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William R. Downing
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Traduzido do original em Inglês
A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)
An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary
By W. R. Downing • Copyright © 2008
Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida
em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.
As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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O Propósito de Deus
Por William R. Downing
Efésios 1:11: “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predesti-
nados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua
vontade”.
Romanos 8:28-30: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predes-
tinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que
justificou a estes também glorificou”.
Veja também: Salmos 115:3; Isaías 46:9-11; Romanos 11:33-36; Efésios 1:3-14; 2:1-10;
Apocalipse 4:11.
Comentário
Deus como uma Pessoa com personalidade distinta é um Ser com propósito e determina-
ção. Como o próprio Deus é infinito, eminente e eterno, o Seu propósito em relação a Sua
criação é necessariamente um propósito todo-inclusivo e eterno. Assim como Sua persona-
lidade é infinitamente sábia e inteligente, Seu propósito deve ser semelhante.
As Escrituras revelam que Deus “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade”,
isto é, que Ele propôs ou predeterminou todas as coisas. Isso é conhecido como pré-
ordenação ou predestinação. Por definição “predestinação” significa “determinar o destino
de antemão”. O termo tem um uso triplo na Escritura referindo-se: primeiro ao propósito
abrangente e eterno de Deus (Efésios 1:11); segundo ao Seu propósito soteriológico (per-
tencente a salvação) (Romanos 8:28-31; 9:1-24; Efésios 1:3-14); e terceiro ao propósito
escatológico realizado na glorificação do crente e conformidade final para com a imagem
de Cristo (Romanos 8:29).
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O uso abrangente do termo pode ser descrito como o eterno (Isaías 46:9-10; Atos 15:18; 1
Pedro 1:20; Apocalipse 4:11), o imutável (Isaías 14:24; 46:11; Provérbios 19:21), o todo-
inclusivo (Atos 17:25, 28; Efésios 1:11; Apocalipse 4:11), o onisciente (Jr 51:15; Romanos
11:33-35;16:27; Efésios 3:10-11; 1 Timóteo 1:17; Judas 25), o justo (Isaías 45:21; Sofonias
3:5; Romanos 9:14), o santo (Êxodo 15:11; Isaías 57:15) e o amoroso (Romanos 8:38-39;
Efésios 1:3-5) decreto ou propósito de Deus (Isaías 14:24; Daniel 4:17, 24; Efésios 1:11),
por meio do qual, desde a eternidade, de dentro de Si mesmo (Salmos 115:3; Daniel 4:35;
Romanos 11:33-36; Efésios 1:5, 9) e para a Sua própria glória (1 Crônicas 29:11-13; Efésios
1:3-6, 12-14; Apocalipse 4:11), Ele determinou tudo o que acontece (Romanos 11:33-36;
Colossenses 1:17; Hebreus 1:3; Neemias 9:6).
A doutrina bíblica da predestinação é uma verdade mui gloriosa, mui misteriosa, e, contudo,
intensamente prática. Como parte da revelação Divina, a predestinação deve ser conheci-
da, estudada e acreditada (Atos 20:20, 26-27). Ela preserva a relação Criador-criatura que
permeia as Escrituras. A predestinação é a fonte de toda a graça, dando à livre e soberana
graça Sua natureza gloriosa e caráter distinto (Romanos 11:5-6; Efésios 1:3-11, 2:1-10). É
a expressão do soberano, eterno e imutável amor de Deus para com os Seus, e é o próprio
fundamento da confiança do crente e certeza da salvação (Deuteronômio 7:6-8; Romanos
8:28-39; Efésios 1:13-14; 1 Pedro 1:3-5; 18-20; 1 João 4:9-10, 19). A predestinação é a
fonte bíblica de toda a ousadia, encorajamento e conforto na aflição (Romanos 8:28-39; 1
Coríntios 15:58; Gálatas 6:7-9; Efésios 2:8-10). Corretamente entendida, é um incentivo
adequado para a santidade bíblica e ação responsável (Efésios 1:4; 2:8-10; Filipenses 1:29;
2:12-13; 2 Tessalonicenses 2:13; 1 Pedro 1:1-2; 1 João 2:28-3:3). Devemos lembrar sempre
que, nas Escrituras, Deus ordenou os meios, bem como ordenou também os fins. Veja as
Perguntas 67 e 68.
O suposto “Problema do Mal” deve ser considerado. Isso pode ser estabelecido nos seguin-
tes termos: “Como pode o mal existir em um universo criado e governado por um Deus
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todo-poderoso e benevolente (inerente e completamente bom)?”. Este “problema” é mais
psicológico do que lógico, teológico ou filosófico. O homem preferiria envolver Deus e suas
ações na questão do que se submeter a Deus em completa confiança, mesmo sendo esse
um Deus benevolente no contexto de Sua onipotência e justiça (Romanos 9:11-24). Essa
questão é grandemente um assunto de incredulidade diante do testemunho bíblico concer-
nente ao propósito e paciência de Deus, no cumprimento de Seu eterno propósito. Mas
continua a ser uma questão frequentemente lembrada como uma refutação aos crentes em
geral, e àqueles que sustentam a soberania Divina bíblica em particular.
Primeiro, se o mal existe (e ele de fato existe como uma realidade triste e terrível),
então, não há nenhum Deus onipotente (todo-poderoso) e benevolente — o argumen-
to do ateu.
Segundo, o mal existe, e, portanto, se Deus existe, Ele deve ser ou limitado em Seu
poder ou arbitrário em Seu caráter moral — o argumento dos que defendem um
conceito não-bíblico (pagão) de Deus.
Terceiro, o mal existe, portanto, há mais de um único Deus, ou há forças iguais (o bem
e o mal) em conflito. Este é o argumento não-bíblico (pagão) daqueles que postulam
um dualismo (um “deus bom” e um “deus mau” ou forças opostas ou princípios do bem
e do mal iguais) em conflito pelo controle do universo.
Quarto, o mal não existe, exceto como uma ilusão no nosso pensamento humano —
a visão de alguns cultos ocidentais e religiões orientais (por exemplo, da Ciência Cristã
(Christian Science) e o Budismo). Isto faria qualquer distinção final entre o bem e o
mal arbitrária e, portanto, nega a autoconsistência moral do caráter Divino.
Esta afirmação final é a única visão que pode ser consistentemente alinhada com o ensino
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das Escrituras (por exemplo: Gênesis 50:20; Juízes 2:15; 9:23; 1 Samuel 16:14; 2 Reis
22:16; Salmos 76:10; Isaías 10:5-15; 45:7; Amós 3:6; Atos 4:27-28; Romanos 8:28; 9:11-
21). Qualquer outra visão, decorre de raciocínio humanista pecaminoso, e, assim, questio-
nador de Deus e de Suas ações (Romanos 9:19-21), procura apontar uma incoerência
(inconsistência) nas Escrituras e no sistema Cristão. Essas visões negam a Deus e o Seu
poder sobre o mal ou limitam Deus e procuram rebaixá-lO até o nível finito (Romanos 1:21-
25) e destruir Sua soberania e autoconsistência moral — e assim qualquer fundamento sufi-
ciente ou consistente para coerência Divina.
Além disso, ao considerar o problema do mal, alguém deve levar em conta a realidade do
tempo. O que poderia ser considerado como o mal no contexto da realidade passada ou
presente pode mais tarde vir a ser grande bênção ou resultar em tal (Gênesis 42:36, 50:20;
Atos 4:27-28; Romanos 8:28-31). Finalmente, apenas se Deus está no controle absoluto do
mal é que Ele pode ordená-lo para o bem, e nós podemos confiar no propósito, profecias e
promessas de Sua Palavra.
ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos
ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
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para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo