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[METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS

LITERATURAS I]

[A HISTÓRIA DOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS: ESCRITA]

O aluno convive com tudo sem ao menos imaginar que observa, pensa, faz perguntas, formular
hipóteses, experimenta e tira suas próprias conclusões. Daí, dizer que aprendizagem da leitura e da
escrita não é um momento isolado na vida do indivíduo, desligada de sua realidade.

[A HISTÓRIA DOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS: LEITURA]

A leitura não apresenta uma possibilidade de compreensão. Ela apresenta várias, até mesmo porque
cada leitor tem a sua experiência pessoal que se soma à experiência social. Somos leitores diferentes
que lemos os mesmos textos e podemos dar diversos significados para eles.

[UMA REFLEXÃO SOBRE A PIRÂMIDE DO ENSINO]

*Considerando a história de cada sujeito, os ciclos e as fases são variados e, assim como a relação
entre ler e escrever não é mecânica, o gosto pela leitura ou pela escrita pode ser alterado. Então,
destacam-se alguns aspectos da relação leitura/escrita.

O QUE ESCREVER – apresenta a leitura como matéria-prima para a escrita. É relacionado aos
textos lidos e compreendidos de uma maneira determinada.
COMO ESCREVER – é quando a leitura contribui para a constituição dos modelos. A base é dar
condições para os alunos elaborarem suas relações com os modelos.

_A leitura coloca o leitor em contato com os procedimentos de organização interna do texto.

*PROFESSOR TEM DE SER LEITOR.

Podemos vencer os desgastes que a língua sofre por sua constante utilização: apreciando,
produzindo e contextualizado.
O apreciar da leitura, enxergando oportunidades para interpretar imagens e sons do mundo,
interpretar gestos, comportamentos.

É inadmissível que os educadores não utilizem de sua própria sensibilidade para que seu aluno se
torne espontâneo na dimensão da linguagem.

[A QUESTÃO DA LETRA: O PROCESSO DE CONHECIMENTO NA ALFABETIZAÇÃO]

A letra é cada um dos símbolos gráficos com que se representam os fonemas(sons) articulados de
um idioma.

Associar letras a nomes que lhe são significativos constitui o caminho inicial para o
reconhecimento, tanto morfológico como sonoro das letras

Sendo as letras os elementos básicos da escrita, o aluno precisa, primeiramente familiarizar-se o


mais amplamente com elas, depois preocupar-se com a forma das letras, ou seja, a suas
propriedades tipológicas.

[AS CONDIÇÕES DA LEITURA E DA ESCRITA]


_Professores devem ser leitores.
É fácil motivar o aluno, basta querer, seja através de um assunto geral do texto, seja leitura em voz
alta ou até mesmo silenciosa, porém com fundamentação

[DE ESCRITOR PARA LEITOR]

Como é difícil traduzir ideias em palavras:


_Faz-se importante organizar as ideias e evidenciar o processo individual de cada indivíduo.
_O processo de leitura e escrita demora e o gosto pela leitura é consequência de um trabalho árduo.

[ROTEIRO PARA PRODUZIR UM TEXTO ESCRITO]

TEXTO ADEQUADO = TRABALHO EXTENSO

Quando o aluno está planejando o seu texto, vão surgindo as ideias e tudo que está na mente
começa a se ordenar. A SEGUNDA REGRA ORDENAR AS IDEIAS.

O professor precisa planejar a aula de modo a convencer que o texto que tem em mãos é gostoso e
vai levar o aluno a inspiração. A PRIMEIRA REGRA – O ESCRITOR PLANEJA SEU TEXTO.

A produção de ideias e a elaboração do texto nos encaminham para outra regra: ORGANIZAR O
TEXTO.

E finalmente, a última regra: A PRODUÇÃO EFICAZ DO TEXTO.

1)O ESCRITOR PLANEJA SEU TEXTO


2)ORDENAR AS IDEIAS
3)ORGANIZAR O TEXTO
4)A PRODUÇÃO EFICAZ DO TEXTO

Texto (Regras)

1) Bom Senso (REALIDADE CONCRETA)

2)Intuição (MUNDO DAS POSSIBILIDADES)

3)Sentimentos (VALORES PESSOAIS)

[A LÍNGUA MALTRATADA]

“Assassinato da Língua Portuguesa”

[O TEXTO E A IMAGEM]

A escrita nasce profundamente aliada a imagem. Em seus primórdios, a escrita era composta de
imagem
*Sabe-se que a maneira de se aprender a ler é ler. Não há exercícios que substituam a experiência da
leitura.

[AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM I]

_O esquema de comunicação fica apresentado da seguinte maneira


EMISSOR – CANAL – DESTINATÁRIO
CÓDIGO
MENSAGEM
REFERENTE

*É preciso que ambos conheçamos o código


*Que esse código seja utilizado corretamente
*E que seja interpretado corretamente

FUNÇÕES

_apenas comunicar, dar alguma notícia.


_para isso, o mesmo tende à utilização de uma linguagem clara e objetiva. Neste quadro a função de
linguagem é chamada: REFERENCIAL, COGNITIVA, INFORMATIVA OU DENOTATIVA.

Por outro lado, tem-se a função Emotiva ou Expressão, onde o comunicador, não se contenta com a
comunicação comum, mas tende impressionar o destinatário.

[LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL]

_As línguas, as imagens e os gestos são os diversos códigos(conjuntos de signos, significados e


significantes) que podemos utilizar na comunicação.

LINGUAGEM VERBAL – Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou


escrita, pois o código usado é a palavra. É a forma de comunicação mais presente em nosso
cotidiano.

LINGUAGEM NÃO VERBAL – é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação:


gestos, tom de voz, postura corporal, etc.

[AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM I]

APELATIVA OU CONOTATIVA – coloca enfase no receptor, recorre-se ao imperativo, com a pura


intenção de persuasão, influenciando o modo de pensar e agir de quem recebe a mensagem
EX – Propaganda

METALINGUÍSTICA – usa o próprio código para defini-lo ou explica – lo


EX – Curitiba vem de Curi(pinheiro) e tibia(grande quantidade)

REFERENCIAL OU DENOTATIVA – Referente. Transmite uma informação objetiva sobre a


realidade. Da prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. Características de notícias de
jornais, discursos científicos
EX – Numa cesta temos um cacho de uva, uma maça, uma banana e um morango

EXPRESSIVA OU EMOTIVA – emissor. Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos


e emoções.
EX – Ah, que coisa boa! Tenho um pouco de medo…, Nós te amamos.

APELATIVA OU CONATIVA – Receptor. Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário com


a intenção de convence – los de algo ou lhe dar ordem. Linguagem usada nos discursos, sermões e
propagandas.
EX – Você já tomou banho? Mãe vem cá. Não perca está promoção.

FUNÇÃO POÉTICA – Mensagem. É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja,
que se preocupa mais em COMO DIZER do que com o que dizer. Deixando mais bonito
EX – A lua era um desparrame de prata.

FUNÇÃO FÁTICA – Canal. Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a


comunicação. Contato
EX – Alô? Está me ouvindo? Não é mesmo, sim, claro, sem dúvida, entende?

[UM POUCO DE LITERATURA – LINGUAGEM LITERÁRIA E NÃO LITERÁRIA]

Literatura – conjunto da produção escrita. Todas as obras de conhecimento científico, filosófico e


espiritual.

Em um sentido fechado, Literatura é ficção, é a criação de uma outra realidade, dotada de dados
profundos, da intuição do artista.

_Literatura é a arte da palavra, usada com criatividade e originalidade.

[Linguagem Literária] – é conotativa, utiliza figuras em que as palavras adquirem sentidos mais
amplos do que geralmente possuem. Há uma preocupação com a escolha e disposição das palavras,
que acabam dando vida e beleza a um texto.

[Linguagem Não Literária] – é denotativa, objetiva, preocupa-se em transmitir o conteúdo. Utiliza a


palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Recorre a ordem direta.

(A literatura é de grande importância porque é a expressão do ser humano e da vida e porque retrata
épocas, costumes e ideias.

[MÉTODO E METODOLOGIA]

Método – é definido como ordem ou sistema que se segue no estudo ou no ensino de qualquer
disciplina

Metodologia – é apresentada como arte capaz de dirigir o espírito na investigação da verdade:


estudo ou tratado de métodos.

_Podemos dizer que a metodologia é uma concepção segundo a qual a realidade é abordada. É uma
compreensão teórica do método.

*Para ser um educador, ministrando uma aula, é necessária a exercitação a qual exige recursos
metodológicos diferentes.

[OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NO SENTIDO]

Menga Lüdke
_Cada escola tem uma cultura que a distingue e que influência positiva ou negativamente o
desempenho dos estudantes.
_Os professores devem estar em contínua atualização de conhecimento, objetivando a melhoria de
suas habilidades profissionais.
_Devemos ter em mente que em uma escola (infantil, fundamental ou médio) o professor forma
com o aluno o par central do desenrolar do processo ensino aprendizagem.

[A PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA]

Para os pequenos, educação infantil, a língua deve ser ensinada de forma ampla e integrada de
experiências.
No período de O a 6 anos é o primordial para o desenvolvimento intelectual de uma criança. É
nessa fase que ela formará os valores necessários para começar a interagir com o mundo realidade

Nas séries posteriores à Educação infantil, destacam-se as atividades de linguagem, sendo que o
aluno ira trabalhar com textos orais e escritos.

Noções de morfologia e sintaxe de forma sistemática iniciam-se nas séries iniciais.

E no ensino médio, todo o conteúdo gramatical é revisto e ampliado de forma crítica ampliando,
encaminhando para o futuro profissional.

Formar a criança e o jovem, em um mundo globalizado exigem perspectiva que pedem um modelo
educacional permanentemente aberto ao dinâmico e ao interativo, e o professor sempre atento a
uma realidade que se transforma a cada momento.

[OS ESTUDOS DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS]

*O objetivo de estudo de outra língua é para que os alunos tenham recursos idiomáticos com uma
complexidade de sucessivos aumentos linguísticos que resultaram.

[PLANEJAMENTO DE AULAS – I]

O planejamento do ensino é o processo que envolve “a atuação concreta dos educadores no


cotidiano do seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e situações, o tempo todo
envolvendo a permanente interação entre educadores e entre os próprios educandos” (FUSARI,
1989)

TODA AULA DEVE SER PLANEJADA

1) Objetivos da educação escolar.


2) Conteúdos
3) Métodos
4) Tempo e Espaço da Educação Escolar
5) Avaliação

*Emfim, todo o planejamento depende da visão do mundo que o professor tem e do mundo que ele
quer oferecer ao seu aluno

[PLANEJAMENTO DE AULAS – II]

[PLANO DE AULA – I]

Disciplina – Língua Portuguesa

Turma – 3ª e 4ª séries.
Objetivo Geral – identificar as dificuldades apresentadas pelos alunos quanto a ortografia,
concordância verbal e nominal coerência e coesão de texto na produção de textos escritos.

Objetivos Específicos – trabalhar com questões ortográfica, concordância, coerência e coesão


textual e diferenciar a linguagem oral da escrita.

Conteúdos – Ortografia, concordância verbal e nominal, pontuação e analise textual.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

Avaliação – diagnóstica: durante a participação e atuação das atividades assim como por meio de
uma produção escrita.

[PLANO DE AULA – II]

Disciplina – Língua Portuguesa

Turma – 1ª série

Objetivos Gerais – identificar em qual estágio de desenvolvimento da escrita os alunos se


encontram.

Objetivos Específicos – trabalhar os estágios do desenvolvimento da escrita com os alunos.

Conteúdos – correspondência entre oralidade, escrita, silabação.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

Avaliação – diagnóstica: pretende verificar se os alunos percebem a sílaba como componente das
palavras, dominando, assim, a hipótese silábica.

[ATIVIDADES PRÁTICAS – I]

1) O livro na sala de aula: do texto a ilustração.


2) Trabalhando com provérbios e ditados populares.

[ATIVIDADES PRÁTICAS – II]

3) Escolhendo e explorando livros na biblioteca


_O importante é que os alunos façam comentários

[ATIVIDADES PRÁTICAS – III]

4) Jogando, a partir da leitura de instruções.

[ATIVIDADES PRÁTICAS – IV]

5) A enciclopédia em sala de aula


_Como se constrói uma enciclopédia?
_O que é um verbete?
_Como estão aglutinados os principais tópicos
*Poderá também, introduzir o uso, de uma bibliografia, discutir o papel das notas, da folha de
créditos e até, se os alunos o desejarem, do espaço de agradecimentos.

[ATIVIDADES PRÁTICAS – V]

6) Construção dos espaços de leitura

a) Que lugar é esse na vida do aluno?


b) Como surge é o construído esse espaço?
c) Quais as melhores condições para tanto?
d) O prazer de ler vem de fora ou de dentro do indivíduo?

Encontrar o espaço da leitura é como uma aula inaugural, uma janela.


_A janela cria a possibilidade do diálogo, o que representa o espaço de leitura.

[ATIVIDADES PRÁTICAS – VI]

7) Leitra Livre

Objetivos
*levar o aluno a ter prazer com a leitura
*Incentivar o hábito de ler

Esses livos devem:

1) Motivar a relação do aluno com o conteúdo escolar


2) Apoiar autonomia do aprendiza
3) Colaborar para a organização de ensino aprendizagem
4) Criar condições para a diversificação e ampliação das informações que veiculam.

[ANEXOS]

A vida em coletividade exige que cada indivíduo esteja apto para compreender os demais e fazer-se
entender por eles. O domínio da linguagem é necessário na maior parte das atividades da existência
que implicam contato, intercâmbio, a compreensão mútua que conduz ao entendimento à
colaboração. É muito evidente que, no decurso desses intercâmbios, oriundos dos problemas mais
imediatos e imperiosos às conversações ou discussões que tratam de questões difíceis e delicadas,
aquele ou aqueles cuja linguagem é mais rica, que utilizam sua língua com as suas peculiaridades e
maior facilidade, têm uma vantagem determinante sobre seus interlocutores e a possibilidade de
fazer valer e triunfar seus pontos de vista.

O ensino de língua materna nos anos iniciais do Ensino Fundamental I tem se restringido, em
grande parte, ao ensino de definições e regras oriundas da gramática normativa, na perspectiva de
que os alunos "aprendam" a analisar a língua (escrita), ao invés de se habilitarem a um bom
desempenho linguístico, o que implicaria serem capazes de se expressar bem verbalmente
(utilizando a modalidade oral e escrita) e de interagirem satisfatoriamente no ato comunicativo.

Para Celestin Freinet, do ponto de vista técnico, a escola tradicional girava em torno da matéria a
ser ensinada e dos programas que fixavam essa matéria e a ordenavam. A organização escolar, os
professores modernos e os alunos tinham que se submeter a essas exigências. A escola moderna gira
em torno da criança, membro da comunidade. De suas necessidades essenciais, em função das
necessidades da sociedade em que vive, derivarão as técnicas - manuais e intelectuais - que terá que
dominar, a matéria a ser ensinada, o sistema da aquisição, e as modalidades da educação. Trata-se
de uma verdadeira virada para uma pedagogia racional, eficiente e humana, que deve permitir à
criança chegar com o máximo de energia a seu destino de homem.

Consideramos nessas duas afirmações, a nosso ver complementares, a razão de ser de uma escola
funcional, tendo em seu bojo um objetivo social e utilitário para o ensino de língua, destacando a
valorização desse ensino, e destacando, ainda que ele condiciona, na verdade, todo o processo de
construção do conhecimento da criança, o que equivale a dizer que ele é indispensável para ampliar
o horizonte de possibilidades de incursões em qualquer área desse conhecimento.

Nesse sentido, acreditamos que, através de uma reflexão sobre a sua prática pedagógica, o professor
poderá melhorar o seu desempenho e, consequentemente, o desempenho de seus alunos. Espera-se
que ele atue, nesse nível de ensino, como um mediador que favoreça a ação da criança na
construção do seu conhecimento.

Considerando-se a escola numa outra perspectiva, uma escola centrada na criança, pode-se
vislumbrar qual seria o seu papel. Girando em torno da criança, enquanto membro de uma
comunidade, daí ela derivaria a matéria a ser trabalhada, a sua forma de aquisição e as modalidades
da educação, ou seja, a partir das necessidades essenciais da criança, para construção do seu
conhecimento, em função das necessidades da sociedade em que ela vive.

Saber organizar as ideias, interagir com o outro utilizando a língua, oral ou escrita, é habilidade que
dispensa a rigidez de definições e regras, em geral falhas ou restritivas, impedindo muitas vezes a
própria compreensão dos fatos linguísticos. É a gramática da língua, verificado o seu
funcionamento, que merece ser melhor aproveitada e explorada na escola visando à melhoria do
ensino de língua.

Além disso, vale ressaltar que o problema do ensino de língua não pode ser isolado do processo
educativo. Ele reflete, pela sua importância, e em sendo a língua uma das formas de expressão de
um povo, todo o problema do nosso sistema educacional.

Acreditamos poder afirmar que a atitude e o trabalho do professor na sala de aula refletem toda a
sua compreensão da realidade social e a relevância por ele atribuída ao seu papel na sociedade,
enquanto agente de mudança. Em consequência, ele pode não permitir que a sua sala de aula seja
um objeto à parte, totalmente desarticulada do contexto a que pertence.

Por outro lado, acreditamos que a interação da escola com a sociedade só poderá acontecer na
media em que as mudanças que ocorrerem na sociedade encontrem respostas em mudanças na
própria escola, e que as soluções dos problemas de uma possam concorrer para as soluções dos
problemas da outra.

Vale ressaltar que, se considerarmos ser fundamental uma mudança na escola, temos de reconhecer
que o professor é peça fundamental nessa mudança. E em se tratando do professor de língua,
entendemos que ele tem um papel relevante no processo.

E, para desempenhar esse papel, não podemos deixar de pensar na (re)profissionalização do


professor. Ao lado de questões salariais e de valorização da profissão, existe uma outra questão que
merece, também, ser refletida pelo professor. E, para tanto, alerta Emília Ferreiro, é muito difícil
que alguém que não lê mais que o absolutamente necessário possa transmitir "prazer pela leitura";
que alguém que evita escrever possa transmitir o interesse para construir língua escrita; que alguém
que nunca se perguntou sobre as condições específicas das diferentes situações de produção de texto
possa dar informações sobre essas ações e seus alunos. Se o professor tem medo de enfrentar-se
com estilos que desconhece evitará introduzi-los na sala de aula. É preciso que ele seja estimulado a
descobrir, junto com seus alunos, o que ele não teve ocasião de descobrir enquanto ele mesmo era
aluno. Um outro ponto destacado por Emília Ferreiro é o fato de que o professor deseja ser
promovido "a um grau superior" com seus alunos. Acrescentamos não ser estranho que, nessas
condições, ninguém esteja muito motivado para pensar criticamente sobre sua prática, e se refugie
nas alternativas mais burocráticas (os cadernos, necessário possa transmitir "prazer pela leitura";
que alguém que evita escrever possa transmitir o interesse para construir língua escrita; que alguém
que nunca se perguntou sobre as condições específicas das diferentes situações de produção de texto
possa dar informações sobre essas ações e seus alunos. Se o professor tem medo de enfrentar-se
com estilos que desconhece evitará introduzi-los na sala de aula. É preciso que ele seja estimulado a
descobrir, junto com seus alunos, o que ele não teve ocasião de descobrir enquanto ele mesmo era
aluno. Um outro ponto destacado por Emília Ferreiro é o fato de que o professor deseja ser
promovido "a um grau superior" com seus alunos. Acrescentamos não ser estranho que, nessas
condições, ninguém esteja muito motivado para pensar criticamente sobre sua prática, e se refugie
nas alternativas mais burocráticas (os cadernos,livros ou cartilhas que propõem uma série de
atividades pré-programadas, a serem administradas e respondidas mecanicamente). É necessário
que o professor tenha acesso a leituras que o ajudem a (re)pensar a sua prática pedagógica,
evitando, assim, o uso de receituários que só contribuem para a sua desprofissionalização, pois tem
delegado a eles a responsabilidade do resultado obtido. Materiais esses frequentemente com
aparência moderna, que apresentam as mais tradicionais ideias sobre o assunto.

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