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Universidade de Brasília
Faculdade de Educação
Escolarização de Surdos e Libras
Professora: Edilce Aparecida Santos Buzar
Estudante: Stéfanie Ribeiro do Nascimento
Ano letivo: 2020/02

Resenha 2
Surdez e Linguagem

O texto é iniciado com a explicação que o problema enfrentado pelo individuo surdo
na sociedade se dá não somente por este não poder ouvir, mas principalmente por
este não saber falar. Em seguida o texto aborda a linguagem como fator essencial
para o desenvolvimento da pessoa surda, assim como as demais pessoas, nos
campos social, cognitivo e psíquico.
Em seguida são apresentadas a nós duas visões contrastantes de como deveria
ocorrer essa iniciação da pessoa surda com a linguagem algumas pessoas
acreditam que esse trabalho deveria ocorrer através da introdução da criança no
mundo dos ouvintes através de estimulação por aparelhos auditivos, oralização e
aprendizado de leitura labial, e uma segunda na qual a pessoa surda é introduzida e
estimulada a usar a linguagem de sinais desde muito pequena, e introduzida à
língua materna de seu país através da linguagem escrita. O texto ainda nos fala de
uma terceira visão na qual a pessoa surda deveria ter a língua de sinais como sua
primeira língua e a língua oral como segunda língua e a escrita só viria em seguida
ao aprendizado dessas duas.
Após essa introdução o texto nos explicita que tratará da língua de sinais como
língua principal dos surdos e a primeira que este deverá ter acesso uma vez que é a
única que pode contemplá-la em todas as suas necessidades enquanto indivíduo.
Segundo o texto a língua oral e a fala são diferentes porque ocorre através da
interação da criança com os sons através do canal auditivo, já a criança surda pode
até compreender alguns daqueles sons, mas não poderá dar os mesmos sentidos a
elas, não que esta esteja impossibilitada de compreender e adquirir esses sons,
entretanto para a criança surda o mundo é diverso ao da ouvinte, pois mesmo que
ouça alguns destes por ouvir pouco, nada ou quase nada, a criança surda não fara
uma associação igual a da criança ouvinte.
A língua de sinais possui uma estrutura como qualquer outra e por isso o texto
defende que ela seja a língua materna da pessoa surda pois é a forma como a
comunicação e aprendizado da língua pode melhor ser adquirido pela criança. Ainda
segundo o texto, do ponto de vista neurológico, a linga de sinais é interpretada pelo
cérebro pela mesma parte que as línguas orais e não dos sinais visuais, isso pode
ser aplicado tanto a LIBRAS no Brasil, como para as demais línguas de sinais no
mundo.
De acordo com o texto isso pode ser observado em legislações como no Brasil onde
a língua de sinais é reconhecida como linguagem e assegurado ao surdo o direito
de aprendizado dela em seu seio materno, entretanto não existe estrutura nem
suporte para que estes pais aprendam a esta língua, que nem ao menos tem o
reconhecimento oficial de linguagem oficial do país, muito menos é incentivado a
crianças ouvintes nas escolas o aprendizado da LIBRAS, logo esta exposição só
costuma acontecer bem depois na escola, pois os responsáveis não têm
reconhecimento e acreditam que a oralização é a forma mais adequada de passar a
seus filhos uma experiência linguística adequada, ou ainda não sabem a forma
como trazer a seus filhos uma experiência rica com a língua de sinais para seus
filhos ainda enquanto crianças.
Ainda de acordo com o texto para que isso ocorra todos que estão a volta de
criança devem ter o cuidado de utilizar a língua de sinais, mesmo quando estiverem
conversando com um ouvinte e falar deve ser evitado pela impossibilidade de falar e
sinalizar ao mesmo tempo, isso é importante para que a exposição da criança não
ocorra somente em sala de aula, mas através dos diversos contextos, propiciando
um aprendizado pleno, pois o aprendizado se dá através de situações espontâneas.
Vale também ressaltar o papel do professor nesse processo, porque assim como
com as crianças ouvinte as crianças surdas é onde ela estabelecerá melhor a sua
relação comunicativa, trocará conhecimentos assim como também poderá construir
sua identidade integralmente e virá a se desenvolver plenamente enquanto sujeito
social e da linguagem.
Entendendo a linguagem com interação sociocomunicativa responsável pela criação
de sentidos, fundada no conhecimento e interação com os diversos gêneros do
discurso. Para que isso ocorra a escola deve respeitar a diferença do aluno com
surdez e buscar sempre o inserir a todo modo nas atividades cotidianas que são
realizadas com as crianças ouvintes, para que isso ocorra o surdo deve se sentir um
ser capaz através das outras pessoas a sua volta que o estimulem a compreender
que sua linguagem tem a mesma validade de qualquer outra.
Por fim o texto ressalta três pontos:
A língua de sinais é adquirida através do processo de comunicação com a pessoa
surda e deve ocorrer de forma natural.
A criança precisa aprender a fazer contato visual com o interlocutor para que possa
abstrair e se comunicar com o outro, assim como as crianças ouvintes aprendem a
ouvir.
A língua dever ser expressa de diversas formas e gêneros.

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