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sene

ADULTOS
AntigoTestamento 4
ESCOLA BÍBLICA - GRUPOS PEQUENOS - ESTUDOS BÍBLICOS
C o p y rig h t © 2 0 0 5 , direíor
E d ito ra C r is t ã E v a n g é lica Abimael de Souza
6a reimpressão, 2012
CORSUitOr
Todos os direitos John D. Barnett
nacionais e internacionais
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Nenhuma parte desta editor
edição pode ser utilizada ou José Humberto de Oliveira
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ou forma, seja mecânico ou
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André de Souza Lima
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a expressa autorização da assistentes editoriais
Editora Cristã Evangélica
Isabel Cristina D. Costa
(lei n° 9.610 de 19/02/1998),
salvo em breves citações, Regina Okamura
com indicações das fontes. Selma Dias Alves

autores
As citações bíblicas
foram extraídas da versão André de Souza Lima
Almeida Revista e Atualizada (ARA), Betty Bacon
2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), Bill Bacheller
exceto indicações de outras versões. Claire Nancy Siddaway
Enoque Vieira de Santana
Evaldo Alencar de Lima
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SALMOS
POESIAS INSPIRADAS
De todos os livros da Bíblia, o Livro dos Salmos tem ocupado um lugar de
destaque na experiência cristã. É impossível subestimar o significado deste livro
de poesias inspiradas tanto para os judeus como para os cristãos de todos os
séculos. O Saltério era o livro de cânticos usado no templo de Salomão, ao qual
outros salmos e poesias foram acrescentados. É bom saber que a compilação
dos 1 50 salmos é pós-exílica, e não temos nenhuma informação a respeito do
critério usado. Os salmos foram memorizados pela igreja primitiva e cantados
no mundo todo. Eles exerceram grande influência na era da Reforma.

Durante três mil anos os salmos têm desempenhado um grande papel na vida
do povo de Deus, alimentando crianças e jovens, orientando peregrinos,
apaixonando reformadores, inspirando pregadores e confortando cristãos
atribulados. No AT, o povo de Deus fazia uso dos salmos quando ia adorar
ao Senhor no templo, e os judeus de hoje continuam a usá-los na sinagoga.
Como notamos em Colossenses 3.1 6 e Tiago 5.1 3, os cristãos do NT também
os cantavam, e nos dias de hoje, quantos hinos e cânticos espirituais são
baseados na letra dos salmos!

Mas é na vida individual que o uso Deles tem sido tão abençoado - na hora
das provações, nas tentações, na tristeza e nas alegrias. De fato, os salmos são
um grande tesouro de consolo e encorajamento.

Não é possível estudar em dezessete lições todos os 150 salmos. A finalidade


desta revista é estudar alguns dos mais representativos entre os vários tipos,
com o intuito de levar nossos prezados leitores a um estudo mais profundo
deste livro poético.

John D. Barnett

Bibliografia..............................................................................................................................

• Salm os Favoritos, John Stott, A bba Press.


• S alm o s, introd ução e co m en tário (2 vols.), Derek Kidner. Edições Vida Nova.
• Teologia da adoração, Ronald Allen e Jordan Borror. Edições Vida Nova.
• A Bíblia em esboços, Haroldo Willmington. Editora Hagnos.
• O N ovo D icio nário da Bíblia (artigo so bre Salm os), ed. J.D . Douglas. Edições Vida Nova.
ÍNDICE

Lição 1 / / Salmos - poesias inspiradas.........................................................7

Lição 2 / / Salmo 1 - O homem bem-sucedido............................................11

Lição 3 / / Salmo 2 - “Tu és meu Filho"........................................................ 14

Lição 4 / / Salmo 8 - “Que é o homem?” .....................................................18

Lição 5 / / Salmo 1 5 - 0 hóspede de Deus................................................. 21

Lição 6 / / Salmo 23 - 0 Supremo Pastor................................................... 25

Lição 7 / / Salmo 32 - A felicidade de ser perdoado...................................28

Lição 8 / / Salmo 42 - Esperança na tristeza.............................................. 32

Lição 9 / / Salmo 51 - Saindo do abismo.....................................................35

Lição 10 / / Salmo 67 - “Louvem-te os povos todos” ....................................39

Lição 11 / / Salmo 69 - Como reagir à oposição........................................... 42

Lição 12 / / Salmo 73 - A prosperidade dos ímpios......................................46

Lição 13 / / Salmo 84 - 0 lugar de D eus.......................................................49

Lição 14 / / Salmo 91 - Deus é meu escudo................................................. 52

Lição 15 / / Salmo 103 - A alma agradecida................................................. 55

Lição 18 / / Salmo 126 - Colhendo com júbilo.............................................. 59

Lição 17 / / Salmo 139 - Deus está no controle!........................................... 62


SALMOS
POESIAS INSPIRADAS
Pr. André de Souza Lima

IN TRO D U ÇÃ O

O livro de Salmos é singular. M uitas pessoas,


evangélicas ou não, têm alguma relação com esse i ‘ Vj
n p nau tVi tA ipk mteyneie I
livro. Alguns exemplos são bem conhecidos: uma lafc-iAsTÚMr.íni-TijiJiAa-KçnTnji '

Bíblia aberta no Salmo 91, na sala de estar da casa, z&n «#• wno» a»n npr « w ? o» u 4
yr t-a ’ay yg “f v T i bsnyyio nrn
um conjunto de CDs com alguma voz que lê os
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salmos. Há mais ou menos cinco opções diferen­
rrwa entoa: eçsss; a%ryb lySu
tes de conjuntos de CDs. Além disso, você pode iiawi srwn.TT? TV a j» jnt—5 j

encontrar receitas mágicas ou simpatias com os


salmos em classificados de grandes jornais ou em ) í
revistas dedicadas a temas religiosos, esotéricos
ou chamados espirituais.

No entanto, existe uma série de fatores que tornam


o livro de Salmos um livro singular. Os Salmos não
estão relacionados à sua popularidade, mas sim a
Texto básico
algumas características importantes e próprias Deles. Salmo 119.97-105
São essas características que estudaremos nesta lição. Texto devocional
ISamuel 2.1-11

I - SEU S A U T O R ES Versículo-chave
“Todo ser que respira louve ao Senhor.
Todos os outros livros bíblicos têm um autor ou Aleluia!" [S\ 150.6).

no máximo um autor e um secretário. Mas o livro Alvo da lição


O aluno conhecerá a estrutura do
dos Salmos tem vários autores. Eles viveram em
livro de Salmos, suas características
épocas diferentes e exerceram funções diferentes. principais e como pode utilizá-lo
mais efetivamente em sua vida cristã.

1. Davi - é o autor mais conhecido. Sua experiên­ Leia a Bíblia diariamente


cia de vida aparece nos Salmos. Tudo o que ele foi Segunda: S11.1-6
Terça: SI 2.1-12
e fez influenciou sua escrita. Ele foi músico, pastor, Quarta: SI 13.1-6
Quinta: SI50.1-23
poeta, soldado, fugitivo, amigo e rei, além de ter Sexta: SI51.1-19
sido o escritor da maioria dos salmos. Aproxima­ Sábado: SI120.1-7
Domingo: S1148.1-14
damente 7 3 salmos são atribuídos a ele.

2 . Salom ão - é outro rei que também escreveu


salmos. Ele escreveu os de número 72 e 127.
3 . A sa fe _ é um grande m ú sico e II - SEU S TÍTU LO S
regente, que escreveu 12 salmos. No
primeiro livro de Crônicas (capítulos Há dois tipos de título que precisamos
15 e 16) descobrimos que ele era um estudar: os títulos que foram dados ao
dos três chefes do ministério de música livro como um todo e os títulos dados
organizado por Davi. a cada salmo individualmente.

4 . M oisés _ escreveu o salmo 90. O livro de Salmos é chamado em hebrai­


co de O livro dos louvores (Sefertehillim).
5. Filhos de C oré ( lC r 9 e 16) - esses Ou simplesmente Louvores. O conteúdo
autores são os descendentes de Coré, um desse livro é de poesias para louvar a
levita. Nos capítulos de Crônicas os no­ Deus. Quando o Antigo Testamento foi
mes de alguns Deles são mencionados. traduzido para o grego, o livro recebeu
0 nome de Hinos de Louvor (psalmoi).
. Hemã e Etã ( lC r 15.19) - cada um
Essa palavra aparece sete vezes no Novo
escreveu um salmo. Eles eram, junto com
Testamento (Lc 20.42; Lc 24.44; At 1.20;
Asafe, músicos do tempo de Davi. Embora
At 13.33; IC o 14.26; E f5.19; C l3.16). O
haja outros homens com o mesmo nome
livro de Salmos, na Bíblia em português,
na Bíblia, esses dois parecem se encaixar
recebeu o nome da versão grega do An­
bem com o contexto em que os salmos
tigo Testamento.
eram usados, uma vez que estavam envol­
vidos diretamente na música do templo. Os salmos, individualmente, têm vários
títulos que trazem informações de diver­
7. O utros autores - há outros autores,
sos tipos. Em nossas Bíblias estes títulos
além desses que são identificados no
vêm escritos com letras pequenas antes
próprio livro de Salmos. Os tradutores
do versículo 1. Mas no texto hebraico eles
da Septuaginta, que traduziram o texto
aparecem junto com os versículos. Alguns
hebraico para o grego, atribuíram salmos
são muito curiosos e interessantes. Veja a
a Ezequias, Jeremias, Ageu, Zacarias e
lista a seguir e confira alguns desses títulos.
Esdras. Tantos autores assim trazem
uma pergunta inevitável: se todos esses 1 .Títulos que indicam autoria (Sl 15).
escreveram, quem organizou tudo num
livro só? A tradição judaica atribui esse 2. Títulos que indicam o caráter do
relevante trabalho a Esdras. O currículo salino. A palavra salmo é a tradução
Dele colabora para isso. Esdras era escri­ de uma palavra hebraica que significa
ba, intérprete da lei, sacerdote e acima de música acompanhada com instrumentos de
tudo amava a Palavra de Deus (Ed 7.10). corda. Por exemplo Salmo 4. Além desse,
O livro de Salmos é único porque, além temos a palavra “Cântico da dedicação
de ter diversos autores, foi o que mais da casa” em Salmo 30. Alguns trazem o
tempo demorou em ser escrito. Com e­ título salmo didático, que era uma poesia
çamos com salmos de Davi e termina­ para ensinar uma verdade específica
mos com os de Esdras. Temos salmos (Sl 32). Outros salmos são intitulados
em toda a história de Israel. cântico dos degraus ou cântico de romagem.
8
Esses eram salmos cantados ou recitados ele se foi. Outros salmos com esse tipo
enquanto os peregrinos viajavam para de informação são: 3 ,7 , 18, 30, 51, 52,
adorar e sacrificar a Deus no templo em 54, 5 6 ,5 7 , 59, 6 0 ,6 3 e 142.
Jerusalém (SI 122). Um último título é
oração. O título sugere uma poesia para
ill - SU A O R G A N IZ A Ç Ã O
ser recitada em forma de oração.

3. Títu los que indicam o uso litúrgico. Talvez você nunca tenha notado, mas o
O salmo 9 2 traz a indicação para ser livro de Salmos é dividido em 5 livros.
usado no dia do Sábado. Alguns estudiosos afirmam que esses li­
vros têm um tema comum e uma relação
Sal­ com o tema principal de um dos livros
mo 4 traz a anotação ao mestre de canto e o do Pentateuco. Cada um Deles termina
salmo 45 diz: segundo a melodia “os lírios”. com uma doxologia, uma fórmula. Veja
5. T ítu lo s que envolvem o contexto. um quadro resumido sobre com o os
O salmo 3 4 inform a que Davi o es­ salmos foram organizados’ (Adaptado
creveu quando se fingiu amalucado na de Ellisen, Stanley. Conheça melhor o
presença deAbimeleque e, por este expulso, Antigo Testamento, p. 163).

C O M O OS SALMOS FO RAM ORGANIZADOS


Livro I Livro 11 Livro III Livro IV Livro V
SI 1-41 SI 42-72 SI 73-89 SI 90-106 SI 107-150
Relação com
Gênesis Êxodo Lc vítico Números Deuteronômio
o Pentateuco
Ruína e Reincidência e
O homem e Palavra de
Tema redenção de O Santuário restauração de
seus caminhos Deus e Louvor
Israel Israel
Introdução Salmo 1 Salmo 42 Salmo 73 Salmo 97 Salmo 107
Doxologia 41.13 72.19 89.52 106.48 150.6

Vários salmos têm uma palavra que não estrutura e expõem uma área espiritual
é traduzida, mas é escrita em português em comum. Os principais grupos são:
com o mesmo som que em hebraico: selá. s de lamento: podem ser indi­
Há várias opiniões sobre o significado viduais e coletivos. Neles os autores
dessa palavra, mas em resumo podemos descrevem uma intensa aflição apre­
dizer que é uma pausa que podia ser sentando a Deus queixas e súplicas. No
acompanhada por instrumentos musicais entanto, esses salmos não devem ser
e tinha o objetivo de reflexão e oração.1 interpretados como queixas sem fim,
mas como a oração de uma pessoa afli­
1. Sua estrutura ta que no meio da luta e do sofrimento
Os salmos têm também uma estrutura descobre a graça de Deus. Ao descobrir
literária peculiar. Podem os agrupar uma manifestação de Deus, o salmista
vários salm os que têm uma mesma louva ao Senhor e O adora.
b. Salm os im precatórios: são aqueles da na própria lei do Senhor. No livro dos
que pedem a condenação dos iníquos, e Salmos, Deus é o Libertador, o Salvador,
que Deus manifeste Sua ira na vida dos o Redentor e o que levantará o M essias.
ímpios (SI 31.17-18; 40-14-16; 54.7).
Os salmos também falam do relacionamen­
c. Salm os m essiân ico s: referem-se à to de Deus com o homem. Três questões
pessoa, ao caráter, às obras e às fun­ básicas envolvem esse relacionamento:
ções do Messias. Os mais conhecidos temor, que implica compromisso e obedi­
são o salmo 2 e o 22. ência, dependência e, finalmente, adoração.

d. Salm os de louvor: contém expres­


C O N C LU SÃ O
sões de louvor a Deus. Exaltam ao
Senhor pelo que Ele é e também pelo Algumas lições práticas são evidentes
que Ele faz. Salmos 8,19 e 100. ao estudarmos o livro dos Salmos. Va­
mos apenas citá-las, uma vez que nas
e. Salm os reais: esse tipo de salmo fala
próximas lições da revista estudaremos
de algum aspecto da vida do rei.
alguns salmos e suas lições específicas.
f. Salm o s d id á tico s: são salmos de • Um louvor agradável a Deus brota de
sabedoria que trazem reflexões a res­ um coração puro no meio de sua vida
peito do justo e do ímpio, a respeito da cotidiana.
Lei do Senhor e a respeito da história • A organização do livro mostra o zelo
do relacionamento de Deus com Seu daqueles que cuidavam do serviço
povo (Salm os 1, 1 1 1 ,1 1 2 e 1 1 9 ). no templo.
Alguns desses salmos são acrósticos, •Os salmos não são uma espécie de amu­
isto é, cada verso (não versículo) co ­ leto, mas sim trechos bíblicos para
meça com uma determinada letra do serem estudados com profundidade.
alfabeto hebraico. Essa é a razão por • Um relacionam ento h onesto com
que algumas bíblias trazem as palavras Deus im plica expressarmos o que
alef, beit, guímel (nomes das letras estamos sentindo, não com espírito
hebraicas) em salmos, como o 119. de arrogância, mas sim com espírito
de dependência.
2 . Sua teologia
I" — —— —— —— — ——— — —— —1
O livro dos Salmos é bastante amplo na
Faça um projeto prático com o livro |
apresentação de sua teologia. Trata de
dos Salmos. Você pode ler o livro bus- 1
diversos temas. Fala do homem, de sua
cando características de Deus e depois ,
vida diária, do sofrimento que aparece
elaborar uma lista, ou pode ler o livro 1
em seu cotidiano, da vida curta que é
procurando conselhos sábios para i
terminada com a morte.
um relacionamento com Deus. Ou, ,
Mas o livro também fala da pessoa de melhor ainda, faça-o das duas formas, j
Deus. Apresenta uma coleção impres­ Não faça uma simples leitura dos i
sionante sobre os atributos do Senhor, salmos, mas aproveite tudo o que j
que podem ser vistos tanto na criação esse livro tem a oferecer.
como nos feitos de Deus em Israel e ain­
10
SALMO 1 - SALMO DOUTRINÁRIO
O HOMEM BEM-SUCEDIDO

INTRODUÇÃO

Parece que este salmo foi especialmente composto


como introdução ao Saltério inteiro. Sem dúvida,
fica aqui como porteiro fiel. Ele nos impele a per­
ceber o ensinamento de que a escolha de um certo
estilo de vida determina os resultados finais. Ele
nos convida a ler o livro de salmos inteiro como
sendo um guia para uma vida feliz, alegre e aben­
çoada. O porteiro, ao nos deixar entrar no bosque
dos Salmos, apresenta quatro temas repetidos
no livro inteiro: o ímpio, o justo, o juízo final, e a
meditação na lei do Senhor.

O livro é iniciado trazendo à m ente as bem -


aventuranças do Sermão da Montanha em Mateus Texto básico
Salmo 1.1-6
5. O segundo salmo também tem um “feliz o ho­
Texto devocional
mem que” no fim do último versículo. A presença Mateus 5.1-11
dessa segunda bem-aventurança forma um “jogo
Versículo-chave
de dois” e liga os primeiros dois salmos como se "Antes, o seu prazer está na lei do
Senhor, e na sua lei medita de dia e de
fosse uma introdução dupla ao livro de Salmos. noite" (SI 1.2).
O livro de Salmos contém 25 bem-aventuranças
e o livro de Provérbios tem oito. Essa ênfase quer Alvo da lição
O aluno terá sede de desenvolver
destacar o tipo de conduta e caráter que atrai a o prazer de meditar na Palavra do
bênção de Deus. Senhor.

Leia a Bíblia diariamente

i-c :a m s n h o d a v i d a
Segunda: Jr 17.1-11
Terça: Gl 5.16-26
(5! 1.1-3) Quarta: Tt 1.5-9
Quinta: Mt 7.13-14
Sexta: 1Jo5.12
Com o você completaria esta frase: “Feliz é a pes­ Sábado: SI 5.1-12
Domingo: Ne 1.1-9
soa que_______Feliz é a pessoa que tem saúde?
Feliz é a pessoa bem casada? Feliz é a pessoa que
tem casa própria? O primeiro salmo responde da
seguinte maneira: feliz é a pessoa que ções profundas, com o se fossem uma
tem prazer na lei do Senhor. extensão da pessoa. Neste caso, as cogi­
tações foram sobre a Torá, os livros his­
1 .0 que a pessoa feliz não faz (SI 1.1) tóricos e talvez alguns princípios dos
Progressivamente, os verbos (andar, livros de Provérbios, Jó , Eclesiastes,
ficar em pé, assentar) mostram uma Cantares e Salmos. Os livros proféticos
deterioração crescente na capaci-dade não haviam sido escritos ainda. Lem-
de manter distanciamento social e, por­ bre-se de que somente os escribas, sa­
tanto, espiritual de pessoas ímpias. As cerdotes, profetas e reis tinham acesso
nossas amizades cedo ou tarde influen­ às Escrituras, não as pessoas comuns.
ciarão e até determinarão o nosso estado Elas escutavam e decoravam porções
espiritual. "ímpio" dá a ideia de uma grandes das Escrituras. Embora a falta
pessoa culpada de um crime, hostilida­ de acesso às Escrituras tenha trazido
de ou pecado, enquanto "pecar" significa prejuízos, tam bém trouxe vantagens.
falh ar o alvo,falh ar o passo. O "escarnece- Uma das vantagens prováveis foi que
dor" é aquele que caçoa com desprezo, o processo de meditação foi praticado
auto-suficiente e arrogante (P v 2 1.24). por mais pessoas e de maneira mais
O prazer Dele é desprezar (Pv 1.22), profunda que nos dias de hoje. O re­
ele é incapaz de manter autodisciplina sultado desse fato é que provavelmente
(P v 9 .7 ), não aceita repreensão ou cor­ havia mais pessoas saturadas com os
reção (Pv 9 .8 ), e não acha sabedoria pensamentos e princípios de Deus e,
(Pv 14.6). Enfim, ele deve ser evitado portanto, os praticavam.
pelo crente!
3 . 0 resultado saudável de meditação
2. O que o bem-aventurado faz com contínua nas palavras do Senhor
prazer (SI 1.2) (SI 1.3)
A palavra hebraica para prazer tem a O autor emprega uma metáfora, compa­
ideia de deleite, desejo forte, até saudade rando a pessoa que medita nas palavras
de alguma coisa. O prazer daquele que de Deus com uma árvore plantada ao
era alegre era m editar nas Escrituras. lado de uma corrente de águas. O termo
O elem ento com u m do verbo para “corrente" vem do verbo hebraico que
meditar é que a ação vem do interior do significa uma separação ou divisão no
ser humano e fica caracterizada com o solo que pode ser natural ou feita por
parte integral daquele indivíduo. O homem. A água passa nessas “divisões”.
verbo fica traduzido com o cochichar, A grande maioria dos usos no Antigo
sussurrar, recitarem voz baixa,planejar, Testamento refere-se às divisões feitas
gemer, soluçar e meditar. M editar é um por homens, que são regos ou canais
processo que se inicia no pensamento de irrigação. Nesse versículo a corrente
e quando as palavras saem do corpo, é um canal de irrigação onde nunca
através da boca, representam cogita­ falta água. As duas (a árvore e a pessoa

12
que medita na Palavra) têm uma fonte em pé” na roda dos justos.
que supre todos os ingredientes para Deus conhece o caminho do justo. Ele
manter uma vida verdejante no meio de tem um conhecimento derivado da sua
sequidão. Pode acontecer na vida desta experiência com aquele hom em que
pessoa um tempo seco de tristeza, de sabe e faz o que é moralmente certo.
crise financeira, de decepção pessoal, Os padrões éticos foram estabelecidos
de doença, de morte de um familiar, por Deus e as pessoas que os seguem
mas a folha não morre, nem murcha. Ao são chamadas “os certos”, ou os “justos”.
contrário, ela produz o fruto do Espírito E interessante notar que o caminho do
Santo - alegria, amor, perseverança, etc. ímpio perecerá, não o ímpio em si. Este
uso significa que o autor quer realçar que
1 1 - 0 CAM IN H O o ser humano será identificado pelo estilo
DA C O N D EN A Ç Ã O de vida ético que escolher. A conduta
(SI 1.4-6) ética é escolhida cedo na vida humana, e a
pessoa fica identificada diante do Senhor
O versículo quatro emprega mais uma mais pela escolha do caminho moral do
figura de linguagem comparando os ím­ que pelas particularidades sociais, econô­
pios com a palha. O autor quer enfatizar micas ou psicológicas.
um resultado contrário ao dos justos. Os
ímpios não têm raízes para segurá-los nos C O N C LU SÃ O
tempos secos. Os ventos levam-nos para
qualquer canto do mundo espiritual e O salmo tem como alvo principal des­
moral. E eles ficam “amarelados” de fato. crever o que é fundamental para o justo:
A cor representa a ausência de vida. São contato contínuo e alegre com a lei do
moralmente e eternamente sem vida. Senhor. Ele relembra que os que optam
por uma vida justa e frutífera, aqueles
Os únicos que ficarão “em pé” (um tro­ que se deleitam na lei de Deus, serão
cadilho com o verbo do primeiro verso) recompensados (v.1-3). Por outro lado,
depois do julgamento final serão aqueles os ímpios perecerão (v.4-6).
que tiverem desenvolvido raízes na pes­
soa de Deus, o Senhor de Israel. Como Você já fez sua opção, já escolheu a
os justos não devem “ficar em pé” na roda qual grupo quer pertencer?
dos ímpios, os ímpios não podem “ficar
i

SALMO 2 - SALMO MESSIÂNICO


"TU ÉS MEU FILHO"
do Alencar de I ima

IN TRO D U ÇÃ O

O Salmo 2 é o primeiro e, certamente, um dos


mais im portantes dentre os Salmos chamados
messiânicos, que são aqueles que, além de uma
referência real à época em que foram escritos, têm
- t '" 4 -
■ m sua explicação e cumprimento final em Cristo. O
segundo Salmo é atribuído a Davi em Atos 4.25 e
é citado pelo número em Atos 13.33.

Devemos ler a Bíblia com a percepção do autor


espiritual e do escritor humano. Não é diferente
com os Salmos. Essa atitude nos faz compreender
melhor os planos de Deus.
Texto básico
Salmo 2.1-12
O conteúdo do Salmo 2 trata da rebelião dos povos
Texto devocional contra Deus e Jesus, que é o Seu Ungido. Contra
1Timóteo 2.1-5
a rebelião surge uma firme reação divina, além de
Versículo-chave
"Beijai o Filho para que se não irrite,
uma solene advertência do salmista. Veja os três
e não pereçais no caminho; porque principais tópicos deste belíssimo salmo.
dentro em pouco se lhe inflamará a ira.
Bem-aventurados todos os que Nele se
refugiam" (SI 2.12).
I - A R EBELIÃ O D O S PO VO S
Alvo da lição
O aluno reconhecerá que Deus tem
C O N TRA DEUS E SEU UNGIDO
o domínio sobre todos os povos (S I 2 .1 - 3 )
e Deles espera obediência. Caso
contrário, experimentarão o furor do
juízo divino. Tomado pelo Espírito, Davi escreveu para os lei­
tores seus contemporâneos, mas também, mesmo
Leia a Bíblia diariamente
Segunda: Gn 3.1-7 sem saber, estava registrando uma mensagem atual
Terça: Gn 11.1-9
Quarta: Gn 19.1-19 e relevante para o futuro: por que se enfurecem os
Quinta: At 12.20-23 gentios e os povos imaginam coisas vãs?
Sexta: Hb 1.1-14
Sábado: Mt 3.13-17
Domingo: Mt 5.1-12
Atentemos para estas quatro palavras grifadas.
refere-se especial-mente às nações
pagãs.
• Povos: tem o sentido do povo como
E nós, crentes deste m undo pós-
um todo, independente de suas ori­
m oderno, tem os sido governados
gens étnicas, políticas ou territoriais.
por Deus ou por nós mesmos? Quem
■ E n fu re c e m : significa literalm ente
tem comandado nossas atitudes: o
“reunem-se tumultuosamente";
modismo e os líderes da atualidade
• Imaginam: tem como sentido literal
(filosóficos, políticos), ou nos temos
"estudam” ou “planejam".
mantido fiéis ao nosso Rei?

C om o se percebe por estes term os,


todos os povos, judeus e não judeus, I I - A R EA Ç Ã O DIVINA
estavam se reu n ind o tu m u ltu o sa ­ (SI 2.4-9)
mente para estudar meios e planejar
inutilmente contra Deus e Seu Ungido As nações lutam pela sua in d ep en ­
que é Jesus. Davi relata uma rebelião d ência. O s povos querem seg u jr o
generalizada. seu próprio caminho. Os governantes
conduzem as nações sem fazer menção
O Senhor tem assistido Sua criação se dos céus. Tamanha empáfia provoca em
rebelar contra Ele desde o princípio. Deus três reações.
Prim eiram ente foram os anjos. Uma
parte Deles rejeitou o domínio divino. 1. E le reage com profundo sentim ento
A Bíblia nos privou dos detalhes, no de desprezo (SI 2.4)
entanto, nos diz, além de outras infor­ E isso mesmo, a princípio Deus reage
mações, que alguns “...não guardaram o com desprezo. Todo o palco da rebeldia
seu estado original...” (Jd 6 ). Depois, o e conspiração armado pelas nações,
homem, por não acatar o mandamento pelos povos e poderosos não passa de
divino e aceitar as sugestões de Satanás, circo aos olhos divinos. Dos altos céus
rebelou-se contra seu Criador. o Senhor ri ao ver tamanha desventura
e grandiosa ingenuidade.
O homem tem colocado a si próprio no
centro de todas as coisas. E o que impera O texto sagrado diz que D eus zom ­
na sociedade em geral é o desejo que ba D eles. Zom ba porque a atitude é
previu Davi, “Rompamos os seus laços ingênua, desprovida de inteligência e
e sacudamos de nós as suas algemas”. A conhecimento do Alto.
ideia é que a vontade do Senhor deve
ser desprezada, deve ser desconsidera­ Lutar contra o domínio de Deus é pura
do Seu governo, rejeitado e anulado o tolice! É inútil tentar se esquivar do Seu
temor a Ele. O ser humano tem se trans­ domínio, do Seu poder e do Seu juízo. Os
formado em autossuficiente, autônomo passos dados pelas nações são medidos e
e independente, a ponto de dispensar o caminham em direção ao acerto final de
cuidado e o governo divino. contas. Deus está no controle da História!

15
2, E te rt : .. e cosí h na pala t ra dada ao h erd eiro de D avi, em 2
í rceaça ' n a (S i 7 Samuel 7.14. O autor de Hebreus
Depois do desprezo do versículo 4, o ao interpretar o verso 7 do salmo
versículo 5 registra a ira divina, deixan­ 2 atribuiu a Jesus a pessoa do Filho
do muito claro que as autoridades não (c/.Hb 1.5; 5.5).
perdem por esperar, pois no devido
tempo Deus lhes dirigirá a palavra e b. As n açõe s p o d eri im se r Sua he-
experimentarão a confusão promovida reines e os c o n fin s dat tsrrci Suai
pelo Seu furor. Com isso é gerado um posse são (SI 2.8). Isso se vê com a
clima de tensa expectativa. palavra de Deus dirigida ao Filho, no
versículo 8, como promessa de que
A verdade é que o Senhor não fica de as nações virão a ser Sua herança e os
braços cruzados diante de tamanha pre­ confins da terra Sua possessão. É in­
sunção. Todas as maléficas pretensões teressante que as mesmas nações que
humanas de lograr autonomia diante lutavam para conquistar autonomia
do Criador por meio do rompimento do em relação ao Senhor e a Seu Ungido
Seu governo não são vistas por Deus de agora passarão a pertencer ao Messias,
maneira passiva. Deus não está apenas o Cristo.
assistindo o tempo correr. As leis de
Deus, o Seu governo e instruções nos c. A ii reza do re in o (SI 2 .9 ) O
são dados, não para reprimir, mas para governo será duro e severo. Então,
nos livrar do cativeiro da nossa própria todos conhecerão o poder e a auto­
natureza. ridade de Jesus. Devido à dureza de
coração dos povos, Jesus Se apresenta
3. E:ie reage com o esi; .belecimept«» com uma vara de ferro na mão para
de um reino de ju s li :a (SI 2.6-0) despedaçar as nações incorrigíveis,
Primeiro Deus tem um sentimento de como se fossem meros vasos de barro.
desprezo, depois profere uma resposta
ameaçadora e agora trata do estabele­ III- ' UJOA
cim ento de um reino de justiça. “Eu, DO SA LM ISTA
porém, constitui'. A última palavra está (Si 2.10-12)
com Ele. Em relação ao homem, Ele
deu a primeira palavra e dará a última Depois de uma descrição de como será
também. Ele é o Alfa e o Ômega! o reino de justiça, dos versos 6 a 9, sábias
advertências são dirigidas àqueles que
a. E le m e sm o c o n s titu ir á hm Jle í até então estavam resistentes ante o go­
(v.6). Estas são palavras de Deus- verno do Senhor. Veja os cinco pontos
-Pai. No verso 7 ecoa a voz do Filho, que compõem a advertência do salmista
a respeito do d ecreto de adoção contra as autoridades da terra.
1. O s a lm is ta os a d v e rte a se re m jai o Filho". Aqui o beijo tem significado
p ru d entes (SI 2.10) simbólico, representando a submissão e
Os reis da terra são terminantemente o reconhecimento da autoridade que o
advertidos a serem prudentes, o que Filho de Deus tem sobre nós. Todos são
significa agir com comedimento, cor­ convocados a se tornarem submissos ao
retam ente. Davi exorta os represen­ Senhor, e esta é a única fórmula para
tantes dos povos a que analisem suas aplacar a Sua ira vindoura.
ações e reflitam sobre quem eles estão
intentando o mal. Como o Espírito de 5. O salm ista os adverte a se refu gia­
Deus demonstra cuidado para conosco, rem no S en h o r ( SI 2.12).
deixando advertência tão atual! O Salmo 2 chega ao fim nos remetendo
às bem-aventuranças de Mateus 5. Em
2 . O salm ista os adverte a servirem vez de se amotinarem contra o Senhor,
ao S e n h o r (SI 2 .11) bem-aventurados são todos os que Nele
Servir neste contexto significa ado­ se refugiam. Esses não precisam temer
rar, obedecer e confiar no Senhor. O Seu julgamento.
salmista exorta os reis que se curvem,
obedeçam e confiem no Senhor, além
de reconhecerem a Sua grandeza, e C O N C LU SÃ O
prestar-Lhe o culto devido, caso não
queiram conhecer o furor divino, como O Salm o 2 registra a atitude do ser
no triste episódio do fim de Herodes humano contra Deus. O Senhor, ante
registrado em Atos 12.20-23. tal rebeldia, responde com a promessa
de um Rei e de um julgamento, no qual
3. O salm ista os adverte a se alegra­ prevalecerá a justiça. Os que tomarem o
rem n o S en h o r (SI 2.11) caminho da prudência, servirem ao Se­
Davi os convida a terem no Senhor m o­ nhor e alegrarem-se Nele estarão livres
tivo de alegria, mas com temor. Nunca da ira que certamente cairá sobre os que
devemos nos esquecer que apesar de não se curvarem ante a realeza do Filho.
ser Ele o motivo da nossa alegria, Ele
é Deus. Que o nosso rosto brilhe refle­
1Você crê na promessa do julgamen-
tindo a Sua glória, mas que o nosso ser
i to de D eus? Tem certeza de que
estremeça diante de Sua face.
[ terá com o advogado o Filho, para
1 justificá-lo ante o Senhor? Você está
4 . O s a lm is ta o s a d v e rte a se re m
i atento para a realidade da vinda imi­
su bm issos ao S en h o r (SI 2.1 2 ).
nente de Jesus?
Este versículo começa com a frase “Bei­

17
"QUE É O HOMEM?"
jici. beity bacon

!i\l t R O D U Ç Ã O

A descoberta das Américas e o desenvolvimento


da ciência no século X V II tiveram repercussões
profundas no modo de pensar mundial. Nos dias de
hoje, os avanços quase incríveis nas Ciências, com a
exploração espacial de um lado e a nanotecnologia
do outro, abriram horizontes pouco imaginados
antes. Isto influi em todas as questões éticas (o
aborto e a eutanásia são permissíveis?), em todas
as decisões judiciais (os direitos de uma pessoa
dependem de como entendemos “pessoa”) e até
nos relacionamentos pessoais. O Salmo 8 gira em
torno de duas grandes verdades: a grandeza extra­
Texto básico ordinária do Deus Criador e o lugar destinado ao
Salmo8.1-9
homem na terra por Deus criada.
Texto devocional
Salmo 148.1-14
i - Ã GRÂfMDEZA
Versículo-chave
"Quando contemplo os teus céus, DO D EU S CRIA D O R
obra dos teus dedos, a lua e as {SI 8.1-2)
estrelas que ali firmaste, pergunto:
Que é o homem, para que com ele
te im portes? E o filho do homem, 1. O n o m e do Sen h or
para que com ele te preocu pes?“
(SI 8.3-4 - NVI). a. in c lu i tu d o q u e E le é, tu d o qu e E le faz
Alvo da lição (Ê x 34.6-7; SI 135.13);
O aluno aprenderá que somente em
Jesus o homem realiza todo o seu
potencial. b . a b r a n g e a t e r r a to d a c o m S u a fa m a
Leia a Bíblia diariamente (R m 1.20; lR s 8 .4 1 -4 3 ), e tam bém os céus
Segunda: Gn 1.1-31 (SI 89.9;A p 4 .6 -1 1 ). Aqui o poeta usa uma
Terça: SI 8.1-9
Quarta: Jó 7.7-18 palavra para majestoso que é usada em outros
Quinta: Hb 2.5-9
Sexta: Ef 1.15-23
textos para descrever os vagalhões do mar, reis
Sábado: 1Co 15.20-28 poderosos, os cedros imponentes do Líbano,
Domingo: S1148.1-14
navios de grande porte - tudo que se impõe
pela grandeza, beleza e poder impressionante.

18
c. é r e fú g io do c r e n te (P v 1 8 .1 0 ; 3. P e s s o a do S e n h o r E ste D eus
Is 5 0 .1 0 ); tão m a ra v ilh o so , de N o m e Je o v á
( “Eu sou") é “nosso Senhor". P o d e­
d. é definido p o r Jesu s no N ovo T es­ mos e devem os m anter este p recio ­
tam ento (Pv 30.4; At 4 .1 2 ). so relacionam ento pessoal (SI 2 3 .1 ;
M t 6.9).
2. A sabed oria do Sen hoi Tal grande­
za se manifesta na sabedoria de Deus, I! - A G R A N D EZ A DO
que usa o que é fraco para derrotar o H O M EM CRIAD O
adversário forte.
1. Davi coloca o ser humano, criatura
>eus tem os Seus inim igos, os que a p a re n te m e n te tão in s ig n ific a n te ,
se opõem a tudo quanto Ele é e faz. co n tra o pano de fundo das dem ais
Estão incluídos todos que resistem coisas criadas, as galáxias, os planetas, o
a Deus. O principal destes é Satanás vasto universo. “Que é o homem,para que
(2 T s 2 .3 -4 ). Q uem odeia a Deus com ele te importes ?"Jó foi outro que se
odeia também os que são de Deus preocupou com esta questão. Como um
(Jo 15.18-19; IP e 5.8). Deus tão grande pede contas a um ser
tão pequeno? Faz diferença para Deus
b. E stes inim igos, ce esp ecialm ente o alguém ser justo ou não? ( Jó 7 .7 -1 8 ).
In im ig o p o r excelência, o D iabo, Nos nossos dias a pergunta não é menos
usam antes d:"- tudo a palavra para relevante. A resposta define o que o
d e sa fia r a D eu s e para tentar os homem realmente é.
homens. Por isso têm que “silenciar”
ou “emudecer” (D n 7.8; Ap 13.5-6). 2. O .>el que D eu s p ro je to u para
o h o m em - O salmista tem por base
c. E s te s in im ig o s são v in g a tiv o s, o relato inspirado de Gênesis 1 a 2.3, e
querendo fazer mal sem motivo justo assim conclui:
(SI 4 4.1 5 -1 6 ; SI 69.4).
a. O h o m em tem p o sição de desta-
d. As grand es v itó rias de D eu s são que na h ierarqu ia da criação, logo
g a n h a s p e lo s q u e s ã o f r a c o s , abaixo de Deus. (Ou dos anjos, ou
mas depend em to talm e n te D ele seres celestiais. A palavra no hebraico
(SI 8.2; M t 21.14-16; 2 Co 13.2-4). original abrange todos estes, por isso
N in g u é m é m a is d e p e n d e n ­ há diferenças na tradução).
te do que uma crian ça de peito
(M t 18.3-4; SI 131.2). b. Ao h o m e m foi dado o d o m ín io
so b re to d a s as d em ais cria tu ra s
Por que Deus age assim? Veja 2Corín- da terra e dos m ares (G n 1.26-28;
tios 4.7 e Efésios 2.8-9. SI 8.6-8).

lo
I I I - A R ESPO STA Deus colocou todas as coisas debaixo de seus
pés e o designou cabeça de todas as coisas
Há, no Antigo Testam ento, questio­ para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude
namentos e anseios que só acham res­ daquele que enche todas as coisas, em toda e
posta no Novo Testamento, em Cristo qualquer circunstância” (E f 1.20-23-N Vl).
( J ó 2 3 .3 -5 ; M t 13.17; IP e 1 .1 0 -1 1 ).
D avi p ressen tia que o hom em era 3. A vitória de Je su s foi so b re a p ró ­
grande, muito importante, apesar das pria m orte. “Pois é necessário que ele rei­

aparências. O uso do salmo 8 no Novo ne até que todos os seus inimigos sejam pos­
Testamento revela por quê. tos debaixo de seus pés. O último inimigo a
ser destruído é a morte”(1 Co 15.25-26).
1. O escrito r aos H ebreus contem pla Ler com cuidado IC o 15.20-28.

o hom em neste salm o e percebe a dis­


4 . N estas trê s ca rta s do N ovo T e s­
crepância entre o domínio que ele deve
tam en to , Je s u s n ão só v en ce co m o
exercer e a realidade atual. “Agora, porém,
hom em . Tam bém traz os salvos com
ainda não vemos que todas as coisas lhe
E le . Os que O têm com o Sen h or e
estejam sujeitas” (Hb 2.8 - N VI). Junto
Salvador estão unidos com Ele nesta
ao problema exposto, coloca logo a res­
vitória, pois Ele os chama de “irmãos”
posta: “Vemos, todavia, aquele que por um
(H b 2 .1 1 -1 2 ); Ele é “cabeça de todas
pouco fo i jeito menor do que os anjos, Jesus,
as coisas para a igreja, que é o seu corpo”
coroado de honra e de glória por ter sofrido
(E f 1.22-23); e, ainda “em Cristo todos
a morte, para que, pela graça de Deus, em
serão vivificados. Mas cada um por sua vez:
favor de todos, experimentasse a morte”.
Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os
Pelo Seu sangue derramado na cruz,
que lhe pertencem” ( lC o 15.22-23-NVl).
Jesus assumiu, como homem, o que o
Pai planejou para todos os homens. Deus
está trazendo muitos filhos para a glória C O N C LU SÃ O
(Hb 2.5-9-NVI; 2Tm 2.11-12).
O que o homem é se define, não por con­
ceitos humanísticos, e sim pelo conceito
2. A vitória do H om em por excelên­
que o próprio Deus transmite. Em Cristo,
cia, Jesu s, p ossu i d im ensões m uito
Deus demonstrou como o homem deve ser.
m aiores, cósm icas e eternas. O após­
tolo Paulo orava para que pudéssemos 1. Sem pecado, reinando com bondade e
entender as implicações da ressurreição responsabilidade sobre o resto da criação
de Cristo. Deus O ressuscitou “fazendo- (Gn 1.27-28).
o assentar-se à sua direita, nas regiões
celestiais, muito acima de todo governo 2. Unido ao Pai e ao Filho, porque "a
e autoridade, poder e domínio, e de todo nossa comunhão é com o P aie com seu Fi­
nome que se possa mencionar, não apenas lho, Jesus Cristo... para que a nossa alegria
nesta era, mas também na que há de vir. seja completa" ( l jo 1.3-4).

20
SALMO 15 - SALMO DOUTRINÁRSO
O HÓSPEDE DE DEUS
Pr. Enoque Vieira de Santana

IN TRO D U ÇÃ O

Um dos maiores privilégios concedidos ao ser


humano é ser acolhido no coração de Deus.

O Salmo 15 fala do hom em a quem o Senhor


recebe como Seu hóspede e das qualificações ou
requisitos para uma comunhão permanente e con­
sistente com o Altíssimo. Este é um dos salmos de
Davi, o qual responde com detalhes éticos as duas
perguntas do primeiro versículo (1 5 .l ) : “Quem,
Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de
morar no teu santo monte?"

Embora escritas há milhares de anos, as verdades


aqui relatadas quanto às qualificações de com u­ Texto básico
Salmo 15.1-5
nhão são aplicáveis a todos nós com o orientação
Texto devocionai
e exortação precisas e atuais.
Salmo 24.1-10

Versículo-chave
A letra de um belo hino nos faz lembrar a precio­ "Seguia paz com todos e a santificação,
sidade desse lugar junto ao Senhor. sem a qual ninguém verá o Senhor"
(Hb 12.14).

Alvo da lição
“Não há lugar melhor com tamanha paz, O aluno aprenderá quais são as
Paz igual eu nunca encontrei jamais. qualificações do homem que deseja
cultivar uma comunhão verdadeira
E o lugar do meu prazer onde todo medo se vai; com Deus.
E o lugar do meu descanso nos braços do meu Pai. Leia a Bíblia diariamente
Segunda: 2Tm 2.11-21
Terça: is 33.1-13
Outrora eu era triste sem lugar pra onde ir Quarta: Is 33.14-24
Quinta: At 10.1-8
Mas o Pai com Seu braço de amor Sexta: 5)10.1-18
restaurou-me o sorrir. Sábado: $153.1-6
Domingo: SI 84.1-12
Deu-me parte em Sua herança,
vestimenta, vinho e pão,
Porque tinha um lugar para
mim no Seu coração.”
21
Vejamos as características ou qualifi­ deseja habitar no tabernáculo e morar
cações ordenadas por Deus para Seus no santo monte do Senhor, vai além
hóspedes, para aqueles que anseiam da comunhão temporária e transitória
cultivar um relacionamento estreito de de alguém que se aloja num hotel e no
comunhão com Ele. outro dia vai embora. Morar e habitar
dão a ideia de residência fixa e perma­
Vamos seguir a sugestão de O novo co­ nente. Assim, também o que vive em
mentário da Bíblia, página 511, quanto integridade deve ter uma prática con­
aos dois tópicos principais da nossa lição. tínua desta virtude e não apenas um
surfar esporádico nas ondas de movi­
I - A CO N D U TA PESSO A mentos perfecci-onistas. Observemos
DO HÓSPEDE DE DEUS os exemplos de Noé, Abraão e Paulo,
(SI 15.2-3) respec-tivam ente em Gênesis 6.9;
17.1 e Filipenses 3.4-14.
O termo conduta é sinônimo de com ­
p ortam ento ou p ro ced im en to ; isto b. O que pratica a ju stiça ( 15.2, b) A
fala do caráter e dos requisitos éticos prática da justiça geralm ente está
indispensáveis do viver cristão. O após­ direcionada a Deus, ao próximo, à
tolo Paulo, orientando o jovem pastor família e à igreja. Muito se clama hoje
Timóteo, desafia-o a ter uma conduta por justiça social e pouco se fala na
modelar a toda prova quando escreve: justiça para as outras áreas da vida.
“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo O relacionam ento com Deus para
contrário, torna-te pad rão dos fiéis, na muitos é palmilhado por infidelidade
palavra, no procedimento, no amor, na fé, e desobediência. O relacionamento
na pureza" ( lT m 4 .1 2 ). familiar é tumul-tuado por atitudes
grosseiras e injustas; por isso sur­
O doutrinamento dos apóstolos, con­ gem tantas separações, revoltas e
forme escrito nas epístolas, está repleto incompreensões. O relacionamento
de orientação, exortação e admoestação eclesiástico e denominacional, infe­
que fazem a diferença entre aqueles que lizmente, está contaminado de desle­
estão em com unhão com D eus e os aldade, traição e desco-medimentos.
outros que negligenciam esses valores
morais da vivência e do testemunho. 1 Quando eu não dou e não faço aquilo
: que é traçado pelo direito que outros
1. O ensino positivo quanto à condu­ i têm, estou sendo injusto (Jr 22.13; i
ta pessoal (15.2) ; ljo 5.17).
L —— _ _ _ _ _ _ .1
a. O que vive com integridade (15.2). c. O q u e fala a v erdad e de co ração
Notemos que o termo “hóspede de (1 5 .2 ). Vivem os no meio de uma
Deus", relacionado ao homem que geração que ama a m entira e que

22
galanteia com inverdades. Som os mosaica, na qual todas as outras se
in fluenciad os pelos costum es da cumprem, consiste em amar ao pró­
época onde as fantasias, as ilusões e ximo e fazer-lhe o bem ” (M t 22.39;
as fábulas provocadas pela crendice e Rm 13.8ss).
ingenuidade religiosas desacre-ditam
e vulgarizam a fé cristã. O pai da !l - A CÜWBUTÂ SOCIAL DO
m entira tem arrastado crentes in­ H Ó SPED E DE D EU S
cautos a fim de que vivam uma farsa (SI 15.4-5)
constante de existência.
r ——————— ————— n 1 .0 ensino positivo quanto à con d u ­
Se quisermos viver no elevado está- i ta so cial (1 5 .4 )
gio da comunhão, temos de ser fiéis ;
à verdade e verbalizá-la no coração, j a. Tem p o r desprezível ao rép ro b o
—-I (1 5 .4 ) . Se quisermos perm anecer
O apóstolo Paulo ensina: "Por isso, dei­ na presença do Senhor, nossa atitude
xando a mentira, fale cada um a verdade moral deve ser de repulsa ao homem
com o seu próximo, porque somos mem­ mau e perverso, p rin cip a lm en te
bros uns dos outros’’ (E f 4.2 5 ). aqu ele que vive im p ia m e n te na
congregação.
2 . 0 ensino negativo quanto à condu­
ta pessoal ( 15.3) Um dos pecados de Eli foi a om issão
de não rep reen d er seus filh o s das
a. O que não difama com a língua im piedades que com etiam em Israel;
(1 5 .3 ) . No Salmo 12, o salmista pede tornou-se passivo e conivente numa
socorro a Deus por causa do desapa­ situação que requeria repreensão e
recimento dos piedosos fiéis nos seus repúdio ( lS m 3 .1 1 -1 4 ).
dias ( l 2 . l ) e descreve, em seguida, r — — — — — — — — — — — — — — — — — — — -i
a triste realidade do linguajar falso : Quantas vezes o respeito humano
bajulador e soberbo (1 2 .2 -4 ). Apre­ : nos faz insensíveis e indiferentes para
senta tam bém o contraste enorme com o mal e seus agentes vestidos de
entre o falar difamador e a Palavra cordeiros, mas réprobos da fé cristã
de Deus: “As palavras do Senhor são por práticas carnais e malignas!
palavras puras” (1 2 .6 ,7 ). Ver ainda
Salmo 5.9; 10.7; Tiago 3.1-12. b. H onra aos que tem em ao S en h o r
( 1 5 .4 ) . E pelo tem or a D eus que
b. O q u e não faz m al ao próxim o o crente se qualifica na adoração
( 1 5 .3 ) , Russell N. Champlin, no seu reverente. Honrar os que temem a
com entário dos Salm os, escreve: Deus é prova inconteste de tem or e
“Não faz mal ao próximo. Isso porque sabedoria, o que demonstra qualida­
a segunda m aior lei da legislação de espiritual.
2 .0 ensino negativo quanto à condu­ inocente está registrado em IR eis
ta social (15.4- 5) 21.5-13, quando Jezabel subornou
dois homens malignos para testemu­
a. O que ju ra co m dano p ró p rio , e nharem falsamente contra Nabote, o
não se retrata (15.4). A palavra do jezreelita, para que fosse apedrejado
crente deve ser "sim sim e não não”. e Acabe tomasse sua herança.
Aquele que deseja entrar no trono
da graça, para ter acesso livre, tem Está escrito na lei: “Também suborno
de ser um homem correto; que leve não aceitarás, porque 0 suborno cega até o
a sério seus compromissos, ainda que perspicaz e perverte as palavras dos justos"
as circunstâncias se tenham alterado (Êx 23.8, c/Dt 2 7 .2 5 ).
em danos pessoais. Ver o exemplo de
Jefté em Juízes 11.29-40.

C O N C LU SÃ O
b. O que não em presta seu dinheiro
co m usura (15.5a). Era estabele­
“Qiiem deste modo procede não será
cida na lei a proibição da cobrança
jam ais abalado”.
de juros a um israelita pobre: "Se (SI 15.5)
emprestares dinheiro ao meu povo, ao
pobre que está contigo, não te haverás A comunhão com Deus, para muitos
com ele como credor que impõe juros” de nós, está extrem am ente abalada.
(Êx 22.25). Com isto toda nossa vida estremece de
dúvidas e medo que levam à depressão.
No mundo capitalista há uma verdadeira
exploração nos negócios de em prés­ As qualificações listadas nos versículos
timos, e muitos são escravos de suas 2 a 5 nos fazem aptos, pela graça de
dívidas por causa dos juros exorbitantes. Deus, à comunhão com Ele. Seremos
A lei da moderação deveria ser aplicada dignos, assim com o o israelita íntegro
(ver Lv 25.35-36). Duas perguntas de­ era digno de participar da adoração no
vem ser feitas. templo do Senhor.

(1 ) E pecado o crente cobrar juros? Se passarmos no teste divino da inte­


(2) Quando há juros elevados quem gridade, da justiça e da retidão, o novo
mais sofre e quem mais se bene­ caminho que Cristo nos consagrou pela
ficia? Sua própria carne estará aberto (H b
1 0 .2 0 ) e entrarem os no tabernáculo
c. O que não aceita suborno contra o celestial, onde temos o Sacerdote e Ad­
in o cen te (1 5 .5 ). Um dos casos típi­ vogado que comparece por nós diante
cos de suborno contra um homem d oPai (H b 8.1-2; l jo 2.1-2).

24
O SUPREMO PASTOR

P astorear ovelhas é uma das profissões mais


antigas do mundo (ver Gn 4.2; Jó 1.3). Os po­
vos nômades do Oriente M édio contavam suas
riquezas em termos do gado bovino e ovino que
possuíam (G n 3 4.25). Jacó e seus descendentes
eram peritos no ofício que exerciam (G n 47.3,6).
M oisés, e depois Dele, Davi, tiveram experiência
pessoal no ram o. P or isso, o relacionam ento
ovelha/pastor fornecia ilustrações que qualquer
israelita entenderia bem.

Nos dias do Senhor Jesus não era diferente. Na


noite em que Ele nasceu, "Havia pastores que
Texto básico
estavam nos campos próxim os c durante a noite Salmo 23.1-6
tomavam conta dos seus rebanhos”. Foram os pri­ Texto devocional
meiros a adorar o Cristo (L c 2.8-20). João 10.1-18

Versículo-chave
" Todos nós, tal qual ovelhas, nos
desviamos, cada um de nós se voltou
para o seu próprio caminho; e o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de todos
nós"{ Is 53.6 NVI)
Israel era um povo pastoril. Deus usou o pasto­
Alvo da lição
reio de ovelhas para treinar líderes de Seu povo. O aluno será esclarecido sobre o que
se inclui no cuidado pastoral de Jesus,
Cuidando de ovelhas, aprenderam como se deve as implicações disso para nós como
cuidar do povo de Deus. ovelhas, ou como líderes das ovelhas.

Leia a Bíblia diariamente


Ela Segunda: SI 23.1-6
Terça: Is 40.1-11
precisa de: Quarta: Is 63.9-14
Quinta: Ez 34.1-11
Sexta: Ez 34.12-24
Pasto suficiente (SI 23 .2 ). Sábado: 1Pe5.1-4
Domingo: Hb 13.20-21

Água calma - a ovelha nao bebe de riachos


turbulentos (SI 23.2). fi ____ 3
Direção para evitar perigos e encon­ No A T, o pastor era o rei, responsável
trar segurança (SI 2 3 3 ) . pela defesa e pela provisão de seu povo.
Aos filhos de Deus, a provisão e reino
P ro te ç ã o c o n tra in im ig o s estão preparados desde a fundação do
(lS m 17.34-36; J o 10.12). mundo! (M t 2 5 .3 3 -3 4 ).

Fazer parte do rebanho (Jo 10.16). II U i i l u j u i v i U U U j A L IV I w


(SI 23.1)

Protegia e cuidava dos rebanhos de O versículo 1 resume o salmo todo.


dia e de noite (G n 3 1 .39-40).

Dava atenção especial às ovelhas com


crias (G n 3 3 .1 3 ). Ele é meu
pastor (2 3 .1 ; J ó 19 .2 5 ; SI 4 2 .5 b ,11;
T in h a D eu s co m o o seu p asto r M q 7.7; H c 3 .1 8 ; J o 2 0 .2 8 ; Fp 3 .8 ).
(G n 4 8 .1 5 ,1 6 ). E ste relacionam ento pessoal é reco ­
nhecido pelo Senhor, tam bém . São
M oisés com o p asto r "minhas ovelhas" (Jo 1 0 .1 4 ), "meu(s)
Viu as necessidades do rebanho de servo(s)" em J ó 2.3 e 4 2 .8 ; Ez 38 .1 7 ;
Je tr o , antes de co n h e cer o dono At 2.18.
(Êx 2.16-17).
2. E ste P a sto r supre todas as nossas
Passou 40 anos no deserto, cuidando (2P e 1.3; 2C o 9.8).
das ovelhas do sogro ( E x 3 .l) .
III - A PRO VISÃ O
Estava p ro n to a perd er-se, se as PELO PASTOR
suas “ovelhas” assim fossem salvas (SI 23.2-6)
(Êx 3 2.32).
Examinemos as bênçãos que não faltam
Davi com o p asto r à ovelha deste Pastor.
Como jovem cuidava das ovelhas do
pai ( lS m 16.l l ) . 1. O P asto r su stenta espiritualm ente
l) - ver 2Pedro 1.3.
D e f e n d ia - a s c o n t r a g ra n d e s
perigos (lS m 17.34-36). I) - verJoão
21.15-17; Mateus 11.28; João 14.27.
C om o rei, via seus súditos com o
ovelhas, e se prontificava a sofrer no i (v.3) - ver
lugar delas (2Sm 2 4 .1 7 ). Ezequiel 34.16.
4. Faz com que vivamos com retidão maiores as pressões e a hostilidade dos
( v. V) - As "veredas da justiça" são as maus, mais precisamos cultivar o conví­
que Ele mesmo abriu (SI 4 0 .8 ). Sem vio com este Pastor. Mais maravilhoso
a Sua direção, ninguém consegue vi­ ainda, o óleo na cabeça e o cálice a
ver a justiça (Fp 2.12-13; G1 5.22-23; transbordar relembram o Espírito que é
2T m 2 .1 9 ). a promessa de Deus à ovelha de Cristo,
e a vida abundante que Ele deseja para
5. P ro tege até quando a morte lança a os Seus (jo 10.10).
pois Ele é o lírio de todos
os vales (v.4) - v e r j o 11.25; Ap 1.18. S. ( lerc.i-u com bondade e com fideli­
Nem a m orte poderá nos separar Dele dade ( v.(>) - marcas inconfundíveis do
(R m 8 .3 8-39). Pastor. A Sua fidelidade garante a segu­
rança de cada ovelha que Lhe pertence,
Observe como aqui o pronome muda. nesta vida e na eternidade (Ê x 3 4 .6-7).
O salmista passa a falar diretam ente
com o Senhor que tanto ama, com o 9. Conduz á casa do Senhor (v.6) -
aconteceu aos discípulos no caminho Davi exultava na alegria do culto ao
de Emaús (L c 24.15). Senhor. Esta alegria havia de continuar
no lar celeste (Jo 14.3-4).
6. Disciplina com a vara e o cajado
v.4) - A disciplina deste Pastor protege C O N C LU SÃ O
(H b 12.7-11).
Se temos Jesus como o nosso Pastor,
7. Prepara a mesa de banquete (v.5) Ele nos garante todas as bênçãos. Estas
- A mesa na Bíblia simboliza comunhão incluem a satisfação espiritual, o caráter
(ver Lc 22.15; Ap 3.2 0 ). Estamos apro­ transformado, a presença D ele mesmo
veitando o convite de comer com Ele? nas horas mais escuras e a comunhão
Maravilhoso que esta comunhão se pra­ com Ele nesta vida e para toda a eter­
tica "à vista dos meus inimigos". Quanto nidade.
A FELICIDADE DE
SER PERDOADO

O Salmo 32 fala de uma profunda alegria que é


possível para aqueles que são chamados de justos
e retos de coração. A expressão "bem-aventurado",
encontrada nos versos 1 e 2, é ligada a três outras
palavras encontrad as no final do salm o que
dem onstram o estado de espírito vitorioso e
exuberante daqueles que recebem o perdão de
Deus:

no Senhor;
ó justos;
vós todos que sois retos de coração.

Texto básico
Salmo 32.1-11 Caminhos para uma vida exultante como filhos
Texto devocional amados de Deus - este é o tem a da lição que
Lucas 7.36-48 estudaremos hoje.
Versículo-chave
"B em -a v en tu ra d o a q u e le cu ja
iniquidade é perdoada, cujo pecado é
coberto" (SI 32.1).

Alvo da lição Uma primeira observação natural para quem lê


0 alu n o ap re n d e rá m e d ian te
a exposição bíblica a alegria e a este salmo é que o pecado é tomado como ponto
satisfação que há em se manter uma
vida de comunhão com Deus, mesmo
de partida de toda a discussão. Não há dúvida de
quando isso requer arrependimento que há pecado, estando ele oculto ou confessado! O
e confissão de pecado.
que chama a atenção é o alívio recebido pela pessoa
Leia a Bíblia diariamente
que o confessa. Não havia como negar a existência
Segunda: 2Sm 11.1-26
Terça: 2Sm 12.1-31 daquilo que produzia no salm ista tam anho
Quarta: SI 51.1-12
Quinta: SI 51.13-15 sentimento de culpa e tão profundo incômodo.
Sexta: Rm 8.6-8 0 fato do pecado é estabelecido nos versículos
Sábado: 1Pe2.24
Domingo: Ef 1.7-14 1 e 2 e repetido no verso 5 com clímax enfático.
Os versículos 3 e 4 narram as sequências da
enfermidade moral: dor profundamente enraizada,
gemidos involuntários (v.3) e o sono insinceridade, falsidade, h ip ocrisia”.
que não trazia alívio, mas sim profunda Não é de se admirar que essa pessoa
desarm onia. A obstinada resistência m anifeste tamanha alegria diante do
de tal repressão ia co n stan tem en te perdão, pois na mesma proporção em que
reduzindo o seu vigor como uma árvore se tem consciência do pecado, também
se resseca numa seca prolongada (v.4). se tem alegria diante da bendita ação
Diz o texto: “E nquanto calei os meus regeneradora de Deus em nossa vida.
p e c a d o s , envelheceram os meus ossos
pelos meus constantes gemidos todo o dia.
Porque a tua m ão p esav a d ia e noite
sobre mim, e o meu vigor se tornou em A se g u ra n ça do p erd ã o de D eu s
sequidão de estio.” O peso é maior do para n o ssa vida é o u tro elem e n to
que se pode suportar, e a experiência é indispensável para a experiência de
de morte iminente. alegria e paz por parte da pessoa que
teme ao Senhor. O perdão de Deus toma
D erek K id ner faz uma in teressan te três formas para cancelar tantos pecados.
lig a ç ã o e n tre esse s s e n tim e n to s
testemunhados pelo salmista com o que - le v a r
acontece com a pessoa que sente sua embora, como Cristo carregou
falta de condições de participar da ceia n ossos p ecad os na cru z
do Senhor, em IC o rín tio s 11.28-30. ( lP e 2.24).
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e,
assim, coma do pão, e beba do cálice; pois - é a expiação. O
quem come e bebe sem discernir o corpo, crente é escondido ou revestido
come e bebe juízo para si. Eis a razão por pela justiça de Cristo.
que há entre vós muitos fracos e doentes e
não poucos que dormem". - levar em
conta. Paulo cita o salmo em
A palavra traduzida por iniquidade, Romanos 4.6-8 para mostrar a
no versículo primeiro, fala de “ir além palavra “atribui” com o sendo
dos limites fixados por Deus, rebelar- a imputação de justiça - Deus
se contra Sua autoridade”. A palavra nos tratando como sendo justos,
pecado fala de “errar o alvo, viver longe independentemente dos nossos
dos pro p ó sito s de D eus para nossa merecimentos. No lugar de levar
vida”.Já no verso três, iniquidade fala de em conta nossos pecados (que
perversidade, vindo da ideia de torcer, merecem castigo severo da parte
transviar, arruinar tudo o que é reto. de D eus), Ele leva em conta a
Dolo significa “engano, o ato de prender justificação que há em Cristo
um animal numa armadilha, ou trair Jesus. O versículo 7 destaca que
um ser humano no ‘conto do vigário’, com o perdão vem a segurança
e a lib ertação do pecado, de 2. A base da oração confiante
Satanás, da tristeza, da morte e do A experiência pessoal de Davi sobre o
julgamento. V eja Efésios 1.7-14. perdão de Deus (v.1-2) é apresentada
c o m o b a s e de um c o n v ite p ara
O N o vo T e s ta m e n to n o s ajud a a que q u alq u er p e sso a p ied o sa ore
entender esse precioso ensino com o confiadamente "enquanto o Senhor pode
registro da história da mulher que lavou ser achado" (v.6 e 7 ). Essa porção do
os pés do Senhor com lágrimas e Lhe texto é muito parecida com Isaías 55.6,
enxugou os pés com os cabelos, além e destaca que a vida é incerta, e nossa
de ungir-Lhe a cabeça com bálsamo. libertação do orgulho e da paixão é como
O texto está em Lucas 7.36-48. Vale a o enfrentamento de uma tempestade
pena destacar as palavras de Jesus nos fo r te . D ev em o s e n fre n ta r n o sso s
versículos 44-47. “E, voltando-se para a temores, tomar decisão firme e buscar
mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? o Senhor enquanto há oportunidade no
Entrei em tua casa, e não me deste água tempo da graça de Deus.
para os pés; esta, porém, regou os meus
pés com lágrimas e os enxugou com os III - O ABANDONO
seus cabelos. N ão me deste ósculo; ela, DO PECADO
entretanto, desde que entrei não cessa de
me beijar os pés. N ão me ungiste a cabeça Os versículos 8 e 9 são paralelos aos 3
com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu e 4. O ser humano culpado, silencioso
os meus pés. Por isso, te digo: perdoados e d o en tio , é su bstitu íd o pelo novo
lhe são os seus muitos pecados, porque ela hom em pronto a dar o seu testemunho
muito amou; mas aquele a quem pouco pessoal; o isolamento com o pecado é
se perdoa, pouco ama.”1 substituído pela comunhão e edificação
mútua; e o coração teimoso como um
1. A alegria do perdão (1 -5) animal selvagem é substituído por um
Esses versículos descrevem a grande coração dócil e que se deixa ensinar.
s a tis fa ç ã o e g ran d e lib e rd a d e da Essa visão é a m esm a do Salm o 51,
alma cujo pecado tem sido coberto, especialmente nos versículos 13 a 15,
cancelado e purificado pelo Senhor (vej a em que o resultado do arrependimento
Rm 8.6-8). O ponto focal é o versículo 5 é uma d isp osição para o en sino às
com a confissão. Ela tem tamanho efeito pessoas ao redor, sempre em busca de
que muda a orientação do poem a a um retomo do pecador ao Senhorjesus.
partir do versículo 6, quando o salmista
começa a testemunhar aos outros sua Nesses versos se acha uma promessa
alegria e a oportunidade que é dada de direção divina e uma advertência
a tod os aqueles que passarem pelo contra a obstinação. A promessa de que
mesmo caminho que ele experimentara Deus vai instruir, ensinar, aconselhar.
em Deus. D o outro lado, para que possam os

30
re ce b e r essas b ên ção s, p recisam o s andarmos distantes de Deus. Uma vez
ser su b m isso s a D eu s. O s freio s e que fomos livres do pecado, podemos
os cabrestos não são para afastar os nos achegar para a luz ( jo 3 .1 6 em
cavalos, mas para guard á-los bem diante) e viver em comunhão com Ele.
perto e para encorajá-los a cumprir sua
vontade. Esse texto lembra também a
palavra do Senhor a Saulo (que veio
a ser o apóstolo Paulo) na estrada de O final do Salm o 32 nos conduz de
D am asco. A insistência no pecado é volta ao tema das primeiras palavras:
com o marchar em direção contra os bem -aventurado. N os versículos 10
“aguilhões" de Deus, numa teimosia que e I 1 tem os um testem unho pessoal,
leva ao sofrimento e à morte. tendo em vista os versículos 3 e 4, para
conclamar os adoradores a exultarem
Os dois últimos versículos falam das de alegria com cantos de livramento.
alternativas: o pecado provoca o castigo Voltamos também ao tema do salmo,
ou a misericórdia - a diferença reside que fala de alegria imensa resultante
na disposição de arrepend im ento e do perdão que encontramos em Deus.
confissão. Destaque para a fidelidade e
misericórdia do Senhor. Essa preciosa A consciência do pecado, a confiança
lição segue o padrão de Gênesis 15.6, de que o Senhor fiel e maravilhoso nos
quando Abrão recebe uma promessa perdoa em Jesus Cristo (Ele é fiel e justo
de Deus e coloca Nele a sua confiança. para nos perdoar de toda a injustiça!)
A Bíblia diz: “Ele creu no Senhor, e isso e os novos cam inhos encontrad os a
lhe fo i imputado p ara justiça”. Essa é partir do encontro com o Senhor vão
a resposta que o Senhor dá a Davi: nos dar esse sentimento maravilhoso
se o perd ão é bom , a co m u n h ão é de alegria e paz, exatamente com o só
ainda melhor. A proposta do Senhor podem os encontrar em Jesu s Cristo,
é maravilhosa: “guiar-te-ei com os meus nosso Senhor.
olhos”\ (V eja SI 1 23.2.) O resultado
do pecado foi afastamento do homem E você? Tem desfrutado alegria e paz
em relação a Deus, porque os nossos vindas do único Senhor e Salvador,
pecados faziam separação entre nós e o Jesus Cristo? Se não tem, ponha já
nosso Deus, e encobriam o Seu rosto de em prática o que aprendeu nesta
nós para que não nos ouvisse (is 59.2). lição!
Mas o convite, agora, é para não mais
ESPERANÇA NA TRISTEZA

Existe um consenso entre os estudiosos bíblicos


de que este salmo foi composto por pessoas que
estavam vivendo em um cativeiro longe de sua
pátria (os filhos de Coré) sob a opressão de um
inimigo impiedoso. Nesse período de sua vida os
salmistas comeram o pão de dores. Eles apresen­
tam neste salmo uma rica lição do valor que existe
no tempo de aflições no deserto para o progresso
de nosso conhecimento do Senhor.

Philip Yancey, fazendo uma análise do livro d ejó ,


disse que Deus tem mais interesse na qualidade
de nossa confiança e obediência a Ele do que
Texto básico
Salmo 42.1-11 no nosso conforto temporário. Isto aos ouvidos
de uma sociedade que busca de todas as formas
Texto devodonal
Romanos 8.18-27 eliminar o máximo da dor, prorrogar a vida e ofe­
Versícuio-chave
recer toda espécie de conforto ao homem, é algo
“Porque estás abatida, ó minha alma? extremamente aversivo. Ouvir sobre a necessidade
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei, de andarmos neste caminho para o desenvolvi­
a Ele, meu auxílio e Deus meu"(SI 42.5).
m ento da espiritualidade parece absurdo. Porém
Alvo da lição quem estuda a Bíblia com critério não terá muita
O aluno aprenderá a reco-nhecer
que sofrimento contribui para o dificuldade de alimentar esta tese.
desenvolvimento de nossa fé em
Deus.
Ana, a mãe do profeta Samuel, teve seu ventre
Leia a Bíblia diariamente
Segunda: 1C04.16-18 impedido de gerar um filho por longo tempo, por
Terça: Tg 5.7-11
uma intervenção direta do Senhor (lS m 1.5- 6 ).
Quarta: Rm 8.18-27
Quinta: 1Sm 1.1-20 Esse tempo de privações deu-lhe uma espiritu­
Sexta: 1Sm 2.1-10
Sábado: IPe 2.18-25 alidade capaz de produzir uma das mais belas
Domingo: SI 42.1-11 expressões de adoração ao Senhor do Universo
( lS m 2.1-10).
. ------ ' "• -1*
A Bíblia possui muitos exemplos se­ neste período reco n h ecer que nada
melhantes. deve substituir o tempo reservado para
estar com Deus e celebrá-Lo.
Pedro disse que é "coisa agradável a Deus
o suportar contrariedades, sofrendo injus­ Os crentes da igreja primitiva não oraram
tamente pelo conhecimento que se deve a pedindo que Deus eliminasse os seus
Deus“ ( lP e 2.19 - versão da Edições perseguidores, ou por algo que aliviasse
Paulinas). suas aflições, mas sim para que Deus
lhes capacitasse para divulgar com mais
Se temos esta consciência, podemos re­ coragem a palavra de Deus (At 4.29).
fletir nas palavras do salmista e aprender
com ele algumas lições que a vida no Tiago diz com muita clareza que muitos
deserto pode oferecer para enriquecer pedidos de oração não são respondidos
nosso conhecim ento do Senhor e con­ porque nossos propósitos são pecami­
sequentemente o envolvimento integral nosos e contrários à vontade do Senhor.
com a Ele.
Para pensar: Quando passo por um
! - A TR ISTEZA É UM m om ento de aflição, com o tenho
IN STRU M F MTO PA RA feito a pergunta do m otivo desta
X !" ; V FR A luta? “P or que Senhor?”, ou “Para
que Senhor?”
PI ATI ' r,yjr’! * : E ESPlR!iTÍ' ! ■

D istante do conforto e alegria de sua


casa, os salmistas tiveram oportunidade 11- A TRISTE i ENSINA
de desenvolver uma intensa necessidade A ESMERAR t DEUS
por Deus. Eles puderam ilustrar esta
carência da alma como a da corça que ca­ P or duas vezes eles se animam a colocar
rece da água para saciar a sede. Passam a sua esperança no Senhor ( v .5 ,ll ) . Na
ter necessidade de ver o Deus Vivo face a solidão, eles se veem na necessidade
face. O deserto gera Neles a necessidade de fazer algumas perguntas que podem
de intimidade com o Senhor. conduzi-los ao verdadeiro conforto que
vem do livramento futuro das mãos do
Ali, reconhecem o valor do tempo em Senhor. Por que, minha alma, você está
que participaram, provavelmente como abatida? Por que, minha alma, você so­
líderes de um culto festivo ao Senhor. fre esta angústia? Ponha a sua esperança
Eles podem dar mais valor a este dever. em Deus!
Uma boa ilustração para esse momento
é: se os filhos de Coré alguma vez falta­ Os salmistas colocam a própria alma
ram à escola dominical para participar no “divã”, e depositam, por meio da fé,
de uma partida de futebol, puderam a esperança em Deus.
“O pecado nunca muda o seu caráter”, Culpamos a
afirmouMartynLloyd-Jones (O Clamor outros pelos nossos pecados, erros,
de um Desviado, São Paulo: P E S,p . 17). falhas, fracassos e problemas. Projeta­
P or isso o que Davi afirma acerca do mos nossos defeitos em outra pessoa.
pecado neste Salmo serve para qual­ “Cada história tem três lados: o seu,
quer pessoa em qualquer raça, tribo o meu e os fatos” (Eleanor L. D oan).
ou nação. A pessoa verdadeiramente
arrependida demonstra, pelo menos,
as seguintes atitudes.
As três expressões que Davi usa no salmo
1. Sen te-se responsável pelo r tev rio são: "Transgressões, ini-quidadee pecado".

Isto está caracterizado pelos pronomes a. A p a g a as tnimuis transgressões


pessoais: mim, minhas, me, meu, de mim, O termo significa “rebelião, re­
eu; que encontram os repetidas vezes volta da vontade contra a autoridade,
nos seis p rim eiros versículos deste e especialmente contra uma pessoa
Salmo. Davi não ficou culpando Bate- de autoridade” (Lloyd-Jones, ob. cit.,
Seba. Não adianta procurar justificativa. p.20). Literalmente é “ultrapassar um
O primeiro casal procurou essa "saída” limite fixado.” Por isso, é preciso que
no Éden, mas não resolveu (G n 3.8- 19). haja algo proibido para que possa
haver uma transgressão (Champlin).
Alguém já disse que diante do pecado,
os h om ens têm , norm alm ente, três
O termo usado na
reações.
Septuaginta (versão grega no A T )
significa “ilegalidade”, “injustiça”.
a. N egação ( l j o 1.6). Esta é a mais
Davi quebrou uma lei.
simples e mais direta delas. Apenas
negamos algo; mentimos a respeito.
Recusamo-nos a reconhecê-lo. "M en­
O conhecido termo hamartia signi­
timos mais alto quando mentimos a
ficava originalmente “erro do alvo”,
nós mesmos” (E.C. Mackenzie).
“fracasso”, “ofensa”.

b . R acionalização ( ljo 1.1’. Tentamos Não podemos chamar de doença, proble­


dar razões que justifiquem nosso
ma ou vacilação o que a Bíblia chama de
comportamento. Alguém disse que
pecado. O arrependido classifica seu ato
existem duas razões para tudo quanto
com o nome e a seriedade que deve ter.
fazemos: uma boa razão e a verdadeira
razão. Neste caso, enganamos a nós
mesmos. “Quem se desculpa quase
sempre se acusa” (GabrielM eurier). "Pequei contra ti, contra ti somente"
(Sl 51.4). Enquanto o homem não reco­ Diante de todo o reconhecim ento do
nhece contra quem, de fato, está pecan­ estado em que Davi se encontrava, ele
do, não sentirá necessidade da misericór­ foi levado a pedir onze coisas a Deus,
dia divina, afirmou John Stott. Davi não que só Deus poderia conceder. Vamos
disse “contra Bate-Seba, contra Urias, enumerá-las.
contra meu povo, etc.” Lloyd-Jones acre­
dita que aqui esteja a essencial diferença 1. "1 í.: fica -m e com h issop o" (v .7 )
entre remorso e arrependimento. “Um Hissopo é o nome de uma planta usada na
homem que sente remorso é alguém que purificação do leproso (Lv 14.6-7). Mas
reconhece o seu erro, porém não tem se aqui é usado no sentido figurado, pois
arrependido até que perceba que pecou quem purifica Davi é Deus e não aplanta.
contra Deus” (ob. cit, p.23).

4 . R e c o n h e c e q u e su a n a tu re z a é

“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me 3 . “F a z e-m e ouvir jú b ilo e alegria"


concebeu minha mãe” (v.5). É como se ele
estivesse dizendo: “Não é o mundo fora
de mim, mas é algo dentro de mim que 4. “E scon de o teu rosto dos meus pe-
está corrompido.” Conclusão semelhan­ C, V V ; v.y)
te teve o apóstolo Paulo em Romanos
7.21-23 (leiatam bém Rom anos3.9-12). 5. "Apaga todas as m inhas in iqu id a­
des (v.y)
Stott concluiu: “Quando nos vemos como
realmente somos, por um lado rebeldes 6. “C ria em mim , ó Deus, um coração
contra Deus e sob o julgamento Dele, e por puro" (v.lO)
outro, prisioneiros de uma natureza corrup­
ta, é que, como Davi, nos desesperamos 7. “R en ove dentro em m im um espírito
com nossa condição e clamamos a Deus in a b a lá v el” (v .lü )
pormiseri-córdia” (SalmosFavoritos,p.63). S. “N ão me repulses d a tua presença ”
( v .l l )

(S! 51.7 12) 9. “N em m e reUrzs o teu S an to E spí­


rito" (v. l l )
“Quem da imundícia poderá tirar coisa
pura?Ninguém" (jó 14.4). 1 0 . “R cslilui-m e a alegria d a tua sal-
Então é preciso criar algo novo, vaçãt ” ( v . 1 2 )
e criar cabe a Deus. P or isso é que
Davi pede: “Cria em mim, ó Deus, um 11. “S u sten ta-m e com um esp írito
coração puro” (Salm o 5 1 .1 0 ).
É evidente que em cada uma destas “O pecado é um débito que Deus qui­
petições há riqueza de ensinamentos ta; o pecado é uma mancha que Deus
para nós. Mas precisaríamos muito mais remove” (John Stott).
que esta lição para este detalhamento.
Entretanto, podemos resumir que tudo Cu tJuLÜbí vO
o que Davi queria era uma consciência
limpa, um coração puro, além de paz e Davi nos ensinou neste Salmo o que há
alegria na alma. Condição que, hoje, so­ no coração de um hom em verdadeira­
mente o precioso sangue de Jesus Cristo mente arrependido. O salmo ajuda-nos
pode nos proporcionar (H b 10.19-22). até m esm o a en co n tra r as palavras
certas que devemos proferir diante de
li: - A RE ,,' U R A Ç Â 0 Deus, quando estamos buscando o Seu
51.13-19) perdão. E a dolorosa e amarga experi­
ência de Davi tam bém certifica o que
“Se Deus não perdoasse primeiro disse alguém:
com misericórdia, não encontraria
a quem coroar no julgamento.” “O pecado o leva mais longe do que
Schõkel-Carniti você jamais teve a intenção de ir;
o pecado o retém mais tempo do que
Vimos na primeira divisão desta lição você jamais teve a intenção de ficar;
que a negação, a racionalização e a proje­ o pecado lhe custa bem mais caro
ção não resolvem o problema do pecado. do que você jamais teve a intenção
A solução está na confissão ( l j o 1.9). de pagar.”
Pois não podemos confessar a Deus o
que não reconhecemos para nós mes­ N o Salmo 32 o mesmo autor acrescenta
mos. Ao fazer isto, Davi experimentou que o homem perdoado entra na lista
o perdão de Deus, e isto fez com que ele dos bem-aventurados: "Bem-aventurado
tivesse uma nova atitude para com Deus, aquele cuja iniquidade é perdoada , cujo
mas também com seu próximo. E é disto p eca d o é coberto. B em -aventurado o
que a última parte deste Salmo trata. hom em a quem o Senhor não atribui
iniquidade e em cujo espírito não há dolo’’
Pois ao falar em “ensinar aos transgres­ (SI 32.1 -2). E esta é a grande mensagem
sores” os caminhos de Deus (v.13) eem do evangelho de Jesu s Cristo: “Eis o
“sacrifícios agradáveis a Deus” (v.17), o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
salmista confirma que: mundo" (Jo 1.29).
SALMO 67 - JA
"LOUVEM-TE OS POVOS TODOS"

Ü al i U U U v A U

O processo evangelístico no Novo Testamento fica


definido pelo verbo mais comum: IR . Em contras­
te, George Peters no seu livro Teologia Bíblica de
Missões apresenta a ideia que no mundo das nações
do antigo Oriente Médio, o papel missionário de
Israel era convidar os povos para V IR até a nação
(p.28). O salmo é uma expressão alegre e desejosa
de ver o Deus e Rei de Israel conhecido e adorado
como o Deus e Rei do mundo. Missões no Antigo
Testamento, em grande parte, eram feitas sob “efeito
de ímã”. Isto quer dizer que Israel funcionava como
um ímã espiritual, atraindo as nações a ela.

O ambiente do salmo cheira à fumaça do fogo da


aliança feita com Abraão em Gênesis 15, seguindo as Texto básico
Salmo 67.1-7
promessas de Deus de Gênesis 12.1-3. Aideia de que
Texto devocional
Deus fará uma bênção de Abraão e ele será uma bênção Salmo 96.1-13
paia todas as nações se reflete no texto deste salmo.
Versículo-chave
“Abençoe-nos Deus, e todos os confins
O título do salmo é o prim eiro verso no texto da terra o temerão" (SI 67.7).
hebraico, e inclui termos técnicos para designar Alvo da lição
vários tipos de salmos. O term o "salmo" significa O aluno entenderá que evangelizar
inclui compar-tilhar sobre Deus e
“uma canção acompanhada pelo tanger das cordas Seus feitos com os não crentes, a
fim de que se tornem receptivos à
de um instrumento". A frase “Ao mestre de canto" voz de Deus.
significa que o salmo foi dedicado ao chefe do coro
Leia a Bíblia diariamente
de levitas que ministrava no santuário. Segunda: Gn 12.1-3
Terça: Nm 6.22-27
Quarta: Is 11.1-9
1~ --"V-íE-NOi■. .; JE A S Quinta: êx 34.6-7
Sexta: Is 55.10-11
í. . '* > h s k . •*.. í V c l l i r . J Sábado: SI 65.1-14
Domingo: SI 100.1-2

Se o espírito do salmo é o da esperança abraâmica,


seu texto é a bênção araônica. O verso primeiro
faz eco a três das palavras-chave de
Neemias 6.24-25. A bênção dos lábios
dos sacerdotes virou uma oração na
língua do autor do salmo. Graça pode (SI 57.3-5)
ser descrita com o favor, amizade ou
bondade para conosco (G n 6.8; 18.3). O au tor convida todas as nações a
Podem os interpretar com o presentes que lou vem a D eu s, se alegrem , e
dados a nós por D eu s (R m 1 5 .1 5 ; exultem Nele, devido ao ato de g o­
IC o 1 5 .1 0 ; E f 3 .8 ). A ideia básica vernar (shafat - o m esm o verbo usado
de abençoar é sem elhante. Deus nos para a ação dos juízes) com equidade.
abençoa quando nos dá algum presente E qu idade no sentid o literal significa
temporal ou espiritual (G n 1.22; 24.35; “um lugar nivelado, plano, onde não
Jó 42.12; SI 45.2; 104.24). há nenhu m o b stá c u lo ”. Fig u rativ a­
m e n te, en tão, o rei Je o v á governa
O pedido do salmista é que Deus aben­ tod os os povos de m aneira nivelada,
çoe Israel com bens m ateriais, com sem ter obstáculo que deixaria um ou
saúde, com shalom (paz, integridade) outro povo desnivelado em receb er
para que os povos da terra conheçam tratam ento não justo. O verbo guiar
o ca m in h o e a salv ação de D eu s. é o m esm o de Salm o 2 3 .3 , onde o
Essa “vida boa” nacional e particular Sen h o r pastoreia e orien ta a ovelha
mostrará que Jeová, o Deus de Israel, em tem pos de crise. E m b o ra p e n ­
é fonte de bênçãos e atrairá pessoas sem os que as n ações ficam fora da
a seguirem o cam inho do Senhor. O o rientação de D eus, elas, querendo
salm ista pede com m otivos puros, ou não, são tratadas co m o ovelhas
d esejos altruísticos. E le pede que a do G rande Pastor.
b ên ção possa redundar em honra a
D eu s e na salvação dos povos não- O alvo era os povos observ arem o
-crentes. E salvação neste salmo é bem R ei governando com equidade e pas­
“deste mundo”. Salvação, neste trecho, toreando a nação Israel. Esse m odelo
significa libertação de pobreza (v .l), serviria para convencê-los do m esm o
injustiça (v.4) e fom e (v.6). com portam ento do R ei sobre os Seus
súditos. Se assim com preendessem ,
os povos iriam louvar, se alegrar, e
Aplicação pessoal: Os seus m o ti­
vos de pedir bênçãos de D eus são exultar. Não aconteceu. Portanto, o
desejo ainda existe na alma do autor.
puros? Uma porção dos seus bens
tam bém está sendo usada na expan­ O s v erb o s em h e b ra ic o são to d o s
no futuro, expressando o desejo do
são do reino de Deus fora do Brasil?
salmista.
Aplicação pessoal: Há pessoas que­ colheitas da sua casa ou fazenda.
rendo se converter devido à maneira S eria um a boa o p o rtu n id ad e de
que você governa com equidade sua agradecer a Deus, testemunhando a
casa? As assembleias na sua igreja um visitante.
são modelos de governar com justiça
e guiar como um pastor? As assem­
bleias iriam atrair o não crente? E os CONCLUSÃO
políticos evangélicos? Eles atraem o
povo brasileiro para o Deus de Israel? O Salmo 67 é um chamado para colocar
equilíbrio na estratégia e metodologia
de evangelism o m undial. D evem os
III-D EU S NOS aproveitar que o Brasil é um país onde
ABENÇOOU E, PORTANTO, há mais e mais estrangeiros entre nós.
M issões do Antigo Testam ento eram
OS POVOS O TEMERÃO
(S! 67.6-7) principalmente baseadas no princípio,
“Venha pra cá e observe a bênção de
O argumento do autor segue a seguinte Deus em nossa vida comunitária, e será
linha: porque a colheita foi tão produ­ convertido”. A ênfase do mundo ociden­
tiva (v.6) e é uma prova da bênção de tal atual, no qual o Brasil está inserido,
Deus entre nós, os povos da terra não está no “IR ” do Novo Testamento, como
terão nenhuma opção senão seguir o deve ser. Portanto, a distorção vem
caminho do Deus nosso (v.7). A pro­ quando o povo ocidental atribui o “IR ”
dutividade da nossa terra mostra que o à teologia bíblica, enquanto uma porção
Deus de Israel é a única fonte sobrena­ grande dos que estejam indo são m oti­
tural em que os povos podem confiar. vados por ativismo, não por teologia.
r — _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ —~ n

Aplicação pessoal: Os que vivem , Como Kidner fala no seu comentário


em cidades cosmopolitas, e os que 1 de Salmos: “O salmo nos anima a orar
vivem em regiões rurais, mas têm es- i assim: que Deus, que produz tanta coisa
trangeiros em seu meio, têm grandes i a partir de tão pouco, distribuindo-a em
oportunidades de convidar membros j amor, possa nos abençoar de tal modo
das nações para V IR e participar nas 1 que nós nos tornemos, por nossa vez,
a bênção do mundo inteiro” (p. 2 5 9 ).

41
SALMO 69 - SALMO SMPRECATORÍO
I COMO REAGIR À OPOSIÇÃO
i. Cldire Nancy Sidtlaway

.................... .. ~'s
. _

INTRODUÇÃO

N o Salm o 6 9 o salmista D avi (v eja A t 1 .1 6 -2 0 )


expressa sua angústia diante da perseguição por
seus adversários. N a sua o ração ele desabafa e
chega até a amaldiçoar esses perseguidores. Então,
com o parte desta lição, pod em os considerar os
cham ados sa lm o s im p re c a tó rio s , que incluem
m aldições deste tipo. M as o sofrim ento de Davi
é uma figura (ou tipo) do sofrim ento de C risto,
e vários versículos deste salm o são citad os no
N T referindo-se a C risto (v .4 e 9 e m jo 2 .1 7 ; v.9
em R m 1S.3; v.21 em M t 2 7 .4 8 ). São o ensino e
o próprio exemplo de C risto que trazem o novo
ideal para o crente de com o responder à oposição,
Texto básico
Salmo 69.1-36 zom baria e perseguição.

Texto devocional
João 15.17-27 I - UM D E S A B A F O DE D E S E S P E R O
(SI 69.1-5)
Versículo-chave
"Porque o Sen ho r resp o n d e aos
necessitados, e não despreza os seus 1. Uni desabafo
prisioneiros" (SI 69.33).
O Salm o co m eça com um d esabafo desespera­
Alvo da lição
O aluno aprenderá como o crente do. D avi sente que está se afogando na tristeza
deve reagir diante de oposição e p o r causa do seu tu m u lto in te rio r diante da
entenderá alguns princípios sobre as
maldições que encontramos no Livro confusão, d ecepção e in ju stiça prolongada. Ele
dos Salmos.
diz que não consegue sentir firm eza em nada
Leia a Bíblia diariamente (v .2 ). M as, de fato, o próprio ato de desabafar
Segunda: Jo 15.17-27
Terça: IPe 2.18-25 em oração para D eus ajuda a co lo ca r a situação
Quarta: SI 109.1-31
Quinta: Jr 11.18-23
m ais em perspectiva e Ele, aos poucos, fala mais
Sexta: SI 35.1-28 o bjetivam ente.
Sábado: SI 69.1-36
Domingo: At 7.54-60
2 . A causa do desespero
Qual é a causa deste desespero (v.4) ? É que parecem
incontáveis as pessoas que querem prejudicá-lo

42
injustamente. Ser odiado sem razão foi Ii - ZELO PARA
também a experiência de Cristo, que em O T ESTEM U N H O
Jo ã o 15.25 refere-se a Salmo 69.4. Ele (SI 69.6-12)
avisou que será a experiência comum
am uitos de Seus servos (jo 15.18-25). Davi não é apenas introspectivo, mas está
preocupado com a glória de Deus e o seu
• Se perseguição não é a nossa experi­ testemunho aos outros. Ele reconhece
ência, será porque ainda não nos des­ que quando um servo de Deus como ele
ligamos do mundo (jo 15.19)? De fato, está envergonhado por amor de Deus (v.
no Brasil, somos abençoados com pouca 7 e 9), os outros que esperam em Deus
oposição, mas devemos lembrar que para podem perder a fé (v.6), porque isto pode
muitos dos nossos irmãos em outros pa­ dar a impressão de que o Deus Justo é
íses (China, Peru, Vietnã, Irã, Turquia, impotente para reagir em favor dos Seus.
Sudão, a maioria dos países muçulmanos, Ele se sente atingido pela zombaria que
e outros) estas palavras são extremamente os inimigos fazem de Deus (v.9). Por isso
significativas (Hb 13.3). Na realidade do chora, jejua (v.lO) e se veste com pano
nosso mundo, a perseguição é uma expe­ de saco (v.l l ) , como sinal de contrição,
riência comum e a paz é que é incomum numa intensa busca da libertação da in­
para a igreja de Cristo. justiça. Mas parece que só piora a fofoca
dos grupinhos nos portões da cidade e
3 . U m autoexam e nos bares (v.12). Como observamos na
M esm o que Davi saiba que seus per­ introdução, v. 9a e 9b são aplicados a
seguidores não têm razão (v .4), sonda Jesus em João 2.17 e em Romanos 15.3.
sua consciência, disposto a reconhecer
perante Deus qualquer pecado, saben­ ; Estou preocupado com o testemu-
do que Deus conhece tudo (v.5). Ele j nho da m inha vida, m esm o que
reconhece que nosso sofrim ento nas 1 meu zelo provoque zombaria? Estou
m ãos dos hom ens pode ser castigo i disposto a sofrer por Cristo?
por parte de Deus por nossos pecados
(v .26). Com o Jerem ias 17.9,10 afirma
“enganoso é o coração... quem o conhece­ Ui - UM GRITO DE SO CO RRO
rá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração" A O DEU S M ISERICO RD IO SO
(SI 139.23,24 e SI 19.12). (SI 69.13-21)

1. Sua o ração
Quando achamos que estamos sen- '
Nos versículos 13a 18 Davi usa as mes­
do criticados injustamente, temos a
mas metáforas de águas profundas. Na
humildade de pedir que Deus nos
sua angústia ora ao Deus que ele sabe ser
mostre qualquer erro de nossa parte?
compassivo e rico em graça e fidelidade
(v .13). Ele ora desejando uma resposta IV - M A L D IÇ Õ E S DOS
urgente (v. 17), que o Senhor seja seu P ER SEG U ID O R ES
redentor e defensor (v .1 8 ) e o livre (SI 69.22-28)
do vexame (v.19). A certeza que Deus
compreende tudo é ainda mais preciosa Lembrando das palavras do nosso Sal­
(v .19) porque ele se sente totalmente vador na cruz (L c 2 3 .3 4 ) e de Estêvão
sem apoio humano (v.20). (At 7.6 0 ), estranhamos bastante que a
reação de Davi seja tão diferente. D e
2 . Sua am argura fato, há várias outras passagens desta
A palavra FEL (v.21) significa uma planta natu reza nos salm o s: Salm o 6 .1 0 ;
venenosa. E traduzida como erva venenosa 10.15; 35.1-8; 40.14,15; 55.15; 58.6-9;
em Oseias 10.4 e como veneno em Deu- 5 9 .1 0 - 1 5 ; 6 8 .2 ; 8 3 ; 1 0 9 ; 1 3 7 .8 ,9 ;
teronôm io 32.32, onde é usada como 1 3 9 .1 9 -2 2 ; (além de outros trechos,
sinônimo de amargos. Davi usa “darfelpor 2Reis 1.10, Números 4.5 e vários tre­
alimento"metaforicamente para significar chos em jerem ias, como 18.19-23). São
amargura, mas fel foi oferecido, de fato, a chamados salmos imprecatórios. V eja
Jesus, como lemos em Mateus 21.34,48. Salmos 1-72, por D. Kidner (Edições
João 19.28,29 fala da sede de Jesus nos Vida Nova) págs. 38 a 45 e o Novo Di­
mom entos finais da cruz como sendo cionário da Bíblia, págs. 1459-1460. Um
cumprimento das Escrituras. aspecto essencial da angústia de Davi
era que estava sendo injustiçado (v.4).
Este salmo, e outros, como Salmo 22,
não eram considerados m essiânicos Sofrer injustam ente é, para o crente,
pelos judeus porque não esperavam um uma oportunidade de seguir nos passos
Messias que sofreria. Somente quando de C risto ( lP e 2 .1 9 ), mas no A T as
Cristo iluminou a mente dos discípulos prioridades eram diferentes. Devemos
(L c 2 4 .2 6 ,2 7 ,4 4 -4 6 ) é que a Igreja foi levar em consid eração os seguintes
com preendendo o significado dessas pontos.
passagens nos Salmos.
r _~. —_ _ _ _ _ _ _ _ 1. D eu s é ju sto e haverá julgam en to
i D evem os m editar nestas palavras , do pecado
1 de Davi sobre o opróbrio e ultraje, 1 Pedro cita Salmo 6 9 .2 5 em relação a
i que nos fazem lembrar um aspecto • Judas em Atos 1.20, com o profecia do
i do sofrimento imenso e incompre- , resultado da sua im penitência. Deus
j ensível que nosso amado Salvador ' prom ete, em Lucas 1 8 .7 ,8 , vindicar
i sofreu para nos salvar. Tam bém nos ' Seus eleitos (em bora pareça demora­
i sensibiliza o sofrimento de muitos dos i d o ). Esta característica da justiça de
| nossos irmãos, através dos séculos e ' Deus era muito importante no A T As
1 pelo mundo hoje, em nome de Cristo. 1 vezes enfatizamos tanto que D eus é
amor que esquecemos de enfatizar que

44
Ele é justo e santo. Os salmistas queriam suspiros de pessoas angustiadas e não
que os ím pios recebessem as justas planos de pessoas sanguinárias.
consequências dos pecados (SI 69.24).
6. O s jud eus não tin h am um a esp e­
2. O s salm istas não foram inol iv.ulos ran ça firm e do ju lg a m e n to ap ós a
p o r d esejo de vingança pessoal m orte
O que motivou os salmistas foi a pro­ É fato que Deus ainda não tinha revela­
funda convicção de que Deus e juslo e do algo sobre julgamento pós morte. Os
há de reagirá injustiça (SI 84.1 2). I lou judeus esperavam o julgamento aqui na
ve também o forte desejo de ver a justiça terra, durante a vida da pessoa ou dos
de Deus manifesta (SI 109.27,40 4 1; seus descendentes (SI 109.10).
5 9 .1 3 ) e de que o nome de Deus não
fosse mais envergonhado e zombado 7. N ós tem os o ensino claro do N T de
(SI 83 .16-18). que haverá ju lgam en to após a m o rte
(H b 9 .2 7 ) e de q u e d ev em o s o ra r
3. O s salm istas suportavam por m ui­ p elos nosso s inim igos (M t 5 .4 3 -4 4 ).
to tem p o situações d olorosas
Não foram pequenos incômodos que V - L O U V O R A D EU S
p rovocaram as reaçõ es dos salm os (SI 69.29-36)
im precatórios, mas atos de traição e
brutalidade (SI 109.4-5 e 9 ), ameaça O salm o term ina no tom de louvor.
à vida (Jr 11 .1 9 ) e, principalm ente, Davi pede para ser levantado acima da
injustiça (SI 69.4; 35.7; 59.3-4). amargura (v.29) para louvar genuina­
mente com cânticos (v.30). Tais ações
4 . O s salm istas não tom aram a vin­ de graças serão mais significativas para
gança nas próprias m ãos Deus do que o ritual de sacrifício, até do
Eles expressaram a angústia a Deus em animal mais perfeito (v.31; Hb 13.15;
oração e confiaram que Ele reivindicaria Sl 50.8-14). Esse testemunho encoraja­
Sua causa (SI 109.4,21; J r 11.20). rá outros aflitos (v .32-33).

5. O s salm istas expressaram agonia A grad eço a D eus p u b licam en te,


de co ração ferido (SI 109.22-24). quando Ele me ajuda?
Às vezes, a linguagem usada é para nos Até a oração mais desesperada pode
chocar; para que sintamos o dilema da ser concluída com louvor?
pessoa diante da injustiça gritante. São

45
a ».
73- m

A PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS


Pr. José I- ! imberto de Oliveira

INTRODUÇÃO

Asafe, o autor deste salm o, sabe que D eus é


bom e ju sto . P or causa d isto, sua teolog ia é
simples: Deus pune o perverso e recom pensa o
hom em bom . Todavia, quando o salmista olha
ao redor, vê ímpios prosperando e vivendo uma
vida boa e regalada. D aí naturalm ente surge a
questão: “se Ele é Tod o-P od eroso assim como
T o d o -B o n d o so , por que, então, perm ite que
uma realidade moralm ente perversa continue na
terra? Eles não só ficam impunes, mas parecem
estar isentos de dificuldades que acontecem com
outras pessoas. Em uma palavra, honestidade
Texto básico
Salmo 73.1-28
não é a m elhor política. Ser bom não compensa.
São os perversos que prosperam , enquanto a
Texto devocional
Eclesiastes 5.10-16 adversidade cai sobre os justos” (Joh n Stott). É

Versículo-chave
com este pano de fundo em m ente que devemos
"Quanto a mim, bom é estar junto a estudar este salmo.
Deus; no Senhor Deus ponho o meu
refúgio, para proclamar todos os seus
feitos"(S\ 73.28).
1 - 0 A U TO R DO SA LM O
Alvo da lição
O aluno aprenderá com Asafe que
olhar para a prosperidade dos ímpios Quem é Asafe? Seu n om e.n o hebraico signi­
não é a melhor maneira de ver a vida.
Devemos aguardar o final de tudo e,
fica coletor ou recolhedor. U m levita, filho de
sobretudo, lembrar que a eternidade Berequias ( l C r 6 .3 9 ). Um músico consumado,
faz toda a diferença.
nom eado por Davi para presidir o coral sagrado
Leia a Bíblia diariamente
organizado pelo rei. Os filhos de Asafe poste­
Segunda: Dt 8.1-20
Terça: Dt 32.1-29 riorm ente são m encionados com o coristas do
Quarta: Lc 12.13-21
Quinta: lTm6.6-19 tem plo ( l C r 2 5 .1 ). Asafe torn ou -se célebre,
Sexta: Tg 5.1-6 em tem pos posteriores, com o profeta e poeta
Sábado: Pv 11.4;
18.23:28.11 (2 C r 2 9 .3 0 ). Doze Salmos são atribuídos a ele
Domingo: Pv 30.8-9
(S I 73 -8 3 e 5 0 ).

46
li - QUAL É O P RO BLEM A v .1 0 - Sorvos - Goles, tragos.
DE A S A F E ?
(SI 73.1-16) 2. Aparente falta de recompensa pela
piedade (v. 13-16).
“Deus é bom ...p a r a com os de coração Gomo Deus não pune os arrogantes e
lim p o” (v .l) - Limpo significa mais do presunçosos instantaneam ente, imagi­
que ter mente limpa; basicamente, tra­ nam que ou Deus não sabe ou não Se
ta-se de ser totalmente dedicado a l )eus. importa com o comportamento huma­
Quanto à palavra coração, esta aparece no ( Bíblia Vida Nova).
seis vezes no salmo, isso quer dizer que
o estado do coração determina os pen­ Mas esta é a visão temporária e distor­
samentos e atitudes do homem. cida do salmista, que está altamente
influenciado pela inveja.
O versículo 2 poderia ser traduzido
assim: "Meus pés quase escorregaram, 3. Amargura com Deus (v .21-22)
quase cedeu de todo o apoio Deles". As "era como um irracional à tua presença”
razões desta crise de fé, que o salmista (v .2 2 ). E preciso ter muita coragem
confessa com uma coragem admirável, para reconhecer um com portam ento
são basicamente três. com o este. Graças a Deus Asafe nos
deixou mais esta lição!
1. Inveja dos arrogantes (v.3-12)
"Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a "Fazer reclamações presunçosas contra
prosperidade dosperversos”. Nos versículos Deus é agir como um animal ignorante,
4 a 12, Asafe dá detalhes do que via nos ar­ não com o um ser hum ano racional"
rogantes e perversos que lhe causava inveja. (Sto tt).

v .4 - E curioso que estar fisicamente sa­ III - A S O LU Ç Ã O


dio e nédio (brilhante, de pele lustrosa) PARA A SA FE
ainda é considerado, em certos círculos, (SI 73.17-28)
com o direito de nascença do crente,
ainda que não haja nenhuma promessa A perplexidade e o desespero de Asafe
bíblica de “saúde total”. duraram só "até que entrei no santuário
de Deus" (v.17). Aqui a vida do salmista
v .7 - Este verso quer dizer que “Por começou a ser restaurada. “A luz irrom­
causa de sua riqueza, seus olhos desejam pe, quando se volta para o próprio Deus,
tudo que seus corações imaginam.” tratando-O como alvo, não de especu­
lação, mas, sim, de adoração” (Derek
v.8 -M o t e jo - Zombaria, dito picante, Kidner). O cristão deste século precisa
gracejo. M otejar é criticar, censurar, aprender essa lição. Quando ficamos
escarnecer. confusos pelos problemas do reinado

47
providencial de Deus no mundo, nunca ind ício .” O que o salm ista foi capaz
devemos olhar para os perversos com de entender no santuário de Deus foi
inveja nem para nós mesmos com pena. o fim dessas pessoas. Eles prosperam
E não devemos desistir de procurar uma agora, é verdade, mas Deus os coloca
solução nem devemos nos lançar no de­ em lugares escorregadios. Nas palavras de
sespero, mas, ao contrário, devemos cair Jesus, estão na “estrada larga que leva à
de joelhos e olhar para Deus. Então “do destruição.” No final a morte os levará e
esconderijo do Altíssimo vemos as coisas eles serão destruídos. Realmente, "como
como Deus as vê” (Campbell Morgan). ao sonho, quando se acorda, assim, ó
Senhor, ao despertares, desprezarás a ima­
“Nossos problemas são agravados por­ gem Deles" (v.20). Leia Salmo 37.35-36
que somos bitolados e imprevidentes. e IT im ó teo 6.17-19.
É uma questão de perspectiva. Uma
m o n tan h a que p are ce am eaçad ora 2. O d estin o dos ju sto s (v.23-28)
quando estamos ao seu pé e ela se eleva Sem dúvida, comunhão com Deus não
sobre nós, encolhe até parecer insignifi­ parece algo “bom ” para o materialista,
cantemente inofensiva quando a vemos já que ela envolve tristeza e sofrimento
à distância ou de cima. Então o problema no mundo. M as aqueles que dão valor
da providência de Deus não pode ser à verdadeira riqueza sabem que nosso
solucionado no contexto limitado de “bem ” real e eterno está em Deus, é o
tempo e espaço; sua solução espera o próprio Deus (v .25-26).
próximo mundo e a eternidade. Muitas
das diferenças da vida permanecerão C O N C LU SÃ O
agora. Mas os erros serão corrigidos, o A Teologia da Prosperidade este Sal­
mal será vingado, e o bem recompensado mo tem um precioso recado. Não nos
no julgamento final. E por isso que pre­ iludamos achando que o aumento dos
cisamos ir sempre ao santuário de Deus; bens materiais e das posses terrenas é,
é ali que nossa perspectiva é ajustada e necessariam ente, sinal da bênção de
nossa visão esclarecida” (John Stott). Deus. Ao ver homens ímpios prospe­
rando, o salmista vê a si mesmo numa
1. O destino dos p erversos (v.17-20) profunda crise de fé.
O que o salmista foi capaz de entender
no santuário de Deus foi o fim (lit. “o A graça comum faz com que Deus envie
depois D eles”), ou seja, o futuro Deles chuvas sobre justos e injustos e faça
que irá desmontar tudo quanto era a nascer o Seu sol sobre maus e bons. Foi
razão de viver Deles. o que afirm oujesus Cristo em Mateus
5.45. Todavia, uma coisa é prosperida­
"a tin e i com o fi m D eles." O verbo de material, outra bem diferente é eter­
atinar significa “d escobrir pelo tino, nidade com Deus. Compare isto com
pelo raciocínio, por conjetura ou por o que está registrado em Lucas 16.25.

48
<r i pi . Oà
SALMO DE ADORAÇAO
ir

O LUGAR DE DEUS as
IN TR O D U Ç Ã O

Nesta lição vamos ver com o o salmista amava as


Escrituras e muito se esforçava para que todos as
conhecessem e as pregassem. ( !omo corolário do
seu amor pelas Escrituras surge o seu entusias­
mo pelo santuário de Deus: "Alegrei me ijinwdo
me disseram: Vamos à Casa do Senhor. Vararam
os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém!"
(SI 122.1,2). Certamente o Salmisl a se interessara
não som ente pelo Santuário em si, com o casa
material, mas muito mais porque ac liava que no
templo de Deus estava mais perto de 1teus, e que
teria sempre maiores possibilidades ali de adorar
a Deus na beleza de Sua santidade, (SI 2õ.2).
Texto básico
O templo emjerusalém era para o judeu o lugar mais Salmo 84.1-12

sagrado do mundo, pois ali, no Santo dos Santos, es Texto devocional


Joáo 4.19-30
tavaa Glória do Senhor (Shekinah) - a manilestaçao
visível da presença de Deus. Por isso mesmo o salmo Versículo-chave
71 11iiiiha alma suspira e desfalece pelos
que estamos estudando começa com esta maravilho­ átrios do SENHOR; o meu coração e a
minha t ame exultam pelo Deus vivo!"
sa declaração: "Quão amáveis são os teus tabernáculos, (SI 84.2).
Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece
Alvo da lição
pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne Restaurai, na Igreja, a teologia bíblica
da adoração quo vem sendo engolida
exultam pelo Deus vivo!" (v.1-2). pelos shows qospel e pelas manias de
eventos de celebração.
Antes de entrarmos nas considerações do Salmo
Leia a Bíblia diariamente
84, seria bom que refletíssemos no que é adoração. Segunda: SI 42.1-11
Terçaa: SI 43.1-5
Em que consiste este ato de culto do povo de Deus: Quarta: S1122.1-9
Quinta: SI 27.7-14
Sexta: SI 28.1-7
adoração é o ato de declarar que Deus é digno Sábado: SI 55.1-23
de louvor; Domingo: SI 73.1-28

adoração é o ato de admirar o caráter de Deus


e Deleitar-se com Seus feitos;
c. adoração é o supremo plano de Deus destacar três palavras que mostram a
para o Seu povo; e plenitude da adoração:

d. adoração é uma questão da atitude a. alm a - “A minha alma suspira",


do coração.
b . c o r a ç ã o - “O meu coração... exultam";

I - EN TEN D EN D O c. c a r n e - “A minha carne exultam pelo


O SA LM O 84 Deus vivo”.

Agora, vamos colocar este Salmo 84 em 2. Privilégio das aves. “O pardal encon­
uma perspectiva litúrgica para que pos­ trou casa, e a andorinha, ninho para si, onde
samos justificar o título desta lição. A. W. acolha os seusfilhotes". Juntando este texto
Tozer disse: “Aadoração é ajóia desapa­ com as palavras de Jesus registradas em
recida da igreja evangélica contemporâ­ Mateus 6.26. "Observai as aves do céu: não
nea”. A jó ia continua desaparecida, mas semeiam, não colhem, nem ajuntam em ce­
pelo menos agora muitos sabem disso, leiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta",
sentem falta dela, e querem encontrá-la podemos dizer: as aves são privilegiadas!
novamente. O Salmo 84 pode ser dividi­
do em seis grandes estrofes. a. Elas têm a própria casa.

1. A nsiedade da alm a (v.1-2); b. Elas têm o próprio alimento.

c. Elas têm a proteção do Senhor.


2. P rivilégio das aves (v.3);

3. Bem -aventurança do hom em . "Bem-


3 . B e m - a v e n t u r a n ç a do h o m e m
aventurados os que habitam em tua casa...
(v.4-5 e 12);
Bem-aventurado o homem cuja força está
4 . P ercalço s da vida (v.6-9); em ti... feliz o homem que em ti confia".
Aqui podemos destacar a tríplice bênção
5. V alo rização do cu lto (v .10); e do Senhor para aqueles que desejam ir à
Casa do Senhor para adorar:
6 . E xaltação da divindade (v. 11 -12).
a. “Bem-aventurados os que h abitam em
II- D E S E N V O L V E N D O tua casa";
O SA LM O 84 1
b. "Bem-aventurado o homem cuja força
1. A nsiedade da alm a. "Quão amáveis está em ti”;
são os teus tabernáculos, Senhor dos Exér­
citos! A minha alm a suspira e desfalece c. “Feliz o homem que em ti confia".
pelos átrios do Senhor; o meu coração e
a minha carne exultam pelo Deus vivo!" 4. Percalços da vida. “O qual, passando
(v. 1-2). Nestes dois versículos podemos pelo vale árido, fa z Dele um manancial; de
50
bênçãos o cobre a primeira chuva. Vão indo de eglória; nenhum bem sonega aos que andam
força em força; cada um Deles aparece diante retamente. O Senhor dos Exércitos, feliz o
de Deus em Sião”. Nas versões bíblicas homem que em ti confia ”. Exaltar a pessoa dc
mais antigas usava-se a expressão "vale de Deus era a finalidade do culto de adoração.
boca". Ninguém, talvez, venha a interpretar Por causa de quem Deus é e do que Ele faz,
exatamente o significado desta expressão, atribuímos a Ele a glória que é devida ao
mas apalavra “boca" significa choro. O que Seu nome. Esse é o sentido do Salmo 84.
podemos deduzir deste texto é que mesmo Não podemos nos esquecer que a nossa
no caminho da adoração, os adoradores adoração é trinitariana. Dr. João Gomes
têm os percalços; ou as suas dificuldades. da Rocha fez essa adoração trinitariana no
Sugiro três dificuldades para adoração: seu hino “Culto à Trindade”.

a. dificuldades físicas - distância, falta a. 1)eus está no templo, Pai Onipotente!


de transporte, etc;
b. Cristo está no templo, Sumo beneficio!
b. dificuldades sociais - falta de dinhei­
ro, de roupa e até preconceito social;
c. Vem e ocupa o templo, Preceptor
c. dificuldades espirituais - frustra­ divino!
ções com as liturgias dos cultos.
C O N C LU SÃ O
5. Valorização do cu lto ."Pois um dia nos
teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à M u ito mais pod eria ser dito sobre
porta da casa do meu Deus, a permanecer adoração, mas estamos limitados pelo
nas tendas da perversidade". O salmista tempo e espaço. O Deus trino, o Ser
deixa claro que todos quantos moram na suprem o das Escrituras, O Bend ito,
Casa do Senhor são imensamente felizes, Pai, Filho e Espírito Santo, a Ele todas
e dando um passo mais à frente assevera as criaturas de todos os tempos devem
que mesmo aqueles que não podem ado­ adoração. Terminamos esta lição com
rar a Deus no templo, se tiverem em seu Ap 5.12.
coração esse grande desejo, serão também
grandemente abençoados. A valorização "Digno é o Cordeiro que fo i morto
do nosso culto de adoração é tríplice: de receber o poder,
e riqueza, e sabedoria,
a. na vida pessoal (SI 24); e força,
e honra,
b. na vida social (Mt 5.13,14); e glória,
e louvor".
c. na vida eclesiástica (Hb 10.25). r — —— — — — — •í

j E le é D ig n o de to d a a n o s s a J
6. Exaltação da divindade. "Porque o i adoração! i
SenhorDeus ésol e escudo; o Senhor dá graça
51
A violência urbana, os sequestros frequentes e os
ataques terroristas colocaram em relevo extraor­
dinário a questão da segurança. Nunca a proteção
preocupou tanta gente em países e am bientes
onde outrora a maioria se julgava longe de perigo.
Carros blindados, guarda-costas pessoal, palacetes
com altos muros e grades, jardins patrulhados de
cães e gente armada - tudo isso hoje faz parte do
cotidiano deste país e de outros.

! - O PROTETOR POR EXCELÊNCIA


(SI 91.1-4)

n é Ele? As várias expressões aqui dão


Texto básico uma ideia da grandeza do nosso Protetor, e da
Salmo 91.1-16
qualidade da proteção que oferece aos Seus. Ele é:
Texto devocional
Romanos 8.28-39 a. o Altíssimo (v. 1), o Ser supremo, D ono dos
Versículo-chave céus e da terra (G n 14.19), Rei da terra toda
"Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza,
o meu Deus, em quem confio" (SI 91.2). (SI 47.2; D n 4.3 2 ).

Alvo da lição
O aluno entenderá a realidade e a
Todo-Poderoso (v. l). Aquele que J ó e os
extensão da proteção de Deus, e patriarcas conheciam e de Q uem rogavam
como ela deve ser solicitada.
bênçãos (G n 17.1; 49.25; Jó 13.3).
Leia a Bíblia diariamente
Segunda: 5191.1-16
Terça: SI 61.1-8 (Javé) é o nome pessoal de Deus (v.2).
Quarta: Nm 23.13-23 É Aquele que entra em aliança de amor e fidelida­
Quinta: Ef 6.10-18
Sexta: Rt 2.8-12 de com quem Nele confia. Sob este nome redimiu
Sábado: Lc 4.1-13
Domingo: SI 27.1-5
o Seu povo do Egito por causa da aliança com os
patriarcas. E de quem entrou em aliança com Ele
pelo sangue de Cristo também se pode dizer que
"afidelidade Dele será o seu escudo protetor".

[__II .. ü....
d. o meu De?is ( v.2) Isto relembra que não quiseram (M t 23.37). Ver também
é possível ter um relacionam ento Rute 2.12; Salmo 17.8; 36.7; 57.1. O
pessoal, íntim o, com este Ser de Altíssimo, o T odo-Poderoso, é tamb ém
qualidades tão tremendas (is 57.15). Protetor de bondade infinita.

2, Como descrever a proteção que II -PR O TEG ID O DE QUÊ?


providencia? É ela: (SI 91.5-13)

a. abrigo (v .l) Tal defesa é mais eficaz Muitos têm sido


contra os ataques do mal do que grandes os livramentos de servos de Deus em guer­
espessuras de concreto armado contra ras, em viagens, até em assaltos. Fazemos
bombardeios inimigos. O protegido está bem em pedir a proteção de Deus pelos
escondido de seus inimigos (SI 27.5). irmãos que se encontram nessas situações
(Ed 8.22-23; 2 Ts 3.1-3; Rm 15.30-31).
b. sombra ( v. 1 Em terra desértica, casti­
gada pelo vento e pelo sol impiedoso, a gos espirituais (SI 91.3,5-6,
sombra era muito importante (Is 32.2). 13). Perguntas frequentes dos que che­
gam a Cristo vindos do espiritismo: "Os
c. refúgio. Nas montanhas da terra san­ despachos podem me fazer mal?”; “Os
ta, as cavernas e penhascos ofereciam espíritos podem me atacar?”; “O pavor da
lugar de segurança para hom ens e noite... a flecha que voa dc dia... a peste que
animais. Os israelitas, em tempos de se move sorrateira nas trevas,... a praga que
invasão repentina, escapavam para devasta ao meio-dia" sao problemas físicos,
tais lugares ( lS m 13.6; H b 11.38). ou entidades espirituais? Provavelmente o
salmista entendia as duas coisas. A doença
d. fortaleza. Antigamente, a cidadela
pode, ou não, ter fundo espiritual. Ver
ocupava lugar alto, de difícil acesso e
a doença cie Jó, e, cm contraste, as "fre­
fácil de defender. Massada, que quer
quentes enjennidatles" de Timóteo (Jó 2.7;
dizer “fortaleza”, era lugar assim nos
ITm 5.23). Os espíritos invocados pelos
dias de Herodes. Mas foi capturada
que tentam manipular poderes ocultos são
afinal pelos rom anos. O Senhor,
reais. Aproteção de Deus é também real. A
fortaleza nossa, é invencível.
declaração involuntária do corrupto Balaão
e. as asas de Deus. A proteção da ave, é ainda válida: “Não há magia que possa
dos seus filhotes, chama atenção dos contra Jacó, nem encantamento contralsrael”
poetas bíblicos. Boaz fala nisso. Seu (Nm 23.23). Paulo também podia falar
descendente maior, Davi, faz a mesma com tanta convicção: “Pois estou convencido
comparação. E o Filho de Davi, maior de que nem morte nem vida, nem anjos nem
ainda, afirma: “Jerusalém, Jerusalém, você, demônios, nem o presente nem o futuro, nem
que mata os projetas e apedreja os que lhe quaisquer poderes, nem altura nem profundi­
são enviados! Quantas vezes eu quis reunir dade, nem qualquer outra coisa na criação será
os seusfilhos, como a galinha reúne os seus capaz de nos separar do amor de Deus que está
pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.38-39).
iil - A GARANTIA DA PROTEÇÃO Deus através deste acidente trágico tem
(SI 91.4, 14-16) sido transmitida a milhares de pessoas
em todo o mundo. Outros deficientes,
1. Q uem são os p ro teg id o s? paraplégicos e pessoas com outras limi­
São os que amam a Deus e conhecem tações descobriram que acidentes, mes­
o Seu nome. A proteção não se deve ao mo os mais graves, em nada impedem
fato da Bíblia estar sempre aberta no uma real comunhão com jesus. Tivesse
Salm o 91, com o se fosse um talismã o Senhor protegido Jo n i naquela hora, o
cujo poder mágico afastasse os males. ministério dela teria sido muito menor.
É devida, sim, à fidelidade de Deus aos
que têm relacionam ento verdadeiro O supremo exemplo da retirada da prote­
com Ele (v.14). Estes costumam orar ção de Deus de Seu Servo fiel aconteceu na
( v .l S ) .E sao atendidos (v .15-16). cmz. “Porque me abandonaste?” (SI 22.1;
M t 27.46). Tivesse Jesus aceito as “doze
2 . C o m o e x p lic a r c a s o s em q u e a legiões de anjos", evitando o horrormáximo
p ro teçã o parece te r sido negada? de ser separado do Pai, ainda estaríamos
Deus chega a dizer “na adversidade estarei nos nossos pecados. Ele foi por curto tem­
com ele” (v.15). Não promete que não po desprotegido, para que nós fôssemos
haverá adversidade. Em alguns casos os protegidos por toda a eternidade.
crentes sofrem, são atacados, até mortos.
Deus não está sendo fiel às garantias Dele? R efletin d o a m esm a atitude do S e ­
A Bíblia não explica totalmente o proble­ nhor Jesus ao sofrer pela nossa reden­
ma, mas oferece alguns indícios sugestivos. ção, tem os o exemplo dos apóstolos
(R m 8.35-37; 2C o 6.4-5; 11.23-27).
Havia ao redor de J ó a “cerca” da pro­
teção divina (jó 1.10). Pela sugestão de 3. E possível abu sar desta p ro teção ?
Satanás Deus retira esta proteção, com Infelizmente é possível. O diabo ten ­
resultados terríveis para o patriarca. tou com que Jesus fizesse isso, citando
Antes e depois disso, ele continua sendo versos 11 e 12 deste salmo. A réplica
"meu servo j ó ”. O que nós sabemos, e pa­ do Senhor deixou bem claro que pedir
rece qu ejó nunca soube nesta vida, é que proteção da maneira sugerida, seria pôr
a honra de Deus foi demonstrada em todo Deus à prova, usando uma caricatura da
omundo espiritual (ver E f3 .10). Para ele, fé verdadeira. Jesus Se recusou a fazê-lo.
a sua fidelidade na aflição possibilitou
experiências da realidade de Deus que C O N C LU SÃ O
antes não imaginara (jó 42.5).
Resumindo, a proteção abrange livra­
N os dias de h o je, tem o s exem plos mento no mundo material e espiritual.
com o de Jo n i Ericksen Tada. Amiga Ela é dada pelo Senhor aos que têm trato
do atletismo, quebrou o pescoço aos com Ele, em Cristo. Não é nenhum pro­
17 anos, passando o resto da vida em cesso mágico, e sim uma ação do próprio
cadeira de rodas. A sua experiência com Deus que intervém a favor dos Seus.

54
SALMO 103 - SALMO DE GEtATiDAO
A ALMA AGRADECIDA
Pr. Enoque Vieira de SanDna

IN TRO D U ÇÃ O

O Salmo 103, atribuído a Davi, é tido como um


dos mais belos cânticos do saltério hebreu. Na
atitude de reconhecimento e gratidão pelos be­
nefícios e favores graciosos de Jeová, o salmista
conclama a sua alma a louvar a Deus por tudo
que Ele fez à sua pessoa: “Bendize, ó minha alma,
ao Senhor, e não le esqueças dc nem um só de seus
benefícios” (v.2). Alista preciosas bênçãos nacio­
nais de amor, perdão e misericórdia, terminando
o cântico com uma convocação geral de louvor
aos anjos e a toda criação.

Há muitos cristãos que têm se Deleitado com a


mensagem de gratidão deste salmo, a qual tem muco
sido fonte de inspiração e modelo de ações de s.iimo i o j . i ) i

graça em muitos cultos de louvor. T.xto d.vodon«!


Salmo KM.I J5

Nós queremos estudar a lição de hoje evocando Versículo-chave


"Bendize, ó minha alma,ao Senhor, e
todo o nosso ser para agradecer ao Senhor Jesus tudo o que há em mim bendiga ao seu
por tudo o que Ele tem feito por nós. santo nome" (51103.1).

Alvo da lição
O aluno será levado a agradecer a
Estudem os a Bíblia e nos inspiremos para en­ Deus pelo que Ele é e pelo que Ele
chermos plenamente nossa alma de gratidão. Os faz para aquele que confia em Cristo.

três pontos principais a seguir nos ajudarão no Leia a Bíblia diariamente


Segunda: iSm 2.1-10
entendimento da lição. Terça: Lc 1.46-55
Quarta: Lc 1.67-79
Quinta: SI 25.1-22
i - A A LM A AGRADECIDA Sexta: 2Co 1.3-4
Sábado: Ef 3.1-14
RECONH ECE A S BÊNÇÃO S PESSOAIS Domingo: 2Pe 1.3-9
(Si 103.1 - 5)

As expressões “ó minha alma”, “tudo o que há em mim”


e “não te esqueças” indicam a individualidade e o ser
55
pessoal do servo de Deus, e o seu desejo de Experimentar o perdão de Deus é uma
gloiificá-Lo numa elevada esfera da comu­ bênção ímpar para todos nós e deve­
nhão e adoração: "Bendize, ó minha alma, mos ser encorajados a confessar-Lhe
ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga nossos pecados e confiar no seu perdão
ao seu santo nome”.Esse bendizer revela um (Is 55.7; l jo 1.9).
anelar constante de agradecimento que
envolve todo o coração, todas as forças e 2. A bênção da cura (103.3)
todo o entendimento. Tudo indica que o salmista havia passado
por uma enfermidade física e foi curado
O nome de Jeová é envolvido no louvor pelo Senhor. Mas há uma ideia maior que
perene com Sua pessoa divina, por ser vai além da cura do corpo: a cura da alma.
considerado de grande poder, e isto Portanto o corpo e a alma estão sujeitos às
nos faz pensar na revelação neotesta- doenças e quando estas atingem o nosso
mentária do magnífico nome de Jesus: interior a coisa se torna mais complicada e
Deus exerceu em Cristo, pela Sua res­ somente a fé em Deus nos livra das feridas
surreição e exaltação, a força e o poder causadas, principalmente, pelo pecado
acima de todo principado, potestade, (is 53.1-12). Em Isaías 53.4,5 observa­
poder e domínio “e de todo nome que se mos que Cristo tomou sobre Si as nossas
possa referir não só no presente século, mas enfermidades e as nossas dores, sendo
também no vindouro” (E f 1.19-21). Veja traspassado pelas nossas transgressões e
tam bém Atos 4.11,12. moído pelas nossas iniquidades. Cremos
que o sacrifício de Cristo na cruz do Cal­
Observemos as bênçãos pessoais lista­ vário expiou nossos pecados e no corpo
das pelo salmista.1 da ressurreição estaremos isentos total e
completamente das enfermidades físicas.
1. A bênção do perdão (Sl 103.3)
“Ele é quem perdoa as tuas iniquidades”. 3. A bênção da redenção (103.4)
O perdão divino é enfocado com o um “Quem da cova redime a tua vida e te coroa
benefício real que somente o coração de graça e misericórdia”. No Salmo 116.3 e
contrito e quebrantado experimenta. Se 8, vemos que Davi passou por circunstân­
a bênção citada refere-se a situações em cias mortais e angustiantes. Sua redenção
que Davi pecou moralmente, como ele pode referir-se a seu corpo enfermo e sua
mesmo relata no Salmo 32, ou se o per­ restauração física por intervenção divina.
dão aconteceu em decorrência de atitu­ Mas pode referir-se também à redenção
des erradas durante a enfermidade, não da sua vida ou seu resgate do poder da
sabemos. Nem sempre as enfermidades morte. Isto faz lembrar da restauração
são causadas pelo pecado com etido espiritual da nossa comunhão com o
( jo 9 .1 -3 ) ; en treta n to nas doenças Senhor ocorrida pela graça de Deus no
muitos se desesperam, duvidam e re­ homem que crê (E f2.1-10). “Te coroa de
clamam; nisso às vezes pecam. graça e misericórdia” (v.4) pode significar a
vitória coroada, com alegria e festa, sobre mio 3 2.36 está escrito: “Porque o Senhor
a enfermidade que o levaria à morte. fa r á justiça ao seu povo, e se compadecerá
dos seus servos, quando vir que o seu povo
4. A bênção do suprimento (104.5) se fo i e já não há nem escravo nem livre”.
“Quem farta de bens a tua velhice, de sorte Ele faz justiça aos oprimidos, aos órfãos
que a tua mocidade se renova como a da e às viúvas. Ele é o Sol da justiça que traz
águia”. Deus é fiel em atender as necessi­ salvação nas suas asas para aqueles que
dades do homem, anulando os efeitos de O tem em e amam (M l 4 .2 ). Essa é uma
uma idade avançada, quando, por natu­ passagem messiânica cumprida em J e ­
reza, o corpo se torna mais vulnerável às sus, a qual revela a Sua identidade com
doenças. Ele ren ova as forças do cansado o Deus justo da Velha Aliança.
e envelhecido, quando este confia em je-
sus, assim como o vigor e a força da velha 2 . O S en h o r é m ise rico rd io so e
águia se rejuvenescem: “Os que confiam no compassivo (103.8-13)
Senhor renovam as suasforças, sobem com
asas como águias, correm e não se cansam, a. Sua longanimidade e benignidade
caminham e não se fatigam ” (Is 40.31). (v.8)
Quando pensamos assim não estamos
dizendo que as pessoas da terceira idade b. Suas misericórdias infinitas (v.9-12)
não envelhecem ou adoecem. Cremos
como Paulo: “Sabemos que, se a nossa casa c. Sua compaixão (v.13)
terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos
da parte de Deus um edifício, casa não feita d. Suas misericórdias eternas (v.17)
por mãos, eterna, nos céus” (2C o 5.1).
3 .0 Senhor é onisciente (103.14-16)

IS- A A LM A
a. C onhece a estrutura humana (v.14)
AGRADECIDA CONSIDERA
AS BÊNÇÃOS GERAIS b. C onhece a vida transitória do h o­
(SI 103.6-19)
mem (v.15-16)
Este texto mostra o que Deus é e o que
Ele fez através da história para com o 4. O Senhor é Rei ( 103.19)
Seu povo do Antigo Testam ento e, por
extensão, o que Ele é e realiza por todos
III - A ALMA AGRADECIDA
os Seus filhos da Nova Aliança.1
CONCLAMA PARA O
1. O Senhor faz justiça a todos os
LOUVOR U N IV ER SA L
(SI 103.20-22)
oprimidos (103.6,7)
A Bíblia está repleta de referências ao O salmista estava tão encantado com
caráter justo de Deus. Em D eutoronô- Deus que não se contentou apenas a

57
conclamar sua própria alma a glorificá- O salmista dá prosseguimento aos impe­
Lo, mas com o coração repleto de gra­ rativos de gratidão até o final deste salmo.
tidão convoca a todos os anjos e a todas
as obras criadas para bendizerem ao
C O N C LU SÃ O
Senhor. Seres animados e inteligentes
deviam se unir aos seres inanimados “Bendize, ó minha alma, ao Senhor”. Esta
com o rios, m ares, sol, lua, estrelas, é a expressão final de Davi. Ele termina
animais e florestas. Tod os deviam se o salmo com o com eçou, totalm ente
unir num louvor universal. Ver Salmo envolvido de anseios, como diz William
19.1-6; 96.1-13; 98.7,8. R.Taylor: "Em meio ao coro do universo
inteiro, o salmista retorna à sua humilde
1. Os anjos são convocados ao louvor participação no conjunto de louvores”.
(1 0 3 .2 0 )
“Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, Se refletirmos solenem ente o quanto
valorosos em poder, que executais as suas Deus tem feito por nós, tanto indivi­
ordens, e lhe obedeceis à p alav ra”. Os dualm ente com o coletiva-m ente na
anjos têm um m inistério especial de igreja, terem os os m esm os m otivos
louvor e adoração a Jeová (is 6.1-4; de adoração e louvor e certam en te
SI 148.1-14). conclamaremos todo o nosso ser para
bendizer ao Senhor.
2. As obras são convocadas ao louvor
(1 0 3 .2 2 ) O minha alma, sem demora,
“Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as ergue-te para entoar
estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus e Os louvores do teu Cristo
as águas que estão acima do firmamento. e Seu nome celebrar!
Louvem o nome do Senhor, pois mandou Pra remir-te, Sua vida te quis dar.
ele, eforam criados” (SI 148.3-5). H in o 2 0 5 ( C a n t o r C r is t ã o )
SALMO 126 - SALMO DE LO! !WÍ R
COLHENDO COM JÚBILO
Profa. Claire Nancy Siddaway

IN TR O D U Ç Ã O

Cada um dos 15 Salmos de 120 a 134 é intitulado


"Cântico dos Degraus". O significado deste título
é incerto. Pode se referir a degraus, ou a “viajar
subindo”, de onde vem a tradução Cântico de
romagem, que se refere às procissões de peregri­
nação durante as grandes festividades no Templo.
Outras explicações do significado são:

1. uma liturgia associada com a escadaria de 15


degraus que subia do átrio das mulheres para o
átrio dos homens no Tem plo;

2 .celebração dos 15 anos acrescentados ávida do


Rei Ezequias, acompanhado pelo milagre do sol
Texto básico
ter recuado dez graus (is 3 8 .8 ); Salmo 126.1-6

Texto devocional
3. uma coleção de cânticos que os exilados en ­ 2Coríntios 9.6-11
toaram ao retornar da Babilônia para Jerusalém;
Versículo-chave
"Os que com lágrimas semeiam, com
júbilo ceifarão"(S1126.5).
4. estilo literário onde o pensamento progride em
Alvo da lição
passos porque cada verso amplia algumas palavras
O aluno entenderá este Salmo no
do verso anterior. seu contexto histórico e se sentirá
desafiado a semear a Palavra de Deus.

Quatro salmos deste grupo são atribuídos a Davi Leia a Bíblia diariamente
Segunda: S1120.1-121.8
(1 2 2 ; 124; 131; 133) e um a Salomão (1 2 7 ). Terça: S1122.1-123.4
Quarta: SI 124.1-125.5
Quinta: S1127.1-128.6
N o seu livro Amostra dos Salmos, Henry M orris Sexta: S1129.1-130.8
Sábado: SI 131.1-132.18
segue o segundo significado acima e mostra como Domingo: S1133.1-134.3
estes salmos podem ser aplicados a uma sequência
de quinze fases na peregrinação espiritual da vida
cristã.

59
1- A ALEGRIA T al é a alegria e testem unho quando
DA LIBERTAÇÃO um pecador é liberto da escravidão do
(SI 126.1-3) pecado (Lc 15.10). Devemos regozijar­
m os sempre na consciência de tudo
O delírio de alegria na primeira metade que Deus tem feito por nós, e falar as
deste salmo se transforma na oração palavras do versículo 3. "grandes coisas
para uma transformação de esterilidade. fe z o Senhor por nós”. Nossa alegria será
M as qual a libertação que provocou um testemunho para outros.
esta alegria?
II - A O R A Ç Ã O
Morris expõe este salmo com o pano de PARA R EST A U R A Ç Ã O
fundo da libertação milagrosa do cerco (SI 126.4)
de Senaqueribe em 701 a.C. relatado
em Isaías 38 e 39. Esta teve impacto Entretanto, a realidade presente dos ju ­
internacional (v .2 ) com o lem os em deus era mais dura. D e fato, quando os
2Crônicas 32.23. primeiros exilados chegaram de volta a
Judá, enfrentaram dificuldades. Era um
E n tretan to, é provável que o salmo grupo pequeno, porque muitos ficaram
seja uma referência mais específica à na Babilônia. Então, encorajados pela
época do retorno depois do cativeiro lem brança do passado, oravam para
e exílio na B abilônia, que durou 70 que Deus com pletasse a restauração
anos, e a m aioria de com entaristas do Seu povo. A lembrança dos atos de
in terp reta assim . D ep o is da sú bita Deus no passado pode nos encorajar
conquista da B abilônia (D n 5 .3 0 -3 1 ), em dificuldades.
C iro, o rei da Pérsia, decretou que os
judeus cativos podiam voltar para a Neguebe é o nome da terra árida do
terra de Judá. H ouve três principais sul d eju d á (G n 2 0 .l ) , onde os riachos
re to rn o s, lid erad o s p o r Z o ro b ab e l secavam durante o período de estiagem.
(E d 1.11; 2.2; S.14),E sd ras (E d 7.1-9) Os judeus almejavam a renovação re­
e N eem ias. pentina e divina como a da ravina seca,
que se transforma em torrente com a
E r a tã o m a r a v ilh o s o se r l i b e r ­ vinda da chuva, transformando o de­
to da escravidão e livre para voltar serto ao redor em lugar de relva e flores.
para a T e rra P ro m etid a que aqu e­
les judeus pensavam estar so n h an ­ I I I - O R ESU LTA D O
do! Sorriam e cantavam de alegria DO TR A B A LH O
(v .2-3). Até gentios de outras nações (SI 126.5-6)
reconheceram que foi Deus que reali­
zou este ato milagroso em favor de Seu O nosso dever não é som ente orar.
povo (v.2). Precisamos também trabalhar na seara.

60
Esta segunda imagem de transfor-ma- ram na seara. Podemos chorar diante
ção - semear e colher a ceifa - envolve o da cons-ciência da nossa incapacidade,
trabalho árduo e demorado de homens. ou da urgência da obra, ou da neces­
sidade dos perdidos. Precisam os ser
Provavelm ente, quando os exilados obedientes, pacientes (T g 5.7 ), e não
voltaram a Judá, a terra estava dura desfalecer (G 1 6.9).
p o r te r sido n eg lig en ciad a d u ran­
te tan to s anos e, co n seq u en tem en ­ C O N C LU SÃ O
te, difícil de preparar para a agricul­
tu ra. As p rim eiras safras falharam Devemos semear muito e em toda épo­
(Ag 1.6,10-11; 2.1 9 ). Semearam com ca; “Aquele que semeia pouco, pouco tam­
lágrimas, mas, finalm ente, D eus deu bém ceifará; e o que semeia com fartura,
a co lh eita. E sta im agem de plantar com abundância também ceifará” (2C o
sem entes é muito usada no N T para 9.6; Ec 11.1,4,6). Temos certeza de que o
representar nosso trabalho espiritual. nosso trabalho não é em vão ( lC o 15.58;
Is 55.10-13) e “o ceifeiro recebe desde já a
• O q u e a s e m e n te r e p r e s e n t a ? recompensa e entesoura o seu fruto para
( V e ja lP e 1.23; Lc 8.5, l l ) . vida eterna; e, dessarte se alegram, tanto o
semeador como o ceifeiro" (Jo 4 .3 6 ).
A parábola do sem eador deixa claro
que haverá várias reações à Palavra de “A seara na verdade é grande, mas
D eus. Às vezes encontram os dureza os trabalhadores são poucos. Rogai,
quando evangelizamos e o resultado é
pois, ao Senhor da seara que man­
que podemos ficar desanimados e até
de trabalhadores para a sua seara”
chorar. Às vezes sofremos, e há muitos (M t 9 .37-3 8 ).
obreiros que têm sofrido e até morre­

61
SALMO 139 - SALMO TEOLÓGICO
W á DEUS ESTÁ NO CONTROLE!
Pr. João Arantes Costa

IM TRODUÇÃO

C hegam os ao salm o mais im pressionante da


Bíblia. Se tivermos quaisquer pensamentos m e­
nos grandiosos acerca de Deus, este Salmo os
transcenderá de modo magnífico. E um Salmo
intensamente pessoal, do com eço ao fim. Parece
que o coração Dele é o versículo 6, que diz: “Tal
conhecimento é maravilhoso demais para mim: é
sobremodo elevado, não o posso atingir".

O Salmo 139 foi considerado “a coroa de todos os


Salmos”. Ele é certamente uma exposição sublime
de consciência pessoal de um hom em sobre o
conhecimento e a presença universal de Deus. Por
Texto básico
Salmo 139.1-24
isso mesmo ele é considerado um Salmo Teológico.

Texto devocional
Romanos 11.33-36
É bom lembrarmos aqui que teologia é a ciência
de Deus e das relações entre Deus e o universo.
Versículo-chave
"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu Ao definirmos a teologia como ciência, indicamos
coração, prova-me e conhece os meus
pensamentos; vê se há em mim algum
também o seu alvo. A ciência não cria; descobre.
caminho mau e guia-me pelo caminho A teologia responde a esta descrição da ciência.
eterno" {S\ 139.23-24).
Descobre fatos e relações, mas não os cria. O Salmo
Alvo da lição
139 é, sem dúvida alguma, uma descrição poética
Resgatar no coração da igreja a
relevância dos atributos de Deus no - científica que ressalta e exalta a pessoa de Deus.
meio do Seu povo.

Leia a Bíblia diariamente a. Deus é criador


Segunda: S1131.1-3
Terça: S1126.1-6 b. Deus é protetor
Quarta: S1124.1-8 c. Deus é provedor
Quinta: S1120.1-7
Sexta: S1140.1-13 r — — — — — — — — — — — — — — — — — — — —
Sábado: SI 137.1-9 Deus é tão grande que não existe nenhum es­
Domingo: S11.1-6
paço no universo que Ele não preencha, e se fez
tão pequeno que é capaz de habitar no coração
do hom em pecador (Rm 11.33-36).

62
Jo h n Stott, na sua obra "Salmos Favori­ II - A O N IPRESEN ÇA
tos”, divide o Salmo que vamos estudar DE DEU S
em três partes distintas, com destaque (SI 139.7-12)
aos atributos de Deus.
Onipresença significa, na totalidade de
sua essência, sem difusão ou expansão,
I - A O N IS G Ê N C IA DE DEU S
(SI 139.1-6) m ultiplicação ou divisão, que Deus
penetra e ocupa o universo em todas
Onisciência significa que Deus conhece as suas partes. Este trecho do Salmo
perfeita e eternamente todas as coisas, com eça com uma pergunta: “Para onde
em todos os âmbitos e planos - passado, me ausentarei do teu Espírito ?” Esta per­
presente e futuro. Cinco verbos se des­ gunta não expressa o desejo de escapar,
tacam nestes seis primeiros versos que mas a admiração alegre de que escapar
pintam um quadro do perfeito conhe­ é coisa impossível e que a mão de Deus
cimento que Deus tem da humanidade: está em todo lugar para guiar e susten­
tar. Para enfatizar a impossibilidade de
1. S o n d a r (v .l) escapar de Deus, o salmista menciona
três rotas de escape:
2 . C o n h e ce r (v .l, 3 ,4 , 6)
1 . “Se subo aos céus... se faço a minha

3. S a b e r (v.2) cama no mais profundo abismo" ( v . 8 )

4 . P e n e tra r (v.2) 2. “Se tomo as asas da alvorada e me


detenho nos confins dos mares” (v.9)
5. E squ ad rinhar tudo so b re n ó s (v.3)
3. “Se eu digo: as trevas, com efeito, me
Quando Deus chamou Jerem ias para encobrirão, e a luz ao redor de mim se
ser profeta e buscou Jeremias, Ele disse: fará noite” ( v .l l) .
r — — — — — — — — — — — — — — — — — — — i

' N em a d istân cia, nem a v elo ci- 1


a. “Antes que eu te fo r m a s s e ”:
i dade, nem a escu rid ão p o d erão i
b. “Eu te conheci"
1 nos ocultar da presença de D eus 1
c. “Eu te consagrei"
i (R m 8 .34-3 9 ). Cada célula do nosso i
d. “Eu te constituí"
corpo está sob o controle de Deus.

O co n h ecim en to divino se estende


aos nossos pensamentos, atos e pala­
151 - A O N IPO TÊN CIA
vras. Prim eiro D eus penetra nossos
DE DEUS
pensamentos “de longe”; depois Deus (SI 139.13-18)
conhece “todos os meus caminhos”; e
finalmente Deus conhece as palavras da Onipotência significa que para Deus não
nossa língua. há impossível. “Quando atingiu Abríioa
63
idade de noventa e nove anos, apareceu- causa da inteligência que Deus deu
lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus ao ser humano - o resultado do que o
Todo-Poderoso; anda na minhapresença homem faz com o que Deus lhe deu, aí
e sê perfeito” (G n 1 7 .l ) . D eus pode já é de sua inteira responsabilidade).
encontrar o hom em não só porque Ele
o vê, mas porque E le o fez. O criador Enfim, nosso Deus detém todo o poder,
conhece Suas criaturas por inteiro. O completamente. Com o diz o cântico:
salmista atribui o maravilhoso desen­ “N ão há Deus maior... não há Deus me­
volvimento do em brião no ventre ao lhor... como o nosso Deus".
poder criativo de Deus. E Ele que forma
seres humanos.
C O N C LU SÃ O
1. N osso corpo Precisamos, antes de encerrar esta lição,
fazer algumas observações.
2. N ossa m ente
E ste Salm o não é teologia d eterm i­
3. N ossas em oçõ es nista. M uitos tom am o versículo 16,
que diz: “E no teu livro foram escritos
4. N ossa vontade todos os meus dias, cada um Deles escrito
e determinado, quando nem um Deles
"Graças te dou, visto queporm odo assom­ havia ainda", para pregar a teologia do
brosamente maravilhoso meform aste; as "o que tem de ser será”. Esta expressão
tuas obras são admiráveis, e a minha alma do salmista trata mesmo é da soberania
o sabe muito bem" (v.14). de Deus!

O Senhor exerce Seu poder não apenas Davi termina o Salmo com uma oração
na vida de Suas criaturas: profundamente pessoal:
c "Sonda-me, ó Deus"
• Ele cria, decide e desenvolve todos os . "Conhece o meu coração"
eventos históricos da humanidade. . "Prova-me e conhece os meus pensa­
mentos"
Ele provê o desenvolvimento cientí­ . "Ve se há em mim algum caminho mau"
fico (tudo que é descoberto o é, por . "Guia-mepelo caminho eterno”.

64
De todos os livros da Bíblia, o Livro dos Salmos tem ocupado um
lugar de destaque na experiência cristã. É impossível subestimar o
significado deste livro de poesias inspiradas tanto para os judeus
como para os cristãos de todos os séculos.

No AT, o povo de Deus fazia uso dos salmos quando ia adorar ao


Senhor no templo, e os judeus de hoje continuam a usá-los na sina­
goga. Os cristãos do NT também os cantavam, e nos dias de hoje,
quantos hinos e cânticos espirituais são baseados na letra dos sal­
mos!

Durante três mil anos os salmos têm desempenhado um grande pa­


pel na vida do povo de Deus, edificando crianças e jovens, orientan­
do peregrinos, apaixonando reformadores, inspirando pregadores e
confortando cristãos atribulados.

Estudamos alguns dos mais representativos salmos entre os vários


tipos:

• O homem bem-sucedido
• O hóspede de Deus
• Saindo do abismo
• Como reagir à oposição
• A prosperidade dos ímpios
• Colhendo com júbilo
• Deus está no controle!

ISBN 857668097-1
f )
editora
C ris tã E v a n g é lic a
l l il l l l l
788576 'I 680970
www.editoracristaevangelica.com.br

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