a Lei admite a utilização dos meios espe-
ciais de investigação da ação controlada (situação
COLABORAÇÃO PREMIADA excepcional na qual o agrante, que deve ser imedia-
imedia -
to, é retardado para que se consiga descobrir outros
§ 5º A pena
A  pena poderá ser reduz
reduzida
ida de um a dois
terços   e ser cumprida em regime aberto ou
terços sujeitos envolvidos na prática do delito, reunindo-se
semiaberto , facultando-se ao juiz deixar de aplicá- provas mais robustas ou, ainda, recuperando-se o pro-
-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena res- duto ou proveito do crime — é chamado de agrante
tritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe prorrogado, retardado ou diferido) e da inltração
colaborar espontaneamente com
espontaneamente com as autoridades, de agentes (prevista no art. 10 da Lei de Organiza-
 prestando
 presta ndo esclarecimentos
esclarecimentos que conduzam à apu- ções Criminosas, que tem como objetivo permitir que
ração das infrações penais , à identicação dos policiais ingressem legalmente em organizações cri-
autores , coautores
coautores e  e partíci
 partícipes
pes , ou à localização minosas, utilizando-se de identidades falsas, a m de
dos bens, direitos ou valores objeto do crime. crime. investigar suas atividades).
Uma das formas de ação controlada é a conhecida
Para ser beneciado pela colaboração premiada, o
“entrega vigiada”, prevista no Decreto nº 5.015/04, que
indivíduo deve colaborar, a qualquer tempo (ou seja, na
fase investigatória ou processual), de uma das três formas consiste na permissão de remessas internacionais ilíci-
previstas (basta uma; os requisitos não são cumulativos): tas ou suspeitas, feitas com o conhecimento e controle
das autoridades com o objetivo de permitir a colheita
I - conduzir à apuração das infrações penais; de mais provas e a identicação dos envolvidos.
II - conduzir à identicação de autores, coautores
e partícipes; ou DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS
III - conduzir à localização dos bens, direitos ou
valores objeto do crime. A partir do art. 2º, a Lei nº 9.613/98 passa a tra-
tra -
tar de disposições que se aplicam ao proceso criminal
z Formas de colaboração 
colaboração  (alternativas) (art. 1º, § da lavagem de dinheiro. Veremos, a seguir, os pontos
5º, Lei nº 9.613/98) mais relevantes.
O primeiro ponto que merece destaque diz respei-
Apuração de infrações to à competência. Os crimes de lavagem, via de regra,
são de competência da Justiça Estadual.
Excepcionalmente, a competência será da Justiça
Identicação de Autores, Coautores e Partícipes Federal, nas hipóteses do inciso III do art. 2°, quais
sejam:
Localização dos Bens, Direitos ou Valores
Valores
z Crimes praticados contra o sistema nanceiro e a
Colaborando, o indivíduo tem a possibilidade de ordem econômico-nanceira;    S
   O
   I
obter os seguintes benefícios (“prêmios”; daí se cha- z  Crimes praticados em detrimento de bens, serviços    R
ou interesses da União ou de suas entidades autár-     Á
mar de colaboração premiada).    C
quicas ou empresas públicas;    N
   A
z  Benefícios ao colaborador na lavagem de z  Quando a infração penal antecedente for de com-    B
petência da Justiça Federal.    S
dinheiro (art.
dinheiro (art. 1º, § 5º, Lei nº 9.613/98)    O
   T
   N
Por sua vez, o art. 4º prevê a possibilidade de o juiz,    E
Diminuição da pena de 1 a 2/3 e xação de ofício, a requerimento ou mediante represen-    M
   I
 do regime inicial aberto ou semiaberto    C
tação do delegado de polícia (ouvido o Ministério    E
   H
Público), desde
Público),  desde que haja indícios sucientes de infra-
infra -    N
Substituição da pena privativa de    O
ção penal, decretar, em 24 horas, medidas assecura-    C
libertada por pena restritiva de direitos
tórias de bens direitos ou valores do investigado
ou acusado,
acusado, ainda que estejam em nome de terceiros,
Perdão judicial (causa extintiva
se constituam instrumento, produto ou proveito dos
de punibilidade)
crimes de lavagem ou de crimes antecedentes. 303

As medidas assecuratórias são aquelas que asse- § 2º Os instrumentos do crime sem valor econômi-

guram o direito
pecuniária do ofendido
do criminoso. e a responsabilização
As medidas assecuratórias co cuja perda
decretada em inutilizados
serão favor da União
ou ou do Estado
doados for
a museu
possíveis são o sequestro, a hipoteca legal e o arresto. criminal ou a entidade pública, se houver interesse
na sua conservação.
Medidas Assecuratórias
O art. 7º estabelece, como efeito da condenação,
z  Sequestro: a perda de todos os bens e valores ligados direta ou
indiretamente aos crime de lavagem, preservando o
É a decisão judicial, bem como a consequente direito do lesado ou terceiro de boa-fé. Por exemplo,
retenção por depósito da coisa litigiosa em mãos de se o crime antecedente for um roubo, o bem ou valor
terceiros estranhos à lide, com o m de preservar o é devolvido ao legítimo dono.
direito sobre ela (Mirabete). O dispositivo estabelece, ainda, que, se os condena-
Na esfera penal, o sequestro é a retenção de bem dos forem funcionários públicos ou diretores, mem-
imóvel ou móvel, havido com os proventos da infra- bros de conselho de administração ou de gerente das
ção, com o m de assegurar as obrigações civis deste pessoas jurídicas elencadas no art. 9º (Bolsa de Valo-
- (Magalhães Noronha). res, seguradoras, administradoras de cartão de crédi-
to, empresas de leasing  etc),
 etc), estes carão interditados
z  Hipoteca Legal: de exercerem
tempo da penaseus cargos
privativa deou funçõesimposta. 
liberdade pelo dobro
imposta.  de
Art. 134 A
134 A hipoteca legal sobre os imóveis do indi- Vamos fazer alguns exercícios agora?
ciado poderá ser requerida pelo ofendido em qual-
quer fase do processo, desde que haja certeza da CIRCULAR 3.978/2020
infração e indícios sucientes da autoria.
A presente circular lista procedimentos de com-
O dispositivo recai sobre os bens imóveis e serve  pliance, ou seja, de controles internos para que se
 pliance,
para assegurar a reparação do dano. previna o crime de lavagem de dinheiro.
dinheiro. De maneira
geral, temos que a circular:
z  Arresto:
 Dispõe sobre a  política, os procedimentos e os
Art. 137 
137  Se o responsável não possuir bens imó-
veis ou os possuir de valor insuciente, poderão
controles internos a
internos a serem adotados pelas insti-
ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, tuições autorizadas a funcionar pelo Banco
B anco Central
nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos do Brasil visando à prevenção da utilização do
imóveis. Recai sobre o patrimônio lícito ou ilíci- sistema nanceiro para a prática dos crimes
to do sujeito
sujeito e tornam indisponível. Ou seja, se o de “lavagem”   ou ocultação de bens, direitos e
investigado com o lucro obtido por meio da prática valores de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de
de crime de contrabando, adquiriu um veículo, este 1998, e de nanciamento do terrorismo, previsto na
 pode ser sequestrado.
sequestrado.    Lei nº 13.260, de 16 de março
março de 2016.

EFEITOS DA CONDENAÇÃO Lembre-se de que todas as instituições autori-


zadas a funcionar pelo Banco Central devem adotar
O art. 7º estabelece alguns efeitos da condenação esta circular. Trata-se de uma circular extensa, com
por crimes de lavagem, além dos que constam no muito detalhamento técnico. Nosso objetivo neste
Código Penal: tópico será extrair desse documento os pontos que
mais acreditamos que possam ser cobrados em prova.
Art. 7º 
7º  São efeitos da condenação , além dos Então, vamos lá:
 previstos no Código
Código Penal:
Penal:
 I - a  perda , em favor da União - e dos Estados, Art. 1º 
1º  Esta circular dispõe sobre a política, os
nos casos de competência da Justiça Estadual -, de  procedimentos e os controles internos a serem
todos os bens, direitos e valores relacionados, adotados pelas instituições autorizadas a fun-
direta ou indiretamente, à prática dos crimes cionar pelo Banco Central do Brasil visando
Brasil visando à
 previstos nesta Lei , , inclusive aqueles utilizados  prevenção da utilização do sistema nanceiro
nanceiro para
 para prestar
lesado a ança, de
ou de terceiro ressalvado
boa-fé  ; o direito do a prática dos crimes de “ lavagem”
lavagem” ou ocultação
ocultação  
de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº
 II - a interdição do exercício de cargo ou fun- 9.613, de 3 de março de 1998, e de  nanciamento
ção pública de
pública de qualquer natureza e de diretor, de do terrorismo , previsto na Lei nº 13.260, de 16 de
membro de conselho de administração ou de março de 2016.
 gerência das pessoas jurídicas referidas no art. circular,, os cri -
 Parágrafo único. Para os ns desta circular
9º,
º, pelo
 pelo dobro do tempo da pena privativa de mes referidos no caput serão denominados generi-
liberdade aplicada. camente “lavagem de dinheiro” e “nanciamento
§ 1º A União e os Estados, no âmbito de suas com- do terrorismo”.
 petências, regulamentar
regulamentarão
ão a forma de destinação
dos bens, direitos e valores cuja perda houver sido
declarada, assegurada, quanto aos processos de POLÍTICA DE PREVENÇÃO
competência da Justiça Federal, a sua utilização
 pelos órgãos federais encarregados da prevenção, Art. 2º 
2º  As instituições mencionadas no art. 1º
do combate, da ação penal e do julgamento dos cri- devem implementar e manter política formulada
mes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de com base em princípios e diretrizes que busquem
competência da Justiça Estadual, a preferência dos  prevenir a sua utilização para as práticas de lava-
304 órgãos locais com idêntica função.  gem de dinheiro e de nanciamento
nanciamento do terrorismo.

A política de prevenção ao crime de lavagem de AVALIAÇÃO


AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO
dinheiro, de acordo com o parágrafo único do art. 2º
desta Circular, deve ser adequada ao perl: Art. 10 As
10 As instituições referidas no art. 1º devem
realizar avaliação interna com o objetivo de iden-
z  Dos clientes, da instituição e dos funcionários, par- ticar e mensurar o risco de utilização  de
ceiros e prestadores; seus produtos e serviços na prática da lavagem de
z  Das operações, transações, produtos e serviços. dinheiro e do nanciamento do terrorismo.
z  Resumidamente, essa política de prevenção deve
contemplar, conforme disposição do art. 3º: Sem segredos, a avaliação interna:
z  Diretrizes para denir responsabilida des, proce-
responsabilidades
z  Deve considerar o perl das operações e das pes-
pes -
dimentos, avaliação interna do risco, promoção da
cultura organizacional, seleção correta de funcio- soas envolvidas;
z  Deve ser documentada e aprovada;
nários etc.;
z  As categorias de risco devem ser denidas para
z  Diretrizes para implementar procedimentos 
procedimentos  de
maior possibilidade de mitigação;
coleta, vericação, registro, monitoramento, comu-
comu-
z  Pode
Pode  ser realizada de forma centralizada
forma  centralizada em
 em ins-
nicação ao Conselho de Controle de Atividades
tituição do conglomerado prudencial e do sistema
Financeiras (COAF), entre outras.
cooperativo de crédito, nos termos do art. 11.
Segundo o inciso III do art. 3º, é necessário o com-
com - PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER OS
prometimento da alta administração com
administração com a efetivi- CLIENTES
dade e a melhoria contínua da política.
De acordo com o art. 4º, admite-se a adoção de polí- Art. 13 13  As instituições mencionadas no art. 1º
tica de prevenção à lavagem de dinheiro e ao nan- nan- devem implementar procedimentos destinados a
ciamento do terrorismo única única   por conglomerado conhecer seus clientes, incluindo procedimentos
prudencial e por sistema cooperativo de crédito. Essa que assegurem a devida diligência na sua identi-
política de prevenção deve ser: cação , qualicação e classicação 
§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem ser
z  Documentada, aprovada pelo Conselho ou Direto- compatíveis com:
ria e mantida atualizada;  I - o perl de risco do cliente, contemplando medi -
z  Divulgada aos envolvidos em linguagem das reforçadas para clientes classicados em cate -
compreensível.  gorias de maior risco, de acordo com a avaliação
interna de risco referida no art. 10;
Nos termos literais dos arts. 6º e 7º:  II - a polí
política
tica de prev
prevençã
ençãoo à lav
lavagem
agem de din
dinheir
heiroo e ao
 nanciame
 nanciamento
nto do terro
terrorism
rismo
o de que trat
trata
a o art.
art. 2º;
2º; e
Art. 6º A
6º A política referida no art. 2º deve ser divul-  III - a ava
avaliaç
liação
ão inte
interna
rna de risc
riscoo de
de que
que trat
trataa o art. 10.
 gada aos funcionários da instituição, parceiros e
 prestadores de serviços terceirizados, mediante lin-lin- É importante notar que os procedimentos devem
 guagem clara
clara e acessível, em
em nível de detalhamento
detalhamento ser formalizados em manual especíco, que deve ser
compatível com as funções desempenhadas e com a aprovado pela diretoria da instituição e mantido atua-
sensibilidade das informações. lizado, de acordo com os parágrafos 2º e 3º do art. 13.
Art. 7º A
7º A política referida no art. 2º deve ser:
 I - documentada;
documentada; Identicação dos Clientes
 II - aprovada
aprovada pelo conselho de administraç
administraçãoão ou, se
inexistente, pela diretoria da instituição; e Art. 16 As
16 As instituições referidas no art. 1º devem
 III - mantida atualizada. adotar procedimentos de
identicação que permitam vericar e validar a
DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À identidade do cliente.
LAVAGEM
LAVAGEM DE DINHEIRO
DINHE IRO § 1º Os procedimentos referidos no caput devem
incluir a obtenção, a vericação
e a validação da autenticidade de informações de
Art. 8º As
8º As instituições mencionadas no art. 1º devem
identicação do cliente, inclusive, se    S
dispor de estrutura de
rar o cumprimento dagovernança visando
política referida noaart.
assegu-
2º e necessário, mediante confrontação dessas infor-    O
   I
   R
mações com as disponíveis em bancos de dados de     Á
dos procedimentos e controles internos de preven- caráter público e privado.    C
ção à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do    N
§ 2º No processo de identicação do cliente devem    A
terrorismo previstos nesta circular.
circular.    B
ser coletados, no mínimo:    S
 I - o nome completo , o endereço residencial e
residencial e o    O
   T
Dica número de registro no Cadastro    N
   E
de Pessoas Físicas ( CPF 
CPF  ), no caso de pessoa
de  pessoa natu-    M
Governança tem a ver com boas práticas ral ; ; e
   I
   C
administrativas.    E
 II - a  rma ou denominação social , , o endereço    H
da sede e o número
o número de registro no    N
   O
As instituições devem indicar formalmente ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ  ),    C
Banco Central do Brasil diretor responsável,
responsável, nos ter- no caso de pessoa
de pessoa jurídica.
jurídica.
mos do art. 9º. Esse diretor pode
pode desempenhar
 desempenhar outras
funções na instituição, contanto que isso não gere Se o cliente for do exterior, desobriga-se o CPF. Se a
conito de interesses. empresa for com sede no exterior, desobriga-se o CNPJ. 305

Qualicação dos Clientes Identicação e da Qualicação do Beneciário Final

Art. 18 
18  As instituições mencionadas no art. 1º Art. 24 Os procedimentos de qualicação do cliente
devem adotar procedimentos que permitam quali-  pessoa jurídica
jurídica devem
devem incluir
incluir a análise da cadeia
cadeia de
de
 car seus clientes por meio da coleta, vericação e  participação societária até a identicação da pes-
validação de informações, compatíveis com o perl soa natural caracterizada como seu beneciário
de risco do cliente e com a natureza da relação de  nal ,
 , observado o disposto no art.
art. 25. [...]
negócio.
É também considerado beneciário nal o repre-
repre -
As instituições deverão avaliar sempre: sentante, inclusive o procurador e o preposto, que
exerça o comando sobre as atividades da pessoa jurí-
z  A capacidade nanceira do cliente; dica. Esse procedimento não
não é é necessário em relação
z  O perl de risco. às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de com-
panhia aberta ou entidade sem ns lucrativos e as  as  
A qualicação do cliente deve ser reavaliada e cooperativas..
cooperativas
sempre atualizada.
Art. 25 As
25 As institu
instituições
ições mencio
mencionadas
nadas no art. 1º devem
z  Pontos de Atenção na Qualicação estabelecer valor mínimo de referência de participa-
ção societária para a identicação de beneciário
 nal.
Nos termos
licação devemdo art. 19,
incluir os procedimentos
a vericação de qua-
da condição do § 1º o valor mínimo de referência de partici-
cliente como:  pação societária
societária de que trata o caput deve ser
estabelecido com base no risco e não pode ser
superior a 25% (vinte e cinco por cento), consi-
  Pessoa politicamente exposta:
exposta: Detentores de derada, em qualquer caso, a participação dire-
mandato, ocupantes de cargos de natureza espe- ta e a indireta.
cial, tais como ministros e altas autoridades § 2º o valor de referência de que trata o caput
públicas; deve ser justicado e documentado no manual
  Familiar
Familiar:: Parentes até o segundo grau;
grau; de procedimentos referido
referido no art. 13, § 2º.
  Estreito colaborador:
colaborador: Pessoa conhecida por
ter qualquer tipo de estreita relação com pessoa Qualicação como Pessoa Exposta Politicamente
exposta politicamente.
Art. 27 As
27 As instituições mencionadas no art. 1º devem
Para esses clientes, devem ser adotados procedi- implementar procedimentos que permitam quali-
mentos de qualicação compatíveis com sua condição. car seus clientes como pessoa exposta politicamente.

Classicação dos Clientes Consideram-se pessoas expostas politicamente, entre


Art. 20 
20  As instituições mencionadas no art. 1º outros:
devem classicar seus clientes nas categorias de Art. 27 [...]
27 [...]
risco denidas na avaliação interna de risco men - § 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente:
cionada no art. 10, com base nas informações obti-  I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes
das nos procedimentos de qualicação do cliente  Executivo e Legislativo
Legislativo da União;
referidos no art. 18.  II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da
 Parágrafo único. A classicação mencionada no União, de:
caput deve ser: a) Ministro de Estado ou equiparado;
 I - realizada com base no perl de risco do cliente e b) Natureza Especial ou equivalente;
na natureza da relação de negócio; c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalen-
 II - revista sempre que houver alterações no per- tes, de entidades da administração pública indireta; e
 l de risco do cliente e na natureza da relação de d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores
negócio. (DAS), nível 6, ou equivalente;
 III - os membros do Conselho Nacional de Justi-
As instituições devem classicar seus clientes: ça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos
z  Nas categorias de risco denidas na avaliação Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais
interna de risco;  Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Jus-
z  Usando como base as informações obtidas nos pro- tiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;
cedimentos de qualicação.  IV - os membros do Conselho Nacional do Minis-
tério Público, o Procurador-Geral da República, o
Essa classicação deve ser revista sempre que Vice-Procurador-Geral
Vice-Procura dor-Geral da República, o Procurador-
-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça
houver alterações no perl do cliente.  Militar,, os Subprocurador
 Militar Subprocuradores-Gerais
es-Gerais da República e
Segundo o art. 23, é vedado
vedado   às instituições iniciar os Procuradores Gerais de Justiça dos Estados e do
relação de negócios sem que os procedimentos de iden-  Distrito Federal;
Federal;
ticação e de qualicação do cliente estejam concluídos. V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Pro-
Admite-se, por um período máximo de 30 dias, dias, o curador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Minis-
início da relação de negócios em caso de insuciên-
insuciên - tério Público junto ao Tribunal de Contas da União;
cia de informações relativas à qualicação do clien-
clien- VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou
te, desde que não haja prejuízo aos procedimentos de equivalentes, de partidos políticos;
monitoramento e seleção, de acordo com o parágrafo VII - os Governadores e os Secretários de Estado
306 único do mesmo artigo. e do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e

 Distritais, os presidentes, ou equivalentes, de enti- Registro de Operações de Pagamento, Recebimento


dades da administração pública indireta estadual e Transferência de Recursos
e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça,
Tribunais Militares, Tribunais de Contas ou equiva- Art. 30 No
30 No caso de operações relativas a pagamen-
lentes dos Estados e do Distrito Federal; e tos, recebimentos e transferências de recursos, por
VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários meio de qualquer instrumento, as instituições refe-
 Municipais, os presidentes,
presidentes, ou equivalentes, de enti- ridas no art. 1º devem incluir nos registros men-
dades da administração pública indireta municipal cionados no art. 28 as informações necessárias à
e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equiva- identicação da origem e do destino dos recursos.
lentes dos Municípios.
§ 2º São também consideradas expostas politica- As instituições devem incluir nos registros:
mente as pessoas que, no exterior  , sejam:
 I - chefes de estado
estado ou de governo; z  Identicação da origem;
 II - políticos de escalões
escalões superiores; z  Identicação do destino dos recursos.
 III - ocupantes de cargos governamentais de esca-
lões superiores; § 3º Para ns do cumprimento do disposto no caput,
 IV - ociais-generais e membros de escalões supe- devem ser incluídas no registro das operações, no
riores do Poder Judiciário; mínimo, as seguintes informações, quando couber:
V - executivos de escalões superiores de empresas  I - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ
 públicas; ou do remetente ou sacado;
VI - dirigentes de partidos políticos.  II - nome e número de inscrição
inscrição no CPF ou no CNPJ
CNPJ
do recebedor ou beneciário;
REGISTRO DE OPERAÇÕES  III - códigos de identicação, no sistema de liquida-
ção de pagamentos ou de transferência de fundos,
Disposições Gerais das instituições envolvidas na operação; e
 IV - números das dependências e das contas envol-
As instituições devem manter registros de todas vidas na operação
as operações realizadas, produtos e serviços contrata-
dos, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, Registro das Operações em Espécie
recebimentos e transferências de recursos, nos ter-
mos do art. 28 desta Circular: Art. 33 
33  No caso de operações com utilização de
recursos em espécie de valor individual superior
a r$2.000,00 (dois mil reais), as instituições referi-
Art. 28 [...]
das no art. 1º devem incluir no registro, além das
§ 1º os registros referidos no caput devem conter,
informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o
no mínimo, as seguintes informações sobre cada respectivo número de inscrição no cpf do portador
operação::
operação
 I - tipo; dos recursos.
Art. 34 No caso de operações de depósito ou apor-
34 No
 II - valor,
valor, quando aplicável;
aplicável; te em espécie de valor individual igual ou superior
 III - data de realização; a r$50.000,00 (cinquenta mil reais), as instituições
 IV - nome e número de inscrição no cpf ou no cnpj referidas no art. 1º devem incluir no registro, além
do titular e do beneciário da operação, no caso de das informações previstas nos arts. 28 e 30:
 pessoa residente ou sediada no país;
país; e  I - o nome
nome e o res
respec
pectiv
tivoo núme
númeroro de ins
inscri
crição
ção no cpf ou
V - canal utilizado. no cnpj, conforme o caso, do proprietário
p roprietário dos recursos;
 II - o nome e o respectivo número de inscrição no
Registro de Operações Envolvendo Pessoa do cpf do portador dos recursos; e
Exterior  III - a origem dos recur
recursos
sos deposit
depositados
ados ou aporta
aportados.
dos.

Art. 28 
28 [...] Segundo o parágrafo único do art. 34, na hipótese
§ 2º No
2º No caso de operações
operações envolvendo pessoa natu- de recusa do cliente ou do portador dos recursos em
ral residente no exterior desobrigada de inscrição prestar a informação, a instituição deve registrar o
no cpf, na forma denida pela secretaria da receita fato e utilizar essa informação nos procedimentos de    S
 federal do brasil, as instituições devem incluir no    O
   I
monitoramento.    R
 Iregistro
- nome;as seguintes informações: Art. 35 
35  No caso de operações de saque, inclusi-
    Á
   C
   N
 II - tipo e número do
do documento
documento de viagem e respec- ve as realizadas por meio de cheque ou ordem de    A
   B
tivo país emissor; e  pagamento, de valor individual igual ou superior    S
 III - organismo internacional de que seja represen- a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as instituições    O
   T
tante para o exercício de funções especícas no referidas no art. 1º devem incluir no registro, além    N
   E
 país, quando for o caso.
caso. das informações previstas nos arts. 28 e 30:    M
   I
§ 3º No
3º  No caso de operações envolvendo pessoa jurí-  I - o nome e o respectivo número de inscrição no    C
   E
dica com domicílio ou sede no exterior desobrigada CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do destinatário    H
de inscrição no cnpj, na forma denida pela secre - dos recursos;    N
   O
taria da receita federal do brasil, as instituições  II - o nome e o respectivo número de inscrição no    C
devem incluir no registro as seguintes informações: CPF do portador dos recursos;
 I - nome da empresa;
empresa; e  III - a nalidade do saque; e
 II - número de identicação ou de registro da  IV - o número do protocolo
protocolo referido no art.
art. 36, § 2º,
empresa no respectivo país de origem. inciso II  307

Perceba que saques de grande valor podem indi- de indícios de lavagem de dinheiro ou de nancia-
car operações suspeitas, daí a necessidade de registro mento do terrorismo, inclusive:
das operações. Os saques de grande valor também a) as operações realizadas ou os serviços presta-
não possuem a obrigatoriedade de estarem disponí- dos que, por sua habitualidade, valor ou forma,
veis de imediato nos bancos; dessa forma, deve haver congurem artifício que objetive burlar os proce -
solicitação de provisionamento com,
provisionamento com, no mínimo, 3 dimentos de identicação, qualicação, registro,
dias úteis de antecedência,
antecedência, das operações de valor monitoramento e seleção previstos nesta Circular;
igual ou superior a R$ 50.000,00. b) as operações de depósito ou aporte em espécie,
saque em espécie, ou pedido de provisionamento
As instituições devem:  para saque que apresentem indícios de ocultação
ou dissimulação da natureza, da origem, da locali-
Art. 36 [...] zação, da disposição, da movimentação ou da pro-
 I - possibilitar a solicitação de provisionamento
provisionamento por  priedade de bens, direitos
direitos e valores;
valores;
meio do sítio eletrônico da instituição na internet e c) as operações realizadas e os produtos e serviços
das agências ou Postos de Atendimento; contratados que, considerando as partes e os valo-
 II - emitir protocolo
p rotocolo de atendimento ao cliente ou res envolvidos, apresentem incompatibilidade com
ao sacador não cliente, no qual devem ser infor- a capacidade nanceira do cliente, incluindo a ren -
mados o valor da operação, a dependência na qual da, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no
deverá ser efetuado o saque e a data programada caso de pessoa jurídica, e o patrimônio;
 para o saque; e d) as operações com pessoas expostas politica-
 III - registrar
registrar,, no ato da solicitação de provisiona-
mento, as informações indicadas no art. 35, confor- mente de nacionalidade brasileira e com represen-
me o caso. tantes, familiares
 pessoas ou estreitos
mente; colaboradores de
expostas politicamente;
politica
Atenção: é vedado postergar saques em espécie de e) as operações com pessoas expostas politicamen-
contas de depósitos à vista de valor igual ou inferior a te estrangeiras;
R$5.000,00, admitida a postergação para o expediente  f) os clientes e as operações em relação aos quais
seguinte de saques de valor superior ao estabelecido. não seja possível identicar o beneciário nal;
 g) as operações oriundas
oriundas ou destinadas
destinadas a países ou
MONITORAMENTO, SELEÇÃO E ANÁLISE DE
MONITORAMENTO, territórios com deciências estratégicas na imple -
OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS mentação das recomendações do Grupo de Ação
 Financeira (Ga);
As instituições devem implementar procedimen- h) as situações em que não seja possível manter
tos de monitoramento, seleção e análise de operações atualizadas as informações cadastrais de seus
e situações com o objetivo de identicar e dispensar clientes; e
especial atenção às suspeitas de lavagem de dinhei-  II - as operações e situações que possam indicar
ro e de nanciamento do terrorismo, nos termos do suspeitas de nanciamento do terrorismo.
caput do
caput  do art. 38. Lembre-se de que operações suspei-
suspei -
tas requerem maior atenção. Em suma, podemos destacar que as instituições
Os procedimentos devem: devem implementar
que possam procedimentos
indicar suspeitas, em operações
especialmente:
Art. 38 [...]
 I - ser compatíveis com a política
a política de prevenção
z  Operações atípicas
atípicas   que envolvam valor suspeito
à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do
terrorismo de
terrorismo  de que trata o art. 2º; ou forma de operacionalização suspeita, tais como
 II - ser denidos com ba se na  avaliação interna
c om base depósitos e saques fracionados;
de risco de
risco de que trata o art. 10; z  Operações de depósito ou saque em espécie que
 III - considerar a a  condição de pessoa exposta apresentem indícios de ocultação
ocultação  ou dissimulação
dissimulação;;
 politicamente , nos termos do art. 27, bem como z  Operações com pessoas expostas politicamente 
politicamente 
a condição de representante, familiar ou estreito
colaborador da pessoa exposta politicamente, nos de nacionalidade brasileira e estrangeira;
termos do art. 19; e z  Clientes e operações em relação aos quais nãonão seja
 seja
 IV - estar descritos em manual especíco , apro- possível identicar o beneciário nal;
vado pela diretoria da instituição. z  Operações oriundas ou destinadas a países ou
territórios com deciências estratégicas na imple-
imple -
Monitoramento e Seleção de Operações e Situações mentação das recomendações do Grupo de Ação
Suspeitas Financeira (Ga).
Financeira  (Ga).
Existem diversos procedimentos que as institui- O período para a execução dos procedimentos de
ções devem implementar. Essas hipóteses estão elen- monitoramento e de seleção das operações e situações
cadas no art. 39 desta Circular. Vejamos o dispositivo
na íntegra: suspeitas não pode exceder o prazo de 45 dias, contados a
partir da data de ocorrência da operação ou da situação.
Art. 39 
39  As instituições referidas no art. 1º devem Todas as instituições, nos termos do art. 40, devem
implementar procedimentos de monitoramento e sele- assegurar que os sistemas utilizados no monitoramento
ção que permitam identicar operações e situações e na seleção de operações e situações suspeitas conte-
que possam indicar suspeitas de lavagem de dinheiro nham informações detalhadas das operações. As institui-
e de nanciamento do terrorismo, especialmente: ções também devem manter documentação detalhada
 I - as operações realizadas e os produtos e ser- Os procedimentos de monitoramento e seleção
viços contratados que, considerando as partes
envolvidas, os valores, as formas de realização, os podem ser realizados de forma centralizada
centralizada em
 em insti-
instrumentos utilizados ou a falta de fundamento tuição do conglomerado prudencial e do sistema coo-
308 econômico ou legal, possam congurar a existência perativo de crédito.

Procedimentos de Análise de Operações e Situações


Situ ações Art. 53 As
53 As comunicações referidas nos arts. 48 e 49
Suspeitas devem especicar, quando for o caso, se a pessoa
objeto da comunicação:
Art. 43 As
43 As instituições referidas no art. 1º devem  I - é pessoa exposta politicamente ou representante,
representante,
 familiar ou estreito
estreito colaborador
colaborador dessa pessoa;
implementar procedimentos
ções e situações selecionadasdepor
análise
meio das
dos opera-
proce-  II - é pessoa que, reconhecida
reconhecidamente,
mente, praticou ou
dimentos de monitoramento e seleção de que trata tenha intentado praticar atos terroristas ou deles
o art. 39, com o objetivo de caracterizá-las ou não  participado ou facilitado
facilitado o seu cometimento;
cometimento; e
como suspeitas de lavagem de dinheiro e de nan -  III - é pessoa que possui ou controla, direta
direta ou indi-
ciamento do terrorismo. retamente, recursos na instituição, no caso do inci-
so II.
Esquematicamente:
As instituições que não tiverem efetuado comu-
z  As instituições devem implementar procedimentos nicações ao Coaf em cada ano civil deverão prestar
de análise das operações e situações selecionadas declaração, até dez dias úteis após o encerramento do
por meio dos procedimentos de monitoramento e referido ano, atestando a não ocorrência de operações
seleção. O prazo para essa análise é de 45 dias con-
dias con- ou situações passíveis de comunicação.
tados da operação;
z  É vedada
vedada a  a contratação de terceiros para a reali- PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER
zação da análise. FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS
PARCEIROS E PRESTADORES
PR ESTADORES DE
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO AO COAF
Art. 56 
56  As instituições mencionadas no art. 1º
Art. 48 
48  As instituições referidas no art. 1º devem devem implementar procedimentos destinados a
comunicar ao Coaf as operações ou situações sus- conhecer seus funcionários, parceiros e prestado-
 peitas
 peitas de lavagem
lavagem de dinhei
dinheiro
ro e de nanciam
nanciamento
ento do res de serviços terceirizados, incluindo procedi-
terrorismo. mentos de identicação e qualicação.
§ 1º A decisão de comunicação da operação ou
situação ao Coaf deve: Nos termos do art. 60, as instituições, na celebração
 I - ser fundamentad
fundamentadaa com base nas informações
contidas no dossiê mencionado no art. 43, § 2º; de contratos com terceiros não sujeitos à autorização
 II - ser registrada de forma detalhada no dossiê para funcionar do Banco Central do Brasil, participan-
mencionado no art. 43, § 2º; e tes de arranjo de pagamento do qual a instituição tam-
 III - ocorrer até o nal do prazo de análise referido bém participe, devem:
no art. 43, § 1º.
§ 2º A comunicação da operação ou situação Art. 60 [...]
60 [...]
suspeita ao Coaf deve ser realizada até o dia útil  I - obter informações sobre
sobre o terceiro que permitam
seguinte ao da decisão de comunicação. compreender a natureza de sua atividade e a sua
reputação;
 II - vericar se o terceiro foi objeto de investigação
O prazo
45 dias referido no
da operação. inciso III do da
A comunicação art.operação
48 será de
ou ou de ação de autoridade supervisora relacionada
situação suspeita ao Coaf deve ser realizada até o dia com lavagem de dinheiro ou com nanciamento do
útil seguinte ao
seguinte ao da decisão de comunicação. terrorismo;
institui-
 III - certicar que o terceiro tem licença do institui
Comunicação de Operações em Espécie dor do arranjo para operar, quando for o caso;
 IV - conhecer os controles adotados pelo terceiro
Art. 49 
49  As instituições mencionadas no art. 1º relativos à prevenção à lavagem de dinheiro e ao
devem comunicar ao Coaf:  nanciamento do terrorismo; e
 I - as operações de depósito ou aporte em espécie V - dar ciência do contrato ao diretor mencionado
ou saque em espécie de valor igual ou superior a no art. 9º.
r$50.000,00 (cinquenta mil reais);
 II - as operações relativas a pagamentos, recebi- DISPOSIÇÕES FINAIS
mentos e transferências de recursos, por meio de
qualquer instrumento, contra pagamento em espé- As disposições nais estão dispostas no capítu-
capítu-
cie, de valor igual ou superior a r$50.000,00 (cin-    S
lo XII desta circular nº 3.078. Podemos sintetizar as    O
   I
quenta mil reais); e informações mais importantes nos itens seguintes:    R
 III - a solicitação
solicitação de provisionamento
provisionamento de saques em     Á
   C
espécie de valor igual ou superior a r$50.000,00 z  Percebe-se que toda a circular é repetitiva no sen-    N
   A
(cinquenta mil reais) de que trata o art. 36.    B
tido de que os procedimentos devem ser contro-    S
lados sempre para evitar
evitar   as ocorrências que a    O
Dica circular se destina a prevenir;    T
   N
   E
A Circular deixa como “gatilho” o valor de R$ z  Devem ser adotadas medidas de avaliação
avaliação da
 da efe-    M
   I
50.000,00 em variadas situações. tividade dos controles previstos nesta circular.    C
   E
   H
A comunicação da operação ou situação suspeita CIRCULAR 4.001/2020    N
   O
ao Coaf deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da    C
ocorrência da operação. As comunicações alteradas Esta é uma circular de texto repetitivo, pois trata-
ou canceladas após o quinto dia útil seguinte ao da -se de uma lista de operações e situações que podem
sua realização devem ser acompanhadas de justica-
justica- congurar indícios de ocorrência dos crimes de “lava-
“lava-
tiva da ocorrência. gem” ou ocultação de bens, direitos e valores. 309

Esta circular possui apenas dois artigos, sendo o art. z  Oferecimento de informação falsafalsa   ou de difícil
1º responsável por listar as operações e situações descri- vericação;
tas acima. Não é interessante incluir todas as disposições z  Abertura, movimentação de contas ou realização
do artigo; deste modo, selecionamos as mais pertinentes de operações por detentor de procuração
procuração   ou de
para sua prova e a simplicamos, sem que se perca o sen-
sen- qualquer outro tipo de mandato;
tido original e sem suprir as informações necessárias. z  Cadastramento de várias contas em
contas em uma mesma
Por ser uma lista, o mais importante é compreen- data,, ou em curto período, com depósitos de valo-
data
der sua essência, que busca citar quais operações res idênticos ou aproximados;
podem ser consideradas suspeitas, entendendo que a z  Operações em que não seja possível identicar o
“relação” apresentada na circular é exemplicativa. beneciário nal;
z  Incompatibilidade da
Incompatibilidade  da atividade econômica ou fa-
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES turamento informados com o padrão apresentado
EM ESPÉCIE COM A UTILIZAÇÃO DE CONTAS DE por clientes com o mesmo perl.
DEPÓSITOS OU PAGAMENTO
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES DE
z  Depósitos atípicos
atípicos em
 em relação à atividade econô- INVESTIMENTO NO PAÍS
mica do cliente ou incompatíveis
incompatíveis com com a sua capa-
cidade nanceira; z  Operações ou conjunto de operações de compra ou
z  Movimentações em espécie por clientes que nor- de venda de ativos nanceiros a preços incompa-
malmente não depositam em espécie;
espécie; tíveis com
tíveis com os praticados no mercado;
z  Fragmentação   de depósitos, saques em espécie,
Fragmentação z  Operações atípicas
atípicas   que resultem em elevados
que possam burlar
burlar o
 o valor total da operação; ganhos para os agentes intermediários, em despro-
z  Depósitos ou aportes em espécie em contas de clien- porção com a natureza dos serviços efetivamente
tes que exerçam atividade comercial relacionada prestados;
com negociação de bens de luxo ou ou alto
 alto valor;
valor; z  Investimentos signicativos em produtos de baixa
baixa  
z  Depósitos com cédulas em mal
em mal estado de rentabilidade e liquidez;
conservação;;
conservação z  Resgates de investimentos no curtíssimo prazo.
z  Depósitos para troca de grandes quantidades de
cédulas de pequeno valor;
valor; SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES DE
z  Depósitos em espécie relevantes em contas de servi- CRÉDITO NO PAÍS
dores públicos ou
públicos ou pessoas politicamen
politicamente te expostas
expostas..
Operações de crédito relacionam-se a emprés-

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