Você está na página 1de 7

ANALISE O CONTEXTO GERAL DE PSICOLINGUÍSTICA NA ABORDAGEM

LINGUISTICA NOS TRABALHOS CIENTIFICOS TRADICIONAIS

A língua é um instrumento de comunicação, ou seja, é um sistema de sinais vocais e, muitas


vezes, gráficos, pertencentes a uma comunidade ou até mesmo a um grupo social, para ser utilizado
como meio de comunicação. Desde antiguidade e toda historia da humanidade a língua existia e
utilizado em de comunicação.

No entanto, ao passar do tempo a língua sofre muitas modificações por uma questão de
evolução da população migrar para determinada região e mistura de um povo, assim adquirir novos
conhecimentos das novas palavras e ocorre também a influência novas variedades do costume na
comunicação. A língua, portanto, pode sofrer modificações apenas pela ação da comunidade e não de
um único indivíduo.

Na historia da humanidade a língua se evoluiu seguindo o crescimento população, portanto


para ter uma língua normativa em uma determinada comunidade em determinada região ou um grupo,
assim havia necessidade de ter estudo para falar corretamente. Assim que surgiu da idéia de que, a
linguística estudo científico da linguagem humana e que é definido como a ciência que estuda os fatos
da linguagem. Para que possamos compreender o porquê de ela ser caracterizada como uma ciência,
tomemos como exemplo o caso da gramática normativa, uma vez que ela não descreve a língua como
realmente se evidencia, mas sim como deve ser materializada pelos falantes, constituída por um
conjunto de sinais, ou seja, as palavras e por um conjunto de regras, de modo a realizar a combinação
desses. No caso da linguística, importa especialmente insistir no caráter científico e não prescritivo do
estudo como o objeto desta ciência constitui uma atividade humana, é grande a tentação de abandonar
o domínio da observação imparcial para recomendar determinado comportamento, de deixar de notar
o que realmente se diz para passar a recomendar o que deve dizer-se.

Portanto, a evolução humanidade houve transformação língua dos falantes de uma


determinada língua de um povo. Pois, a linguística se define por seu objeto a língua e por seu método,
em princípio, estrutural. Com o passar dos anos, tanto o objeto como o método da linguística passaram
por transformações, redefinições, novas abordagens. De língua como sistema de signos convencionais
usados pelos membros de uma mesma comunidade à língua como atividade constitutiva, o estudo da
linguagem verbal humana evoluiu, redimensionou seu escopo e incorporou preocupações típicas de
uma ciência que está no limiar entre ciências humanas, naturais e sociais.
A lingüística é uma ciência que trabalha com o segundo tipo de conhecimento. As noções que
compõem essa ciência são, inúmeras vezes, conhecidas por qualquer pessoa. Assim, os conceitos e
noções básicas que recupera os conhecimentos gerais, não técnicos sobre a linguagem humana e a
língua em particular; outro que apresenta uma visão técnica e especializada sobre estes mesmos
aspectos.

O caso de certas normas sociais da fala, a diferença entre nossa língua e outros sistemas de
comunicação, entre outros. Algumas vezes, porém, perceberemos que a ciência da linguagem
exatamente porque se trata de uma ciência sistematiza o conhecimento da área em conceitos que são
muito profundos e que exigem uma aproximação mais técnica para sua compreensão e exploração.

Portanto, a linguística descreve o sistema da língua que consiste em teorizar sobre o sistema
linguístico a partir da observação do linguista sobre as línguas que analisa. Esta atividade produz um
conhecimento teórico geral aplicável a qualquer língua particular. Sob essa ótica, podem ser
apontadas as regras combinatórias dos seus elementos, as regras de sua produtividade, as propriedades
da articulação.

E outra possibilidade de descrição consiste em analisar uma língua particular e perceber as


regras efetivamente utilizadas pelos seus falantes, correlacionando as às propriedades gerais da língua
e apontando suas especificidades.

Os estudos da linguagem perpassam várias áreas do conhecimento e se fazem presentes tanto


nas Ciências Naturais, como nas Humanas e Sociais. Estendemos o interesse desses estudos para as
áreas da Biologia e da Medicina, à medida que essas buscam entender de que maneira se processa o
aparelho fonador e sua relação com a produção da linguagem.

Nessa perspectiva, a linguagem, como interação social e verbal, permite aos sujeitos, que se
utilizam das enunciações, comunicar-se, relacionar-se e, de tal modo, transformar as coisas ao seu
redor.

A linguagem teve e tem grande influência nessa interação com o meio físico e social e a
comunicação, pois é no processo das interações e na ânsia de descobrir os mistérios naturais, físicos,
sociais e mentais e resolver os problemas diários que o homem se lança em busca de respostas para
satisfazer seus desejos. Faz-se necessário planejamento para realização do desejo, e a buscar caminhos
para alcançar os objetivos propostos para o estudo a ser realizado.

Psicolingüística trata-se da parte da linguística que compreende as relações entre linguagem e


pensamentos humanos. A lingüística se define por seu objeto, a língua e por seu método, em princípio,
estrutural. Com o passar dos tempos, tanto o objeto como o método da lingüística passaram por
transformações, redefinições, novas abordagens. Língua como sistema de signos convencionais
usados pelos membros de uma mesma comunidade à língua como atividade constitutiva, o estudo da
linguagem verbal humana evoluiu, redimensionou seu escopo e incorporou preocupações típicas de
uma ciência que está no limiar entre ciências humanas, naturais e sociais.

Assim, também a Psicolingüística é o estudo das conexões entre a linguagem e a mente. No


entanto, a psicolingüística analisa qualquer processo que diz respeito à comunicação humana,
mediante o uso da linguagem (seja ela de forma oral, escrita, gestual), ou seja, as estruturas
psicológicas que nos capacitam a entender expressões, palavras, orações, textos.

A comunicação humana pode ser considerada uma contínua da percepção, compreensão e


produção. A riqueza da linguagem faz com que esse contínuo se processe de várias maneiras.

Assim, dependendo da modalidade, visual ou auditiva do estímulo externo, as etapas


sensoriais em percepção serão diferentes. Também existe variabilidade na produção da linguagem;
podemos falar, gesticular ou escrever.

Outras áreas da psicolingüística são centradas em temas como a origem da linguagem no ser
humano. Algumas analisam o processo de aquisição da língua materna e também a aquisição de uma
língua estrangeira. Os humanos têm um conceito abstrato que abrange todas as línguas humanas e
ocorre através do contato social.

O ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, conseqüentemente, de sua abordagem pelas


instituições, são de relevância inquestionável, pois podem produzir reflexões que orientem
procedimentos para melhoria do ensino e aprendizagem da língua materna em todas as instituições de
ensino, de todos os níveis em todos os países.

É necessário relembrar que, no ensino de línguas, a linguagem, além de viabilizar a interação,


é também objeto de ensino. O professor realiza uma atividade que inclui um trabalho sobre a língua,
pois uma de suas tarefas é justamente proporcionar aos alunos a possibilidade de ampliar seus
conhecimentos sobre a língua e saber utilizá-la de forma eficaz nas diferentes situações da vida
quotidiana. Sua atividade pressupõe também um trabalho com a língua, porque, para que ele possa
ajudar seus alunos a (re)descobrir a língua (e a linguagem), ampliando seus conhecimentos sobre sua
utilização (oral e escrita), deve continuamente propor ajustes entre sua demanda de fazer, o que foi
dito e o que poderia ter sido dito diferentemente. Enfim, o professor realiza ainda um trabalho através
da língua, já que é através da língua que realiza as duas outras tarefas.
É consenso, nos estudos sobre o ensino de Português, foram· as concepções predominantes
quanto ao ensino/aprendizagem de língua materna: a primeira, e a mais tradicional, sugerem ser
necessário adquirir conhecimentos estruturais (sobretudo gramaticais) sobre a língua para que se
aprenda a utilizá-la; a segunda pressupõe que a aprendizagem de uma língua é decorrência de sua
utilização.

De um lado, há os partidários do ensino gramatical tradicional e os defensores do bem falar,


sem levar em conta a existência de outras variantes. Embora estejamos diante de uma complexidade
de causas dessas deficiências na área educacional, é certamente da universidade/escola/professores
que se esperam medidas eficazes para bem preparar os profissionais dos mais distintos setores, o que
não tem acontecido e nos vem preocupando enquanto educadores e membros das comunidades em
que eles atuam.

Deve-se ter em mente que a lingüística, ao fazer uma descrição cientifica das línguas,
contribuiu não apenas para documentar falares e dialetos, geralmente negligenciados pela cultura
escrita de diversos países, mas também para apontar uma igualdade essencial entre todas as línguas,
independentemente do nível de civilização encontrado entre os seus falantes. Com isso, a visão
etnocêntrica de que algumas línguas, seriam mais complexas do que as línguas nativos, perdeu
sustentação científica pelo postulado de que todas as línguas são complexas e se adéquam à totalidade
de situações comunicativas exigidas pelos falantes.

Esse aspecto comum tornou possível conceber-se uma ciência que estuda todo e qualquer
sistema de signos, uma parte dessa ciência geral; estuda a principal modalidade dos sistemas sígnicos,
as línguas naturais, que são a forma de comunicação mais altamente desenvolvida e de maior uso.
Uma pintura, uma dança, um gesto podem expressar, mesmo que sob formas diversas, um mesmo
conteúdo básico, mas só a linguagem verbal é capaz de traduzir com maior eficiência qualquer um
desses sistemas semióticos.

As línguas naturais situam-se numa posição de destaque entre os sistemas sígnicos porque
possuem, entre outras, as propriedades de flexibilidade e adaptabilidade, que permitem expressar
conteúdos bastante diversificados: emoções, sentimentos, ordens, perguntas, afirmações, como
também possibilitam falar do presente, passado ou futuro.

Os estudos lingüísticos devem conhecer seus princípios de funcionamento, suas semelhanças e


diferenças. A Linguística não se compara ao estudo tradicional da gramática; ao observar a língua em
uso o lingüista procura descrever e explicar os fatos dos padrões sonoros, gramaticais é lexicais que
estão sendo usados, estudo que deve ser examinado empiricamente, dentro de seus próprios termos,
como a Física, a Biologia etc. A metodologia de análise Lingüística focaliza, principalmente, a fala
das comunidades e, em segunda instância, a escrita.

A prioridade atribuída pelo lingüista ao estudo da língua falada explica-se pela necessidade de
corrigir os procedimentos de análise da gramática tradicional, que se preocupava quase
exclusivamente com a língua literária, como modelo único para qualquer forma de expressão escrita
ou falada.

O prestígio e a autoridade da língua escrita em nossa sociedade, muitas vezes, são obstáculos
para os principiantes nos estudos da Lingüística, que têm dificuldade em perceber e aceitar a
possibilidade de considerar a língua falada independentemente de sua representação gráfica.

É comum ouvir dizer de uma criança ainda não alfabetizada, que pronuncie mola por mora,
por exemplo, que ela troca letra, quando na realidade ela está substituindo um som por outro.

Distinguem-se, aqui, dois campos de estudos: a Lingüística geral e a descritiva. A Linguística


geral oferece os conceitos e modelos que fundamentarão a análise das línguas; a Linguística descritiva
fornece os dados que confirmam ou refutam as teorias formuladas pela Lingüística geral. São duas
tarefas interdependentes: não pode haver Linguística geral ou teórica sem a base empírica da
Linguística descritiva.

É possível, entretanto, que uma descrição Lingüística tenha outros objetivos, além de oferecer
elementos para a análise da Linguística geral; o trabalho de descrição de uma língua pode estar
preocupado em produzir uma gramática ou um dicionário, com o objetivo de dotá-la de instrumentos
para sua difusão na forma escrita, como no caso de línguas dos povos nativos ou outras que ainda não
circulem no meio escrito.

A produção científica é regida por algumas regras que disciplinam como deverão ser
produzidos os trabalhos científicos. Em nossa área de atuação, qual seja, o direito, predomina o
trabalho científico escrito, que se utiliza da linguagem científica verbal, em sua modalidade escrita.

Linguistas preocuparam-se com o estudo das transformações por que passavam as línguas, na
tentativa de explicar as mudanças Linguísticas.

A Linguística era histórica ou diacrônica. O ponto de vista sincrônico, segundo o qual as


línguas eram analisadas sob a forma que se encontravam num determinado momento histórico, num
ponto do tempo.
A descrição Linguística observaria a relação entre coisas coexistentes, que constituiriam o
sistema lingüístico. Embora defendesse a perspectiva sincrônica no estudo das línguas, Saussure
reconhecia a importância e a complementaridade das duas abordagens: a sincrônica e a diacrônica.

Em sincronia os fatos lingüísticos são observados quanto ao seu funcionamento, num


determinado momento. Em diacronia os fatos são analisados quanto às suas transformações, pelas
relações que estabelecem com os fatos que o precederam ou sucederam.

A descrição sincrônica analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos num estado de
língua; os estudos diacrônicos são feitos com base na análise de sucessivos estados de língua. O
estudo sincrônico sempre precede o diacrônico. Para explicar, por exemplo, como o pronome de
tratamento se transformou até assumir a forma atual, pronome pessoal, é necessário comparar
diferentes estados de língua pre Linguagem, língua, Linguística viamente caracterizados como tais e
observar as mudanças que ocorreram na expressão sonora e no uso.

Muitos linguistas tomam a separação como um rigoroso princípio metodológico: ou se


investiga um estado de língua ou se investiga a história da língua. Temos, então, dois ramos da
Linguística: a sincrônica e a histórica. Modernamente, a Linguística sincrônica vem sendo
denominada Linguística teórica, preocupada mais com a construção de modelos teóricos do que com a
descrição de estados de língua.

Como muitas áreas de estudo se interessam pela linguagem, o estudo do fenômeno linguístico
na interface com outras disciplinas criou várias áreas interdisciplinares: a etnolinguística, que trabalha
no âmbito da relação entre língua e cultura; a sociolingüística, que se detém no exame da interação
entre língua e sociedade; a psicolingüística, que estuda o comportamento do indivíduo como
participante do processo de aquisição da linguagem e da aprendizagem de uma segunda língua.

A Gramática Tradicional tem sido muito questionada, refletida e investigada com relação às
posturas que adotam frente aos fenômenos linguísticos. A Gramática Tradicional, pelo seu caráter
pedagógico e metalinguístico, propõe análises linguísticas meramente formais, com exemplos que
fogem ao verdadeiro uso que os falantes fazem da língua.

No que diz respeito ao estudo da sintaxe, a Gramática Tradicional lança mão de enunciados
linguísticos que na maioria das vezes, se distanciam da verdadeira funcionalidade social da língua. A
seguir, apresentamos o posicionamento de alguns gramáticos que discutem sobre essa noção, entre os
quais citamos.

Psicolingüística é o estudo das conexões entre a linguagem e a mente, apesar de muitos


teóricos afirmarem que a Psicolinguística é um ramo interdisciplinar da Psicologia e da Linguística.
De alguma maneira, seu aparecimento foi promovido pela insistência com que o linguista precisava
ser encarado como parte da psicologia cognitiva, além de outros fatores como o interesse crescente da
Lingüística pela questão da aquisição da linguagem.

Outras áreas da psicolinguística são centradas em temas como a origem da linguagem no ser
humano. Algumas analisam o processo de aquisição da língua materna e também a aquisição de uma
língua estrangeira.

Teórico de destaque na escola inatista, os humanos têm uma Gramática Universal inata
(conceito abstrato que abrange todas as línguas humanas). Já os funcionalistas, que se opõem a essa
corrente de estudos, afirmam que a aquisição da linguagem somente ocorre através do contato social.

Na abordagem para o trabalho científico é preciso ter certos cuidados no que tange a sua
estrutura e significância no meio acadêmico, já que para que se cumpra o objetivo do mesmo é preciso
que ele seja coerente e convencionalmente disposto, de modo a transmitir confiabilidade e
legitimidade dos fatos apresentados.

Há distinção entre a linguagem comum e científica e que isso é determinado pelas


características que cada uma tem cujo intuito é de registrar e ampliar o conhecimento, portanto é
admissível dizer que a aprendizagem da linguagem científica é inerente à aprendizagem da Ciência.

Você também pode gostar