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Ministério da Educação

Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal Catarinense - Campus Avançado Sombrio

CURSO: Técnico em Hospedagem Integrado ao Ensino Médio


DISCIPLINA: Libras
PROFESSORA: Maria Bezerra de Araujo
TURMA: 3° H
ALUNOS: Amanda Pereira, Yasmin Nagel e Vinícius Ramos André

Síntese Detalhada, da página 15 até a 37, do livro


“Língua de Sinais Brasileira: Estudos Lingüísticos”

O livro inicia nos trazendo o conceito de lingüística, que é o estudo


científico das línguas naturais e humanas. Aristóteles afirmava que as
línguas naturais são entendidas como arbitrárias, pois acreditava que as
coisas eram infinitas e as palavras eram finitamente determinadas pelos
seres humanos. Já Platão, afirmava que a linguagem nasce com o
homem, onde surge o famoso "Problema de Platão", muito discutido
atualmente, na qual ele realizava diversos questionamentos sobre os
princípios e elementos comuns que abrangem a faculdade da linguagem
humana, teoria chamada de gramática universal (GU).
A lingüística explica os fatos lingüísticos, com isso, observa-se tensão
entre a descrição das línguas e a explicação dos fatos comuns que
subentendem à realização de tais línguas. A lingüística procura
esclarecer preceitos - o que há de comum nos seres humanos que faz
com que seja propiciada a realização das diferentes línguas -
independentes da lógica e da informação que estabelecem a linguagem
humana. Ou seja, essa teoria lingüística excede as questões do uso.
A área da lingüística tem se expandido e causado repercussão em
âmbitos da educação, antropologia, sociologia, psicologia cognitiva,
ensino de línguas, filosofia, informática, neurologia e inteligência
artificial. O progresso de pesquisas em comunicação e o estudo do
funcionamento dos processos cognitivos estimulam pesquisadores a
investigar, apesar de muitos ainda desconhecerem a área da lingüística,
que a relacionam com o uso de diferentes línguas ou gramáticas
normativas, sendo que a mesma é na verdade uma área que importa-se
com a natureza da linguagem e da comunicação. A lingüística é uma
área ainda, que procura respostas para questões associadas à
linguagem, com o propósito de explicar os problemas e estruturar uma
teoria da linguagem humana e uma teoria da comunicação.
Existem pressupostos que a lingüística determina para as investigações,
e uma das mais importantes, é de que a linguagem é delimitada em
regras que abrangem o conhecimento humano e determinam a
produção oral ou visuoespacial, dependendo se a língua for falada ou
sinalizada. Outro pressuposto atribui-se as investigações de aspectos
específicos de cada língua, que evidenciam os atributos da linguagem
humana. As áreas da lingüística que estudam esses aspectos são: a
fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semântica e a pragmática. Além de
áreas interdisciplinares, como: sociolingüística, psicolingüística,
lingüística textual e a análise do discurso.

ÁREAS DA LINGÜÍSTICA

 Fonética:
A Fonética é a ciência que possui o objetivo de estabelecer um conjunto
de propriedades que consigam descrever todos os sons utilizados na
linguagem humana. Sua unidade é o som da fala ou fone, que pode ser
sonoro ou surdo, oral ou nasal, consoantes, glides ou vogais. As
consoantes podem ser labiais, alveolares, palatais, velares, uvulares,
glotais, fricativas, oclusivas, africadas ou líquidas. As vogais distinguem-
se quanto à posição da língua e dos lábios, que podem ser, língua alta,
intermediária ou baixa, lábios arredondados ou não-arredondados.
Para a definição dos sons da fala, utiliza-se um alfabeto fonético em que
cada símbolo fonético simboliza um som. Cada fone pode ser
representado por um sistema binário de classificação que apresente
todos os seus traços fonéticos.
 Fonologia:
A Fonologia estuda os sons na concepção funcional, como elementos
que constituem um sistema lingüístico determinado. Sua unidade são os
fonemas, fragmentos usados para discernir palavras em relação ao seu
significado, através de traços distintivos. A fonologia é explicativa,
interpretativa e busca o valor dos sons em uma língua, ou seja, sua
função lingüística. Cada língua dispõe de um número determinado de
unidades fônicas, cuja função é determinar a diferença de significado de
uma palavra em relação a outra.
Destaca-se que os fonemas não são os sons fonéticos de fato, mas sim
construções mentais abstratas que se realizam através de sons pela
aplicação de regras fonológicas. Foram trazidas evidências de estudos
desenvolvidos, de que o fonema seria constituído de um conjunto de
propriedades que se realizam simultaneamente.

 Morfologia:
É o estudo da estrutura interna das palavras, ou seja, é a combinação
entre os elementos que formam as palavras e o estudo das diversas
formas que apresentam tais palavras quanto à categoria de número,
gênero, tempo e pessoa.
Uma das questões que a morfologia busca responder, é compreender o
que não sabemos quando conhecemos uma palavra, já que nem toda
sequência de sons apresenta um significado específico. Observa-se que
há aspectos que independem das informações fonológicas e semânticas
na definição da pergunta “o que é a palavra?”, pois as combinações de
sons e de significados são arbitrárias e nem sempre necessárias. Então
conclui-se que as palavras parecem apresentar por si mesmas
estruturas internas que justificam o estudo da morfologia.
Outra questão interessante que a morfologia busca responder, é “como
as palavras são criadas?”. Alguns dos diferentes processos que formam
novas palavras na língua portuguesa, são a sufixação, a prefixação, a
composição, a atribuição de novos sentidos às palavras previamente
existentes, os cruzamentos de palavras, informações analógicas e
abreviações. Compreende-se então, que a formação de palavras
observa restrições morfológicas, assim sendo, há formas específicas
para formar outras palavras.

 Sintaxe:
É o estudo da estrutura da frase, ou seja, da combinação das unidades
significativas da frase. Trata das funções, das formas e das partes do
discurso e é a parte da lingüística que estuda a estrutura interna das
sentenças e a relação interna entre suas partes.
A sintaxe combina as palavras de forma recursiva, observando
restrições impostas por princípios que a determinam pela capacidade
dos seres humanos compreenderem e produzirem um número infinito
de sentenças que jamais foram produzidos em outro momento.
Uma das questões que os estudos de sintaxe procuram responder é “o
que o utente de uma língua conhece para poder compreender e produzir
um número infinito de sentenças?”. A competência para a linguagem
dos seres humanos permite que estes façam julgamentos sobre a
formação das sentenças, ou seja, qualquer pessoa que domine uma
língua terá condições de julgar a gramaticalidade das sentenças da
mesma, sem necessitar de grande conhecimento da gramática, mas sim
tendo apenas a potência de se comunicar através dela.
A estrutura sintática dentro do estudo da sintaxe, envolve restrições que
se aplicam as sentenças de uma língua para que ela seja organizada de
uma determinada maneira, por exemplo a distribuição da ordem das
palavras em uma sentença. São ordens que podem ser mudadas, mas
que existem como elementos da estrutura sintática. Há várias
propriedades de estrutura sintática que determinam a forma das
sentenças nas línguas. Tais propriedades são determinadas por
princípios lingüísticos mais gerais.

 Semântica:
É o estudo do significado da palavra da sentença. A semântica trata da
natureza da função e do uso dos significados determinados ou
pressupostos. É a parte da lingüística que estuda a natureza do
significado individual das palavras e do agrupamento das palavras nas
sentenças, que podem apresentar variações regionais e sociais nos
diferentes dialetos de uma língua.
O significado de uma expressão lingüística apresenta características
comuns compartilhadas entre os utentes de uma língua. No nível da
palavra há a antonímia e a sinonímia, que são palavras com significados
opostos e palavras com significados semelhantes, respectivamente. Por
exemplo os antônimos “quente e frio”, e os sinônimos “belo e bonito”. A
semântica busca conhecer e definir traços que provocam aproximações
ou oposições entre esses significados de diferentes palavras.

 Pragmática:
É o estudo da linguagem em uso e dos princípios de comunicação. O
texto traz a citação de Levinson para definição da área de pragmática,
onde o mesmo afirma que há várias tendências para defini-la. A
pragmática envolve as relações entre a linguagem e o contexto. É uma
área que inclui os estudos da utilização de elementos da linguagem
através da demonstração, das pressuposições, dos atos de fala das
implicaturas e dos aspectos da estrutura. Um exemplo de implicatura é
quando alguém pergunta “que horas são”, ninguém irá responder com a
expressão sim ou não, ao invés disso informará diretamente a hora. Isso
acontece porque os falantes entendem que nessa pergunta deseja-se
obter a informação referente à hora e não ao fato de ter ou não o
relógio.
A pragmática busca desvendar as estratégias, as formas, as intuições e
as estruturas que são acionadas pelos utentes a usarem a língua.

 Interfaces da Lingüística:
São apresentadas as interfaces da lingüística com outras ciências e
domínios.
 O que é sociolingüística, a psicolingüística, a lingüística
textual e a análise do discurso?
A primeira envolve o estudo das variações lingüísticas geográficas,
sociais e estilísticas. A psicolingüística é o estudo da realidade
lingüística da criança em diferentes estágios, oferecendo pistas sobre a
organização interna e sobre os processos mentais relacionados à
linguagem.
A lingüística textual e a análise do discurso estudam os mecanismos
internos e externos do texto e do discurso que determinam a forma
destes.

 Línguas Naturais:
Língua natural é qualquer linguagem desenvolvida naturalmente pelo
ser humano, de forma não premeditada, como resultado da facilidade
inata para a linguagem possuída pelo intelecto humano.
As pessoas usavam a palavra linguagem com variedade de sentido,
tendo a linguagem musical, corporal, entre outras.
Sabe-se que para o vocábulo inglês “language”, encontra-se no
português, dois vocabulários: língua e linguagem.
O vocábulo “linguagem” em português, é mais abrangente que o
vocábulo “língua”, não só porque é usado para se referir as linguagens
em geral, mas também porque é aplicado o sistema de comunicação,
sejam naturais ou artificiais, humanas ou não.
O conceito de “língua” pode ser analisado considerando-se duas
perspectivas: a língua externa e a língua interna. A primeira refere-se ao
conceito difundido por bloomfield, relacionado a definição de língua por
saussure, associando o som da palavra ao seu significado. A gramática
convencional consiste em um conjunto de descrições da língua externa.

 Flexibilidade e versatilidade:
Segundo Lyons, pode-se usar língua para dar razão às emoções e
sentimentos, para ameaçar ou prometer, para dar ordens, fazer
perguntas ou afirmações. Nenhum outro sistema de comunicação
parece ter, se quer de longe, o mesmo grau de flexibilidade e
versatilidade.
 Arbitrariedade:
O caso mais óbvio de arbitrariedade da língua diz respeito à relação
entre forma e significado. Arbitrariedade no que diz respeito a língua,
não se restringe a ligação entre forma e significado. Na opinião de
Chomsky, os seres humanos são geneticamente dotados de um
conhecimento dos princípios gerais ditos arbitrários, que determinam a
estrutura gramatical de todas as línguas.

 Descontinuidade:
A descontinuidade opõe-se a variação contínua. Por exemplo, as
palavras 'faca' e 'fada' diferem minimamente na forma, tanto na língua
escrita como na língua falada.
Na maioria dos contextos a ocorrência de uma forma será muito mais
provável do que a ocorrência de outro, o que reduz a possibilidade de
engano quando as condições para a transmissão ou recepção são
deficitárias.

 Criatividade/produtividade:
A produtividade ou criatividade de um sistema de comunicação é a
propriedade que possibilita a construção e interpretação de novos
enunciados.
O conceito de criatividade regida por regras é muito próximo do de
produtividade e teve grande importância para o desenvolvimento do
gerativismo.

 Dupla articulação:
As línguas humanas têm uma gama de unidades ou fonemas que são
semelhantes, em torno de 30 e 40. Significados são adquiridos apenas
quando combinado com outros fonemas, isto é, sons tais como f, g, d, o,
nada significam separadamente. Eles adquirem significado apenas
quando combinados de várias formas, como em “fogo”, “dado”, “gado”,
“fada”. Esta organização da língua em duplas camadas é conhecida
como dualidade ou dupla articulação.
 Padrão:
As línguas humanas apresentam um padrão de organização dos
elementos.
Em síntese, o português apresenta restrições na maneira em que os
itens podem ocorrer juntos e na ordem em que eles aparecem.
Na palavra “sal”, a vogal “a” poderia ser substituída por “o” ou “u”, mas
não por “h” ou “z”.
Cada item apresenta um padrão de colocação na combinação ou
substituição por outros itens, conforme ilustram os exemplos
apresentados anteriormente.
Os itens lingüísticos adquirem significado como parte de uma ampla
rede língüística.

 Dependência estrutural:
É praticamente impossível para alguém formar sentenças e entendê-las
por meios mecânicos ou artificiais. A realização de uma sentença no
passado pode ser enunciada mesmo que a pessoa nunca tenha ouvido
ou dito a sentença antes. Uma língua contém estruturas dependentes
que possibilitam um entendimento da estrutura interna de uma
sentença, independentemente do número de elementos linguísticos
envolvidos.

 Linguagem humana versus comunicação animal:


Até o momento nenhum sistema de comunicação animal apresenta
esses traços. Criatividade e habilidade para produzir novos enunciados,
parecem não estar presentes em qualquer sistema de comunicação
natural utilizada por animais.
Língua é um sistema padronizado de sinais arbitrários, caracterizados
pela estrutura dependente, criatividade, deslocamento, dualidade e
transmissão cultural.
 Origem e funções da linguagem:
Língua é um sistema altamente desenvolvido. Os humanos necessitam
de um grau maior de cooperação com o outro a fim de sobreviverem, e
esta cooperação requer uma eficiente comunicação. A função primária
da língua é a comunicação e a expressão do pensamento.
Há na língua o bate-papo social e este padrão tem sido chamado de
comunicação fática, sendo uma estratégia para manter contato social
em um nível amigável.
Esta seção apresentou algumas das propriedades que alguns lingüistas
consideram como traços essenciais das línguas tais quais as
conhecemos.

 Mitos da Lingüística:

 Mito 1:
A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação
concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos.
Tal conceito declara que os sinais não são símbolos arbitrários como as
palavras, mas carregam uma relação icônica ou representacional com
seus referentes. No entanto, vários estudos concluíram que as línguas
de sinais expressam conceitos abstratos.
Com as mudanças nos paradigmas da ciência, há informações
suficientes para mostrar o grau de abstração que ocorre nas línguas de
sinais de cada país, bem como sua complexidade e riqueza. As
pesquisas lingüísticas mostram que os aspectos icônicos dos sinais
individuais não são os mais importantes da estrutura e do uso da língua
de sinais.
Some-se a isso o fato de que toda arbitrariedade é convencional, pois
quando um grupo escolhe uma propriedade para caracterizar um sinal,
outro grupo pode escolher outra propriedade para identificá-lo. Pode-se
dizer, portanto, que a aparência externa do sinal é enganosa, pois cada
língua pode abordar um aspecto visual diferente, diferenciando a
representação lexical da língua, em relação, por exemplo, ao mesmo
objeto. González classifica os sinais de acordo com as relações
semânticas básicas entre o referente e a unidade lexical. A iconicidade
reproduz a forma, o movimento e/ou a relação espacial do referente,
tornando o sinal transparente e permitindo que o significado seja mais
facilmente compreendido.

 Mito 2:
Haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas as
pessoas surdas.
Essa concepção ainda faz parte do senso comum, pode-se opor a tal
concepção, argumentando que as mesmas razões que explicam a
diversidade das línguas faladas se aplicam à diversidade das línguas de
sinais. Portanto, cada país apresenta sua respectiva língua de sinais. A
Língua de Sinais Americana é diferente da Língua de Sinais Brasileira
como é diferente da Língua de Sinais Britânica, Língua de Sinais
Francesa, etc.

 Mito 3:
Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais, que
seria derivada das mesmas, não possuindo estrutura própria e sendo
subordinada e inferior às línguas orais.
Sobre essa concepção pode-se dizer que as línguas de sinais são
independentes das línguas faladas. Sendo assim, é um erro pensar que
as línguas de sinais são subordinadas às línguas faladas. Mas existem
sistemas criados com finalidade pedagógica que transformam os sinais
de uma língua de sinais e os colocam na estrutura da fala.

 Mito 4:
A língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com
conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior
ao sistema de comunicação oral.
Em contraponto a concepção acima, pesquisas mostram que poesias,
trocadilho, jogos originais, etc, são significantes para a cultura surda.
Sendo assim, não há limites práticos para a ordem, tipo ou qualidade de
uma conversão em sinais, exceto aqueles que já possuem na língua
oral como memória, experiência, conhecimento e inteligência.

 Mito 5:
As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea
dos ouvintes.
A ideia de que as línguas de sinais não são línguas, mas apenas
"gestos" decorrentes da comunicação gestual espontânea e, portanto,
universal, inferior e limitada, vem de muito tempo atrás, quando se
acreditava que a língua estava associada à capacidade dos seres
humanos de "falar".
Relacionada a essa concepção de que as línguas de sinais são
“gestos”, começou a ser considerada a hipótese de que tais formas de
comunicação estivessem associadas apenas ao hemisfério direito do
cérebro, mito que será discutido a seguir.

 Mito 6:
As línguas de sinais, por serem organizadas espacialmente, estariam
representadas no hemisfério direito do cérebro, uma vez que esse
hemisfério é responsável pelo processamento de informação espacial,
enquanto que o esquerdo, pela linguagem.
Bellugi e Mima apresentam resultados de pesquisa com surdos que
possuem lesão nos hemisférios esquerdo e direito do cérebro. Estudos
mostraram que aqueles com danos no hemisfério direito são capazes de
processar todas as informações linguísticas das línguas de sinais,
mesmo que sejam viso espaciais. Entretanto, os surdos com lesão no
hemisfério esquerdo, tinham capacidade de processar as informações
espaciais não lingüísticas, mas não conseguiam lidar com informações
linguísticas.
O estudo comprova que a linguagem humana é independente das
modalidades das línguas. Em suma, tais mal-entendidos sobre as
línguas de sinais indicam um status linguístico inferior em relação ao
plano da superfície.
Estudos realizados por Stokoe, Klima e Bellugi, entre outros, foram
importantes para mudar o entendimento sobre linguagem e surdez.

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