Você está na página 1de 54

Aula

Plano
de Aula
e Anexos
o
9 Ano
Língua Portuguesa

CCC
v
6b
PRENDER
+
Qualificando a ação escolar
Camilo Sobreiro de Santana
Governador

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho


Vice-Governadora

Eliana Nunes Estrela


Secretária da Educação

Márcio Pereira de Brito


Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

Jussara Luna Batista


Secretária Executiva de Gestão Pedagógica

Rogers Vasconcelos Mendes


Secretário Executivo de Ensino Médio e da Educação Profissional

Rita de Cássia Tavares Colares


Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna

Ana Gardennya Linard Sirio Oliveira


Coordenadora de Cooperação com os Municípios para
Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa

Maria Odelânia Torquato Leite


Coordenadora de Educação e Promoção Social

Denylson da Silva Prado Ribeiro


Articulador

Célula de Fortalecimento da Gestão Municipal e Planejamento de Rede


Aécio De Oliveira Maia
Ana Cláudia Lima de Assis
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Idelson De Almeida Paiva Júnior
Maria Angélica Sales da Silva
Raquel Almeida De Carvalho

Equipe do Eixo do Ensino Fundamental II - 6º ao 9º ano


Ive Marian de Carvalho
Izabelle Vasconcelos Costa
Maria Hosana Magalhães Viana

Autores
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Francisca Poliane Lima de Oliveira
Raquel Almeida De Carvalho

Revisão de Texto
Ana Paula Silva Vieira Trindade

Organização Gráfica
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Raimundo Elson Mesquita Viana
ORIENTAÇÕES GERAIS

 A seguir apresentamos um conjunto de arquivos que abordam aspectos teóricos e


metodológicos para o trabalho com os descritores que se mantêm muito críticos ou
críticos na série histórica do Spaece 2010 – 2018. Por ocasião, o conteúdo desta aula
é As narrativas do nosso cotidiano e os sentidos que atribuímos a elas e os
descritores em foco são o D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato, o D12 –
Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre
textos, o D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc. e o D21 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso
da pontuação e de outras notações.

 Nosso foco também visa a consolidação de habilidades previstas na Matriz de


referência do Saeb. Em correlação a esta, os descritores que contemplam essas
habilidades são: D14 - Distinguir fato da opinião relativa a este fato; D20 – Reconhecer
diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos, que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que
será recebido; D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios etc.; D19 – Reconhecer o efeito de sentido
decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

 Começamos por uma videoaula com orientações teóricas metodológicas que vão
contribuir para o trabalho em sala de aula com os descritores que historicamente têm
apresentado resultados muito críticos ou críticos.

 Além disso, apresentamos um plano de aula que contempla as aprendizagens


necessárias para desenvolver as habilidades previstas por esses descritores,
sistematizadas no Plano Estruturante de Língua Portuguesa. Mostramos como você
pode organizar suas aulas contemplando esses e outros descritores.

 Alinhado ao plano, desenvolvemos um anexo, no qual há explicações acerca dos


descritores em análise assim como sugestões para o professor desenvolver atividades
que visam a consolidar as habilidades previstas por esses descritores nas aulas de
Língua Portuguesa.

 Por fim, disponibilizamos um caderno de atividades com foco nos descritores


trabalhados nesta aula. Esse caderno compõe-se de uma versão específica para o
professor, na qual há orientações e comentários pedagógicos que explicam cada
questão a ser trabalhada em sala; e de uma versão específica para o aluno, elaborada
para a sua resolução.

 Enfatizamos que você pode ter acesso a mais atividades que contemplam esses
descritores nos Cadernos de Práticas Pedagógicas. Esses são distribuídos
bimestralmente em PDF, também pelo site da Seduc-Ce, para todas as escolas do
Ceará.
PLANO DE AULA 2 – 9º ANO

AS NARRATIVAS DO NOSSO COTIDIANO E OS SENTIDOS QUE ATRIBUÍMOS A


ELAS.

Objetivo Geral: propor uma sequência didática de atividades de leitura que contemplem
os descritores da Matriz Spaece: D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato; D12 –
Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos;
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios etc.; e D21 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e
de outras notações. E da Matriz Saeb: D14 - Distinguir fato da opinião relativa a este fato;
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos,
que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido; D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.; D19 – Reconhecer o efeito de sentido
decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

Objetivos Distinguir fato de opinião relativa a este fato em notícias e crônicas.

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das
condições em que ele foi produzido e daquelas em que será
recebido, pertencentes aos gêneros notícia e crônica.

Estabelecer, em textos do cotidiano, como as Tirinhas, relações


lógico-discursivas presentes nos textos, marcadas por conjunções,
advérbios etc.

Reconhecer, nos textos do cotidiano, como em Crônicas e em


Notícias, o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos.

Conteúdo Leitura e Compreensão de textos pertencentes aos gêneros Crônica,


Notícia e Charge.

Tempo da aula 50 min.

Com a realização desta aula, o professor deve consolidar nos alunos


as habilidades de distinguir fato de opinião como também as
Procedimentos semelhanças e diferenças entre opiniões, assim como de reconhecer
Didáticos as relações de sentido operadas pela presença de elementos
gramaticais e ortográficos.

PRIMEIRO MOMENTO
30 minutos
Introdução ao Iniciar com as perguntas:
conteúdo 1 - Ao chegar à casa, como você conta aos seus familiares ou
Tempo amigos sobre como foi seu dia na escola?
estimado: 2 – Que gênero seria o mais adequado para fazer essa narrativa
2 minutos sobre seu dia: a notícia ou a crônica?
Leitura Leitura de uma notícia e de uma crônica
Antes de ler os textos, fazer as seguintes perguntas de predição:
Tempo a) Vocês acham que esses textos tratarão sobre o quê?
estimado:
b) O que será abordado sobre cajueiro?
13 minutos
c) Vocês gostam de caju?
d) O que vocês gostariam que esse texto falasse sobre o caju?
e) Qual a experiência de vocês com caju?
Retome-as após a leitura dos textos.

Comparando e
diferenciando Os dois gêneros são usados para contar sobre fatos ocorridos no dia
notícia e a dia das pessoas.
crônica. A crônica faz isso de forma poética e de modo a deixar claro o ponto
de vista do cronista. A notícia conta o fato sem deixar claro qual o
Tempo ponto de vista do jornalista.
estimado:
5 minutos

Interpretando a  Na notícia lida, qual o fato narrado? Existe uma opinião sobre
crônica e a esse fato?
notícia. Para isso, diferenciar fato de opinião.
 Na crônica, o que está sendo apresentado como fato? Qual a
Tempo opinião do cronista sobre esse fato?
estimado:  Agora compare os fatos dos dois textos lidos. São iguais ou
10 minutos semelhantes? Podemos dizer que, nesse caso, jornalista e
cronista tem a mesma opinião?

SEGUNDO MOMENTO
20 minutos
Compreender Reconhecer, na charge, o sentido das relações lógico-discursivas
a função do marcadas por conjunções, advérbios etc.
articulador na Antes de ler o texto, fazer essas perguntas:
construção do
sentido e na 1.Vocês acham que esse texto falará sobre o quê?
percepção da 2.O que vocês acham que é um Headbanger?
opinião em
detrimento do 3.Por que um headbanger precisa ter opinião?
fato. Após a leitura do texto, retome-as para discussão.
Analisando o texto:
Tempo
 Compreender - por meio do articulador “na qual” – que opinião
estimado:
10 minutos está sendo defendida pela personagem da direita.
 Refletir sobre o papel sintático do articulador na oração em
análise.
Tempo Identificar, no texto “Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu
estimado: sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”, o
10 minutos efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações:
 Observar que o texto não possui nenhuma pontuação.
 Fazer perceber que a pontuação pode ser feita de maneira a
beneficiar qualquer um dos citados no texto.
 Mostrar a variação de pontuação e de sentido.

Materiais e Texto 1: Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar
Recursos tútilo do RN. Disponível em
Didáticos <https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/piaui-diz-ter-maior-
cajueiro-do-mundo-e-tenta-derrubar-titulo-do-rn.html>. Acesso em 01
de junho de 2019.
Texto 2: O cajueiro. In: BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas.
Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956.
Texto 3: Headbanger que é headbanger tem que ter opinião.
Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpU
SVJBUy81My5naWY=/?ref=. Acesso em 23 mai 2019.
Texto 4: Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho
jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres. Disponível
em:
<http://fatoresdetextualidade.blogspot.com/2014/03/pontuacao.html>
Acesso em: 01 junho 2019.

Formas de Participação dos alunos nas atividades orais e escritas.


Avaliação Compreensão dos alunos acerca da distinção entre fato e opinião
relative ao fato; da identificação de semelhanças e/ou diferenças de
ideias e opiniões ba comparação entre textos pertencentes aos
gêneros Notícia e Crônica; do reconhecimento das relações lógico-
discursivas marcadas por conjunções, advérbios etc.; da identificação
do efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras
notações.

Retomando: O Plano Estruturante configura-se como um conjunto de aulas que


contempla os eixos da língua com melhor aproveitamento do tempo pedagógico. O ciclo
de aulas abrangendo todos os eixos pode variar de acordo com cada realidade.

Observação: Professor(a), planejamos uma hora-aula como ponto de partida. Abordamos


o eixo da leitura. Sugerimos que, a partir dos gêneros trabalhados no plano acima, você
possa elaborar outras aulas, abrangendo os demais eixos: Ciclo de Leitura, oralidade,
produção textual, análise linguística e semiótica, construindo um ciclo de aulas que
considere todos os eixos, mantendo sempre o foco no descritor selecionado para o
trabalhado pedagógico. Dessa maneira você estará oportunizando o trabalho com a
língua em consonância com os propósitos de uma aprendizagem interativa, conforme
preconizam as bases do Plano Estruturante de Língua Portuguesa e a BNCC.
ANEXOS
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO

CEARÁ
2019
2º CICLO DE AULA

TÍTULO DA AULA: As narrativas do nosso cotidiano e os sentidos que


atribuímos a elas.

DESCRITORES CONTEMPLADOS NESTA AULA: D6, D12, D17, D21


(SPAECE) / D14, D20, D15 e D19 (SAEB)

Para ajudar o professor na atividade com este conteúdo, sugerimos o texto a seguir
para análise nesta aula.

Análise

Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício bem simples, que,


intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: reconhecer o seu tema. Vejamos o texto a
seguir.

ANEXO 1 – TEXTO: PIAUÍ DIZ TER MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO E TENTA


DERRUBAR TÍTULO DO RN

NOTÍCIA

Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar título do RN

Secretário diz que em Cajueiro da Praia há um pé de caju maior do que RN.Uespi


fará nova medição do cajueiro para tentar entrar no Guinness Book.

Por Gilcilene Araújo do G1 PI, em Cajueiro da Praia

Um recorde registrado no Guinness Book tem provocado um desentendimento entre


o Piauí e Rio Grande do Norte. Tudo porque moradores da cidade piauiense de Cajueiro da
Praia, no Litoral do estado, afirmam que possuem o maior pé de caju do mundo, titulo que
atualmente pertence a praia de Pirangi do Norte, município de Parnamirim.
O cajueiro Norte-Rio-Grandense entrou no Livro dos Recordes em 1994 por possuir
8.500 m². Agora, o secretário estadual de Turismo do Piauí, Flávio Nogueira, diz que vai
tomar este titulo porque a árvore piauiense tem mais de 200 anos e possui 310 m² a mais
do que o pé de caju potiguar.
"Já sabíamos que em Cajueiro do Praia existia o maior pé de caju do Piauí, mas o
alerta de que este poderia ser o maior do mundo foi feito por um empresário que, pensando
em investir na região, decidiu fazer uma topográfica da árvore e descobriu que ele media
8.810 m²", o contou.
Flavio declarou que em busca do recorde, o governo do estado contratou a
Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para fazer uma nova medição e um estudo
genético do cajueiro.“A pesquisa é necessária para sabermos se estas ramificações se
tratam de uma mesma árvore. Após comprovação, o passo seguinte é tombar o cajueiro
em nível federal, por meio deste estudo. O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional) deve reconhecê-lo como um patrimônio do Piauí e em seguida
protocolar a medição pelo Livro dos Recordes”, afirmou o secretário.

Disponível em: http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/piaui-diz-ter-maior-cajueiro-do-mundo-e-tenta-


derrubar-titulo-do-rn.html.
Acesso em: 01 de junho de 2019.

ANEXO 2 – TEXTO: O CAJUEIRO

CRÔNICA

O cajueiro
Rubem Braga

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações
de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta
dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo. Eu me
lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge
(que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e
a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o
jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas,
lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,
“beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso
cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia
crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para
apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os
morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos,
trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o
morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente
muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor
tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado
de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso
pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram;
mas foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores.
Setembro, 1954.
Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956.

Para iniciarmos o trabalho com a habilidade de distinguir fato de opinião relativa a


este fato, (prevista pelos descritores D6 – SPAECE / D14 – SAEB), a atividade de
predição é fundamental, pois os alunos, ao inferirem o assunto dos textos, revelam a
capacidade de selecionar de seu repertório cultural informações que possam ter relação
com o texto. Para isso, introduza o conteúdo fazendo perguntas gerais, como as que
seguem, para orientar esse primeiro momento da aula. Realize-as, de preferência,
oralmente.

1- Ao chegar à casa, como você conta aos seus familiares ou amigos sobre como foi
seu dia na escola?
2- Que gênero seria o mais adequado para fazer essa narrativa sobre seu dia: a
notícia ou a crônica?

Deixe os alunos à vontade para responderem e discutirem. A depender das


respostas, esperamos que eles apontem diferenças de pontos de vista, de intenções
comunicativas, dentre outras, entre um texto do gênero Notícia e outro do gênero Crônica,
assim como esperamos que eles elenquem outros gêneros além dos citados
anteriormente.
Após esse momento, avise-lhes que vão ler dois textos, leia o título de cada um e
incite-lhes a curiosidade a respeito do tema e de outros assuntos tratados pelos textos.
Perguntas como as que seguem podem orientá-lo nessa hora da aula:

a) Vocês acham que esses textos tratarão sobre o quê?


b) O que será abordado sobre cajueiro?
c) Vocês gostam de caju?
d) O que vocês gostariam que esse texto falasse sobre o caju?
e) Qual a experiência de vocês com caju?

Observação: se necessário, acrescente outras perguntas ou faça adaptações a essas


que sugerimos.

Ao ler apenas os títulos “Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar título
do RN” e “O cajueiro”, perceba que os alunos vão deduzir sobre o possível assunto
abordado no texto. Embora eles imaginem que os textos vão falar sobre caju ou cajueiro,
eles ainda não sabem exatamente o que eles abordarão sobre o tema. Essa informação
os alunos só conseguirão com a leitura efetiva dos textos.

Após esse primeiro momento de predição, proceda à leitura efetiva dos textos. Em
seguida, discuta com os alunos sobre as respostas que eles deram àquelas perguntas
iniciais, verificando se se confirmam ou não conforme as informações veiculadas nos
textos.
Nesse segundo momento da aula, outros questionamentos revelam-se
interessantes, como as perguntas apresentadas a seguir. Realize-as, preferencialmente,
na modalidade oral ainda.

1. Os textos tratam principalmente de quê?


2. O que está sendo abordado sobre caju ou cajueiro em cada um dos textos?

Agora que já discutiram sobre a temática dos dois textos, vamos analisá-los
conforme as habilidades previstas pelos descritores 6 e 12 da Matriz Spaece: Distinguir
fato de opinião relative a este fato e Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e
opiniões na comparação entre textos.
ANALISANDO OS TEXTOS (D6/D14)

Os dois gêneros são usados para contar fatos ocorridos no dia a dia das pessoas.

A crônica faz isso de forma poética e de modo a deixar claro o ponto de vista do
cronista. A notícia conta o fato sem deixar claro qual o ponto de vista do jornalista.

Em sendo assim, incite seus alunos a pensarem e responderem os seguintes


questionamentos:

a) Na notícia lida, qual o fato narrado? Existe uma opinião sobre esse fato? Para isso,
diferenciar fato de opinião.
b) Na crônica, o que está sendo apresentado como fato? Qual a opinião do cronista
sobre esse fato?
c) Agora compare os fatos dos dois textos lidos. São iguais ou semelhantes?
Podemos dizer que, nesse caso, jornalista e cronista tem a mesma opinião?

Faça com que os alunos reparem que temos dois textos com a mesma temática,
mas com intenções comunicativas e características estruturais discursivas distintas. Ao
passo que a notícia discorre sobre a tentativa do estado do Piauí de pleitear o registro no
Guinnes Book de possuir o maior cajueiro do mundo, recorde pertencente ao estado do
Rio Grande do Norte, a crônica discorre sobre a morte de um cajueiro e a importância que
ele teve na vida do autor, pois ele despertava lembranças e recordações antigas de sua
infância.

Comparando a presença ou não de uma opinião explícita a respeito do tema


(cajueiro), faça-os perceber que, geralmente, em textos do gênero Notícia, não há
opiniões ou pontos de vista claros ligados ao autor da notícia a respeito dos fatos
apresentados. Há opiniões e pontos de vista de várias fontes, mas do próprio autor da
notícia, não. Já em relação à crônica, é comum nos depararmos em vários pontos do
texto com a própria opinião do cronista a respeito do fato apresentado.

Vejamos no texto em análise: o fato que dá origem à produção do texto é a queda do


cajueiro que ficava nas proximidades da casa onde cresceu o autor. A partir desse fato,
ele discorre todas as suas impressões sobre o cajueiro e a importância que este tinha em
sua vida.
COMPARANDO OS TEXTOS (D12/D20)

A habilidade prevista pelo descritor 12 requer que os alunos consigam identificar


semelhanças e diferenças entre textos, na tentativa de fazê-los internalizar, também,
propósitos comunicativos dos gêneros em análise.

Os dois textos utilizados para análise trazem uma temática semelhante: um fato a
respeito de uma árvore conhecida como cajueiro. Apesar disso, cada uma apresenta
versoes e intenções discursivas distintas: a Notícia tem a intenção de comunicar um fato,
geralmente abstraído de qualquer convicção ou ponto de vista do próprio autor da noticía,
ao passo que a Crônica não tem a exclusiva intenção de comunicar um fato, mas de
discorrer sobre esse fato, exprimindo, revelando as impressões e sentimentos do autor a
partir disso, ou seja, o fato é apenas o ponto de partida, o que dá origem à produção do
texto, mas a intenção comunicativa de uma crônica vai além disso, ela é um texto de
carácter reflexivo e interpretativo, que parte de um assunto do quotidiano, um
acontecimento banal, sem significado relevante. É um texto subjetivo, pois apresenta a
perspectiva do seu autor.

Sugerimos, ademais, outro texto com questões que podem possibilitar o exercício
com os descritores em análise.

ANEXO 3 – TEXTO: HEADBANGER QUE É HEADBANGER TEM QUE TER OPINIÃO

Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpUSVJBUy81My5naWY=/?ref=. Acesso
em 23 mai 2019
Assim como fez com o texto anterior, antes de lê-lo efetivamente, incite nos alunos a
predição do texto, uma vez que essa é uma atividade fundamental para a compreensão
leitora. As perguntas que seguem podem ajudá-lo. Sugerimos que as escreva no quadro,
mas as realize, de preferência, oralmente:

1. Vocês acham que esse texto falará sobre o quê?

2. O que vocês acham que é um Headbanger?

3. Por que um headbanger precisa ter opinião?

Observação: se necessário, acrescente outras perguntas ou faça adaptações a essas


que sugerimos.

Deixe seus alunos à vontade para respondê-las, incentive, neste momento, a


imaginação, a curiosidade a respeito do que traz o texto.

Em seguida, proceda à leitura e retome as perguntas anteriores para que possam


confirmar ou não suas hipóteses.

Nesse momento da aula, outros questionamentos contribuem para identificar o tema


ou o assunto do texto.

1. O texto trata principalmente de quê?


2. De acordo com o texto, quais as opiniões veiculadas?
3. Por que o personagem pediu para cancelar o envio das flores?

Observação: sinta-se à vontade para inserir novas perguntas, substituir ou suprimir


algumas dessas.

Podemos esperar como respostas as seguintes:

1. O texto trata sobre o fato de o personagem mudar de opinião sem muito esforço.
2. A principal opinião veiculada é a de que datas comemorativas não deveriam ter
importância porque só têm objetivo capitalista, nada sentimental.
3. O personagem pediu para cancelar o envio das flores porque acatou a crítica que o
outro fez.

Agora que já se discutiu sobre o tema do texto, é o momento de analisá-lo conforme


as habilidades previstas pelo Descritor 17: Reconhecer o sentido das relações lógico-
discursivas marcadas por conjunctões, advérbios etc.

ANALISANDO O TEXTO (D17/D15)

A argumentação é uma característica pertencente às situações de comunicação do


falante de uma língua. Isso pode ser fundamentado pela ideia de que, ao utilizarmos a
língua, seja nas suas duas modalidades, escrita e falada, a nossa intenção é a de nos
expressarmos, manipulando a interpretação do interlocutor, ou seja, agindo pelo discurso
e no discurso.

Para os linguistas, a língua é fundamentalmente argumentativa, quer dizer, as


interações comunicativas estão permeadas por nossas intenções de tal forma que
existem elementos linguísticos, contidos na estrutura da língua, que têm essa função, são
os chamados operadores discursivos ou articuladores discursivos. Eles são
responsáveis por evidenciar a intenção argumentativa do discurso e o caminho que o
falante está trilhando.

Isso acontece porque, de acordo com a intenção do falante, ele seleciona


determinadas estruturas da língua para que o objetivo (intenção) dele seja alcançado.
Dessa forma, ao fazer certas escolhas, a opinião do falante é revelada.

De posse dessas informações, analise com seus alunos o seguinte:

1. Por meio do articulador “na qual” – que opinião está sendo defendida pela
personagem da direita?
2. Reflita sobre o papel sintático do articulador na oração em análise.

A oração que deve ser analisada é a seguinte:


“Esse negócio de Dia dos Namorados é apenas mais uma data capitalista NA QUAL a
mídia tenta nos obrigar a gastar nosso dinheiro com coisas supérfluas e inúteis…”

Ao elaborarmos um texto, para garantir que o interlocutor alcance nossos objetivos


comunicativos, devemos estabelecer relações de sentido entre suas partes. O articulador
“na qual” configura-se como um pronome relativo, o qual tem a função de fazer referência
a termos anteriormente citados, ajundando, assim, a estabelecer a coesão e a coerência
textual. Com o seu auxílio, o desenvolvimento do texto pode se tornar menos repetitivo,
evitando o uso recorrente de palavras.

No texto em análise, esse articulador evidencia a opinião de que as datas


comemorativas, no caso, o Dia dos Namorados, são datas capitalistas, que visam apenas
o desperdício de dinheiro com presents superfluous e inúteis.

Para finalizar, sugerimos mais um texto, agora para trabalharmos a habilidade de


identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações (D21).

ANEXO 4 – TEXTO: BILHETE

“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta
do alfaiate nada aos pobres.

No dia seguinte, o sobrinho chega, vê o tio morto e o documento, o qual não foi pontuado,
e fez a seguinte pontuação:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.

A irmã, pontuou assim:

Deixo os meus bens à minha irmã; não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.

O alfaiate, ao qual o velho sovina devia uma fortuna, também mudou a pontuação:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
O procurador dos pobres, conhecedor da importância da pontuação para o sentido do
texto, assim o pontuou:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate? Nada! Aos pobres!”

O texto divulgado pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) revela e ilustra


perfeitamente a afirmação de que "uma vírgula muda tudo."

Disponível em: http://fatoresdetextualidade.blogspot.com/2014/03/pontuacao.html Acesso em: 01 junho


2019.

ANALISANDO O TEXTO (D21/D19)

Vamos analisar esse texto do ponto de vista dos efeitos de sentido diferentes
ocasionados pela mudança da pontuação a depender de cada interesse dos
personagens.

A pontuação é a ferramenta que organiza, que sinaliza o texto que será lido,
proporcionando ao leitor a capacidade de compreender , o mais fielmente possível, o que
o autor se propôs a argumentar.

Em sendo assim, saber as regras de pontuação se torna primordial para o


desenvolvimento de um texto de fácil compreensão, tendo em vista que um texto em que
a pontuação é mal empregada acaba trazendo confusão das ideias, deixando-o
ininteligível.

De posse dessas informações, possibilite que seus alunos percebam que, pelo fato
de o bilhete original não ter nenhuma pontuação, abre-se margem para qualquer
interpretação. A depender da intenção de cada um dos personagens citados no texto, a
pontuação muda de forma que a interpretação beneficia sempre aquele que efetivou a
pontuação no bilhete. Ora, o sobrinho, a irmã, o alfaiate e o procurador, sabendo disso,
realizaram a pontuação do texto conforme seus próprios interesses.
Referências Bibliográficas:

Texto 1: Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar tútilo do RN.
Disponível em <https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/piaui-diz-ter-maior-cajueiro-
do-mundo-e-tenta-derrubar-titulo-do-rn.html>. Acesso em 01 de junho de 2019.

Texto 2: O cajueiro. In: BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José
Olímpio, 1956.

Texto 3: Headbanger que é headbanger tem que ter opinião. Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpUSVJBUy81My5naWY
=/?ref=. Acesso em 23 mai 2019.

Texto 4: Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a
conta do alfaiate nada aos pobres. Disponível em:
<http://fatoresdetextualidade.blogspot.com/2014/03/pontuacao.html> Acesso em: 01 junho
2019.
Aula
2

Caderno
do Aluno
o
9 Ano
Língua Portuguesa

CCC
v
6b
PRENDER
+
Qualificando a ação escolar
AULA 2:
AS NARRATIVAS DO NOSSO COTIDIANO E OS SENTIDOS QUE ATRIBUÍMOS A
ELAS
DESCRITORES 6, 12, 17 E 21 (MATRIZ SPAECE)
DESCRITORES 14, 20, 15 E 19 (MATRIZ SAEB)
Habilidades:
 Distinguir fato de opinião relativa ao fato;
 Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos;
 Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.;
 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.

1. Leia o texto abaixo. (D6 / D14)

O Castelo das Águias

Ana Lúcia Merege

O Castelo das Águias, romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar


especial. Localizado nas Terras Férteis de Athelgard, região habitada por homens e elfos,
abriga uma surpreendente Escola de Magia, onde os aprendizes devem se iniciar nas
artes dos bardos e dos saltimbancos antes de qualquer encanto ou ritual.
Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio de se tornar a nova Mestra
5
de Sagas do Castelo. Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento e tem a
oportunidade de conhecer pessoas como o idealizador da Escola, Mestre Camdell; Urien,
o professor de Música; Lara, uma maga frágil e enigmática, e o austero Kieran de Scyllix,
o guardião das águias que mantém um forte elo místico com os moradores do Castelo.
Enquanto se habitua à nova vida e descobre em Kieran um poço de sentimentos
10
confusos e turbulentos, uma exigência do Conselho de Guerra das Terras Férteis põe em
risco a vida e a liberdade das águias. Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-
las, desvendando uma trama de conspiração e segredos que envolvem importantes
magos do Castelo.

Disponível em: <http://www.contosfantasticos.com.br/>.


Acesso em: 10 jun. 2011. (P090124C2_SUP)
SPAECE 2015 - Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental

(P090125C2) Nesse texto, há uma opinião no trecho:


A) “... romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar especial.”. (ℓ. 1)
B) “Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio...”. (ℓ. 5)
C) “Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento...”. (ℓ. 6)
D) “Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las,...”. (ℓ. 12)

2. Leia o texto a seguir. (D6 / D14)

O craque sem idade

Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico,
um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o seguinte: de
todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.
[…] Súbito, o alto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições
5 brasileiras: entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter,
que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O
nome que crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o
do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a
baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x
10 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax
arriados encheram-se de um ar heroico, estufaram-se como nos anúncios de fortificante.
Eis a verdade: a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava
automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, bandeirinhas e os dois times
podiam ter se retirado, podiam ter ido para casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro
15 tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a
presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe
alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: a
bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro
craque. Foi o que aconteceu: a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia
20 com uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. […]
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser
um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros
ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: a partida foi
um show pessoal e intransferível.
25 E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates
acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de
34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de
Zizinho mostra o seguinte: o tempo é uma convenção que não existe [...] para o craque.
[...] Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se
30 ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar
a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo
telefone.

RODRIGUES, Nelson. Disponível em: <http://goo.gl/OcttjP>.


Acesso em: 15 out. 2013. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. Fragmento. (P090295F5_SUP)
Seape Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – Revista pedagógica – Língua Portuguesa
9º ano do Ensino Fundamental - 2015

(P090303F5) Qual trecho desse texto apresenta um fato?


A) “... o empate é o pior resultado do mundo.”. (ℓ. 2)
B) “... de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.”. (ℓ. 2-3)
C) “... a partir do momento em que se anunciou Zizinho,...”. (ℓ. 12)
D) “... a bola tem um instinto clarividente e infalível...”. (ℓ. 17-18)

3. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)

Texto 1

Dengue

A dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O
principal sintoma da doença é a febre aguda que começa repentinamente, permanecendo por 5
a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares,
seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias,
com grande número de casos.

Texto 2

Doenças

Veja abaixo as principais doenças transmitidas por pragas:

Baratas: bactérias, vírus, esporos de fungos, alergias, salmonelas, diarreia, desinteria, entre
outros.
Formigas: bactérias, vírus, infecções, entre outros.
Pulgas: peste bubônica, dermatite alérgica, virose, entre outros.
Mosquitos/Pernilongos: dengue, febre amarela, filariose, malária, entre outros.

Disponíveis em: <http://www.pragas.com.br/pragaskids/doencas/doencas.php>.


Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento. (P050491E4_SUP)
Avalia BH 2014 – Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental das Escolas da Prefeitura de Belo
Horizonte – Revista Pedagógica – Língua Portuguesa Terceiro Ciclo do Ensino Fundamental

(P050491E4) Esses textos são parecidos porque


A) apresentam doenças transmitidas por insetos.
B) definem os sintomas provocados pela dengue.
C) informam o tempo que as pessoas ficam doentes.
D) listam as doenças causadas pelas pulgas.

4. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)


Texto 1
Robôs inteligentes

Para os cientistas, robôs são máquinas planejadas para executar funções como se
fossem pessoas.
Os robôs podem, por exemplo, se movimentar por meio de rodas ou esteiras,
5 desviar de obstáculos, usar garras ou guindastes para pegar objetos e transportá-los de
um local para outro ou encaixá-los em algum lugar. Também fazem cálculos, chutam
coisas e tiram fotos ou recolhem imagens de um ambiente ou de algo que está sendo
pesquisado.
Hoje, já são utilizados para brincar, construir carros, investigar vulcões e até viajar
10 pelo espaço bisbilhotando em outros planetas.
O grande desafio dos especialistas é criar robôs que possam raciocinar e consigam
encontrar soluções para novos desafios, como se tivessem inteligência própria.

Disponível em:
<http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/ciencia/maquinas/conteudo_90106.shtml>.
Acesso em: 17 maio 2010.
Texto 2

Robótica

Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação,


que atualmente trata de sistemas compostos por máquinas e partes mecânicas
automáticas e controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos
motorizados, controlados manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos.
5 As máquinas, pode-se dizer que são vivas, mas, ao mesmo tempo, são uma
imitação da vida, não passam de fios unidos e mecanismos, isso tudo junto concebe um
robô. Cada vez mais as pessoas utilizam os robôs para suas tarefas.
Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs. Os robôs são apenas máquinas:
não sonham nem sentem e muito menos ficam cansados. Essa tecnologia, hoje adotada
10 por muitas fábricas e indústrias, tem obtido, de um modo geral, êxito em questões
levantadas sobre a redução de custos, aumento de produtividade e os vários problemas
trabalhistas com funcionários.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rotica>. Acesso em: 20 maio 2010.

(P060138B1_SUP)
AVALIA REME 2014 - AVALIAÇÃO EXTERNA DE DESEMPENHO DOS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO DE CAMPO GRANDE - REVISTA PEDAGÓGICA Língua Portuguesa - 8o ano do Ensino
Fundamental

(P060138B1) Esses dois textos informam que os robôs


A) imitam seres humanos.
B) podem fazer cálculos.
C) podem reduzir custos.
D) são criados por homens.

5. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)


Texto 1

Combate ao estresse

É possível combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma
muito gostosa... comendo! Alguns alimentos têm poder de melhorar o desempenho do
organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha dá dicas.
“A laranja, rica em vitamina C e complexo B, é um ótimo relaxante muscular e ajuda a
dar mais pique. Os pescados diminuem o cansaço e a ansiedade, graças à presença de zinco
e selênio. Uma banana por dia também é uma ótima opção, já que ela é responsável pela
sensação de bem-estar”, explica.
A Tribuna, 19 jun. 2011
Texto 1

Vida: estresse infantil

As crianças e os adolescentes sofrem os efeitos do estresse da mesma forma que os


adultos. Uma criança que esteja passando por uma situação estressante pode apresentar
sintomas de depressão, hiperatividade, ansiedade, alterações no humor [...].
Ao comparar o estresse adulto ao estresse infantil, a maior diferença está no tipo de
situação capaz de desencadear esta resposta: o fato do gás ter acabado ou você estar com o
salário atrasado não representam fontes de estresse para uma criança. […]
Por outro lado, uma simples prova, a mudança de um coleguinha ou até mesmo a
preparação para o próprio aniversário podem afetar profundamente o humor do pequenino.
A fórmula para lidar com o estresse infantil é bastante simples: basta combinar afeto
com bom-senso e perseverança, contando sempre com a ajuda do tempero mais precioso da
educação, o tempo. [...]

A Tribuna, 19 jun. 2011.

(P090601C2) Esses dois textos dão dicas de como


A) combater os efeitos do estresse.
B) comparar as formas de estresse.
C) diferenciar as causas do estresse.
D) identificar os sintomas de estresse.

6. Leia o texto abaixo. (D17 / D15)


Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica,


benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”,
perguntam os mais preocupados.
Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve
5 ocupar.
Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da
criatividade linguística de um povo.
Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte
poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra
10 uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico
dessa linguagem.
Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não.
Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social
possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.
15 Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a
sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica
baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.
E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar
perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.
20 Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria,
bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.

NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
(P090264C2_SUP)
SPAECE 2014 – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos (EJA) 2º segmento

(P090267C2) No trecho “...se você limitar sua linguagem à gíria,..” (ℓ. 18), o termo
destacado estabelece relação de
A) causa.
B) concessão.
C) condição.
D) consequência.

7. Leia o texto abaixo. (D17 / D15)

MAR MORTO

Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado.
Precisa de colo de alguém ou de boia de plástico. Mas existe um mar em que nada afunda, de
tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a
Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde deságua
o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a
superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de
comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga
ou camarão que consiga viver ali dentro. Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As
pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso
mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que
vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar
diferente! Só vendo para acreditar.

Disponível em: <www.recreioonline.com.br> Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.


(P050015A8_SUP)
Revista Escola - SAERJ – 2010 Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro

(P050016A8) No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a palavra destacada indica
A) tempo.
B) modo.
C) lugar.
D) intensidade.

8. Leia o texto a seguir. (D17 / D15)

Quatis roubam a cena em parque

Pedalinho, quadras de futebol, piscina, pista de bicicross. Que nada! A


sensação do Parque Ecológico do Tietê, na Penha (zona leste de São Paulo), são
os ativos e gulosos quatis.
Na trilha ecológica, as crianças se divertem com os bichos. E os
5 representantes da espécie Nasua nasua são nada “na deles”.
Se alguém oferece um salgadinho, os quatis querem logo o pacote inteiro. E
não adianta esconder, porque eles têm ótimo olfato. Tayná dos Santos, 14, que
diga.
Quando a Folha esteve no parque, no domingo passado, ela disputava com
um quati sua mochila incrementada. “É que eu dei uma batata frita para ele e
10
depois guardei o pacote aí dentro”, afirmou, rindo muito.
Mas logo relembrou episódios menos felizes. “Quando eu tinha cinco anos,
dei uma bolacha e levei uma mordida no dedo. Doeu muito!”.
Mais à frente na trilha, famílias domingueiras – o parque recebe cerca de 40
15 mil visitantes no fim de semana – se divertem com um bando de pelo menos 30
quatis. […].
Alimentar os quatis traz risco à saúde dos bichos e das pessoas.
A contaminação por raiva é avaliada constantemente nos animais, mas não é
possível garantir que o quati não tenha pego a doença recentemente, explica
20 Liliane Milanelo, que coordena o centro de recuperação de animais silvestres do
parque. […].
Segundo a veterinária, se as pessoas não pararem de dar comida aos quatis,
os animais poderão ser retirados do local.

Cotidiano. Folha de São Paulo, 31 out. 2010. (P090293ES_SUP)


SAEP 2012 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ – Revista Pedagógica –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental
(P090295ES) No trecho “...se as pessoas não pararem...” (ℓ. 22), a palavra destacada
indica
A) causa.
B) condição.
C) explicação.
D) tempo.

9. Leia o texto a seguir. (D21 / D19)


Disponível em: <http://migre.me/ijenV>.
Acesso em: 13 mar. 2014. (P070121F5_SUP)
SEAPE 2016 - Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – Revista do professor Língua
Portuguesa

(P070124F5) Nesse texto, no trecho “Encaixe a travessa (5) no varal...”, a palavra


“encaixe” foi usada para
A) dar uma orientação.
B) fazer um convite.
C) indicar um desejo.
D) marcar uma ordem.

10. Leia o texto a seguir. (D21 / D19)

As ondas do mar

Uma vez mais,


As ondas do mar…

Uma voz sobre as demais,


Das ondas do mar…

5 Escrevo na areia um poema,


Apagam as ondas do mar…

Me deito na esteira,
Me molham as ondas do mar…

Recebo no corpo quente


10 O carinho das ondas do mar…

Vêm e voltam espumando


alucinadas,
As ondas do mar…

Parto pra longe, mas ainda escuto,


Vejo e sinto as ondas do mar…

JOSÉ, Elias. Cantigas de adolescer. Atual. p. 55. (P060023B1_SUP)


SAEP 2012 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ – Revista Pedagógica –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental

(P060023B1) Nesse texto, a expressão “ondas do mar” é repetida para


A) mostrar como as ondas atrapalham.
B) mostrar que as ondas são cansativas.
C) indicar a frequência das ondas do mar.
D) indicar que o autor vive em uma praia.
Aula
2

Caderno do
Professor
o
9 Ano
Língua Portuguesa

CCC
v
6b
PRENDER
+
Qualificando a ação escolar
AULA 2:
AS NARRATIVAS DO NOSSO COTIDIANO E OS SENTIDOS QUE ATRIBUÍMOS A
ELAS
DESCRITORES 6, 12, 17 E 21 (MATRIZ SPAECE)
DESCRITORES 14, 20, 15 E 19 (MATRIZ SAEB)
Habilidades:
 Distinguir fato de opinião relativa ao fato;
 Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos;
 Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.;
 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.

Questões comentadas para auxiliar a atividade do professor

1. Leia o texto abaixo. (D6 / D14)

O Castelo das Águias

Ana Lúcia Merege

O Castelo das Águias, romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar


especial. Localizado nas Terras Férteis de Athelgard, região habitada por homens e elfos,
abriga uma surpreendente Escola de Magia, onde os aprendizes devem se iniciar nas
artes dos bardos e dos saltimbancos antes de qualquer encanto ou ritual.
Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio de se tornar a nova Mestra
5
de Sagas do Castelo. Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento e tem a
oportunidade de conhecer pessoas como o idealizador da Escola, Mestre Camdell; Urien,
o professor de Música; Lara, uma maga frágil e enigmática, e o austero Kieran de Scyllix,
o guardião das águias que mantém um forte elo místico com os moradores do Castelo.
Enquanto se habitua à nova vida e descobre em Kieran um poço de sentimentos
10
confusos e turbulentos, uma exigência do Conselho de Guerra das Terras Férteis põe em
risco a vida e a liberdade das águias. Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-
las, desvendando uma trama de conspiração e segredos que envolvem importantes
magos do Castelo.

Disponível em: <http://www.contosfantasticos.com.br/>.


Acesso em: 10 jun. 2011. (P090124C2_SUP)
SPAECE 2015 - Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental

(P090125C2) Nesse texto, há uma opinião no trecho:


A) “... romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar especial.”. (ℓ. 1)
B) “Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio...”. (ℓ. 5)
C) “Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento...”. (ℓ. 6)
D) “Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las,...”. (ℓ. 12)

Resolução
1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses ditas e anotar no quadro as
informações dadas pelos alunos.

2° passo
 Fazer uma leitura silenciosa e tentar, a partir dessa primeira leitura, identificar os
fatos presentes no texto;
 Após identificar os fatos, reler o texto, buscando as possíveis opiniões acerca
desses fatos, atentando para os marcadores;
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Elencar as informações identificadas pelos alunos, verificando se houve a distinção
dos fatos e das opiniões relativas a esses fatos;
 Discutir com os alunos o gênero e a função social do texto – no caso, a sinopse de
um livro, texto narrativo a partir do qual o autor apresenta um determinado tema e
seu ponto de vista.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
diferenciar um fato de uma opinião relativa a esse fato;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa de escolha correta é (A) “... romance fantástico de Ana Lúcia
Merege, é um lugar especial.”. (ℓ. 1)”. A escolha por essa alternativa demonstra que os
alunos compreenderam e perceberam as marcas de subjetividade do autor, o que
demonstra uma marca opinativa, no uso da palavra “fantástico”. Como visto, o suporte
desse item apresenta a sinopse de um livro que tem como público-alvo o juvenil. O
adjetivo “fantástico” vem expresso logo na primeira frase do texto, demonstrando a
opinião do autor acerca dessa obra. A escolha por esse adjetivo enfatiza também o fato
de o romance narrar uma história que acontece somente na imaginação, fazendo parte,
assim, da fantasia do leitor.
A escolha da alternativa (B) “Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o
desafio...”. (ℓ. 5) pelos alunos supõe que o uso da palavra juventude pode ter feito com
que os alunos tivessem a interpretação de uma opinião acerca da personagem Anna de
Bryke. O aluno pode ser levado a optar por esse item por não conhecer a protagonista,
nem a sua idade, pois não é citada na sinopse, levando-o a crer, equivocadamente, que o
substantivo juventude seja uma opinião acerca de Anna.
A escolha das alternativas (C) “Aprende os princípios da Magia da Forma e do
Pensamento...”. (ℓ. 6) e (D) “Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las,...”. (ℓ.
12) supõe que não houve a compreensão da diferenciação entre fato e opinião, uma vez
que essas frases tratam de um fato.

2. Leia o texto a seguir. (D6 / D14)


O craque sem idade

Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico,
um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o seguinte: de
todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.
[…] Súbito, o alto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições
5 brasileiras: entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter,
que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O
nome que crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o
do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a
baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x
10 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax
arriados encheram-se de um ar heroico, estufaram-se como nos anúncios de fortificante.
Eis a verdade: a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava
automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, bandeirinhas e os dois times
podiam ter se retirado, podiam ter ido para casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro
15 tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a
presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe
alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: a
bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro
craque. Foi o que aconteceu: a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia
20 com uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. […]
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser
um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros
ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: a partida foi
um show pessoal e intransferível.
25 E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates
acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de
34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de
Zizinho mostra o seguinte: o tempo é uma convenção que não existe [...] para o craque.
[...] Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se
30 ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar
a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo
telefone.

RODRIGUES, Nelson. Disponível em: <http://goo.gl/OcttjP>.


Acesso em: 15 out. 2013. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. Fragmento. (P090295F5_SUP)
Seape Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – Revista pedagógica – Língua Portuguesa
9º ano do Ensino Fundamental - 2015

(P090303F5) Qual trecho desse texto apresenta um fato?


A) “... o empate é o pior resultado do mundo.”. (ℓ. 2)
B) “... de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.”. (ℓ. 2-3)
C) “... a partir do momento em que se anunciou Zizinho,...”. (ℓ. 12)
D) “... a bola tem um instinto clarividente e infalível...”. (ℓ. 17-18)

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses ditas e anotar no quadro as informações
dadas pelos alunos.

2° passo
 Fazer uma leitura silenciosa e tentar, a partir dessa primeira leitura, identificar os
fatos presentes no texto;
 Após identificar os fatos, reler o texto, buscando as possíveis opiniões acerca
desses fatos, atentando para os marcadores.
 Verificar se há, no texto, palavras desconhecidas do vocabulário dos alunos;
 Elencar as informações identificadas pelos alunos, verificando se houve a distinção
dos fatos e das opiniões relativas a esses fatos;
 Discutir com os alunos o gênero e a função social do texto – no caso, uma crônica
esportiva, texto narrativo a partir do qual o cronista pode selecionar um aspecto
(uma pessoa, um fato, algo que lhe chame atenção) e abordá-lo de forma
espontânea, com subjetividade.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
diferenciar um fato de uma opinião relativa a esse fato;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa correta é (C) “... a partir do momento em que se anunciou
Zizinho...”. A escolha dessa alternativa demonstra que os alunos perceberam as marcas
opinativas em contraposição às ações ou fatos. Pede-se, assim, que o aluno esteja atento
e aponte das alternativas dadas aquela que é composta apenas por um fato. Como visto,
o suporte desse item apresenta uma crônica esportiva, narrando a participação decisiva
de um jogador da seleção brasileira de futebol em uma partida contra a equipe do
Paraguai. Para tanto, é importante que o professor leia, juntamente com os alunos, o
texto, pausando a leitura para fazer a análise das opiniões apresentadas.
A escolha da alternativa (A) “...o empate é o pior resultado do mundo supõe que
não houve a devida compreensão de um fato. O aluno possivelmente não reconheceu a
marca de subjetividade no trecho “é o pior resultado do mundo”. O adjetivo ‘pior’ atribuído
ao resultado devido ao empate é uma marca expressa pelo autor do texto, definindo sua
opinião acerca desse assunto.
A alternativa (B) “... de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.” supõe
que o aluno não identificou o termo “exasperante” como algo que denote a subjetividade
do autor do texto. Possivelmente, o aluno não percebeu o uso desse adjetivo como uma
informação que carrega a opinião do autor.
A alternativa (D)“... a bola tem um instinto clarividente e infalível...”, assim como a
alternativa anterior, também carrega suas marcas de subjetividade, evidenciando, assim,
a opinião do autor.

3. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)

Texto 1

Dengue

A dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O
principal sintoma da doença é a febre aguda que começa repentinamente, permanecendo por 5
a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares,
seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias,
com grande número de casos.

Texto 2

Doenças

Veja abaixo as principais doenças transmitidas por pragas:

Baratas: bactérias, vírus, esporos de fungos, alergias, salmonelas, diarreia, desinteria, entre
outros.
Formigas: bactérias, vírus, infecções, entre outros.
Pulgas: peste bubônica, dermatite alérgica, virose, entre outros.
Mosquitos/Pernilongos: dengue, febre amarela, filariose, malária, entre outros.

Disponíveis em: <http://www.pragas.com.br/pragaskids/doencas/doencas.php>.


Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento. (P050491E4_SUP)
Avalia BH 2014 – Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental das Escolas da Prefeitura de Belo
Horizonte – Revista Pedagógica – Língua Portuguesa Terceiro Ciclo do Ensino Fundamental

(P050491E4) Esses textos são parecidos porque


A) apresentam doenças transmitidas por insetos.
B) definem os sintomas provocados pela dengue.
C) informam o tempo que as pessoas ficam doentes.
D) listam as doenças causadas pelas pulgas.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título dos textos e levantar hipóteses acerca de seus
temas e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
 Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os à
abordagem dos temas;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa correta é (A) “apresentam doenças transmitidas por insetos.”. A
escolha por essa alternativa demonstra que os alunos fizeram uma leitura atenta e
compreenderam que os dois textos apresentam dados a respeito de doenças transmitidas
por insetos, sendo que, no texto 1, o foco é a dengue, e no texto 2, algumas doenças
transmitidas por vários insetos, porém o comando do item busca o que há de comum
entre os textos.
A escolha da alternativa (B) “definem os sintomas provocados pela dengue.”
demonstra que os alunos fizeram uma leitura focada nas informações contidas no
primeiro texto. Possivelmente, esse aluno leu o título do segundo texto “Doenças” e não
percebeu que se tratava de doenças transmitidas por outros insetos.
A escolha da alternativa (C) “informam o tempo que as pessoas ficam doentes.”
supõe que o aluno não fez uma leitura atenta do segundo texto, uma vez que essa
informação está contida apenas no texto 1.
A escolha da alternativa (D) “listam as doenças causadas pelas pulgas.”
demonstra que os alunos não compreenderam a predominância das informações contidas
no texto, demonstrando uma atenção maior ao texto 2, uma vez que a alternativa expõe
as doenças que são causadas pelas pulgas.

4. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)


Texto 1
Robôs inteligentes

Para os cientistas, robôs são máquinas planejadas para executar funções como se
fossem pessoas.
Os robôs podem, por exemplo, se movimentar por meio de rodas ou esteiras,
5 desviar de obstáculos, usar garras ou guindastes para pegar objetos e transportá-los de
um local para outro ou encaixá-los em algum lugar. Também fazem cálculos, chutam
coisas e tiram fotos ou recolhem imagens de um ambiente ou de algo que está sendo
pesquisado.
Hoje, já são utilizados para brincar, construir carros, investigar vulcões e até viajar
10 pelo espaço bisbilhotando em outros planetas.
O grande desafio dos especialistas é criar robôs que possam raciocinar e consigam
encontrar soluções para novos desafios, como se tivessem inteligência própria.

Disponível em:
<http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/ciencia/maquinas/conteudo_90106.shtml>.
Acesso em: 17 maio 2010.
Texto 2
Robótica

Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação,


que atualmente trata de sistemas compostos por máquinas e partes mecânicas
automáticas e controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos
motorizados, controlados manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos.
5 As máquinas, pode-se dizer que são vivas, mas, ao mesmo tempo, são uma
imitação da vida, não passam de fios unidos e mecanismos, isso tudo junto concebe um
robô. Cada vez mais as pessoas utilizam os robôs para suas tarefas.
Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs. Os robôs são apenas máquinas:
não sonham nem sentem e muito menos ficam cansados. Essa tecnologia, hoje adotada
10 por muitas fábricas e indústrias, tem obtido, de um modo geral, êxito em questões
levantadas sobre a redução de custos, aumento de produtividade e os vários problemas
trabalhistas com funcionários.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rotica>. Acesso em: 20 maio 2010.

(P060138B1_SUP)
AVALIA REME 2014 - AVALIAÇÃO EXTERNA DE DESEMPENHO DOS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO DE CAMPO GRANDE - REVISTA PEDAGÓGICA Língua Portuguesa - 8o ano do Ensino
Fundamental

(P060138B1) Esses dois textos informam que os robôs


A) imitam seres humanos.
B) podem fazer cálculos.
C) podem reduzir custos.
D) são criados por homens.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
 Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas;
 Estabelecer as relações que se tem entre dois textos.
3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
abordagem dos temas;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa correta é (A) “imitam seres humanos.”. A escolha por essa
alternativa demonstra que os alunos compreenderam que os dois textos tratam de
informações específicas sobre robôs, em especial a capacidade deles de se comportarem
como seres humanos. No primeiro texto, pode-se evidenciar explicitamente essa
comparação nas linhas 1 e 2, e no segundo texto essa informação aparece de forma
implícita nas linhas 5 e 6.
A escolha da alternativa (B) “podem fazer cálculos.” supõe que os alunos fizeram
uma leitura superficial e desatenta do texto, pois o aluno atentou apenas para umas das
funções que os robôs exercem, informação contida apenas no texto 1.
A escolha da alternativa (C) “podem reduzir custos.” supõe que os alunos tiveram
dificuldade em compreender cada um dos textos, assimilando o que se tem em comum.
Os alunos que marcaram essa alternativa atentaram apenas para uma das informações
contidas apenas no texto 2.
A escolha da alternativa (D) “são criados por homens.” supõe que os alunos, assim
como na escolha da alternativa anterior, fizeram uma leitura superficial e desatenta dos
textos, pois esta é uma informação contida apenas no texto 1.

5. Leia os textos abaixo. (D12 / D20)


Texto 1

Combate ao estresse

É possível combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma
muito gostosa... comendo! Alguns alimentos têm poder de melhorar o desempenho do
organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha dá dicas.
“A laranja, rica em vitamina C e complexo B, é um ótimo relaxante muscular e ajuda a
dar mais pique. Os pescados diminuem o cansaço e a ansiedade, graças à presença de zinco
e selênio. Uma banana por dia também é uma ótima opção, já que ela é responsável pela
sensação de bem-estar”, explica.
A Tribuna, 19 jun. 2011
Texto 1

Vida: estresse infantil

As crianças e os adolescentes sofrem os efeitos do estresse da mesma forma que os


adultos. Uma criança que esteja passando por uma situação estressante pode apresentar
sintomas de depressão, hiperatividade, ansiedade, alterações no humor [...].
Ao comparar o estresse adulto ao estresse infantil, a maior diferença está no tipo de
situação capaz de desencadear esta resposta: o fato do gás ter acabado ou você estar com o
salário atrasado não representam fontes de estresse para uma criança. […]
Por outro lado, uma simples prova, a mudança de um coleguinha ou até mesmo a
preparação para o próprio aniversário podem afetar profundamente o humor do pequenino.
A fórmula para lidar com o estresse infantil é bastante simples: basta combinar afeto
com bom-senso e perseverança, contando sempre com a ajuda do tempero mais precioso da
educação, o tempo. [...]

A Tribuna, 19 jun. 2011.

(P090601C2) Esses dois textos dão dicas de como


A) combater os efeitos do estresse.
B) comparar as formas de estresse.
C) diferenciar as causas do estresse.
D) identificar os sintomas de estresse.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
 Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas;
 Estabelecer as relações que se tem entre dois textos e como estão sendo tratadas.
3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os à
abordagem dos temas;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa correta é (A) “combater os efeitos do estresse.”. A escolha por
essa alternativa demonstra que os alunos compreenderam a temática abordada em cada
um dos textos, sendo capazes de compará-los e de identificar as semelhanças e/ou
diferenças em suas escritas. Os títulos dos dois textos já sinalizam a temática abordada,
diante disso, espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer qual aspecto referente a
esse problema está presente no texto. Após a leitura e análise dos dois textos, percebe-se
que o texto 1 aborda a alimentação como forma de combate ao estresse e o texto 2
relaciona-se ao estresse infantil, apresentando dicas de atitudes para se evitar esse mal.
Dessa forma, quem marcou a opção A foi capaz de reconhecer que o que se tem em
comum em relação aos dois textos são as formas de combate ao estresse.
A escolha da alternativa (B) “comparar as formas de estresse” supõe que os alunos
se prenderam a informações contidas apenas no texto 2. Possivelmente, o aluno se
atentou para o início do segundo parágrafo “Ao comparar o estresse adulto ao estresse
infantil” sem perceber que no texto 1 não há comparações entre as formas de estresse.
A escolha da alternativa (C) “diferenciar as causas do estresse.”, assim como na
alternativa B, é uma característica presente apenas no texto 2. Durante a leitura do
segundo texto, percebe-se que o autor cita as causas do estresse em crianças e adultos:
informações não encontradas no primeiro texto.
A escolha da alternativa (D) “identificar os sintomas de estresse.” supõe que os
alunos, assim como nas demais alternativas erradas, fizeram uma leitura superficial e
desatenta dos textos, pois esta é uma informação contida apenas no texto 2.

6. Leia o texto abaixo. (D17 / D15)


Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica,


benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”,
perguntam os mais preocupados.
Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve
5 ocupar.
Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da
criatividade linguística de um povo.
Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte
poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra
10 uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico
dessa linguagem.
Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não.
Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social
possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.
15 Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a
sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica
baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.
E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar
perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.
20 Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria,
bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.

NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
(P090264C2_SUP)
SPAECE 2014 – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos (EJA) 2º segmento

(P090267C2) No trecho “...se você limitar sua linguagem à gíria,..” (ℓ. 18), o termo
destacado estabelece relação de
A) causa.
B) concessão.
C) condição.
D) consequência.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
 Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios etc., formando uma
unidade de sentido.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A alternativa correta é a (C) “condição.”. A escolha por essa alternativa demonstra
que o aluno compreendeu o sentido da conjunção “se”, ou seja, houve a compreensão de
que o uso de gírias é a condição para a perda da referência do uso padrão formal da
língua. Ao optar pela letra C, o aluno, possivelmente, entendeu que as conjunções são
classificadas de acordo com o tipo de relação que estabelecem.
A escolha da alternativa (A) “causa.” pressupõe que o aluno pode ter associado o
uso das gírias a uma causa para o perigo de se limitar a linguagem padrão. O aluno que
optou por essa alternativa não diferenciou uma oração que é causa da ocorrência da
oração principal de uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da
principal.
A escolha da alternativa (B) “concessão.” pelos alunos supõe que eles podem ter
entendido uma condição contrária ao uso de gírias, mas que não impede o seu uso.
Ressalte-se que essa relação não está no trecho selecionado. Os alunos que optaram por
essa alternativa demonstram que não diferenciaram com clareza uma oração que
expressa uma ideia contrária à da principal, sem que haja empecilho para sua realização,
de uma oração condicional.
A escolha da alternativa (D) “consequência.” pressupõe que o aluno relacionou o
termo “... pode ficar viciado e acabar perdendo...” como uma possível consequência do
uso da gíria, uma vez que as orações consecutivas exprimem um fato que é
consequência do que se declara na oração principal, o que não condiz com o sentido da
oração condicional.

7. Leia o texto abaixo. (D17 / D15)

MAR MORTO

Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado.
Precisa de colo de alguém ou de boia de plástico. Mas existe um mar em que nada afunda, de
tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a
Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde deságua
o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a
superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de
comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga
ou camarão que consiga viver ali dentro. Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As
pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso
mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que
vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar
diferente! Só vendo para acreditar.

Disponível em: <www.recreioonline.com.br> Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.


(P050015A8_SUP)
Revista Escola - SAERJ – 2010 Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro

(P050016A8) No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a palavra destacada indica
A) tempo.
B) modo.
C) lugar.
D) intensidade.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
 Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios etc., formando uma
unidade de sentido.
 Verificar se o aluno reconhece o valor semântico de lugar expresso por um
advérbio.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A resposta correta é (C) “lugar.” A escolha dessa alternativa demonstra que o
aluno reconheceu o valor semântico de lugar expresso por um advérbio. Como esse item
avalia a competência de estabelecer relações lógico-discursivas, espera-se que o aluno
tenha desenvolvido as habilidades necessárias para se estabelecer relações que
contribuem para a continuidade, progressão de um texto, fatores que garantem a sua
textualidade (coesão e coerência). Em se tratando do advérbio, é importante que os
alunos percebam que esses podem modificar ou fornecer mais detalhes sobre outras
palavras, que eles funcionam como modificadores de um verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio, exprimindo circunstância de tempo, modo, lugar, causa, afirmação, negação,
qualidade etc. Para reconhecer a circunstância de lugar, basta observar se o trecho em
análise responde a pergunta ‘onde?’, por exemplo, “… que consiga viver ONDE?” Se a
resposta for satisfatória, é sinal de que realmente exprime a ideia de lugar.
A escolha pela alternativa (A) “tempo.” demonstra que o aluno desconhece o
sentido apresentado pelo advérbio “ali”, uma vez que estabelecer relação de tempo
fornece uma informação temporal, ou seja, dados que nos auxiliam, por exemplo, a
responder perguntas como: “Quando aconteceu tal ação? Ontem, anteontem, sábado...”
A escolha pela alternativa (B) “modo.” supõe que o aluno não entendeu o que foi
pedido pelo item e não conseguiu perceber o valor semântico nem de modo nem de lugar.
O advérbio de modo indica a maneira como foi realizada determinada ação (bem, mal,
depressa, devagar, cuidadosamente, calmamente, tristemente etc). Assim, o advérbio “ali”
não expressa modo, mas refere-se ao lugar que foi citado no texto.
A escolha pela alternativa (D) “intensidade.” pressupõe que o aluno atentou,
equivocadamente, para a expressão “É tanto sal” que dá início ao período cujo fragmento
foi tirado para essa questão. É certo que ‘tanto’ é um intensificador nessa expressão, mas
não é o foco da análise nesse item.

8. Leia o texto a seguir. (D17 / D15)

Quatis roubam a cena em parque

Pedalinho, quadras de futebol, piscina, pista de bicicross. Que nada! A


sensação do Parque Ecológico do Tietê, na Penha (zona leste de São Paulo), são
os ativos e gulosos quatis.
Na trilha ecológica, as crianças se divertem com os bichos. E os
5 representantes da espécie Nasua nasua são nada “na deles”.
Se alguém oferece um salgadinho, os quatis querem logo o pacote inteiro. E
não adianta esconder, porque eles têm ótimo olfato. Tayná dos Santos, 14, que
diga.
Quando a Folha esteve no parque, no domingo passado, ela disputava com
10
um quati sua mochila incrementada. “É que eu dei uma batata frita para ele e
depois guardei o pacote aí dentro”, afirmou, rindo muito.
Mas logo relembrou episódios menos felizes. “Quando eu tinha cinco anos,
dei uma bolacha e levei uma mordida no dedo. Doeu muito!”.
Mais à frente na trilha, famílias domingueiras – o parque recebe cerca de 40
15 mil visitantes no fim de semana – se divertem com um bando de pelo menos 30
quatis. […].
Alimentar os quatis traz risco à saúde dos bichos e das pessoas.
A contaminação por raiva é avaliada constantemente nos animais, mas não é
possível garantir que o quati não tenha pego a doença recentemente, explica
20
Liliane Milanelo, que coordena o centro de recuperação de animais silvestres do
parque. […].
Segundo a veterinária, se as pessoas não pararem de dar comida aos quatis,
os animais poderão ser retirados do local.

Cotidiano. Folha de São Paulo, 31 out. 2010. (P090293ES_SUP)


SAEP 2012 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ – Revista Pedagógica –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental

(P090295ES) No trecho “...se as pessoas não pararem...” (ℓ. 22), a palavra destacada
indica
A) causa.
B) condição.
C) explicação.
D) tempo.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
 Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto marcadas pelas conjunções, explicando sua funcionalidade e quais os
sentidos que elas dão ao texto;
 Verificar se o aluno reconhece no texto o valor expresso pelas conjunções.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A resposta correta é (B) “condição.” A escolha dessa alternativa demonstra que o
aluno reconheceu o valor expresso pela conjunção, indicando uma hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado um fato principal, ou seja, a condição para
os quatis permanecerem no local é que as pessoas parem de alimentá-los.
A escolha pela alternativa (A) “causa.” pressupõe que o aluno equivocadamente
tomou a oração em destaque como a causa de os animais serem retirados do parque,
uma vez que essa conjunção introduz uma oração que é causa da ocorrência da oração
principal, enquanto a oração condicional introduz uma oração que indica a hipótese ou a
condição para ocorrência da principal.
A escolha pela alternativa (C) “explicação.” pressupõe que o aluno desconsiderou a
conjunção e o seu contexto. Possivelmente, foram guiados pelo trecho que inicia o
parágrafo “Segundo a veterinária”, associando equivocadamente a conjunção ‘se’ como
explicativa. Nessa alternativa, o aluno não analisou corretamente a oração em destaque,
uma vez que a oração explicativa expressa uma explicação da ideia iniciada na primeira
oração, o que não acontece na frase avaliada pela questão.
A escolha pela alternativa (D) “tempo.” demonstra que o aluno desconhece o
sentido apresentado pela conjunção temporal, uma vez que estabelecer relação de tempo
fornece uma informação indicadora de circunstância de tempo.

9. Leia o texto a seguir. (D21 / D19)


Disponível em: <http://migre.me/ijenV>.
Acesso em: 13 mar. 2014. (P070121F5_SUP)
SEAPE 2016 - Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – Revista do professor Língua
Portuguesa

(P070124F5) Nesse texto, no trecho “Encaixe a travessa (5) no varal...”, a palavra


“encaixe” foi usada para
A) dar uma orientação.
B) fazer um convite.
C) indicar um desejo.
D) marcar uma ordem.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir da leitura do título e das imagens do texto e levantar
hipóteses acerca de seu tema e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Identificar se as informações ditas pelos alunos correspondem às informações
contidas no texto;
 Discutir acerca das características de um texto injuntivo/instrucional, verificando se
as informações contidas no texto condizem com o que foi dito pelos alunos.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
perceberem como os elementos textuais instruem o leitor;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A resposta correta é (A) “dar uma orientação.”. A escolha por essa alternativa
demonstra que o aluno compreendeu o efeito de sentido decorrente de recursos
morfossintáticos, como o uso do verbo no imperativo, presente nesse texto instrucional
cuja finalidade é dar uma orientação acerca da montagem do carrinho de mão. O texto
instrucional tem esse caráter de instruir o leitor. Tem como principal função informar,
orientar, ajudar, aconselhar, recomendar e propor.
A escolha da alternativa (B) “fazer um convite.” pressupõe que há um
desconhecimento por parte dos alunos acerca dos tipos de textos e gêneros textuais, uma
vez que, assim como do tipo instrutivo, o convite e quaisquer outros gêneros também têm
características que lhes são peculiares. Possivelmente, o aluno não atentou para os
aspectos que classificam um convite e que este tem como finalidade convidar pessoas
para eventos como aniversário, casamento, formatura, encontros etc, enquanto que o
texto instrutivo orienta sobre o manuseio de algo.
A escolha da alternativa (C) “indicar um desejo.” pressupõe que não houve uma
compreensão acerca do tipo de texto pelo aluno. O texto em questão é injuntivo e não
abre espaço para a subjetividade, para o hipotético. Outra observação é que os verbos
nesse tipo de texto são usados, em sua maioria, no imperativo e quando
manifestamos/indicamos um desejo, em sua maioria, usamos o verbo no subjuntivo,
exprimindo, assim, uma ação possível que ainda não foi realizada.
A escolha da alternativa (D) “marcar uma ordem.” pelos alunos pressupõe que ele
não atentou para a diferenciação entre o texto injuntivo e prescritivo, embora ambos
tenham como finalidade a instrução do leitor. Enquanto o texto injuntivo orienta, instrui,
induz o leitor a agir de determinada forma, o texto prescritivo não permite a liberdade de
atuação do leitor, apresentando um caráter coercitivo, sendo utilizado em cláusulas
contratuais, leis, códigos, constituição, editais,…

10. Leia o texto a seguir. (D21 / D19)


As ondas do mar

Uma vez mais,


As ondas do mar…

Uma voz sobre as demais,


Das ondas do mar…

5 Escrevo na areia um poema,


Apagam as ondas do mar…

Me deito na esteira,
Me molham as ondas do mar…

Recebo no corpo quente


10 O carinho das ondas do mar…

Vêm e voltam espumando


alucinadas,
As ondas do mar…

Parto pra longe, mas ainda escuto,


Vejo e sinto as ondas do mar…

JOSÉ, Elias. Cantigas de adolescer. Atual. p. 55. (P060023B1_SUP)


SAEP 2012 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ – Revista Pedagógica –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental

(P060023B1) Nesse texto, a expressão “ondas do mar” é repetida para


A) mostrar como as ondas atrapalham.
B) mostrar que as ondas são cansativas.
C) indicar a frequência das ondas do mar.
D) indicar que o autor vive em uma praia.

Resolução

1° passo
 Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
 Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.

2° passo
 Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
 Identificar se as informações ditas pelos alunos correspondem às informações
contidas no texto;
 Discutir acerca das características de um poema, atentando para a sequência de
ações nos versos.

3° passo
 Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
 Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os na
identificação das ações citadas no texto;
 Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
 Explicar o equívoco das demais alternativas.

Comentário
A resposta correta é (C) “indicar a frequência das ondas do mar.”. A escolha
dessa alternativa demonstra que os alunos compreenderam o efeito de sentido provocado
pelo recurso estilístico da repetição no conteúdo do poema. Essa repetição tenta
reproduzir o movimento das ondas, que vai e vêm, indicando a frequência das mesmas.
A escolha da alternativa (A) “mostrar como as ondas atrapalham.” pelos alunos,
possivelmente se deu por uma interpretação da terceira estrofe, momento em que o poeta
escreve na areia e as ondas apagam o que foi escrito. Ao optar por essa alternativa, o
aluno não analisou o recurso estilístico e nem fez uma interpretação do poema como um
todo. O fato de as ondas apagarem o que foi escrito na areia pelo poeta, pode ter
causado uma interpretação equivocada de que as ondas atrapalham.
A escolha da alternativa (B) “mostrar que as ondas são cansativas.” supõe que o
aluno possa ter interpretado as ondas como cansativas por conta da repetição desse
verso ao final de cada estrofe, o aluno pode ter interpretado essa repetição como
enfadonha.
A escolha da alternativa (D) “indicar que o autor vive em uma praia.” supõe que o
aluno fez uma inferência geral do texto, não levando em conta o seu recurso estilístico.
Em se tratar de um contato direto com o mar, o aluno possivelmente supôs que o poeta
vive em uma praia.

Você também pode gostar