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A Trindade

O Pai, o Filho e o
Espírito Santo
William R. Downing
.
Traduzido do original em Inglês
A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)
An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary
By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS


Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)
Publicações Impressas nos Estados Unidos da América
ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida
em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro


Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento
Edição Inicial por Calvin G. Gardner
Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida
Edição Final e Capa por William Teixeira
Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e


PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©
2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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A Trindade: O Pai, o Filho, e o Espírito Santo
Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte III]

Pergunta 23: O que as Escrituras ensinam sobre a natureza da Divindade?


Resposta: As Escrituras ensinam que há um único Deus que existe eternamente em Três
Pessoas.

Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, O Senhor nosso Deus é o único Senhor”.

Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

Veja também: Gênesis 1:1-3; 26-28; Isaías 44:6-8, 1 Coríntios 8:4-6; Colossenses 2:9; 1
Timóteo 3:16.

Comentário

O termo “Trindade” deriva do Latim trinitas, de tres, três, e uno, um. A Trindade ou Tri-
Unidade de Deus é um grande mistério. É uma verdade Divinamente revelada porque ela
só é revelada nas Escrituras e é recebida pela fé. Não existe qualquer analogia (verdade
ou ilustração correspondente) encontrada na criação. Qualquer tentativa de ilustrar a
Trindade ou Tri-Unidade de Deus a partir da criação necessariamente falhará.

A verdade da Trindade pode ser vista como é apresentada a partir das Escrituras em quatro
afirmações: Deus, o Pai é Deus (Mateus 11:25). Deus, o Filho (o Senhor Jesus Cristo) é
Deus (Isaías 9:6; João 1:1-3, 14, 18; Colossenses 2:9). Deus, o Espírito Santo é Deus
(Gênesis 1:1-2; Atos 5:3-4; 2 Coríntios 3:17). Há um único Deus (Deuteronômio 6:4; Isaías
44:6-8; 1 Coríntios 8:4-6).

Existem dois termos teológicos com os quais devemos estar familiarizados — a Trindade
Ontológica e a Econômica. Essas são duas únicas maneiras de ver a Trindade por causa
da nossa compreensão finita. A palavra “ontológico” significa “ser” (Gr. ontos, “ser”), e
refere-se às Pessoas da Divindade em Suas essências e a relação de uma para com a
outra. A palavra “econômica” (Gr. oikonomia, “economia”) significa “gestão” ou “administra-
ção”, e refere-se às Pessoas da Triuna Divindade em Sua cooperação unificada nas obras

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da Criação, da Redenção e da Providência. A terminologia “Trindade Ontológica” significa
que Deus tem existido eternamente em Três Pessoas. Alguns sustentam erroneamente que
Deus é Trinitário apenas em relação ao universo criado. Tal visão nega, de forma intrínseca,
a Trindade Ontológica negando assim a filiação eterna do Senhor Jesus Cristo e a perso-
nalidade do Espírito Santo. Veja perguntas 25 e 26.

Pergunta 24: Quem é Deus o Pai?


Resposta: O Pai é o Deus eterno, co-igual e co-eterno com o Deus Filho e o Deus Espírito
Santo.

Mateus 6:9: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o
teu nome”.

Veja também: Mateus 11:27; Romanos 8:14-16; Efésios 1:3.

Comentário

Para uma introdução a essa pergunta e resposta, veja as Perguntas 20-23. Deus o Pai
revelou-se como “o Deus e Pai do Senhor Jesus Cristo”, o “Pai” para a nação de Israel
como um povo de aliança coletiva (Isaías 64:8; Malaquias 1:6; João 8:41), e como “Pai”
para o Cristão individual e coletivamente (Mateus 6:9; Romanos 8:14-16). Essa distinção é
eterna e ontológica, e não meramente relacionada com a Trindade Econômica (isto é, Deus
não é uma Trindade apenas em relação à criação e à redenção, antes as distinções dentro
da Divindade são eternas — o Pai sempre foi o “Pai” em relação ao Filho e ao Espírito).
Veja a Pergunta 23. Essa autorrevelação de Deus como o “Pai” nas Escrituras é para a
nossa compreensão, o nosso conforto, a nossa confiança e a nossa esperança.

A revelação de Deus como nosso “Pai” nos permite — como criaturas finitas e Seus filhos
espirituais — entendê-lO, conhecer o Seu amor, amá-lO em resposta e nos alegrarmos em
um relacionamento filial. Essa revelação capacita o crente a conhecer a Deus como Aquele
que o ama, o recebe, o protege, o provê, o castiga, ouve suas orações, conhece suas prova-
ções e que um dia o receberá para Si mesmo na glória. Lutero afirmou essa bendita verdade
quando disse que se pudesse chamar Deus de “Pai”, ele podia orar — e nós também
podemos! Veja as Perguntas 99-102.

Pergunta 25: Quem é o Senhor Jesus Cristo?


Resposta: O Senhor Jesus Cristo é o Filho eterno de Deus, co-igual e co-eterno com o Pai
e o Espírito Santo.

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João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.

Colossenses 2:9: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”.

1 Timóteo 3:16: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou
em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo,
recebido acima na glória”.

Tito 2:13: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande


Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”.

Veja também: Isaías 7:14; João 1:14, 18; 14:6-11; Filipenses 2:5-11; Tito 2:13; Hebreus 1:8.

Comentário

Deus é Espírito e, assim, invisível, isto é, incorpóreo (sem partes corporais) — João 4:24;
1 Timóteo 6:15-16. O Senhor Jesus Cristo em Sua encarnação é a revelação plena e final
e a representação do Deus eterno (João 1:1-3; 14:6-11; Colossenses 2:9; 1 Timóteo 3:16)
— a própria “exegese” de Deus (João 1:18). É no Senhor Jesus Cristo que o desejo natural
do homem de “ver” a Deus é cumprido (João 14:9). É em Sua personalidade e através dela
e das ações do Senhor Jesus durante o Seu ministério terreno que vemos a revelação do
poder e dos atributos morais de Deus. Em Sua transfiguração, vemos um vislumbre de Sua
glória eterna como o próprio Deus (Mateus 17:1-8; Marcos 9:1-8; Lucas 9:27-36; João 17:4-
5; 2 Pedro 1:16-18).

O eterno Filho de Deus encarnou-Se (tomou para Si uma verdadeira e completa natureza
humana, uma alma e um corpo) para a redenção dos pecadores (Lucas 1:35; Gálatas 4:4).
Ele não Se encarnou como um mero indivíduo, mas como um Homem Representante, “o
segundo homem”, “O último Adão” (Romanos 5:12-18; 1 Coríntios 15:45-47). É nesta quali-
dade que nós devemos ver e entender Sua humanidade, Sua perfeita obediência à Lei, Sua
tentação no deserto, Sua vida terrena e ministério, Seu sofrimento e morte, Sua gloriosa
ressurreição e Sua ascensão ao Céu para governar como o Deus-Homem no trono da Sua
glória (Mateus 28:18; 1 Coríntios 15:20-26; Filipenses 2:9-11; Hebreus 1:3).

Ele era e permanece sendo o perfeito e o imaculado Filho de Deus em virtude do Nasci-
mento Virginal, e assim apenas Ele estava qualificado para ser o nosso Redentor e Salvador
(Gálatas 4:4-5; Lucas 1:26-35; Romanos 5:12-19). O Senhor Jesus Cristo não poderia ser
um mero ser humano e viver uma vida perfeita sob a Lei para depois sofrer e morrer pelos
pecadores — nem Sua vida, nem o sofrimento e a Sua morte realizariam qualquer coisa.

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Ele apenas teria morrido como um mártir, e por Seus próprios pecados. A eficácia (efetivi-
dade) de Sua obra dependia de Sua Pessoa, da Sua natureza Divina e da Sua natureza
humana impecável.

Através da encarnação e na encarnação, o eterno Filho de Deus entrou no reino do tempo.


O Senhor Jesus Cristo é, portanto, o “Deus-Homem”, não o “Homem-Deus”. Com isto nós
queremos dizer que Ele era Deus o Filho, a segunda Pessoa da Triuna Divindade, que
tomou para Si uma natureza humana plena e completa através do milagre do Nascimento
Virginal, incluindo uma alma e um corpo, e não um homem que foi ou está em processo de
se tornar Deus. As duas naturezas dentro de nosso Senhor (isto é, a união hipostática de
Suas naturezas humana e Divina) não estão misturadas ou confusas, mas separadas e
distintas, ou seja, Ele não é metade Deus e metade homem. A encarnação foi necessária
para que o Senhor Jesus Cristo fosse o Mediador perfeito e eficaz entre Deus e os homens
(1 Timóteo 2:5), e, portanto, nosso Redentor, Salvador e Intercessor (Romanos 3:21-26; 2
Coríntios 5:21; 1 Pedro 3:18; 1 João 2:1). Por causa de Sua única Pessoa e Sua obra
redentora realizada, Ele sozinho se qualifica como o Salvador dos pecadores (Atos 4:12).

Os primeiros Pais da Igreja, visando salvaguardar do erro e da heresia as distinções eternas


dentro da Divindade, e usando a terminologia da Escritura, referiram-se à distinção eterna
entre o Espírito Santo, e o Pai, e o Filho como a “geração eterna” do Filho pelo Pai, para
salvaguardar a Filiação eterna do Senhor Jesus Cristo. Eles também se referem à distinção
eterna entre o Espírito Santo, o Pai e o Filho como a “processão eterna” do Espírito Santo,
como a Escritura declara que Ele procede do Pai e do Filho (João 14:16-17, 26; 16:7; Atos
2:32-33). Essa tentativa na linguagem da Escritura foi usada para preservar as distinções
dentro da Divindade e não para implicar qualquer subordinação, sucessão ou emanação.
Além da linguagem da Escritura, nós não ousamos ir. A encarnação do Filho eterno de
Deus permanece como o mais profundo mistério de todos os tempos. Negar a filiação
eterna de Cristo Jesus é negar a Trindade Ontológica e manter apenas a Trindade Econômi-
ca e, portanto, negar implicitamente a imutabilidade da natureza da Divindade. Veja a
Pergunta 23.

Através do Nascimento Virginal (Mateus 1:18-25; Lucas 1:26-35), através de Sua vida
completamente sem pecado e vivida sob a Lei (João 8:46; Gálatas 4:4-5; 1 Pedro 2:21-22),
e depois pela Sua morte sacrificial (Lucas 19:10; Filipenses 2:5-8; 1 Timóteo 1:15; Hebreus
9:12, 27-28) e pela Sua ressurreição (Mateus 28:5-6; Atos 2:22-33; Romanos 1:3-4) o nosso
Senhor se tornou o Deus-Homem, santo, impecável e único Redentor qualificado dos peca-
dores (Atos 4:12), tornou-Se o nosso Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-16; 5:5-10;
7:11-28; 1 João 2:1) e também o Juiz final de todos os homens (Atos 17:30-31; 2 Coríntios
5:10; Filipenses 2:9-11; Apocalipse 20:11-15). O nome “Jesus” (Gr. Iēsus, “Yahwéh é
salvação”) refere-se à Sua humanidade, “Cristo” (Gr. Christos, “O Ungido”) refere-se ao Seu

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ofício e missão como o Messias prometido (João 1:41; 4:25) e “Senhor” (Gr. Kurios,
“Yahwéh”) refere-se à Sua Divindade e posição de exaltação (Mateus 28:18; Atos 2:36;
Filipenses 2:9-11; Hebreus 1:1-13). Seu nome completo e título apropriado é “O Senhor
Jesus Cristo”.

A natureza Divina do nosso Senhor formou a base para Sua personalidade e manteve Sua
natureza humana como o Deus-Homem na união hipostática (a união das duas naturezas
em uma Pessoa). Assim, Ele foi totalmente impecável, ou seja, Ele não pecou e não podia
pecar. As duas frases Latinas são posse non peccar, capaz de não pecar (pecável), e non
peccar posse, incapaz de pecar (impecável). A impecabilidade do nosso Senhor era neces-
sária para Sua obra redentora.

Embora a ênfase moderna esteja sobre a obra redentora de Cristo, ao invés de estar sobre
Sua Pessoa, a maioria das controvérsias, se analisarmos historicamente, têm sido centra-
das sobre a última. A grande questão discutida é a Divindade do Senhor Jesus Cristo e a
relação de Suas duas naturezas em uma só Pessoa. As heresias doutrinárias acerca da
Pessoa do Senhor Jesus Cristo foram:

Gnosticismo Valentiniano: que negou a verdadeira Divindade de Cristo por susten-


tar que o “elemento Cristo” veio sobre Ele no Seu Batismo e o deixou no jardim da
agonia antes de Sua crucificação. Assim, Ele morreu como um mero homem (João
1:14, 18).

Gnosticismo Docético: o qual dizia que toda a matéria era inerentemente má, negou
a verdadeira humanidade de Cristo, tendo-O como sendo um espectro (1 João 1:1;
4:2-3).

Monarquianismo Dinâmico: uma heresia antitrinitária do segundo século que nega-


va a Divindade de Cristo e ensinava que Ele era um mero homem e recebeu uma
unção no Batismo por isso estava em processo de se tornar Divino. Os representantes
modernos, a princípio, incluíam os Socinianos, Cristadelfianos, Unitarianos, Teosofis-
tas e Mórmons.

Monarquianismo Modalistico: uma heresia antitrinitária que sustentavam uma


Pessoa em três manifestações, ao invés de Pessoas distintas na Divindade. Também
chamada de Sabelianismo, Patripassianismo, etc. Pentecostais Unidos (“Só Jesus”)
ou a “Igreja Apostólica” é a representante moderna dessa antiga heresia.

Arianismo: uma heresia antitrinitária que negava a Divindade absoluta de Cristo. Os


representantes modernos são os Socinianos e Russelitas (“Testemunhas de Jeová”)
(1 Timóteo 3:16).

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Apolonarianismo: uma heresia antitrinitária que negava a verdadeira humanidade de
Cristo.

Eutiquianismo: ensinava a fusão das duas naturezas em Cristo.

Nestorianismo: este parecia indevidamente separar a união hipostática das duas


naturezas de Cristo em duas pessoas.

Monofisistismo: ensinava que Cristo tinha uma natureza composta, em vez de duas
naturezas distintas.

Monotelitismo: sustentava que Cristo tinha apenas uma vontade e, assim, humilhava
Sua verdadeira humanidade. Havia dois pontos de vista: a vontade humana foi fundida
com a vontade Divina de modo que apenas a vontade Divina agia, ou as duas vonta-
des foram fundidas em uma só. A mais moderna Teoria Kenosis, decorrentes de
Filipenses 2:7, a forma extrema desta teoria sustenta que Cristo se esvaziou de Sua
Deidade, ou de Sua natureza Divina, tornando-Se um mero homem. Formas modifi-
cadas desta teoria suscitam que de alguma forma Ele Se esvaziou de alguns dos
atributos Divinos e assim era inferior na Deidade.

As controvérsias a respeito da obra redentora de nosso Senhor são centradas sobre a


natureza e a extensão da expiação. Alguns sustentam que Ele sofreu e morreu por todos
os homens sem exceção e assim todos serão salvos (universalismo consistente), outros
afirmam que Ele morreu para tornar a salvação possível e assim todos os homens poderão
buscar a salvação se eles adicionarem a capacidade deles à Sua obra (universalismo incon-
sistente). Alguns consistentemente sustentam que nosso Senhor sofreu e morreu por um
povo específico, e que cada um desses será infalivelmente redimido (particularismo consis-
tente).

O Senhor Jesus Cristo é ao mesmo tempo o único Mediador entre Deus e os homens (1
Timóteo 2:5), o único Redentor e Salvador dos pecadores (Romanos 3:24-26; Efésios 1:5-
7) e o nosso Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 4:12-16; 7:19-28; 8:1-2; 9:11-14, 24; 1 João
2:1). Ele será o Juiz de todos os homens que retornará (João 5:22). Ele também é o nosso
exemplo e sendo assim é a nossa meta. O Senhor Deus está no processo do resgate da
Sua imagem nos crentes e nós, constantemente, sendo conformados à imagem de Seu
Filho pela obra do Espírito Santo, em nossa adoção, em nossa santificação, em nossa
correção e em nossa provação. Essa conformidade será completa na ressurreição para a
glória (Romanos 8:23, 29; 2 Coríntios 3:17-18; Filipenses 3:20-21). Para uma descrição
completa do Senhor Jesus Cristo, veja as Perguntas 70-76.

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Você tem uma relação de salvação com o Senhor Jesus através da fé?

Pergunta 26: Quem é o Espírito Santo?


Resposta: O Espírito Santo é o Espírito eterno de Deus, co-igual e co-eterno com o Pai e
o Filho.

2 Coríntios 3:17: “Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há


liberdade”.

Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

Efésios 4:30: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o
dia da redenção”.

Veja também: Gênesis 1:2; Marcos 3:28-30; Atos 5:3-4, 9; 13:2-4; 16:6; 20:28; 1 Timóteo
4:1.

Comentário

Deus e o Espírito Santo são Pessoas distintas dentro da Divindade. Como a questão com
o Senhor Jesus Cristo tem sido a Sua Deidade, semelhantemente a grande questão a res-
peito do Espírito Santo tem sido a Sua personalidade distinta. Ele não é uma mera influên-
cia, uma força impessoal ou uma emanação de Deus (Atos 13:2, 4), Mas Ele possui peculia-
ridades, possui um poder e tem prerrogativas de uma personalidade distinta: Ele fala (Atos
13:2; 1 Timóteo 4:1), cria (Gênesis 1:2), comanda (Atos 13:2-4), possui julgamento inteli-
gente, possui prerrogativa (Atos 15:28, 20:28), proíbe (Atos 16:6), pode ser tentado, pode
Lhe mentirem (Atos 5:3-4, 9), pode ser entristecido (Efésios 4:30) e se pode pecar contra
Ele (Marcos 3:28-30). (Nosso Senhor por vezes usou a forma masculina em vez do neutro
no Grego para se referir ao Espírito Santo, quando a palavra “espírito” em si é neutra,
enfatizando, assim, a Sua personalidade: João 14:16, 26; 15:26; 16:8, 13-14). Ele estava
envolvido com as outras Pessoas da Divindade Triuna na Criação (Gênesis 1:1-3) e na
eterna Aliança da Redenção e da Graça (o propósito redentor eterno). Veja as Perguntas
67, 77 e 84.

Os Pais da Igreja, visando salvaguardar as distinções eternas dentro da Divindade do erro


e da heresia, e usando a terminologia da Escritura, referiram-se à distinção eterna entre o
Espírito Santo e o Pai e o Filho como a “processão eterna” do Espírito Santo, como as

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Escrituras declaram que Ele procede do Pai e do Filho (João 14:16-17, 26; 16:7, Atos 2:32-
33). Essa linguagem foi usada para preservar as distinções dentro da Divindade, e não foi
para implicar qualquer subordinação inerente, sucessão ou emanação. Negar a personali-
dade eterna do Espírito Santo é negar implicitamente a Trindade Ontológica e a imutabili-
dade da Divindade. Veja as Perguntas 23 e 25.

É o ofício peculiar do Espírito Santo aplicar a obra consumada da redenção ou da satisfação


de nosso Senhor (a obra consumada de Cristo) para a vida e a experiência individual do
Cristão — em especial: a regeneração, o arrependimento, a fé, a adoção e a santificação
— e para a Igreja coletivamente (Gálatas 5:22-23; Efésios 1:15-20; 13-14; 4:11-16, 30; 2
Tessalonicenses 2:13; 1 Pedro 1:2). Veja a Pergunta 84. Assim, Ele torna a nossa experiên-
cia Cristã possível e prática.

A obra do Espírito Santo na personalidade do crente é de uma graça capacitadora, transfor-


madora e santificadora. Os crentes são ordenados a andar no Espírito e assim não cumprir
os desejos da carne. O Espírito de Deus lhes impede de viver como eles viviam antes
(Gálatas 5:16-18). O “fruto do Espírito”, isto é, aquelas graças que o Espírito Santo manifes-
ta na vida, estão entre as marcas essenciais da graça (Gálatas 5:22-23). Veja a Pergunta
112.

Será que nós carregamos as marcas da graça e do Espírito de Deus em nossas vidas e
experiências?

ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos
ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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