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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU -
MESTRADO/DOUTORADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS
Missão da UNEMAT: “Garantir a produção e a difusão do conhecimento através do
ensino, pesquisa e extensão, visando o desenvolvimento sustentável.”

LEITURAS E CRÍTICA: DO POEMA MODERNO AO CONTEMPORÂNEO


Professor: Dr. Edson Flávio
Discente: Juliane regina de Souza Pereira

O presente ensaio tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre os


estudos dos poemas produzidos nos tempos moderno e contemporâneo;
especificamente dos textos líricos produzidos nos anos 1970, 1980 e 2010. A
premissa dessa análise é vislumbrar como decorreram a fruição poética dentro
desses dois períodos. Busca-se, também, o deslindar nos estudos sobre a
literatura produzida no estado de Mato Grosso, especificamente a poesia.
Acerca dos objetos de análises temos os poemas de Silva Freire (1971), de
Antonio Sodré (1990) e de Antonio Carlos Lima (2008). Nessa breve análise,
há como fundamentação teórica os estudos da lírica e sua crítica com Haroldo
de Campos, da literatura brasileira no modernismo com Gilberto Mendonça
Teles e das pesquisas da crítica da literatura produzida no estado de Mato
Grosso com Eduardo Mahon e Olga Maria Castrillon-Mendes,
Acerca das produções literárias de cunho nacional, temos na literatura
brasileira, manifestos literários que mudaram a forma com que cada indivíduo
interpreta a realidade e como a encara; como o caso do Modernismo. O
período de transição entre os séculos XIX e XX foi marcado por grandes
descobertas, evoluções tecnológicas, o homem quer viver bem e confortável,
este é o período da belle époque. Encontra-se, então, um momento de êxtase
do progresso industrial e os avanços dos estudos científicos sofre um choque
com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), aumentando as rivalidades
internacionais, crise na Europa, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O
século XX foi também a terceira fase da revolução Industrial e o da conquista
espacial.
Todos esses momentos da história transformaram, tanto o mundo, como
também o modo de vida e de pensar das pessoas. Tudo isso contribuiu com
certas condições para o surgimento de diversas tendências artístico-culturais
que se refletiram no Modernismo: Futurismo, Expressionismo, Cubismo,
Dadaísmo e Surrealismo.
Para Gilberto Mendonça Teles:
As ideias filosóficas e sociológicas, bem como o
desenvolvimento científico e técnico da época, contribuíram
para a inquietação espiritual e intelectual dos escritores,
divididos entre as forças negativas do passado e as tendências
ordenadoras do futuro, que afinal predominaram, motivado uma
pluralidade de investigação em todos os campos da arte e da
literatura. Daí o nome da vanguarda para caracterizar o período
literário que se estende dos últimos anos do século XIX.
(TELES, 1997, p. 97).

Nas vanguardas europeias do século XIX nasceu o “espírito novo”. Na


época, houve uma grande inquietação dentro das elites das ciências e da
indústria, como também, das artes e letras. Este espírito novo foi gerado ao
grande “rebuliço” das cidades, em meio às revoluções industriais e
tecnológicas. O movimento estético modernista provém do berço parisiense, e
depois, alastra-se para o mundo.
O Brasil se encontrava, depois da Primeira Guerra Mundial, em uma
ligação mais estreita com o Ocidente europeu. As vanguardas artísticas
europeias tiveram um grande efeito, pois as agitações sociais trouxeram
considerável nível de consciência literária, inspirações populares e muitas
produções artísticas e literárias. A Semana de Arte Moderna aconteceu um
mês depois da chegada de Graça Aranha da Europa, em novembro de 1921,
“tudo leva a crer, portanto, que os nossos primeiros modernistas, de olho vivo
nos últimos acontecimentos literários de Paris e compelidos – talvez até pelo
próprio texto de Apollinaire – a lutar por uma literatura nacional, acabassem por
negar as origens estrangeiras da renovação que pregavam.”. (TELES, 1997,
p.32)
Assim, o movimento modernista, ou a literatura em si, teve em muitas
críticas a ideia de que chegará tardiamente em terras mato-grossenses, ou
seja, a chegada dessa nova forma de fazer poesia fora considerada retrógrada
pelos estudiosos da literatura mato-grossense, segundo algumas reflexões,
isso ocorreu devido às distâncias das grandes cidades – eixo Rio-São Paulo –
do estado, mesmo com o progresso da comunicação entre as cidades, a
comunicação era precária, como afirma Nadaf a “ escrita mato-grossense,
veicula o descaso dos grandes centros culturais do pais e do mundo em
relação ao interior.” (NADAF apud CASTRILLON-MENDES. 2020, p. 386).
Entretanto, a partir das reflexões e conceituações sobre a estética do
Modernismo expostas acima, torna-se válido a conceituação do que se trata de
produções da modernidade e da estética modernista. Segundo Haroldo de
Campos, na obra O arco-íris branco (1997) a “expressão ‘modernidade’ é
ambígua. Ela tanto pode ser tomada de um ponto de vista diacrônico, histórico-
evolutivo como de uma perspectiva sincrônica: aquela que corresponde a uma
poética situada (...)”. Mais à frente Haroldo de Campos cita Octávio Paz, onde
ele coloca em xeque a conceituação histórica do labor poético e suas
significações, a “literatura moderna, é ela moderna? (...) há um conflito entre
poesia e modernidade que tem início com os pré-românticos e que se prolonga
até nossos dias.”. (PAZ apud CAMPOS, p. 248. 1997)
Sobre essas reflexões provocativas, pelos preâmbulos críticos das
produções desses poetas, talvez, seja possível um continuamento no
seguimento desse padrão estético; trata-se aqui apenas um questionamento
sobre a atemporalidade da tessitura poética desses escritores que utilizam a
voz lírica como voz crítica. De acordo com Campos, pôde-se arriscar uma
definição onde “temos um oximoro poetológico: o poema crítico.”. (HC., P.253.
1997)

A Análise da atemporalidade dos poemas

Tem-se como ponto de partida a ideia de que o labor literário possui uma
real importância no que concerne à comprovação da observação crítica e
reflexiva acerca da sociedade e o tempo na qual ela está inserida. Pode se
dizer que a fruição lírica concebe uma importância de cunho político e social,
segundo Candido (2006) a “criação literária corresponde a certas necessidades
de representação do mundo, às vezes como preâmbulo a uma práxis
socialmente condicionada”, também pontua que “tanto quanto sabemos, as
manifestações artísticas são inerentes à própria vida social” e ressalta que
essas criações são “socialmente necessárias, traduzindo impulsos e
necessidades de expressão”.
A Literatura é a arte da palavra, a arte literária que consiste no trabalho
de criar/recriar a realidade através da linguagem. Ferreira Gullar define arte
como “uma transfiguração simbólica do mundo. Quer dizer o artista cria um
outro – mais bonito ou mais intenso, mais significativo, ou mais ordenado – por
cima da realidade imediata.”. Por meio da palavra o artista engendra, constrói,
delata, cria e transforma a realidade. Apresenta paradigmas e molda uma
realidade de significação própria, produzindo no público e no criador um efeito
imediato. Transformando a concepção de mundo, e chega a modificar a
conduta do indivíduo.
Vemos nos recortes acima que o construir poético vem do labor da
criação/recriação de imagens, sons e significações; ademais é de grande
importância acrescentar aqui a fala de Eliot em O Uso da Poesia e o Uso da
Crítica em que o “prazer que sentimos com a poesia não pode estar isolado de
nossos outros interesses e paixões; afeta-os e afetado por eles, e deve ser
limitado, como nós próprios limitados.”.
Aqui, temos o primeiro poema a ser brevemente analisado, trata-se do
poema de Silva Freire (1971):
A estrada

a estrada inventa
canal de umidade
sintonia plumária
aflição do som, seco
ventilação de espaços.

Pelas palavras de Castrillon-Mendes a “poética de Silva Freire desafia a


busca de caminhos facilitadores da absorção do universo criativo”. A estudiosa
pontua a poesia de Freire como algo não perfilado de uma forma simplória,
pois como uma reflexão de seu tempo, Silva Freire deu seus passos paralelos
ao ritmo moderno que urge em seu tempo, com a ascensão da urbanização o
poeta revela, a certo modo, edificado pelo tempo em que é ele próprio se
insere; em contrapartida, tem-se o impasse de um ser em constante
observação da nova construção de uma sociedade moderna e do indivíduo
moderno.
No poema “A estrada”, Silva Freire cria uma imagem que faz alusão
desse a rota criada pela urbanização que se acometia de forma exponencial e
ao mesmo tempo emblemática na construção de uma rota de criação poética.
Como um engenheiro das palavras, através da arte ele divaga e vaga nessa
“estrada” da fruição poética e vemos a sua maestria nesse fazer, como
exemplo com o uso da figura de linguagem prosopopeia no verso “estrada
inventa” e da sinestesia no terceiro verso “sintonia plumária”. Há uma
ordenação na posição das palavras e também no jogo de imagens nesse
poema de Silva Freire, onde resgata a percepção do leitor e também o
provoca, elevando sua mente ao trabalho de resgate de imagens e de
memórias. Para Catrillon-Mendes, pode se dizer que a poesia freiriana se trata
“da poesia ‘fabricada’ no sentido etimológico do “fazer” (do grego poie),
‘fabricar” que exercita o ato da escrita pela palavra (...) a quem cabe
(re)construir) as peças soltas como um brinquedo de armar.” (2020, p. 499)
De acordo com os dados recolhidos de Eduardo Mahon, esse poema,
para o próprio Silva Freire retrata “‘ a estrada profissional costura a fisiografia
da mata’. Já que se sabe que a Transpantaneira (MT-060) causou devastação
ambiental da região, (...) portanto, auxiliou a transformar a paisagem e o
quadro social pantaneiro.”. (MAHON, 2021. P. 149)
Com essas simples captações da poesia de Freire, pode-se salientar o
quão estupefato é o poder de apresentar em uma beleza artística um momento
histórico em fotografias pelas palavras. Não há dúvidas quanto à destreza no
uso estético das palavras por Silva Freire, tal como Castrillon-Mendes salienta
que essa estética “se dá pela substituição da linearidade dos versos pela força
da palavra, que aparece vestida dos aspectos verbais, sonoros e
principalmente visuais.”. (CASTRILLON-MENDES, 2021, p. 499)
Com o avanço das estradas, novas conexões foram se fazendo, assim
como ia se desfazendo a centralidade da produção intelectual e literária da
época, existe de certa forma um limiar acerca da ideia de ordem espaço-
temporal sobre essas produções. De acordo com Mahon se a “‘modernidade’
não pode ser compreendida, se não for flexionada para o plural
‘modernidades’, é preciso incorporar, nessa intricada questão, a antítese da
‘antimodernidade.’”. (MAHON, 2021. P. 149)
Com esse fragmento como indagação e reflexão, dá-se a sequência das
sucintas análises dos poemas, o próximo tear lírico é de Antonio Sodré (1990),

FÍSSIL
-I-
Tá tudo tão difácil
Tá tudo tão difícil
Tudo seria mais fácil
Se não fosse
Assim tão físsil!

- II -
É tão cruel a espada
É tão monstruoso o míssil
Tudo seria mais fácil
Se não fosse assim
Tão físsil!
- III -
Ó! Doce manga dócil
Ó! Duro osso fóssil
Tudo seria mais fácil
Se não fosse assim
Tão físsil!

Mesmo com as constantes expansões urbanas, tecnológicas e


industriais, as lamúrias e a consternação como herança das grandes guerras,
deixaram marcas e reverberam ainda hoje em todo o contexto social.
Revisitando os percursos do pensamento de Eduardo Mahon, sobre essas
cicatrizes herdadas a “1ª e 2ª Guerras Mundiais desencantaram a febre do
progresso” e de certa forma, refletiram nas produções literárias, e “ legaram à
literatura o aprofundamento pessimista que já vinha se configurando no
romanesco moderno.”. (MAHON, 2021. P. 149)
No poema de Antonio Sodré vemos o uso de léxicos que rementem ao
contexto de guerras como “cruel”, “espada”, “monstruoso” e “míssil”. Nesse
texto, observa-se certos espantos, desassossegos, que representam, de uma
forma análoga o desacerto do homem, esse à mercê de sua vontade e de suas
próprias invenções tecnológicas. Nas estrofes II e III, encontra-se o próprio
criador de objetos modernos que acaba sendo a vítima de sua própria criação.
Há um eu lírico que não consegue se impor, ou ir além, elevando as coisas
como se fossem gente e submisso a essas coisas “É tão cruel a espada// É tão
monstruoso o míssil”. Esse desassossego vemos no “desarranjo” proposital do
uso das palavras e da ordem das mesmas “Ó! Doce manga dócil//Ó! Duro osso
fóssil// Tudo seria mais fácil// Se não fosse assim// Tão físsil!”. Remete uma
ideia em que o tempo se desassocia, as palavras se desassossegam por não
conseguirem se ajustar ao que está vivendo.
Considerado o maior poeta do Modernismo, Manuel Bandeira poetizava
em diversos contextos, fazia poesias não só em poemas, mas em crônicas e
outros escritos. Poetizava numa forma de chamar a atenção do leitor para a
realidade, atentando-o a um detalhe nunca antes percebido. No poema
“FÍSSIL” propaga uma certa liberdade de criação, o desprendimento das
amarras da versificação.
Segundo Bosi em O ser e o tempo da poesia:
trata-se de falar sobre a fala, poetar sobre a poesia, medusar-
se no signo, são tendências fortes do espírito moderno que, no
limite, como ensinou Hegel, bloqueariam o discurso
representativo e emotivo. Na verdade, não o fazem de todo por
mais que o tentem. A dialética que pulsa na vida da poesia não
é diferente da dialética social: como esta, não supera sem
conservar. (BOSI, 1977, p. 61)

Para tanto há um desprendimento nas amarras quanto suas formas


fechadas e fixas. O poeta, nesse caso, expressou sua insatisfação e
consternação com os avanços tecnológicos que colocou o próprio criador em
fissão nuclear, em posição subalterna de sua própria invenção tecnológica e
moderna.
No terceiro poema, do escritor Antonio Carlos Lima (2008), vemos as
nuances de sentimentos do mundo hodierno, falando acerca do tédio. Existe
uma notória interpretação de que o tédio pode ser considerado como algo
relacionado a um estado de humor, que de maneira ampla, um humor não
permanente. Esse tipo de reação advém de um certo tipo de influência externa
ao próprio individuo, podendo ser essa causa provida de qualquer contexto.

Pra escapar do tédio


de um inferno pacato
de terno, sapato e capote,
o capeta catou seu pacote,
saiu de pinote e caiu
logo em Cuiabá
Chegou pra encarar, pra inquirir
E querer tacar fogo em tudo que já arde
aqui, no mundo e no País:
mato, barraco, índio, mendigo, juiz...

Mas o pobre diabo logo entrou de tacape


na oca de uma cabocla louca de paquete
e não segurou a peteca
deixou cair a munheca
antes de ralar mandioca
e, sem molhar a minhoca.
capotou e empacotou
com o calor de Cuiabá

Bem feito! Quem que mandou


não tirar o capote, o sapato, o terno
o tédio de inferno pacato, o pacote.

Nesse poema há jogos e brincadeiras de significações, carregados de


ironia e um ar zombeteiro, o eu lírico incorpora um indivíduo que “quer tacar
fogo em tudo que já arde// aqui no mundo e no País:// mato, barraco, índio,
mendigo, juiz...”. O poeta brinca ao ironizar que o eu lírico está tacando fogo no
próprio “tédio de inferno pacato, o pacote”. Fazendo uma alusão ao estado em
que ele é um território de próprio inferno, também pacato que leva ao tédio e no
final das contas mais um produto de mercado “pacote”.
Para Eduardo Mahon, existe a perfilação diabólica, uma “descrição
pejorativa do migrante”, introduz também essa alusão do migrante sulista como
“a representação do diabo (...) de forma acintosa em Cuiabá, tal qual eram
retratados os migrantes sulistas pela comunidade cuiabana nos jornais da
época.
Para Bosi:
Mesmo quando o poeta fala do seu tempo, da sua
experiência de homem de hoje entre homens de hoje, ele o
faz, quando poeta, de um modo que não é do senso
comum, fortemente ideologizado; mas de outro, que ficou
na memória infinitamente rica da linguagem. (BOSI, 1977,
p. 104)
Antonio Carlos de Lima apresenta nesse texto lírico, regados de
sarcasmos a realidade muitas vezes ignorada, trata-se de um retrato de
insurgências em forma de poema, essa produzida na sua forma mais livre,
versos sem metrificações, cheio de sons, ritmos, de tons sarcásticos e
carregado de figuras poéticas. O poema apresenta a natureza do humano, a
natureza do mundo na presença do humano.
A partir da leitura dos poemas, que se apresentam a seguir, principia a
necessidade de apresentar a seguinte perspectiva apreendida de que a poesia
desses escritores tem uma relação intrínseca com o Modernismo brasileiro, ao
decorrer tendo sido influenciado pelos movimentos de Vanguarda; esses,
também, experienciados em Mato Grosso, como novos paradigmas de ruptura
da forma fixa e a representação do panorama no contexto sociocultural de sua
época. A concepção de que os fatos sociais e culturais determinam e são
determinadas as/pelas obras artísticas é apontada por Antonio Candido, que
define a posição do artista como:
[...] um aspecto da estrutura da sociedade (...) importa
averiguar como esta atribui um papel específico ao criador de
arte, e como define a sua posição na escala social, o que
envolve não apenas o artista individualmente, mas a formação
de grupos de artistas. Daí sermos levados a indicar
sucessivamente o aparecimento individual do artista na
sociedade como posição e papel configurados. (CANDIDO,
2006, p.34).

Há uma recente e fervorosa ascensão no que diz respeito aos estudos


literários no estado de Mato Grosso. As pesquisas e análises dos materiais,
dos acervos de produção literária do estado vêm, de uns tempos para cá,
recebendo o teor mais crítico, analítico e, claro um nível maior de interesses
dos núcleos de estudos acadêmicos da literatura mato-grossense. As
produções de cunho literário e artístico tiveram seu expoente paralelo à criação
do indivíduo sensível e dotado de pensamentos críticos e reflexivos sobre sua
existência, sobre o social e o universal. Junto, o surgimento de pesquisadores
e estudiosos das produções e manifestações artísticas.
Essas produções possuem correntes inquebráveis, certo é que as
produções e manifestos artísticos produzidos no decorrer da História humana,
não estagnaram. Continuam até hoje como objetos e assuntos de pesquisas
acadêmicas. Como prova disso são os periódicos, revistas, jornais e teses
científicas entre os núcleos acadêmicos de Linguagem e Arte como se viu no
nas postulações e reflexões expostas anteriormente. Por fim, vale ressaltar
que, o estado de Mato Grosso não fica fora destas produções, principalmente
no seu ambiente acadêmico com as produções em periódicos, revistas, jornais
e teses.
No entanto, outras considerações poderão ser aprofundadas em estudos
posteriores. É necessário ampliar as análises de suas produções literárias,
deste poeta único, que apesar de ter poucas obras publicadas e produzidas,
detém um arcabouço de conhecimento e requer mais atenção nos estudos
acadêmicos sobre a produção cultural mato-grossense.
REFERÊNCIAS

BOSI, Alfredo, 1936. O ser e o tempo da poesia. São Paulo, Cultrix, Ed. da


Universidade de São Paulo, 1977. 275p.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul,


2006. 202p.

CAMPOS, Haroldo de. 1977. O arco-iris branco. Rio de Janeiro: Imago. 284p

CASTRILLON-MENDES, Olga Maria. Matogrossismo: Questionamentos e


percursos identitários. 1 edição. Cuiába-MT: Carlini & Carniato, 2020. 520p.

GULLAR, FERREIRA. Prefácio. OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de. Minimanual


Compacto de Literatura Portuguesa. 1ª. ed. Saõ Paulo: Rideel, 2003. v. 1.
352p.

MAHON, Eduardo. A literatura contemporânea em Mato Grosso. 1 edição.


Cuiába-MT: Carlini & Carniato, 2021. 352p.

TELES, G. M. Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro. 15 ed.


Petrópolis/Rio de Janeiro: Vozes, 1997. 448p .

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