MÉTODO APAC
APOSTILA DO MONITOR
MÁRIO OTTOBONI
VALDECI A. FERREIRA
APRESENTAÇÃO
Estamos juntos!
Mário Ottoboni
Presidente Emérito das APACs
d) Cartas / Convites para: Casais cursilhistas, casais com Cristo, vicentinos, legionárias
de Maria, grupos de jovens, grupos de oração e outros;
NOTAS:
2 - Por tratar-se de um Curso de longa duração, vai exigir grande perseverança dos
candidatos e, face às dificuldades do apostolado, é normal uma evasão em torno de 60%
dos participantes; ou seja, é preciso iniciar o Curso com um número razoável de candidatos
para que, ao final, seja concluído com um mínimo possível de novos voluntários.
NOTAS:
Acolher os cursistas;
k) Distribuir cadernos, blocos e canetas quando necessário;
l) Organizar o lanche no intervalo da aula;
m) Orientar sobre qualquer dúvida.
3. Local adequado para realização das aulas, com cadeiras e quadro negro;
5. Crachás de identificação;
6. Orientar para que a cada semana um grupo de cursistas traga o lanche a ser
servido comunitariamente (três ou quatro pessoas);.
12. Reunião com toda a equipe de Monitores, para a montagem das equipes de
trabalho, e a posterior distribuição das tarefas;
NOME:............................................................................................................................
ESCOLARIDADE: ..........................................................................................................
PROFISSÃO: ..................................................................................................................
EXPECTATIVAS: ............................................................................................................
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
NOTAS:
2 – Com base nas informações colhidas nas fichas de inscrição, deve se preparar um
resumo que será entregue ao Coordenador Geral do Curso.
Coordenação geral -
Secretaria -
Obs:
NOTA: Importante que a 1ª aula comece no dia indicado, e que o curso também seja
concluído na data acima.
Senhor Jesus,
Dá-nos Senhor,
Um coração suficientemente aberto e generoso, para devotar-nos a essa causa que é
também tua.
Ilumina a nossa mente, com a luz da tua verdade. Torna nossos sentimentos parecidos com
os teus ensinamentos e sentimentos.
Senhor,
Após este peregrinar terreno
Abre-nos de par em par, os portões da eterna felicidade!
AMÉM!
NOTAS:
b) Esta oração deverá ser proclamada por todos os cursistas no inicio de cada
aula, lembrando-os de que o mesmo deverá acontecer antes de todas as
reuniões e nos momentos importantes vivenciados pelos voluntários da APAC.
APRESENTAÇÃO DO MONITOR
Nome
Estado civil
Profissão
Tempo de apostolado
Cursos e congressos internacionais, etc.
Nome
Estado Civil
Endereço
Como ficou sabendo do curso?
Por quê vai fazer o curso?
O que espera do curso?
NOTAS:
a) Cada cursista poderá faltar no máximo 03 (três) aulas, devendo portanto planejar bem
a sua agenda pessoal, de modo a não ficar prejudicado;
b) Muitos candidatos não concluem o Curso por falta de planejamento;
c) Ao final do Curso será entregue um certificado de conclusão para os cursistas que
comprovarem assiduidade;
d) O início e o término das aulas deverão acontecer pontualmente nos horários
previamente definidos;
Preparação de novos voluntários. O Papa João Paulo II afirmou com muita sabedoria:
“Eu tenho medo do cansaço dos bons”;
Reciclagem de conhecimentos para aqueles que já são voluntários;
Divulgação do Método APAC;
Despertar a consciência para a seriedade da proposta e do trabalho a ser desenvolvido;
Conhecimento jurídico;
Aprofundamento espiritual;
Conhecimento pessoal e descoberta de novos valores;
Enriquecimento familiar;
Abertura ao outro e troca de experiências;
Descoberta de um precioso trabalho evangélico de grande alcance social e cristão;
É importante notar a força desta sugestão e destacá-la aos Cursistas. Dar enfoques
de que estamos habituados a julgar as coisas sem conhecê-las, motivo de grandes
equívocos e injustiças. Ao final do Curso, com certeza, todos terão uma visão diferente da
proposta apaqueana, e saberão defendê-la e explicá-la, revelando o seu valor e a sua
importância na recuperação de cada condenado.
Se você pensa que já sabe tudo, está sintomaticamente dizendo que não sabe nada.
Os grandes sábios da humanidade, sempre foram pessoas abertas ao aprendizado, e por
esta razão, se tornaram sábias. O homem nasce e morre aprendendo com seu semelhante.
É a grande escola da vida. Há um conhecido ditado popular que diz: “Ninguém sabe o
suficiente para desprezar novos ensinamentos; e ninguém é tão despreparado que não
possua algum conhecimento para transmitir ao outro”.
Os orgulhosos, sempre se colocam na posição daqueles que conhecem tudo, por isto
a sua ruína tem os dias marcados. Neste Curso, vamos aprender uns com os outros, afinal,
somos todos iguais.
“VOCÊ RESERVOU ESTE ESPAÇO DE TEMPO DE SUA VIDA PARA ESTE CURSO.
PROCURE PREENCHÊ-LO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL”.
Se a você foi destinada a reserva do espaço de tempo para este estudo, seja
inteligente, preenchendo-o da melhor forma possível. Com certeza, você, ao final do Curso,
NOTA: Tecer breves comentários acerca dos pensamentos acima elencados, destacando
que o Curso de voluntários irá seguir estas vias de pensamentos, ou seja, terá enfoques de
ordem espiritual, psicológica, sociológica, jurídico, administrativo, etc.
Historiar como nasceu a APAC – Mãe de São José dos Campos - SP, e, por
conseguinte, como iniciou a APAC de sua cidade. Importante o testemunho das pessoas que
colaboraram na fundação da APAC. As alegrias e as dificuldades encontradas ao longo do
caminho.
NOTA: Alguns dados sobre a história da APAC – Mãe de São José dos Campos – SP, se
encontram na Obra: “Vamos Matar o Criminoso”, pág. 23, publicado pelas Edições Paulinas.
A pena apresenta uma dupla função ética: Punir e recuperar. Somente a punição,
como aplicada no Sistema Penitenciário, é o mesmo que jogar o infrator numa escola de
violência e bandidagem. Tanto isto é verdade, que no Brasil, o índice de reincidência é
elevadíssimo, atingindo a marca de 85%, e o mundo convive com 70% em média, de retorno
à vida do crime.
Trata-se, convenhamos de uma situação insustentável e profundamente
preocupadora. O principal, do cumprimento da pena é recuperar o criminoso, para devolvê-lo
à sociedade em condições ideais. Observar que na segunda etapa, que trata da Execução
da Pena, de trabalhar com o homem cumprindo pena atrás das grades, o Estado se contenta
em dar algum trabalho ao condenado, quando o faz, e nada mais.
Completar a informação com o esquema abaixo, e a exposição contida no livro:
“Vamos Matar o Criminoso”, pág. 38.
b) I – Inquérito Policial
Da Advertência, Formação de Culpa e II – Ministério Público
Sentença III - Amplo direito de defesa do acusado, e;
IV – Sentença.
2ª ETAPA
CÍRCULO VICIOSO
O ESTADO A
SERVIÇO DA
VIOLÊNCIA E
DO CRIME
FILOSOFIA DA APAC
A APAC apresenta como filosofia, matar o criminoso e salvar o homem. Nada, pois de
matar o homem a título de querer matar o criminoso.
As execuções a esmo que temos testemunhado pelo Brasil afora, não passam de
crimes bárbaros praticados oficialmente por autoridades encarregadas de preservarem a vida
e oferecerem segurança à população. A proposta apaqueana tem por objetivo único e
exclusivo de matar o criminoso que existe no infrator, salvando o homem, imagem e
semelhança de Deus.
A APAC possui uma dupla finalidade: jurídica e espiritual. Uma sustentando a outra. A
jurídica surgiu exatamente em função das dificuldades que o grupo que tratava apenas da
Pastoral Penitenciária, de enfrentar os obstáculos criados pelo Sistema Prisional. A grande
equipe que compõe a APAC é a espiritual, exatamente aquela que cuida de aplicar o
Método.
O esquema que apresentamos abaixo ajudará melhor na compreensão dessa dupla
finalidade, além de outras informações presentes no Livro: “Vamos Matar o Criminoso?”, pág.
29.
APOSTILA DO MONITOR pág. 12
APAC
DUPLA FINALIDADE
CONVÊNIOS APAC
APAC
ESPIRITUAL
JURÍDICA Pastoral
Administradora Penitenciária
FINALIDADE:
RECUPERAR O PRESO, PROTEGER A SOCIEDADE, SOCORRER A VÍTIMA E
PROMOVER A JUSTIÇA.
FILOSOFIA DA APAC
NOTAS:
1 - Preparar material em data show
2 - Distribuir cópias: círculo vicioso/dupla função da pena/dupla finalidade da APAC
3 - Distribuir impresso: notas e orientações sobre a APAC
4 - Distribuir impresso: APAC – um projeto a serviço da vida
1. A APAC é uma Entidade Civil com personalidade jurídica própria, nos termos das Leis do
País, fundada em 15/06/1974 em São José dos Campos-SP.
2. Finalidade: Recuperar os condenados, proteger a sociedade, promover a Justiça e
socorrer às vítimas.
3. Filosofia: Matar o criminoso e salvar o homem.
4. Método: O amor como fator básico de recuperação.
5. Entidade legalmente constituída, amparada constitucionalmente para atuar nos presídios,
podendo, em caso de haver obstáculos, usar o remédio jurídico adequado parar fazer
prevalecer esse direito. Dessa forma, a APAC reúne condições para amparar e proteger a
atuação dos grupos cristãos (Pastoral Penitenciária), que almejam ajudar aos
recuperandos, dentro do programa previamente estabelecido para este fim.
6. A APAC vive de convênios, parcerias, contribuições mensais de seus sócios e de
algumas doações de empresas e admiradores.
7. A transferência do preso para a APAC depende sempre de autorização judicial. O Juiz da
Execução Penal e Corregedoria controlam as vagas dos Regimes Fechado, Semi-Aberto
e Aberto.
8. A APAC nada cobra para receber ou ajudar aos condenados. Tudo é gratuito.
9. A base do Método APAC é a valorização humana.
10. A APAC de São José dos Campos é a primeira do mundo, e hoje, seu Método é adotado
em mais de 100 Cidades, atingindo 12 Estados brasileiros. No exterior, a APAC já está
funcionando no Equador, Argentina, Peru, Noruega, Nova Zelândia, Alemanha, Costa
Rica, Colômbia, Chile, Bolívia, EUA, e em fase de implantação em diversos países.
11. A APAC de Itaúna-MG, desde 1996, é a segunda do mundo a administrar um presídio
sem o concurso da Polícia.
12. Como a família é a base de tudo, do sucesso e do fracasso da sociedade, importante
destacar a preocupação da APAC em manter-se como família e trabalhar para a família.
13. Hoje, o índice de reincidência em Itaúna, onde se aplica o Método APAC em sua
totalidade, é inferior a 10%, enquanto que, no Brasil, é de 80%, e a média mundial é de
70%.
1 – SETOR ADMINISTRATIVO
2 – REGIME ABERTO
Dormitórios
3 – REGIME SEMI-ABERTO
Marcenaria / Fabrica de blocos / Horta / Jardim / Ergon / Fábrica de bolas /Padaria/ Refeitório
/ CSS / Cozinha / Dormitórios.
4 – REGIME FECHADO
4.1 – PORTARIA 03
Estatística
4.2 – LABORTERAPIA
Explicar como funcionam os pontos, qual a sua importância no método e como são
aplicados;
Explicar o quadro de celas, os representantes e suas funções, horários escala de
serviços. Falar sobre Ordens Internas e Portarias que por ventura estiverem no
Quadro;
Qual a finalidade da pontuação;
Falar sobre a disciplina alcançada no mês. Premiação do Recuperando
Modelo/Termo de Elogio;
Relação dos aniversariantes do mês.
4.8 – CANTINA
SECRETARIA INTERNA
REMIÇÃO
Cânticos;
Bênção; e,
Testemunhos.
NOTA: O Roteiro acima foi preparado de conformidade com a estrutura da APAC de Itaúna.
Cada APAC deverá preparar o seu roteiro, de acordo com a realidade da Comarca.
4a AULA
i) A palavra de Deus deve estar no centro de nossas atividades e baseados nela é que
iremos trabalhar.
Gn 1, 01- 27.
Lc 14, 25 –33.
Eclesiastes 5,3: 3, 1-8
a) Relação íntima com Deus. Obediência e confiança no Senhor que nos permite
ordenar tudo corretamente.
b) Responsabilidade e vontade de servir cumprindo a vontade de servir cumprindo a
vontade de Deus.
c) Meios não justificam os fins. Deus quer tudo corretamente.
d) Fazer com Deus, parando para meditar sobre a obra que estamos realizando.
Enxergar o positivo, percebendo os sinais do Cristo vivo e não somente as falhas
porventura existentes.
e) Um homem que planeja suas atividades, normalmente é bem sucedido. Por quê?
Aspecto forte
Debilidade (rejeições ao planejamento)
Áreas atingidas que não constam do plano original (novas oportunidades surgidas)
Imprevistos (perigos e ameaças, novidades benéficas)
Reuniões periódicas para rever o plano e corrigir a rota .
NOTAS:
IMPRESSO: ORGANIZE-SE
1) PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
2) ASSISTÊNCIA JURÍDICA
NOTAS:
a) Para a preparação desta aula, consultar o livro vamos matar o criminoso? págs. 67 a
69, e 79
b) Distribuir impresso: regulamento de cela (para reunião de grupo)
c) Distribuir impresso: o ideal está morrendo (para leitura em grupo)
d) Distribuir impresso: somos inovadores ( para leitura em grupo)
CASAIS PADRINHOS
VI – O TRABALHO
NOTAS:
a) O monitor deverá consultar o livro: vamos matar o criminoso? – págs.69 a 77, para a
preparação desta aula, e orientações da FBAC
b) Distribuir impresso: o trabalho no regime fechado (para estudo em grupo)
c) Distribuir impresso: a visão cristã do método APAC (para estudo em grupo)
Com relação aos voluntários, é preciso enfatizar que o trabalho apaqueano é baseado
na gratuidade, no serviço ao próximo. O voluntário deve estar preocupado com a sorte do
seu semelhante que tropeçou nos escombros dos caminhos da vida, caiu e precisa de uma
mão amiga para levantar-se.
Para esse trabalho, o voluntário, verdadeiro apóstolo dos condenados, cumpram eles
a pena na prisão ou na comunidade, precisa estar bem preparado. Sua espiritualidade deve
ser exemplar, seja pela confiança que o recuperando nele deposita, seja pelas atribuições
que lhes são confiadas, cabendo-lhes desempenhá-las com fidelidade e convicção. Quem
tem uma boa espiritualidade, não vacila diante dos obstáculos que surgem. É necessário que
seja correto em sua vida particular, tenha conduta exemplar na família, evite qualquer tipo de
privilégios e seja amigo de todos.
No Método APAC, o amor há de ser gratuito, constante e incondicional, e por isso, a
graça de Deus passa a ser a recompensa. O valor de um trabalho gratuito é incomensurável,
pois é realizado por gestos concretos de doação, amor e convicção cristã.
A remuneração deve restringir-se apenas e prudentemente às pessoas destacadas a
trabalhar no setor administrativo, cuja característica principal foge da marca do voluntariado.
Além dessas pessoas, o voluntário, que presta serviço direto com os condenados, no que diz
respeito a ele mesmo, como plantonista, psicólogo, assistente social, médico, catequista,
professor (de artes, alfabetização, suplência, enfermagem, música), pastor, advogado,
dentista, sacerdote, se for remunerado, descaracteriza-se a proposta de trabalho com a
participação da comunidade e, certamente, no momento em que a Entidade não tiver mais
condições de dar continuidade a esse pagamento, ou as dificuldades começarem a surgir,
tais como: fugas, rebeliões, perseguições, etc., ela deixará de existir, porque despertou o
interesse material, que assumiu o lugar da doação, do serviço gratuito. Essa inversão passa
a ter caráter irreversível, sabor de morte.
É de se destacar, ainda, acerca desse aspecto em questão, que poderá facilmente
com esse desvirtuamento da proposta, aguçar-se a presença da corrupção, já que o
interesse passa a ter uma conotação material e acumulativa nesse contexto. É
inquestionável que, em se sabendo que o prestador de serviços é remunerado, a oferta de
propinas fica muito mais viável de ser levada a efeito, especialmente no ambiente prisional,
onde quase tudo tem seu preço.
Convém realçar também, que as inúmeras dificuldades que a APAC encontra para
sobreviver, inclusive de ordem financeira, desperta o sentimento de seus adeptos para a luta,
visando superá-las, revelando tratar-se de uma verdadeira obra de Deus. Por outro lado, não
se pode olvidar que o que chega fácil, com a mesma facilidade poderá deixar de existir, por
não haver o comprometimento do cristão.
O recuperando que é muito sensível, percebe facilmente quando se trata de alguém
que vem acudi-lo com amor, estende-lhe a mão sem interesse algum, garantindo assim, a
eficácia do Método. Para que haja verdadeira emenda, reformulação dos seus valores e
profunda conversão, deve haver o testemunho, o exemplo, a renúncia, a praxes. Por outro
lado, é evidente que se percebe quem comparece à prisão para executar determinada tarefa,
em troca de uma remuneração, um pró-labore, por menor que seja, o que é deletério para a
sinceridade indispensável à emenda e à reintegração do condenado no convívio social.
Por fim, temos de convir, que a sociedade globalmente precisa e deve ser motivada,
convocada para esse trabalho gratuito que visa protegê-la. A APAC necessita sensibilizá-la o
tempo todo, quer por meio de campanhas de arrecadação de fundos ( destinados, em regra,
a despesas imprescindíveis em favor dos próprios recuperandos), quer na ampliação de seu
NOTAS:
a) O conteúdo para esta aula, se encontra no Livro Vamos Matar o Criminoso? pág. 85 e
86.
b) As reuniões de cela com os recuperandos, desenvolvendo temas, discutindo os
problemas e as necessidades de se aprimorar o Método e apontar soluções aos mais
diversificados problemas, é um dos aspectos mais importantes da metodologia, dentro
da perspectiva que tudo vem do recuperando, pois é ele quem conhece os problemas,
pois passa pelo sofrimento e angústia das grades. Neste sentido, é fundamental,
dentro do contexto desta aula, a realização de uma reunião - treino com material
previamente preparado para este fim.
c) Vale lembrar, que é de vital importância colher o testemunho de voluntários que
trabalham neste setor.
Encontro com o Papa João XXIII – Presídio Regina Celli: “Aqui também é
a casa do Senhor”.
c) A religião por si só, não basta para preparar o recuperando para o seu retorno à
sociedade.
d) Vários grupos religiosos de diferentes denominações, atuam em muitos presídios, sem
alterar os elevados índices de reincidências.
e) Sob o manto da religião, o preso mascara, negocia, busca privilégios, etc.
f) O preso, via de regra, segundo a sua ótica, tem outras necessidades que precedem a
necessidade de Deus.
g) Como revelar o amor de Deus a quem está enfermo, desestruturado psicologiamente,
sem assistência jurídica, etc.?
h) A religião é fator primordial – a experiência de Deus, de amar e ser amado.
i) Revelar o Deus que é Pai e Mãe, pleno de misericórdia, acolhedor.
j) Aos poucos, lentamente, o recuperando vai sentir a necessidade de Deus, de ter uma
religião.
Inicia-se com uma reunião de grupo, onde os Cursistas irão ler e refletir os seguintes
textos bíblicos: Mt 25, 31 – 46; Atos 16, 16 – 42; Hb 13, 3. A pergunta para ajudar na
reflexão, poderia ser esta: Que relação existe entre os textos bíblicos e a APAC?
Posteriormente em plenário, cada grupo elegerá um secretário para apresentar as
conclusões, oportunidade em que o Monitor da aula poderá completar as respostas com as
seguintes reflexões:
Mt 25, 31 – 46
Atos 16, 16 – 42
A nossa presença inibe a corrupção, os maus tratos, a violência. Por isso não somos
bem vindos, por uma parcela daqueles que cuidam da segurança;
Oração de louvor – Não pedem nada;
A oração contamina o ambiente, de repente, todos estão no mesmo clima;
À meia noite: A libertação – De um dia para o outro, na passagem das trevas para a luz;
A conversão do carcereiro – A APAC é para todos, policiais, autoridades, voluntários,
familiares, etc.;
A atitude de misericórdia de Paulo e Silas para com o carcereiro;
O fato deles não fugirem, apesar de tudo aberto, é um sinal claro de que passaram a
confiar em Deus – Isso desperta fortes sentimentos nos opositores;
A conversão deve ser seguida de atitudes concretas – O carcereiro que lava as feridas;
Ninguém se salva sozinho – O desejo de conversão para toda a família;
Palavra forte – ORAÇÃO.
e) Hb 13, 3
NOTA: Esta aula poderá ser complementada pelo conteúdo exposto no Livro Vamos Matar o
Criminoso? pág. 77
A) A FAMÍLIA
DO RECUPERANDO
a) Também a família está normalmente marginalizada.
b) Preparar o recuperando e devolvê-lo à fonte que o gerou sem nenhuma preparação, será
um trabalho infrutífero.
c) Departamento de assistência à família.
d) Curso de formação e valorização humana para os familiares.
e) Jornadas de libertação com Cristo para os familiares.
f) Facilitação de correspondências, telefonemas...
g) Dia das crianças, dos pais, mães, páscoa, natal, etc.
h) Visitas à família do recuperando.
DA VÍTIMA
a) Apoio Material
b) Apoio Espiritual e Psicológico.
c) Reconciliação
NOTAS:
a) Distribuir impresso: portaria das visitas (para reunião de grupo)
b) Proceder a uma “revista”- treino das visitas e também de objetos
c) Completar a exposição acerca das vítimas com casos elencados no livro: Seja
Solução, não vítima. Ed. Cidade Nova. Autor: Mário Ottoboni
B) DA ESCOLTA
a) A escolta dos recuperandos dos regimes fechado e semi - aberto sem a polícia.
b) A escolta sem a polícia, contribui para a valorização humana, evitando a humilhação do
escoltado
c) Trata-se de um serviço profundamente humano, social e cristão
d) Testemunhos de um escolta e de um escoltado.
NOTA:
a) Distribuir impresso: manual dos plantonistas (para reunião de GRUPOS)
b) Esta aula deverá se complementada com o material presente no Livro Vamos Matar o
Criminoso? pág. 86 e manual do plantonista
1 - Credenciamento nos termos desta portaria, os parentes dos recuperandos, para as visitas
aos domingos, no horário das 09:00 ás 11:00 (Regime Semi-aberto) e das 13:00 ás 17:00
horas (Regime fechado).
2 - Fora destes horários não serão, em hipótese alguma, permitidas visitas, exceto em casos
excepcionais, sempre com autorização do Gerente Administrativo.
I. Genitores/Progenitores
II. Esposa
III. Amásia
IV. Filhos
V. Irmãos
VI. Sogros
VII. Cunhados
VIII. Sobrinhos
IX. Tios
X. Primos
XI. Noivas
XII.Namoradas
1 - Amásias, noivas e namoradas, deve ser examinado, caso por caso, levando-se em
conta:
I. Tempo de relacionamento
V. Conduta social
§ 2º - Cada recuperando terá uma pasta própria, onde constarão documentos e demais
informações das pessoas credenciadas a visitá-lo:
V. Nome e endereço completo de três pessoas conhecidas, que não sejam parentes; e,
§ 2º - Todo visitante será obrigado a fixar no peito, de modo visível, a credencial, quando
estiver no interior do Estabelecimento Penal.
APOSTILA DO MONITOR pág .36
Parágrafo único: A APAC não se responsabiliza por pertences pessoais, inclusive celulares,
deixados na portaria durante as visitas de parentes nos domingos.
I. A APAC credenciará nos termos desta Portaria os parentes (esposas e amásias) dos
recuperandos, para as visitas íntimas familiares.
II. As visitas íntimas familiares realizar-se-ão quinzenalmente, das 18:00 às 07:00 Horas.
III. Aos domingos, o casal escalado para a visita íntima, poderá dirigir-se para as suítes,
imediatamente após o término da visita dos familiares;
IV. Caberá aos Conselhos de Sinceridade e Solidariedade dos Regimes fechado e semi-
aberto, a elaboração de uma escala de rodízio dos dias da semana, a ser apreciado e
aprovado pela Administração.
VII. As bolsas, com pertences pessoais, depois de vistoriadas poderão ser levadas pelas
visitas.
Art. 104º - Se entre os pertences do visitante, for encontrado drogas, que produzam
dependência física ou psíquica será, incontinenti, lavrado o flagrante e o infrator
encaminhado à autoridade competente, para fins de direito.
b) Homens na laborterapia, e,
III. Durante o horário de visitas, todas as celas, copa, sala de aula, auditório, portão
de acesso ao piso superior e secretaria, deverão permanecer trancadas e, após a
conferência dos cadeados, as chaves recolhidas e entregues ao plantonista.
I. A dispensa das revistas poderão se dar como prêmio, havendo, porém a necessidade
da conquista dessa regalia, pelo mérito do recuperando e da pessoa visitante, a saber:
Parágrafo Único - A revista será indispensável, por um período não inferior a noventa dias
(90) exceto os casos especiais decididos pela Presidência.
Art. 107° - Não havendo participação sem justa causa, nos Cursos de Formação e
Valorização Humana para os familiares programados pela Entidade, acarretará ao visitante
faltoso, a obrigação de comparecer às palestras que precedem as visitas, até que se realize
novo curso de formação.
1º - Da Conduta
2º - Do Relacionamento Plantonista-Recuperando
I. Nunca, sob nenhuma hipótese, fazer ou manter negócios com os recuperandos ou seus
familiares;
II. Tratar a todos com urbanidade;
III. Evitar qualquer tipo de privilégios;
IV. Impor a disciplina com amor revelando-se amigo de todos;
V. Evitar intimidades e brincadeiras de mal gosto;
VI. Não fazer compras para os recuperandos sob hipótese alguma.
3º - Os Plantões obedecerão aos seguintes horários: Período diurno, das 07:00 às 19:00
horas; Período noturno, das 18:00 às 07:00 horas;
4º - Dos horários: Depois das 18:00 horas, não será permitido a entrada de pessoas
estranhas no C.R.Social;
9º - Da saúde: Todo atendimento médico, deverá exigir atestado, para constar na pasta
prontuário.
a) Quando o recuperando alegar doença, será encaminhado ao setor competente para
os primeiros exames e, a seguir, conforme o caso, pedir a presença do médico. O
pedido de repouso deverá prolongar-se até a alvorada do dia seguinte, não podendo,
nesse período, participar de nenhum ato de lazer;
10º - Do telefone: Após 16:00 horas, é proibido o uso de telefone por recuperandos, exceto
em caso de extrema e reconhecida necessidade;
17º - Do Alvará: Não se cumprirá alvará de soltura sem ordem do Gerente Administrativo, e
na sua ausência do encarregado da Execução de Penal;
20º - Das Encomendas: Bilhetes, cartas, encomendas, recados, somente poderão deixar o
C.R.Social com conhecimento e autorização do Plantonista;
22º - Alimentos, bebidas e outros materiais existentes na cantina, somente poderão entrar no
C.R.Social, aos domingos;
23º - Dos Telefones: Telefonemas somente poderão ser feitos com autorização da Diretoria
Administrativa, de conformidade com a Portaria própria para este fim;
24º - Somente o plantonista abrirá e fechará as celas no período noturno, após o término das
atividades;
26º - Das Celas: Nenhum recuperando poderá pernoitar fora da cela a que estiver destinado
e mudar de cama. Somente o Gerente Administrativo poderá transferir recuperandos de uma
cela para outra e autorizar mudanças de camas;
29º - Dos Auxiliares: Cada plantonista terá como auxiliares, recuperandos do semi- aberto,
conforme escala de revezamento. Os auxiliares de plantão obedecerão o mesmo horário do
Plantonista e permanecerão vigilantes em suas funções. Se durante o seu trabalho
perceberem alguma anormalidade que possa comprometer a disciplina deverão de imediato,
chamar o plantonista;
31º - O recuperando que chegar atrasado poderá justificar sua falta no decorrer das 24 (vinte
e quatro) horas subsequentes e, sempre que possível, deverá fazê-lo através de
documentos;
32º - Do 1º Ato do Dia: O 1º Ato do dia dar-se-á às 07:00 horas nos regimes fechado e
semi-aberto, composto de:
I. Chamada;
II. Oração da manhã (ecumênica); e,
III. Avisos gerais, leituras de portarias, ordens internas e recomendações de
interesse dos recuperandos;
33º - Da Recolha: Cometendo falta considerada pelo Plantonista, plausível de punição, este
fará o infrator se do regime semi-aberto ou aberto, recolher-se ao regime fechado, se do
fechado, à própria cela, como medida preventiva, para posterior decisão do Gerente
Administrativos, e se for o caso, do Conselho disciplinar;
38º- Caberá ao Plantonista de serviço quando lhe for apresentado o recuperando recém
chegado na APAC:
I. Verificar se o mesmo não apresenta lesões corporais, tais como as de algemas,
de agressões, espancamentos, quedas e choques;
II. Acompanhar a “revista” do recuperando bem como aos seus pertences, antes de
recolher à APAC;
XIII. Exigir o asseio corporal dos recuperandos, o corte regular de cabelo e da barba, o
uso de roupas limpas, pessoais e de cama e banho;
III. Atender aos pedidos de toda ordem dos recuperandos apenas em horário compatível à
segurança, à ordem disciplinar, salvo os casos de urgência de motivo por força maior.
VI. Criar todas as condições possíveis ao médico, dentista, psicólogo, professores, religiosos
e demais voluntários para fiel execução dos seus trabalhos.
VII. Supervisionar as compras aos recuperandos em dia e horário fixado pelo Gerente
Administrativo da APAC, as quais serão efetuadas por pessoas previamente
determinadas;
VIII. Manter os serviços religiosos prestados por entidades religiosas locais, conforme as
normas fixadas pela Direção da APAC e, espontaneamente, dirigidos aos recuperandos.
f) Não marcar 15 dias antes, nenhuma palestra fora da cidade, onde acontecerá o
evento.
Presidente da APAC
Nota: Este manual foi elaborado de acordo com a realidade da APAC de Itaúna. Mudanças poderão ser
feitas, de acordo com a realidade de cada APAC.
g) Constituída de voluntários.
h) Pode fazer exames criminológicos, de insanidade mental e dependência toxicológica.
i) Contatos diretos com o interessado – mais agilidade, menos injustiças e mais respeito.
j) Acerto de laudos – 95%
NOTA: este ponto poderá ser concluído com alguns testemunhos de jornadeiros.
APOSTILA DO MONITOR pág. 47
Conclusão: os elementos fundamentais do método, sua função harmoniosa e inter-
relacionamento
NOTA: Esta aula deverá se complementada com o conteúdo presente no Livro Vamos Matar
o Criminoso? págs. 95 a 102.
DESENHO DO TRIPÉ
DEUS
DIÁLOGO HUMILDADE
PACIÊNCIA
Alertar que cada grupo deve ter um resumo das conclusões, para ser apresentado e comentado pelo
secretário do grupo em plenário.
.......................................................................................................................................
São Paulo, Quarta-feira, 8 de agosto de 1979 – nº 7827 – Página 24
.....................................................................................................................................
5 – TESTEMUNHO PESSOAL.
NOTAS:
a) Esta aula deve ser exposta por alguém que tenha conhecimentos jurídicos.
b) Solicitar ao palestrista que prepare algum subsídio para ser distribuído aos cursistas no
final da aula.
O Regulamento Disciplinar d APAC deverá ser distribuído aos Cursistas para reflexão
em reunião de grupos, lembrando-os de que este regulamento é específico das APACs,
onde não tem a presença da Polícia.
NOTAS:
a) Por tratar-se de um material denso, não foi inserido na Apostila do Monitor, devendo o
mesmo ser solicitado à FBAC.
b) A FBAC disponibiliza o Regulamento disciplinar completo para as APACs que estão
funcionando nos mesmos moldes da APAC Itaúna.
Nesta aula, não se trata de apresentar um estudo científico da psicologia humana, mas sim a
apresentação de uma abordagem colhida nas reuniões de cela, e no contato com os recuperandos.
Neste sentido, esta aula deverá ser ministrada por profissionais da área e que tenha um bom
conhecimento do mundo prisional.
SENTIMENTO DE
CULPA EM RELAÇÃO A
ALIENADO DO MUNDO EXTERIOR DEUS, A FAMILIA E A SÍ
OBEDIENTE / CONDICIONADO PRÓPRIO
ROBOTIZADO
TRAUMAS / BLOQUEIOS
INFÂNCIA/ ADOLESCENCIA
CARINHO ESPECIAL PRESÍDIO-CENAS DE VIOLÊNCIA
PELAS CRIANÇAS MORTES –TORTURAS
CORRUPÇÃO-HUMILHAÇÕES
APREÇO PELAS ARTES IMEDIATISMO
MÚSICAS / TEATRO /
POESIA CARENTE
AMOR-AMIZADE-SEXO
ALTERAÇÕES DE HUMOR TOQUES - MASTURBAÇÃO
ALEGRIA/TRISTEZA PEDERASTIA - PASSIVA
INFANTILIZAÇÃO
RISO/CHORO NÃO EXPRESSO
- Partir do positivo
- Dos setores maduros
- Afetivo, prof., espiritual, etc.
4) Para conhecer é preciso conviver / Apenas as reuniões de finais de semana não são
suficientes. Pastoral específica - Após um ano a nossa vida se torna pública.
5) O ser humano geralmente se preocupa mais com os efeitos do que com as causas.
8) Ouvir mais que falar, ajudando o recuperando a abrir portas; a perceber a mão de Deus;
9) Na dúvida, silenciar-se, orientar para outra pessoa, ou buscar ajuda, ajudá-los a decidir-
se. Não ter pressa
12) Não prometer nada ao preso, que não possa cumprir - O preso não esquece.
13) Não indagar acerca do crime cometido, sobre o tempo de condenação, pai, mãe e
outros assuntos que possam criar constrangimentos ao recuperando.
14) Ajudar o recuperando a refletir sobre os valores da vida, o plano de Deus destinado ao
ser humano.
15) Sugerir boas leituras, se possível indicando livros.
APOSTILA DO MONITOR pág. 56
16) O voluntário no exercício de seu apostolado:
D) Ser autêntico / ser manso e prudente / Não ser ansioso/ Ter compromisso com a
verdade/Ser sempre respeitoso com o recuperando e seus familiares/Correção fraterna:
Nunca na presença de outras pessoas/ Não julgar / Não condenar / Não ameaçar/ Ser
imparcial/Ter cuidado com o mal exemplo: Faça o que eu mando, não faça o que eu faço.
NOTA: Conferir o capítulo IV do Livro Vamos Matar o Criminoso? pág. 145, para o
complemento desta matéria.
A aplicação correta ao fato concreto dos termos evasão, fuga e abandono é rara, já que
esses termos provocam confusões de todo tipo. É o que se pode perceber na situação criada pelo
uso inadequado do termo no Código de Processo Penal (em seu artigo 684), quando fala em
evadidos. A própria Lei de Execução Penal (Artigo 49, inciso II) generaliza o termo fuga, aplicando-
o a toda ação que resulte na conquista ilegal da liberdade.
Os próprios estudiosos da língua portuguesa, em sua maioria, acabam por designar como
sinônimos as palavras fuga e evasão, aumentando ainda mais as dúvidas existentes.
Mas, inquestionavelmente, encontramos respostas diferentes para cada caso, não
havendo dúvidas de que evasão, fuga e abandono se caracterizam por suas repercussões
distintas, cada uma assumindo seu papel na Lei.
A evasão resulta no enquadramento do agente por infração penal (Artigos 146 e 163 do
Código Penal Brasileiro), além de causar graves prejuízos ao infrator na conquista de benefícios
penitenciários, especialmente o Livramento Condicional que, para ser concedido, exige que se
junte ao pedido o relatório circunstanciado da conduta do preso (Artigo 714 do Código Penal
Brasileiro). Aliás, o direito do preso (requisito subjetivo) sofre o mesmo prejuízo tanto na fuga como
no abandono, pois a avaliação da responsabilidade individual sofre as consequências com o
registro do mau comportamento no decorrer do cumprimento da pena.
Evasão
Caracteriza-se como ilícito penal, porque a pessoa que se evade, para conseguir o seu
intento, causa dano ao patrimônio público (conforme define o Código Penal Brasileiro Artigo 163,
parágrafo único, inciso I I I), ou ainda quando age provocando constrangimento ilegal, mediante
violência ou grave ameaça a pessoa (Artigo 146).
Exemplos: no primeiro caso, o preso serra a grade, estoura o cadeado, danifica a parede
do prédio cavando “túnel” etc. No segundo caso, domina a autoridade policial (agente
penitenciário, polícia militar) ou qualquer outra pessoa, tomando-a como refém, obrigando-a a fazer
o que a Lei não permite: colocar em liberdade alguém que cumpre pena privativa de liberdade. O
termo evasão encontra-se no Código Penal Brasileiro (Artigo 684).
Fuga
Abandono
É evidente que, no caso dos condenados que cumprem pena nos regimes aberto e semi-
aberto, só pode se registrar abandono, sendo impossível a configuração da evasão ou fuga, uma
vez que, no local destinado ao cumprimento da pena da pena, não há obstáculo nem vigilância
direta para impedir ou dificultar a ação do condenado.
Finalmente, consumadas a evasão, a fuga ou o abandono, o agente deve passar a ser chamado
de fugitivo da justiça, independentemente dos meios usados para conseguir o seu intento. Não
podemos aceitar o que prescreve o Código do Processo Penal (Artigo 684), ao autorizar apenas a
recaptura do réu evadido, pois o termo correto a ser usado seria do réu fugitivo; e a Lei de
Execução Penal, ao classificar as falhas, cataloga a fuga como a segunda falta mais grave, não
estabelecendo qualquer distinção referente à forma utilizada pelo infrator, situando-as no plano do
fato consumado e tornando, assim, a designação abrangente das três situações enfocadas.
Repetimos, pois, que tanto aquele que se recusaram a atender as intimações da justiça e
acabaram sendo condenados à revelia a continuaram ausentes, mesmo depois de sentenciados,
se igualam aos que com o uso de qualquer dos artifícios mencionados, interromperam ilegalmente
o cumprimento da pena, passam a ser considerados fugitivos da justiça e assim devem ser
chamados.
NOTA: O estudo completo deste tema se encontra no Livro Ninguém é Irrecuperável de autoria de
Mário Ottoboni, pág. 99 a 105
C) POR QUÊ PASTORAL PENITENCIÁRIA?
Detalhados estudos foram feitos acerca deste tema, de modo a esclarecer aos cursistas
sobre a forma adequada de se designar esta Pastoral. O monitor poderá colher esta
informações nas págs. 107 a 110 do Livro Ninguém é Irrecuperável, citado anteriormente.
D) ESTATÍSTICAS
Quadro comparativo dos problemas de saúde
Pesquisa feita em Itaúna-MG.
data 16.08.05
Presídio Comum Método APAC
Distúrbios Emocionais (%) (%)
Angustia 80 % 12 %
Desconfiança 92 % 14 %
Odeia a ponto de desejar o mal ao seu semelhante 34 % 8%
Tem raiva de alguém 44 % 10 %
Ausência de projeto de vida nova 56 % 8%
Medo de enfrentar a vida 50 % 2%
Não reconhece qualidade alguma em si próprio 40 % 12 %
Desânimo 81 % 2%
Dificuldade para dormir 80 % 8%
Sem motivação no dia a dia 78 % 4%
Pesadelo 52 % 2%
Sentimento de revolta 74 % 4%
Sentimento de abandono 52 % 6%
Importância por ser considerado perigoso 14 % 0%
Desejo de auto destruição (suicídio) 20 % 6%
Sentimento de culpa 56 % 48 %
Fuga da presença de outras pessoas 64 % 10 %
Desvalorização da própria vida 34 % 2%
Desejo de vingança 40 % 6%
Incapacidade de perdoar 42 % 12 %
Considera-se vítima 32 % 6%
Incapacidade de assumir a própria culpa 20 % 8%
Distúrbios Físicos
Resfriados constantes 56 % 2%
Enxaqueca 52 % 8%
Dor de cabeça 56 % 6%
Úlcera nervosa 32 % 1%
Sinusite 16 % 6%
Gastrite 28 % 6%
Falta de apetite (anorexia) 78 % 0%
17a AULA
A) DECÁLOGO DA APAC
NOTA: Distribuir o decálogo da APAC para estudo em reunião de grupos – Em seguida cada grupo
elegerá um representante para expor sobre um dos ítens do Decálogo, cabendo ao monitor tecer
breves comentários sobre os mesmos.
B) OS ADVERSÁRIOS DA APAC
O monitor colherá dos cursistas uma lista dos principais adversários da APAC, e tecerá
breves comentários sobre os mesmos, deixando claro que jamais poderá haver voluntários da
APAC entre os adversários.
01 - “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”.
04 - “Às vezes como agora, sinto na pele a execução das penas que lhes foram impostas, sinto-me
crucificado, com o coração dilacerado, minha hipersensibilidade não me permite sequer chorar. O
mundo jamais entenderia isto”. (Franz de Castro)
I ) DADOS BIOGRÁFICOS
Infância: Alegre e brincalhão. Gostava de criar galinhas e coelhos. Iniciou trabalho aos 14 anos.
Estudos: Após terminar o 2º grau, mudou-se para a casa dos tios em Jacareí, vindo a se formar
em advocacia.
Vocação: Apesar da advocacia, sentia-se inquieto. Em uma carta ao Pe. Altamirando, disse”: Há
em mim, um desejo de doação total. Espero em Deus que se faça sua vontade. Estou disposto
para o que me chama.” Advogado brilhante, não escondia sua insatisfação, recordando em 1º de
janeiro de 1974:
Conceito Profissional
Em Jacareí, onde militava, todos sabiam que as causas por ele peticionadas eram justas.
Em 1977 Franz ingressara na APAC como monitor de crisma. Desejava concluir o curso de
Teologia e ordenar-se, consagrando-se exclusivamente ao serviço de Deus.
II ) UM HOMEM DE DEUS
01 - Primeiro contato com os recuperandos. “Quando eu cheguei, era aquele vozerio, aquele cheiro
de gente depositada. Meu estômago começou a sentir uma certa náusea. Fui me controlando,
mas, as pernas começaram a bambear.”
O carcereiro pergunta: “ Vai dar aula dentro do xadrez ou pela
grade?”
Franz pensou: “como que eu vou falar do amor de Deus ao
meu irmão pela grade? Foi aí que pensei: Vou tentar acolher, receber cada um deles em mim.”
03 - Entrega total aos sábados, domingos e feriados, trabalhando de 15 à 18 horas por dia,
revelando a misericórdia do Pai. Morreu perfurado por mais de 30 projéteis e apesar das 4 horas
dramáticas diante do Presídio de Jacareí, seu rosto não perdeu a serenidade.
04 - Conversa com Dona Margarida, uma semana antes da tragédia: Dona Margarida,
confidenciou, estou chegando ao fim; “Só não sei se as balas assassinas virão dos marginais ou
da polícia.” “Vivo num meio onde, de lado a lado, não se tem respeito pela vida humana”.
IV - A TRAGÉDIA
Foi traído.
Foi morto.
Morreu entre ladrões.
Uma multidão impassível assistiu à sua morte.
Teve suas vestes e demais pertences sorteados entre amigos.
V ) TESTEMUNHOS
V I ) LEITURA DA ÚLTIMA CARTA DE FRANZ, DIRIGIDA A UM RECUPERANDO.
V I I ) PROJEÇÃO DO FILME DA TV GLOBO E EXPOSIÇÃO DE FOTOS.
NOTAS:
A APAC Propõe:
A - Aqueles que tem uma ligeira noção do trabalho da APAC, mas somente
tomam posições conforme circunstâncias do momento: A favor ou contra. Não tem compromisso
com a verdade.
B - Não ajudam em nada.
II - Sentimentais radicais
III - Inconscientes
A - Não tem idéias próprias mas, por ignorância, combatem o trabalho o tempo
todo e, sempre, quando questionados, respondem: Ouvi dizer...
B - Adicionam sempre dose altamente perniciosa em seus posicionamentos,
induzindo a erros de análise outros incautos.
IV - Conscientes
Observações:
FRANZ
Há homens que acreditam nas idéias e acham que elas ressoam no mundo
com maior estampido que os canhões. Acreditam que os pensamentos são mais poderosos que
as baionetas e os princípios tem alcançado mais vitória que os exércitos.
Há homens cujas idéias não podem ser expressadas pelo estilo redacional
mais luxuoso. São homens que não podem ser definidos nos discursos; suas virtudes estão além
daquelas exaltadas na mais eloqüente oratória.
Há homens que não se parecem com outros homens; são diferentes e se
tornam até esquisitos neste mundo onde a violência é tão natural e aceitável, onde se vive uma
realidade de dor, de vazios que não são ocupados, de valores desajustados sem lugar para os
sonhos, sem espaço para amar.
Há homens que acreditam nas pessoas. Ainda há. Que usam o pensamento
também para compreender as razões da experiência que fazem de seus postulados um
sacerdócio, que casam com Deus quando nascem e, quando morrem, podem sorrir no céu.
Há homens naturalmente bons, que dormem serenamente todas as noites
porque despertam todos os dias com o coração aberto, onde a fé e a esperança conversam com
vontade inabalável de construir um mundo melhor.
Há homens que se alimentam de sonhos, porque pensam torná-los realidade.
Quando a cidade dorme e nas ruas vazias nada mais se vê, estes homens acordados meditam
com sabedoria e esperança um amanhã diferente, que traga momentos mais próximos de sua paz.
Eles se jogam sem medo, desarmados e sozinhos na escuridão das trevas, pois, somente um
pouco de luz, que consigam refletir, será vitória. Como estrelas desarrumadas no firmamento
iluminam a noite, estes homens também despertos estão a clarear a nossa humanidade ainda tão
apegada e afeita à valores supérfluos e fúteis.
Há homens que morrem porque crêem nos valores que defendem; porque
lutam com desprendimento e não se preocupam com a própria vida, porque gostam de gente. Há
homens que confundem as pessoas porque olham nos olhos de forma diferente, querendo mesmo
buscar e descobrir a crença que cada um tem dentro de si. Estes homens não vêem o homem
agressivo e revoltado que pode matar, mas vêem a criança que não viu mãos estendidas que a
ajudasse a levantar.
Há homens que não morrem, apenas se calam; apenas se despedem. Viajam
apenas, porque serão sempre encontrados nas coisas mais sublimes; estarão sempre presentes e
vivos toda vez que alguém falar de amor, de humanidade, de compreensão, de fraternidade, de
abnegação, de paz e liberdade! Não sei por que todas essas coisas me lembram um nome:
FRANZ DE CASTRO HOLZWARTH, advogado e vice-presidente da Associação de Proteção
Assistência aos Condenados. Não sei porque ele se foi. Sei apenas que sinto profundamente e
não aceito. Não importa como partiu, porque é tarde e sei que agora só poderei vê-lo quando
alguém, em algum lugar, fizer coisas maravilhosas como ele fazia.
Não posso dizer mais nada. Esta é a expressão mais pura de meu sentimento
de profundo pesar.
Deus sabe de seu filhos.
18a AULA
1. Ausência de policiais;
2. Valorização da Vida;
3. Respeito para com os familiares;
4. Ausência de armas de qualquer espécie;
5. Eficaz assistência médica e odontológica;
6. Ressocialização através de padrinhos e madrinhas;
7. Método voltado para a recuperação integral do homem;
8. Ausência de brigas e discórdias;
9. Ausência de humilhação e maus tratos através de policiais;
10. Remição de pena funcionando eficazmente;
11. Perfeitas condições de higiene e limpeza;
12. Uso disciplinado do telefone;
13. Ausência de ociosidade;
14. Liberdade de expressão e opinião;
15. Funcionamento do C.S.S.
16. Assistência Jurídica gratuita e eficaz na fase da execução;
17. Não permitir jogos ou apostas;
18. Participação da comunidade através de voluntários;
19. Ausência de Drogas;
20. Confiança;
21. Livre acesso ao pátio até às 21:00h;
22. Possibilidade do homem se encontrar com Deus;
23. Não discriminação entre artigos (Código Penal) e outros;
24. Ausência de pederastia;
25. Exposição dos trabalhos dos recuperandos para a sociedade;
26. Existência de uma cela forte transformada em capela;
27. Parte do dinheiro que os recuperandos ganham é para a manutenção da casa;
28. Representação de cela;
29. Cursos de Formação e Valorização Humana para os familiares;
30. Audiência Admonitória do Livramento Condicional na própria Entidade;
31. Ausência de corrupção;
32. Presença de Autoridades Judiciais dentro da APAC e das próprias celas, sem necessidade
de segurança policial
33. A possibilidade de ter armários dentro das celas para melhor organização dos pertences
pessoais;
34. Uma cantina dentro do presídio cujo lucro é revertido em benefício dos recuperandos;
35. A realização anual da “Jornada de Libertação com Cristo”;
36. Oportunidade para o recuperando participar de inúmeras palestras e cursos;
37. Alfabetização obrigatória;
38. Cursos de inglês, espanhol e aulas de direção de trânsito;
39. Alojamento igual para todos;
40. Entrevista, sem obstáculos com advogados;
41. Ausência de superlotação, um leito para cada recuperando;
42. Honestidade na entrega dos valores e pertences dos recuperandos;
43. Comemoração, no presídio, do aniversário dos recuperandos com familiares;
NOTAS:
1 – As vantagens devem ser estudadas pelos cursistas, lembrando-os de que as mesmas
são fornecidas anualmente pelos recuperandos durante o Curso de Conhecimento e
Aperfeiçoamento do Método APAC, especialmente para presos
2 - Importante salientar, que na APAC de São José dos Campos - Presídio Humaitá, foram
colhidas 100 (cem) vantagens, publicadas no livro “Ninguém é Irrecuperável”, pág. 55.
NOTAS:
2 – Projetar o Filme: APAC – Recuperando o preso e a dignidade, que poderá ser solicitado
à FBAC – Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados
8. A FAMÍLIA
A - Recuperando
B - Vítima
TEMA - ESPIRITUALIDADE
Carisma - É dom do Espírito
Espiritualidade: É o que
Estilo me ajuda a servir o
PRESO de preso - Dinâmica de escuta e
Vida ação - Várias pessoas
Como eu PRESO diferentes que dão sentido à
organizo a existência. Querer que sejam
minha vida todos iguais é querer “domesticar”,
para servir “amarrar” o Espírito.
os presos
Os desafios nos quebram – Ficamos em pedaços, fragmentos – Por isto necessitamos fazer
deserto para recompor os pedaços. Profeta Elias
Deus
Eu Não confundir o projeto de vida com idolatria de si, a imagem de SI. É Deus que
deve estar no centro – Ser o Absoluto
Conversão - A Deus para os que não crêem. Para uma mudança de mentalidade para os crentes.
Se Deus está dentro de mim, ele é ativo.
IV - A vida pública de Jesus e a nossa vida. “Quem me vê, vê o Pai - Jo 13,1-17 Afetividade /
Sexualidade / Corrupção / Autenticidade / Preferência pelos pobres. Equilíbrio, afetivo e
psicológico. Renúncia / Misericórdia / Acolhida / Vida de Oração / Justo / Missionário / Humilde /
Solidário / Amigo / Determinado.
V - Deus me ama, me perdoa, me torna capaz de perdoar. A missão tem por objetivo a
misericórdia, ser capaz de perdoar os inimigos.
A) Acolher os limites. Ninguém pode fazer tudo. Aceitar que não é o melhor, o 1º.
B) Trabalhar os limites - Quem não acolhe o irmão de apostolado, não vai
conseguir acolher o preso.
C) Caminhar o que é possível caminhar. Com as luzes que se tem – É preciso ter
cuidado com uma missão de eficácia.
4 - PROSELITISMO
5 - ASSISTENCIALISMO
7 - CURIOSIDADE
9 - INGENUIDADE
10 - PATERNALISMO
11 – IMPROVISAÇÃO
12 – ENVOLVIMENTO AFETIVO
Será que não estou perdendo tempo? - Quem não se fez está pergunta, continua
“agarrado” à planície. (Às suas coisas pessoais, ao aspecto biológico)
Quando Deus faz sempre o que você quer, não é o Deus verdadeiro - O Critério da
missão, não é sentir-se bem. O Deus verdadeiro muitas vezes nos pede de aceitar um câncer, um
parente preso, um marido alcoólatra, um filho drogado...
A) OS CHAMADOS E OS ESCOLHIDOS
1 – Chamados à vida
NOTAS:
NOTA: Distribuir o organograma dos setores de trabalho, e pedir aos cursistas para que o
devolvam na próxima aula, indicando o setor em que gostariam de trabalhar.
ASSEMBLÉIA GERAL
PASTORAL
PENITENCIÁRIA DIRETORIA EXECUTIVA MINISTÉRIO PÚBLICO
AUTORIDADE
POLICIAL
VOLUNTÁRIOS
RECUPERANDOS
A) PENA DE MORTE
9) A pena de morte sem sentença, está descrita de modo impressionante. Não vemos necessidade
alguma de destruir uma criatura de DEUS. Um cidadão.
Enquanto houver a possibilidade de ser manter o homem vivo há que se aproveitar.
10) A exploração dos mais ricos. É sempre a classe dominante, titular das decisões, que defende a
pena capital. As injustiças sociais estão ai, latentes, revelando a todos nós, a todo instante, que os
pobres são usados como instrumentos.
11) O trabalho que a APAC realiza... Quantos recuperandos hoje, chefes de família, teriam sido
executados?
13) Os meios de comunicação destruindo famílias, ensinando violência, acabando com os bons
costumes. E o que os políticos têm feito para controlar esses desmandos? “NADA”.
Pior do que a Violência é a exploração da violência. Mais separação judicial e
divórcio do que casamentos. Setenta por cento (70%) das parturientes são mães solteiras.
B) CONFRATERNIZAÇÃO