Você está na página 1de 6

LINGUISTCA GERAL-i

Fromkin & Rodman (1993) argumentam que a Linguística é o estudo e a ciência da linguagem
humana.
Esta disciplina se baseia no estudo de factos linguísticos reais e produzidos por falantes, portanto
actividade exclusiva do Homem, daí, a diferença com a linguagem não humana, mesmo
reconhecendo-a dotados de elementos naturais.
seu objecto do estudo científico a língua (gem) humana, ao estudarmmos a linguagem humana
aproximamo-nos do que poderia se chamar “a essencia humana”, as qualidades distintivas da
mente que são, tanto quanto sabemos, exclusivas do homem. (Noam Chomsky. Linguagem e
pensamento).
Importancia da Linguistica:
Explicação da história humana pois ela providencia um material de um todo coeso, das
tendências de mudanças que testemunham o desenvolvimento da sociedade;
Permite a interpretação do percurso do desenvolvimento de classe social pois as palavras
são o arquivo da sociedade.
Desde antiguidade que o interesse pela Linguística tem guiado motivações de indole prático e
filosófico, razões que seguidamente se apresentam.
Do ponto de vista prático: a Linguística pode oferecer uma base teórica para uma grande
variedade de aplicações:
 Planificação do currículo de letras nas escolas;
 O tratamento de perturbações da fala (a afasia ou problema de leitura);
 A luta contra o analfabetismo em muitos países do mundo;
 O desenvolvimento da produção;
 Reconhecimento da linguagem conputacional inspirados em modelos humanos;
 Aprendizagem das línguas estrangeiras;
 Amplificação da linguagem jurídica
 A linguagem como um espelho da mente, porque a língua é um instrumento de
comunicação e de reprodução social.
Corrente Teológica: esta corrente defende que a linguagem humana é da origem divina e a
origem de várias línguas justifica-se na bíblia, “Gênesis”, 11: 1-9
Em 1916, Ferdinand de Saussure, publicou a sua obra “Curso de linguística Geral”,na qual
propõe o estudo do funcionamento dos signos linguísticos na sociedade e descreve 5 princípios
dos signos linguísticos, postulando que o signo linguístico tem uma especificidade e traços
próprios. Com esta obra se marca uma verdadeira iniciação à Linguística e este linguista Suiço é
considerado o pai da Linguística.
Todos os sistemas de comunicação têm alguns traços comuns
1. Modo de Comunicação – este traço refere ao conjunto de meios através dos quais as
mensagens são transmitidas (tracto vocal, visão, audição, gestos, tacto, etc. integram tais
meios).
2. Semanticidade – Esta propriedade diz que o sinal utilizado em qualquer sistema de
comunicação tem “significado”.
3. Função Pragmática – é uma propriedade que confere ao sistema de comunicação um
propósito útil: influenciar os outros, ajudar a espécie para sobreviver, etc.
4. Inter troca – é a habilidade de os indivíduos poderem mandar e receber mensagens em
simultâneo. A espécie humana pode fazer uso deste traço, mas nem todas as espécies são
capazes de mandar e receber mensagens simultaneamente.
5. Transmissão Cultural – diz respeito à necessidade de alguns aspectos de comunicação
serem aprendidos através de interacção comunicativa com outros utilizadores do sistema.
6. Arbitrariedade – é uma propriedade que diz que a forma do sinal utilizado para
comunicar não é logicamente relacionada com o seu significado. Por exemplo, a palavra
gato não soa como gato nem representa nem representa o gato em alguma forma lógica.
SIGNOS LINGUÍSTICOS
Os signos linguísticos apresentam as palavras e o conjunto de sons articulados que tem sentido e
ás vezes com uma imagem acústica.
Linguísticos → usam a palavra ou unidade da linguagem humana.
Signos Não Linguísticos → não usa a palavra, recorrem a gestos, sinais, símbolos, etc.
Os signos linguísticos são formados pela união de dois conceitos desenvolvido por significado e
significante.
O Significado é o próprio conceito do signo, ou seja, a ideia que se tem determinada palavra:
Casa como Objecto.

O Significante é forma gráfica e fonética do signo que se forma a palavra que e atribuída para
determinado significado. São palavra que haja alteração de fala quando a língua.
Quando o signo não usa palavra é não linguístico, enquanto que quando o signo usa palavra é
signo linguístico.
O signo não linguístico recorre símbolos e imagens, o signo linguístico usa voz ou palavra.
Significados → conteúdo semântico “objecto”
Significante → expressão fónica “imagem acústica”
LÍNGUA vs FALA
Há uma estreita ligação entre a língua e a fala. A primeira pressupõe a segunda. Não se pode
falar sem usar a língua, mas é possível usar a língua sem falar. A fala é anterior à escrita
historicamente e biologicamente.
Ferdinad de Saussure define língua em oposição à fala, considerando que a língua (langue) é
um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro de um conjunto de indivíduos
pertencentes à mesma comunidade.
Para Baylon & Fabre (1974:44) a fala é um acto individual de vontade e de inteligência em que
convém destinguir por um lado as combinações através das quais o sujeito falante utiliza o
código da língua para exprimir o seu sentimento ou pensamento pessoal. por outro o mecanismo
psicofísico que permite exteriorizar essas combinações.
Para Saussure, língua e fala implicam-se mutuamente, a língua é necessária para que a fala seja
inteligível, e a fala é necessária para que a língua se estabeleça. É a fala que faz evoluir a língua.
Alguns critérios que marcam tal distinção da fala e lingua:
 A língua define-se com um código, enquanto a fala é a utilização desse código pelos
sujeitos;
 A língua é uma pura passividade. A sua posse põe em jogo apenas as faculdades
“receptivas” do espírito e antes de tudo a memória, sendo que qualquer actividade ligada
à linguagem se situa no domínio da fala;
 A língua é uma “instituição social, enquanto a fala é um acto individual da vontade e
inteligência.
Competência Linguística (performance) vs Competência Comunicativa
Competência comunicativa – que constitui o uso da língua que não depende só das regras
gramaticais.
Performance é a utilização real da língua nas situações concretas.
A competência linguística de um sujeito define-se como o conjunto das aptidões especializadas
que ele adquiriu em sua primeira infância.
Saber uma língua é ter capacidade de pronunciar correctamente todos os sons de uma língua,
conhecer os nomes, os adjectivos, os verbos, os adverbios, etc, e conhecer bem as regras que
regem o funcionamento da língua a nível gramatical.
Aspecto criativo da linguagem
O aspecto criativo da linguagem reside na língua, domínio dos signos e das regras de
funcionamento transmitidos como herança, depositados na memória onde são selecionados.
Os tipos de criatividades:
 A primeira consiste em variações individuais sem se importar com as regras gramaticais
– refere se da performância – a fala;
 A segunda consiste em produzir frases novas por meio de regras recursivas da gramática
– refere-se a competência – língua.
GRAMÁTICA: conceito e componentes.
Para Fromkin & Rodman (1993), gramática é a descrição de todos os princípios de organização
de um conjunto de elementos e regras de uma determinada língua, também definem como sendo
um conjunto de conhecimentos que os falantes têm no cérebro.
A gramática de uma língua apresenta os seguintes componentes:

 Fonética é o estudo de todo o conjunto de sons utilizados por todas as línguas humanas
para a representação de conceitos.
 Fonologia é o estudo dos modelos sonoros de uma determinada língua.
 Morfologia é a componente da gramática que estuda o sistema de regras de formação de
palavras e sua estrutura.
 Sintaxe é o estudo do sistema de regras de formação de frases através da combinação de
palavras.
 Semântica é o estudo sincrónico do significado linguístico de palavras, expressão e
frases.
 Pragmática que é o uso que os interlocutores podem fazer da linguagem numa
interacção de comunicação, ou seja, estudo do uso da língua em comunicação.
 Lexicologia é o estudo de itens de vocabulários (lexemas) de uma língua e a sua
mudança quanto a forma e significado ao longo dos tempos.
Tipologias de Gramáticas
Gramática descritiva é entendida como sendo o conhecimento comum que permite aos falantes
falarem e compreenderem-se. E tambem cuida usar a linguagem sem gramatica.
Gramática prescritiva (normativa) é defendida pelos chamados puristas que consideram que a
mutação linguística é uma forma de corrupção e defendem a existência de certas formas
correctas que todas as pessoas “educadas” deveriam utilizar na fala e na escrita. E tambem usa a
gramatica.
Gramática universal (ou universal linguísticos) baseias-se no princípio de que existem, numa
gramática, partes que pertencem a todas as línguas (gramática geral).
Universais Linguísticos
1. Onde existem seres humanos existe linguagem.
2. Não existem línguas “primitivas” – todas as línguas são igualmente complexas e
igualmente capazes de exprimir uma ideia do universo. O vocabulário de qualquer
língua pode ser alargado de forma a incluir novas palavras para novos conceitos.
3. Todas as línguas evoluem através do tempo.
4. As relações entre sons e significados em linguagem faladas e entre gestos (sinais) e
significados em linguagens de sinais são, na maior parte dos casos, arbitrárias.
5. Todas as línguas humanas utilizam um sistema finito de sons discretos (ou gestos) que
se combinam formando elementos com significação ou palavras que, por seu lado,
constituem um sistema infinito de frases possíveis.
6. Todas as gramáticas apresentam regras semelhantes para a formação de palavras e frases
7. Toda a língua falada inclui elementos discretos, como p, n ou a, que podem ser definidos
por um conjunto finito de propriedades sonoras ou traços. Toda a língua apresenta uma
classe de vogais e uma classe de consoantes.
8. Em todas as línguas se encontram categorias gramaticais semelhantes (por exemplo:
nome, verbo).
9. Existem universais semânticos, como “masculino” ou “feminino”, “animado” ou
“humano”, em todas línguas do mundo.
10. Todas as línguas têm recursos para referir um tempo passado, presente e futuro, a
capacidade de negar, a capacidade formular perguntas, emitir ordens, etc.
11. Toda a criança normal, nascida em qualquer parte do mundo, seja qual for a sua origem
racial, geográfica, social ou económica, é capaz de aprender qualquer língua com que
esteja em contacto. As diferenças que encontramos entre as línguas não se devem a
razões biológicas
 Substantivos: nessa classe ficam apenas as palavras que dão nome às coisas. Por
exemplo: caderno, mesa e lápis.
 Adjetivos: são as palavras que dão uma característica, qualidade ou um defeito ao
substantivo. Por exemplo: bonita, gordo, alto, pequeno e quente.
 Numerais: são palavras que expressam uma ideia de quantidade. Por exemplo: dois,
primeira, triplo e meio.
 Artigos: essa classe é formada por palavras que ficam antes dos substantivos e
determinam a eles um gênero e uma quantidade plural ou singular. São eles: o, a, os, as,
um, uma, uns, umas.
 Verbos: é a classe das palavras que indicam uma ação, estado, fenômeno ou fato. Podem
variar em conjugações de acordo com o tempo, número, pessoa, modo e voz. Exemplo:
ficar, fazer, estar, ser, comer, fugir, chover e queimar.
 Pronomes: são palavras que substituem o nome ou a que ele se refere. Exemplo: eu, ela,
aquele e minha.
 Preposições: essa classe possui palavras que ligam duas outras palavras ou termos.
Exemplo: até, após e portanto.
 Advérbios: são palavras que podem indicar circunstâncias diversas, como tempo, lugar,
modo, dúvida, negação, entre outros. Exemplo: hoje, aqui, muito e não.
 Conjunções: são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de
mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de
simples coordenação. Exemplo: e, mas, portanto e contudo.
 Interjeições: são palavras invariáveis que exprimem emoções, sensações, estado de
espírito ou até mesmo que procuram agir sobre o interlocutor, fazendo com que ele adote
certo comportamento sem que seja preciso usar algumas estruturas linguísticas mais
elaboradas. Exemplo: oh!, ai!, ui!, ufa! e eca!.

Você também pode gostar