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ESCOLA SECUNDÁRIA 12 DE OUTUBRO

Trabalho de Filosofia

11ª Classe, Turma: B1/2, Sala: 6

Tema:

Linguagem e Discurso

Docente:

________________

Nampula

Setembro de 2023 1
Nomes dos Elementos do 4º Grupo:

 Clarice Stambul Sualé Nº 31


 Clemência Maria de Fátima Nº32
 Danilo Inocêncio Amisse Nº 33
 Dedy Lucas Albino Jorge Nº34
 Edmilson Francisco Nº35
 Edson Abel José Nº36
 Edson da Suzana Wilson Nº37
 Elsa Rex Naimo Nº38
 Emília Catia da Conceição Nº39
 Erica Adolfo Albano Nº40

Tema:

Linguagem e Discurso

Trabalho de carácter avaliativo da


disciplina de Filosofia, 11ª Classe
Turma:B1/2, com o tema: Linguagem e
Discurso, Leccionado pelo;

Docente:___________________

Nampula
Setembro de 2023

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Linguagem.........................................................................................................................5

Tipos de linguagem...........................................................................................................6

Diferença entre língua e linguagem...................................................................................6

Funções da linguagem.......................................................................................................6

Discurso.............................................................................................................................7

Discurso segundo Aristóteles............................................................................................8

Discurso segundo Émile Benveniste.................................................................................8

Discurso Directo................................................................................................................9

Discurso Indirecto.............................................................................................................9

Discurso Indirecto Livre..................................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................11

Bibliografia......................................................................................................................12

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Introdução

O termo discurso admite muitos significados. O mais conhecido deles é do discurso


como uma exposição metódica sobre certo assunto. Um conjunto de ideias organizadas
por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio, ou quando menos, nos
sentimentos do ouvinte ou leitor. Outro significado corrente, muito usado entre os
linguistas, cientistas sociais e estudiosos da Comunicação - como Michel Foucault e
Émile Benveniste -, porém menos difundido, é do discurso como algo que sustenta e ao
mesmo tempo é sustentado pela ideologia de um grupo ou instituição social.

O trabalho esta estruturada de seguinte forma: capa, contra-capa, índice, introdução,


desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

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Linguagem

Linguagem é um conjunto de formas organizadas usadas pelos indivíduos para se


comunicar, por exemplo: as línguas faladas em todo o mundo são organizadas e
utilizadas pelos seus falantes.

Linguagem pode se referir tanto à capacidade especificamente humana para aquisição e


utilização de sistemas complexos de comunicação, quanto à uma instância específica de
um sistema de comunicação complexo. O estudo científico da linguagem, em qualquer
um de seus sentidos, é chamado linguística.

A linguagem é constituída com o objectivo de nomear o existente. Ela acaba tendo,


naturalmente, uma formação semelhante ao da sociedade existente, em determinada
época e com determinadas relações sociais. Desta forma, a linguagem interfere na
consciência e na constituição da mentalidade dos indivíduos. A linguagem é o meio pelo
qual os indivíduos se comunicam e manifestam sua consciência e, por isso, acaba sendo
uma das múltiplas determinações da consciência. Este processo, porém, não significa
nenhum determinismo linguístico.

 O pensamento não apenas se reflecte na linguagem, mas também a determina.


 O pensamento precisa da linguagem.
 A linguagem transmite os conceitos, juízos e raciocínios do pensamento.
 O pensamento se conserva e se fixa através da linguagem.
 A linguagem ajuda o pensamento a se fazer cada vez mais concreto.
 O pensamento envolve uma estrutura conhecida como "a estrutura do
pensamento".
 A linguagem é simplesmente o manejo de símbolos (diga-se codificação), o
pensamento é um acondicionador da linguagem.
 O pensamento é o limite da acção inconsciente, gerada na maioria dos casos por
mensagens erradas ou mal interpretadas.

O objectivo da linguagem é a comunicação, por isso, a linguagem combina signos


linguísticos, organizados de acordo com um padrão, o que torna possível o ato de
comunicar.

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Os signos linguísticos resultam em um significante e um significado. Significante é o
que reconhecemos quando ouvimos uma palavra. Significado é a representação mental,
ou seja, é a imagem que construímos na nossa cabeça quando ouvimos uma palavra.

Por exemplo, ao ouvirmos a palavra “dado”, pensamos nas suas letras, ou seja, no
significante, porque reconhecemos o som de cada uma delas. E ao ouvirmos a palavra
“dado”, imaginamos a imagem de um dado, porque essa imagem está guardada na nossa
memória.

Tipos de linguagem

Os tipos de linguagem são: verbal, não-verbal e mista.

A linguagem verbal recorre à palavra, falada ou escrita. Exemplos: notícia de jornal, e-


mail, chamada telefónica.

A linguagem não verbal recorre à imagem, cor, gesto, som. Nesse tipo de linguagem, a
comunicação é feita sem palavras. Exemplos: sinal de trânsito, mímica, buzina.

A linguagem mista, também chamada de linguagem híbrida, recorre tanto à palavra


(linguagem verbal) quanto à imagem, som, etc (linguagem não verbal). Exemplos:
história em quadrinhos, filme, outdoor.

Diferença entre língua e linguagem

A diferença entre língua e linguagem é que a língua é apenas um dos vários tipos de
linguagem que existem. A linguagem serve para comunicar, portanto, a língua
comunica, os nossos gestos e as imagens comunicam também.

A língua é uma forma convencionada de comunicação utilizada por um grupo de


pessoas. Geralmente a língua é verbal. Dizemos geralmente, porque não podemos
esquecer que a Libras - Língua Brasileira de Sinais - é a língua oficial da comunidade
surda no Brasil, e ela recorre a sinais e expressões faciais, e não às palavras.

Funções da linguagem

O objectivo da linguagem é comunicar, e a comunicação pode ser feita com vários


objectivos ou intenções diferentes

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Existem seis funções da linguagem: referencial, emotiva, poética, conativa, fática e
metalinguística.

A função referencial é usada para informar, transmitir conhecimento. Exemplos:


notícia, aula.

A função emotiva é usada para transmitir emoções. Exemplos: cartão para desejar feliz
aniversário a alguém, aplauso.

A função poética é usada para dar destaque à mensagem comunicada. Exemplos:


anúncio publicitário, poema.

A função conativa é usada para influenciar alguém. Exemplos: discurso político,


propaganda.

A função fática é usada para estabelecer a comunicação. Exemplos: cumprimentar


alguém, iniciar uma conversa ao telefone.

A função metalinguística é usada para explicar um código utilizando esse código.


Exemplos: uma frase que explica o que é uma frase, um vídeo que explica como fazer
um vídeo.

É importante lembrar que quando comunicamos algo utilizamos várias funções da


linguagem, mas há sempre uma que predomina.

Por exemplo, durante uma aula, um professor pode ensinar um conceito (função
referencial) e utilizar uma paródia para chamar a atenção dos alunos e ajudá-los a fixar
melhor o conceito (função poética).

Discurso

Ele é baseado em um conjunto de pensamentos e visões de mundo derivados da posição


social desse grupo ou instituição que permitem que esse grupo ou instituição se sustente
como tal em relação à sociedade, defendendo e legitimando sua ideologia, que é sempre
coerente com seus interesses.

O termo discurso é ainda reivindicado por linguistas, psicólogos, antropólogos e


sociólogos de diversas orientações teóricas. Assim, ora aparece associado a perspectivas
cognitivistas, ora a concepções interacionistas, pragmáticas etc. Há ainda aproximações

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do termo discurso com conceitos como o de texto e o de gênero textual, sendo que nas
abordagens mais textuais a ideia de unidade semântica do texto se apresenta como fator
relevante. Na visão de Trask (2006, p. 84), é o fato de um dado texto escrito ou falado
ser conexo que o caracteriza como discurso. Nesse sentido, são importantes as noções
de coesão e coerência, oriundos da Linguística Textual.

Discurso segundo Aristóteles

Aristóteles, ao longo do Organon, acaba tipificando quatro espécies de discurso,


segundo sua finalidade, ordenando-os segundo o grau de rigor que o método produz. A
concepção de discurso tratada por Aristóteles se liga mais à primeira acepção da
palavra, conforme explicado anteriormente.

O discurso lógico, que é o método pelo qual se atinge a uma certeza no qual o axioma
resultante é tido como verdadeiro e indubitável, pode ser produzido mecânica ou
eletronicamente por engenhos e tem indispensável aplicação, principalmente, na
matemática.

O discurso dialéctico, que embora não objective alcançar a certeza absoluta, tenta obter
a máxima probabilidade de certeza e veracidade que se verifica da síntese entre duas
afirmações antagônicas, a saber a tese e sua antítese.

Já no discurso retórico não há o menor comprometimento na busca da verdade, nem


da sua demonstrável probabilidade. Aqui o orador ou escritor objectiva apenas
convencer o ouvinte ou leitor de que sua tese é certa ou verdadeira, utilizando-se do
modo de falar, dos gestos e até da maneira de se vestir como factores para influenciá-lo
ou persuadi-lo.

No discurso poético o grau de certeza ou veracidade nada importa, ou melhor, até pode
laborar contra o discurso posto que aí a razão é abandonada em favor da ficção ou da
fantasia. Neste método o que se busca é influir na emoção e não no raciocínio do
ouvinte ou leitor, como modo de impressioná-lo

Discurso segundo Émile Benveniste

Segundo a concepção do linguista francês Émile Benveniste, o discurso é a expressão da


língua como instrumento de comunicação.

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Benveniste foi responsável pelo desenvolvimento da Teoria Enunciativa, em que define
enunciação como a necessidade de referir pelo discurso. A enunciação é entendida
como um processo pelo qual o sujeito do discurso mobiliza a língua por sua própria
conta, ela converte a língua em discurso pelo emprego que o locutor faz dela,
semantizando-a. Simplificando, a enunciação é a discursivização da língua.

Dentro desse conceito surge o sujeito do discurso, tido como centro de referência
interna, do qual emergem marcas de pessoa (eu – tu), de ostensão, espaço e tempo,
representadas por pronomes. Definem-se o locutor, quem fala, e o alocutário, o outro
para quem se fala, além da não pessoa “ele”, qualquer um ou qualquer coisa de que se
fala no discurso.

Essas formas pronominais não remetem à realidade nem a posições objetivas no espaço
e no tempo remetem unicamente à enunciação que as contém. Cria-se então uma
realidade de discurso, original e fundamental. A dimensão semântica proposta pelo
linguista trata da língua colocada em uso por um locutor e diferencia-se do carácter
estruturalista da obra de Saussure, em que o sujeito se encontra na fala e não constitui
objecto da linguística.

Quanto à fala, na narração pode vir de três formas: discurso directo, discurso indirecto e
discurso indirecto livre.

Discurso Directo

O discurso directo é o Registro das palavras proferidas por uma personagem. O narrador
deve expor a fala da personagem através do recurso gráfico: travessão ou aspas. É um
tipo de discurso alheio a quem narra a história, ou seja, não há interferência por parte do
narrador.

Alguns verbos, chamados de elocução, são utilizados no começo, no meio ou após os


discursos, são eles: dizer, perguntar, responder, exclamar, ordenar, falar, protestar,
contestar, alegrar, alegar, concordar, etc..

Discurso Indirecto

O discurso indirecto é definido como o Registro da fala da personagem sob influência


por parte do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para

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que haja entendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma-se citar o nome
de quem proferiu a fala ou fazer algum tipo de referência. Observe:

Discurso Indirecto Livre

O discurso indirecto livre ocorre quando a narrativa é interrompida para dar lugar a uma
fala da personagem sem, contudo, utilizar o recurso gráfico (aspas, travessão) do
discurso directo. As falas ou pensamentos das personagens surgem abruptamente
durante a narração e, por este motivo, o leitor deve estar atento ao que lê.

Exemplo: Maria falava muito baixo, quase cochichando, independente de onde estava.
Não achava ético conversar, mesmo que com o som da voz moderado, normal para a
maioria. Conversar para os outros ouvirem? Para que? E todo mundo tem que saber o
que faço ou o que penso? Alguns pensavam que era timidez, mas ela não se importava.

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Conclusão

Ao finalizarmos o trabalho, compreendemos que a linguística e as ciências sociais, o


discurso é uma forma de linguagem escrita (texto) ou falada (conversação no seu
contexto social, político ou cultural). A antropologia e a etnografia falam também de um
evento de comunicação. A filosofia, por sua vez, considera o discurso como sendo um
sistema social de pensamento ou de ideias. A análise do discurso é uma área
multidisciplinar, desenvolvida a partir da década de 1960 com contribuições de várias
ciências. Esta abordagem transdisciplinar considera o discurso de diversas formas:
como uma estrutura verbal, um evento comunicativo cultural, uma forma de interacção,
um sentido, uma representação mental ou um signo, por exemplo.

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Bibliografia

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 5ª Edição, São Paulo, Hucitec,


1990.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978.

BERNARDO, João. Para Uma Teoria do Modo de Produção Comunista. Porto,


Afrontamento, 1975

Equipe editorial de Conceito.de. (1 de Maio de 2011). Atualizado em 16 de Agosto de


2019. Discurso - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/discurso

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