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Há diversos tipos de gramáticas. De forma geral, aprendemos na escola apenas um tipo: a gramática tradicional. Mas o fato
de, muitas vezes, não haver uma explicitação de que tipo de gramática é ensinado na escola conduz a uma visão equivocada
de que só existe uma única definição de gramática e que é essa definição a correta e que deve ser fielmente seguida.
Destacaremos aqui três tipos de gramáticas diferentes, conforme classificação de Sírio Possenti, um professor e pesquisador
da língua portuguesa.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/.
Elementos envolvidos na comunicação:
Fonte:grupoevolucao.com.b
Atenção!
Fonte: https://i.pinimg.com/
Atividade 01
O processo de comunicação se dá através dos gêneros textuais, pois eles estão intimamente ligados à história da
comunicação e da linguagem. Cada gênero textual apresenta especificidades que permitem identificar a sua classificação.
Os gêneros possuem estruturas e características próprias, no entanto, vale ressaltar que eles são flexíveis e não possuem
estrutura fixa.
Desse modo, os gêneros textuais estão em permanente evolução. Isso significa que dependendo da necessidade de
comunicação, novos gêneros podem surgir. A linguagem aparece nos textos de forma diversa. Alguns textos podem
apresentar mais de um tipo de linguagem, em outros a linguagem pode aparecer de forma mesclada. Portanto, para identificar
o gênero de um texto, é preciso observar qual a linguagem predominante. Para isso, o primeiro passo é conhecer quais são
os tipos de gêneros textuais.
Frequentemente, há uma confusão entre tipos de textos e gêneros textuais, porém trata-se de categorias distintas de
classificação textual. Cada texto possui linguagem e estrutura específicas. Os textos se diferenciam tanto quanto à forma,
quanto em relação ao conteúdo. Ao classificar um texto, todas essas características são levadas em conta.
A classificação dos gêneros textuais ocorre com base em seu conteúdo, enquanto os tipos textuais são classificados de
acordo com a forma. Desse modo, os gêneros textuais são classificações existentes dentro dos modelos predefinidos de
tipos textuais. Os gêneros possuem estruturas e conteúdos temáticos que facilitam sua definição. Portanto, em cada um tipo
de texto existe gêneros específicos.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/
Os gêneros textuais são textos que cumprem uma função social em uma dada situação comunicativa. Diferente dos tipos
textuais, os gêneros textuais não têm uma estrutura limitada e definida, logo, eles são bastante diversos. Além disso, eles
podem sofrer algumas modificações ao longo do tempo, devido as mudanças de comunicação na sociedade. Já a tipologia
textual, se configura por estabelecer a estrutura dos textos, seu objetivo e finalidade.
Fonte: https://blog.enem.com.br/.
A seguir, veja dois esquemas explicativos: o primeiro apresenta uma breve descrição dos tipos textuais e o segundo apresenta
uma explicação breve sobre os gêneros textuais.
Fonte: http://elexemplos.com/
Descrição de gêneros textuais
Fonte:www.viacarreira.com/educação.
Gêneros 1. Vídeo “Gêneros de humor: tirinha, charge e anedota | Videoaulas” do Canal “MultiRio”.
humorísticos Link: https://www.youtube.com/watch?v=dcLhtODgiQs&ab_channel=MultiRio
2. Vídeo “Os GÊNEROS DIGITAIS e como caem no ENEM” do Canal “Prof. Fagner Araújo”.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=IjwebZ71KtU&ab_channel=Prof.FagnerAra%C3%BAjo
sobre o papel da tecnologia nas sociedades De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função
contemporâneas, pois inicial e vem se destacando como
A indicam a solidão existencial dos usuários das redes A estratégia para estimular relações de amizade.
sociais virtuais. B espaço para exposição de opiniões e circulação de
B Criticam a superficialidade das relações humanas ideias.
C gênero discursivo substituto dos tradicionais diários
mantidas pela internet.
pessoais.
C Retratam a dificuldade de adaptação das pessoas mais D ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação
velhas às relações virtuais. virtual escrita.
D ironizam o crescimento da conexão virtual oposto à E recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação
falta de vínculos reais entre as pessoas. da rotina diária.
E denunciam o enfraquecimento das relações humanas
4. (Enem 2014)
nos mundos virtual e real contemporâneos.
2. (Enem 2014)
Ao Brasil, a Língua Portuguesa foi trazida no século XVI através da invasão portuguesa. Quando os portugueses
desembarcaram na costa brasileira, estima-se que havia aqui 1.200 povos indígenas, falantes de aproximadamente mil
línguas diferentes. Uma delas, talvez a que teve importância significativa para o atual português falado no Brasil, era o
Tupinambá ou Tupi-guarani, falado pelos índios que habitavam o litoral. Esta língua foi a primeira utilizada como língua geral
na colônia, ao lado do português, pois os padres jesuítas que vieram para catequizar os índios, estudaram e acabaram
difundindo a língua.
Além dessa diversidade étnica e linguística, foram trazidos ainda cerca de 4 milhões de africanos de diversas culturas e com
diversas línguas para trabalhar como escravos. Eles eram linguisticamente misturados pelos portugueses, para evitar fugas
e rebeldias. Além disso, precisavam aprender o português como segunda língua, para manter comunicação com os
portugueses e seus filhos, nascidos no Brasil, por não terem acesso (ou terem acesso quase nulo) às línguas africanas
aprendiam o português como língua materna, desaparecendo com o tempo as línguas africanas que chegaram ao Brasil junto
com os seus falantes. O contato entre indígenas, africanos e imigrantes vários que vieram de algumas regiões da Europa
favoreceu o chamado multilinguismo. Além da fase bilíngue pela qual passara o português, o multilinguismo contribuiu (e
ainda contribui) para a formação identitária do português brasileiro.
Essa pluralidade linguístico-cultural fortaleceu as bases da construção da identidade do português brasileiro. Isso se deu em
detrimento dos interesses políticos e comerciais de Portugal, que tomara algumas medidas radicais, entre elas a proibição
do uso das línguas gerais (diz-se da língua falada no Brasil colonial como língua de contato entre índios, portugueses e seus
descendentes) e a imposição do português como língua oficial. O contato linguístico intenso é um dos principais motivos para
haver tantas diferenças entre o português brasileiro e o português europeu.
Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/portugues/%20historia-da-lingua-portuguesa.htm, com adaptações.
B transformaram em um só idioma línguas diferentes, O esforço de preservação do nheengatu, uma língua que
como as africanas, as indígenas e as europeias. sofre com o risco de extinção, significa o reconhecimento
C promoveram uma língua acessível a falantes de de que
origens distintas, como o africano, o indígena e o
europeu. A as línguas de origem indígena têm seus próprios
D guardaram uma relação de identidade entre os mecanismos de autoconservação.
falantes do português do Brasil e os do português de B a construção da cultura amazônica, ao longo dos
Portugal. anos, constituiu-se, em parte, pela expressão em
E tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de origem indígena.
línguas de outros países que também tiveram C as ações políticas e pedagógicas implementadas até
colonização portuguesa. o momento são suficientes para a preservação da
língua geral amazônica.
2. (Enem 2016)
D a diversidade do patrimônio cultural brasileiro,
Mandinga — Era a denominação que, no período das historicamente, tem se construído com base na
grandes navegações, os portugueses davam à costa unidade da língua portuguesa.
ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de E o Brasil precisa se diferenciar de países vizinhos,
feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideravam como Venezuela e Colômbia, por meio de um idioma
bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam comum na Amazônia brasileira
indicações sobre a existência de ouro na região. Em
idioma nativo, manding designava terra de feiticeiros. A 4. (Enem 2016)
palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio.
COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009 (fragmento).
O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma
interessante certidão de nascimento. De repente, no fim
No texto evidencia-se que a construção do significado da do século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não
palavra mandinga resulta de um(a) podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um
manancial de metáforas, pois possuía um nome
A contexto sócio-histórico. “indecoroso” que não podia ser “usado em papéis
B diversidade étnica. sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista
C descoberta geográfica. Raphael Bluteau inventou a nova palavra, pirilampo, a
D apropriação religiosa. partir do grego pyr, significando ‘fogo’ e lampas,
‘candeia’.
E contraste cultural.
FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das
Línguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).
3. (Enem 2017)
O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do
O último refúgio da língua geral no Brasil inseto, por questões de tabu linguístico. Esse tabu diz
respeito à
No coração da Floresta Amazônica é falada uma
língua que participou intensamente da história da maior A recuperação histórica do significado.
região do Brasil. Trata-se da língua geral, também B ampliação do sentido de uma palavra.
conhecida como nheengatu ou tupi moderno. A língua C produção imprópria de poetas portugueses.
D denominação científica com base em termos
geral foi ali mais falada que o próprio português, inclusive
gregos.
por não índios, até o ano de 1877. Alguns fatores E restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito
contribuíram para o desaparecimento dessa língua de socialmente.
D explicar que se trata de um erro linguístico por
5. (Enem 2016) destoar do padrão formal apresentado ao longo do
O acervo do Museu da Língua Portuguesa é o nosso texto.
idioma, um “patrimônio imaterial” que não pode ser, por E exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros
isso, guardado e exposto em uma redoma de vidro. Assim, que desconhecem as estruturas da norma padrão.
o museu, dedicado à valorização e difusão da língua
portuguesa, reconhecidamente importante para a 7. (Enem 2015)
preservação de nossa identidade cultural, apresenta uma Assum preto
forma expositiva diferenciada das demais instituições
museológicas do país e do mundo, usando tecnologia de Tudo em vorta é só beleza
ponta e recursos interativos para a apresentação de seus Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
conteúdos.
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Disponível em: www.museulinguaportuguesa.org.br. Acesso em: 16 ago. 2012 (adaptado)
Tarvez por ignorança
De acordo com o texto, embora a língua portuguesa seja Ou mardade das pió
um “patrimônio imaterial”, pode ser exposta em um Furaro os óio do assum preto
museu. A relevância desse tipo de iniciativa está Pra ele assim, ai, cantá mió
pautada
Assum preto veve sorto
no pressuposto de que
Mas num pode avuá
A a língua é um importante instrumento de constituição Mil veiz a sina de uma gaiola
social de seus usuários. Desde que o céu, ai, pudesse oiá
B o modo de falar o português padrão deve ser GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul.
2012 (fragmento).
divulgado ao grande público.
C a escola precisa de parceiros na tarefa de valorização As marcas da variedade regional registradas pelos
da língua portuguesa. compositores de Assum preto resultam da aplicação de
um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a
D o contato do público com a norma-padrão solicita o pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é
uso de tecnologia de última geração. resultado de uma mesma regra a
E as atividades lúdicas dos falantes com sua própria
língua melhoram com o uso de recursos tecnológicos. A pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
B pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
6. (Enem 2015) C flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
Mudança linguística D redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata
em frô”.
Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa
da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose E pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
natural da língua.
8. (Enem 2013)
- Com a internet, a linguagem segue o caminho dos
fenômenos da mudança, como o que ocorreu com “você”, Dúvida
que se tornou o pronome átono “cê”. Agora o interneteiro Dois compadres viajavam de carro por uma estrada
pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro.
sabemos que são muitos. Por que o acento gráfico é tão Um dos compadres falou:
importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil
momentos até mais exacerbados por acentos e — Passou um largato ali!
dispensamos muitos deles. Como toda palavra é O outro perguntou:
contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda — Lagarto ou largato?
muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz
um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O primeiro respondeu:
O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação — Num sei não, o bicho passou muito rápido.
mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo que, Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
em vez de aproximar as pessoas em menor tempo,
estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir
leigos. o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos
personagens
Para Castilho, no entanto, não será uma reforma
ortográfica que fará a mudança de que precisamos na A reconhece a espécie do animal avistado.
língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?
B tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado).
C desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar pra
ver?” tem por objetivo D constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.
E apresenta duas possibilidades de sentido para a
A ilustrar a linguagem de usuários da internet que mesma palavra
poderá promover alterações de grafia.
B mostrar os perigos da linguagem da internet como
potencializadora de dificuldades de escrita.
C evidenciar uma forma de exclusão social para as
pessoas com baixa proficiência escrita.
Tema: processo de formação de palavras
A formação de palavras tem diferentes processos de combinação de morfemas para formar novas palavras. Veja a seguir
cada processo de formação de palavras presente no português.
Derivação prefixal Prefixo + palavra primitiva. Ex..: desleal, imperfeito, subentender, entrelinhas.
Derivação sufixal Palavra primitiva + sufixo. Ex.: bondade, definição, envolvimento, patriotismo.
Derivação Prefixo + palavra primitiva + sufixo. Ex.: esclarecer, aproximar, envelhecer,
parassintética esvaziar.
Derivação
Derivação imprópria A palavra muda de classe, sem alterar a forma. Ex.: viver (verbo) – viver
(substantivo)
Derivação regressiva Forma substantivos indicadores de ação, pelo acréscimo de a/e/o ao radial de
verbos. Ex.: sustent(ar) (verbo) – sustento (derivado regressivo).
Composição por Não sofrem alteração e continuam a ser faladas (e escritas) exatamente como
justaposição era antes da composição. Ex.: cata-vento (cata + vento), malmequer (mal +
me + quer).
Composição
Composição por Pelo menos uma das palavras que participa da composição sofre alteração
aglutinação em sua pronúncia (e em sua grafia). Ex,: alviverde (alve + verde), outrora
(outra + hora)
Hibridismo Forma palavras por meio da combinação de elementos mórficos (radicais,
sufixos etc) de idiomas diferentes. Ex.: televisão – tele (grego) + visão (latim),
surfista – surf (inglês) + ista (latim)
Onomatopeia Processo que forma palavras que imita sons ou ruídos. Ex.: só a noite o tique-
taque relógio me incomodava.
Sigla Palavras formadas pelas letras iniciais das várias palavras que compõem um
nome.
Ex.: Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.
Redução vocabular Consiste em reduzir o tamanho de uma palavra até um limite mínimo que não
impeça a sua compreensão. Ex.: motociclista – moto, microcomputador –
micro.
Estrangeirismo Uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não
equivalentes. Ex,: shoppings, mouse.
Fonte: AMARAL, E. et al. Novas Palavras. São Paulo: FTD, 2016.
Fonte: soescola.com/2017/12/tabela-do-hifen.html.
Apesar da primeira imagem retratar as regras
gerais, há algumas especificidades,
principalmente nas palavras compostas com
prefixos terminados em -b e iniciados com co-, ad-
, circum- e bem. Veja as regras antes e depois a
Novo Acordo Ortográfico (2006) na imagem ao
lado.
Fonte: https://www.colegioweb.com.br/portugues/novo-acordo-ortografico-principais-mudancas-uso-hifen.html.
Atividade 04
Logo, o que definiria um texto “literário” de outro que não possui essa característica? Essa é uma questão que ainda gera
discussão em diversos meios, pois não há um critério formal para definir a literatura a não ser quando contrastada com as
demais manifestações artísticas (evidenciando sua matéria-prima e o meio de divulgação) e textuais (evidenciando um texto
literário de outro não literário).
Segundo José de Nicola (1998:24), o que torna um texto literário é a função poética da linguagem que “ocorre quando a
intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, com as palavras carregadas de significado.” Além disso, Nicola
enfatiza que não apenas o aspecto formal é significativo na composição de uma obra literária, como também o seu conteúdo.
“O que é literatura?” é antes de tudo uma pergunta histórica. O que conhecemos por literatura não era o mesmo que se
imaginava há, por exemplo, duzentos anos quando, na Europa, o gênero literário “romance” começou a se desenvolver graças
ao desenvolvimento dos jornais, que possibilitou uma maior divulgação do gênero, mudando o que se entendia a respeito do
assunto.
Se antes as “belas letras” eram compostas por composições em verso que seguiam uma estrutura formal de acordo com
critérios estabelecidos desde a antiguidade, agora, com o advento e a popularização do romance, a forma de se entender a
literatura foi modificada e novos gêneros textuais foram ganhando espaço. Exemplo disso, é que, no século XX houve a
atribuição de alguns gêneros considerados “menores” como cartas, biografias e diários à categoria “literária”.
Fonte: https://www.soliteratura.com.br/
É muito difícil responder às perguntas “o que é arte? O que é literatura?”. Embora não possamos dar respostas
satisfatórias, podemos refletir sobre elas e atingir alguma compreensão dessas atividades humanas tão complexas.
A arte é feita em toda a parte; portanto, ela é uma atividade essencial para o ser humano.
A arte é uma atividade estética e possui valores intrínsecos (valores referentes ao próprio objeto artístico).
Literatura é arte. Portanto, é uma atividade estética, com valores intrínsecos. A obra literária diferencia-se das obras
de função puramente pragmática.
A literatura tem como matéria-prima a palavra, isto é, a linguagem verbal.
Na obra literária, como em toda arte, forma e conteúdo são categorias inseparáveis: uma produz consistentemente
a outra.
A literatura reflete as relações do homem com o mundo. Como essas relações mudam, historicamente, a literatura
também muda.
A literatura é invenção, mas mantém uma relação viva e tensa com o mundo real.
A obra literária produz uma ilusão de verdade, de realidade, que chamamos de verossimilhança: verossimilhança
externa (semelhança entre o mundo criado pela obra e o mundo real) e verossimilhança interna (coerência e coesão
entre os elementos internos da obra, e destes com as convenções do gênero literário).
A literatura é praticada, tanto pelos autores quanto pelos leitores, com múltiplas funções. Nos extremos, pode ser
pura evasão (fuga da realidade) ou instrumento de propaganda (arte engajada). Uma forma de evasão é a literatura
voltada apenas para seus valores intrínsecos (arte pela arte).
A linguagem literária é multívoca, polivalente.
Devemos evitar tanto a leitura redutora, que elimina a riqueza do texto e as possibilidades de outras interpretações,
quanto a leitura fantasiosa, sem sustentação em elementos do texto.
A leitura de compreensão (nível horizontal, superficial) possibilita a leitura de interpretação (nível vertical, profundo).
A leitura é um ato criativo.
É o leitor quem atualiza as potencialidades de significação de um texto literário. Para isso, ele deve mobilizar todas
as suas capacidades intelectuais e afetivas – inteligência, sensibilidade, cultura, domínio da língua, vivências,
conhecimento de mundo.
O leitor competente e a atenção voltada aos detalhes permitem compreender as relações que se estabelecem dentro
do texto e realizar as mais diversas inferências (preencher elipses, interpretar subentendidos, formular hipóteses de
significados, observar índices e fazer previsões e antecipações a partir deles).
Fonte: AMARAL, E. et al. Novas Palavras. São Paulo: FTD, 2016.
Atividade 05