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1. (Ueg 2016) Leia o excerto e observe a pintura para responder à questão.

[...]

E indo a dizer o mais, cai num desmaio.


Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo;
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as salsas escumas desce ao fundo.
Mas na onda do mar, que, irado, freme,
Tornando a aparecer desde o profundo,
– Ah! Diogo cruel! – disse com mágoa, –
e sem mais vista ser, sorveu-se na água.

DURÃO, Frei José de Santa Rita. Caramuru. In: Hernâni Cidade – Santa Rita Durão.
Rio de Janeiro: Agir, 1957. p. 88.

Verifica-se, entre a pintura e o excerto apresentados, uma relação intertextual, na medida em


que ambos tematizam
a) a morte, que se dá de forma gradativa no fragmento e de um modo direto na pintura.
b) a solidão, que se dá de maneira prolixa no fragmento e de forma abstrata na pintura.
c) o grotesco, que se dá de modo objetivo no excerto e de maneira indireta na pintura.
d) a gratidão, que se dá de maneira paradoxal no excerto e de modo incisivo na pintura.
e) o ódio, que se dá de maneira simplista no fragmento e de maneira obscura na pintura.

2. (Enem 2021) Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre poema épico
brasileiro, a filiação à estética romântica manifesta-se na
a) exaltação do retrato fiel da beleza feminina.
b) tematização da fragilidade humana diante da morte.
c) ressignificação de obras do cânone literário nacional.
d) representação dramática e idealizada do corpo da índia.
e) oposição entre a condição humana e a natureza primitiva.

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3. (Uem 2023) Sobre o poema a seguir, sobre seu autor e sobre o Romantismo, assinale o que
for correto.

Minha desgraça

Minha desgraça, não, não é ser poeta,


Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta,
Tratar-me como trata-se um boneco...

Não é andar de cotovelos rotos,


Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem m’o dera!) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,


O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.

AZEVEDO, A. de. Melhores poemas. 6 ed. São Pulo: Global, 2003. p. 83


01) O eu lírico confidencia para a “cândida donzela” o motivo da sua “desgraça”, que consiste
no fato de não ter inspiração para escrever um poema. E, embora sua musa seja um “anjo
de Deus”, seu amor não tem eco, e ela o trata como “um boneco”.
02) Trata-se de um poema condoreiro que busca resgatar o passado histórico brasileiro por
meio da denúncia de uma sociedade opressora na qual impera a desigualdade: “andar de
cotovelos rotos, / Ter duro como pedra o travesseiro...”. O eu lírico defende a criação de
uma nova civilização.
04) Principal representante do ultrarromantismo no Brasil, Álvares de Azevedo cultivou uma
poesia marcada pelo pessimismo, pela subjetividade, pelo exagero, e chegou ao
endeusamento do eu.
08) A idealização da mulher, uma das marcas da escola romântica, é apresentada nas palavras
que compõem o vocativo “ó cândida donzela”. O soneto, cuja métrica é heptassilábica
(redondilha maior), apresenta, ainda, versos brancos: “O que faz que o meu peito assim
blasfema, / É ter para escrever todo um poema”.
16) A segunda geração do Romantismo brasileiro, também denominada byroniana ou do mal
do século, primou pela temática da solidão, pela melancolia pelo sofrimento, levando o eu
lírico à evasão da realidade.

4. (Pucgo Medicina 2023) Leia o fragmento do texto retirado da obra O romantismo no Brasil,
de Antonio Candido:

Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado
mais vivo depois da Independência. Então, o Romantismo apareceu aos poucos como caminho
favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos
que permitiam afirmar o particularismo e, portanto, a identidade, em oposição à Metrópole,
identificada com a tradição clássica. Assim surgiu algo novo: a noção de que no Brasil havia
uma produção literária com características próprias, que agora seria definida e descrita como
justificativa da reivindicação de autonomia espiritual.

(CANDIDO, Antonio. O romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas; FFLCH-SP, 2002. p. 20.
Adaptado.)

Sobre os aspectos particulares do Romantismo brasileiro, analise as afirmativas a seguir:

I. A Primeira Geração Romântica tem na figura do índio a representação típica do herói.


II. Na prosa romântica, as narrativas de fundo histórico pretendiam promover a consolidação de
uma estética empenhada na construção do passado nacional.
III. No Brasil, a corrente romântica insere-se em um contexto histórico permeado pela luta em

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favor da abolição da escravidão e em meio ao movimento pela independência do País.


IV. Temas como a exaltação da figura feminina e o sofrimento existencial são típicos da
produção dos autores da Terceira Geração romântica.

Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens indicam todas
as afirmações corretas em relação ao Romantismo brasileiro:
a) I, II e III apenas.
b) I, III e IV apenas.
c) II e IV apenas.
d) I e IV apenas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder à(s) quest(ões).

O tempo e suas medidas

1O homem vive dentro do tempo, o tempo que ele preenche, mede, avalia, ama e teme.
Para marcar a passagem e as medidas do tempo, inventou o relógio. A palavra vem do latim
horologium, e 2se refere a um quadrante do céu que os antigos aprenderam a observar para se
orientarem no tempo e no espaço. 3Os artefatos construídos para medir a passagem do tempo
sofreram ao longo dos séculos uma grande evolução. No início 4o Sol era a referência natural
para a separação entre o dia e a noite, mas depois os relógios solares foram seguidos de
outros que vieram a utilizar o escoamento de líquidos, de areia, ou a queima de fluidos, até
chegar aos dispositivos mecânicos que originaram as pêndulas. 5Com a eletrônica, surgiram os
relógios de quartzo e de césio, aposentando os chamados “relógios de corda”. O mostrador
digital que está no seu pulso ou no seu celular tem muita história: tudo teria começado com a
haste vertical ao sol, que projetava sua sombra num plano horizontal demarcado. 6A ampulheta
e a clepsidra são as simpáticas bisavós das atuais engenhocas eletrônicas, e até hoje intrigam
e divertem crianças de todas as idades.
7Mas a evolução dos maquinismos humanos 8que dividem e medem as horas não

suprimiu nem diminuiu a preocupação dos homens com o Tempo, 9essa entidade implacável,
sempre a lembrar a condição da nossa mortalidade. Na mitologia grega, o deus Chronos era o
senhor do tempo que se podia medir, por isso chamado “cronológico”, 10a fluir
incessantemente. No entanto, 11a memória e a imaginação humanas criam tempos outros: uma
autobiografia recupera o passado, a ficção científica pretende vislumbrar o futuro. No Brasil,
muito da força de um 12José Lins do Rego, de um Manuel Bandeira ou de um Pedro Nava vem
do memorialismo artisticamente trabalhado. A própria história nacional 13sofre os efeitos de
uma intervenção no passado: escritores românticos, logo depois da Independência, sentiram
necessidade de emprestar ao país um passado glorioso, e recorreram às idealizações do
Indianismo.
No cinema, uma das homenagens mais bonitas ao tempo passado é a do filme
Amarcord (“eu me recordo”, em dialeto italiano), do cineasta Federico Fellini. São lembranças
pessoais de uma época dura, quando o fascismo crescia e dominava a Itália. Já um tempo
futuro terrivelmente sombrio é projetado no filme “Blade Runner, o caçador de androides”, do
diretor Ridley Scott, no cenário futurista de uma metrópole caótica.
Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se
para a poesia: o tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz
estrelado por Judy Garland e eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris. Aliás, a arte da
música é, sempre, uma habitação especial do tempo: as notas combinam-se, ritmam e
produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.
São diferentes as qualidades do tempo e as circunstâncias de seus respectivos
relógios: há o “relógio biológico”, que regula o ritmo do nosso corpo; há o “relógio de ponto”,
que controla a presença do trabalhador numa empresa; e há a necessidade de “acertar os
relógios”, para combinar uma ação em grupo; há o desafio de “correr contra o relógio”,
obrigando-nos à pressa; e há quem “seja como um relógio”, quando extremamente pontual.
14Por vezes barateamos o sentido do tempo, 15tornando-o uma espécie de vazio a

preencher: é quando fazemos algo para “passar o tempo”, e apelamos para um jogo, uma
brincadeira, um “passatempo” como as palavras cruzadas. Em compensação, nas horas de
grande expectativa, queixamo-nos de que “o tempo não passa”. “Tempo é dinheiro” é o lema
dos capitalistas e investidores e dos operadores da Bolsa; e é uma obsessão para os atletas

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olímpicos em busca de recordes.


Nos relógios primitivos, nos cronômetros sofisticados, nos sinos das velhas igrejas, no
pulsar do coração e da pressão das artérias, a expressão do tempo se confunde com a
evidência mesma do que é vivo. No tic-tac da pêndula de um relógio de sala, na casa da avó,
os netinhos ouvem inconscientemente o tempo passar. O Big Ben londrino marcou horas
terríveis sob o bombardeio nazista. Na passagem de um ano para outro, contamos os últimos
dez segundos cantando e festejando, na esperança de um novo tempo, de um ano melhor.

(Péricles Alcântara, inédito)

5. (Puccamp 2016) Costuma-se reconhecer que o Indianismo, na nossa literatura, é marcado


por idealizações que emprestam uma espécie de glória artificial ao nosso passado como
Colônia. Tais idealizações

I. consistem, basicamente, em atribuir aos nossos silvícolas atitudes e valores herdados da


aristocracia medieval, caros ao ideário romântico.
II. processam-se com base em fidedignos documentos históricos, nos quais há registro
detalhado dos usos e costumes das várias nações indígenas.
III. ocorreram como reação às tendências nacionalistas do nosso Romantismo, que
valorizavam sobretudo a vida urbana e os valores burgueses.

Atende ao enunciado o que está em


a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, apenas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Canção do exílio

(Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;

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Sem qu’inda aviste as palmeiras,


Onde canta o Sabiá.

Coimbra, julho de 1843

(BARBOSA, Frederico (Org.). Clássicos da poesia brasileira – antologia da poesia brasileira


anterior ao Modernismo. São Paulo: O Estado de São Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.)

6. (Epcar (Afa) 2023) Gonçalves Dias é um profundo conhecedor da língua brasileira, sabendo
usá-la com grande proveito poético.
Considerando esse fato, assinale a alternativa correta quanto à composição da primeira estrofe
da “Canção do exílio”.
a) A ausência de adjetivos dificulta a idealização romântica da terra brasileira.
b) O emprego de verbos diferentes (“gorjear” e “cantar”) tem o objetivo de separar as aves de
uma terra e de outra.
c) A delimitação de espaços opostos é marcada pelos advérbios “aqui” e “lá”.
d) Os substantivos “aves” e “Sabiá” são empregados como sinônimos.

7. (Ufjf-pism 2 2015) Texto I

Meu pobre leito! eu amo-te contudo!

Aqui levei sonhando noites belas;


As longas horas olvidei libando
Ardentes gotas de licor dourado,
Esqueci-as no fumo, na leitura
Das páginas lascivas do romance...

Meu leito juvenil, da minha vida


És a página d’oiro. Em teu asilo
Eu sonho-me poeta e sou ditoso...
E a mente errante devaneia em mundos
Que esmalta a fantasia! Oh! quantas vezes
Do levante no sol entre odaliscas
Momentos não passei que valem vidas!
Quanta música ouvi que me encantava!
Quantas virgens amei! que Margaridas,
Que Elviras saudosas e Clarissas,
Mais trêmulo que Faust, eu não beijava...
Mais feliz que Don Juan e Lovelace
Não apertei ao peito desmaiando!
Ó meus sonhos de amor e mocidade,
Porque ser tão formosos, se devíeis
Me abandonar tão cedo... e eu acordava
Arquejando a beijar meu travesseiro?

AZEVEDO, Álvares. Ideias íntimas. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 208.

Texto II

Domingo na estrada

(...)
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura
humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o
braço de homem, no fundo escuro da casa desbeiçada, erguendo a garrafa.

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Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres,


com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é
também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças; no riso largo,
nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em
um dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade repartindo-
a com todos, do meritíssimo doutor juiz de direito aos presos da cadeia, que assistem atrás de
grades ou por informação, e tomam conhecimento do gol do seu clube pelo ruído particular dos
foguetes. As moças vão também, salve ó moças! Já não têm nenhum ar especificamente
montanhês, o cabelo aparado em pontas irregulares, a calça comprida e justa
internacionalizaram há muito o tipo feminino, as garotas não são mais da França, da Turquia
ou do Ceará, são todas de capa de revista, e mesmo assim continuam sendo a bem-
aventurança e o licor da terra, e passam chispando no caminhão Fenemê, e desacatam o
policial do posto da divisa, e vão entoando o sagrado nome do clube e a vitória certa.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neorromânticos que
exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza
de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar
água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a exortação enérgica:
– Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit…
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra
da goiabeira, dormindo na manhã de Minas Gerais…

ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,
1963, p. 55-57.

Explique, levando em conta a comparação entre os Textos I e II, de que maneira a passagem
“Não é patético como o dos poetas neorromânticos que exploram o gênero...”, presente no
Texto II, representa uma crítica dos modernistas ao Romantismo.

8. (Enem 2022) A escrava

– Admira-me –, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-me até


pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no
século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando
a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação
inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
– Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah!
Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira
abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes
o abutre que a corrói constantemente!... Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro
que a destrói?
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a
decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o
escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.

REIS, M. F. Úrsula outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.

Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade


nacional no século XIX ao
a) revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas escravizadas.
b) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.
c) sugerir práticas de violência física e moral em nome do progresso material.
d) relacionar o declínio da produção agrícola e comercial a questões raciais.
e) ironizar o comportamento dos proprietários de terra na exploração do trabalho.

9. (Ufsc 2013) Leia.

Este último passo acabou de desorientar completamente o Leonardo: ainda bem não tinham
expirado as últimas notas do canto, e já, passando-lhe rápido pela mente um turbilhão de

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ideias, admirava-se ele de como é que havia podido inclinar-se por um só instante a Luisinha,
menina sensaborona e esquisita, quando haviam no mundo mulheres como Vidinha.
Decididamente estava apaixonado por esta última.
O leitor não se deve admirar disto, pois não temos cessado de repetir-lhe que o Leonardo
herdara de seu pai aquela grande cópia de fluido amoroso que era a sua principal
característica. Com esta herança parece porém que tinha ele tido também uma outra, e era 1a
de lhe sobrevir sempre uma contrariedade em casos semelhantes. 2José Manuel fora a
primeira; vejamos agora qual era, ou antes quem era a segunda.
Se o leitor pensou no que há pouco dissemos, isto é, que naquela família haviam três primos e
três primas, e se agora acrescentarmos que moravam todos juntos, deve ter cismado alguma
coisa a respeito. Três primos e três primas, morando na mesma casa, todos moços... não há
nada mais natural; um primo para cada prima, e está tudo arranjado. Cumpre porém ainda
observar que o amigo do Leonardo tomara conta de uma das primas, e que deste modo vinha
a haver três primos para duas primas, isto é, o excesso de um primo. À vista disto o negócio já
se torna mais complicado. Pois para encurtar razão, saiba-se que haviam dois primos
pretendentes a uma só prima, e essa era Vidinha, a mais bonita de todas; saiba-se mais que
um era atendido e outro desprezado: logo, o amigo Leonardo terá desta vez de lutar com duas
contrariedades em vez de uma.

ALMEIDA, M. A. Memórias de um sargento de milícias. 24. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 101-
102.

Com base no texto, na leitura do romance Memórias de um sargento de milícias e no contexto


do Romantismo brasileiro, marque a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) Da mesma forma que em outros romances românticos, temos em Memórias de um
sargento de milícias a figura do herói idealizado, apresentado como um homem puro,
corajoso e de princípios morais elevados.
02) Uma importante característica romântica, o final feliz, não se verifica em Memórias de um
sargento de milícias, uma vez que Luisinha casa com José Manuel, e Leonardo acaba
sozinho. Por outro lado, a história cumpre à risca o projeto romântico no que diz respeito à
crítica que faz à falsa moral da burguesia.
04) O texto sugere a inconstância dos amores de Leonardo apresentada ao longo do romance:
o rapaz, que antes sofria por amor a Luisinha, apaixona-se por Vidinha logo após conhecê-
la. Pouco depois, tem um relacionamento com a amante do Toma-largura. Por fim, casa-se
com Luisinha.
08) Caso a oração reduzida de infinitivo “a de lhe sobrevir sempre uma contrariedade em casos
semelhantes” (ref. 1) fosse reescrita como uma oração desenvolvida, teríamos “a de que
lhe sobrevinha sempre uma contrariedade em casos semelhantes”.
16) No trecho “José Manuel fora a primeira” (ref. 2), temos um desvio na concordância nominal,
porque o adjetivo primeira deveria estar no masculino, de forma a concordar com José
Manuel.

10. (Uem-pas 2022) Com base no texto a seguir e na produção poética de Gonçalves Dias,
assinale o que for correto.

O canto do guerreiro

I
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra lidar.
– Ouvi-me, Guerreiros.
– Ouvi meu cantar.

II
Valente na guerra
Quem há, como eu sou?

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Quem vibra o tacape


Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
– Guerreiros, ouvi-me;
– Quem há, como eu sou?
[...]

V
Na caça ou na lide,
Quem há que me afronte?!
A onça raivosa
Meus passos conhece,
O imigo estremece,
E a ave medrosa
Se esconde no céu.
– Quem há mais valente,
– Mais destro do que eu?

VI
Se as matas estrujo
Co’ os sons do boré,
Mil arcos se encurvam,
Mil setas lá voam,
Mil gritos reboam.
Mil homens de pé
Eis surgem, respondem
Aos sons do boré!
– Quem é mais valente,
– Mais forte quem é?
[...]

DIAS, G. Melhores poemas. Seleção de José Carlos Garbuglio. 7 ed. São Paulo: Global. 2001.
p. 19-20.

VOCABULÁRIO:
lidar: lutar em batalha.
tacape: arma indígena de ataque, clava.
lide: trabalho penoso, labuta, luta, combate.
imigo: inimigo.
dextro: que usa preferencialmente a mão direita.
estrujo: estrugir; soar ou vibrar fortemente, estrondear, retumbar.
boré: etimologia tupi; ‘espécie de flauta indígena’.

01) Escrito em forma de soneto, o poema exalta a pátria ao mesmo tempo em que enaltece o
exército defensor dela e, em particular, o cavaleiro medieval, como afirma o verso “Valente
na guerra”.
02) O autor emprega recursos da expressão poética, tais como anáforas (“Quem há”; “Quem
vibra”), hipérbatos (“Mais forte quem é?”; “A onça raivosa/Meus passos conhece”; “Quem
golpes daria”), hipérboles (“Mil arcos se encurvam”; “Mil gritos reboam.”), assonâncias
(“Façanhas de bravos”).
04) O poema pertence à primeira fase do Romantismo brasileiro, da qual Gonçalves Dias é um
dos grandes representantes. Com versos melódicos estruturados em redondilhas menores
e uma linguagem simples e acessível, explora marcas nacionalistas e indianistas.
08) Lembrando a filosofia do “bom selvagem”, de Jean-Jacques Rousseau, que consistia em
afirmar que o ser humano nasce naturalmente bom, mas é corrompido pela civilização, o
índio representado nos poemas de Gonçalves Dias é ingênuo, puro, corajoso, valente, fiel,
nobre, honrado, heroicizado.

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16) A natureza funciona apenas como cenário para o desenvolvimento das batalhas travadas
pelos heróis nacionais. O poeta, cujo pseudônimo literário é Boré, explora o bucolismo em
que a tranquilidade e a harmonia são contrapostas ao dinamismo urbano. A vida simples é
exaltada como estado ideal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


As variedades linguísticas brasileiras são diversas à medida da extensão territorial do País.
Considere o texto seguinte, que apresenta uma dessas variedades.

— Vancê já sabe, nha Lainha, que eu ‘tou na mente de lhe pedir; alguém já lhe havéra de ter
contado.
Ela avermelhou toda:
— É: eu sube mesmo.
— Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer, si d’aqui por diante eu fico no direito de falar
p’r’o seu véio no negócio, e também si já não é tempo de ir comprando a roupinha, a louça, a
trastaria dûa casa.
— Isso ‘ta no seu querer.
— Mas vancê casa antão comigo de tuda a sua vontade, não tem nem um no pensamento?
— Não tenho, nho Vicente. Eu não incubro a ideia de casar c’o Réimundo, e ele também queria
casar comigo. Agora, dêsque ele faltou c’a promessa, eu não tenho prisão por ninguém.

(Silveira , Valdomiro. Constância. In: Os caboclos: conto. Rio de Janeiro; Brasília: Civilização
Brasileira; INL, 1975. Adaptado.)

11. (Ifsp 2013) Assinale a interpretação correta de acordo com o texto.


a) “Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer” – Vicente queria que Lainha repetisse para si
mesma algo.
b) “Eu não incubro a ideia de casar c’o Réimundo” – Lainha não esconderia de Vicente a
intenção de Réimundo em tomá-la como esposa.
c) “não tem nem um no pensamento” – Lainha não pensava em ninguém melhor que Vicente
para ser seu esposo.
d) “Agora, dêsque ele faltou c’a promessa” – Réimundo não fez a promessa que deveria ter
feito a Lainha.
e) “eu não tenho prisão por ninguém.” – Lainha afirmou não ter compromisso com ninguém.

12. (Puccamp Medicina 2022) Através da catequese, a Companhia de Jesus contemplou no


indígena a matéria-prima de uma nova sociedade. Mas a organização rival - o patriarcado
agricultor - enxergou no Índio apenas o elemento de uma função historicamente necessária: o
trabalho escravo.

O excerto acima, do crítico José Guilherme Merquior, fala de uma contradição de interesses
que
a) se manifestou no início do Romantismo, quando estabelecidas as condições políticas para a
nossa independência.
b) perdurou ao longo do século XIX, manifestando-se de forma exemplar no estilo conflitivo da
literatura barroca.
c) marcou o início do processo colonial, muito antes de o indígena ser retomado pelos autores
românticos, agora como figura e raiz mítica da nova nação.
d) foi explorada com crueza pelos autores cientificistas do Naturalismo, que não pouparam
críticas às violências do processo colonial.
e) só se aplacou no período do Realismo, com a contratação de imigrantes europeus que
viabilizou a idealização do indígena e o fim do trabalho escravo.

13. (Pucgo Medicina 2022) Leia o fragmento do texto O romantismo no Brasil, a seguir:

Na verdade, o Romantismo teve aqui [no Brasil] uma significação bastante diversa da que teve
na Europa. Enquanto visão de mundo, ele viverá um processo de ajuste e adaptação. Os
nossos autores, os melhores, souberam aproveitar dele os elementos que serviam mais bem
aos seus propósitos e deixaram outros de lado. Essa era a primeira tarefa dos nossos

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estudantes que iam formar-se na Europa e tomavam contato com o que chamavam de “a nova
poesia” ou “a poesia moderna”. [...]

(RONCARI, L. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. 2. ed. São
Paulo: Edusp/FDE, 1995, p. 288-289.)

Acerca do Romantismo brasileiro, considere as proposições a seguir:

I. Na poesia da Primeira Geração, destacam-se os indianistas, a exemplo de Gonçalves Dias.


II. Um dos traços da Segunda Geração, a denúncia social, encontra em Castro Alves um de
seus nomes mais representativos.
III. À Segunda Geração, vinculam-se características como o “mal do século”, o culto da morte e
o pessimismo.

Sobre os itens apresentados, assinale a única alternativa correta:


a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.

14. (Uem-pas 2021) Com base no texto abaixo e na produção poética de Álvares de Azevedo,
assinale o que for correto.

Namoro a cavalo

Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça


Que rege minha vida malfadada,
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.

Alugo (três mil réis) por uma tarde


Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
À minha namorada na janela...

Todo o meu ordenado vai-se em flores


E em lindas folhas de papel bordado,
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado.

Morro pela menina, junto dela


Nem ouso suspirar de acanhamento...
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a Comédia – em casamento...

Ontem tinha chovido... Que desgraça!


Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
Mas lá vai senão quando uma carroça
Minhas roupas tafuis encheu de lama...

Eu não desanimei. Se Dom Quixote


No Rossinante erguendo a larga espada
Nunca voltou de medo, eu, mais valente,
Fui mesmo sujo ver a namorada...

Mas eis que no passar pelo sobrado,


Onde habita nas lojas minha bela,
Por ver-me tão lodoso ela irritada
Bateu-me sobre as ventas a janela...

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O cavalo ignorante de namoros


Entre dentes tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula, e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada...

Dei ao diabo os namoros. Escovado


Meu chapéu que sofrera no pagode,
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.

Circunstância agravante. A calça inglesa


Rasgou-se no cair de meio a meio,
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!...

(AZEVEDO, A. de. Melhores poemas. Seleção Antonio Candido. São Paulo: Global, p. 79-81.)

Vocabulário
malfadado: desafortunado.
esparrela: cilada, engano.
taful: traje velho.
Rossinante: nome do cavalo de D. Quixote.

01) O poema apresenta características recorrentes na geração ultrarromântica, da qual o poeta


Álvares de Azevedo é um dos mais importantes. A idealização do amor e o anseio pela
relação amorosa, que mais cedo ou mais tarde sempre se concretizam, são algumas
dessas marcas.
02) Seguindo o padrão da poesia romântica, o eu lírico possui diversas virtudes que remetem
ao perfil dos cavaleiros medievais, admirados por seus feitos ousados e sempre cobiçados
pelas donzelas. O verso “Todo o meu ordenado vai-se em flores” reitera a imagem do galã
que não mede esforços para cativar seu amor, motivo pelo qual logo colherá seus frutos.
04) O poema afasta-se das características recorrentes na poesia da segunda geração
romântica, uma vez que rompe com a imagem do amor idealizado. A tentativa frustrada do
galanteio amoroso, bem como as caracterizações do eu lírico fogem ao padrão romântico
convencional, mais afetado, sentimental.
08) O poema é composto por dez estrofes com a presença de rimas entre o segundo e o
quarto versos de cada estrofe. As estrofes são compostas por versos brancos e versos
rimados, de forma alternada.
16) Álvares de Azevedo, poeta inserido na segunda geração da poesia romântica brasileira, é
considerado o precursor da poesia simbolista no país ao trabalhar com versos brancos –
que se definem pela ausência de regularidade métrica. O poema em questão, composto
com versos eneassílabos, decassílabos e endecassílabos, é fecundo exemplo disso.

15. (Uem 2020) Sobre o poema “Meu anjo”, de Álvares de Azevedo, e sobre a obra em que se
insere, assinale o que for correto.

Meu anjo tem o encanto, a maravilha


Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pelo sedoso dos arminhos.

Triste de noite na janela a vejo


E de seus lábios o gemido escuto.
É leve a criatura vaporosa
Como a froixa fumaça de um charuto.

Parece até que sobre a fronte angélica


um anjo lhe depôs coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos

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Mais bela no vapor do meu cachimbo.

Como o vinho espanhol, um beijo dela


Entorna ao sangue a luz do paraíso.
Dá morte num desdém, num beijo a vida,
E celestes desmaios num sorriso!

Não quis a minha sina que seu peito


Não batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fumaça de um charuto!

AZEVEDO, A de. Melhores poemas, São Paulo: Global, 2003.

Vocabulário:
arminhos: coisa macia, fofa e delicada.
froixa: frouxa.
nimbo: auréola, nuvem de chuva, nuvem que envolve os deuses, auréola de santo.
entornar: virar, fazer cair, emborcar despejando seu conteúdo.
01) Considerado um poeta ultrarromântico, Álvares de Azevedo trabalha, nesse poema, a
temática da evasão para a fantasia e para o sonho, negligenciando temas caros ao
Romantismo, como a questão do índio.
02) No poema transcrito, o eu lírico aborda a questão do amor e do encantamento pela mulher,
oscilando entre a idealização (“anjo”) e a sensualidade (“Tem os seios tão alvos, tão
macios”).
04) O encantamento do eu lírico é por uma prostituta, que ele chama de “anjo”, utilizando de
um eufemismo para tratar as cortesãs do século XIX. O tema do poema, portanto, é o da
redenção romântica pelo arrependimento e pelo isolamento da mulher amada.
08) O poema acima se enquadra nas temáticas azevedianas do amor idealizado, irreal, das
virgens ingênuas, das mulheres misteriosas, apresentadas comumente por meio do sonho
e da evasão, cujo exemplo, nesse poema, pode ser observado nas nuvens da fumaça dos
charutos.
16) A poesia de Álvares de Azevedo caracteriza-se pela irregularidade e pela liberdade formal,
como recusa à tendência monótona do verso cantante. Essa liberdade pode ser observada,
nesse poema, por meio do uso da métrica regular (versos decassílabos), do ritmo
constante (com predomínio de versos heroicos, com acentuação na sexta e na décima
sílabas métricas) e por meio da própria disposição gráfica do poema, desenhado por meio
de cinco quartetos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

Os poetas do nosso Romantismo atestam diferentes estações do nosso nacionalismo e das


ideias, dominantes ou libertárias, que vicejaram ao longo do século XIX. Há em Gonçalves Dias
uma exaltação do índio, que não hesitou em dotar de algumas virtudes aristocráticas
caprichosamente combinadas com as da vida natural; há em Castro Alves o voo de condor
para ideais humanistas, em combate aos horrores da escravidão. Mesmo o lirismo intimista de
um Álvares de Azevedo não deixa de ecoar algo dos mestres europeus que, como Byron ou
Victor Hugo, ampliam os contornos da vida subjetiva para que ela venha a ocupar o centro de
um palco público, interpretando sentimentos e aspirações da época.

DOMIGUES, Alaor, inédito.

16. (Puccamp 2018) Do quadro apresentado nesse texto, depreende-se que nossa poesia
romântica:
a) não apenas mostrou sua independência em relação aos modelos europeus como, de fato,
chegou a superá-los.

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b) manifestou-se qual um painel de temas, estilos e ideias capazes de representar variadas


gamas do Romantismo.
c) direcionou-se sobretudo para o fortalecimento do nosso desejo de emancipação do domínio
estrangeiro.
d) aferrou-se aos domínios da subjetividade, deixando em segundo plano os ideais
propriamente históricos.
e) os temas libertários universais foram abraçados sem que neles se divisasse a presença de
qualquer inflexão local.

17. (Uerj 2016) Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas,
neste período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários
incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do
povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia e
o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?

José de Alencar, prefácio a Sonhos d’ouro, 1872.


Adaptado de ebooksbrasil.org.

De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século


XIX, estava vinculada ao processo de:
a) promoção da cultura letrada
b) integração do mundo lusófono
c) valorização da miscigenação étnica
d) particularização da língua portuguesa

18. Observe a imagem abaixo para responder a próxima questão:

Considerando que Victor Hugo foi um renomado escritor do Romantismo, explique sobre
qual(is) características desse movimento Artístico-Literário o meme faz referência

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