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[LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO]

Ler é importante para todos


A arte de traduzir e traduzir signos
Leituras de Livros, textos e contos podem ser interpretadas de maneiras diferentes por pessoas
diferentes.

_Em situações formais ou informais sempre precisaremos redigir um texto, um bilhete, uma carta.
_Escrever é como andar de bicicleta, demoráramos, mas pegamos o jeito e mesmo que fiquemos
algum tempo sem andar demoramos um pouco, mas voltamos a aprender.
_Quanto mais variamos a leitura mais nos aproximamos dos vários ramos do saber.
_A importância do ato de escrever: conhecimento e autoconhecimento.
_O texto tem uma delimitação: o branco do papel, a moldura da pintura.
_ O texto é formado por partes que estão articuladas de um modo logico, compondo o texto.
_Um texto é qualquer escrita cujas diferentes partes estão logicamente interligadas.

_Sua característica fundamental é a unidade, o significado de uma parte não é autônomo, pois
depende das outras com quem se relaciona.
_Um texto é um tudo organizado do sentido. Dizer que ele é isso, implica afirmar que o texto é um
conjunto formado por partes secundarias (dependem das outras).
_Um texto é coerente quando trata do começo ao fim do mesmo assunto.
_O assunto é aquilo a que o texto se refere, aquilo que se trata de modo mais geral. Ao escolhermos
o enfoque que daremos ao assunto, estamos delimitando ao tema.

_Outra característica importante do texto é o seu caráter histórico, que produziu quem produziu o
que produziu que pertence a um determinado grupo social. O caráter deve ser entendido como o
reflexo das visões do mundo.

_Sobre o mesmo fato, mesmo tema, existem posições diferentes, e até opostas, ainda que dentro da
mesma sociedade.
_Existem preocupações e ideias que são características de uma época. Analisar a relação do texto
com sua época é estudar as relações de um texto com outros.
_Intertextualidade: recuperar um texto por meio do outro, tirando proveito dele, seja do seu
conteúdo, ou sua estrutura formal dá se o nome de intertextualidade ou relações intertextuais.
_Essas relações não são exclusivas da literatura nem dos textos verbais já que aparecem em varias
áreas e esfera da produção humana.
_Quando nos aproximamos de um texto, não vamos até ele “em estado puro”, pois já carregamos
outras experiências de leitura, e após o lermos não somos mais os mesmo, já que adquirimos novas
e variadas experiências.
_Objetivos da leitura variam muito: lemos por puro prazer, por obrigação, por necessidade.
_ Palavras chaves – algumas palavras em torno das quais outras se organizam para que ela tenha
sentido constituem o alicerce do texto.
_Esquemas – anotação de leitura feita por meio das palavras chaves com o auxilio de flechas,
chaves e outros sinais.
_Resumo – um esquema estruturado em orações completas, com sujeito, verbo e complemento,
devem ter sentido por completo.
_Paráfrase – principais ideias do texto.
_ Resenha Critica – a resenha pressupõe, assim como o resumo, uma etapa de anotações e de
sínteses para que em seguida seu autor possa apresentar.
_ A resenha é um exercício de compreensão e de critica servindo para desenvolver a capacidade de
expressão dos estudantes.
_ Dicionário informa, antes das relações das palavras propriamente dita os critérios, as abreviações,
símbolos.
(Inventividade – certamente você conhece as palavras “invenção” “inventar” com as quais se se
relacionam de modo logico e natural.).
_A consulta ao dicionário é imprescindível quando se produz um texto.
_Em suma os dicionários são obras de consulta que devem estar sempre à mão.
_Vocabulário ativo – palavras que nos sentimos confortáveis, já que dominamos seu sentido e
empregos.
_Vocabulário passivo – palavras que não costumamos usar, nem quando escrevemos, nem quando
falamos. Se ao ouvirmos conseguimos entende-la por saber seus sentidos.

_Léxico – conjunto das palavras de uma língua. São um conjunto aberto, novas palavras chegando,
enquanto outras vão caindo em desuso.
_As palavras etimológicas constituem – sede palavras que tem o mesmo étimo
(andar, andarilho, andante – década, dezena, decímetro).

_Famílias ideológicas – se agrupam por sua afinidade de sentido. Podemos dizer que os verbos
(circulam, cercar, rodar) pertencem ao mesmo campo semântico. Pois tem um núcleo de sentido.
_Campo semântico – é determinado pelo contexto em que as palavras aparecem, o contexto pode
ser extratextual, isto é estar fora do texto. Esse contexto pode estar relacionado com a época.
_O significado de uma mesma palavra esta na dependência das outras com as quais se relaciona.
_Polissemia – as palavras podem assumir vários significados.

_Sentido Literal – palavra ou expressão, aquele que pode ser aprendido mesmo sem a ajuda de um
contexto.
_Sentido figurado – as palavras adquirem outro significado a partir de uma extensão de seu sentido
literal.

Quando uma palavra é usada:


_Em seu sentido LITERAL, dizemos que ela tem valor DENOTATIVO.
_Em seu sentido FIGURADO, dizemos que ela tem valor CONOTATIVO.

_A denotação costuma predominar nos textos científicos, informativos, pois é uma referencia
estável que tenta representar a realidade.
_A conotação, predomina nos textos literários em geral ou em quaisquer outros que tentem registrar.
_Quando falamos ou escrevemos devemos ter em mente nossa intenção, nosso objetivo, nosso
receptor.

_Nível de linguagem – adequar tanto nosso comportamento quanto nossa linguagem as diferentes
circunstâncias que vivenciamos ao longo de um dia.
*Coloquial – aquele que utilizamos no dia-a-dia com nossos familiares e amigos.
*Culto – é o oficial, prescrito pela nomenclatura gramatical brasileira, que usamos em situações
formais.
*Técnico – agrupa os termos específicos de uma área do conhecimento, como a medicina, a
linguística, o direito.
_Todos nós precisamos saber adequar o vocabulário a diferentes situações.
_Adequar nossa linguagem quando nos dirigimos a alguém, fatores:
*receptor – (você falaria da mesma maneira com um diretor e uma criança).
*assunto – (comentar a doença de um amigo da mesma forma que futebol).
*ambiente – (você usaria o mesmo tom de voz em um velório e em m bar).

_A presença desses fatores resulta num maior ou menor grau de formalidade ou informalidade.
_Quando o leitor vacila diante de mais de uma possibilidade de entendimento do que foi dito,
dizemos que, no texto há ambiguidade.
_Outras construções que podem prejudicar a clareza do enunciado.
*uso inadequado da coordenação – Cauê e Andreia divorciaram-se.
O que deve ficar claro é mesmo que eu saiba onde o redator da frase quis dizer, ela esta ambígua e,
portanto posso entendê-la como quiser.

_O objetivo do texto, seu receptor, as circunstâncias em que é escrito constituem fatores


determinante da linguagem a ser utilizada.
_Preconceitos linguísticos – a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade
surpreendente, Português é difícil, as pessoas sem instrução falam tudo errado, o certo é falar assim
porque se escreve assim.
*uma leitura eficiente é aquela que consegue captar tanto as informações explicitas quanto as
implícitas.
_Pressupostos – São ideias não expressas de maneira explicitas.
*Exemplo – Meu filho mais velho mora em São Paulo.
Explicito – eu tenho um filho que mora em são Paulo.
Pressuposto – a) eu tenho mais de um filho b) meus outros filhos são mais novos do que o que mora
em são Paulo.

_O emissor pode, às vezes, esconder-se atrás das palavras e dizer que não queria dizer aquilo que o
leitor/ouvinte entendeu. O subtendido mais sugere do que diz.
_um “resumo do resumo” de duas possibilidades de classificação dos textos.
*A primeira possibilidade é aquela que agrupa os textos em torno de dois grandes eixos: o das
figuras e o dos temas.

_Texto figurativo
Forma básica de discurso: concreto
Construção predominante: figuras
Objetivo: produzir um efeito de realidade, porque trabalha com concreto.
Função: representativa
Tipo de leitor: infantil, capaz de ir além do concreto.
Modalidade redacional: narração.

_Texto temático.
Forma básica de discurso: abstrato
Construção predominante: temas
Objetivo: explicar as coisas do mundo.
Função: interpretativa
Tipo de leitor: atento, inteligente, observador, maduro, capaz de entender conceitos e
abstrações.
Modalidade redacional: dissertação.

_Narração
Função – informação, reflexão, ludicidade.
Características básicas – apresentação de acontecimentos (reais ou imaginários)
Tipos – narrações de fatos verídicos e de fatos fictícios.
Trabalho de linguagem – presença frequente de marcadores temporais, linguagem
conotativa e/ou denotativo, coerência narrativa e figurativa.
Tempos verbais – predominância dos tempos do pretérito.
Faculdade humana – observação, imaginação.

_Descrição
Função – informação, contextualização, particularização.
Características básicas – apresentação de características de seres e espaços (reais ou
imaginários) e de processos.
Tipos – descrição objetiva, descrição subjetiva, descrição do processo.
Trabalho de linguagem – presença frequente de marcadores espaciais, linguagem
denotativa ou conotativa, coerência figurativa e de ângulo.
Tempos verbais – predominância do presente e do imperfeito.
Faculdade humana – observação, percepção, imaginação.

_Dissertação
Função – discussão analise interpretação, argumentação.
Característica básica – apresentação de ideias, avaliações e argumentações.
Tipos – dissertação expositiva (objetiva), dissertação argumentativa (subjetiva).
Trabalho de linguagem – presença frequente de articuladores entra e interfásicas –
linguagem denotativa – coerência argumentativa (interna e externa).
Tempos verbais – predominância do presente do indicativo e dos tempos do
subjuntivo.
Faculdade Humana – observação, reflexão, argumentação.

_Relato
Funções – informação, argumentação.
Características básicas – apresentação de fatos verídicos, cujos agentes são seres
humanos ou instituições e que se deram num determinado tempo e num certo espaço.
Trabalho de linguagem – presença frequente de marcadores temporais – linguagem
denotativa.
*predominância dos tempos do pretérito.
*coerência interna e externa.

_Quando classificamos os textos em figurativos ou temáticos formamos dois grandes grupos nos
quais cabem textos diferentes entre si.
_Há narratividade em qualquer texto marcado pela sequencia temporal de acontecimento e pela
transformação sofrida pelos seres envolvidos.

Textos Descritivos – podem aparecer sustentados pela linguagem verbal e não verbal.
Neles podemos encontrar informações sucintas (os sinais de transito, por exemplo)
resumos de pesquisas e/ou estudos (tabelas, gráficos, esquemas).
A descrição é, portanto um recurso muito utilizado em diversos tipos de texto, seja
para apresentar informações sobre seres, situações e processo, seja para registrar uma
reflexão ou critica.

Há descrições que tem por objetivo convencer possíveis turista a visitar cidades. Ao mesmo tempo
em que informa (lugares para ir, para ficar, para ver).
Já a descrição dita literária, apresenta a cidade por meio de um cuidadoso trabalho de linguagem,
em que comparações e metáforas seriam utilizadas muito mais para sugerir do que parar representar
com exatidão o objetivo descrito.

DISSERTAÇÃO
Os textos dissertativos são aqueles que analisam, interpretam, explicam e avaliam os dados da
realidade. Por isso, sua referencia ao mundo faz-se por conceitos amplos, modelos genéricos – as
referencias a casos concretos e particulares ocorrem apenas para ilustrar afirmações gerais ou para
argumentar a favor delas ou contra elas.
Para que tudo isso aconteça, é necessário que o texto trate do começo ao fim do mesmo assunto, ou
seja, daquilo a que ele se refere de modo mais geral. No entanto, qualquer assunto pode ser
enfocado sob vários ângulos.

A delimitação do assunto dá-se o nome TEMA.


Outro assunto importante do texto é a posição que o autor assume diante do tema, ou seja, o
objetivo que quer alcançar (ponto de vista).

Diferente do texto narrativo e do descritivo, este apresenta analises e interpretações genéricas,


validas para muitos casos concretos e particulares, operando com termos abstratos.
A dissertação tem uma ordenação que obedece às relações logicas: analogia, pertinência,
causalidade, coexistência, correspondência, implicação.
Por sua característica, o texto dissertativo requer uma linguagem mais sóbria, denotativa, sem
rodeios, dai o predomínio da terceira pessoa, nesse tipo de texto. Além disso, trabalha com o
período do composto (normalmente por subordinação com o encadeamento de ideias).

DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
*apresentação de ideias, analises dados, sem necessariamente tomar partido.
* seleção e organização de argumentos que justifiquem a analise feita.
*analise das varias facetas do tema apresentando diversos tipos de argumentos.
*tipos de textos – acadêmicos, científicos, técnicos, jornalísticos, informativos.

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
*apresentação de ideias, tomando partido, posicionando-se, e às vezes, combatendo outro(s),
ponto(s) de vista.
*seleção e organização de argumentos que convençam o receptor de que nosso ponto de vista é
correto (e/ou melhor, a ponto de, se for o caso, mudar sua opinião).
*analise objetivamente direcionada para o ponto de vista defendida, por meio de argumentos
lógicos e provas evidentes, pressão de possíveis contra argumentações do receptor, refutando-as de
antemão.
*tipos de texto: publicitários e de marketing politico – eleitorais religiosos e de intenção moral,
artigos de opinião, editoriais.

RECURSOS ARGUMENTATIVOS
ARGUMENTOS DE VALOR UNIVERSAL
_argumentos baseados no consenso. Portanto além de relevantes e adequados, não admitem
emoções, preconceitos, crenças, nem lugares comuns.
_Exemplos – A=B, B=C, portanto A=C.
_a educação é fundamental para o desenvolvimento do país.

ARGUMENTO DE PROVA CONCRETA


_por sua vez, é aquele que se sustentam em fatos de conhecimento geral, estatísticas, leis. Devem
ser exatas quando utilizadas em um texto argumentativo. É preciso interpreta-las com atenção para
ficar clara.

ARGUMENTOS DE AUTORIDADE
_quando defendemos uma ideia, e procuramos conhecer o que especialistas disseram, aquela já base
de sustentação esta no pensamento alheio. É preciso que a citação seja realmente adequada e bem
aproveitada no contexto do trabalho.

A maioria dos autores que estudaram (e escreveram sobre) a argumentação arrolam ainda outros
argumentos, entre eles o da competência linguística e o do raciocínio logico.

O texto dissertativo deve ser claro, objetivo, e, acima de tudo, coerente, deixando entrever o
pensamento, o raciocínio, o pensamento logico de seu emissor. Para que isso aconteça, é necessário,
além da seleção das ideias a ser analisadas e discutidas, a elaboração de um plano para apresenta-
las.

INTRODUÇÃO – DESENVOLVIMENTO – CONCLUSAO.

Além disso, essas três partes devem organizar-se de modo equilibrado a introdução e a conclusão
em geral representam cada uma 1/5 do texto enquanto o desenvolvimento 3/5 do texto.

INTRODUÇÃO - Uma boa introdução deve apresentar a ideia central, o problema a ser examinado,
o objetivo, do autor, dando uma noção ao leitor do que será desenvolvido em seguida. Dessa forma
ela serve como uma motivação inicial, uma orientação para quem lê, e como um controle para quem
escreve, impedindo – o fugir do tema e de seus objetivos.

DESENVOLVIMENTO – Por sua vez, deve trazer a analise do tema, a sua discussão, a
argumentação que sustenta o ponto de vista do autor acerca do tema e do problema levantado. A
função dessa parte é fazer a relação entre a introdução e a conclusão, orientado o raciocínio do
leitor, levando – o naturalmente até a conclusão.
_ O autor deve ter sempre em mente aonde quer chegar para que seja possível selecionar as ideias,
argumentos, exemplos, dados mais importantes que o levem de forma logica e clara a conclusão
desejada. Por isso é necessário, não se levar do tema, atendo-se a discussão inicial, nem deixar
ideias soltas, impedindo que se perceba o porquê de elas terem sido mencionadas.

CONCLUSÃO – É a parte mais importante do texto, pois é o ponto de chegada dele, tudo converge
e para que esse momento em que a discussão se fecha. Sintética, a conclusão rejeita a repetição de
argumentos e o uso de formulas feito, de clichês, de frases vazias.
As falhas de estruturação de um texto podem ser evitadas se, antes de começar a redigir, se o autor
fizer um plano de ideias a serem debatidas e das sequências em que serão apresentadas.

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