PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

COMARCA DE PORTO VELHO
3ª VARA CRIMINAL

Data: 21 de junho de 2021

Processo: 7021532-84.2021.8.22.0501
Acusado: Eduardo Uchôa dos Santos

ATA DA AUDIÊNCIA

Presentes o MM. Juiz de Direito – Dr. Franklin Vieira dos Santos, a Promotora de Justiça – Dra.
Andréia Teixeira Vicentini Rocha, a Defensora Pública – Dra. Liliana dos Santos Torres Amaral e
o acusado Eduardo Uchôa dos Santos. Registro a presença dos acadêmicos Rebeca de Assis Leal
centro universitário São Lucas pvh, JOÃO VICTOR MARTINS MANSUR – FARO, Cláudio Weber M
Santana – FARO, HELCK ARAÚJO DE MELO- FARO, LEILA MARIA DE OLIVEIRA PACHECO -
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS, Sidnei Ramos da Cruz – UNIRON, MAICON DOUGLAS
MELO DE SOUSA – UNIRON, CIBELLY DA SILVA MONTEIRO – FIMCA, Larissa Oliveira Batista –
UNIRON, ROISE CARLA CRAVO LIRA – UNIRON, Milena Fernanda Medeiros dos Santos – UNIRON,
Valdemir Pereira da Silva – Uniron, CLEYDISON PEREIRA – FARO, Rayra Marília Moreno da Silva
Costa, 9° período, Faculdade Sul-Americana (Fasam), Rebeca de Assis Leal centro universitário São
Lucas pvh, ANA PAULA MATIAS CAVALCANTE AMANCIO/FARO, Fabiane Araújo Braga - Faculdade
Católica de Rondônia, Luan Vitor Teixeira Lemos – UNIRON, Emili Camile Duarte Aranha- Faculdade
Catolica de Rondônia, ALESSANDRA PIGNATTI-UDF, Hingrid Paola Alves Giron-UNIFTC BA, João
Eduardo Yukimura Kuriyama Lopes – UNIRON, Ellen Jaqueline Miranda Rodrigues-UNIR, Cacoal,
Paulo Vinicius Medina - Universidade São Lucas, Fernanda Souza de Oliveira - Faculdade São
Lucas, Alan Cristian Pereira de Oliveira-FARO, Michel Fadoul Cacho – Faro, RAFAELA OLIVEIRA DA
COSTA UNIRON, Willames José Morais Galdino – UNIRON, CLICIANE VIEIRA DOS SANTOS –
FARO, Rebeca de Assis Leal centro universitário São Lucas pvh, Carla Vanessa da Silva Coelho –
UNIRON, Karla Nakanichi Kamimata – USJT/SP, Ricardo Andrade Giron UNIFTC BA, Larissa
Cavichioli de Picoli – Estácio, Lorena Jeane Santana da Silva - Centro Universitário Una Aimores/MG,
Brunna Maria Moreira Carvalho- Centro universitário- UNA/Bom Despacho, Vidal Falcão Teixeira -
Matr. 13183 - Univs – Icó/CE, Danilo Alves da Silva – FAPAL/TO, LARISSA VITÓRIA MENDES
DUARTE- FACULDADE APARÍCIO CARVALHO FIMCA, DANILO SOARES VIANA - 13262 - UNIVS –
ICÓ/CE, Rebeca de Assis Leal centro universitário São Lucas pvh, Roberta Campos Siqueira - 6
semestre de Direito, Universidade Brasil, Itaquera São Paulo, Bruna Gabriele Barbosa Melo –
UNIRON, Carmem Aparecida Fonseca Melano - Unisal Campus Maria auxiliadora Americana SP. 1
semestre manhã, Nayara Danielle Ribeiro de Jesus - Centro Universitário UNA-Betim MG, Jeziel Alves
Araujo – Uniron, Ozelene Campos de Lima – EMERON/RO, Vânia C Sigoli/Faculdade FAPAN-
SBCAMPO, Regina Fernandes Rodrigues - Fapal Faculdade de Palmas - 9 Período, Raimundo
Teixeira Lopes - Centro Educacional São Lucas, Uniron- Iranilde Mendes da Silva- 9° período de
Direito, Claudio José Soares - 9 periodo FARO, Jeziel Alves Araujo – UNIRON e ALESSANDRA
PIGNATTI-UDF.

Ocorrências: Conforme art. 6º, §8º, do Ato Conjunto n° 005/2020/PR-CGJ, publicado no DJE n° 052,
de 18.03.2020, em razão da Pandemia de COVID-19, a audiência foi realizada, excepcionalmente, por
meio da plataforma do Google Meet, sendo as partes advertidas de que a gravação será
posteriormente incluída no sistema DRS. Por esta razão foi dispensada a assinatura da Ata de
Audiência pelas partes. A presente gravação se destina única e exclusivamente à instrução desta
causa, sendo expressamente vedadas a utilização e a divulgação por qualquer meio. As
manifestações deverão ser feitas de modo a permitir a boa captação pelo sistema de gravação e a
garantir a qualidade do registro sem prejudicar a prova produzida. Foi garantido ao réu o direito de
se entrevistar reservadamente com seu defensor e de manter contato com este durante todo o
ato. O acusado concordou com a presença dos acadêmicos durante a solenidade. Ouvidas as
testemunhas Gaio Caculakis Rita e PM Pedro Henrique Lira Marques. O MP dispensou a oitiva das
testemunhas José Carlos de Amorim Rodrigues e PM Elvis Santos de Araújo, com a concordância da
defesa, o que foi homologado pelo MM. Juiz. O réu foi interrogado. Encerrada a instrução criminal,
não houve requerimento de diligências. Passou-se aos debates orais. As partes apresentaram
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3ª VARA CRIMINAL

Data: 21 de junho de 2021

Processo: 7021532-84.2021.8.22.0501
Acusado: Eduardo Uchôa dos Santos

alegações finais. O MM. Juiz prolatou a seguinte sentença: “Vistos. EDUARDO UCHÔA DOS
SANTOS, qualificado nos autos, foi denunciado pelo Ministério Público e dado como incurso nas
penas do artigo 155, §1º e §4º, I, e art. 307, todos do Código Penal. (1º fato) Sustenta a inicial
acusatória que por volta das 04 horas, de 04 de maio de 2021, durante o repouso noturno e mediante
escalada, na vila de apartamentos situada na Rua Padre Chiquinho, nº 2633, Bairro Liberdade, nesta
Capital, EDUARDO adentrou e subtraiu um par de tênis, marca NIKE; um par de tênis, marca FILA e
dois bonés pertencentes a José C. De A. R. (2º fato) Consta que ao ser abordado pelos policiais,
EDUARDO atribui-se falsa identidade, a fim de obter vantagem e com isso esconder o seu passado
criminoso, qualificando-se como Uerleson Gomes de Brito. A denúncia foi recebida em 1705.2021.
Pessoalmente citado, EDUARDO apresentou resposta à acusação através da Defensoria Pública, que
foi analisada pelo juízo, sendo designada audiência de instrução e julgamento. Nesta audiência, foram
ouvidas duas das testemunhas arroladas pela acusação e EDUARDO foi interrogado. Em sede de
alegações finais, o Ministério Público sustentou que as testemunhas ouvidas nesta solenidade
confirmaram os fatos narrados na denúncia. O dono da vila de apartamento tem gravação dos fatos e
reconheceu o acusado nas imagens. O acusado negou a autoria nesta audiência mas admitiu aos
policiais e durante a custódia. Quanto ao crime do art. 307, não há provas de o acusado ter fornecido
nome falso. Requereu a condenação, nos termos do art. 155, §1º, do CP. A defesa sustentou que não
provas de ter o acusado praticado os crimes e requereu sua absolvição, nos termos do art. 386, VII,
do CPP. DECIDO. Trata-se de ação penal pública para apuração de um crime de furto noturno
qualificado pela escalada e de um crime de falsa identidade. Do furto noturno qualificado. A
materialidade do delito está comprovada pela ocorrência policial nº 62341/2021/PP e pelos demais
depoimentos na fase policial. Quanto a autoria passo a análise da prova oral produzida. Na delegacia
de polícia, EDUARDO permaneceu em silêncio. Perante o juízo, a testemunha Gaio Caculakis Rita
declarou que é dona da vila de apartamento onde aconteceu o crime e a vítima é seu inquilino. Viu
gravações da dinâmica do crime, e percebeu que o criminoso tinha uma deficiência na perna. Nas
proximidades há um local onde usuários de drogas e criminosos se reúnem. Nesse local,
posteriormente, viu pessoa muito parecida com o criminoso que aparecia nas gravações. Os bens da
vítima não foram encontrados. Afirmou que o acusado deu nome falso no momento da abordagem. O
PM Pedro Henrique Lira Marques afirmou que a gravação facilitou a identificação do acusado, que foi
encontrado em casa ao lado da vila de apartamento. O acusado confessou aos policiais a prática do
crime e disse que vendeu os bens subtraídos. Não lembra se o acusado deu nome falso. Interrogado,
o acusado negou a prática do crime e disse que foi injustamente acusado porque estava nas
proximidades, em local frequentado por usuários de drogas. Disse que não tem deficiência na perna.
Já foi processado por furto e roubo. Admitiu a autoria na custódia porque pretende atenuar pena, e
negou ainda que tenha fornecido nome falso. Havia mais de oito pessoas na casa. A prova produzida
apontava para a autoria em face do acusado. Todavia, faltou elementos para assegurar ter sido o
EDUARDO o autor do crime. A informação da testemunha, de que teria identificado o agente autor do
crime em virtude de uma deficiência que possua. A propósito, o Ministério Público solicitou que o
EDUARDO se levantasse e andasse para ver a deficiência, e nada ficou evidenciado. Se essa
dificuldade existe, é pouco perceptível, não chamando a atenção. A propósito, essa característica em
destaque normalmente vem apontada no “Boletim de Vida Pregressa”. Todavia, compulsando o
documento em questão, nada se destacou. Afora essa informação trazida pela testemunha, o que
emerge é a declaração, perante o juiz da custódia, de que admitiu a prática do crime. O EDUARDO
afirma que assim agiu porque tinha sido orientado em troca de pegar a pena mínima. Assim, as
informações que apontam para o EDUARDO com autor do crime não superam a dúvida que se
instaurou, pois ninguém disse ter visto o crime sendo realizado, não foi encontrado nenhum objeto em
seu poder e a característica que a testemunha afirma ter permitido a identificação, não se mostrou
confirmada. Já em relação ao falso, a prova não se confirmou, pois o PM ouvido disse ter o agente se
identificado com o nome verdadeiro, tornando duvidosa a informação trazida pela testemunha. Nesse
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3ª VARA CRIMINAL

Data: 21 de junho de 2021

Processo: 7021532-84.2021.8.22.0501
Acusado: Eduardo Uchôa dos Santos

contexto, o caminho mais seguro e a improcedência do pedido inicial com a absolvição do réu.
Dispositivo. Ao exposto, julgo improcedente o pedido constante na denúncia inaugural e absolvo
EDUARDO UCHÔA DOS SANTOS, qualificado nos autos, da imputação contida na denúncia
inaugural por insuficiência de provas, ex-vi do Artigo 386, VII do CPP. Comunique-se à vítima, pela
forma mais célere, nos termos do artigo 201, §2º, do Código de Processo Penal. Certificado o trânsito
em julgado da decisão absolutória, dê-se baixa na distribuição, promovam-se as anotações e
comunicações de estilo. Cumpridas as deliberações supra, arquivem-se os autos. Decisão prolatada
em audiência, dou-a por publicada e as partes por intimadas." Nada mais. Eu, _____, Fabrício Jean
Barros de Oliveira Neres, Secretário do Gabinete, digitei e providenciei a impressão.

Juiz de Direito: Promotora de Justiça: videoconferência

Defesa: videoconferência Acusado: videoconferência