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TEXTO BASE
LÍNGUA E LINGUAGENS:
ASPECTOS LINGUÍSTICOS
PROFESSOR:
GLÁUCIO DE CASTRO JÚNIOR
S E C R E TA R I A D E
DIRETORIA DE
E D U C A Ç Ã O C O N T I N U A D A, MINISTÉRIO DA
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E EDUCAÇÃO
BILÍNGUE DE SURDOS
A D U LT O S , D I V E R S I D A D E E I N C L U S Ã O
Olá, caro (a) aluno (a)!
Para que o/a aluno (a) tenha um bom rendimento e consiga apreender os
Língua de Sinais.
abordados.
Bons estudos!
1.1 Definição de Linguística
houvesse pelo menos uma língua cuja descrição tal distinção não se
histórica.
XVII.
A língua é algo que normalmente não nos preocupa: algo familiar desde
inerentemente mais puro que outro; ou, uma vez mais, certa língua pode
sistemática.
pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por outro lado, não é
fala/sinalização.
imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é
verdade?
Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como
Cartão Vermelho:
denúncia de falta grave no futebol.
Placas de Trânsito
à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás
“quebra-molas”.
própria de organizar as suas ideias. O texto, dessa forma, nada tem a ver
com o leitor ou com quem se fala, e sim, somente com o enunciador. Nessa
conceito a língua é vista como um código, que deve ser dominado pelos
estruturalismo e ao gerativismo.
Nesta concepção o falante realiza ações, age e interage com o outro (com
quem ele fala). Dessa forma, a linguagem toma uma dimensão mais ampla
da Conversação.
familiares e educadores.
pessoas Surdas, mas, para que esta se efetive se faz necessário uma
que o sujeito Surdo seja educado em sua primeira língua, que é a Libras e
assim a língua cresce, pois precisa ampliar o léxico da Libras para atender
escolarização.
1
Destaco o termo Surdo “com S maiúsculo” em pontos estratégicos do texto como uma forma de empoderamento, mostrando minha
visão pessoal e enquanto profissional da saúde, de respeito e reconhecimento da identidade vivenciada pelos sujeitos Surdos, seus
Vamos esclarecer o que estes termos nos seus respectivos pontos de
vista.
felizmente esta última tem conquistado o seu espaço social com seus
conseguem falar.
valores linguísticos e sociais, e de todo processo histórico e cultural que os envolve. Vários outros autores também fazem uso dessa
mesma estratégia, como por exemplo, Sacks (1998, p. 16), Lane (2008. p. 284) e Castro Júnior (2011, p.12).
Já o termo surdo com a letra “s” minúscula representa uma visão clínica,
patológica de que a surdez é uma deformidade que deve ser tratada, impõe
gramatical”, ou seja, na linguística ela vai ser reconhecida como língua, não
procura representar.
têm o direito de acessar e adquirir fluência em mais de uma língua, com foco
na língua de sinais e na língua escrita, e não apenas em uma delas. Aqui estão
identidade linguística e cultural valiosa. Ele afirma que a língua de sinais é uma
língua legítima, com sua própria gramática e cultura associada. Isso empodera
comunicação.
para a efetiva inclusão social dos Surdos e garantir seus direitos como
Sinais não se limita a ser simples mímica, alfabeto manual ou gestos isolados
uma língua com uma estrutura gramatical própria que, dentro de um contexto,
para Surdos.
No que diz respeito ao que significa ser bilíngue, várias respostas estão
bilinguismo.
perspectiva socioantropológica.
criança Surda à língua de sinais o mais cedo possível, pois essa aquisição
permite representar o real (as coisas) por meio de um sistema simbólico (como
escrita ou pela fala que permita a interação por meio de duas línguas
diferentes.
primeira, que é a Libras, que é a L1, sendo a Língua Portuguesa a L2, língua
oficial do país.
Para Santana (2007, p. 166), prevalece por parte dos autores uma falta de
linguística de Surdos.
Skliar, citado por Quadros (1997) diz que: “o reconhecimento dos surdos
Skliar, Prometi (2013, p. 22) explica que o bilinguismo do Surdo deve ser
possui Surdos, que não deve ser pensada em termos de línguas, e sim como
um sistema educacional.
Surdos.
bilíngue traz é que os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua
sujeito Surdo, participante de uma comunidade surda, sua língua, sua cultura,
Para a autora:
O bilinguismo e o biculturalismo nem sempre ocorrem
simultaneamente no mesmo indivíduo. Por exemplo, filhos ou netos
de imigrantes que não aprendem a língua de seus pais ou avós, mas
que convivem com a cultura deles em casa, clubes ou igrejas, podem
ser considerados biculturais. Por outro lado, pessoas que aprendem
uma língua estrangeira em cursos podem ser bilíngues e não
biculturais, se não conviverem e internalizarem a cultura da
comunidade que utiliza essa língua. É o caso de brasileiros que fazem
cursinhos de inglês ou francês, mas não convivem com a cultura
americana, inglesa ou francesa.
cultural. Assim, o Surdo, além de ser considerado bilíngue, deve ser visto
bicultural, porque ele convive com duas culturas diferentes e duas línguas,
Os Surdos têm que adquirir um léxico escrito que possa ser efetivamente
Para explicar o que vêm a ser essa questão acima, a autora Prometi (2013,
aquele onde o falante da língua tem o seu léxico, ou seja o conjunto de palavras
retrata a história: