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ESCOLA ESTADUAL MARIA JOSÉ

CLUBE DE CIÊNCIAS

ANAURILÂNDIA – MS
2016
ESCOLA ESTADUAL MARIA JOSÉ

CLUBE DE CIÊNCIAS

Projeto desenvolvido pelo


Profº. Renato Ribeiro (Progelab),
pelas alunas Mariana Santos e
Camila Fernandes do 2ºAno do
Ensino Médio.

ANAURILÂNDIA – MS
2016
A ciência explica a natureza e cria novos mundos que não percebemos com
nossos sentidos.
Marcelo Gleiser
Introdução
Percebe-se atualmente uma clara deficiência no aprendizado dos alunos do Ensino
Médio, no tocante às chamadas Ciências (Física e Química principalmente).
Isto se reflete nos resultados das avaliações das escolas básicas do Brasil, nos
vestibulares e no ENEM. As razões para este problema são temas de estudos para
pesquisadores da área de ensino de Ciências. Algumas são, porém, consenso nesta
comunidade. Ensino distante da realidade e do cotidiano do aluno, falta de
professores pesquisadores de sua prática, baixos salários, necessidade de os
professores atuarem em várias escolas, baixa carga horária para cumprir um programa, e
as restrições para aplicar novas estratégias de ensino, estão entre elas. Apesar
do esforço de alguns professores, a competição com atividades de lazer, e com outras
distrações, os estudantes ainda consideram essas disciplinas difíceis e distantes da
realidade de seu dia a dia.
Hoje se exige que a escola forme alunos-cidadãos, conscientes e críticos,
pois é preciso prepará-lo, para agirem com cidadania, interferindo ativamente em
sua comunidade. Eles devem ser capazes de se inserir na sociedade, de participar dela e
de contribuírem para seu progresso (BRASIL, 1998; BRASIL 2002; PARANÁ,
2005). Dessa forma, exige-se mais do professor, do que simplesmente repassar
informações; exige-se, pois, conhecimento de cultura científica, da importância da
ciência no desenvolvimento da sociedade, do contexto interdisciplinar e de seus
temas transversais, que emergem, em consequência do desenvolvimento científico.
O professor deve conhecer os alunos e a sua comunidade, pois o processo de ensino
aprendizagem deve partir do conhecimento trazido por eles, fruto de suas experiências
de vida, em seu contexto social, e de sua cultura.
A existência de um ambiente de discussão, de estudo e de debate da ciência,
afastado da rigidez da sala de aula é de fundamental importância, pois o domínio da
cultura científica é instrumento indispensável à participação política e cidadã. Não há
como participar de uma sociedade, como agente de transformação, sem uma ciência
básica. Trata-se de condição essencial, para formar pessoas criativas e participativas,
capazes de atuarem na sociedade. Assim, um Clube de Ciências tem a finalidade de
criar esse ambiente, tendo como base a ciência, a tecnologia, a sociedade e meio
ambiente, já que as questões científicas não estão isoladas do contexto social,
político, ambiental e econômico dos estudantes

Justificativa
É inegável a dificuldade que os alunos de Ensino Médio e Fundamental
apresentam quanto à possibilidade de correlacionar os assuntos científicos com
suas vivências, aqui entendidas como experiências escolares, cotidianas, sociais e
culturais. Freitas (2003) e Krasilchik (2005) concordam que a ciência e o cotidiano
são culturas interligadas, mas que esta ligação muitas vezes não é visível para os
estudantes.
A criação de um espaço que possibilite aos alunos contribuírem de forma
autônoma e supervisionada implica em um desenvolvimento interativo, participativo
e organizacional que não só garante a construção do conhecimento cientifico, mas
também com a versatilidade, criatividade e soluções de problemas, desenvolvendo-
se assim, habilidades e competências intelectuais e comportamentais.
Assim, a criação e manutenção de um Clube de Ciências torna-se essencial ao
desenvolvimento de novas exigências sociais, em que os alunos vivenciam algo que lhes
chame a atenção ou mesmo que possa ser incorporado ao seu cotidiano, de forma
interativa e coletiva, passando de reprodutores e assimiladores de informações para
participantes, críticos e agentes ativos na formação e utilização de conhecimentos
científicos.

Objetivos
-Incentivar a pesquisa desenvolvendo atividades extras (como experimentos) e
contribuindo com o acesso ao conhecimento científico de forma ativa e crítica,
interligando esses assuntos às suas experiências e vivências

Público Alvo
Alunos do Ensino Fundamental e Médio da E. E. Maria José em Anaurilândia –
MS.
Metodologia
As atividades do Clube de Ciências ocorrerão uma vez por semana ou
quinzenalmente em contra turno no Laboratório de Ciências da Escola Estadual Maria
José, no segundo semestre de 2016, para isso serão agendadas aulas em que o laboratório
estiver ocioso, as atividades serão orientadas por três monitoras do Ensino Médio sob a
orientação do Progelab, estas são responsáveis em repassar o experimento aos alunos
participantes do Clube de Ciências, durante toda a atividade devem ser feitos registros em
cadernos individuais pelos alunos conforme modelo de relatório, todas as atividades serão
acompanhadas pelo Progelab. Havendo necessidade o grupo será dividido para que as
atividades possam ser melhor acompanhadas.

Recursos
Os recursos materiais são bastante variáveis de acordo com os experimentos
escolhidos pelos alunos e pelos monitores para realmente serem elaborados.

Resultados e Discussão
Como produções finais deste projeto, espera-se um pequeno relatório (evidenciando
a importância do experimento e sua correlação com fundamentos científicos), a
elaboração do experimento em si.

Considerações Finais
Com base no que já foi trabalhado no Clube de Ciências, podemos afirmar que foi
possível estabelecer conexões com o que foi visto em sala de aula, complementando o
conteúdo proposto pelo professor. Por se tratar de um grupo em que há alunos do ensino
fundamental e médio trabalhando juntos existe uma troca de experiências que terá como
consequência um melhor interesse pelas ciências e consequente melhora nas avaliações
como o ENEM e vestibulares.

Avaliação
Por ser um projeto paralelo à grade escolar, não deverá haver uma avaliação que
influencie as notas curriculares, positiva ou negativamente. Porém, como já explica
Hoffman (2005),todo processo de ensino necessita de uma avaliação, para se poder
compreender o desenvolvimento obtido por parte dos alunos e professores.
A auto-avaliação, portanto, cobre estes fatores. Os alunos podem responder
um questionário evidenciando o quanto aprenderam ou evoluíram do ponto de vista de
dado conhecimento. Além disto, podem avaliar os monitores, fornecendo um feedback
para este. Perguntas sobre o projeto em si também devem ser incluídas, pois os
próprios alunos podem sugerir alternativas interessantes para o enriquecimento do
projeto.

Referências

FASOLO, P.; MORAES, R. Apostando no aluno. In: MANCUSO, R.; LIMA, V. M. R.;
BANDEIRA, V. Clubes de Ciências: criação, funcionamento, dinamização. Porto Alegre:
SE/CECIRS, 1996

BARBOSA, EDUARDO FERNANDES; MOURA, DÁCIO. Trabalhando com


Projetos –Planejamento e Gestão de Projetos Educacionais. Editora Vozes, São Paulo,
2005.

ANDRADE, Karen A.; COSTA, Maria C. Dias. Clube de Ciências e Cultura: uma
integração escola e sociedade. Revista Eletrônica Trabalho e Educação em
Perspectiva, Belo Horizonte, n.2, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental


Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:
ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998. 139 p.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Média e


Tecnológica. PCN + ensino médio: orientações educacionais complementares aos
parâmetros curriculares nacionais: ciências da natureza, matemática e suas
tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. 144 p.

FANTÁSTICO. Disponível em: <http://fantastico.globo.com/Jornalismo/


Fantastico/0,,AA1679423-4005,00.html>

DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural: múltiplos olhares sobre


a educação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p.136-161.

APRENDA BIO, disponível em


http://www.aprenda.bio.br, acesso em 07/08/2016
Anexos: Algumas atividades realizadas

Figura 1. Uma das monitoras testando o experimento.

Figura 2. Repassando o experimento para os alunos.


Figura 3.Monitoras aprendendo a manusear o microscópio

Figura 4.Experimento: Presença de Amido nos Alimentos

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