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ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias

Curso Superior de Licenciatura em Química


DISCIPLINA: Língua Portuguesa
Professora: Aline Silva

Considerações gerais sobre língua e linguagem

“A linguagem assume um papel de destaque no processo de comunicação, pois garante


diferentes operações intelectuais e possibilita a criação de mundos e, consequentemente, de
perspectivas. É ainda por meio da linguagem que o pensamento se organiza, que o indivíduo se
identifica como pessoa, argumenta, explica e/ou justifica, quando interage com o meio em que
vive.” (Terezinha de Jesus Costa)

A interação ou diálogo de interlocutores é o princípio fundador da linguagem. É


na relação entre sujeitos que se constroem a significação das palavras, o sentido dos textos
e os próprios sujeitos. Todo diálogo se constrói socialmente, por isso, ele pressupõe pelo
menos dois interlocutores, cujos discursos são impregnados de influências do contexto
em que vivem e se relacionam – o diálogo entre esses discursos acaba sendo inevitável.

A linguagem é, portanto, a mais importante criação humana porque, sendo um


todo organizado de sinais, serve como meio de comunicação entre os indivíduos. Para
que a comunicação ocorra, os sujeitos fazem uso de variados recursos: gestos, expressões,
símbolos, sons, cores, formas, palavra falada, palavra escrita... porém, o uso desses
recursos deve estar sempre de acordo com o que se quer comunicar e a quem se quer
comunicar.

É dentre essa variedade de recursos que fazemos nossa primeira classificação


quanto à linguagem: a existência de uma linguagem verbal e de uma linguagem não-
verbal.

A linguagem verbal é a forma de comunicação que faz uso da palavra, seja ela
oral ou escrita. Para sermos compreendidos por meio das palavras, precisamos ter
domínio de um tipo particular de código, no nosso caso, o código que utilizamos é a língua
portuguesa.

Já a linguagem não-verbal é a forma de comunicação cujo código utilizado não


é a palavra. Ou seja, a comunicação é estabelecida por meio de gestos, imagens,
elementos sonoros ou visuais.
Há, ainda, as linguagens mistas ou híbridas, atualmente chamadas de verbo-
visuais e presentes, por exemplo, em histórias em quadrinhos, que costumam fazer uso
tanto das palavras quanto das imagens em sua composição.
Quando fazemos uso da língua, precisamos ter alguns cuidados para que a
comunicação se efetive. Um desses cuidados é perceber e se adaptar às diferenças entre
as modalidades da língua. Contar uma história oralmente é bem diferente de escrevê-la,
por isso, a distinção entre a língua falada e a língua escrita é um conhecimento essencial
a todos os indivíduos que buscam se comunicar de forma proficiente.
A língua falada sempre vai ter, a seu favor, diversos recursos expressivos: gestos,
expressões fisionômicas, possibilidade de repetição, entonações, olhares e, na maioria das
vezes, a proximidade com os interlocutores que permite – quando necessário – mudanças
na forma e no modo de transmitir um discurso. Além disso, na modalidade falada,
geralmente não há preocupação com questões de pontuação nem com a relação entre
letras e fonemas.
O uso da língua escrita, por outro lado, exige bem mais dos indivíduos. Como
não dispõe dos recursos expressivos da modalidade falada, o escrevente precisa ter
domínio de elementos como a pontuação e a clareza do que se quer expressar. É preciso
conhecer os aspectos básicos da língua: os sons, as palavras, as formas de combiná-las.
Esses aspectos básicos são a sua gramática.

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