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aprendizagem da l em da
leitura e escrita
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Bem vindo(a)!
Por m, lembre-se caro(a) estudante, que o texto apresenta não irá esgotar todas as
possibilidades de pensar e reetir acerca das temáticas abordadas, mas irá iniciar
momentos importantes e oportunos para a compreensão das análise realizadas
acerca das temáticas propostas.
Assim, vamos dar início ao nosso trabalho. Tema uma ótima leitura e não se esqueça!
Esse é só seu primeiro passo no campo da Diculdades no processo de aprendizagem
da leitura e escrita. Faça outras viagens, teça outras teias e consolide seu
conhecimento no campo da formação humana.
Sumário
Essa disciplina é composta por 4 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações nais.
Unidade 1 Unidade 2
Estrutura do desenvolvimento da Aprendizagem da leitura e da
linguagem e aprendizagem escrita no sistema alfabético
Unidade 3 Unidade 4
Diculdades de aprendizagem da Diculdades de aprendizagem da
escrita leitura
Estrutura do
desenvolvimento da
linguagem e aprendizagem
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Sumário
Introdução
1 - Introdução e conceitos
Considerações nais
Introdução
Prezado(a) estudante.
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de
nossa primeira unidade.
Boa leitura!
Plano de Estudo:
1. Introdução e Conceitos
2. Fundamentos Biológicos e Sociais do Desenvolvimento Linguístico
3. Fases do Desenvolvimento Linguístico Infantil
Objetivos de Aprendizagem:
1. Analisar os conceitos de linguagem, língua e fala e suas relações. 2. Estudar
os fundamentos biológicos e sociais do desenvolvimento linguístico. 3.
Conhecer as fases do desenvolvimento linguístico infantil.
Introdução e conceitos
Neste primeiro tópico de nossa primeira unidade vamos analisar os conceitos
linguagem, língua e fala, no qual são três conceitos indissociáveis no processo
comunicativo, porém individualmente diferenciáveis entre si.
CONCEITUANDO
Já a língua é como um bem público, já que é de uso comum dos que dela se utilizam
para atos de comunicação. A língua é exterior aos indivíduos e, por isso, eles não
podem criá-la ou modicá-la individualmente. Ela só existe em decorrência de uma
espécie de contrato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao qual todos
aderiram. (TERRA, 2018).
Antes de darmos sequência em nossos estudos, é preciso, antes de mais nada, fazer
uma observação sobre o que é uma língua. “Tendemos a pensar que o vocabulário (ou
léxico) é o centro da língua, porque para ns comunicativos é verdade que devemos ser
capazes, entre outras capacidades, de nomear as coisas”. Mas é verdade também que,
sem saber, por exemplo, “quais são os princípios que norteiam a ordem das palavras
numa língua, não é possível alguém se fazer compreender nela, mesmo conhecendo
seus itens lexicais”. (GROLLA; SILVA, p. 37-38).
Por m a fala, ou também conhecida como linguagem oral, no qual este conceito
envolve conversar, contar e recontar experiências vividas, ouvir e contar histórias e
contos, imitar adultos ou outras crianças falando, enm, “são várias as oportunidades de
construção da linguagem e suas capacidades de comunicação”. (AMPLATZ, 2019, p.
55).
A língua, como vimos caro(a) estudante, até o presente momento, é um código verbal
constituído por regras comuns aos falantes de determinada comunidade. Ela pode ser
representada tanto pela língua falada quanto pela língua escrita. Desse modo, esses
dois tipos de representação são maneiras diferentes de se apropriar da língua para
atingir determinada intenção comunicativa.
Para tanto, é importante observar a relação fala e escrita como imbricada e permeada
pelas práticas sociais. No mundo atual, as crianças convivem desde cedo com práticas
de escrita, “vê pessoas lendo ou escrevendo, folheia gibis, revistas, livros, identica a
escrita nas ruas, no comércio”. (SOARES, 2009, p. 17).
Depois de termos aprendido alguma língua, podemos usá-la para dizer qualquer
coisa, desde que saibamos o assunto sobre o qual estamos falando ou escrevendo, e
para saber sobre qualquer assunto, precisamos da linguagem.
Caro(a) estudante, ainda hoje pouco se sabe sobre o percurso da evolução biológica da
espécie humana que levou ao surgimento e desenvolvimento da linguagem. Mas, não
resta dúvida de que os impactos desse fato são muito profundos, uma vez que a
linguagem desempenha o papel primordial na evolução cultural e tecnológica da
humanidade, sendo intrinsecamente uma manifestação biológica e social ao mesmo
tempo. “Podemos armar que é a linguagem que temos que nos torna seres humanos”.
(GODOY; DIAS, 2014, p. 16, grifo nosso). No entanto, isso não signica que os animais não
tenham uma linguagem e uma comunicação sosticadas.
REFLITA
Caro(a) estudante a partir destes fatos que a linguagem é uma característica biológica
especíca da nossa espécie.
Fases do desenvolvimento
linguístico infantil
Neste último tópico de nossa primeira unidade iremos conhecer as fases do
desenvolvimento linguístico infantil. Existem diferentes tipos de linguagem: a corporal,
a falada, a escrita e a gráca. Para se comunicar a criança utiliza, tanto a linguagem
corporal (mímica, gestos, entre outros), como a linguagem falada. Lógico que ela ainda
não fala, mas já produz linguagem. Vamos ver como!
Nas primeiras semanas de vida, a maioria dos bebês, quando não está dormindo,
chorando ou mamando, permanece calada. O choro da criança signica que ela está
experimentando algum desconforto. Porém, nesse período, o choro e outros sons que
o bebê produz são involuntários, ou seja, “trata-se de manifestações sonoras
condicionadas siologicamente, que são chamadas de reexivas”. (GODOY; DIAS, 2014).
Passados poucos meses, a criança começa a produzir outros tipos de sons que
signicam que está tudo bem com ela, para alegria dos pais. Esses sons são anteriores
ao balbucio e, por isso, são de difícil representação gráca. (GODOY; DIAS, 2014).
Nesse período de sua vida, quando surge o chamado arrulho, a criança começa a
distinguir os sons vocálicos e consonantais, ainda que de uma forma difusa, e
rapidamente passa a associar os sons da voz de sua mãe com experiências ou
sensações agradáveis, normalmente reagindo com um sorriso, o qual é considerado
como um indício importante de que a criança relaciona as coisas de seu interesse, de
seu mundo, com a fala. (GODOY; DIAS, 2014).
SAIBA MAIS
Quando a criança responde com balbucio à voz de um adulto, ela está começando a
envolver-se com a comunicação verbal. Nessa fase, os bebês já são altamente
socializados e, entre “os 12 e os 18 meses, muitos deles proferem claramente palavras
conhecidas”. A partir dessa fase, a criança está pronta para começar a falar e
desenvolver progressivamente sua comunicação verbal. (GODOY; DIAS, 2014, p. 47).
Nessa idade, crianças se expressam por meio de palavras isoladas. Durante esse
período, o vocabulário infantil é de mais ou menos 50 palavras formadas por uma ou
duas sílabas. A área conceitual, que corresponde a uma sequência sonora (palavra), se
modica e seu signicado pode se expandir ou se contrair. É importante observar que as
palavras da criança nessa primeira fase da evolução da linguagem não se referem
exatamente a um objeto ou a um indivíduo. Assim, uma palavra como au-au pode
signicar não só a informação sobre a presença de um cachorro (ou qualquer outro
bicho - conceito expandido); o signicado dessa palavra pode ser equivalente ao
signicado de uma sentença: “Quero brincar com este cachorro”; “Tenho medo de
cachorro”; “Vem aqui, cachorrinho!”, entre outras. (GODOY; DIAS, 2014, p. 51).
A partir do segundo ano de vida, por volta dos 18 a 24 meses, a criança começa a
combinar palavras em sentenças de duas e, depois, três unidades. “Essa associação é o
primeiro passo no desenvolvimento da sintaxe”. (GODOY; DIAS, 2014, p. 51).
Vale a pena acrescentar aqui que se, a rigor, a aquisição da fonologia se completa por
volta de 7-8 anos, o desenvolvimento da morfologia e da sintaxe se aprimora ao longo
dos anos e a aquisição dos léxicos continua por todas a existência de um indivíduo.
(GODOY; DIAS, 2014).
Outra prova da existência do período crítico para adquirir linguagem se encontra nos
limitados progressos no domínio de uma língua em crianças que foram privadas de
experiências linguísticas por razões de isolamento social ou de connamento. Existem
registros de casos de crianças raptadas por lobos e macacos e de crianças mantidas
pelas próprias famílias em condições subumanas ou até desumanas. Quando essas
crianças forem desenvolvidas ao convívio humano em tenra idade, elas poderão
atingir o desenvolvimento normal da linguagem e, quanto mais velhas forem essas
crianças, menos sucesso linguístico elas alcançarão. (GODOY; DIAS, 2014).
Livro
Filme
Aprendizagem da leitura e
da escrita no sistema
alfabético
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Sumário
Introdução
2 - Modelos teóricos
3 - Métodos de aprendizagem
Considerações nais
Introdução
Prezado(a) estudante.
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de
nossa primeira unidade.
Boa leitura!
Plano de Estudo:
1. Processos Cognitivos envolvidos na Leitura e Escrita.
2. Modelos Teóricos.
3. Métodos de Aprendizagem.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Abordar os conceitos dos processos cognitivos envolvidos na leitura e escrita.
2. Conhecer alguns dos modelos teóricos da leitura e escrita. 3. Estudar os
métodos de aprendizagem.
Iniciamos este tópico com a citação de Solé (1998, p. 22), para quem “a leitura é um
processo de interação entre o leitor e o texto”.
A criança compreende o sistema alfabético na prática de leitura, que tem início antes
de ela frequentar a escola. A escrita ultrapassa os limites da sala de aula, pois está no
dia a dia de todas as etapas da vida e atinge a todos. (AMPLATZ, 2019). Desde cedo as
crianças reconhecem e distinguem palavras de guras ao abrir um livro.
As crianças começam a ler antes mesmo da alfabetização. Elas folheiam livros e fazem
de conta que estão lendo. Os desenhos comunicam com facilidade e a escrita é
adquirida com o tempo. Ensinar a ler é dar condições para que a criança resolva
problemas que a permitam avançar como consumidora e produtora de textos.
(AMPLATZ, 2019)
No entanto, faz-se importante destacar que, apesar da escola ser vista como um local
onde se aprende a ler e a escrever, ela nem sempre consegue exercer esse papel de
forma satisfatória, isto é, instigar os alunos a uma leitura aprofundada, pois, as escolas
recebem crianças de várias classes sociais, em especial, as de baixa renda, onde o
ambiente familiar que estas estão inseridas, muitas vezes, não utiliza a escrita como
forma de resolver problemas do cotidiano, isto é, não há uma circulação de leitura em
sua casa; dessa forma, ca muito complicado a criança, provinda dessa realidade,
enfrentar as obstáculos do entendimento da leitura, então, “as atividades na pré
escola devem ser conduzidas de modo a fazer com que as crianças recuperem a
funcionalidade da leitura”. (CABRAL, 1986, p. 18).
Os processos de leitura não são intrínsecos ao aluno, por isso, eles devem ser mediados
pelo professor, e este deve estar capacitado para isso, tendo em vista que leituras
diversas e especícas são exigidas para cada tipo de texto. (CABRAL, 1986).
Etapas Descrição
Agora, caro(a) estudante, apresentamos as etapas de leituras, que são fortes aliadas ao
professor para o desenvolvimento dos processos de leitura, veremos, no tópico a
seguir, as estratégias de leituras, as quais são fundamentais para que professores
aprimorem a compreensão textual de seus alunos.
Para ciência, de você estudante, utilizaremos como fonte de informação para tratar
sobre a temática a autora Solé (1998) no qual nos apresenta algumas estratégias de
leitura, que são essenciais para que professores melhorem a compreensão textual de
seusalunos. Estasestratégiaspodem serexploradasantes,duranteedepois da leitura.
Quadro 2: Estratégias de leitura: antes da leitura.
Estratégias Descrição
Vimos as estratégias que podem ser adotadas antes da leitura, veremos as que podem
ser exercidas durante a leitura. Dessa, forma, vejamos as duas estratégias propostas
por Solé (1998):
Quadro 3: Estratégias de leitura: durante a leitura.
Estratégias Descrição
Depois da leitura, temos três estratégias, que a autora Solé (1998) nos apresenta as
quais o professor deve trabalhar a identicação da ideia principal do texto; propor que
os alunos façam o resumo deste, porém que esse resumo seja ensinado pelo professor;
e formulação e resposta de perguntas.
Quadro 4: Estratégias de leitura: depois da leitura.
Estratégias Descrição
Trabalhar É preciso ter em mente que, por mais que os alunos
a ideia encontrem em um texto a ideia principal, isso não garante
principal que eles a encontram nos demais, pois essa habilidade é
do texto adquirida paulatinamente. Dessa forma, cabe destacar que
a ideia principal é fruto da associação de três elementos:
dos objetivos de leitura que guiam o leitor; dos
conhecimentos prévios deste; e da informação que o autor
queria transmitir mediante seus escritos.
Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira
da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a
torcer.
Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a
mão.
Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais
outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada
na corda ou no varal, para secar.
Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi
feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."
Comparando o ato de escrever ao ofício das lavadeiras, Graciliano põe por terra a ideia
de que a escrita seria “automática”, de que o texto resultaria de um momento mágico,
que não demandaria elaborações e preparo. Ao contrário, o escritor concebe a escrita
como um trabalho constituído de uma série de etapas, as metáforas esfregar, torcer,
enxugar, atividades necessárias para quem “se mete a escrever”, para fazer a palavra
“dizer”. Trata-se de um ponto de vista que vai de encontro àquele que predominou no
campo da literatura em determinado momento - o que reduz a criação literária ao
culto da forma, a fazer a palavra “brilhar como outro falso”. (CAVALCANTI, 2010, p. 86).
SAIBA MAIS
Você acadêmico(a) sabia que, os sumérios inventaram os caracteres
cuneiformes em 3300 a. C?
Para saber mais sobre estas fases leia o livro do autor Cagliari (2010), boa
leitura!
https://blog.psiqueasy.com.br/2018/07/09/teste-abc-completo-leitur
a escrita-maturidade/
Modelos teóricos
Neste tópico vamos conhecer alguns dos modelos teóricos da leitura e escrita, aqui
será uma prévia do que estudaremos ao longo de nossa disciplina.
Se, por um lado, a transição da teoria behaviorista para a teoria cognitiva representou
uma mudança drástica de paradigma, por outro, a transição da teoria cognitiva para a
perspectiva sociocultural pode ser vista como um aprimoramento daquela, e não em
termos de uma grande mudança paradigmática. (GODOY; DIAS, 2014)
O paradigma cognitiva ganhou força no Brasil por meio das pesquisas e estudos sobre
a psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro. Como arma Soares (2004), essa
perspectiva alterou signicativamente da língua escrita pela criança. Esta deixa de ser
considerada como dependente de estímulos externos para aprender o sistema de
escrita - concepção presente nos métodos de alfabetização inuenciados pelo
paradigma behaviorista até então em uso - e passa a ser “sujeito ativo capaz de
progressivamente reconstruir esse sistema de representação, interagindo com a
língua escrita em seus usos e práticas sociais”. (SOARES, 2004, p. 10-11).
No ato da escrita, deve-se pensar em como o leitor fará para descobrir o que foi escrito.
Dessa forma, o autor citado anteriormente elucida que o segredo da alfabetização é o
processo de compreensão do sistema gráco, o que acontece na atividade de leitura.
Tendo como base essa constatação, Cagliari (2009) enfatiza que a falha da escola está
no fato de privilegiar atividades de escrita - como a cópia, a prática de caligraa e o
ditado - na alfabetização.
ATENÇÃO
Métodos de aprendizagem
Neste último tópico de nossa unidade estudaremos os métodos de aprendizagem da
leitura e escrita. No início do processo de alfabetização, muitas crianças estão
animadas e curiosas para se apossar da leitura e da escrita; por isso, essa é a ocasião
oportuna para que professores as motivem para o hábito de ler e escrever. O professor
deve ter a consciência de que o processo de alfabetização está em suas mãos e que é
de grande responsabilidade dele em se aprofundar e se dedicar aos métodos de
alfabetização, pois, se o professor não ter esse compromisso, as crianças podem se
sentir desmotivadas para a aprendizagem.
Além disso, os professores devem se apropriar de métodos que façam sentido para o
aluno, onde este possa ver a relevância da atividade de leitura e escrita, e, ainda,
escolher métodos que estejam inseridos na realidade da criança. (MARTINS;
SPECHELA, 2012).
Historicamente, a leitura foi objeto privilegiado da alfabetização, o que se revela na
referência frequente, até os anos 1980, a “métodos de leitura”e a “livros de leitura”,
independentemente do pressuposto pedagógico adotado: métodos sintéticos e
análisticos, predominantes nesse período, privilegiavam a leitura, limitando à escrita à
cópia ou ao ditado; a escrita real, autêntica, isto é, “a produção de textos, era
considerada como posterior ao domínio da leitura, ou como decorrência natural desse
domínio”. (SOARES, 2016, p. 25).
Métodos Sintéticos
Os métodos sintéticos procedem-se a partir da soletração, esse método proporciona
que “primeiro a criança internaliza as unidades menores (fonemas), para depois
gradativamente chegar às unidades maiores". (ALMEIDA, 2008, p. 4234). Isso signica
que, inicialmente, a criança realiza o processo de decodicação, para, em um
amadurecimento futuro, compreender a leitura e a escrita (RANGEL; SOUZA; SILVA,
2017).
Portanto, para que se evite problemas como mencionado por Carvalho (2008), o
professor deve ter conhecimento desse método de alfabetização, antes de aplicá-lo
em seus alunos.
O método analítico
As linhas de raciocínio do método analítico se opõem às dos métodos sintéticos, esse
método objetiva alfabetizar os alunos, a partir de parte maiores para partes menores,
isto é, a partir de orações ou histórias.
Vamos estudar mais um pouco sobre este método, na próxima unidade de estudo de
nossa disciplina.
SAIBA MAIS
Filme
Diculdades de
aprendizagem da escrita
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Sumário
Introdução
Considerações nais
Introdução
Caro(a) estudante.
A compreensão desta unidade contribuirá para a sua formação neste curso superior.
Boa leitura!
Plano de Estudo:
1. A aquisição da linguagem escrita.
2. As diculdades de aprendizagem da escrita.
3. Diculdades de aprendizagem especícas.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Estudar a aquisição da linguagem escrita.
2. Analisar e discutir as diculdades de aprendizagem da escrita.
3. Conhecer outras diculdades de aprendizagem especícas.
A escrita é uma das formas superiores de linguagem, requer que a pessoa seja capaz
de conservar a ideia que tem em mente, ordenando-a numa determinada sequência e
relação.
Escrever signica relacionar o signo verbal, que já é um signicado, a um signo gráco. É
planejar e esquematizar a colocação correta de palavras ou ideias no papel. O ato de
escrever envolve o mecanismo e a expressão do conteúdo ideativo. Na escrita se
estabelece uma relação entre a audição (palavra falada), o signicado (vivência da
criança) e a palavra escrita.
A escrita pode ser concebida de duas formas muito diferentes e conforme o modo de
considerá-la as consequências pedagógicas mudam drasticamente. A escrita pode ser
considerada como uma “representação da linguagem” ou como um “código de
transcrição gráca das unidades sonoras”. (FERREIRO, 2011, p. 14).
Calma estudante não vamos interpretar errado a expressão “criança reinventa esses
sistemas” (letras e números), mas que, para poderem se servir desses elementos como
elementos de um sistema, devem compreender seu processo de construção e suas
regras de produção.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre os períodos de Emília Ferreiro, citados acima, leia o
livro intitulado Reexões sobre alfabetização, no qual a autora traz
descrições e ilustrações para melhor compreensão.
Fonte: FERREIRO, Emilia. Reexões sobre alfabetização. 26. ed. São Paulo:
Cortez, 2011.
silábico No nível III, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada
uma das letras que compõem a palavra. Surge a
chamada hipótese silábica, isto é, cada graa traçada
corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser
usadas letras ou outro tipo de graa. Há, neste momento,
um conito entre a hipótese silábica e a quantidade
mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida. A
criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica,
precisa usar duas formas grácas para escrever palavras
com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias
iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres.
Este conito a faz caminhar para outra fase. Quando a
criança, nalmente, compreende que a escrita representa
os sons da fala, ela pensa, no início, que para cada sílaba
falada escreve-se uma única letra. Se você já ouviu a
expressão "sua lha está no nível silábico" ou "sua lha está
silábica", saiba que é isso quer dizer a fase da aprendizagem
da escrita em que a criança acredita que se usa apenas
uma letra para escrever cada sílaba das palavras. Esse é o
motivo pelo qual sua lha omite letras: ela pensa, nesse
momento, que uma só letra basta para escrever cada
sílaba. Nessa etapa, as crianças usam preferencialmente as
vogais, escrevendo, por exemplo, AAO ou CAO ou AVO para
representar a palavra "cavalo".
intermediár No nível IV, ocorre, então a transição da hipótese silábica
io II ou para a alfabética. O conito que se estabeleceu - entre
silábico uma exigência interna da própria criança ( o número
alfabético mínimo de graas ) e a realidade das formas que o meio
lhe oferece, faz com que ela procure soluções. Ela, então,
começa a perceber que escrever é representar
progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda
que não o faça corretamente. Antes de atingir o chamado
nível fonético, que é a escrita convencional, em que cada
fonema é representado por uma letra, a criança passa por
uma fase intermediária denominada silábico-alfabética.
Nessa fase, a criança escreve cada sílaba, ora com uma
letra, ora com duas. Exemplo: CAVAO, CAAO. O processo
de transição das fases até este nível é o mesmo pelo qual
ela chegou até o nível silábico: fazendo suas descobertas
à medida que lê, escreve, compara a sua escrita com a da
professora, faz perguntas sobre sua própria escrita para
vericar se escreveu corretamente, observa e copia
palavras memorizadas como nomes de pessoas e marcas
comerciais.
Notamos, assim, que a Psicogênese da Língua escrita por Emília Ferreiro e Ana
Teberosky abre espaços para uma gama de possibilidades, tais como: a valorização dos
conhecimentos que os alunos apresentam ao chegarem à instituição ensino; o
respeito com as individualidades adquiridas pelos alunos; identicar por meio das
práticas pedagógicas e metodológicas os meios de adaptar recursos de ensino e de
recomeçar com o aprendiz, quando necessário.
As diculdades de aprendizagem da
escrita
Neste segundo tópico de nossa unidade iremos analisar e discutir alguns dos
transtornos funcionais especícos mais comentados nos espaços escolares,
relacionados especicamente às diculdades de aprendizagem da escrita, sendo eles:
disgraa e disortograa, assim como apontar as características de cada um deles para
que o prossional psicopedagogo possa compreendê-los melhor.
O processo evolutivo da escrita passa por três fases distintas: a primeira fase é a pré
caligráca, na qual o traçado é tremido, torto ou arqueado e as margens são
desordenadas; a segunda fase é a caligráca, na qual há o aumento de rapidez e
regularização da escrita - é feito o esboço de uma denição de estilo; terceira e última
fase é a pós-caligráca, em que ocorre a automação da escrita. (MONTIEL; CAPOVILLA,
2009).
CONCEITUANDO
Portanto, consideramos uma pessoa com disgraa aquela que, culturalmente, não
consegue produzir uma escrita aceitável, “apesar de possuir nível intelectual
adequado, receber instrução também adequada, sem décits sensoriais e lesões
neurológicas especícas, submetido ao mesmo processo de prática da escrita no
decorrer de sua formação acadêmica”. (MONTIEL; CAPOVILLA, 2009, p. 187).
Cabe ressaltar que, nos casos de disgraa, podem-se perceber, também, distúrbios de
motricidade ampla e especialmente na, bem como “distúrbios de coordenação
visiomotora, a deciência da organização temporoespacial, os problemas de
lateralidade e direcionalidade”. (LEAL; NOGUEIRA, 2012, p. 76).
CONCEITUANDO
A comunicação é uma atividade exercida pela criança desde muito cedo. Ela antecede
a fala, manifestando-se quando a criança brinca, solicita algo de que necessite, como
comida ou brinquedo, ou acusa uma dor. Nesse período inicial da vida, a comunicação
pode ocorrer também por meio de choro, gestos e olhares. (LEAL; NOGUEIRA, 2012).
Do ponto de vista biológico, para que a criança aprenda a falar, é preciso que os órgãos
sensoriais e o sistema nervoso estejam funcionando adequadamente, bem como que
o processo interacional evolua de forma satisfatória. Ao compreender os códigos da
fala, o indivíduo vai desenvolvendo a linguagem a ponto de poder interagir com o
meio na qual está inserido, efetivando a comunicação. (LEAL; NOGUEIRA, 2012).
CONCEITUANDO
As dislalias, embora pareçam normais quando a criança ainda é pequena, precisam ser
identicadas e tratadas o mais rápido possível, por isso, é preciso que os adultos estejam
atentos à fala da criança e o diagnóstico seja realizado por uma equipe
multidisciplinar. O tratamento costuma consistir em exercícios, por meio dos quais se
treinam os movimentos do órgão afetado, que geralmente é a língua. (LEAL;
NOGUEIRA, 2012).
CONCEITUANDO
https://www.youtube.com/watch?v=zdYWQUoD-O0
Livro
Filme
Diculdades de
aprendizagem da leitura
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Sumário
Introdução
1 - A aquisição da leitura
Considerações nais
Introdução
Caro(a) estudante.
Este texto contribuirá para a sua melhor compreensão sobre a temática abordada
neste última unidade.
Boa leitura!
Plano de Estudo:
1. A aquisição da leitura.
2. As diculdades na aprendizagem da leitura.
3. Diculdades de aprendizagem especícas.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Estudar a aquisição da leitura.
2. Analisar e discutir a diculdade na aprendizagem da leitura.
3. Conhecer outras diculdades de aprendizagem especícas.
A aquisição da leitura
Neste primeiro tópico da última unidade iremos estudar o processo de aquisição da
leitura, a grande maioria dos modelos teóricos de aquisição de leitura e escrita divide
esse processo em vários estágios ou fases, como estudamos anteriormente. A leitura
pode ser estudada sob vários aspectos, como: sócio-cultural, afetivo, pedagógico e
cognitivo.
Podemos considerar que ler é um processo complexo, iniciado antes dos primeiros
anos escolares e que se desenvolve nos anos posteriores, até o leitor se tornar
competente. Para desenvolver essa competência, executando-a com autonomia, o
leitor precisa compreender o que lê, interpretando textos de diferentes complexidades
e atribuindo sentido a eles.
REFLITA
No entanto, ainda há pouca pesquisa rigorosa sobre os meios mais ecientes para
atingir tais resultados, bem como ainda falta saber mais detalhadamente como se
pode desenvolver melhor a habilidade de decodicação, a qual já permite uma leitura
autônoma, e sobretudo, como estimular, a partir desta, a leitura hábil, automática,
baseada na ativação de representações lexicais ortográcas consolidadas em uma
forma de memória a longo prazo. Toda essa interação complexa tem de ser mais bem
compreendida para se poder elaborar uma prática pedagógica da leitura e formas
mais ecazes de ajudar os alunos em diculdade.
A criança compreende o sistema alfabético na prática de leitura, que tem início antes
dela frequentar a escola, como relatamos no início de nosso tópico. As crianças
começam a ler antes mesmo da alfabetização. “Elas folheiam livros e fazem de conta
que estão lendo. Os desenhos comunicam com facilidade e a escrita é adquirida com o
tempo”. Ensinar a ler “é dar condições para que a criança resolva problemas que a
permitam avançar como consumidora e produtora de textos”. (AMPLATZ, 2019, p. 164).
Agora vamos conhecer algumas maneiras para ler as palavras, segundo os autores
Maluf e Cardoso-Martins (2013).
Ainda os autores supracitados expõem que a leitura deve ser praticada para se adquirir
esse conhecimento, para que isso aconteça, devemos auxiliar a criança nos seguintes
processos:
Assim, para incentivar uma boa leitura, o professor precisa desenvolver a habilidade da
decodicação com estratégias que levam a essa compreensão. E ainda, para levar a
criança a ler, o professor não precisa ensinar todas as palavras. Deve, principalmente,
levá-la a reetir sobre os métodos de leitura e o conteúdo do texto. Dar um tempo à
criança é importante para ela poder processar as etapas da fala ao ler, principalmente
em voz alta. Ela precisa processar o ritmo e a entonação, anal, os aspectos fonéticos
são programados, no mínimo, no nível dos grupos tonais. (AMPLATZ, 2019).
SAIBA MAIS
Você sabia caro(a) acadêmico que uma leitura pode ser ouvida, vista ou
falada?
Segundo o autor Cagliari (2010), a leitura oral é feita não somente por
quem lê, mas pode ser dirigida a outras pessoas, que também “leem” o
texto ouvido. Ouvir histórias é uma forma de ler. Quando os adultos se
dedicam a fazer isso para as crianças, contribuem com o desenvolvimento
dos pequenos.
As diculdades na aprendizagem da
leitura
Neste segundo tópico iremos conhecer e explanar o distúrbio mais conhecido
relacionado a leitura a dislexia. A leitura constitui uma criação cultural recente da
humanidade e requer, para a sua reprodução em cada indivíduo, ensino
institucionalizado e sistemático, vários anos de treinamento, uma longa prática
cotidiana.
Atualmente, a dislexia pode ser classicada de várias formas, de acordo com o critério
utilizado por cada autor e por tanto, há várias tentativas de explicar a dislexia.
CONCEITUANDO
A autora citada relata e suas pesquisa que existe também uma espécie de quarto tipo
que ela classica como características disléxicas. “É quando o indivíduo tem algumas
características consideradas próprias da dislexia, mas que, isoladas, nada signicam ou
podem ser causadas por outros distúrbios, às vezes, bem mais simples de curar”. É
nestes casos que “alguns prossionais despreparados acabam confundindo-se ou, até
mesmo de propósito, acabam confundindo-se ou, até mesmo de propóstico, acabam
diagnosticado como dislexia um distúrbio que provavelmente se cure até sozinho”.
(OLIVIER, 2011, p. 52).
Dentre destes tipos citados acima, existem variações que aparecem tornar cada caso
em um caso e cada disléxico em único. Não tem como generalizar.