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• Leitura sf.
• Compreender v.t.d.
• Interpretar v.t.d.
Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é uma
ideia ou um conjunto de ideias expressas através de frases, orações, períodos e parágrafos; com um estilo e
estrutura próprios escritas por um sujeito.
“A leitura não se dá por acesso direto à realidade, mas por intermediação de outros elementos da
realidade”. (Leffa.1996.p10)
A leitura faz com que o leitor tenha acesso a novas experiências e novas informações que ajudam a ampliar
seus conhecimentos intelectuais e sociais.
O texto pode apresentar duas estruturas em sua natureza. A estrutura literária e a não-literária.
• O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras de
linguagem (texto figurado, conotativo), impregnado de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, subjetividade e
pessoalidade.
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Deve-se fazer leitura buscando causar impacto real sobre o ouvinte ou sobre nós mesmos.
O termo COMPREENDER vem de duas palavras latinas “cum” (junto) e “prehendere” (pegar). Compreender
é pegar junto. Atualizando essa definição, temos Compreender = Entender, Perceber, Alcançar com inteligência.
É obter resultado da união da decodificação (domínio dos mecanismos de base; o Bê-A-BÁ) com a
interpretação; é a última etapa do processo de leitura; é a consequência da leitura; é levar em conta os vários
aspectos que ele possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção
do autor; para confirmar este aspecto, o autor se utiliza de um vocabulário próprio para a sua intenção.
Quem lê é chamado de leitor. Leitor é o operador do texto, quem dá vida ao texto, que dá veracidade ao
que está escrito. Um leitor precisa, para fazer leitura: apresentar elementos cultural, linguístico e conhecimento
de mundo.
1. TRADUÇÃO DO CÓDIGO – Decodificação – traduzir a linguagem usada no texto (verbal, não verbal e
mista).
3. REPERTÓRIO CULTURAL – conhecer o assunto do texto, o conteúdo ideológico, o recipiente que o carrega
(gênero textual; tipologia textual; suporte – impresso ou digital)
4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – o gerenciamento da leitura (leitura lenta; em voz alta; releitura; ignorar
momentaneamente palavras desconhecidas, construir paráfrases daquilo que leu).
Para se compreender um texto, é preciso perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e acessórias). As
básicas são percebidas no tópico frasal que vem esplanadas em cadeia; as acessórias aparecem no
desdobramento da ideia básica nos parágrafos subsequentes a fim de discutir e aprofundar o assunto.
Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao texto; mas entender os motivos do autor, perceber sua
ideologia diante daquilo que ele escreve, é encontrar um significado para aquilo que o autor escreve. É ai que
ocorre a interação entre autor e leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de sentidos e intenção
comunicativa; o segundo, lendo, relendo fazendo inferências, comparando e buscando o objetivo do autor.
O termo INTERPRETAR vem do latim “interpes” (pessoa que examinava as entranhas de um animal para ver
o futuro). É extrair um sentido do interior do texto. É o que fazem cartomantes, pitonisas, quiromantes, jogador
de búzios, etc. Quem interpreta, normalmente, atua como se estivesse a desvendar os sentidos do texto.
Quem interpreta é chamado de intérprete. É aquele que se coloca entre duas outras pessoas, de línguas
diferentes para que conhecendo ambas, possa traduzir mensagens.
DICAS DE COMPREENSÃO
A dificuldade está centrada, portanto, em um ponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso comum
o que o texto está sugerindo.
Para isso, é importante que qualquer leitor, pessoa disposta a compreender o texto literário ou o não-
literário tenha, sobretudo, boa vontade e paciência.
1 – A leitura do texto pode, mas não precisa ser silenciosa. Várias vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas
vezes precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não dispomos de muito tempo.
Diante do fator tempo; então leia com o máximo de atenção, procurando identificar a Temática Central.
2 – Identificar o que o enunciado solicita. É muito comum o candidato errar a resposta de uma questão por
não perceber com exatidão, o que o enunciado deseja saber, se a questão é de Compreensão ou de
Interpretação.
- Um ponto muito importante: observe se o enunciado da questão está abordando o texto como um todo ou
se faz referência a apenas uma parte do texto.
NOTA: É muito comum os candidatos se queixarem de que chegam a duas opções e quase sempre acabam
marcando a opção errada.
Se você conseguiu eliminar três das opções, chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas estava certa,
você estava no caminho certo. O que faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou talvez quem sabe, um
pouco mais de habilidade para conseguir perceber as minúcias das duas opções, verificar pelo enunciado se a
questão era de cunho interpretativo ou compreensivo.
Uma vez escolhida a opção tente verificar se nenhuma outra poderia ser aceita.
- Lembre-se de que, às vezes, uma vírgula é suficiente para modificar completamente a significação de uma
frase.
Sempre tenha em mente que o texto literário é, por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer que,
sua significação extrapola uma simples leitura técnica. Para entendê-lo, é preciso, como dito anteriormente,
decodificar as figuras de linguagem.
COMO FAZER ISSO?
Procure perceber se o vocábulo foi usado em seu sentido denotativo (isto é, real, literal) a partir daí, veja se,
naquele contexto, o vocábulo está assumindo uma outra significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu
sentido conotativo (figurado ou literário). Relacione esse vocábulo aos demais que estão a sua volta, na frase, até
que como na montagem de um quebra-cabeça, todas as peças possam se encaixar devidamente. Não é um
processo fácil, mas com prática constante se consegue atingir ótimos resultados.
A compreensão de um texto pode variar muito de leitor para leitor, já que depende do nível de
conhecimento que os leitores possuem armazenado na memória.
PARÁFRASE
Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem
mais longa ou mais curta. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as ideias do texto original. O que se
inclui são comentários, ideias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar
um texto, inclui outras ideias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.
Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor deverá
fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto
apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem
fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e
imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e
precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para
efeito estético na literatura moderna.
Observe:
Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que
substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
PERÍFRASE
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por uma expressão que a caracterize. Nada mais é do
que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
SÍNTESE
A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o
autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensando-se tudo
o que for secundário.
TÓPICO FRASAL
É a menor expressão de palavras que resume de forma abrangente possível a ideia do parágrafo.
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto.
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto.
PRESSUPOSTOS
São ideias que não foram expressas de maneira explícita, mas que podem ser percebidas através de
expressões e palavras contidas no texto.
INTERTEXTUALIDADE
É a relação que se estabelece entre dois textos, isto é, quando um faz referência a palavras já existentes
no outro.
Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir
informações explícitas de pressupostos e subentendidos; distinguir um fato da opinião do autor sobre este
fato; relacionar as informações fornecidas pelo autor com outras informações de momentos distintos do texto;
construir e interpretar o texto através de seus aspectos gráficos verbais e não verbais.
LEMBRETE
01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão generalizada do assunto.
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria das vezes o contexto
lhe dá o significado da palavra.
07. Cuidados com os vocábulos: não correto, correto, incorreto, certo, errada, falso, verdadeiro, exceto e outras
palavras novas, modernas que surgem nas perguntas e que criam dificuldades ao leitor sobre o que se quer.
08. Quando duas alternativas lhe parecerem corretas, procure a mais exata ou a mais completa.
09. Não procure, na resposta, a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre
no contexto do texto lido.
10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não construa uma imagem de algo chato, feio ou indecifrável.
Nossa forma de ver o texto contribui para os resultados de nossa leitura.
11. Leia o título. Ele está repleto de informações sucintas sobre o conteúdo textual. É frequente encontrarmos,
também, texto cujo título só faz sentido após uma leitura cuidadosa e atenta. Portanto, ele não deve ser
desprezado em nenhuma circunstância. 12. O texto deverá ser lido na
íntegra, para que se identifique o seu tipo e o tema. 13. Leia o texto uma segunda vez,
sublinhando o tópico-frasal, a ideia núcleo de cada parágrafo, e fazendo observações à margem.
14. Perceba a relação entre os parágrafos (causa / efeito, adversidade, explicação, etc.). 15.
Para não haver dúvida, leia duas vezes o enunciado da questão. 16.
Normalmente 1/3 das opções traz ideias absurdas, portanto, leia duas vezes cada uma e elimine as
alternativas estapafúrdias. 17. A ideia central (tema) normalmente será encontrada na
introdução ou na conclusão. Logo, não perca tempo. 18. As ideias
argumentativas estão no desenvolvimento, por isso, se a questão pedir os argumentos do autor, vá direto ao
corpo do texto.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
FUNÇÃO EMOTIVA , SUBJETIVA OU EXPRESSIVA– está centrada no EMISSOR (também chamado emissor /
transmissor / codificador / falante). Há exteriorização de suas emoções e sentimentos. CARACTERÍSTICAS:
presente em frases exclamativas, nas interjeições, na 1ª pessoa dos verbos e dos pronomes.
FUNÇÃO CONATIVA – está centrada no destinatário (receptor, decodificador, ouvinte). Há forte apelo
social, daí ser chamada, também, de Função APELATIVA. CARACTERÍSTICAS: aparece nas frases
interrogativas, nas imperativas, nos vocativos, na segunda pessoa dos verbos e dos pronomes. é bastante
usada nas propagandas. O verbo no Imperativo é sua principal marca linguística.
FUNÇÃO POÉTICA – está centrada na FORMA como a mensagem é transmitida. CARACTERÍSTICA: seleção
do vocabulário, conotação, figuras de linguagem; rimas (na poesia), ritmo (na prosa) etc.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA – está centrada no código, na própria linguagem, ou seja, ela se explica e
comenta. CARACTERÍSTICA: palavras que explicam palavras, cinema que fala de cinema, teatro de teatro,
poesia de poesia etc. Observação: quando há dúvida sobre o código e quando se indagar a respeito dele,
também ocorrerá Função Metalinguística. A metalinguagem existirá no momento da explicação.
TEXTOS COMPLEMENTARES
TEXTO A
A sociedade é, em sua maioria, feita de homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na educação,
imaginação e, fundamentalmente, na ação; tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, soluções e emoções
distorcidas; equívocos que tornam a própria evolução do pensar um gesto estático. O que pode um “inocente”
contra o maquiavelismo social? Sim, pois a carência do saber torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se
“disparam” pensamentos predeterminados, conclusões ultrapassadas e ideias equivocadas. Essa afirmação pode
parecer obscura para a maioria das pessoas, pois a concepção de liberdade está ligada à visão de cárcere ou de
escravidão no sentido concreto, e não, à consciência individual do pensar. Muito se tem discutido sobre a
importância da evolução do raciocínio humano, mas o único raciocínio plausível para o combate de tal realidade é
a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem-se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O
resultado da carência dessa atitude está na maioria das mazelas sociais que o homem discute e lamenta,
posicionando-se como prisioneiro delas. Não se trata de reproduzir um pensamento intelectual sem bases
práticas, mas uma afirmação fundamentada nos resultados de eleições, nas práticas profissionais, no
desempenho econômico nacional e principalmente nos resultados pessoais de cada cidadão. Ler é aprender a
decidir, não só tomar uma decisão, mas aprender a conhecer literalmente as consequências dessa decisão; ler é
ganhar experiência, ganhar liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, produzir e evoluir seu próprio ser. É
antecipar-se ao tempo e gerir experiência, transformar futuros e saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria antes
da velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o homem para um melhor viver, sentir e decidir. A leitura
pode fazer do leitor o médico, o professor, o bom gestor público, o bom cidadão. A leitura transforma a estampa
do mundo, pois transforma a maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um mestre do construir, do criar, do
transformar. É compreender parafrasticamente o desejo de Deus, já que ensina o homem a perceber melhor a
paixão e a oportunidade que o milagre da vida representa.
Arnaldo Filho
TEXTO B
“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para
compreender, ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função
essencial”
Miguel Alberto. Uma história de leitura
TEXTO C
A Importância da Leitura
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a
"compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos
cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos,
no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes,
não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato,
interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o
sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão
semântica dos mesmos.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima
de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e
conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa
manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o
leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas,
seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma
Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa
textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua
teia.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem
constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera
e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior
capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -,
experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós
mesmos, já que ela nos leva à reflexão.
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por
curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar
no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido.
Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a
sobrevivência do homem.
Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como
afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se
resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos
do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler.
Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um
vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele,
por sua vez, não deseja desprender-se.
Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal.
TEXTO D
Exercitando
TEXTO I
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).
01. O rompimento do monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse sistema às
necessidades do mercado globalizado.
( ) Certo ( ) Errado
02. Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de
forma global e universal, abrangendo todos os rincões do país.
( ) Certo ( ) Errado
03. Com a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a
exercer controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o modo como as empresas
prestadoras de serviços de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de que
modo o farão.
( ) Certo ( ) Errado
04. Relativamente à adequação do setor de telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial
e de diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de que a administração
privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza
e resultados positivos a esses serviços.
( ) Certo ( ) Errado
05. A substituição de “autônoma” (L.19) por com autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
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E E E C E
TEXTO II
(Tecnologia da Informação-2006-CESGRANRIO-Superior)
Memória
Potencial para o futuro
CLEMENTE, Ana Tereza; VEIGA, Aida. Receitas para a inteligência. Revista Época. 31 out.2005. p.77-78
02. O texto estabelece entre memória/músculo do corpo e memória comum/memória inteligente relações que
se caracterizam, respectivamente, pela:
03. No segundo parágrafo, a opinião do psiquiatra Orestes Forlenza em relação ao tópico frasal (afirmação
inicial):
04. O último parágrafo é fundamentado na opinião de outro autor cuja argumentação estrutura-se basicamente
por:
A) comparação e contraste.
B) exemplificação e pesquisas.
C) definição e dados estatísticos.
D) comprovação e causa e efeito.
E) dados estatísticos e comprovação.
05. Reescrevendo a passagem “A memória sofre influência do humor e da atenção, despertada quando existe
interesse em determinado assunto ou trabalho - ” (l. 11-14), o sentido mantém-se em uma das opções.
Assinale-a.
GABARITO
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B E E A C
TEXTO III
Em Chapecó, Santa Catarina, há duas semanas o Hospital Regional do Oeste descobriu que dois pacientes
graves da UTI, que vieram de outros hospitais da região, estavam contaminados com uma superbactéria.
Rapidamente, testou os outros que estavam ou estiveram na UTI.
“Foram realizados mais de 200 exames microbiológicos para que a gente possa separar aqueles que
estão colonizados pelo germe”, conta Noal.
Nessa varredura, mais seis pacientes contaminados foram isolados. Quatro tiveram alta nos últimos dias.
O perigo aqui é a Acinetobacter baumanii. Em pessoas saudáveis, ela não causa infecção. Mas em doentes que
estão com o sistema imunológico enfraquecido, internados em UTI, que respiram por aparelhos, podem causar
infecção generalizada.
Já foram encontradas aqui todas as bactérias que constam de um alerta da Organização Mundial da
Saúde: elas provocam de pneumonia e diarreia até a gonorreia, uma doença sexualmente transmissível. A OMS
afirma que o uso indiscriminado de antibióticos pode levar a um retrocesso.
Fantástico: A gente pode voltar no tempo e ficar sem antibiótico para combater infecção, com criança
morrendo por pneumonia?
Alberto Chebabo, presidente da Sociedade de Infectologia do RJ: A gente hoje tem infecções em que não
consegue tratar com antibiótico, a gente voltou à era pré-antibiótico em 1950. E existe uma grande chance de,
nos próximos 10, 15 anos, se nada for feito, a gente perder esses antibióticos para tratamento de várias
infecções, de várias bactérias resistentes.
Denise teve uma infecção no seio, chamada de mastite, logo depois que o primeiro filho nasceu. “Eram
dores horríveis, direto. Fiquei mais de um mês tomando antibiótico e não fazia efeito nenhum”, conta ela.
Não fazia efeito porque a bactéria era resistente a antibióticos. Identificada a bactéria, ela teve que fazer
uma cirurgia e remover todo o pedaço infectado na mama. Denise ficou completamente curada. E pôde
amamentar o segundo filho.
“Então a bactéria pode ter resistência a um antibiótico, a dois antibióticos, ou a vários antibióticos e se
tornar uma bactéria difícil de tratar”, explica Chebabo. Trecho de reportagem do Programa Fantástico. Disponível
em: Acesso em: 26 de maio de 2014.
02. De acordo com o texto, algumas bactérias criam resistência a antibióticos quando:
A) não adotamos alguns hábitos de higiene, como lavar as mãos, por exemplo.
B) estamos muito estressados e com o sistema imunológico bastante enfraquecido.
C) os médicos prescrevem o mesmo tipo de antibiótico para vários tipos de infecção.
D) morrem aquelas bactérias boas que vivem no intestino humano e ajudam na digestão.
E) é interrompido o tratamento com antibiótico antes da morte das bactérias mais fortes.
03. É uma característica típica do gênero reportagem que pode ser reconhecida no texto:
A) a expressão de opiniões e sentimentos do autor sobre um determinado tema.
B) a exposição de informações obtidas em estudo e pesquisa sobre o tema tratado.
C) o relato breve e conciso dos fatos que marcaram o dia de uma dada comunidade.
D) a apresentação de normas e instruções que regulam o comportamento em sociedade.
E) a argumentação persuasiva usada pelo autor para convencer o leitor de uma opinião.
D) o uso de uma linguagem erudita e formal, tal como se exige em texto escrito.
E) a utilização de discurso direto com uma referência às pessoas entrevistadas.
05. Em: “A OMS afirma que o uso indiscriminado de antibióticos pode levar a um retrocesso. ” (Sublinhado no
texto), um retrocesso faz alusão:
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D E B E C
TEXTO IV
A alegação de que nunca houve tantos governantes empossados através de algum método de sufrágio,
embora historicamente plausível, apenas ressalta os limites práticos dessa aparente conquista: cálculos
aproximados sugerem que 3,5 bilhões de pessoas (60 por cento da população mundial) ainda vivem sob variadas
5 formas de totalitarismo.
A estimativa parece tolerável porque associada a algumas nações extremamente populosas, com governos
abertamente ditatoriais, ou a redutos de miséria absoluta, institucionalmente rudimentares. Entre a China e o
Burundi, entretanto, existem dezenas de países geopoliticamente relevantes, inclusive potências regionais, cujos
epítetos regimentais escondem realidades pouco alvissareiras para os preceitos democráticos consagrados.
A Índia, república parlamentarista, mantém a estratificação em castas que perpetua desigualdades, não
apenas sociais, mas legais e eleitorais. O vizinho Paquistão é governado pelo general Pervez Musharraf, que se
“elegeu” graças a manobras jurídicas e ao exílio de Benazir Bhutto, sua principal antagonista. O ditador egípcio,
Hosni Mubarak, há mais de duas décadas no poder, controla rigidamente a Suprema Corte e a Comissão Eleitoral.
Os gigantes petrolíferos do Golfo Pérsico nem sequer dissimulam suas autocracias [...]. A África é prodigiosa em
líderes dados à perseguição de opositores [...]. Nos Bálcãs pós-genocídio, o ultranacionalista Partido Radical sérvio
retomou o poder e Kosovo tem como primeiro-ministro um suspeito de crimes de guerra (Ramush Harandinaj).
Há ainda regiões cuja instabilidade desautoriza qualquer simulacro de escolha popular. Iraque, Afeganistão, Haiti
e Sudão, por exemplo, vivem sob guerras civis reais ou iminentes. Nas repúblicas da antiga União Soviética, os
levantes se sucedem, derrubando governos frágeis [...] para substituí-los por outros similares.
A democracia é mais periclitante em nações advindas de longos períodos autoritários que tiveram respaldo
das potências mundiais. O final da guerra Fria provocou uma passagem meramente formal de regimes despóticos
a economias inseridas no mercado globalizado. Para apaziguar tanto o público interno quanto a comunidade
internacional, o sufrágio virou componente legitimador de estruturas sociopolíticas viciosas. A diplomacia
unilateralista dos EUA endossa e agrava tal paradoxo, disseminando uma cantilena pseudolibertária que utiliza os
poderios militar e financeiro ao sabor de conveniências estratégicas. Carente de ameaças que a corroborem, a
ingerência civilizadora insufla uma reação popular que, sob motivações étnicas e religiosas outrora sufocadas,
transforma-se em repúdio e valores identificados como norte-americanos. Eis como o neoconservadorismo,
doutrina da hegemonia estadunidense, locupleta-se do próprio ciclo de intolerância e violência que simula
combater.
(SCALZILLI, Guilherme. As ilusões democráticas. Caros Amigos. São Paulo; Casa Amarela, ano X, n.109, p38, abr. 2006. Edição de
aniversário)
01. Identifique as alternativas verdadeiras.
O texto
I. Analisa a realidade de países que, não obstante serem democráticos, possuem um irrelevante poder
popular.
II. Associa a figura de chefes de governos democráticos à invariável existência de manobras para chegar
e/ou se manter no poder.
III. Desmistifica a ideia de democracia como o sistema de governo predominante na atualidade e o único
capaz de promover o desenvolvimento de uma nação.
IV. Destaca as nações que possuem governos autoritários como aqueles que, do ponto de vista geopolítico
e socioeconômico, transformaram-se em verdadeiras potências regionais.
V. Evidencia o papel diplomático dos Estados unidos na ação civilizadora do mundo, razão pela qual tem
despertado reações populares de variada natureza.
A) I e II
B) II e IV
C) IV e V
D) I, III e IV
E) II, III e V
A) Desconhece o conceito de democracia tal como é apresentado, já que existe muita miséria ao lado da
riqueza em países onde o regime de governo é dito “do povo e pelo povo”.
B) Envereda por outro viés do assunto enfocado, procurando reforçar o ponto de vista que está sendo
defendido.
C) Analisa a realidade específica de alguns países, retificando, quando preciso, informações dadas antes.
D) Vê a possibilidade de difusão crescente dos regimes ditatoriais no mundo contemporâneo.
E) Retoma argumentação dada anteriormente, reforçando-a com novos argumentos.
A) I e II
B) II e V
C) III e V
D) I, IV e V
E) II, III e IV
A) “mais”, em “a mais perigosamente infundada” e “mais”, em “há mais de duas décadas no poder”.
B) “como”, em “como regime de governo contemporâneo por excelência” e “como”, em “Eis como o
neoconservadorismo”.
C) “ainda”, em “cerca de 3,5 bilhões de pessoas [...] ainda vivem” e, “ainda” em “Há ainda regiões”.
D) “para”, em “pouco alvissareiras para os preceitos democráticos consagrados” e, “para”, em “ para
substituí-los por outros similares”.
E) “que”, em “disseminando uma cantilena pseudoliterária que utiliza os poderios militar e financeiro” e
“que”, em “carente de ameaças que corroborem”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
A D E A B E