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PROFESSORA ALINE EVELLYN MACIEL DE OLIVEIRA E SILVA

ALUNO (A): LUÍSA BEGOT E LUCAS AZEVEDO


CURSO: PÓS GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
TURNO: NOITE DATA: 23/11/2021

A PARTIR DA LEITURA DO LIVRO “A LÍNGUA DE EULÁLIA”, DE MARCOS BAGNOS, RESPONDA:

1ª) Por que as personagens Silvia e Emília riem do modo como Eulália fala? Qual o argumento
foi usado pela Professora Irene para rebater o PRECONCEITO LINGUÍSTICO das estudantes
Silvia e Emília?

2ª) Segundo a Professora Irene, quantas línguas se fala no Brasil? Para responder, comente
sobre “O MITO DA LÍNGUA ÚNICA”.

3ª) Segundo a Professora Irene, “TODA LÍNGUA VARIA”, “TODA LÍNGUA MUDA”. Justifique e dê
exemplos relacionados ao seu repertório sociodiscursivo, sociocultural.

4ª) Caracterize “PP” e o “PNP”, apontando semelhanças e diferenças. Dê exemplos.

1ª Porque para elas Eulália fala de forma errada e engraçada porque elas desconhecem a
existência das demais variedades linguísticas da Língua Portuguesa além da norma padrão
elegida e propagada pela sociedade, e, portanto, não reconhecem como válida a variedade
usada por Eulália para se expressar que difere da padrão, pois elas acreditam que somente a
variedade falada por elas é válida. O argumento usado pela professora Irene para rebater o
preconceito linguístico das estudantes foi que o português falado por Eulália não está errado
apenas é diferente, pois é falado por uma classe social diferente da classe social delas. A
professora afirma que todas as variedades de uma língua são válidas e são maneiras eficazes
de se comunicar e que devem, portanto, ser respeitadas e aceitas como qualquer outra
variedade, o fato de uma variedade ser tomada como padrão não a torna melhor que as
demais.

2ª A professora afirma que existem mais de 200 línguas faladas em diversos pontos do país
pelos sobreviventes das antigas nações indígenas, além das várias comunidades de imigrantes
estrangeiros que mantêm viva a língua de seus ancestrais: coreanos, japoneses, alemães,
italianos etc. Existem várias formas de variação da língua causadas por diversos fatores como
as diferença fonéticas, sintáticas, lexicais, semânticas dentre diferenças no próprio uso da
língua. Uma das variedades mais comuns que percebemos são as variedades geográficas,
porém existem também variedades de gênero, socioeconômicas, etárias, de nível de instrução,
urbanas, rurais, etc.
3ª A partir do que a professora Irene afirma no texto, podemos perceber que a língua
portuguesa varia de acordo com cada pessoa, cada lugar, cada situação social e até mesmo o
ambiente em que a pessoa se encontra em determinado momento influencia na maneira em
que se comunica. Temos a linguagem culta e a linguagem coloquial e elas no momento de uma
conversa variam bastante, pois geralmente não conversamos com pessoas em um ambiente
sério da mesma forma que conversamos em um ambiente descontraído e isso varia de acordo
com a questão social, cultural e de convívio de cada ser. Pessoas que moram em cidades
grandes não se comunicam da mesma forma que pessoas que moram em cidades interioranas
ou aldeias indígenas. Ela faz alusão a textos de periódicos dos séculos XX e XIX, a carta de Pero
Vaz de Caminha e às cantigas de amor citadas em Portugal nos séculos XII e XIII para ilustrar
como a língua sofre mudanças ao longo do tempo e as variações de acordo com a região
aonde a língua é falada demonstram como a língua varia no espaço denotando a existência das
diferenças geográficas. Nos dias atuais, observa-se uma grande mudança constante na língua
com o surgimento de tendências linguísticas reproduzidas primeiramente em meios digitais,
mas que estão ganhando voz pelo país e também pelo mundo, são palavras e expressões
novas que surgem a todo momento para expressar realidades que antes não existiam no
mundo real, mas que agora estão ganhando força e notoriedade pelo crescimento das
plataformas digitais e, dessa forma, estão fazendo com que novos termos sejam incorporados
aos dicionários como postar, blogueiro, download, etc.

4ª O português padrão (PP) é a norma oficial da língua portuguesa falada pelas pessoas que
detêm o poder e estão nas classes sociais mais privilegiadas. É artificial, adquirido, aprendido e
redundante. Já o português não-padrão (PNP) refere-se às demais variedades da língua de
acordo com as diferentes regiões geográficas, classes sociais, faixas etárias e níveis de
escolarização em que se encontram as pessoas que a falam, faladas pela grande maioria pobre
e dos analfabetos e estudantes do ensino público do país. Ele é natural, transmitido, inovador
e marginal. Como exemplo de PP temos: o português extremamente rebuscado utilizado em
tribunais do júri entre juízes e advogados e de PNP a fala coloquial utilizada em uma conversa
entre amigos em um bar, entre funcionários da construção civil, vendedores ambulantes e
habitantes de bairros periféricos em situações sociais de informalidade. Dentre as
semelhanças entre PP e PNP temos que sendo em um ambiente sério ou descontraído o
principal objetivo de ambas é efetivar a comunicação entre os interlocutores, e mesmo que
estas sejam distintas daquelas, todas as variedades de uma língua possuem regras coerentes
com uma lógica linguística perfeitamente demonstrável e funcional. Ademais, recorrendo à
história da língua, é possível demonstrar que a língua portuguesa, em todas as suas
variedades, continua em transformação, continua mudando, caminhando para as formas que
terá daqui a algum tempo. Ambas também remetem sua origem ao latim vulgar assim como as
demais línguas românicas. Algumas diferenças são as sociais e fonéticas, esta útima sendo a
mais evidente, que consiste na forma como uma palavra é pronunciada, e é o que logo nos
chama a atenção e nos avisa que uma pessoa fala uma variedade diferente da nossa. Além
disso, essas diferenças fonéticas são as mais estigmatizadas, são elas as que recebem a maior
carga de preconceito e rejeição por parte do conhecedor de português-padrão.

BONS ESTUDOS!

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