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Prof.

Vinicius Milhomem

LINGUAGEM
E
LINGUÍSTICA
O que aprenderemos nessa
aula:
1 2 3 4

As linguagens: A variação O preconceito A diversidade linguística


formas de linguística. linguístico. e a constituição de
comunicação: o novas linguagens:
interlocutor, a Traços distintivos do
situação discursiva português falado no
e linguagem Brasil
O que aprenderemos nessa
aula:
5 6 7
A Consolidação Amplitude da
de uma língua e o O conhecimento
variedade da reconhecimento do entorno por
Língua de novas meio da Língua.
Portuguesa. realidades.
Outras Aulas
3 Gênero podcast, memorial, resenha, resumo e fancfic

Textos científicos e acadêmicos (Textos de divulgação


científica, privilegiando a norma culta como instrumento de
4 acesso à informação.) - relatórios, gráficos, tabelas, relatos de
experimentos

Gêneros textuais utilizados na comunicação pelas


5 repartições públicas e privadas: ofício, requerimento, ata,
memorando, carta comercial, e-mail.
Outras Aulas
Elementos linguísticos que constituem marcas de diferentes
gêneros, identificação das relações entre partes do texto:
6 tema, tese, argumentação, continuidade e relações lógico-
discursivas.

Gêneros informativos: banners, folders, anúncios e análise


7 linguística/semiótica de textos publicitários.

Gênero Jornalístico: notícia, reportagem, gravação de


8 depoimento, fake news,
Outras Aulas
Uso de Vocabulário da internet, memes, gifs. Análise de
9 Investigação com textos de gêneros diversos da leitura.

Gênero oral: Seminário. Narrativa Curta: O gênero conto. Um


10 Gênero Didático: Dissertação escolar. A Dissertação Visual:
Paráfrase e paródia

Gêneros Orais: seminário, podcast comentado e a


11 identificação dos recursos argumentativos (sustentação,
refutação, contra argumentação e negociação)
O que é linguística?
Estudo da linguagem verbal humana
Estudo da linguagem verbal humana
Linguística é a ciência que estuda a linguagem verbal
humana com base em observações e teorias que
possibilitam a compreensão da evolução das línguas
e desdobramentos dos diferentes idiomas. Ela é
responsável também pelo estudo da estrutura das
palavras, expressões e aspectos fonéticos de cada
idioma.
Estudo da linguagem verbal humana
Para a linguística, as manifestações da
linguagem precisam de descrição e explicação
científica. Desse modo, seus estudos são
baseados na observação meticulosa da língua,
nos aspectos de fala, na coleta e na análise de
informações.
Estudo da linguagem verbal humana
Trata-se de uma ciência que se relaciona com
outras áreas do conhecimento como sociologia,
psicologia, etnografia e neurologia. Desse modo, a
linguística expande os seus estudos, abordando
conhecimentos da etnolinguística, sociolinguística,
psicolinguística e neurolinguística. Entre os
campos que se apoia estão a psicolinguística, que
aborda as relações entre linguagem e
pensamentos humanos; e a sociolinguística, que
compreende relações existentes entre fatos
linguísticos e fatos sociais.
Ferdinand de Saussure
Dicotomias

Língua Fala

Sincronia Diacronia

Sintagma Paradigma

Significante Significado
Fatores de adequação
linguística
A linguagem não é uniforme, sofrendo variação
de acordo com o assunto, interlocutor,
ambiente e intencionalidade – fatores que se
referem à adequação linguística.

Os níveis de linguagem e de
fala são determinados por
alguns fatores, acompanhe-
os a seguir:
Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na
comunicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes
para a adequação linguística. O objetivo de toda
comunicação é a busca pelo sentido, ou seja, precisa haver
entendimento entre os interlocutores, caso contrário, não é
possível dizer que houve comunicação. Por isso, considerar o
interlocutor é fundamental. Por exemplo, um professor não
pode usar a mesma linguagem com um aluno na faculdade e
na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando em
quem será o seu parceiro é um fator de adequação
linguística.

O interlocutor
A linguagem também é definida a partir do
ambiente, por isso, é importante prestar
atenção para não cometer inadequações. É
impossível usar o mesmo tipo de linguagem
entre amigos e em um ambiente corporativo
(de trabalho); em um velório e em um campo
de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma
festa.

Ambiente (Estilística)
Semelhante à escolha da linguagem, está a
escolha do assunto. É preciso adequar a
linguagem ao que será dito, logo, não se convida
para um chá de bebê da mesma maneira que se
convida para uma missa de 7º dia. Da mesma
forma que não haverá igualdade entre um
comentário de um falecimento e de um time de
futebol que foi rebaixado. É preciso ter bom senso
no momento da escolha da linguagem, que deve
ser usada de acordo com o assunto.

Assunto
A presença ou ausência de intimidade
entre os interlocutores é outro fator
utilizado para a adequação linguística.
Portanto, ao pedir uma informação a um
estranho, é adequado que se utilize uma
linguagem mais formal, enquanto para
parabenizar a um amigo, a informalidade é o
ideal.

Relação falante-ouvinte
Nenhum texto (oral ou escrito) é
despretensioso, ou seja, sem pretensão, sem
objetivo, todos são carregados de intenções.
E para cada intenção existe uma forma de
linguagem que será compatível, por isso, as
declarações de amor são feitas diferentes de
uma solicitação de emprego. Há maneiras
distintas para criticar, elogiar ou ironizar. É
importante fazer essas considerações.

Intencionalidade
(efeito pretendido):
Variação
Linguística
Conceito
Variação linguística é o modo pelo qual a língua se
diferencia dentro do seu próprio sistema. Esta
diferença pode ser histórica, geográfica ou
sociocultural. Vemos que a língua não é única, que o
sistema linguístico abriga diversos ângulos na
realização linguística. Observamos a diferenças na
fala que se relacionam à idade, à região do país, à
cultura e até mesmo ao estilo.

Tudo isso também configura


a evolução da língua, o seu
desenvolvimento e sua
adaptação através do tempo
e das mudanças sociais.
Conceitos principais

Variação Variação Variação Variação


diacrônica diatópica diastrática diafásica
1 - Variação diacrônica
A língua varia no tempo e essa variação passa a ser
notada ao comparar dois estados de uma língua;
O processo de mudança é gradual, ou seja, não
acontece de repente.;
Uma língua muda porque é falada segundo os costumes,
a cultura, as tradições, a modernização tecnológica e o
modo de viver da população, que estão sempre em
constante processo de mudança devido ao tempo.;
Por isso, as mudanças da língua podem ser percebidas
com o contato com pessoas de outras faixas etárias e
com textos escritos ou falados de outras épocas;

HISTÓRICA/TEMPO
2 - Variação diatópica
A língua varia no espaço, pois pode ser
empregada diferentemente dependendo do
local em que o indivíduo está.
A variação diatópica diz respeito justamente
às diferenças linguísticas que podem ser
vistas em falantes de lugares geográficos
diferentes.
Por isso, é mais observada em locais
diferentes mas com falantes da mesma língua.

REGIONAL
3 - Variação diastrática
A língua varia de acordo com fatores
sociais. A variação social está
relacionada a fatores como faixa etária,
grau de escolaridade e grupo
profissional e é marcada pelas gírias,
jargões e pelo linguajar singelo, já que
são aspectos característicos de certos
grupos

SOCIAL
3. 1 - Fator etário
A idade dos participantes da
comunicação é um dado relevante, já
que, a partir dela, serão feitas escolhas
linguísticas diferentes. Isso é visível na
comparação entre um jovem e uma
pessoa mais velha, em que cada um
usará vocábulos mais comuns à sua
geração.

SOCIAL
3. 2 - Fator da escolaridade
Este fator se liga a uma categoria essencial, que é a
educação. Na escola, aprendese a usar a língua em
situações formais de acordo com a “norma padrão” ou
“norma culta”. Esta norma está ligada ao conjunto de
usos e costumes linguísticos que rege qualquer língua e
é tão indispensável quanto as variações linguísticas: se
na fala escolhe-se um vocabulário coloquial, menos
preocupado com as regras gramaticais, na escrita
deve-se optar pela linguagem padrão, pois um texto
repleto de expressões informais pode não ser acessível
para todos os tipos de leitores

SOCIAL
3. 3 - Fator profissional
Cada grupo profissional possui um conjunto de
nomes e expressões que se ligam à atividade
desempenhada; ou seja, essa fator trata do
jargão típico de cada área. O campo do Direito,
por exemplo, utiliza palavras relacionadas a leis,
a artigos e a determinados documentos, assim
como a área da Medicina utiliza um vocabulário
que apenas os médicos são capazes de
entender.

SOCIAL
Variação diafásica
A língua varia de acordo com o contexto
comunicativo, isto é, a ocasião determina o
modo de falar, que pode ser formal ou
informal. Esta variação, portanto, refere-se
ao registro empregado pelo falante em
determinado contexto interacional, ou seja,
depende da situação em que a pessoa está
inserida.

ESTILO/SITUACIONAL
Preconceito
Linguístico
Preconceito Linguístico

Discriminação por parte de uma


variação menos privilegiada.
Discriminar o outro pelo vocabulário,
aspectos fonéticos ou sintáticos é
preconceito linguístico.
Preconceito Linguístico
"Temos de fazer um grande esforço
para não incorrer no erro milenar dos
gramáticos tradicionalistas de
estudar a língua como uma coisa
morta, sem levar em consideração as
pessoas vivas que a falam."
A língua portuguesa falada no Brasil apresenta
uma unidade surpreendente
A escola tenta impor sua norma lingüística como se ela
fosse, de fato, a língua comum a todos os 160 milhões de
brasileiros;
No Brasil, temos um alto grau de diversidade e de
variabilidade na língua;
Uma quantidade gigantesca de brasileiros permanece à
margem do domínio de uma norma culta.

Mito n° 1
Muitas vezes, os falantes das variedades
desprestigiadas deixam de usufruir diversos serviços
a que têm direito simplesmente por não
compreenderem a linguagem empregada pelos órgãos
públicos.

Mito n° 1
“Brasileiro não sabe português /
Só em Portugal se fala bem português”
Complexo de inferioridade;
Quando dizemos que no Brasil se fala português, usamos
esse nome simplesmente por comodidade e por uma razão
histórica, justamente a de termos sido uma colônia de
Portugal;
Depois de mais de cento e setenta anos de independência
política, continua com os olhos voltados para a norma
lingüística de Portugal.

Mito n° 2
“Português é muito difícil”
Como o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma
gramatical de Portugal, as regras que aprendemos na
escola em boa parte não correspondem à língua que
realmente falamos e escrevemos no Brasil.
Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua.
Eles continuam insistindo em nos fazer decorar coisas que
ninguém mais usa (fósseis gramaticais!);
A idéia de que “português é muito difícil” serve como mais
um dos instrumentos de manutenção do status quo das
classes sociais privilegiadas.

Mito n° 3
“As pessoas sem instrução falam tudo errado”

Qualquer manifestação lingüística que escape desse


triângulo escola-gramática-dicionário é considerada, sob a
ótica do preconceito lingüístico, “errada, feia, estropiada,
rudimentar, deficiente”, e não é raro a gente ouvir que “isso
não é português”.

Mito n° 4
“As pessoas sem instrução falam tudo errado”

Ao visitar, no País da Gramática, a


prisão onde Dona Sintaxe mantinha
enjaulados os “vícios de linguagem”,
revoltou-se ao ver atrás das grades
o “Provincianismo”, isto é, os
“vícios” da fala rural.

Mito n° 4
“As pessoas sem instrução falam tudo errado”
Nas novelas de televisão,
principalmente da Rede Globo,
todo personagem de origem
nordestina é, sem exceção, um tipo
grotesco, rústico, atrasado,
criado para provocar o riso, o
escárnio e o deboche dos demais
personagens e do espectador.

Mito n° 4
“O lugar onde melhor se fala português no Brasil
é o Maranhão”
Não existe nenhuma variedade nacional, regional ou local
que seja intrinsecamente “melhor”, “mais pura”, “mais
bonita”, “mais correta” que outra.
Passar a respeitar igualmente todas as variedades da
língua, que constituem um tesouro precioso de nossa
cultura.

Mito n° 5
“O certo é falar assim porque se escreve assim”
Variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito
em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas
falam a própria língua de modo idêntico;
A escrita é uma tentativa de representação. Sabemos que
não existe nenhuma ortografia em nenhuma língua do
mundo que consiga reproduzir a fala com fidelidade.
A língua escrita, por seu lado, é totalmente artificial, exige
treinamento, memorização, exercício, e obedece a regras
fixas, de tendência conservadora, além de ser uma
representação nãobexaustiva da língua falada.
Mito n° 6
Espanto;
Medo;
Alegria;
Tristeza;
Saudade;
Ira;
Remorso;
Horror;
Felicidade;
Histeria;
Pavor.
“O certo é falar assim porque se escreve assim”
Do ponto de vista da história de cada indivíduo, o
aprendizado da língua falada sempre precede o
aprendizado da língua escrita, quando ele acontece. Basta
citar os bilhões de pessoas que nascem, crescem, vivem e
morrem sem jamais aprender a ler e a escrever!
A gramática tradicional despreza totalmente os fenômenos
da língua oral, e quer impor a ferro e fogo a língua literária
como a única forma legítima de falar e escrever, como a
única manifestação lingüística que merece ser estudada.

Mito n° 6
“É preciso saber gramática para falar e escrever bem”
A gramática normativa é decorrência da língua, é
subordinada a ela, dependente dela.

Este livro pretende ser uma Gramática Normativa da


Língua Portuguesa do Brasil, conforme a falam e
escrevem as pessoas cultas na época atual
[Novíssima gramática da língua portuguesa, p. xix]. -
Domingos Paschoal Cegalla,
Mito n° 7
“É preciso saber gramática para falar e escrever bem”
Não é a gramática normativa que vai “garantir a
existência de um padrão lingüístico uniforme”.
Esse mito está ligado à milenar confusão que se faz entre
língua e gramática normativa.
Por sua própria natureza, uma gramática normativa está
condenada ao fracasso, já que a linguagem é um
fenômeno dinâmico e as línguas mudam com o tempo;

Mito n° 7
“O domínio da norma culta é
um instrumento de ascensão social”

Ora, se o domínio da norma culta fosse realmente um


instrumento de ascensão na sociedade, os professores
de português ocupariam o topo da pirâmide social,
econômica e política do país, não é mesmo?
Falar da língua é falar de política,

Mito n° 8
1. Reconhecimento da crise
1. A quantidade injustificável de analfabetos que existe
neste país. Some-se a isso os milhões de crianças em
idade escolar que não frequentam nenhuma escola. Alto
índice de analfabetos funcionais.
2. Por razões históricas e culturais, a maioria das pessoas
plenamente alfabetizadas não cultivam nem
desenvolvem suas habilidades lingüísticas no nível da
norma culta.

A desconstrução do preconceito lingüístico


1. Reconhecimento da crise
1. O dilema relativo à norma culta se prende ao fato de que
esse termo é usado pela tradição gramatical conservadora
para designar uma modalidade de língua que não
corresponde à língua efetivamente usada pelas pessoas
cultas do Brasil nos dias de hoje, mas sim a um ideal
lingüístico inspirado no português de Portugal, nas opções
estilísticas dos grandes escritores do passado, nas regras
sintáticas que mais se aproximem dos modelos da gramática
latina, ou simplesmente no gosto pessoal do gramático

A desconstrução do preconceito lingüístico


2. Mudança de atitude

1. Temos de nos impor como falantes competentes de


nossa língua materna.
2. Parar de acreditar que “brasileiro não sabe português”,
que “português é muito difícil”, que os habitantes da
zona rural ou das classes sociais mais baixas “falam tudo
errado”.

A desconstrução do preconceito lingüístico


A língua é viva, dinâmica, está em constante
movimento — toda língua viva é uma língua em
decomposição e em recomposição, em
permanente transformação.
A diversidade
linguística e a
constituição de
novas linguagens
Traços distintivos do
português falado no Brasil
Patrimônio Linguístico
Estima-se que mais de 250 línguas sejam faladas no Brasil
entre indígenas, de imigração, de sinais, crioulas e afro-
brasileiras, além do português e de suas variedades;
É desconhecido por grande parte da população brasileira;
O Inventário Nacional da Diversidade Linguistica é uma
política voltada para o reconhecimento da diversidade
linguística como patrimônio cultural, por meio da
identificação, documentação e ações de apoio e fomento

A diversidade linguística no Brasil


Línguas Indígenas A Língua Geral da Amazônia,
que hoje é conhecida como
Nheengatu, foi a língua mais
falada da Amazônia até o
final do século XIX. De
origem tupinambá, esta
língua foi utilizada pelos
portugueses para viabilizar e
facilitar o contato entre os
mais diversos povos, de
diferentes línguas. E ao ser
apropriada pela população
nativa a Língua Geral tornou-
se a língua franca da região,
ganhando vida própria.

A diversidade linguística no Brasil


Línguas Indígenas - Nheengatu
Apesar dos duros ataques e da repressão, a língua Nheengatu
não morreu;
Atualmente o Nheengatu é falado apenas nas regiões do Alto
Rio Negro e do Médio Amazonas, sendo uma das quatro línguas
oficiais de São Gabriel da Cachoeira;
O interesse pelo estudo da língua tem crescido
significativamente;
São criados projetos de resgate de etnias, surgem projetos de
recuperação da língua Nheengatu em diversas comunidades e
nas cidades.

A diversidade linguística no Brasil


Línguas Indígenas

Genocídio por epidemias;


Quando uma língua morre, morre toda uma cultura;
Repressão das outras variações que iniciaram desde o
século XVI;
Diversidade e preconceito linguístico;
Papel da escola;

A diversidade linguística no Brasil


De onde veio a linguagem
Acredita-se que a linguagem tenha pelo menos 50 mil anos, mas
a maioria dos linguistas crê que seja bem mais antiga — alguns
estimam que possa ter até meio milhão de anos.
Uma das mais difundidas — e debatidas — é que a linguagem
humana se originou primeiro por meio de gestos manuais.
"A linguagem surge da interação de três sistemas adaptativos
diferentes: aprendizagem individual, transmissão cultural e
evolução biológica. Isso sugere que tanto a adaptação biológica
quanto a transmissão cultural podem ter interagido com a
evolução da linguagem", diz o estudo "Evolução da linguagem:
consensos e controvérsias".
A constituição de novas linguagens
Consolidação

Consolidação morfossintática acontece quando uma


Variação Linguística ao nível morfológico e sintático é
assimilada pela Língua Falada e posteriormente, num
processo mais longo, pela Língua Escrita;
Variantes históricas e sócio-culturais: latim purista ou
imperial?

A constituição de novas linguagens


Conceito:
Características ao nível da articulação, da acústica e da percepção
dos segmentos fonológicos
Estes são definidos como «as mais pequenas unidades da língua»;
organizam-se em sistemas e estão sujeitos a certos processos e
regras
Um único som pode ser percebido como um elemento composto
por elementos menores. Esses elementos menores são os traços
distintivos, que são os menores elementos da cadeia da fala.
Os traços distintivos delimitam os sons em classes naturais. O que
quer dizer que os elementos de uma classe natural tem certos
traços distintivos em comum.

Traços distintivos do português falado no Brasil


Exemplos:

Traços distintivos do português falado no Brasil


Exemplos:

Traços distintivos do português


falado no Brasil x Angola e
Moçambique
Conceito:
Marques de Pombal a decretação de crime a todos aqueles
que não falassem a Língua Portuguesa;
Não havia a preocupação de ensinar a língua portuguesa para a
melhoria da qualidade das relações sociais e dos processos
interativos. Os conteúdos estavam centrados no ensino de uma
metalinguagem própria de quem se dedica aos estudos
estritamente lingüísticos e o ensino da gramática normativa;
Livro didático;
A história da constituição da norma coincide com a história da
constituição do poder político.

A Consolidação de uma variedade da Língua Portuguesa.


Conceito:
A elaboração da gramática portuguesa no Brasil foi uma das
formas de consolidação do poder, uma vez que a variedade
falada e escrita da classe dominante era distinta da variedade
falada e pouco escrita do povo pobre e trabalhador.
Entende-se aqui que há a necessidade de não só dar
continuidade a uma ampla revisão na política educacional em
nosso país, mas também na política linguística presente no
ensino de Língua Portuguesa.
Política Linguística

A Consolidação de uma variedade da Língua Portuguesa.


Amplitude da língua:
Variedades linguísticas: O falante aprende tanto a sua língua
materna como uma outra língua particular, que é a variedade da
língua de sua comunidade linguística;
Nenhuma língua, na sua dimensão linguística, permanece
estática. Ela apresenta variedades geográficas, sociais e
individuais e históricas, já que o falante procura utilizar o
sistema idiomático da forma que melhor estabeleça uma
comunicação.
É preciso entender que as diversas variedades linguísticas
coexistem no tempo e no espaço, sendo utilizadas numa
mesma época e numa mesma região
Amplitude da língua e o reconhecimento de novas realidades.
Reconhecimento de novas realidades.
Variedades linguísticas: O falante aprende tanto a sua língua
materna como uma outra língua particular, que é a variedade da
língua de sua comunidade linguística;
Nenhuma língua, na sua dimensão linguística, permanece
estática. Ela apresenta variedades geográficas, sociais e
individuais e históricas, já que o falante procura utilizar o
sistema idiomático da forma que melhor estabeleça uma
comunicação.
É preciso entender que as diversas variedades linguísticas
coexistem no tempo e no espaço, sendo utilizadas numa
mesma época e numa mesma região
Amplitude da língua e o reconhecimento de novas realidades.
Reconhecimento de novas realidades.
Essa linguagem possibilita ao homem representar a realidade
física e social e, desde o momento em que é aprendida,
conserva um vínculo muito estreito com o pensamento.
Possibilita não só a representação e regulação do pensamento
e da ação, próprios e alheios, mas também a comunicação de
ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas. Desse
modo, influencia o outro e estabelece relações interpessoais,
anteriormente inexistentes. Essas diversas dimensões da
linguagem não se excluem. Não é possível dizer algo a alguém
sem ter o que dizer. E ter o que dizer, por sua vez, só é possível
a partir das representações construídas sobre o mundo.
Amplitude da língua e o reconhecimento de novas realidades.
Reconhecimento de novas realidades.
Construção de novas vivências;
Compreensão do mundo e de novas representações sobre
ele.
Todas as variedades linguísticas são eficazes na
comunicação verbal e possuem valor nas comunidades em
que são faladas.
Por isso, não existe um jeito certo de falar nem um dialeto
superior a outro.

Amplitude da língua e o reconhecimento de novas realidades.


A lingua da cultura brasileira
Situações neutras da linguagem coloquial: "cada um na sua",
Aprontou todas", "Se achando", "é dose", "Por essas e por
outras eu, na maior, digo que faz parte".
"É pertinho", "é bem ali"
"Na hora" - "Da hora"
"Um minutinho" - "Um instantinho"
Distância formal entre os interloucutores: "Vou estar
passando o recado"

O conhecimento do entorno por meio da Língua.

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