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LTT
Discente: _______________________________________________
2º Semestre
2022
2
A Língua pode ser definida como um código formado por signos (palavras) e leis
combinatórias usados por uma mesma comunidade.
Por sua vez, a linguagem serve como instrumento de comunicação que faz uso de um
código, permitindo, assim, a interação entre as pessoas - é a atividade comunicativa.
Cada indivíduo pode fazer uso próprio e personalizado da língua, dando origem à fala,
embora esta prática deva estar sempre condicionada às regras socialmente estabelecidas da
língua.
Nesse sentido convém ressaltar que a colocação das palavras na frase e a mudança de
relação entre elas são fatores de mudança de significado. Além disso, a leitura dos sinais de
pontuação é também significativa, influenciando todo o significado de um enunciado.
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma forma. Isso ocorre
porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e extremamente sensíveis a fatores como,
por exemplo, a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de
formalidade do contexto. Essas diferenças constituem as variações lingüísticas.
Entre as variedades da língua, há uma que tem maior prestígio: a variedade padrão
conhecida também como língua padrão e norma culta. Essa variedade é utilizada nos livros,
jornais, textos científicos e didáticos e é ensinada na escola. As outras variedades lingüísticas
são chamadas de variedades não padrão.
Do ponto de vista estritamente lingüístico, não há nada nas variedades lingüísticas que
permita considerá-las boas ou ruins, melhores ou piores, feias ou bonitas, primitivas ou
elaboradas.
ideal algumas vezes.” O falante culto, afirma, não é o que conhece a gramática, mas o que
sabe se adaptar às variações de linguagem, de acordo com cada situação. “Uma coisa é o
especialista usar ‘deletar’ entre colegas, outra é ostentar o fato de ser um técnico em
computação.” (Folha de S.Paulo, 24 jun. de 2003.)
Seja na fala seja na escrita, a linguagem de uma pessoa pode variar, ou seja, passar de
culta ou padrão à coloquial ou até mesmo à vulgar. O gramático Evanildo Bechara ensina que é
preciso ser “poliglota de nossa língua”. Poliglota é a pessoa que fala várias línguas. No caso,
ser poliglota do português significa ter domínio do maior número possível de variedades
lingüísticas e saber utilizá-las nas mais diferentes situações.
A linguagem culta é aquela utilizada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola.
Ela é mais restrita, pois constitui privilégio e conquista cultural de um número reduzido de
falantes.
A linguagem vulgar, porém, é própria das pessoas sem instrução. É natural, expressiva,
livre de convenções sociais.
Observe:
Causo Mineiro
1. Ei, bichim . Isso é um assalto . Arriba os braços e num se bula ....e num faça munganga.
Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu
fato pra fora:. Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia. PARAIBA
2. Ô sô, prestenção: isso é um assarto, uai: Levanta os braço e fica quetin quesse trem na
minha mão tá cheio de bala . Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje. Vai
andando, uai! Ta esperando o que , uai! MINEIRO
3. O gurí, ficas atento:. Báh, isso é um assalto:. Levantas os braços e te aquieta, tchê ! Não
tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá ! E te
manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala. SUL
4. Seguiiiinnte, bicho: Tu te. Isso é um assalto... Passa a grana e levanta os braços rapá:. Não
fica de bobeira que eu atiro bem .... Vai andando e se olhar pra traz vira presunto. CARIOCA
5. Ô meu rei . (longa pausa ) Isso é um assalto . (longa pausa ) Levanta os braços, mas não se
avexe não .(longa pausa ) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado:. Vai
passando a grana, bem devagarinho (longa pausa ) Num repara se o berro está sem bala, mas
é pra não ficar muito pesado:. Não esquenta, meu irmãozinho ( longa pausa ) Vou deixar teus
documentos na encruzilhada. BAHIA
6. Ôrra, meu:. Isso é um assalto, meu . Alevanta os braços, meu:. Passa a grana logo, meu!
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo
do Curintia, meu: Pô, se manda, meu:. SÃO PAULO
7. Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês,
aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, IPTU,
IPVA, Licenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, Imposto de Renda, IPI,
CMS, PIS, COFINS, mas não se preocupe, somos PENTA!!!! BRASILIA
(http://www.osvigaristas.com.br/textos/listas/84.html)
PELA INTERNET
Gilberto Gil, na música Pela Internet, apresenta sua visão sobre a Internet, meio de
comunicação mundial que vem revolucionando nossos hábitos de obtenção e transmissão de
informações. Esse universo é trabalhado poeticamente.
O autor faz uma brincadeira com a palavra navegar e induz seu leitor a sensação
de estar literalmente navegando pelo mundo.
O primeiro mito que deve ser desfeito na relação entre fala e escrita é o de que a fala é o
lugar da informalidade, da liberdade, do dizer tudo e da forma que quiser, e a escrita, por sua
vez, é o lugar da realização formal, controlada e bem elaborada.
Modalidades de linguagem:
Com relação à escrita, a história da espécie humana repete-se na vida de cada um de seus
indivíduos: a fala precede a escrita. Entretanto, a aquisição dessas duas modalidades de
linguagem não é igual, uma vez que os indivíduos desenvolvem a fala por meio do convívio com
a comunidade falante, ouvindo e imitando (imersão), enquanto a aquisição da escrita se dá em
contexto escolar. Além disso, fala e escrita apresentam características de constituição muito
particulares, apesar de se realizarem a partir da utilização de um mesmo sistema lingüístico, no
nosso caso, a Língua Portuguesa.
1
Meio sistemático de comunicar idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
gestuais etc.
**
Cada uma das pessoas envolvidas num ato lingüístico, numa conversa. A pessoa com quem se conversa.
Ex. eu/alunos.
9
**
Prosódia: parte da gramática tradicional que se dedica às características da emissão dos sons da fala,
como o acento e a entoação [Ger. está relacionada com os estudos de metrificação]. A própria acentuação
das palavras; ortoépia. Ex. Manteiga, umbigo, adevogado, beneficente x beneficientem mendigo x
mendingo; poça (ô fechado). Tóxico (ks) x tóchico; rubrica x rubrica, estupro x estrupo. TIMBRE: Olho
[ô]x Olhos [ó].
2
Esses elementos próprios da fala espontânea aparecem na escrita quando se deseja dar ao texto um tom
coloquial, informal, um efeito de intimidade que simula a oralidade ou o diálogo: Te cuida Paizão. Eu sei
que a vida não tá fácil. A gente só ouve falar em stress... Você diz pra gente que a vida corre mansa.... que
no seu tempo era diferente. Sabe, esse papo às vezes enche! Mas te vendo cansado e fazendo tudo pra
agradar, é que a gente sente o quanto te ama. Por isso, velho, manera, Um uisquinho de vez em quando,
vai lá... Vê se consegue mudar um pouco sua alimentação, pega leve nas frituras, diminui o açúcar. Faz
como a mamãe que se amarra num diet. Você fala pra tomar cuidado com excessos. E quando é que você
vai se tocar disso? Hoje não tem presente. Mas o que tá rolando é papo de amigo, sem essa de dinheiro.
Pai, a sua saúde é superimportante pra gente. Você vive dizendo que pensa no meu futuro. Só que eu
também penso no seu. (Texto publicitário: propaganda de adoçante dietético).
10
b) graus de formalidade
Não há uma correspondência entre fala/escrita e informalidade/formalidade. Assim como
a fala, a escrita pode ser formal ou informal, dependendo da situação em que é empregada. Uma
palestra ou um júri popular são situações de comunicação oral formais, ao passo que textos
produzidos em salas de bate papo da internet são extremamente informais.
Essas considerações não pressupõem que a linguagem escrita seja melhor do que a oral,
ou ainda, que os indivíduos que escrevem sejam mais inteligentes ou pensem melhor do que os
que não escrevem. É preciso deixar claro que a linguagem escrita não invalida a oral, são apenas
diferentes modos de conhecimento e de expressão da realidade. A utilização de cada uma e a
escolha do grau de formalidade dependem da situação em que a linguagem é empregada. É uma
questão de conhecer as opções e escolher a mais viável às circunstâncias. No texto acadêmico, a
linguagem adequada é a escrita formal, que obedece aos padrões da gramática normativa da
língua.
CARVALHO, M.C.M. de. O estudo de textos teóricos. In: Construindo o saber: metodologia científica –
fundamentos e técnicas. Campinas: Papirus, 1998.
Bibliografia: Português básico: p. 144-148.; Técnica de Redação (GARCEZ): p. 73-80.
EXERCÍCIOS
c. Ele achava que aquele emprego seria a tábua da salvação de sua vida.
Ele acreditava que aquele emprego seria sua melhor opção.
d. Durante o depoimento houve um momento em que o réu deu com os burros n’água.
Durante o depoimento houve um momento em que o réu não foi bem sucedido.
a. A educação é uma coisa com que todo governo devia se preocupar. ALGO
b. Os projetos para retirar as crianças da rua não passam de conversa fiada. PROPOSTAS
c. A justiça não deveria ser tão frouxa com quem rouba o dinheiro público. BRANDA,
d. Se o governo não jogar duro com o crime organizado, a violência será cada vez maior nas
grandes cidades. SER JUSTA
e. Gasta-se muito com computadores para as escolas, mas não é por aí que se vai melhorar a
educação. POR CONTA DELE
f. Fica difícil acreditar no futuro de um país que tem tanto ladrão ocupando cargos importantes.
MUITOS CORRUPTOS
g. A tecnologia está cada vez mais agindo sobre a vida do homem. INFLUENCIANDO
h. A escola pública ensaia os primeiros passos para melhorar sua qualidade. INICIA
A arte de escrever
Há, portanto, uma arte de escrever – que é a redação. Não é uma prerrogativa dos
literatos, senão uma atividade social indispensável para a qual falta, não obstante, muitas
vezes, uma preparação preliminar.
A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se beneficia
da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princípio.
O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade
da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de idéias.
Impõem-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de
escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.
Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da vida
profissional ou no intercâmbio amplo dentro da sociedade são muito diversas das da redação
escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-lo, o domínio de um
assunto de nossa especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal,
como tem na escola.
Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de escrever sobre ele.
Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas
uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem.
Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa
capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria
personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a
personalidade por esse ângulo. [...]
A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que parte do
ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto,
de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação
cuidadosa do que outros com bom resultado escreveram.
(CAMARA Jr., Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral & escrita. 7ª. ed. Petrópolis: Vozes, 1983)
A citação afirma que se não se têm domínio sobre aquilo que será escrito, não há como
escrever uma boa redação.
4. O texto a seguir mostra como uma criança da quarta série do ensino fundamental, ao produzir
textos escritos, ora se utiliza de recursos da modalidade escrita, ora de recursos sintáticos e de
articulação dos enunciados que são típicos da oralidade. Identifique e circule os recursos orais.
5. O articulista Luiz Nassif em seu artigo “O FMI vem aí. Viva o FMI”, publicado na revista Ícaro,
fez uso do registro culto típico do jornalismo, mas utilizou também algumas expressões da
linguagem técnica dos economistas e outras próprias da linguagem informal. Leia o trecho
abaixo e resolva as questões propostas a seguir.
14
“Países já chegam ao FMI com todos esses impasses, denotando a incapacidade de suas elites
de chegarem a fórmulas consensuais para enfrentar a crise – mesmo porque essas fórmulas
implicam prejuízos aos interesses de alguns grupos poderosos. Aí a burocracia do FMI deita e
rola. Há, em geral, economistas especializados em determinadas regiões do globo. Mas, na
maioria das vezes, as fórmulas aplicadas aos países são homogêneas, burocráticas, de quem
está por cima da carne-seca e não quer saber de limitações de ordem social ou política.(...)
Sem os recursos adicionais do Fundo, a travessia de 1999 seria um inferno, com as reservas
cambiais se esvaindo e o país sendo obrigado ou a fechar sua economia ou a entrar em
parafuso. O desafio será produzir um acordo que obrigue, sim, o governo e Congresso a
acelerarem as formas essenciais.” (Ícaro, 170, outubro de 1998 – questão adaptada do
vestibular da Unicamp)
homogêneas, burocráticas, de quem está por cima da carne-seca e não quer saber de
limitações de ordem social ou política.
AÍ, deita e rola; de quem está por cima da carne-seca; entrar em parafuso;
c) Substitua essas expressões apresentadas no nível coloquial por outras típicas da linguagem
formal.
6. Abaixo, temos a simulação de uma entrevista para a ocupação de um cargo numa empresa.
É nítido nesta entrevista o uso de duas variações lingüísticas bem marcadas pelos
interlocutores. A nossa atividade é assumir o papel do entrevistado e tentar adequar o nível de
linguagem ao da entrevistadora.
- Bom dia. Sente-se, por favor, preciso fazer algumas perguntas para o senhor a fim de saber
se está devidamente qualificado para a nossa empresa.
- Muito bem Sr. José Carlos, temos uma vaga para o cargo de Assistente Administrativo, mas
precisamos que o candidato tenha domínio de algumas habilidades.
- Certo! É só perguntar.
- O Sr. Possui algum conhecimento na área de informática? Nos dias de hoje ela é
imprescindível para qualquer profissional da área administrativa.
- Sim, eu manjo bastante de informática, você sabe, aqueles programas de sempre: Window,
Word, Excel, esses baratos todos.
- Bem, fiz um cursinho de espanhol rápido por causa do barato do Mercosul né. Inglês só no the
book is on the table.
- Qual a sua experiência profissional? O Sr. já trabalhou numa empresa de grande porte como
esta?
- AH! pra falar a verdade eu trabalhei sempre como boy em empresas pequenas, mas o meu
último trampo foi numa distribuidora de medicamentos - empresa grande.
- Nossa! Eu fazia um pouco de tudo. Às vezes fazia umas coisas no departamento pessoal,
depois fui para o financeiro, passei uns meses também no CPD... rodei bastante por lá.
- Muito bem Sr. José Carlos, estou com os dados do Sr. aqui. Assim que tivermos uma posição
entramos em contato. Bom dia.
A capa da revista Veja, apresentada abaixo, associa a linguagem verbal e a linguagem não-
verbal. Faça uma leitura detalhada do texto, analisando os seguintes aspectos:
De que maneira a capa aborda o problema em foco? Que efeitos de sentido produzem?
(http://veja.abril.com.br/busca/resultadoCapas)
a capa aborda o tema usando uma crianca escrevendo que o ensino do Brasil é otimo mas
erroneamente, sendo irônico.
Não
5. GRAMÁTICA DE USO
19
15. Vários imigrantes japoneses chega-ram a São Paulo nas primeiras décadas do século
(emigrantes - imigrantes).
22. A cessão dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo (seção - cessão).
25. Dei o xeque-mate ao gerente, por causa do cheque sem fundos. (cheque - xeque)
27. Quando Joana toca piano é mais um conserto que um concerto (conserto - concerto).
29. Estava muito apressado para apreçar quanto custava aquele aparelho (apreçar - apressar).
30. Nas festas de São João é comum acender balões e vê-los ascender (ascender - acender).
32. Segui a prescrição médica, mas não obtive resultados (proscrição - prescrição).
35. Para passar, precisava aprender mais das lições ( apreender -aprender).
37. Encontrei uma carteira com cédulas de cem dólares. (cédulas - sédulas)
38. Iremos à chácara para lermos deliciosa xácara medieval. (xácara - chácara)
40. Percebe-se que ele ainda é meio incipiente, pois não tem prática de comércio (incipiente -
insipiente).
POR QUE – Utilizado no início de frases interrogativas diretas. Com sentido de razão / motivo
pelo(a) qual.
Também empregado nas interrogativas indiretas (frases em que se pergunta algo, mas sem o
ponto de interrogação ao final):
PORQUÊ – Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substituído por
motivo.
A FIM DE ou AFIM?
ONDE ou AONDE?
ONDE – Usado quando o verbo indica permanência (em que lugar). Onde está o meu carro?
AONDE – Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar). Aonde você vai agora?
22
CERCA DE – Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de,
aproximadamente)
Obs: Não usar para números exatos. Ex.: “Cerca de 543 pessoas...”
TÃO POUCO – Muito pouco. Tenho tão pouco tempo disponível para essa tarefa.
A ou HÁ?
Há tempo que não trabalho tanto quanto agora. Saiu há pouco do Rio de Janeiro.
A PAR ou AO PAR?
MENOS ou MENAS?
MAIS – Antônimo de menos. O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.
MAL ou MAU?
EM VEZ DE – É o mesmo que em lugar de. Em vez de José, Carlos esteve presente.
A forma A NÍVEL DE dita com tanta propriedade não existe, portanto deve ser eliminada ou
substituída por EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.
A expressão EM NÍVEL DE pode ser usada quando for possível estabelecer níveis /patamares
em relação ao que se fala.
A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?
NA RUA
Todos moramos em algum lugar e não a algum lugar. / Roberto residia na rua Augusta.
EM DOMICÍLIO ou A DOMICÍLIO?
SE NÃO ou SENÃO?
SE NÃO – Pode ser substituído por caso não. / Devolva o relatório se não estiver de acordo.
SENÃO – Pode ser substituído por somente, apenas. / Não vejo outra alternativa senão
concordar.
NÃO existe a forma PORISSO. / A forma correta é POR ISSO. / É por isso que você...
26
AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?
CONTUDO – Introduz uma idéia oposta ao que foi mencionado anteriormente, pode ser
substituído por entretanto, porém, todavia, mas.
DERREPENTE OU DE REPENTE?
INFELIZMENTE OU INFELISMENTE?
Grafa-se infeliz com Z, portanto o advérbio INFELIZMENTE, derivado de infeliz, deve também
ser grafado com Z.
OQUE OU O QUE?
QUIS OU QUIS?
27
Eu não QUIS incomodar você. Ele também não QUIS. Talvez os outros QUISESSEM...
AGENTE OU A GENTE?
influência influencia
Pronúncia pronuncia
Tecnológico tecnologia
Mês Meses
Secretária secretaria
Aeronáutica Areonáutica
Bandeja Bandeija
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Emagrecer Esmagrecer
Progresso Pogresso
Coincidência Conhicidência
Advogado Adevogado
Mortadela Mortandela
Bicarbonato Bicarbornato
Salsicha Shalchicha
Próprio Póprio
Sobrancelha Sombrancelha
Perturbar Pertubar
Frustrado Frustado
Entretela Entertela
Engajamento Enganjamento
Mendigo Mendingo
Meteorologia Metereologia
Ignorante Inguinorante
Reivindicação Reinvidicação
Privilégio Previlégio
Superstição Supertição
Lagartixa Largatixa
Receoso Receioso
Digladiar Degladiar
Subsídio Subzidio
Rubrica Rubrica
Disenteria Desinteria
29
Empecilho Impecilho
Estupro Estrupo
Beneficente Beneficiente
Irrequieto Irriquieto
Prazerosamente Prazeirosamente
Misto Mixto
Caderneta Cardeneta
Xifópagos Xipófagos
Dignitário Dignatário
Cinqüenta Cincoenta
Asterisco Asterístico
EXERCÍCIOS
j) Comportou-se...........mal........... durante a reunião. Não creio que seja um....mau ..sujeito, porém.
(mal, mau)
l) Às vezes, penso que o.............mal.............. anda vencendo o bem de goleada neste nosso mundo.
Isso é tão! (mal, mau)
m) ..........mal................. -humorados de todo o mundo, uni-vos! (mal, mau)
n) Deixe-me.............a par................ de tudo o que estiver acontecendo. (a par, ao par)
o) Várias pessoas expuseram opiniões que vieram..............de encontro as................... minhas durante
o debate, o que muito me animou. (ao encontro das, de encontro às)
p) Muitas pessoas têm opiniões que vêm..........ao encontro das.............................. minhas, o que não
chega a me desanimar. (ao encontro das, de encontro às)
q) ................há........... anos não nos vemos. E só poderei reencontrá-lo daqui....à....dois meses! (há, a)
r) Dali...............a....... três meses, eu mudaria de vida. (há, a)
s) Nada sei ............a cerca............................ das manifestações que ocorreram no país ....há cerca de...
de dois anos. (acerca, há cerca)
t) Já que temos ideias.........afins....... , deveríamos trabalhar juntos......a fim........ de conseguir
melhores resultados. (afins, a fim)
u) Não há nada............de mais.............. em gostar.....demais....... de doces. (de mais, demais)
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v) .....se nçao............ se fizer alguma coisa, o país escorregará para o caos. E ainda há quem não faça
nada .........senão.......... perseguir privilégios. (se não, senão)
f) Apesar de tentarem sempre praticar boas ações, elas são realmente _______más________.
a) _____se não____ encontrar seu gerente, entregue os documentos à secretária. (se não –
senão)
b) Nunca entraremos em acordo: suas opiniões vão de encontro a__________ meus princípios.
(de encontro a – ao encontro de)
7. Preencha os espaços vazios com porque, porquê, por que, por quê.
a. ____porquê__ desistir agora de um projeto____por que___debatemos há tanto tempo?
b. A situação haveria de mudar______por quê_____? Não há razões ____por que___ isso
deva ocorrer.
c. _____por que_____ águas estamos navegando ninguém sabe dizer. Todos ignoram o
____porquê____ dessa instabilidade.
d. _____por quê_____ exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos?
e. Perguntava ______PORQUÊ____ aquele espinho doía tanto no peito.
f. “O trenzinho seguia danado para Belém_____porquê______ o maquinista não tinha
jantado até aquela hora.” (Antônio de Alcântara Machado)
i) não foi encontrado um elo de ligação entre as versões apresentadas pelas testemunhas.
Antes de iniciar o uso desta apostila, pergunte-se: VOCÊ FAZ O QUE REALMENTE SE
PEDE? Para medir o nível do aproveitamento e o desenvolvimento dos alunos em sala de aula, o
professor pode utilizar vários instrumentos de avaliação. Entre esses instrumentos, é muito
comum o emprego de provas e/ou testes dissertativos, nos quais os alunos têm um espaço para
mostrar, sobre algum assunto determinado, a sua capacidade de análise, criação, comparação,
identificação, conceituação etc.
É muito comum nas discussões entre professores comentários sobre a dificuldade que os
alunos têm diante do momento de dissertar numa prova, mesmo que ela seja composta por
questões breves. Essa dificuldade pode ocorrer, muitas vezes, porque eles não conseguem
compreender exatamente o que é pedido em uma questão. Se observarmos com atenção, todas as
questões se iniciam ou se desenvolvem tendo como base um verbo-comando (geralmente na
forma do imperativo) que especifica para o aluno a forma como ele deve responder a uma
questão. A tabela abaixo demonstra alguns dos verbos-comando mais utilizados.
Definição dos verbos Especificação dos
Verbos de (adaptada do Moderno Dicionário da procedimentos
comando Língua Portuguesa Michaelis e Aurélio)
Transcreva Reproduzir, extrair, copiar algum trecho de A resposta não pode ser
Cite algum texto sem qualquer tipo de elaborada e sim apenas
Destaque modificação. recortada utilizando-se sinais
adequados com aspas
34
Nesta apostila, e nas provas/avaliações que serão dadas para você elaborar, muitos
destes verbos serão solicitados. Fique atento!
EXERCÍCIOS
OBESIDADE INFANTIL
O papel dos hábitos sedentários, da publicidade e da educação alimentar na
globalização de uma epidemia
.
Nos últimos 20 anos, a obesidade infantil tornou-se epidemia mundial. O número de casos
pode ser atribuído à farta disponibilidade de alimentos densamente calóricos e à vida sedentária
das crianças nas cidades.
Não existe um gene único que possa ser responsabilizado pela obesidade. A predisposição
é causada por uma interação complexa de cerca de 250 genes envolvidos no controle de peso do
organismo.
Células especiais para armazenar gordura (adipócitos) surgem no feto ao redor da 15ª
semana de gestação. Durante o primeiro ano de vida elas não mais se multiplicam, apenas
crescem e se enchem de gordura para armazenar energia que será utilizada quando a criança
começar a andar.
À medida que a criança cresce em altura, essas reservas são consumidas até atingir seus
níveis mais baixos aos 5 ou 6 anos. Meninos e meninas que chegam gordinhos a essa idade
apresentarão maior probabilidade de desenvolver obesidade na adolescência e na vida adulta.
Na criança de peso normal, entre 2 e 10 anos, ocorre apenas um pequeno aumento do
número de adipócitos. Já nas obesas, quando a quantidade de gordura contida em cada célula
atinge 1 grama — o limite máximo de sua capacidade —, ocorre a multiplicação celular com
formação de novos adipócitos.
Quando a criança obesa perde peso, a velocidade de formação de novas células
gordurosas diminui. Mas, ainda assim, são formadas mais células novas do que aquelas das
crianças magras.
A obesidade materna durante a gravidez interfere com a troca de nutrientes com o feto e
favorece o aparecimento de obesidade infantil. Ao contrário, má nutrição durante a gravidez
também pode levar à obesidade como mecanismo compensatório.
36
EDUCANDO O PALADAR
3-UNICAMP 1995
Defender a língua é, de modo geral, uma tarefa ambígua e até certo ponto inútil. Mas
também é quase inútil e ambíguo dar conselhos aos jovens de uma perspectiva adulta e no
entanto todo adulto cumpre o que julga seu dever. (...) Ora, no que se refere à língua, o choque ou
oposição situam-se normalmente na linha divisória do novo e do antigo. Mas fixar no antigo a
norma para o atual obrigaria este antigo a recorrer a um mais antigo, até ao limite das origens da
língua. A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o que lhe importa assimilar ou recusar. A
língua mastiga e joga fora inúmeros arranjos de frase e vocábulos. Outros, ela absorve e integra a
seu modo de ser.
(Vergílio Ferreira, "Em Defesa da Língua", em: Estão a Assassinar o Português! trecho adaptado)
a) Transcreva a tese de Vergílio Ferreira, isto é, a afirmação básica que o autor aceita como
verdadeira e defende nesse trecho.
b) Transcreva o argumento no qual o autor se baseia para defender sua tese.
Algumas definições:
Assunto: de que fala o texto, idéia ampla e geral, germe a partir do qual se desenvolverão as
idéias do texto.
Tema: delimitação do assunto, aspecto a ser abordado, enfoque, tratamento especial dado pelo
autor.
Objetivo do texto: para que é escrito o texto, finalidade com que se elabora o texto.
Tese ou frase-núcleo: o que fala o texto expressão verbal de um juízo, afirmação básica,
ponto de vista do autor.
Argumentos: provas que sustentam a tese: exemplos, informações que comprovam a tese
(dados, fatos).
EXERCÍCIO
38
E os códigos para emoções? Uma das regras da comunicação eletrônica é que não se
perde tempo usando nas mensagens expressões formais como “prezado senhor” ou “cordiais
saudações”. A regra é entrar direto no assunto, ser objetivo, conciso e sucinto. Mas ao
dispensar as sutilezas de linguagem, a comunicação por computador dificulta a expressão de
emoções e sentimentos, ainda mais porque é feita por escrito, sem apoio do tom de voz ( como
ao telefone) ou da expressão facial ( como nas conversas ao vivo). Como ser objetivo e, ao
mesmo tempo, expressar alegria, tristeza, medo, raiva, sarcasmo, ironia?
(adaptado de JB,25/4/94(JB, 25/4/94.In: Gold, Miriam: Redação Empresarial – escrevendo com sucesso na era da globalização,
1999)
4. Destaque do texto os argumentos utilizados pela autora para comprovar sua tese.
5. Explique a frase “Claudine está num posto privilegiado para observar essas mudanças”.
Palavra Chave: são aquelas que estão mais de perto associadas especificamente ao assunto
do texto, podendo aparecer repetidas e algumas vezes na forma de sinônimos. A identificação
das palavras-chave através do skimming (estratégia ou procedimento que consiste em lançar
os olhos rapidamente sobre o texto, numa breve leitura para captar o assunto geral apenas, se
esse for o objetivo da leitura) leva-nos a ter uma identificação do assunto no texto.
Exercício:
A população das megacidades cresce muito mais depressa do que sua capacidade de
prover empregos e fornecer serviços decentes a seus novos moradores. O fenômeno, detectado no
relatório da ONU sobre a população, é tanto mais grave porque atinge em cheio justamente os
países mais pobres. Das dez megacidades de 2000, sete estarão fincadas no Terceiro Mundo. As
pessoas saem do campo para as cidades por um razão tão antiga quanto a Revolução Industrial:
querem melhorar de vida. Mesmo apinhadas em periferias, suas chances de prosperar são maiores
do que na área rural. As cidades, escreveu o historiador Lewis Mumford, “são o lugar certo para
multiplicar oportunidades”.
40
A típica explosão urbana é registrada em várias cidades da África e da Índia, que dobram de
população a cada doze anos e não dão conta da demanda por emprego, educação e saneamento.
Mesmo as que crescem a uma taxa menos selvagem, como a de veículos e 35.000 fábricas da
capital mexicana, por exemplo, pode chegar como em fevereiro passado, a um nível quatro vezes
além do ponto em que o ar é considerado seguro.
Ainda que todos os prognósticos sejam pessimistas, não se deve desprezar a capacidade
de as megacidades encontrarem soluções até para seus piores desastres. A mobilização da
população da capital mexicana em 1985 para reconstruir partes da cidade arrasadas por um
violentíssimo terremoto evitou o pior, e mostrou que as mobilizações coletivas podem driblar o
apocalipse anunciado para as megalópoles.
Observe o parágrafo a seguir em que estão destacados cada um dos elementos que
constituem o parágrafo.
EXERCÍCIOS
dessa tecnologia são nítidas para o meio ambiente, alguns especialistas começam a atentar
para o impacto dos nanomateriais na saúde do ser humano e na natureza. Tornando-se, assim,
necessário o estudo contínuo desse novo processo.”
(adaptadohttp://www.mct.gov.br/html/template/frame)
Viver em sociedade
os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos. Para que essa repartição se
faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que eles sejam
respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades
sociais.
b) Releia o primeiro parágrafo e responda: qual é a sua função em relação aos demais
parágrafos que formam o texto?
c) No texto, o autor nos apresenta uma série de argumentos, ordenados logicamente, a fim
de convencer o leitor. Quais são esses argumentos e como eles nos são apresentados?
10. O PARÁGRAFO-CHAVE
44
O primeiro parágrafo do texto deve ser criativo, deve atrair a atenção do leitor. Assim é
preciso evitar expressões desgastadas como: nos dias de hoje, hoje em dia, atualmente, a cada
dia que passa, desde os primórdios, desde épocas remotas, no mundo de hoje, na atualidade, o
mundo em que vivemos.
Para auxiliar seu trabalho, observe abaixo dezoito formas de começar um texto,
sugeridas pelo professor Antônio Carlos Viana.
1. Uma declaração
2. Definição
(tema: o mito)
O mito, entre os primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar
entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e
não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos
naturais ou mesmo a construção cultural, mas que dão também, as formas da ação humana.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São
Paulo, Moderna, 1992. p. 62.
3. Divisão
45
Predominam ainda no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da exclusão social: a
de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder público e a de que sua superação envolve
muitos recursos e esforços extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o
combate à marginalidade social em Nova York vem contando com intensivos esforços do poder
público e ampla participação da iniciativa privada.
Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção que o
parágrafo vai tomar. O autor terá de explicitá-las na frase seguinte.
4. Oposição
As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que
estabelecerá o rumo da argumentação.
Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:
Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento:
raiva e esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto a cultura ainda é vista como algo
supérfluo em nossa terra; esperança por observar quantos movimentos culturais têm
acontecido em nossa história, e quase sempre como forma de resistência e/ou transformação.
(...)
FEIJÓ, Martin César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985. p. 7.
5. Alusão histórica
(tema: globalização)
46
O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. O leitor é situado
no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema.
6. Citação
“As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais, trazerem a
criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora.” O comentário, do
fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de
letargia ética que domina algumas nações do Primeiro Mundo.
DI FRANCO, Carlos Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. p.
73.
A criação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra
comentário da segunda frase.
(tema: consumismo)
Para Marx a religião é o ópio do povo. Raymond Aron deu o troco: marxismo é o ópio dos
intelectuais. Mas nos Estudos Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras. Como as modas
americanas são contagiosas, é bom ver de que se trata.
Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. É melhor
citar de forma indireta que de forma errada.
EXERCÍCIOS
47
1. Seguem abaixo alguns tópicos frasais para serem desenvolvidos de acordo com a
maneira sugerida.
a) Anacleto é um detetive trapalhão. (por enumeração de detalhes: forneça a descrição
física e psicológica do personagem).
b) As novelas transmitidas pela televisão brasileira são muito mais atraentes que nossos
filmes. (por oposição)
c) As cidades brasileiras estão se tornando ingovernáveis. (por exemplo específico)
d) Nunca diga que algum ser humano é uma ilha: tudo que acontece a um semelhante
nos atinge. (por exemplificação)
b) Nos últimos dez anos, a internet tornou-se necessária a todas as pessoas que desejam ser
bem sucedidas ________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
a)___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
______________________________________________________ por isso o Brasil está
nestas condições!
b)___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________ Portanto, diante de tudo isso, precisamos
urgentemente reorganizar toda a estrutura das vias públicas da cidade de São Paulo.
De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim "vocare", quer dizer
"chamado". Vocação é um chamado de amor por um "fazer". No lugar desse "fazer" o vocacionado quer "fazer
amor" com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.
" Política" vem de "polis", cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e
manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria deste
espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.
Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades; sonhavam com
jardins. Quem mora no deserto sonha com oásis. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se
perguntássemos a um profeta hebreu "o que é política?", ele nos responderia: "A arte da jardinagem aplicada às
coisas públicas".
O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande
que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se a
sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.
Amo a minha vocação que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor,
mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de
transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade.
A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu
que os políticos não precisavam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o
jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço
muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.
Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na
profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela
vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele
ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.
Todas as vocações podem ser transformadas em profissões. O jardineiro por vocação ama o jardim
de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que
isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.
Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda
tese: de todas as profissões, a política é a mais vil. O que explica o desencantamento total do povo, em relação à
política. Guimarães Rosa, questionado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: "Eu jamais
poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade. Ao contrário dos legítimos políticos, acredito no
homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu
penso na ressurreição do homem".
Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva anos para
crescer. É mais lucrativo cortá-las.
Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é
que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de ser
confundido com gigolôs e de ter de conviver com gigolôs.
Escrevo para você, jovem, para seduzi-lo à vocação política. Talvez haja um jardineiro
adormecido dentro de você. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas
esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas são legítimas, se forem
vocação. Mas todas elas são afunilantes: vão colocá-lo num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar
onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?
Acabamos de celebrar os 500 anos do Descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegarem,
não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis,
indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem.
49
Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não
eram jardineiros, mas lenhadores e madeireiros. Foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim, para a
felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde poucos
encontram vida e prazer.
Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os
políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, em vez de
desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiverem o amor e a
paciência de plantar árvores em cuja sombra nunca se assentariam.
Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.
(Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)
Exercícios
1. Podemos afirmar que o texto de Rubem Alves é uma carta argumentativa. Que elementos
estruturais nos levam a essa afirmação? Justifique sua resposta com elementos do texto.
2. Centre sua atenção no assunto tratado pela carta. Poderíamos afirmar que há um “tema”
abordado pelo autor. Que tema é esse?
5. Agora, volte sua atenção para as idéias que estão expostas nos parágrafos 7 e 8.
a. O autor explica a diferença entre vocação e profissão. Que diferença é essa?
b. O objetivo do autor é, a partir dessa diferenciação, definir um outro tipo de político: o “político
profissional”. O que significa, segundo o autor, ser esse tipo de político?
6. No 9º parágrafo, Rubem Alves enuncia uma outra tese, conforme ele próprio afirma. Que tese
é essa?
Quando escrevemos um texto, uma das maiores preocupações é como amarrar a frase
seguinte à anterior. Isso só é possível se dominarmos os princípios básicos de coesão. A casa
frase enunciada devemos ver se ela mantém um vínculo com a anterior ou anteriores para não
perdermos o fio do pensamento. De outra forma, teremos uma seqüência de frases sem sentido,
sucedendo-se umas às outras sem muita lógica, sem nenhuma coerência.
A coesão, no entanto, não é só esse processo de olhar constantemente para trás. É também
o de olhar adiante. Um termo pode esclarecer-se somente na frase seguinte. Se minha frase inicial
for Pedro tinha um grande desejo, estou criando um movimento para adiante. Só vamos saber de
que desejo se trata na próxima frase: Ele queria ser escritor. O importante é cada enunciado
estabelecer relações estreitas com os outros a fim de se tornar sólida a estrutura do texto.
A coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de
uma unidade de sentido. Você não pode dizer, por exemplo, numa frase, que o “desarmamento
da população pode contribuir para diminuir a violência”, e, na seguinte, escrever: “Além disso,
ele não viajou ontem”. É flagrante a incoerência existente entre elas.
Exercício 1.
Utilizando os elementos de coesão, reescreva o texto, substituindo os elementos repetidos
quando necessário:
Todos ficam sempre atentos quando se fala de uma um casamento de Elizabeth Taylor.
Casadoura inveterada, Elizabeth Taylor já está em seu oitavo casamento. Agora, diferentemente
das outras vezes, o casamento de Elizabeth Taylor foi com um homem do povo que Elizabeth
Taylor encontrou numa clínica para tratamento de alcoólatras, onde Elizabeth Taylor estava. Com
toda pompa, o casamento foi realizado na casa do cantor Michael Jakson e a imprensa ficou
proibida de assistir ao casamento de Elizabeth Taylor com um homem do povo. Ninguém sabia se
será o último casamento de Elizabeth Taylor.
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3. Abaixo temos alguns fragmentos de textos que apresentam algum tipo de incoerência.
Aponte-os e discuta a razão dessas incoerências.
a) Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até
hoje e talvez para sempre. Mas não gosto da sua família: repressora, preconceituosa,
preocupada em manter as milenares tradições chinesas. O pior é que sou brasileira,
detesto comida chinesa e não sei comer com pauzinhos. Em casa, só falam chinês e de
chinês eu só sei o nome do Sheing. No dia do seu aniversário, já fazia dois anos de
namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu não podia
recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histórias da
família e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema
eu e o Sheing.
Diário de um Louco
Era noite e o sol raiava no horizonte. Estava eu andando parado e sentado numa pedra de
algodão.
Longe dali e bem perto, havia um bosque sem árvores, onde os passarinhos pastavam,
vacas pulavam de galho em galho e os elefantes tomavam sol à sombra de um pé de alface.
Mais à direita, seguindo pela esquerda, havia um lago com solo pedregoso, no qual os
peixinhos nadavam e aos poucos morriam afogados.
Resolvi voltar pra casa e entrei pela porta da frente, que ficava nos fundos. Entrei sem sair do
meu quarto, onde deitei o paletó na cama e pendurei-o no cabide. Passei a noite em claro pois
esqueci a luz acesa.
Almocei no banheiro e, assim que terminei o almoço, senti um gosto horrível na boca, e
concluí que havia almoçado um guardanapo e limpado a boca com o bife.
Fui rápido e vagarosamente para o jardim onde, na falta de flores, substituí-as por canetas bic
e encontrei um papel em branco onde estava escrito (...)
Autor Anônimo
a) O trecho transcrito acima pode provocar risos no leitor. A que se deve esse efeito
cômico do texto? Dê exemplos.
A Televisão e a Sociedade
É evidente que a televisão é uma realidade no cotidiano de inúmeras sociedades. Não há
dúvida, também, de que este meio de comunicação leva as pessoas a serem bem informadas e
instruídas. É um fato que uma boa parte do nosso conhecimento vem da televisão. São
inúmeros, por exemplo, os programas televisivos educativos, que falam sobre a natureza, sobre
a saúde, sobre as artes, etc.
Ela pode ser igualmente considerada como um instrumento de cultura e de lazer. Ou seja,
permite que o homem conheça lugares que, muitas vezes, não terá a oportunidade de conhecer
pessoalmente; dá acesso a espetáculos, como peças de teatro, filmes ou apresentações
54
musicais; apresenta histórias, debates e curiosidades sobre os mais variados assuntos. Enfim,
cabe ao espectador escolher de que forma ele irá se entreter ou de que forma ele irá aprender.
A TV, como a vemos hoje em dia, acaba menosprezando o espectador. Há uma quantidade
enorme de informações provenientes da televisão, e estas informações podem ser
extremamente superficiais e manipuladoras. Muitos programas televisivos transmitem as
informações de maneira que faça com que o espectador seja influenciado e aceite tudo
passivamente. Assim, informações que possam ser contraditórias são omitidas. Grandes
reportagens, por exemplo, podem ser constituídas de montagens, com corte de imagens ou
deturpação de falas.
Outro aspecto negativo da televisão atual é a baixa qualidade de conteúdo. A televisão pode
contribuir para que o homem adquira conhecimento. Se levarmos em consideração a
programação de um canal televisivo durante um dia, veremos que o número de programas que
têm um bom conteúdo e que são realmente interessantes é muito menor do que o número de
programas que têm como objetivo apenas "distrair" o espectador por algumas horas,
subestimando-o. É possível dizer que a televisão, atualmente, é o meio de comunicação com
maior repercussão na sociedade, por isso, deixa muito a desejar.
Referências Bibliográficas
ABAURRE, Maria Luiza et alii. (2003). Português: língua e literatura. 2. ed. São Paulo: Moderna.
ABREU, Ântônio Suarez. (2001). Curso de Redação.11ª ed. São Paulo: Ática.
CASTRO, Adriane Belluci Belório de et alii .(2000). Os degraus da leitura. São Paulo: Edusc.
EMEDIATO, Wander (2004). A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração editorial.
FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: língua portuguesa para nossos estudantes. 7. ed.
Petrópolis: Vozes,1999.
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 11. ed. São Paulo: Ática,
1995.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
PACHECO, Agnelo de Carvalho. A dissertação: teoria e prática. 19 ed. São Paulo: Atual, 1988.
SAVIOLI, Francisco Platão et alii. Coleção Anglo de Ensino. São Paulo: Anglo, 2004.
SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: Escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997.
TERRA, Ermani & NICOLA, José de.( Gramática, literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1997.
VIANA. Antônio Carlos et alii. Roteiro de Redação – lendo e argumentando. 1 ed. São Paulo. Scipione, 2004.
56
ANEXOS
57
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Ponto Final
O ponto final encerra o período e é, de todos os sinais de pontuação, o que
exige pausa mais ampla.
Ex.: "A velhice é uma idade sagrada." (A Cândido)
O ponto também é empregado em abreviações: Sr., p., V.Exa., etc.
Ponto-e-vírgula (;)
Marca pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto.
Para separar os itens de uma enumeração (relação) feita na vertical até o
penúltimo item.
Para separar os considerandos de uma lei ou de um decreto.
Num trecho em que ocorreram muitas vírgulas.
Parênteses ( )
Depois de uma citação, para indicar o nome da obra e do autor de que ela foi
extraída.
Para fazer uma explicação a respeito de um termo citado no texto. Para incluir no
texto letra, número ou sinal (asterisco, por exemplo) indicando nota de rodapé ou
nota bibliográfica.
Não se usa vírgula antes de parênteses e nem se usa esse sinal para indicar a
grafia de uma palavra errada.
Travessão ( - )
Para pôr em evidência palavras, expressões ou orações.
Para introduzir a fala de uma personagem no diálogo.
58
Reticências (...)
Para indicar suspensão ou interrupção de pensamento.
Para indicar hesitação.
Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento que o autor não quer
explicitar (Exemplo: Aqui jaz meu amigo. Ele repousa e eu também...).
Para dar tempo ao leitor para que ele reflita sobre o que foi escrito na
mensagem.
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa em que o espaço em branco não deve ser preenchido pelos dois pontos:
a. ( ) Mas o pai disse _ “menino, você está criando muito amor a esse bicho.
b. ( ) Dasdores e suas numerosas obrigações _ cuidar dos irmãos, velar pelos doces de
caldas, pelas conservas, manejar agulha e escrever as cartas de todos.
c. ( ) — Escuta aqui, mano Laudônio _ é verdade que espanhol não vota?
d. ( ) A inflação de maio _ 6,1%.
e. ( ) “Entre as estrelas e lá detrás da igreja _
surge a lua cheia
para chorar com os poetas.” (Jorge de Lima)
2. Do período que segue foram excluídos dois sinais de pontuação. Assinale a alternativa que os
recupera.
Marcela teve primeiro um silêncio indignado _ depois fez um gesto magnífico _ tentou
atirar o colar à rua.
a. ( ) vírgula; vírgula.
b. ( ) ponto-e-vírgula; dois pontos.
c. ( ) dois pontos; ponto-e-vírgula.
3. Justifique o uso das reticências e dos dois pontos nesses versos do poeta Manuel Bandeira:
“Não te afastes de mim, temendo a minha sanha
E o meu veneno... Escuta a minha triste história:
Aracne foi meu nome e na trama ilusória
Das rendas florescia a minha graça estranha.”
59
4. Do texto abaixo, de Rubem Braga, foram omitidos os seguintes sinais de pontuação: um ponto-
e-vírgula, os dois pontos e as aspas. Tente recuperar estes sinais nos lugares adequados.
“Estava solitário, mas não triste lembrei o velho dito dos bêbados A noite ainda é uma
criança.”
5. O trecho que segue é de Carlos Drummond de Andrade e reproduz o diálogo em que um pai,
em um restaurante, tenta convencer sua filha de quatro anos a pedir camarão em vez de lasanha.
Vou querer lasanha filhinha por que não pedimos camarão você gosta tanto de camarão gosto
mas quero lasanha eu sei eu sei que você adora camarão a gente pede uma fritada bem bacana de
camarão tá quero lasanha papai não quero camarão
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VÍRGULA ( , )
Usa-se a vírgula:
b. da conjunção:
Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, muitos alimentos.
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar a banca.
Obs. 2. Se a conjunção e vier repetida várias vezes, usa-se a vírgula antes de cada
uma: A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
1. Em cada uma das questões que seguem, ocorre um par de frases de modo que a segunda
contém algum termo intercalado ou em posição tal, que justifica o uso da vírgula. Use a
vírgula adequadamente na segunda frase:
Samuel beija a mão da dama com uma elegância perfeita.
Com uma elegância perfeita Samuel beija a mão da dama.
2. Em cada um das questões que seguem, há um termo intercalado. Separe-o por meio de
vírgulas.
Toda lei do mercado é por natureza flutuante.
Sofia era em casa melhor que no trem.
“Os empregados iriam todos; não havia por conseguinte necessidade de ficar
escravo nenhum em casa” (Aluísio Azevedo).
Minhas música têm por exemplo várias frases rítmicas que convivem.
3. Em cada uma dessas questões há inversões que devem ser assinaladas com vírgula.
Assinale-as:
Em síntese não houve um só trabalho digno de crédito.
A roupa guardo-a no corpo
Paris 30 de setembro.
Outros processos mais econômicos não há quem os invente.
8. Nas frases abaixo, empregue a vírgula para separar o aposto e o vocativo, quando necessário:
a. O futebol famoso esporte de origem inglesa está perdendo adeptos no Brasil.
b. Obrigado São Paulo. Obrigado São Pedro. O racionamento acabou. (SABESP)
c. Ventura colunista da revista Época escreveu este artigo.
d. Menina venha cá.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
FALA x ESCRITA: Na fala, diferentemente da escrita, todas as palavras com mais de duas
sílabas são acentuadas:
Que não seja imortal posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure. (Vinicius de
Moraes)
Todas as palavras de duas ou mais sílabas têm o acento da fala, que é o acento prosódico. Só
algumas possuem o acento gráfico, que marca, na escrita, a sílaba tônica das palavras.
Sílaba tônica: é aquela pronunciada com maior intensidade, pois sobre ela recai o acento tônico.
Sílaba átona: é aquela pronunciada com menor intensidade que a sílaba tônica.
Monossílabos átonos: é aquele que não tem acento próprio e, por isso, se apóia na palavra que
vem antes ou depois dele.
Ex A área de distribuição do lobo-guará já chegou até o Ceará.
EXERCÍCIOS
Acentue se necessário:
aparencia facil bone ureter voo insonia genuino bebado rubrica gratuito prototipo
bauxita duplex omega ibero lampada materia piloto palito paleto Jacarei tatu
vandalo juiz juizes Luis Luiz apoio (subs.) chapeu improprio miudo refem ele
contribui estagio sovietico plagio moida eu contribui hifen itens saci anzol apoio
(verbo) abençoo bilingue ele mantem intuito ziper colher ele obtem tres
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AGRADECER
É usado com a preposição a quando significa “demonstrar gratidão por alguém”.
Agradeço ao amigo. / Agradeci à professora.
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CHEGAR
É usado com a preposição a quando indica “direção”, “alcançar”.
Cheguei atrasado ao colégio. / Chegamos à faculdade muito cedo.
É usado com a preposição em quando se refere a tempo.
A ambulância chegou em meia hora.
ESQUECER / LEMBRAR
São usados sem preposição quando não estão acompanhados de pronomes.
Esqueci o livro de História. / Ele esqueceu o dinheiro. / Lembrei o nome do artista.
Não esqueça os amigos.
PRECISAR
É empregado sem preposição quando indica “precisão”, “certeza”.
O legista precisou a hora do acidente. / Ele precisou o lugar do encontro.
PREFERIR
Sem preposição, (ter preferência, sem sugerir a escolha).
O menino prefere chocolate. / Ele prefere cinema.
69
VISAR
É usado com a preposição a quando significa “ter em vista”, “ desejar”
Ele visava ao cargo de gerente da firma. / Eles visam ao lucro..
Nós visávamos a um pouco de sol e aos dias calmos da praia.
EXERCÍCIOS
I - Complete as frases com a preposição exigida pelos verbos em destaque.
1) Aqui está a ferramenta _______ que preciso.
2) Esse é o documento _____ que necessito.
3) Essa é a pessoa ______ quem devemos entregar a encomenda.
4) Essa é a comida _____ que mais gosto.
5) O prêmio ______ que aspiramos é valioso.
6) A piada ____ que ele lembrou é muita engraçada. de
7) A causa _____ que lutamos é justa.
8) Esse é o homem _____ quem a justiça perdoou.
9) Esse é o regulamento _____ que todos devem obedecer.
10) Ele preferia multiplicar os seus ganhos ____ dividir com os empregados os seus lucros.
11) Os condôminos não obedeciam _____ regulamento do prédio.
12) Não me refiro _____ você e sim ____ seu irmão.
13) Fomos ____ cinema mais próximo.
14) Os espectadores assistiam ____ peça de teatro muito emocionados.
CRASE
A crase é a fusão da preposição a com o artigo feminino a(as) e com os pronomes
demonstrativos aquela (s), aquele(s) e aquilo.
Refiro-me à novela das oito. Ela se referia àquela passagem do romance.
Nas frases acima, ocorre crase em à e àquela.
Antes dos pronomes relativos a qual ou as quais desde que o verbo regente exija
preposição.
Esta é a moça à qual me referi. / Estas são as moças às quais me referi.
CASOS EM QUE NÃO OCORRE O USO A CRASE
TESTES
I – Complete as frases com à, a, ás ou há.
1) Conversei com ......a.... secretária .....há... poucos minutos.
2) Ele chegou ......à... dez minutos, mas voltará ....a....sair daqui .....a... pouco.
3) Ele se dedica .....à.... política......há... muitos anos.
4) Esse projeto .a...... meu ver, está indo de mal ...a..... pior.
5) Ontem, ..à...... tarde, ele contou várias histórias.....a... essas crianças.
6) Ele disse adeus ......à... carreira de jogador de futebol.
7) ......à... noite, fomos a......... praia ver o luar.
8) Falei com ....a.... diretora ...há..... poucos minutos.
9) Começou ..a.....chover assim que chegamos ....à... festa.
10) Fomos ..a.... pé ......à... casa de meu colega.
11) O calor aumentava ...à.... medida que .....as... horas passavam.
12)Entregue ...as.... notas fiscais....à...... secretária do diretor.