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Técnico em

Analises Clínicas
Módulo I
PORTUGUÊS
INSTRUMENTAL
Comunicação
Conceito
– Comunicação é o processo de transmitir a informação e
compreensão de uma pessoa para outra; senão houver esta
compreensão, não ocorre a comunicação. Se uma pessoa
transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela
outra pessoa, a comunicação não se efetivou.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Emissor:
– A pessoa que envia a mensagem. Pode ser chamada de fonte
ou de origem. Apresenta o significado, que corresponde à
ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar, e o
codificador, que é constituído pelo mecanismo vocal para
decifrar a mensagem.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Mensagem:
– Mensagem: a ideia que o emissor deseja comunicar. Contém
o canal, também chamado de veículo, que é o espaço situado
entre o emissor e o receptor, e o ruído, que ser refere à
perturbação dentro do processo de comunicação.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Receptor:
– É aquele que recebe a mensagem, a quem esta é destinada.
Apresenta o decodificador, que é estabelecido pelo
mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o
receptor a compreenda; a compreensão, que é o
entendimento da mensagem pelo receptor; e
regulamentação, que é quando o receptor confirma a
mensagem recebida pelo emissor. É o retorno da mensagem
enviada.
Linguagem e Língua
Linguagem
Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais
que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
Esta se compõe de:
– Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.
– Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como
gestos, o movimento, a imagem, etc.
– Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema
e a TV, que utilizam a imagem e a palavra.
Linguagem e Língua
Língua
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias, por
meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Norma culta (língua padrão): a variedade linguística de maior
prestígio social. É padronizada em função da comunicação
pública e da educação;
– Dialetos: variações faladas por comunidades geograficamente
definidas, originadas das diferentes entre região, idade, sexo,
classes ou grupos sociais, incluindo a própria evolução
histórica da língua;
– Socioletos: variações faladas por comunidades socialmente
definidas;
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Idioletos: variação linguística particular de uma pessoa;
– Registros: o vocabulário especializado e/ou a gramática de
certas atividades ou profissões;
– Etnoletos: variações linguísticas adotadas por um grupo
étnico; e,
– Ecoletos: idioleto adotado por uma casa.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
Algumas definições são importantes para entender um pouco
sobre comunicação, segundo Monteiro & Monteiro (2009):
– linguagem é a representação do pensamento por meio de
sinais que permitem a comunicação e a interação entre as
pessoas;
– língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais,
mas também semânticas e fonológicas, por meio das quais a
linguagem (ou fala) se revela;
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Variedades linguísticas são as variações que uma língua
apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais,
regionais e históricas em que é utilizada;
– Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de
maior prestígio social;
– Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes
da língua padrão.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual
quanto escrita, a um receptor. O receptor recebe a mensagem
e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. A necessidade de
resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres
humanos, pois quando uma pessoa envia a mensagem e não
recebe a resposta do receptor, o processo de comunicação
não se completa (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes
campos de estudo: a fonética, a morfologia, a semântica e a
sintaxe. A fonética estuda os sons da fala. A morfologia
estuda a forma das palavras e a representação gráfica. A
semântica preocupa-se não só com a representação gráfica
do vocábulo, mas com seu significado. A sintaxe estuda os
termos que compõem uma oração. A oração pode apresentar
um sujeito, terá sempre um predicado, e pode ter ou não
complementos (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
A língua oral e a língua escrita têm propriedades distintas, que
variam de acordo com o indivíduo que a utiliza, levando-se em
conta a influência da cultura e do meio social em que este vive.
Porém, ambas se completam em determinados aspectos. No
momento em que cada indivíduo consegue se comunicar,
conforme suas particularidades, a linguagem tem, então, a sua
função exercida.
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
O falante não escreve do mesmo modo que fala. Enquanto fala, a
linguagem apresenta maior liberdade no discurso, uma vez que
não exige planejamento, podendo ser enfática, redundante, com
variados timbres e entonações. Na língua oral, de modo geral, o
falante não se prende à norma culta.
 
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
A escrita, por sua vez, mantém contato indireto entre escritor e
leitor. A linguagem escrita é mais objetiva, portanto, necessita de
grande atenção e obediência às normas gramaticais,
caracterizando-se, assim, por frases completas, bem elaboradas e
revisadas, explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no
diálogo e uso de sinônimos. Devido a estes traços, esta é uma
linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras
gramaticais.

 
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
Tanto por meio da língua oral como da língua escrita, o indivíduo participa
efetivamente do seu meio social, comunicando-se, buscando acesso à
informação, expressando e defendendo seus pontos de vista, dividindo
e/ou construindo visões de mundo, produzindo novos conhecimentos.

Há particularidades na língua oral que, mais do que a diferenciam da


língua escrita, a tornam específica. São elementos exclusivos, tais como:
gesticulação, fluidez das ideias expostas, eficácia na correção da
informação, dado que o falante tem o controle da comunicação no
momento de sua fala.

 
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
No que tange à linguagem escrita, além de esta ter como
característica principal o fato de ser, como ela própria se anuncia,
escrita, reproduzida por textos, ela também apresenta
particularidades que a diferenciam da linguagem oral. A mais
importante delas é a correção gramatical, sobre a qual recaem a
objetividade, a clareza e a coesão. Estas são essenciais para que a
comunicação ocorra, dado que emissor e receptor estão distantes,
podendo, inclusive, ser desconhecidos um do outro.

 
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
Por isso a correção gramatical é tão importante. Um texto
apresentado de forma objetiva, com ideias claras, concisas é mais
facilmente compreendido pelo receptor e nele provocar o efeito
desejado pelo emissor. A produção do texto escrito se dá de
forma coordenada, uma vez requer planejamento, transformando
sua estrutura sintática elegante, bem formada.
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
Uma diferença que chama atenção entre a linguagem oral e a
escrita é que na primeira as falas podem se apresentar
fragmentadas, desordenadas, incompletas, enquanto que na
segunda isto não ocorre. Outra característica particular que as
difere é que na linguagem escrita o vocabulário é muito variado e
essencialmente conservador e dependente do grau do nível de
formalismo.
 
Enfim, pode-se afirmar que a fala e a escrita são dois modos bem
diferentes, e em alguns momentos complementares, de o usuário
representar as suas experiências linguísticas.
Funções da Linguagem
Definição
Por meio da linguagem, também se realizam diferentes ações:
transmitem-se informações, tenta-se convencer o outro a fazer
(ou dizer) algo, assumem-se compromissos, ordena-se, pede-se,
demonstram-se sentimentos, constroem-se representações
mentais sobre o mundo. Enfim, pela linguagem organiza-se a vida
em diferentes aspectos.
 
Diferenciar que objetivo predomina em cada situação de
comunicação auxilia a compreender melhor o que foi dito.
Funções da Linguagem
Definição
As funções da linguagem estão centradas nos elementos da
comunicação. Toda comunicação apresenta uma variedade de
funções, mas elas se apresentam hierarquizadas, sendo uma
dominante, de acordo com o enfoque que o destinador quer dar
ou do efeito que quer causar no receptor. A linguagem pode ter
função emotiva, referencial, conativa, fática, metalinguística ou
poética. Sobre cada uma delas será tratado a seguir.
Funções da Linguagem
Função Emotiva (ou expressiva)
Centra-se no sujeito emissor e suscita a impressão de um
sentimento verdadeiro ou simulado. Observe-se o texto a seguir:

Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por


iniciativa própria, assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a
crítica brasileira condenasse o filme por não ser convencional, mas
tive uma satisfação imensa quando li críticas unânimes da imprensa.
Isso mostra que, apesar de tantos enlatados, a nossa crítica é
antenada com o passado e o presente da humanidade e com as coisas
que acontecem no mundo. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus
textos nunca me decepcionam”.

Luciano Duarte. Guia da Folha, 10 a 16 de junho 2005.


Funções da Linguagem
Função Emotiva (ou expressiva)
Nota-se no texto que o emissor emprega a primeira pessoa (eu):
(assisti, temia, tive, li...), aponta qualidades subjetivas, utilizando
adjetivos (satisfação imensa, críticas unânimes, fantástico...),
advérbios (nunca me decepcionam), além de recursos gráficos
que indicam ênfase, ao utilizar ponto de exclamação (fantástico!).
Destaca-se aqui o ponto de vista do emissor, a sua percepção dos
acontecimentos, característica da função emotiva da linguagem.
Funções da Linguagem
Função Referencial (ou denotativa ou cognitiva)
Esta é a função da linguagem que aponta para o sentimento real das
coisas. O texto ilustrado abaixo revelará as nuances características da
função referencial.

**** UM FILME FALADO – Idem. França/Itália/Portugal, 2003.


 
Direção: Manoel de Oliveira. Com: Leonor Silveira, John
Malkovich, Catherine Deneuve, Stefania Sandrelli e Irene Papas.
Jovem professora de história embarca com a filha em um cruzeiro
que vai de Lisboa a Bombaim. 96 min. 12 anos. Cinearte 1, desde
14. Frei Caneca Unibanco Arteplex 7, 13h, 15h10, 17h20, 19h30 e
21h50.
Funções da Linguagem
Função Referencial (ou denotativa ou cognitiva)
Observam-se neste segundo texto outros procedimentos colocados em
destaque, tais como: o uso da terceira pessoa, explicitado no trecho:
‘jovem professora de história (ela)’; ausência de adjetivos, dado que a
indicação de que o filme é bom aparece ilustrado com 4 estrelinhas;
ausência de expressões que indiquem a opinião do emissor (tais como,
‘eu acho, eu desejo,...’); emprego de um conjunto de informações que
dizem respeito a coisas do mundo real, tais como a exatidão dos
horários, o endereço, os nomes próprios. Este conjunto de
procedimentos dá ao emissor a impressão de objetividade, como se a
informação traduzisse verdadeiramente o que acontece no mundo real,
caracterizando a função referencial ou informativa da linguagem.
Funções da Linguagem
Função Conativa (ou apelativa ou imperativa)
Este tipo de função centra-se no sujeito receptor e é
eminentemente persuasória. Observe-se o texto a seguir:

RESERVA CULTURAL
 
Você nunca viu cinema assim.
Não perca a retrospectiva especial de inauguração, com 50% de
desconto, apresentando cinco filmes que foram sucesso de
público. E, claro, de crítica também.
Funções da Linguagem
Função Conativa (ou apelativa ou imperativa)
Neste texto, o destaque está no destinatário. Para tanto, o
emissor se valeu de procedimentos, tais como: o uso da segunda
pessoa (você); o uso do imperativo (Não perca!). O resultado é a
interação com o destinatário, procurando convencê-lo a realizar
uma ação (ir ao espaço cultural). Este tipo de função é
característico dos textos publicitários, que, em geral, procuram
convencer ou persuadir o destinatário a dar uma resposta, que
pode ser a mudança de comportamento, de hábitos, como abrir
conta em banco, frequentar determinados tipos de lugares ou
consumir determinado produto.
Funções da Linguagem
Função Fática (ou de contato)
– A função fática da linguagem visa estabelecer, prolongar ou
interromper a comunicação e serve para verificar a eficiência
do canal. É muito comum em conversações cotidianas. Aqui o
emissor usa procedimentos para manter o contato físico ou
psicológico com o interlocutor, como, por exemplo, ao iniciar
uma conversa telefônica (‘Alô!’) ou ainda utilizando fórmulas
prontas para dar continuidade à conversa, como no caso de:
‘aham, hum, bem, como?, pois é’. Este tipo de mensagem
serve para manter o contato, sustentar ou alongar (ou mesmo
interromper) a conversa.
Funções da Linguagem
Função Metalinguística
– Este tipo de função consiste numa recodificação e passa a
existir quando a linguagem fala dela mesma. Checa se o
emissor e receptor estão usando o mesmo repertório. Por
exemplo, quando o emissor quer precisar, esclarecer o que
está querendo dizer e utiliza ‘eu quis dizer que’, ‘que quero
dizer que esta palavra poder ser substituída por outra mais
precisa, que desse a entender que...’. Um exemplo comum da
aplicação da função metalinguística está no preenchimento
de palavras cruzadas, na consulta a um dicionário. Aqui, faz
uso da linguagem (o código) para falar, explicar, descrever o
próprio código linguístico.
Funções da Linguagem
Função Poética
A função poética da linguagem é aquela em que o emissor
valoriza o texto na sua elaboração, utilizando a combinação de
palavras, figuras de linguagem, exploração dos sentidos e
sentimentos. Embora mais comum nos textos literários,
especialmente nos poemas, dada a sua subjetividade, é bastante
utilizada em anúncios publicitários, além de aliar-se também aos
demais tipos de função, sobretudo a emotiva. A função poética
ocupa-se mais em como dizer o que se deseja do que o que dizer.
Atente-se para o texto a seguir:
Funções da Linguagem
Função Poética

Subi a porta e fechei a escada.


Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
Desliguei a cama e deitei-me na luz
Tudo porque ele me deu um beijo de boa noite...
 
[Autor anônimo]

Observa-se a falta de lógica no texto, a tentativa de o autor fugir


das formas habituais, dando ênfase a sua forma de expressão, não
levando em conta apenas ‘o que’, mas ‘como’ ele queria dizer.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Definição
Tipologia é a ciência que estuda os tipos. É muito utilizada para
definir diferentes categorias. No que diz respeito ao texto, a
tipologia busca estudar as suas características, sua composição,
como ele vai ser apresentado no seu processo de criação, se por
uma narração, descrição, argumentação ou exposição, por
exemplo. Quanto ao gênero textual, este se refere às mais
variadas formas de expressão de um texto.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Tipos Textuais
O texto é uma unidade linguística concreta, percebida tanto pela
audição, a fala, quanto pela visão, a escrita, composto por unidade
de sentido e intencionalidade comunicativa. Há dois elementos
essenciais que devem ser observados na produção textual: a coesão
– que diz respeito às articulações gramaticais existentes entre
palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto,
que garantem sua conexão sequencial; e a coerência – que é o
resultado da articulação das ideias de um texto, a sua estruturação
lógica semântica, que permite que numa situação discursiva
palavras e frases componham um todo significativo para os
interlocutores.
 
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Tipos Textuais
 Quando se fala em tipologia textual, normalmente atenta-se para
a divisão tradicional dos textos: a descrição, a narração e a
dissertação. Entretanto, os tipos de textos extrapolam esta tríade.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Descritivo
 A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado
de uma pessoa, animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais
utilizada nesta produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma
estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam.
Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas
telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens,
conforme permita sua sensibilidade.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Narrativo
 Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou
real, ocorrido num determinado tempo e lugar, envolvendo certos
personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O
tempo verbal predominante é o passado.
Em geral, a narrativa se desenvolve em prosa. O narrar surge da
busca de transmitir, de comunicar qualquer acontecimento ou
situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a participação
do narrador (narrador enquanto personagem) e em terceira pessoa
mostra o que ele viu ou ouviu (narrador enquanto observador). Na
narração encontram-se, ainda, os personagens (principais ou
secundários), o espaço (cenário) e o tempo da narrativa.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Dissertativo
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de
ideias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma
lógica e coerente, a fim de defender um ponto de vista. É a
conhecida “redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida
nos concursos, já que requer dos candidatos um conhecimento
de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma
culta.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Dissertativo
Embora o texto dissertativo exponha os posicionamentos de
quem escreve, é importante salientar que estes devem aparecer
implícitos no texto, não sendo permitida a utilização da primeira
pessoa do singular. Salvo em alguns casos, a primeira pessoa do
plural aparece no texto, porém recomenda-se o uso da
impessoalidade no texto de uma forma geral. O texto dissertativo
estrutura-se basicamente em: ideia principal (introdução),
desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve) e
conclusão (síntese da posição assumida).
.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Expositivo
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo
ideias, explicando e avaliando. Como o próprio nome indica,
ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada
situação.
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa
sala de aula, os livros e as fontes de consulta, são exemplos desta
modalidade..
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Injuntivo
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele
normalmente pede, manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta,
objetiva e simples. Os verbos são, em sua maioria, empregados no
modo imperativo.
Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os
manuais, receitas médicas,. editais, etc
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Gêneros Textuais
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No
primeiro, eles funcionam como modos de organização, sendo
limitados. No segundo, são os chamados textos materializados,
encontrados no cotidiano. Eles são muitos, apresentando
características sociocomunicativas definidas por seu estilo,
função, composição conteúdo e canal. 
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se
envia ou se recebe um e-mail ou usam-se os chats das redes
sociais, utilizam-se diversos gêneros textuais. Entrevistas,
cardápios, horóscopos, telegrama, telefona, lista de compras,
blogs, agendas, são exemplos de gêneros textuais.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Cessão/Sessão/Seção (ou Secção):
Cessão é o ato de ceder. Ex.: A cessão do terreno para a
construção de uma creche agradou a todos. Ele fez a cessão de
seus direitos autorais àquela instituição; sessão é o intervalo de
tempo que dura uma reunião, uma assembleia. Ex.: A Câmara
reuniu-se em sessão extraordinária. Assistimos a uma sessão de
cinema; e seção (ou secção) significa parte de um todo, corte,
subdivisão. Ex.: Compramos os presentes na seção de brinquedos.
Lemos na seção de Economia que a gasolina vai aumentar.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Cessão/Sessão/Seção (ou Secção):
Cessão é o ato de ceder. Ex.: A cessão do terreno para a
construção de uma creche agradou a todos. Ele fez a cessão de
seus direitos autorais àquela instituição; sessão é o intervalo de
tempo que dura uma reunião, uma assembleia. Ex.: A Câmara
reuniu-se em sessão extraordinária. Assistimos a uma sessão de
cinema; e seção (ou secção) significa parte de um todo, corte,
subdivisão. Ex.: Compramos os presentes na seção de brinquedos.
Lemos na seção de Economia que a gasolina vai aumentar.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Porquê/Porque/Por quê/Por que:
Porquê: quando for um substantivo, equivale à causa, motivo,
razão, e vem precedido dos artigos o(os), um(uns). Ex.: Não me
interessa o porquê de sua ausência. Porque: quando se introduz
uma explicação. Equivale a ‘pois’. Ex.: Carlos, venha porque
preciso de você! Por quê: no final de perguntas. Ex.: Ademar não
veio, por quê?
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Porquê/Porque/Por quê/Por que:
Por que: a) na frase interrogativa direta. Ex.: Por que você não
veio?; b) quando equivale a ‘pelo qual’ e suas flexões. Ex.: Esta é a
rua por que meu filho e eu passamos; c) na construção igual à
anterior, no entanto, fica subentendido o antecedente do
pronome relativo (razão, motivo, causa). Ex.: Eis (a razão, o
motivo) por que não te amo mais. Obs.: Lembre-se de que a
palavra QUE, em final de frase, deve ser acentuada por ser um
monossílabo tônico terminado em E. Ex.: Você vive de quê?
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Onde/Aonde:
Emprega-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento.
Equivale sempre a ‘para onde’. Ex.: Aonde você nos leva com tal
rapidez? Aonde você vai com tanta pressa? Caso o verbo não dê
ideia de movimento, emprega-se onde. Ex.: Onde você mora?
Não sei onde encontrá-lo.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Mau/Mal:
Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é bom). Refere-se a um
substantivo. O seu plural é ‘maus’, e a forma feminina é ‘má’. Ex.:
Escolheu um mau momento para sair. O senhor não é mau aluno.
Mal pode ser: a) advérbio de modo (seu antônimo é bem). Ex.:
Essa carta está mal redigida. Na festa, ele se comportou mal; b)
conjunção temporal (equivale a assim que). Ex.: Mal começou a
cantar, todos vaiaram. Mal ela chegou, o casal foi embora; c)
substantivo (nesse caso, virá precedido de artigo ou outro
determinante); o seu plural é ‘males’. Ex.: Era um mal para o qual
não havia remédio. Estava acometida de um mal incurável.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Há/A/Ah:
Na indicação de tempo, emprega-se ‘Há’ para significar tempo
transcorrido (equivale a faz). Ex.: Há dois anos que ela não aparece
por aqui. Luciana formou-se em Psicologia há quatro anos. ‘A’ é
empregado para indicar futuro. Ex: A formatura será daqui a duas
semanas. Daqui a um mês devo tirar férias. Embora menos usual,
emprega-se ‘Ah’ em frases exclamativas ou que demonstrem
espanto, surpresa. Ex.: Ah, que lindo dia amanheceu!
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Senão/Se não:
Senão equivale a ‘caso contrário’. Ex.: Devemos entregar o
trabalho no prazo, senão o contrato será cancelado. Espero que
faça bom tempo amanhã, senão não poderemos ir à praia. Existe
também o substantivo ‘senão’, que significa mácula, defeito.
Nesse caso, vem precedido de artigo ou outro determinante. Ex.:
Ele só tem um senão: não gosta de trabalhar. Em relação a ‘se
não’, equivale a caso não, se por acaso não: inicia orações
adverbiais condicionais. Ex.: A festa será amanhã à noite, se não
ocorrer nenhum imprevisto. Se não chover amanhã, poderemos ir
à praia.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ao invés de/Em vez de:
Ao invés de significa ‘ao contrário de’. Ex.: Ao invés do que previu
a meteorologia, choveu muito ontem. Em vez de significa ‘no
lugar de’. Ex.: Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ao encontro de/De encontro a:
Ao encontro rege a preposição de e significa estar ‘a favor
de’, ‘caminhar para’. Ex.: Aquelas atitudes iam ao encontro
do que eles pregavam. De encontro rege a preposição a e
significa ‘em sentido oposto’, ‘contra’. Ex.: Sua atitude veio
de encontro ao que eu desejava: meus planos foram por
‘água abaixo’.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Acerca de/Há cerca de:
Acerca de é uma locução prepositiva, que equivale a ‘a
respeito de’. Ex.: Discutimos acerca da melhor saída para o
caso. Há cerca de é uma expressão em que o verbo haver
indica tempo transcorrido; equivale a ‘faz’. Ex.: Há cerca de
uma semana, discutíamos a melhor decisão a tomar’.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
A fim de/Afim:
A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade.
Ex.: Ele saiu cedo, a fim de não perder a carona. Afim é
adjetivo e significa ‘semelhante’, que apresenta ‘afinidade’.
Ex.: O genro é um parente afim. Tratava-se de ideias afins.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Demais/De mais:
Demais é advérbio de intensidade e equivale a ‘muito’. Ex.: Elas
falam demais. Demais também pode ser usado como substantivo
(neste caso, virá precedido de artigo ou outro determinante),
significando os restantes. Ex.: Chamaram onze jogadores para
jogar; os demais ficaram no banco. De mais é locução prepositiva
e possui sentido oposto a ‘de menos’. Ex.: Não haviam feito nada
de mais.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
À-toa/À toa:
À-toa é um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa
‘impensado’, ‘inútil’, ‘desprezível’. Ex.: Ninguém lhe dava valor, era
considerada uma pessoa à-toa. À toa é um advérbio de modo,
significa ‘a esmo’, ‘sem razão’, ‘inutilmente’. Ex.: Andavam à toa
pelas ruas.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
A par/Ao par:
A par é usado, normalmente, com o sentido de estar bem
informado, ter conhecimento. Ex.: Após a confissão, ficamos a par
de tudo. Ao par é usado para indicar equivalência cambial. Ex.: O
dólar e o marco estão ao par (isto é, têm o mesmo valor).
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Tampouco/Tão pouco:
Tampouco é advérbio e significa ‘também não’. Ex.: Não
realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer
justificativa. Em Tão pouco, temos o advérbio de intensidade
‘tão’ modificando ‘pouco’, que pode ser advérbio ou
pronome indefinido. Ex.: Estudamos tão pouco esta semana!
(tão modifica o advérbio pouco). Ex.: Tenho tão pouco
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ter de/Ter que:
Ter de indica obrigatoriedade. Ex.: Para ser aprovado, tenho de
fazer o teste.
Ter que indica permissividade. Ex.: Tenho que ser eleito para ser
respeitado (é uma probabilidade, não uma imposição).
Pontuação
Uso da vírgula entre os termos da oração:
– para separar os núcleos de um termo. Ex.: O milharal, a horta, o
pasto e a mata ficaram mais verdes com as chuvas.
– para isolar o aposto. Ex.: Rubem Braga, o maior cronista brasileiro,
nasceu no Espírito Santo.
– para isolar o vocativo. Ex.: Joel, você acompanhou o processo?
– para isolar adjuntos adverbiais deslocados. Ex.: O advogado analisou
o documento com muito cuidado. Com muito cuidado, o advogado
analisou o documento.
– para indicar a elipse do verbo. Ex.: A igreja era grande e pobre. Os
altares, humildes.
– para isolar determinadas expressões explicativas. Ex.: Os bombeiros
salvaram toda a família, isto é, o casal e os dois filhos.
Pontuação
Uso da vírgula entre os termos da oração:
Em alguns casos, a vírgula é proibida. São eles:
– entre o sujeito e o predicado. Ex.: A irmã de Maria não tinha
interesse pelo padeiro;
– ente o verbo e o objeto (direto ou indireto);
– ente o nome e seus adjuntos adnominais;
– entre o nome e seu complemento nominal.
Pontuação
Ponto e vírgula :
O ponto e vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a
vírgula e um pouco mais breve que um ponto no texto (FERREIRA,
2007). É usado em 3 casos, conforme descrito e exemplificado a
seguir:
– entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas. Ex.: A
juíza atribuiu ao réu, depois de analisadas as provas
constantes dos autos, a responsabilidade pelo crime; as
testemunhas foram ouvidas em separado para confrontar as
informações.
Pontuação
Ponto e vírgula :
– entre orações coordenadas longas. Ex.: Os velhos cronistas
são unânimes em dizer que o marido consolou grandemente
a esposa do boticário; e notam com perspicácia...;
– entre os itens de leis, decretos, regulamentos, etc. Ex.: Art.
153. Compete à União instituir impostos sobre: I. Importação
de produtos estrangeiros; II. Exportação de produtos
nacionais;...
Pontuação
Dois Pontos:
Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações,
explicações, esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos
discriminativos (enumerativos); no discurso direto, caracterizando
um diálogo (SIMÕES, 2012).
Pontuação
Dois Pontos:
Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações,
explicações, esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos
discriminativos (enumerativos); no discurso direto, caracterizando
um diálogo (SIMÕES, 2012).
Pontuação
Reticências:
As reticências indicam uma interrupção na sequência
normal da frase e são empregadas para: indicar indecisão,
surpresa ou dúvida na fala de uma pessoa; indicar em
diálogo a interrupção de uma fala; sugerir ao leitor que
complete um raciocínio; indicar a exclusão de trechos de um
texto (FERREIRA, 2007).
Pontuação
Parênteses:
Os parênteses são utilizados para marcar a intercalação de
palavras, expressões ou orações explicativas que se queira
destacar; na transcrição de siglas após o nome da entidade
ou órgão em extenso; para indicar referências e datas
(SIMÕES, 2012).

Ponto:
O ponto é usado para indicar o fim de um período; em
abreviaturas; na separação de casas decimais; em leis,
decretos e artigos (SIMÕES, 2012).
Crase
Uso da crase, segundo Zambeli (2014):
– preposição A + artigo A. Ex.: Eles foram à praia no fim de
semana;
– preposição A + pronome relativo A QUAL. Ex.: A aluna à qual
me refiro é estudiosa;
– preposição A + pronome demonstrativo. Ex.: A minha blusa é
semelhante à de Maria (no sentido de àquela).
– preposição A + pronome demonstrativo AQUELE. Ex.: Ele fez
referência àquele aluno
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo
VOLTAR; se disser VOLTO DA, haverá acento indicativo de
crase; se disser VOLTO DE, não ocorrerá o acento. Ex.: Vou à
Bahia (volto da). Vou a São Paulo (volto de). Se o nome do
lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório. Ex.: Vou a Portugal.
Vou à Portugal das grandes navegações;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– substitua a palavra feminina por outra masculina correlata.
Surgindo a combinação AO, haverá crase. Ex.: Nunca fui
indiferente às professoras (AOS PROFESSORES);
– substitua o demonstrativo Aquele(s), Aquela(s), Aquilo por ‘a
este(s)’, ‘a esta(s)’, ‘a isto’. Mantendo-se a lógica, haverá
crase. Ex.: Ele fez referência àquele aluno. Não entregarei isso
àquelas turmas;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais. Ex.: à
frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à
esquerda; à direita; às vezes; às pressas; à medida que; à
proporção que; à toa; à vontade, etc.;
– na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a
hora pela expressão “meio-dia”; se aparecer AO antes de
“meio-dia”, deve colocar o acento, indicativo de crase no A.
Ex.: Ele saiu às duas horas e vinte minutos (ao meio dia). Ele
está aqui desde as duas horas (o meio-dia).
Crase
Uso opcional da crase:
– antes de nomes próprios femininos. Ex.: Entreguei o presente
a Ana (ou à Ana);
– antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no
singular. Ex.: Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga).
Mas não fiz à sua;
– depois da preposição ATÉ. Ex.: Fui até a escola (ou até à
escola).
Crase
Não ocorre crase:
– antes de palavras masculinas. Ex.: Ele saiu a pé. Só vendem a
prazo nesta loja;
– antes de verbos no infinitivo. Ex.: Estou disposto a colaborar
com ele. Começou a chover agora;
– antes de artigo indefinido. Ex.: Fomos a uma lanchonete no
centro. Encaminhou o documento a uma gerente;
– antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos.
Ex.: Passamos os dados do projeto a ela. Eles podem ir a
qualquer restaurante. Refiro-me a esta aluna;
– antes de QUEM e CUJA. Ex.: A pessoa a quem me dirigi estava
atrapalhada. O restaurante a cuja dona me referi é ótimo;
Acentuação Gráfica
Apresentação:
As regras de acentuação devem ser respeitadas na elaboração de
um texto (ZAMBELI, 2014), bem como deve ser dada atenção ao
Novo Acordo Ortográfico, que acrescentou ao alfabeto as letras,
K, Y e W, aboliu o uso do trema, além alguns acentos em casos
específicos, e também modificou o uso do trema.
Acentuação Gráfica
Palavras proparoxítonas:
Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Ex.: lâmpada
– rápido – córrego – rígido – pânico.

Palavras paroxítonas:
São acentuadas as palavras paroxítonas, de acordo com as
seguintes regras:
– palavras terminadas em ditongo crescente (seguidas ou não
de “s”). Ex.: sábio – régua – farmácia – espontâneo – mágoa;
– palavras terminadas em: Ã, ÃS, ÃO, ÃOS. Ex.: ímã – órfãs –
órgão – bênçãos;
Acentuação Gráfica
Palavras paroxítonas:
– palavras terminadas em: EI, EIS. Ex.: jóquei – pônei – fósseis – úteis;
– palavras terminadas em: I, IS. Ex.: táxi – biquíni – lápis – júri – íris;
– palavras terminadas em: ON, OM, NOS. Ex.: Nélson – rádom –
próton – nêutrons;
– palavras terminadas em: L, N, R, X, PS. Ex.: sensível – hífen – caráter
– tórax – bíceps;
– palavras terminadas em: UM, UNS, US. Ex.: Ônus, álbum, médiuns
Atenção: é importante observar que não se acentuam os vocábulos
paroxítonos terminados em EM, ENS. Ex.: item, homem, itens, hifens,
homens.
Acentuação Gráfica
Palavras oxítonas :
– São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: A,
E, O (seguidas ou não de “s”), EM, ENS. Ex.: sofá – café –
cipó – você – porém – parabéns.

Hiato:
– Acentuam-se o I e o U tônicos, quando formam sílabas
sozinhos ou com “s” e vêm precedidos de vogal. Ex.:
saída – faísca – uísque – influí – reúne – egoísta –
destruí-lo – baú – juízes – saúde.
Acentuação Gráfica
Hiato:
Atenção: é importante observar que não se acentuam o I e U
quando seguidos de NH: rainha, bainha, ladainha; não se acentuam
o I e U quando formarem sílabas com outra letra que não seja “s”:
cairmos, juiz, ruim, defini-lo; não se acentuam o I e U quando
formarem ditongo: gratuito, fluido, fortuito, intuito. De acordo com a
nova regra, as palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos
precedidos por ditongos não serão mais acentuadas. Assim, escreve-
se feiura, baiuca. Esta regra não vale quando se trata de palavras
oxítonas. Nestes casos, o acento permanece. Assim, continua correto
Piauí, teiús, tuiuiú. Observa-se ainda que foram eliminados os
acentos circunflexos nos hiatos OO/EE: enjoo, perdoo, magoo, voo,
abençoo; creem, deem, leem, releem, veem, preveem
Acentuação Gráfica
Ditongos abertos:
– Acentuam-se os ditongos tônicos e abertos ÉI, ÓI, ÉU. Ex.: anzóis
– chapéu – troféu – lençóis – pincéis. De acordo com a nova regra,
o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos "ei" e "oi" de
palavras paroxítonas, tais como assembleia, boleia, epopeia,
ideia, jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.

Trema:
– O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa.
Porém, o trema é mantido em nomes próprios estrangeiros e suas
derivações, tais como Bündchen, Schönberg, Müller e mülleriano .
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
– O acento diferencial, conforme o próprio nome diz, diferencia a
intensidade de alguns vocábulos com relação a seus homógrafos
átonos. De acordo com a nova regras, permanecem apenas
aqueles relativos ao vocábulo ‘por’ para diferenciar o verbo
(pôr) da preposição (por), bem como na flexão verbal ‘pode’
(presente do indicativo) e ‘pôde’ (pretérito perfeito do
indicativo.
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
Deixaram de existir nos seguintes casos:
– para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
– pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
– polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo
(grafia antiga, em desuso);
– pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera
(grafia antiga, em desuso).
Concordância e Regência
Concordância Nominal:
Refere-se à concordância nominal o princípio no qual toda palavra
variável referente ao substantivo deve se flexionar para se adaptar a
ele. Como regra geral, toda palavra variável associada a um
substantivo concorda com ele. Ex.: Ganhei de presente estes dois
antigos livros italianos.
 
Em relação ao adjetivo, quando este vier depois de dois ou mais
substantivos, concorda com o último ou vai facultativamente para o
plural, no masculino, se pelo menos um deles for masculino, ou para
o plural feminino, se todos eles estiveres no feminino. Ex.: Ternura e
amor humano; Amor e ternura humana; Ternura e amor humanos.
Concordância e Regência
Concordância Nominal:
Quando o adjetivo vier antes de dois ou mais substantivos, concorda com o mais
próximo. Ex.: Mau lugar e hora; Má hora e lugar.
 
Quando dois ou mais adjetivos se referirem a um substantivo, este vai para o
singular ou plural. Ex: O poder temporal e o espiritual. Os poderes temporal e
espiritual.
 
Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo e o determinando,
este vai para o plural. Ex.: Encerraram-se as aulas das séries terceira, quarta e
quinta.
 
As expressões ‘um e outro’, ‘nem um nem outro’ são seguidas de um substantivo
que não varia, permanecendo no singular. Ex.: Um e outro aspecto. Nem um nem
outro dia.
Concordância e Regência
Concordância Nominal:
No caso da expressão ‘um e outro’ vir antes de um substantivo e de
um adjetivo, o substantivo vai para o singular e o adjetivo vai para o
plural. Ex.: Um e outro processo arquivados.
 
Em relação ao particípio, este concorda com o substantivo. Ex.:
Feitas as análises, seguimos com o processo. Estabelecidas as regras,
prosseguimos com o jogo.
Concordância e Regência
Concordância Verbal:
Em relação ao sujeito composto, anteposto ao verbo, observam-se as
regras mais comuns:
– como regra geral, com elementos coordenados de terceira pessoa,
o verbo vai para o plural (Água, luz e telefone terão aumento de
tarifa no próximo semestre);
– se formado por palavras sinônimas, o verbo vai para o plural ou
concorda com o núcleo mais próximo (Desânimo e tristeza
caracteriza/caracterizam aquele paciente);
– se formado por palavras em gradação ou numeração, idem alínea
b) (Um mês, um ano, uma década de ditadura não calou/calaram o
povo brasileiro);
.
Concordância e Regência
Concordância Verbal:
– quando formado por pessoas gramaticais diferentes: eu+tu+ele,
o verbo vai para a 1ª pessoa do plural (Eu, tu e ele chegaremos
primeiro à escola); eu+tu ou eu+ele, o verbo vai para a 1ª pessoa
do plural (Eu e tu vamos ao cinema; Eu e ele vamos ao cinema);
tu+ele, o verbo vai para a 2ª ou 3ª pessoa do plural (Tu e ele
voltareis logo a São Paulo; Tu e ele voltarão logo a São Paulo);
– quando seguido de ‘tudo’, ‘nada’, ‘ninguém’, ‘nenhum’, ‘cada um’,
significa um aposto resumidor, com o verbo colocado no singular
(Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquela repartição).
.
Concordância e Regência
Concordância Verbal:
Em relação ao sujeito composto, posposto ao verbo,
observam-se as principais regras:
– como regra geral, o verbo vai para o plural ou concorda com
o núcleo mais próximo (Acertaram-lhe a alma a lança e a
espada; Acertou-lhe a alma a lança e a espada);
– quando a ação for reflexiva, o verbo vai para o plural (Deram-
se as mãos a tristeza e a saudade);
Concordância e Regência
Regência Nominal:
– Relação de interdependência entre o nome e o termo que lhe
serve de complemento (FERREIRA, 2007). Exemplos: adepto
de; alheio a; ansioso por, para; apto a, para; aversão a, por;
contente com, por, de; relativo a; residente em; simpatia a,
por.
Concordância e Regência
Regência Verbal:
Relação de interdependência entre o verbo e seu complemento
(geralmente o objeto). As principais regras de regência, segundo
Ferreira (2007), são:
– ir e chegar: exigem preposição a;
– obedecer/desobedecer: exigem preposição a;
– esquecer/lembrar: com pronome oblíquo, exigem de
(Esqueci-me de você/Lembrei-me de você); sem o pronome
oblíquo, não exigem preposição (Esqueci você/Lembrei você);
Leitura, Interpretação e Correção de Texto
Roteiro para Elaboração de Texto:
Dez mandamentos para que sua redação surpreenda o leitor
(CORREIA, 2013):
– não escreva difícil. Prefira uma linguagem mais simples;
– críticas sem fundamento devem ser evitadas. A análise sobre
algo deve ser realizada baseada em fatos, acontecimentos reais,
apontando soluções coerentes para os problemas levantados;
– uso de palavrões, jargões, gírias e coloquialismo é proibido;
– a linguagem do MSN ou Facebook, por exemplo, deve ficar em
casa;
– nunca abrevie palavras, como por exemplo: vc, qdo, msm,
dentre outras;
Leitura, Interpretação e Correção de Texto
Roteiro para Elaboração de Texto:
– seja objetivo, claro. Melhor qualidade do que quantidade;
– faça um parágrafo para introdução, um para o desenvolvimento e
um para a conclusão, pelo menos.
– não esqueça a cedilha no “c”, o cortado do “t”, o pingo do “i”, as
letras maiúsculas em nomes próprios;
– se começou um novo argumento, coloque ponto final e não vírgula.
– faça a concordância verbal. Se o sujeito está no plural, o verbo
também deverá estar.
– releia o texto. É impossível tentar organizar melhor o texto e
corrigir os erros sem reler o que se escreveu. Coloque-se no lugar
do leitor.
Leitura, Interpretação e Correção de Texto
Coerência Textual:
– Ocorre com o emprego de diferentes procedimentos, sejam
lexicais (repetição, substituição, associação), sejam
gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais,
elipses), quando se constroem frases, orações, períodos, que
irão apresentar o contexto. A coerência resulta da relação
harmoniosa entre os pensamentos ou ideias apresentadas
num texto sobre um determinado assunto. Refere-se à
sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos. Não
havendo o emprego correto dos elementos de ligação
(conectivos), faltará a coesão e, logicamente, a coerência ao
texto será afetada (CORREIA, 2013).

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