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AS DOUTRINAS
DOUTRINAS
D A GR AÇA
Roteiro de estudos para
grupos de discipulado, classes de novos
membros, células familiares, etc.
Este livro foi publicado em inglês na Grã-Bretanha por The Banner
of Tr uth '1 rust, Edi nbu rgh , Scotland, 1991. ©J o hn Bento n e John
Peet. Edição em português: © Editora Cultura Cristã, 1998. Pu
blicado com permissão.
I edição — 1998
a
2 edição — 1999
a
2 reimpressão — 2000
a
3000 exemplares
Cláudio Marra
Editor
4
INTRODUÇÃO
Sempre é muito bom quando as pessoas aprendem as doutrinas da gra
ça de Deu s pelo estud o da Escritura. Est e, portanto, é o propósito
deste manual.
Os presentes estudos surgiram em forma de uma série de sermões pre
gados em cultos noturnos na Igreja Batista da rua Chertsey, em
Guildfor d, no outo no de 1985. Pos teri orm ent e, os sermõe s foram ar
ranjados em forma de lições para estudos bíblicos domésticos, sendo
mui to be m aceitas. Ao prepa rarmos este material, estamos muito cons
cientes de que devemos reconhecimento a muitas pessoas — numero
sas demais para serem mencionadas — de quem aprendemos no decor
rer dos anos. Porém, desejamos reconhecer espec ialme nte a grande
ajuda obtida dos ministérios de ensino de Stuart Olyott e Dr. Roy
Clements que esclareceram muitos dos assuntos abordados neste ma
nual. Acima de tudo, louvamo s nosso De us pelo tão maravilhoso evan
gelho da graça no qual podemos nos regozijar.
5
O Dr. John Benton e pastor da Igreja Batista da rua Chertsey, em
Guildford, Surrey.
9
humanidade ter-se afastado de Deus, ela agora está insensível às mani
festações da criação sobre Deu s, o Criador. Não dev emo s nos surpre
ender quando descrentes sustentam uma visão diferente sobre a ori
gem de nosso mu nd o e não aceitam o ensi no bíblico. Na ver dad e,
devíamos espe rar por isso (Ro man os 1.21). Leia 1 Corí ntios 1.21 e
2.14. Muit as pessoas cultas não crê em (embora algumas sim!). O qu e
esses versículos nos dizem sobre o motivo pelo qual elas não crêem?
Seg und o, embo ra a criação fale sobre a existê ncia e o pod er de Deus ,
ela não fala sobre a coisa mais importante para a humanidade perdida e
caída: a salvação do pec ado e suas conseqüências . A criação fala o
bastante sobre Deus a ponto de deixar as pessoas indesculpáveis por
não acreditarem nele, mas não fala o suficiente às pessoas para habilitá-
las a enc ontrar o Salvador. Como Romanos 10.14 esclarece esse fato?
O que é a Bíblia?
Aprendemos de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que devemos aceitar os
39 livros do Antigo Testamento como a palavra de Deus. Se, como cris
tãos, seguimos a Cristo, devemos segui-lo quanto a isso também.
Para verificar como o Senhor Jesus Cristo referiu-se ao Antigo Testa
me nt o e como o emp reg ou, veja Mat eus 19.4-5; Marcos 7.9-13; Luca s
24.25-27; João 10.34-36. A qu e partes do Antigo Te st am en to se refe
rem esses textos?
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Os 27 livros do Novo Testamento
foram escritos pelos apóstolos de
Cristo e seus companheiros ínti
mos. Como os escritores do Anti
go Testamento, esses homens es
creveram sob especial inspiração
do Espírito de Deus, exatamente
como Cristo havia pro met ido . Por
exemplo, leia João 14.26 e 16.13.
Seus escritos são postos no mesmo
nível do Antigo Testamento
(1 Tessalonicenses 4.8; 2 Ped ro 3.16).
Consulte 2 Pedro 1.21 e 2 Timó
teo 3.16. O qu e se en te nd e pela
inspiração do Espírito de Deus?
Toda a Escritura é para ser aceita como palavra de Deus inspirada pelo
Espíri to. Se gun do Jesu s, o Antigo Te st am en to é a infalível revelação
de De us ao ser hu ma no (Mate us 5.17-18; João 17.17). Mais tarde Je
sus prometeu que aquilo que seus apóstolos escreveriam seria verdade
revelad a (João 14.26; 16.13). Isso significa qu e nós de vemos aceitar
toda a Bíblia, e não extrair ou escolher aquilo de que gostamos e des
cartar partes q ue não apreciamos ou não podemo s provar imed iata men te!
QUE OUTRAS INDICAÇÕES HÁ DE QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE
DEUS?
Há muitos sinais "externos" da veracidade e inspiração divina da Bí
blia. Por exemplo:
— profecias cumpridas a respeito de Cristo c sua igreja;
— confirmações arqueológicas da história bíblica;
— a poderosa transformação de comunidades e nações em épocas
passadas pela pregação da Bíblia.
Todavia, os cristãos têm plena certeza de que a Bíblia é a palavra de
Deus, em primeiro lugar, não por essas evidências, mas pelo testemu
nho do Espír ito Santo neles . Veja 1 João 2.20,27; 1 Corí ntios 14:37.
1 1
As evidências externas são para que todos vejam, mas algumas pessoas
jamais chegam a perceber sua importância. Mesmo antes de algumas
evidências específicas terem aparecido, os cristãos acreditavam que a
Escritura é a palavra de Deus. Confie em Deus porque ele empenha
sua palavra. De us é um De us fiel que não me nt e (N úme ros 23.19).
SOMENTE a Bíblia
Tendo recebido tal livro de
Deus:
— não necessitamos procurar
em nenhum outro lugar
para descobrir em que
acreditar, como portar-nos
ou como interpretar as
experiências da vida;
— não devemos procurar em
nenhum outro lugar pois a
Bíblia é a única fonte infa
lível de revelação que
Deus nos deu.
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T )TUDO EM QUE DEUS PEDE QUE NÓS CREIAMOS ENCON-
' TR A- SE NA BÍBL IA (2 Tim ót eo 3.16-17).
Nada devemos acrescentar {desejar conhecer mais não significa que
precisamos conh ecer mais) ou tirar dela (Deuteron ômi o 4.2; Apocalipse
22.18-19).
Tudo que contraria o claro ensino da Bíblia é falso (Gálatas 1.8-9).
Dev emo s examinar tudo à luz das Escrituras (Atos 17.11; 1 João 4.1-2).
Essas conce pções não são popu lares. Você sem pre encontrará "ho
mens sábios" que "sabem" mais. Como devemos reagir frente a tais
pessoas?
TODA a Bíblia
A Bíblia é a palavra de Deus. Não precisamos procurar fora dela para
descobrir coisas a respeito de Deus ou de nosso relacionamento com
ele. Mas devemos examiná-la para estarmos bem informados sobre tudo
o que se encontra nela.
Se não conhecemos o todo da Palavra de Deus:
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1. NOSSA VISÃO DE CRISTO SERÁ FALHA
Veja Lucas 24.25-27,44. O que seus amigos não-cristãos dizem sobre
Cristo? Em que aspectos as convicções que você possui difere m das
convicções deles?
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3. Priorizamos a leitura da Escritura e a meditação sobre ela em nossas
devoções pessoais diárias (Salmo 1,2).
Qual deveria ser sua resposta àqueles que dizem que é muito difícil
estudar a Bíblia sozinho?
Conclusão
Diga, em uma ou duas frases, o que você aprendeu deste estudo.
Este estudo desafiou você, com a ajuda de Deus, a tomar alguma reso
lução ou expressar alguma oração?
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ESTUDO 2
GLÓRIA SOMENTE A DEUS
O principal objetivo da Bíblia é revelar o Deus verdadeiro e vivo. O
presente estudo trata do segundo dos dois grandes princípios interliga
dos sobre os quais o cristianismo bíblico está alicerçado.
Princípio 2: Glória somente a Deus
A mensagem da Bíblia difere
muito da filosofia moderna e
ateísta. Essa filosofia diz que não
há Deus e diz que nosso mundo,
com tudo o que nele há, inclusi
ve nós, é resultado apenas do aca
so. Tal pensamento leva pessoas
a sustentar uma visão bastante
depressiva: a "de que nossa vida,
em última análise, é destituída de
propósito e significado.
A mensagem da Bíblia é comple
tamente oposta a essa visão da
vida. Ela nos diz que Deus exis
te, que ele é o centro de tudo e
que ele criou o mundo e está des
dobrando a História com o propó
Sem Deus, o eu torna-se nosso deus.
sito de glorificar seu grande nome
por me io de Jes us Cris to, nosso Se nho r (Efés ios 1.6,14; 3.20- 21;
Filipenses 2.10-11; judas 25).
O livro de Apocalipse nos mostra que a consumação da História será o
louvor e a adoração de Deus no novo céu e na nova Terra. Copie o
cântico de adoração de Apocalipse 5.13.
A mensagem da Bíblia para nós agora é que nossa vida seja dedicada à
glória de Deus (Marcos 12.28-30).
1
À primeira vista, isso pode parecer egoísmo da parte de De us . Mas não é.
Em primeiro lugar, a glória pertence a Deus por direito. Particularmente a
História está se encaminhando para seu clímax na segunda vinda de Cris
to. Então todos verão claramente e reconhecerão que realm ente Jesus
Cristo é Senhor. O cântico do céu diz: "Digno é o Cordeiro, que foi morto".
Em segundo lugar, enquanto as criaturas glorificam a Deus, elas mesmas
são abençoadas. E para a glória de Deus que encontramos alegria e paz no
seu culto. Sua criação encontra satisfação pela glorificação a Deus. Veja, por
exemplo, Salmo 96.11-13. Ob serve co moa vin da do Senhor traz bem-estar
ao mun do. Sua presen ça traz luz e alegria. Ele é o Senhor que leva todas as
coisas a cantarem com prazer.
O cristianismo bíblico tem tudo a ver com Deus e sua glória. Muitas per
versões do cristianismo começam com o ser humano, na verdade, elevan
do o ser humano acima de Deus. Na melhor das hipóteses, essas perver
sões conduzem inevitavelmente a uma fé truncada e distorcida e na pior,
elas levam ao caos, reduzindo Deus a um lacaio do ser humano.
Esse princípio de glória somente a Deus foi expresso no tempo da Re
forma pela frase latina soli Deo gloria.
É fundamental que você consulte os textos listados abaixo para certifi
car-se que de fato / isso o que a Bíblia ensina a respeito de Deus. Pri
meiramente, iremos considerar quem Deus é e, depois, o que Deus
fez. Esse procedimento nos fará ver por que toda a glória é devida so
mente a Deus.
Quem Deus É
1. O SER DE DEUS
Considere cada um desses aspectos da natureza de E»eus e pense em
como nós somos difer entes dele. De us é:
Espírito João 4.24
invisível João 1.18; 1 Timóteo 6.16
pessoal Malaquias 2.10; João 14.9,23
inf ini to— oni prese nte Salmo 139.7-10; Jeremias 23.23-24
eterno Salmo 90.2; 102.27
onisciente Salmo 139.2-5; Hebreus 4.13
incompreensível Jó 11.7; Isaías40.18
inescrutável Isaías 40.13-14; Romanos 11.33-34
todo-suficiente Êxodo 3.14; João 5.26
soberano Daniel 4.34-35; Efésios 1.11
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Confrontadas com uma lista tão espantosa dos atributos de Deus,
muitas pessoas poderiam pensar que Deus está tão à frente e tão
distante a ponto de ser irrelevante para nós ou que ele não se preocu
pa conosco. Olhe novamente para a lista. Por que os cristãos podem
se regozijar com cada um desses atributos de Deus?
2. O CARÁTER DE DEUS
Deus é:
santo Êxodo 15.11; Isaías 6.3
justo Salmo 97.2; 145.17
amoroso 1 João 4.8,10,16
bondoso Salmo 86.5; 107.1
sábio Salmo 104.24; Daniel 2.20
imutável Malaquias 3.6; Tiago 1.17
Não-cristãos freqüentemente afi rmam : "D eu s é amor e por isso não
devia fazer isso e aquilo ou não permitir que aconteça tal coisa." O
que está errado nesse tipo de afi rmação?
Como, então, todo o caráter de Deus coopera para o bem de seu povo?
3. DEUS ÉTRIÚNO
A Bíblia ensi na que há três pessoas em De us : o Pai, o Filho (Jesus
Cristo) e o Espírito Santo. Essas três pessoas são o único Deus eter
no e verdadeiro, o mesmo em substância, igual em poder e glória,
embora distintas por suas propriedades pessoais.
Leia at en ta me nt e Mat eus 3.16-17; 28.19; João 10.30; 2 Coríntios
13.13. ("orno esses textos justificam as afirmaçõe s feitas no parágrafo
anterior?
IS
N o t a : Antes de tent ar explicar isso para algué m, lemb re- se (a partir
do que já vimos anteriormente) de que Deus é, em última análise,
incomprensível para nós. Não tente reduzir Deus à lógica humana.
Ele está acima disso. Ele é único. Ele é Deus.
Por que não fazer uma pausa (se é que já não fez), apreciar as coisas
recém-aprendidas ou lembrar-se de Deus e adorá-lo? Devemos glorifi
car a Deus por aquilo que ele é (Salmo 48.1).
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3. DO JUÍZO
Leia os seguintes textos: Eclesiastes 12.14; Hebreus 9.27; Apocalipse
20.11-15. Deus cuidará para que justiça seja feita para todos os erros
no mundo. Ele nos julgará com justiça. Portanto, demos glória a ele
por ser Juiz justo (Salmo 98.9). Com o você respo nder ia a uma pessoa
que diz: Deus nada faz a respeito do mal no mundo?
4. DA REDENÇÃO
Lei a at en ta me nt e essas passage ns da Escritura: João 3.16; Roman os
3.24-25; 8.3-4; 2 Corín tios 4.6. Se você é cristão é po rq ue De us o
redim iu. Por tan to, demos glória a ele (Efésios 1.3). A palavra "re
denção" implica num preço que foi pago. Que preço foi pago para a
nossa redenção? Veja 1 Pedro 1.18-19.
G l ó r i a S O M E N T E a Deus
Devemos agradecer
às pessoas que são
bondosas para conos
co na nossa vida diá
ria, mas temos de nos
dar conta de que por
detrás de sua bonda
de está a bondade de
Deus. Sem Deus,
aquela pessoa não es
taria lá para nos mos-
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trar bo nd ad e ou não teria se mostr ado bond osa para conosco. De ve mo s
agradecer às pessoas que nos conduziram a Cristo. Mas devemos nos
dar conta de que por detrás daquilo que elas fizeram estava, em última
análise, a ação de Deus.
Por isso, conquanto seja plenamente correto agradecer a outrem, a ver
dadeira glória pertence a Deus somente. Ele é o, único objeto de nossa
adoração.
Se Deus é responsável pela bondade que enconttamos em outras pes
soas, com que se pareceria o mundo se Deus retirasse seu EsDÚito e
sua conhecida graça?
Não há outro De us. Consul te Deu tet onô mio 6.4; Salmo 18.31; Isaías
45.21; 1 Coríntios 8.4. Port anto , dev emo s adorar so me nte a ele.
É possível a pessoas civilizadas e sofisticadas do século XX ou XXI
adorar outros "deuses"? Se é, quais são esses deuses?
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3. O juízo está inteiramente nas mãos de Deus (Atos 17.31; Romanos
2.5-11,16; Apocalip se 20.11-13). De ve mo s dar a glória so me nt e a ele.
Veja Rom anos 12.17-20. De us julgará. Com o esse fato deveria afetar
nossa vida diária?
Devíamos agradecer a Deus pelo fato de ele ser nosso Juiz, e nin
guém mais.
4. A redenção é obra inte iram ente de Deu s. Não temos ne nh um mérito
pela nossa salvação. Qu alq uer orgulho ou congratulação pessoais estão
excluídos (Romanos 3.27; 1 Coríntios 4.7). Somos obra de Deus (Efésios
2.8-10). No céu, pessoas dão glória pela sua salvação so me nt e a De us.
Copie Apocalipse 7.10.
Conclusão
Por que podemos afirmar que todas as descrições de Deus feitas neste
estudo são verdadeiras tanto para Jesus Cristo e o Espírito Santo quan
to para o Pai?
O que você aprendeu sobre Deus nesta lição que o ajudará na sua vida
diária?
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ESTUDO 3
A SOBERANIA DE DEUS E A
RESPONSABILIDADE HUMANA
No estudo anterior, fomos lembrados da verdade de que a glória per
tence somente a Deus. Ao discutirmos a obra da providência de Deus,
dissemos que, em última análise, Deus está no controle de tudo o que
acontece no mundo. Também falamos que Deus julga o mundo. Quan
do essas verdades são vistas em conjunto, surge uma pergunta em nos
sa mente: "Se Deus está no controle de tudo, como as pessoas podem
ser responsabilizadas pelas coisas que elas fazem?" Pode parecer que
Deus não está no controle de absolutamente tudo ou que ele age injus
ta me nt e ao nos julgar. Ne ss e est udo investigamo s o qu e a Bíblia tem a
dizer sobre a soberania de Deus e a responsabilidade humana.
A SOBERANIA DE DEUS
Entendemos por essa afirmação o controle supremo e detalhado de
Deus sobre tudo o que acontece no céu e na Terra.
Lei a Dan iel 4.35. As circunstância s são impo rta ntes . Qu em foi o tei
que disse essas palavras?
Leia Atos 10.1-4. De us não nos considera respon sáveis som ent e pelos
nossos pecados, mas também reconhece nossa responsabilidade por atos
de generosidade e bondade.
Lei 2 Corín tios 5.10 e Apoc alips e 20.11-13. De acordo com esses
versículos, quem deverá estar perante Deus para ser julgado?
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sobre Gêne sis 50.21. Qual foi a atit ude de José?
Jesus ainda nos diz que somente Deus é quem capacita as pessoas a ir ;
Cristo. L eia João 6.37,44. Qual é a promessa feita no versículo 37?
26
Como a pessoa que se sente atraída por Jesus pode ser encorajada
por aquilo que o Senhor diz no versículo 44?
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Há uma necessidade lógica semelhante de verdadeira responsabilidade huma
na e liberdade. O cristianismo como um todo pressupõe responsabilida
de humana. A menos que haja espontaneidade no amor, por exemplo,
amor não é amor e Deu s não é amado de fato por seu povo. Lei a Ma teu s
22.37 e observ e que nosso amor é ativo; ele é a resposta de todo o
nosso ser. Um ser hum an o afirmar sin cer ame nte "eu amo voc ê" é uma
coisa; mas se as mesm as palavras prov êm da boca de um robô que foi
programado para repetir a frase, é completamente diferente.
Vemos, portanto, que tanto a plena soberania de Deus como a verda
deira responsabilidade humana são logicamente necessárias e ensina
das pelas Escrituras, apesar de não compreendermos inteiramente como
ambas se harmo nizam . De vem os estar satisfeitos em saber qu e Deu s e
o rela ciona ment o qu e ele manté m com o mu nd o são maiores do qu e
nosso entendimento.
O grande teólogo Agostinho de Hipona (354-430), sintetizou isso. Ele
disse: "O dogma é somente uma cerca em volta do mistério". Em ou
tras palavras, as Escrituras nos guardam do erro, porém, embora elas
nos dêem a verdade, não podem nos dar a verdade plena pois Deus é
maior do que nosso limitado entendimento é capaz de compreender.
Há certas coisas que nós acreditamos apesar de não conseguirmos
entendê-las completamente ou explicá-las. Uma dessas coisas é a rela
ção entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana.
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Mantendo o equilíbrio
1. DEUS E O PROBLEMA DO MAL
Vimos a partir dos exemplos de José, de Davi e da cruz de Cristo que
o mal não pode se expandir além da esfera da soberania divina. O
mal nun ca dest rona Deu s. Em certo sentido, D eu s está por trás tan
to do be m como do mal (Isaías 54.16). Poré m, de vem os insistir nisso
—, ele não está por trás de ambos da mes ma maneira. Emb ora o mal
não esteja fora do seu controle, Deus não é o autor do mal, nem nós
pod emo s responsabilizá-lo pelo mal. Leia Jó 1.10-12. Seg und o essa
passagem, quem instigou Jó a pecar?
2. DEUS E ORAÇÃO
A Bíblia enfatiza a predestinação e soberania de Deus, mas igual
mente mantém em alta consideração a eficácia das orações do cris
tão. A oração é tão eficaz qu e alguns ctistãos a comp araram à trom be
ta de Deus anunciando a notícia de que ele está por realizar alguma
coisa. Deus nada realiza sem antes levar seus filhos a orar por isso.
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Essa é uma maneira de considerar a eficácia da oração.
Em segundo lugar, a oração é tão eficaz que não é errado, de nosso
ponto de vista limitado, retratar a oração como sendo capaz de afetar
a vontade de Deus. Leia Gênesis 18.22-33. Em que consistiu a ora
ção de Abraão?
Lei a Isaías 38.1-6. Pot int erm édi o de Cristo, De us de fato se impor
ta conosco. Não devem os per der essa confiança. Ao mes mo tempo,
a própria razão por que oramos está no fato de confiatmos que Deus
é soberano e, por isso, é capaz de nos atender.
Cons ulte Jeremias 32.17,26-27. Por qu e podemos levar tudo a Deu s
em oração?
3. DEU S E EV ANGELIS MO
A soberania de Deus em salvar pessoas (Atos 16.14) não representa
desculpa para nos acomodarmos e nada fazer sob o argumento de
que "Se Deus quiser salvar pessoas ele não precisa da minha ajuda."
A soberania de Deus e nossa responsabilidade de pregar o evangelho
andam de mãos dadas. A soberania de Deus devia servir-nos de
encorajamento para levarmos adiante o árduo trabalho de evangelis
mo. Foi assim que as coisas funcionaram para o Senhor Jesus (Mateus
11.25-30) e Paulo (Atos 18.9-11). Ma nte nh a o equilí btio. A soberania
de Deus significa que podemos confiar que ele proverá resultados.
Nossa tesponsabilidade consiste em fazer tudo o que podemos.
4. DEUS E NOSSA SALVAÇÃO
As doutrinas da tesponsabilidade humana e da soberania de Deus
são um enorme encorajamento para cada pessoa que busca Cristo.
Você ouviu o evangelho. Agora é responsabilidade sua arrepender-se
e crer. Você precisa chegar a essa decisão. Mas qua nd o você dá as
costas à antiga vida e segue Cristo, é de grande encorajamento saber
que Deus está agindo em você e que a obra iniciada por Deus será
completada por ele (Filipenses 1.6).
30
Qual é a nossa responsabilidade segun
do as palavras de Jesus em Marcos 1.15?
36
Consulte Atos 17.16 para verificar como algumas daquelas aspirações
se manifestaram em Atenas na época de Paulo.
DEUS FEZ UMA ALIANÇA COM ADÃO
Aliança é uma palavra amplamente empregada nas Escrituras. Basica
mente, significa um comprometimento mútuo.
O capítulo 2 de Gênesis é extraordinário pela introdução do nome de
De us na aliança: o SE N H O R (Trata-se do nome pessoal de Deus , não
apenas seu título, mas seu nome. De us usou esse nom e espe cial ment e
quando estabeleceu aliança com seu povo. Veja Êxodo 20.2). Mesmo
que a palavra "aliança" não seja usada nesse capítulo, aparece esboça
do aqui, no entanto, a primeira aliança entre Deus e o ser humano.
Nessa aliança do Éden, Deus deu muitos privilégios a Adão e Eva.
Confira-os você mesmo.
— Ele os colocou no paraíso
("Éden" provém da palavra
hebraica para "deleite"; Gênesis
2.8).
— Ele lhes deu trabalho prazero
so para fazer e os frutos do Éden
para comer (Gênesis 2.15-16).
— Não faltava para Adão e Eva
bem nenhum de qualquer espé
cie (Gênesis 2.9-14).
— As criaturas foram postas sob
o domínio e cuidado do ser hu
mano (Gênesis 2.19-20).
— Foi dada a bênção do matri
mônio para companhia e confor
to (Gênesis 2.18,22-24).
— No Éden foi dado o dia do
descanso (Gênesis 2.2-3).
— Homem e mulher desfruta
vam vida e comunhão com Deus.
Não havia culpa ou vergonha no
Éden (Gênesis 2.25).
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A Bíblia retrata o Éden como um antegozo do céu (compare Gênesis
2.9 com Apocalips e 22.2). Porta nto, como as afirmações anterio res des
crevem que o céu será uma experiência plena e prazerosa?
38
Dessa maneira o pecado entrou no mundo. Os seres humanos torna
ram-se culpados e env erg onh ado s (Gên esis 3.10). Caíram sob o pode r
da morte (Romanos 5.12), foram afligidos e expostos a muitos proble
mas (Gêne sis 3.14-24). Fora m expulso s do paraíso e perde ram a comu
nhão com Deus que antes possuíam (Gênesis 3.23-24).
Resuma brevemente as mudanças ocorridas no mundo pelo manda
mento de Deus e como punição do pecado.
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Uma vez que Adão era o repre
sentante de toda a humanidade,
suas ações afetaram também a
nós. Sua queda é nossa queda.
Além disso, pelo fato de todos
nós sermos descendentes de
Adão, as Escrituras retratam a
humanidade mais em forma de
uma árvore (falamos de árvores
genealógicas, por exemplo):
Adão é o tronco da árvore e o res
tante da humanidade são os ga
lhos e ramos que saem do tron
co. Mas de mane ira oposta a uma plantação de milho, qu an do o ttonc o
de uma árvore se quebra e cai, todo o resto — os ramos, os brotos e tudo
mais — cai com ele. Foi o que aconteceu com a humanidade em Adão.
Como o ensino bíblico de que toda a humanidade caiu com Adão pode
ser confirmado pelas nossas observações da vida do dia-a-dia?
40
nec e em nós. Mas porq ue toda a natur eza do ser hu ma no agora está
manchada pelo pecado, ele é de todo inaceitável ao santo Deus e inca
paz de fazer qualquer coisa que o agrade (Romanos 8.8).
Como isso se contrapõe à visão popular do ser humano?
Noss a relação com Deu s está romp ida (Gêne sis 3.24; Efésios 2.12).
Est amo s sob a ira de De us (Ro manos 1.18; Efésios 2.3).
Somos escravos do pec ado e de Satanás (João 8.34; Efésios 2.2; Roma
nos 6.16-20).
Possuímos um coração que natural
mente rejeita Deus (Romanos 8.7;
Tiago 4.4).
Tudo o que as pessoas têm a fazer
para acabar no inferno é permane
cer na condição em que estão (Lucas
16.22-26; 2 Te ssa lon ice nse s 1.9;
Apocalipse 20.12-15; 21.8).
Em resumo, estamos desesperada
mente perdidos e nada podemos fa
zer a res peit o (Jó 14.14; Jere mias
13.23; João 3.6a).
Temos de encarar essas duras verda
des porque um diagnóstico errado
conduzirá à uma prescrição errada
para a cura. A conclusão é q ue somente
Deus pode nos salvar. Não há abso
lutamente nenhuma possibilidade
de nos salvarmos a nós mesmos.
Consideraremos isso mais detalhada
mente no próximo estudo.
Você está de bem com Deus?
41
—
Conclusão
Em que aspectos o ser humano de hoje difere do ser humano quando
criado por Deus?
42
ESTUDO 5
O QUE ACONTECEU AO
SER HUMANO?
A expulsão de Adão do jardim do Eden deu expressão geográfica à
nossa separação espiritual de Deus como conseqüência da queda em
pecado de Adão. Conforme explicamos no último estudo, o pecado afe
tou todas as pessoas.
Copie Romanos 3.23.
43
1. A MENTE E O PENSAMENTO DO SER HUMANO FORAM
OBSCURECIDOS
Essa ve rd ad e nos é dita em textos como Gênesis 6.5; Rom ano s 1.28;
Efésios 4.18. O incrédulo afirma "Eu não compreendo", quando você
lhe fala sobre Cristo. O que você deveria fazer?
44
O que aconteceu ao relacionamento do ser humano com Deus?
A comunhão e amizade que o ser humano possuía com Deus antes da
queda no Eden foram completamente destruídas.
1. O SER HUMANO É HOSTIL A DEUS (Romanos 1.30; 8.7; Tiago
4.4).
Diante de tantas religiões existentes no mundo, agente poderia pen
sar que isso não é verdadeiro. Mas a atitude real do coração não con
vertido foi exposta no Calvário onde homens ímpios crucificaram o
Filho de Deus.
Antes de você tornar-se cristão, como demonstrava essa hostilidade?
45
O que acontece quando o ser humano ouve o evangelho?
O evangelho do Senhor Jesus Cristo é a boa nova para nós pecadores.
Mas sem a obra do Espírito Santo em nosso coração não há meios de o
ser humano responder ao evangelho! Quando ouve o evangelho:
1. O SER HUMANO CONTINUA A SUPRIMIR A VERDADE (João
9.24-34; Atos 18.5-6; Romanos 1.18,21).
Por que o ser humano faz isso?
46
Como a psicologia modern a, tão popularizada, inter preta o evan ge
lho e seus efeitos?
47
Como pode haver alguma esperança?
Tud o parece terrível e deses perad or? Se ficar por nossa conta, sim.
Mas não se desespere. Continue lendo!
Leia Marcos 10.17-31. Aqui encontramos uma pessoa que rejeita Cris
to. Por quê?
Que palavras esse texto usa sobre o que acontece a alguém quando é
salvo? Comp ar e o versículo 1 com os versículos 4-5.
48
Nossa salvação deve-se total
me nt e a De us e sua graça. Con
sulte os seguintes textos que
confirmam isso:
Efésios 1.4-5; 1 Pe dr o 1.2-3.
A incapacidade do ser humano
de ajudar-se a si ou voltar-se para
Deus mostra a necessidade de
Deus agir em favor dele, movi
do por graça e amor puros. Mas
como isso funciona? Começare
mos a ver isso em nosso próxi
mo estudo.
Conclusão
Enquanto você reflete sobre esse estudo, qual o papel da oração na
obra da pregação e do evangelismo?
O que você aprendeu com este estudo que o leva a querer humilhar-se
perante Deus?
49
ESTUDO 6
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
Será útil você ler Efésios 1.1-14 antes de dedicar-se a este estudo.
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO não são palavras inventadas por
teólogos. São palavras correlacionadas encon trada s na Bíblia qu e apre
sentam ênfases levemente diferentes.
Eleger significa fazer uma escolha. "Refere-se àquela obra da graça de
Deus pela qual ele escolhe indivíduos e grupos para um propósito ou
destino de acordo com a sua vontade" (Bruce Milne).
Leia 1 Pedro 1.1-2. De acordo com o versículo 2, com base em que
Deus faz a escolha?
A doutrina da eleição
O verbo grego para eleger é eklegomai. Ele
é usado tanto para os atos de escolha de
De us como de Cristo. A preposiç ão "ek "
do verbo mostra que originalmente a pa
lavra indicava "escolher entre". Dentre
toda a humanidade caída, Deus escolheu
para si um povo.
50
Leia novamente Efésios 1.3-14. Copie Efésios 1.4.
A eleição nunca deve ser separada de Jesus Cristo. Os eleitos são salvos
unicamen te pela obra redentora de Cristo na cruz (Efésios 1.7). Todas as
bênçãos espirituais vêm aos cristãos por meio de Cristo (Efésios 1,3).
Uma das expressões favoritas de Paulo é "em Cristo".
4. QU AN DO D EUS FE Z ESSA ESCOLH A?
Deus está atuando agora no mundo de acordo com um plano anteri
ormente por ele traçado. Ele nos escolheu "antes da fundação do
mundo" (Efésios 1.4). Observe que não se tratou de uma questão de
Deus revisar seus planos depois dos acontecimentos de Gênesis 3!
5. QUE E FE IT O S A ESC OLH A DE DEU S TE VE SOBRE OS
ESCOLHIDOS?
Causou os efeitos de eles serem levados a Cristo, adotados na família
de Deus, perdoados e declarados inculpáveis aos olhos de Deus pela
obra de Cristo e viverem vida santa (Efésios 1.4-5).
51
Leia Romanos 8.29-30. De acor
do com esse texto, quais são as
conseqüências da eleição?
6. CO M BASE EM QU E D EU S
FEZ ESSA ESCOLHA?
Esse ato de eleger não é base
ado sobre alguma coisa feita
pelos escolhidos e nem uma
resposta a algo que eles tives
sem feito. Leia novamente Ro
manos 8.29. O que esse versí
culo aponta como razão da es
colha de Deus?
52
A graça de Deu s é int eir ame nte gratuita. Se a escolha de Deu s não é
condicionada de forma nenhuma por coisa nenhuma naqueles por
ele escolhidos, que resposta podemos dar às pessoas que dizem:
"Nunca poderei ser salvo porque não sou o tipo de pessoa que Deus
escolhe"?
53
2. "A ELEIÇÃO FAZ COM QUE DEUS PAREÇA INJUSTO"
Essa é uma objeção compreensível a qual devemos responder cuida
dosamente. A Bíblia ensina claramente a predestinação. Mas, como
vimos no estudo 3, a relação entre a soberania de Deus e a escolha e
responsabilidade humanas é um grande mistério. Embora a eleição
pareça tornar Deus injusto, isso não é verdade (Deuteronômio 32.4).
Leia Romanos 9.19-21. Como Paulo responde a acusação de que Deus
é injusto na eleição de alguns e não de outros?
54
3. "A ELEIÇÃO NEGA O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO"
Esse é um antiquíssimo quebra-cabeça que abordamos no estudo 3.
Pessoas falam freqüentemente do livre-arbítrio, mas a Bíblia não fala
do mesmo no sentido com ume nte aceito. Como vimos no estu do 3,
nosso relacionamento com o Deus soberano é mais complexo do que
podemos compreender. Ele é soberano e, ao mesmo tempo, nós so
mos responsáveis.
De fato, quando a Bíblia fala da vontade do ser humano no contexto
da salvação, ela enfatiza sua escravidão, não sua liberdade. Nossa es
cravidão moral e espiritual é uma das principais coisas das quais pre
cisamos ser salvos.
Consulte João 8.34 e 2 Timóteo 2.25-26. De que o ser humano é
escravo?
Deus precisa agir primeiro e é isso que ele tem feito no seu amor.
A CONFISSÃO DE FÉ DE
WESTMINSTER
"Segundo a sua vontade... Deus es
colheu em Cristo... os que são predes
tinados para a vida... não por previsão
de fé ou de boas obras."
55
A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA, 1689
"Deus predestinou (ou preordenou) certas pessoas... à vida eterna por
meio de Jesus Cristo."
O uso dessa doutrina no Novo Testamento
Essa doutrina nunca é usada na Escritura para desencorajar qualquer
pessoa que busca Cristo sinceramente.
O Novo Testamento usa essa douttina principalmente para o encoraja
mento dos cristãos. Ela nos assegura que não somos nós simplesmente
quem escolhemos Cristo mas, pelo contrário, que Deus nos escolheu.
Nossa salvação começa com Deus, e o que Deus começa ele sempre
conclui; nada pode frustrar seus propósitos finais. "Serei salvo no fim?"
"Serei capaz de continuar firme na vida cristã?" "Deus de fato ama a
mimV Essa verdade responde tais perguntas com um poderoso sim!
Leia Romanos 8.28-31 e Efésios 1.1-14 e prepare uma lista dos benefí
cios qu e você, como cristão, rec ebe por meio da eleição e dos propósi
tos soberanos de Deus.
56
ESTUDO 7
POR QUE JESUS CRISTO MORREU?
O apóstolo Paulo escreveu a partir de sua perspectiva de vida pessoal:
"Mas esteja longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor
Jesu s Cris to" (Gálatas 6.14). Refer indo-se à sua pregação do eva nge
lho, escreveu: "Po rqu e decidi nada saber ent re vós, senão a Jesus Cris
to e este crucificado" (1 Coríntios 2.2). O grande propósito do culto de
comunhão da igreja ou ceia do Senhor, instituído pelo Senhor Jesus na
noite em que foi traído, é que nós nos lembremos da "morte do Se
nhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11.26).
Leia Êxodo 3.5 e 19.10-13. O que havia no Senhor para que as pessoas
devessem tomar o máximo de cuidado ao aproximar-se dele?
57
Consulte Jó 42.5-6 e Lucas 5.8. O que havia no Senhor que levou Jó e
Pedro a sentirem-se tão miseráveis e impuros na presença de Deus?
58
Como esses dois textos podem ser considerados equivalentes na
expres são da lei moral? Bus que ajuda em Romano s 13.8-10.
•0
As dores de qu em Cristo carregou? (versículo 4)
62
Por trás disso tud o há o extensivo cenário do Antigo Te sta men to. De us
estabeleceu a cruz no contexto do Judaísmo do Antigo Testamento para
mostrar como a morte de Cristo deve ser interpretada. Alguns desses
quadros do Antigo Testamento são:
1. O CARNEIRO DE ISAQUE (Gênesis 22.1-19)
Consulte especialmente Gênesis 22.13. Copie a expressão que fala
do carneiro sendo oferecido como substituto.
63
Seus santos dedos desenvolveram o galho
Onde cresceram os espinhos que o coroaram
Os pregos que o feriram foram extraídos
De veios secretos por ele formados.
Conclusão
Reflita sobre o que você aprendeu ne ste estud o e use esse ensin amen to
na oração, na adoração e no louvor ao Senhor.
64
ESTUDO 8
POR QUEM CRISTO MORREU?
No estudo anterior, vimos que o Novo Testamento ensina que o Se
nhor Jesus, com seu sacrificio substitutivo na cruz:
— de fato redimiu as pessoas das conseqüências dos seus pecados
(Gálatas 3.13);
— de fato afastou a justa ira de Deus contra os pecadores (Romanos
3.25; 1 João 4.10);
65
do pecado em sua vida, mas a Bíblia opõe-se a qualquer pensamento
que sustente a mínima contribuição de méritos humanos para a obra
da salvação como tal.
Leia
Lei a Roman os 3.27
3.27 e Efésios 2.8-10.
2.8-10. Por qu e são
são excl uídas as "o bra s"
realizadas por nós, segundo esses versículos?
Hebreus 10.14. A quem Cristo tornou perfeito aos olhos de Deus por
seu sacrifício?
66
A divina foi paga, de uma vez por todas.
67
Segun do, consulte Hebr eus 2.9-13.
2.9-13. Obse rve a ligação
ligação exis tente en
tre "todos" (versículo 9), "muitos filhos" (versículo 10), "irmãos"
(versículo s l i e 12),
12), "filhos" (versículo 13)
13) e "salvação de le s"
(versículo 10)
10).. Agora,
Agora, que m são "todo s" me nci ona do no versículo 9?
6
e ser salvo" . O chama do é: "Crê no Sen hor Jes us Cristo — e se
você crê, então é um dos eleitos de De us ". A mor te de Cristo foi
em favor de todos no sentido de que todos os que crêem serão
salvos por ele.
b) Há outro aspecto universal na morte de Cristo: sua morte adquiriu
o dia da graça para todas as pessoas. O fato de Deus haver permi
tido que a História do mundo continuasse após a queda foi para
que o pecado continuasse e se desenvolvesse. Ele podia ter colo
cado um ponto final, destruindo o mundo. Mas Deus quis que a
História continuasse para que seus propósitos salvíficos fossem
realizados. A morte de Cristo comprou do tribunal de Deus o adi
amento do juízo.
E dessa maneira que alguns textos das Escrituras falam da morte
de Cristo por aqu eles qu e estão perd idos. Por exe mpl o, 2 Ped ro
2.1 fala de falsos profetas sendo "resgatados" pelo Senhor.
O adiamento do juízo é uma das coisas que está por trás do pensa
mento de Paulo em Atos 17.30 e Romanos 3.25.
À luz do que acabamos de ver, reflita sobre os seguintes versículos e
diga como você acha que eles devem ser entendidos.
1 Timóteo 4.10
1 Timóteo 2.6
1 João 2.2
69
Por que a doutrina da expiação limitada é importante?
1. Ela é importante porque destaca que Jesus nos salva de fato. A obra da
salvação foi completada e acabada sobre a cruz de uma vez por todas
(João 19.30; He br eu s 9.26). O Sen hor Jes us Cristo fez tudo o que era
necessár io para salvar aque les qu e crêem. Por isso, pode mos regozi
jar-nos na nossa segurança em Cristo.
Em que ocasiões de nossa vida cristã o pensamento da completa re
denção nos é de especial conforto?
2. Ela é importante porque nos diz que nós, cristãos, podemos afirmar
para nós próprios: "Jesus me ama". Quando Cristo morreu na cruz,
ele não morreu por uma massa de indivíduos anônimos. Ele morreu
em favor de seus escolhidos. Ele suportou nossos pecados. O cristão
pode ter certeza de que "Cristo morreu por mini".
Leia Gálatas 2.20. Que efeito a realização dessa obra teve sobre o
apóstolo Paulo?
Pelo fato de nos ter dado isso, a dádiva mais cara e maior, ele dificil
mente deixará de nos dar coisas menores, não é mesmo? Isso é de
grande encorajamento para a nossa fé!
Conclusão
Leia o parágrafo abaixo e medite sobre a morte de Cristo na cruz à luz
dessa leitura.
70
71
ESTUDO 9
COMO A GRAÇA DE DEUS VEM A NÓS
"Que devo fazer para ser salvo?" Essa foi a pergunta que o carcereiro
de Filipos fez a Paulo e Silas (Atos 16.30). Ele tinha se dado conta
desesperadamente da fragilidade de sua vida quando um terremoto
sacudiu os alicerces da prisão. Tendo visto o que Jesus realizou pelos
pecadores e percebendo a fragilidade de nossa vida, essa é uma per
gunta que nós também devíamos nos fazer.
A graça de Deus provê perdão para os pecadores por meio da morte de
Cristo. Ele nos leva a con hec er Deu s e nos torna aceitáveis a ele por
que somos redimidos às custas de Cristo. Mas como essa graça — esse
perdão, essa vida espiritual — se torna efetiva em nossa vida?
Fé pessoal
1. DEUS NOS TRATA
COMO INDIVÍDUOS
A primeira coisa na qual
a Escritura insiste é que
a salvação é pessoal. Ter
nascido num país "cris
tão" onde facilmente
podemos ouvir o evan
gelho, ser parte de uma
família cristã onde a Bí
blia é lida, acompanhar
a cada domingo o povo
à igreja — todas essas são coisas boas mas são insuficientes para nos
salvar. Para qu e o per dão e a vida espiritual sejam nossos, De us pre
cisa lidar com cada um de nós particularmente.
Como Jesus enfatizou isso ao mestre religioso, Nicodemos, em João
3.1-8?
2. O ÚNICO MEDIADOR
Em segundo lugar, podemos perguntar: "Como é possível que as
pessoas possam tratar com Deus no nível pessoal, individual? Não
precisamos de alguém que atue como intermediário? O dogma cató
lico-romano sempre considerou a igreja como uma espécie de inter
mediária entre Deus e os pecadores, e concede a graça como se fosse
um tipo de substância espiritual levada até o indivíduo pelos sacer
dotes e sacramentos. Portanto, a visão católica tradicional tem sido a
de que não pode haver salvação fora da Igreja Católica Romana.
Mas a Bíblia ensina que Jesus Cristo é nosso sacerdote. Ele é o único
intermediário entre Deus e os seres humanos. Assim, conhecendo as
promessas de Deus no evangelho, somos convidados a ir diretamen
te a Deus por intermédio de Cristo.
Copie 1 Timóteo 2.5
3. FE SOMENTE
Consulte Atos 16.30-31. Qual foi a resposta do apóstolo Paulo ao ho
me m qu e lhe per gun tou : "Q ue devo fazer para qu e seja salvo?"
Recebemos perdão e vida espiritual de Deus quando o Espírito Santo
atua em nosso coração para conduzir-nos à fé no Senhor Jesus Cristo.
Verifique isso, con sul tando João 3.16; Romano s 3.22; 5.1.
O ensino bíblico da salvação pela fé é uma surpresa para muita gente.
As pessoas tendem a pensar a respeito da religião em termos de con
quistar um lugar no céu sendo boas e obedecendo regras. O cristianis
mo é popularmente entendido como se consistisse de cidadãos que
observam as leis, que levam vidas retas e são gentis com seus vizinhos.
Porém, isso é uma falsa compreensão e significa colocar o carro à frente
dos bois.
A Bíblia ensina categoricamente que não somos salvos por nossas boas
ações (Romanos 3.20). Elas nunca seriam boas o suficiente aos olhos do
santíssimo Deus, e nós sabemos disso. Não merecemos a salvação. Mas
o maravilhoso ensino do evangelho é que Cristo obteve, por seus méri
tos, salvação para nós; ele a adquiriu para seu povo com seu sangue. A
ele pertencem as pessoas que possuem fé nele. Somos salvos pela fé
em Cristo.*
Uma vez salvos e conhecedores da alegria do perdão de Deus, deseja
remos viver de maneira agradável a ele por gratidão ao seu amor. No
entanto, não são as boas ações, mas a fé, simples confiança pessoal em
Cristo, que traz salvação.
Em Gálatas 2.15-16, Paulo diz que a salvação vem pela fé somente e
não por boas obras. Leia esses versículos e depois tente reescrevê-los
em suas próprias palavras.
*Você encontrará algumas vezes na Escritura que o critério para a salvação é a fé (Atos 16.31),
às vezes arrependimento (Lucas 24.47) e outras vezes arrependimento e fé (Marcos 1.15;
Atos 20.21). A razão disso é que arrependimento e fé são parte e parcela da mesma coisa; eles
são os dois lados da mesma moeda.
Verdadeira fé é o voltar-se da alma em confiança ao Senhor. Mas o voltar-se sincero ao
Senhor envolve necessariamente o afastamento do pecado e do ego. Portanto, verdadeira fé
inclui arrependimento.
Verdadeiro arrependimento significa dar as costas ao pecado, entristecido pela vida do
passado, e perseguir na prática o que é justo e bom. Mas somente podemos perseguir o que
é jus to qua nd o confia mos no Sen hor e o servimos , ele que é a font e de toda justi ça e bem.
Portanto, verdadeiro arrependimento inclui fé.
Re ce be mo s a graça de De us som en te pela fé. Fé é o voltar-se da alma para agarrar-se ao
Senhor pela fé em Cristo e na sua obra redentora que traz salvação ao indivíduo.
74
Martinho Lutero redescobriu o fato de que Deus dá graça diretamente
por meio da fé sem a mediação da igreja e sem o nosso merecimento
dela pelas nossas "boas obtas". Essa redescoberta conduziu ao grande
reavivamento espiritual, à verdade e à alegria, conhecidos como a Re
forma. O simples prazer de saber que ninguém é ruim demais ou está
longe demais para ser salvo por Cristo ao vir a ele em fé, varreu todo o
continente europeu e mudou o curso da História. Sola fide ("fé somen
te") foi o grito de guerra da Reforma.
Outros ainda sustentam que o Espírito Santo atua de tal maneira nos
eleitos de Deus que muda a natureza deles fazendo com que queiram
confiar em Cristo e assim fazem. Evidentemente, por causa da nossa
75
condição de decaídos, todas as pessoas resistem ao chamado do evan
gelho, mas por essa "graça irresistível" ou " chamad o eficiente" de Deu s,
a mente, o coração e a vontade do ser humano são mudados de modo
qu e ele alegra-se em confiar no Salvador. His tor ica men te esse pon to
de vista é chamado de calvinismo, por causa do reformador francês do
século XVI.
76
As verdades básicas e textos da Escritura
Em primeiro lugar, observe como essa verdade do chamado eficiente
se enquadra novamente em tudo o que vimos até aqui. Se os seres
humanos são espiritualmente cegos, mortos e incapazes de se salvarem
a si próprios por causa do pecad o; se De us em sua graça te m o propósi
to de salvá-los e se Cristo morreu a fim de obter salvação, então segue-
se logicamente que Deus também deve prover os meios para chamá-
los aos benefícios da salvação qu e lhes preparou. De us efet iva men te
chama os eleitos à vida espititual e ao perdão.
Em segundo lugar, isso não apenas é lógico, mas é o ensino das Escrituras.
1. A obra do Espírit o Santo é abs olu tam ent e necessária para sermos
capazes de ver a ver dad e do evange lho e crer (João 3.3; 1 Corínt ios
2.12).
2. Fé não é simp les me nte nossa resposta a Cristo: é um dom qu e Deu s
nos con ce de (Ma teu s 16.17; Efésios 2.8; Fili pens es 1.29).
Pense no ensino de Efésios 2.8. Por meio de que somos salvos?
77
Como essa graça vem a nós?
Como o versículo 37 nos mostra que Jesus sabia que a graça de Deus
é irresistível?
2. NOVO NASCIMENTO
Con sul te João 3.1-8; 1 Pedro
1.3,23. De qu e maneira um
bebê pode contribuir para dar
vida a si mesmo?
Porém, tendo visto que a vocação eficaz é obra de Deus e que sem a
ação divina as pessoas não podem ser convertidas, seria errado concluir
que por isso não deveríamos exortar pessoas a voltarem-se para Cristo
ou ordenar a elas que se arrependam e creiam. (Lembre-se do estudo 3
a respeito da soberania de Deus e a responsabilidade humana.)
Lei a Mat eus 11.25-30. Nosso Senhor Jesus Cristo sentia-se feliz em
afirmar a verdade da soberania de Deus na salvação (versículos 25-27)
junto com a livre oferta do evangelho a todos os que viriam a ele
(versículos 28-30).
Conclusão
Com base no que aprendemos nesse estudo, como você encorajaria um
amigo não-cristão que veio a você e disse que desejaria ter uma fé como
a sua e que gostaria de cter mas não consegue?
79
As verdades ap rendida s levam o cristão a empenhar- se no evangelismo
com esperança e com oração. Não podemos levar pessoas à fé em Cris
to, mas Deus pode!
C. H. Spurgeon diz: "A cruz de Cristo não está erguida ali simplesmente para
cada pessoa olhar para ela, e então deixar para o acaso se pessoas irão ou não
olhar. A cruz está ali livremente para cada alma que vive, todavia, Deus deter-
minou que ela não seja negligenciada. Há um número que ninguém pode contar
que deverá, por graça irresistível, ser levado a abraçar aquela cruz como a espe
rança das suas almas. Jesus não terá morrido em vão. Deus dará vontade a
seres humanos no dia do seu poder.
80
ESTUDO 10
OS SINAIS DA GRAÇA
Como alguém pode ter certeza de
que foi salvo?
Quando nos tornamos cris
tãos, conhecemos, até certo
ponto, a maravilhosa experi
ência subjetiva do Espírito
Santo testemunhando ao nos
so espírito que somos filhos
de Deus (Romanos 8.16). O
Espírito Santo, em nosso co
ração, nos assegura da verd a- .
de das promessas salvadoras
de Deus e nos leva a nos apoi
armos nelas.
Mas além dessa experiência
subjetiva, há mudanças objetivas em nossa vida as quais evidenciam o
fato de que fomos salvos. Nosso pensamento, nossos desejos e nosso
comportamento começam a mudar por amor a Cristo. Tais mudanças
atestam a presença do Senhor em nossa vida. Uma pessoa salva começa
a mostrar esses sinais da graça.
Esse processo de mudança não suprime ou sufoca nossa individualida
de. Na ver dad e, ele nos traz gra nde bênçã o ao sermos renovad os e nos
tornamos as pessoas que Deus quis que fôssemos.
Para que grande mudanç a Deus nos predestinou? (Romanos 8.29)
í
Cristo é o santo Filho de Deus, e quando nos tornamos cristãos nossa
vida começa a mudar de tal maneira que também passamos a viver vida
santa como ele. Esse processo de mudança varia, até certo ponto, de
cristão para cristão, mas devia ficar claro que o processo de mudança
para tomar-se mais semelhante a Cristo começou e está continuando.
O crescimento e a mudança para sermos semelhantes ao Filho de Deus
são sinais de que estamos espiritualmente vivos.
Outra maneira de encarar isso é dizer que nos tornamos cristãos pelo
arrependimento e pela fé. E arrependimento e fé implicam mudança.
Nunca seremos perfeitos até alcançarmos o céu, e assim nossa cami
nhada cristã neste mundo é de arrependimento e fé contínuos (Mateus
6.12).
Copie as instruções de Paulo para a vida cristã conforme expressas em
Colossenses 2.6-7.
82
3. O cristão é uma pessoa que vive uma vida de evidente testemunho
de Deus (Mateus 5.14-16).
Não é fácil viver dec lar ada men te para Cristo. Mas por qu e som en te
uma fé qu e dá te st em un ho é fé verdadei ra? (Veja Ma teu s 10.32-33).
84
ajudar-nos a ter mais sucesso." O que há de errado nessa afirmação,
segundo Mateus 6.19-24?
O escritor da epístola aos Hebreus pode não ter sido Paulo, mas consul
te Heb re us 6.9-12. Ao falar das "coisas qu e acomp anh am a salvação", o
85
autor enfatiza as mesmas três virtudes. Até quando ele diz que essas
virtudes persistem na vida cristã?
Lei a Gálatas 5.22-23. Com o essas três virtu des se relacionam ao ensi
no de Paulo sobre o fruto do Espírito?
O APÓSTOLO JOÃO
João escreveu sua primeira carta para que as pessoas tivessem certeza
de que elas realmente eram pessoas cristãs salvas (1 João 5.13).
Como João deixa bem claro que nenhum cristão é perfeito nesta vida?
(1 João 1.8-10).
86
Os sentimentos do cristão mudaram — ele ama Deus e ama outros cris
tãos. Verifique isso em 1 João 2.10; 3.14; 4.7, 19-21.
Tudo isso mostra a presença do Espírito Santo em nossa vida (1 João
3.24; 4.13).
Como esse ensino sobre a mudança da mente, da vontade e do coração
do cristão se enquadra no que vimos no estudo 5 sobre a queda do ser
humano?
A CARTA DE TIAGO
Consulte Tiago 2.14-26. De acordo com Tiago, como a fé genuína se
mostra na vida de alguém?
87
O APOSTOLO PEDRO
Consulte 2 Pedro 1.5-11. Como Pedro relaciona a mudança na vida de
uma pessoa e o crescimento no caráter cristão ao decreto da eleição de
Deus?
88
ESTUDO 11
PRESERVAÇÃO E PERSEVERANÇA
Vimos que a Bíblia provém de Deus e trata fundamentalmente a res
peit o de De us . Ela ta mb ém nos fala a respe ito do ser hu man o. Ela nos
diz que, embora o ser humano tenha sido criado originalmente à ima
gem de Deus, ele agora está completamente caído e é incapaz de sal
var-se a si e até mesmo de perceber essa sua necessidade.
Na eternidade, Deus escolheu salvar uma grande multidão dentre a
humanidade rebelde. Cristo fez expiação na cruz para esses pecadores
eleitos. De us , por sua vez, efet iva men te chama cada um deles e o leva
à fé em Cristo e assim para a experiência da salvação.
89
O QUE APRENDEMOS ATÉ AQUI TORNA CLARA A SEGURANÇA DO
CRISTÃO
Deus o Pai se propôs salvar seu povo em favor de quem Cristo morreu
e em quem o Espírito Santo realiza o novo nascimento. Se algum dos
que Deus se propôs salvar sucumbir e não chegar ao céu, então a onis-
ciência de Deus terá fracassado e ele não é mais onipotente e não pode
ser Deus!
Leia Isaías
Isaías 46.9-10. Qual é a "boa vo nta de " de Deus?
Se Deus não cumprisse essa promessa, que implicações isso teria para
ele?
Uma vez compreendido que Deus é soberano e que ele se propôs sal
var seu povo, fica claro que todos os cristãos verdadeiros estão eterna
mente seguros.
Ele pagou um preço muito alto; é impossível pensar que ele desperdi
çaria o preço. Se o seu poder pode salvar os ímpios, então é suficiente
para guardar os crentes!
90
EMBORA
EMBORA CRISTÃOS FALSOS POSS POSSAM
AM E IRÃO SE PERD ER, ISSO NUN
CA PODERÁ ACONTECER COM O VERDADEIRO CRISTÃO
Às vezes as Escrituras falam de pessoas que chegam ao seio da igreja, e
que nos final se perdem, mas sempre fica claro que, embora tais pesso
as tivessem uma aparência de fé, na verdade nunca submeteram-se
verdadeiramente a Cristo e não eram cristãos reais.
Leia a parábola do semeador em Marcos 4.1-20. Quem são os cristãos
reais e quem são os "cristãos temporários"?
Veja
Veja os versíc ulos 16-19. Quais
Qua is são
são os motiv os pelos quais
qua is esses "cr is
tãos temporários" desistem da fé?
Seja qual for a experiência que eles tiveram com o evangelho, eles nunca
91
se submeteram a Cristo a ponto de, quaisquer que fossem as provações
ou outras atrações, ficar firmes nele. O âmago do seu coração de fato
nunca foi mudado. Na realidade nunca foram cristãos.
Leia Hebreus 6.4-12. Essa passagem fala da queda daqueles que tiveram
algum tipo de experiência com o Espírito Santo. Como o escritor descreve
a experiência religiosa que eles tiveram antes de se desviarem?
Tais pessoas são cristãos falsos. O escritor continua explicando que cris
tãos verdadeiros experimentam coisas melhores — "coisas que acom
panham a salvação". Como ele mostra crer que, onde os sinais da graça
de fato estão evidentes, tal pessoa nunca se perderá?
4. Alguns textos esta bel ece m a nature za de nossa vida em Deu s. Qual
é a promessa em João 11.26 e João 10.28-29?
Veja João 5.18. Q ue m guarda aqu ele cuja vida não é mais domi nada
pelo pecado?
93
Con sul te João 17.1-3. Em qu e sen tid o a vida eter na difere da mor te
eterna?
Consulte Efésios 1.4-6. Pode alguém que agora está "em Cristo" tor
nar-se em algum momento inaceitável a Deus?
Conclusão
Os cristãos nun ca poderã o se perder. De us nos levará em segurança ao
novo céu e à nova Terra. Essa verdade é motivo de inexprimível con
forto para filhos de Deus. Se você é um filho do Deus vivo, não viva
como um órfão! Ande em comunhão com seu Pai. A verdade da segu
rança etetna não significa que tomemos a salvação como algo natural e
vivamos vida ímpia: mostramos que somos filhos dc Dzvs nela santida-
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de — e que privilégio isso é! A
única conclusão adequada é nos
curvarmos humildemente em
adoração e louvor pela grandio
sa graça que Deus mostrou para
conosco.
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LEITURA S PARA APR OFU ND AME NT O
1. Bases da Fé Cristã (3 vol.) — Lud ger o Braga
2. Breve Catecismó, O
3. Cân one s de Dort, Os
4. Catccismo Maior, O
5. Confissão de Fé de Westminster, A
6. Escolhidos em Cristo — Samuel Falcão
7. Glória de Cristo, A — R. C. Sproul
8. Mistério do Espírito Santo, O — R. C. Sproul
9. Salvos Pela Graça — A. [loekema
CITAÇÕES
\. Works of Richard Sibbes, editado por Alexander B. Grosart, Vol. 1, Banner of Truth Trust,
1973 reeditado, p. 413.
2. Tho mas Watson, A Body of Divinity, Banner of Truth Trust, 1975 reeditado, p. 14.
3. B. B. Warfield, Selected Shorter Writings, editado por John Meeter, Vol. 1, Presbyterian and
Reformed, 1970, p. 104.
4. C. H. Spurgeon, Metropolitan Tabernacle Pulpit, Vol 33, Banner of Truth Trust, 1969
reeditado, pp. 198-199.
5. Richard Baxter, Call to the Unconverted, Evangelical Press, 1976 reeditado, pp, 42-43.
6. Martin Luther, Sermons on the Gospel of St. John, Chapter 6-8 (trad. M. PL Bertram), Concordia
Publishing House, St. Louis, 1959, p. 36.
7. B. B. Warfield, The Plan of Salvation, Eerdmans, edição revisada, 1936, pp. 73-74.
8. Citado em Henry Gariepy, 100 Portraits of Christ, Victor Books, 1987, p. 20.
9. The Works of John Owen, editado por William H. Goold, Vol. 10, Banner of Truth Trust, 1 967
reeditado, p. 285.
10. Matthew Poole, A Commentary on the Holy Bible, Vol 3, Banner of Truth Trust, 1963
reeditado, p. 921.
11. Gardiner Spring, The Attraction of the Cross, Banner of Truth Trust, 1983, p. 34.
12. B. B. Warfield, The Plan of Salvation, pp. 48-49.
13. B. B. Warfield, Selected Shorter Writings, Vol. 2, p. 726.
14. C. H. Spurgeon, New Park Street Pulpit, Vol. 6, Banne r of Tru th Trust , 1964 reed ita do,
p. 256.
15. J. I. Packer, Keep in Step with the Spirit, Inter-Varsity Press, 1984, p. 104.
16. C. H. Spurgeon, Metropolitan Tabernacle Pulpit, Vol. 26, Ban ner of Tru th Trust , 1971
reeditado, p. 476.
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