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Módulo II
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
Comunicação
Conceito
– Comunicação é o processo de transmitir a informação e
compreensão de uma pessoa para outra; senão houver esta
compreensão, não ocorre a comunicação. Se uma pessoa
transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela
outra pessoa, a comunicação não se efetivou.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Emissor:
– A pessoa que envia a mensagem. Pode ser chamada de fonte
ou de origem. Apresenta o significado, que corresponde à
ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar, e o
codificador, que é constituído pelo mecanismo vocal para
decifrar a mensagem.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Mensagem:
– Mensagem: a ideia que o emissor deseja comunicar. Contém
o canal, também chamado de veículo, que é o espaço situado
entre o emissor e o receptor, e o ruído, que ser refere à
perturbação dentro do processo de comunicação.
Comunicação
O Processo de Comunicação
Receptor:
– É aquele que recebe a mensagem, a quem esta é destinada.
Apresenta o decodificador, que é estabelecido pelo
mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o
receptor a compreenda; a compreensão, que é o
entendimento da mensagem pelo receptor; e
regulamentação, que é quando o receptor confirma a
mensagem recebida pelo emissor. É o retorno da mensagem
enviada.
Linguagem e Língua
Linguagem
Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais
que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
Esta se compõe de:
– Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.
– Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como
gestos, o movimento, a imagem, etc.
– Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema
e a TV, que utilizam a imagem e a palavra.
Linguagem e Língua
Língua
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias, por
meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Norma culta (língua padrão): a variedade linguística de maior
prestígio social. É padronizada em função da comunicação
pública e da educação;
– Dialetos: variações faladas por comunidades geograficamente
definidas, originadas das diferentes entre região, idade, sexo,
classes ou grupos sociais, incluindo a própria evolução
histórica da língua;
– Socioletos: variações faladas por comunidades socialmente
definidas;
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Idioletos: variação linguística particular de uma pessoa;
– Registros: o vocabulário especializado e/ou a gramática de
certas atividades ou profissões;
– Etnoletos: variações linguísticas adotadas por um grupo
étnico; e,
– Ecoletos: idioleto adotado por uma casa.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
Algumas definições são importantes para entender um pouco
sobre comunicação, segundo Monteiro & Monteiro (2009):
– linguagem é a representação do pensamento por meio de
sinais que permitem a comunicação e a interação entre as
pessoas;
– língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais,
mas também semânticas e fonológicas, por meio das quais a
linguagem (ou fala) se revela;
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Variedades linguísticas são as variações que uma língua
apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais,
regionais e históricas em que é utilizada;
– Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de
maior prestígio social;
– Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes
da língua padrão.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual
quanto escrita, a um receptor. O receptor recebe a mensagem
e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. A necessidade de
resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres
humanos, pois quando uma pessoa envia a mensagem e não
recebe a resposta do receptor, o processo de comunicação
não se completa (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes
campos de estudo: a fonética, a morfologia, a semântica e a
sintaxe. A fonética estuda os sons da fala. A morfologia
estuda a forma das palavras e a representação gráfica. A
semântica preocupa-se não só com a representação gráfica
do vocábulo, mas com seu significado. A sintaxe estuda os
termos que compõem uma oração. A oração pode apresentar
um sujeito, terá sempre um predicado, e pode ter ou não
complementos (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
A língua oral e a língua escrita têm propriedades distintas, que
variam de acordo com o indivíduo que a utiliza, levando-se em
conta a influência da cultura e do meio social em que este vive.
Porém, ambas se completam em determinados aspectos. No
momento em que cada indivíduo consegue se comunicar,
conforme suas particularidades, a linguagem tem, então, a sua
função exercida.
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
O falante não escreve do mesmo modo que fala. Enquanto fala, a
linguagem apresenta maior liberdade no discurso, uma vez que
não exige planejamento, podendo ser enfática, redundante, com
variados timbres e entonações. Na língua oral, de modo geral, o
falante não se prende à norma culta.
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
A escrita, por sua vez, mantém contato indireto entre escritor e
leitor. A linguagem escrita é mais objetiva, portanto, necessita de
grande atenção e obediência às normas gramaticais,
caracterizando-se, assim, por frases completas, bem elaboradas e
revisadas, explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no
diálogo e uso de sinônimos. Devido a estes traços, esta é uma
linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras
gramaticais.
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
Tanto por meio da língua oral como da língua escrita, o indivíduo
participa efetivamente do seu meio social, comunicando-se,
buscando acesso à informação, expressando e defendendo seus
pontos de vista, dividindo e/ou construindo visões de mundo,
produzindo novos conhecimentos.
Enfim, pode-se afirmar que a fala e a escrita são dois modos bem
diferentes, e em alguns momentos complementares, de o usuário
representar as suas experiências linguísticas.
Funções da Linguagem
Definição
Por meio da linguagem, também se realizam diferentes ações:
transmitem-se informações, tenta-se convencer o outro a fazer
(ou dizer) algo, assumem-se compromissos, ordena-se, pede-se,
demonstram-se sentimentos, constroem-se representações
mentais sobre o mundo. Enfim, pela linguagem organiza-se a vida
em diferentes aspectos.
RESERVA CULTURAL
[Autor anônimo]
Ponto:
O ponto é usado para indicar o fim de um período; em
abreviaturas; na separação de casas decimais; em leis,
decretos e artigos (SIMÕES, 2012).
Crase
Uso da crase, segundo Zambeli (2014):
– preposição A + artigo A. Ex.: Eles foram à praia no fim de
semana;
– preposição A + pronome relativo A QUAL. Ex.: A aluna à qual
me refiro é estudiosa;
– preposição A + pronome demonstrativo. Ex.: A minha blusa é
semelhante à de Maria (no sentido de àquela).
– preposição A + pronome demonstrativo AQUELE. Ex.: Ele fez
referência àquele aluno
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo
VOLTAR; se disser VOLTO DA, haverá acento indicativo de
crase; se disser VOLTO DE, não ocorrerá o acento. Ex.: Vou à
Bahia (volto da). Vou a São Paulo (volto de). Se o nome do
lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório. Ex.: Vou a Portugal.
Vou à Portugal das grandes navegações;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– substitua a palavra feminina por outra masculina correlata.
Surgindo a combinação AO, haverá crase. Ex.: Nunca fui
indiferente às professoras (AOS PROFESSORES);
– substitua o demonstrativo Aquele(s), Aquela(s), Aquilo por ‘a
este(s)’, ‘a esta(s)’, ‘a isto’. Mantendo-se a lógica, haverá
crase. Ex.: Ele fez referência àquele aluno. Não entregarei isso
àquelas turmas;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais. Ex.: à
frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à
esquerda; à direita; às vezes; às pressas; à medida que; à
proporção que; à toa; à vontade, etc.;
– na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a
hora pela expressão “meio-dia”; se aparecer AO antes de
“meio-dia”, deve colocar o acento, indicativo de crase no A.
Ex.: Ele saiu às duas horas e vinte minutos (ao meio dia). Ele
está aqui desde as duas horas (o meio-dia).
Crase
Uso opcional da crase:
– antes de nomes próprios femininos. Ex.: Entreguei o presente
a Ana (ou à Ana);
– antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no
singular. Ex.: Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga).
Mas não fiz à sua;
– depois da preposição ATÉ. Ex.: Fui até a escola (ou até à
escola).
Crase
Não ocorre crase:
– antes de palavras masculinas. Ex.: Ele saiu a pé. Só vendem a
prazo nesta loja;
– antes de verbos no infinitivo. Ex.: Estou disposto a colaborar
com ele. Começou a chover agora;
– antes de artigo indefinido. Ex.: Fomos a uma lanchonete no
centro. Encaminhou o documento a uma gerente;
– antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos.
Ex.: Passamos os dados do projeto a ela. Eles podem ir a
qualquer restaurante. Refiro-me a esta aluna;
– antes de QUEM e CUJA. Ex.: A pessoa a quem me dirigi estava
atrapalhada. O restaurante a cuja dona me referi é ótimo;
Acentuação Gráfica
Apresentação:
As regras de acentuação devem ser respeitadas na elaboração de
um texto (ZAMBELI, 2014), bem como deve ser dada atenção ao
Novo Acordo Ortográfico, que acrescentou ao alfabeto as letras,
K, Y e W, aboliu o uso do trema, além alguns acentos em casos
específicos, e também modificou o uso do trema.
Acentuação Gráfica
Palavras proparoxítonas:
Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Ex.:
lâmpada – rápido – córrego – rígido – pânico.
Palavras paroxítonas:
São acentuadas as palavras paroxítonas, de acordo com as
seguintes regras:
– palavras terminadas em ditongo crescente (seguidas ou
não de “s”). Ex.: sábio – régua – farmácia – espontâneo
– mágoa;
– palavras terminadas em: Ã, ÃS, ÃO, ÃOS. Ex.: ímã – órfãs
– órgão – bênçãos;
Acentuação Gráfica
Palavras paroxítonas:
– palavras terminadas em: EI, EIS. Ex.: jóquei – pônei – fósseis –
úteis;
– palavras terminadas em: I, IS. Ex.: táxi – biquíni – lápis – júri –
íris;
– palavras terminadas em: ON, OM, NOS. Ex.: Nélson – rádom –
próton – nêutrons;
– palavras terminadas em: L, N, R, X, PS. Ex.: sensível – hífen –
caráter – tórax – bíceps;
– palavras terminadas em: UM, UNS, US. Ex.: Ônus, álbum,
médiuns
Atenção: é importante observar que não se acentuam os vocábulos
paroxítonos terminados em EM, ENS. Ex.: item, homem, itens,
hifens, homens.
Acentuação Gráfica
Palavras oxítonas :
– São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: A,
E, O (seguidas ou não de “s”), EM, ENS. Ex.: sofá – café –
cipó – você – porém – parabéns.
Hiato:
– Acentuam-se o I e o U tônicos, quando formam sílabas
sozinhos ou com “s” e vêm precedidos de vogal. Ex.:
saída – faísca – uísque – influí – reúne – egoísta –
destruí-lo – baú – juízes – saúde.
Acentuação Gráfica
Hiato:
Atenção: é importante observar que não se acentuam o I e U
quando seguidos de NH: rainha, bainha, ladainha; não se
acentuam o I e U quando formarem sílabas com outra letra que
não seja “s”: cairmos, juiz, ruim, defini-lo; não se acentuam o I e
U quando formarem ditongo: gratuito, fluido, fortuito, intuito. De
acordo com a nova regra, as palavras paroxítonas que têm i ou u
tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas.
Assim, escreve-se feiura, baiuca. Esta regra não vale quando se
trata de palavras oxítonas. Nestes casos, o acento permanece.
Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú. Observa-se ainda que
foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos OO/EE:
enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo; creem, deem, leem,
releem, veem, preveem
Acentuação Gráfica
Ditongos abertos:
– Acentuam-se os ditongos tônicos e abertos ÉI, ÓI, ÉU. Ex.:
anzóis – chapéu – troféu – lençóis – pincéis. De acordo com a
nova regra, o acento agudo foi eliminado nos ditongos
abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, tais como
assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico,
paranoia, onomatopeia.
Trema:
– O trema foi abolido de todas as palavras da língua
portuguesa. Porém, o trema é mantido em nomes próprios
estrangeiros e suas derivações, tais como Bündchen,
Schönberg, Müller e mülleriano.
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
– O acento diferencial, conforme o próprio nome diz, diferencia a
intensidade de alguns vocábulos com relação a seus homógrafos
átonos. De acordo com a nova regras, permanecem apenas
aqueles relativos ao vocábulo ‘por’ para diferenciar o verbo
(pôr) da preposição (por), bem como na flexão verbal ‘pode’
(presente do indicativo) e ‘pôde’ (pretérito perfeito do
indicativo.
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
Deixaram de existir nos seguintes casos:
– para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
– pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
– polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo
(grafia antiga, em desuso);
– pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera
(grafia antiga, em desuso).
Concordância e Regência
Concordância Nominal:
Refere-se à concordância nominal o princípio no qual toda palavra
variável referente ao substantivo deve se flexionar para se
adaptar a ele. Como regra geral, toda palavra variável associada a
um substantivo concorda com ele. Ex.: Ganhei de presente estes
dois antigos livros italianos.