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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1535116-85.2023.8.26.0228 e código G9ZIcnND.
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
6ª VARA CRIMINAL
Avenida Doutor Abraao Ribeiro, 313, Sala 1-111/1-112, Barra Funda -
CEP 01133-020, Fone: (11) 2868-7025, São Paulo-SP - E-mail:
upj5a8barrafunda@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min
TERMO DE AUDIÊNCIA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE VERGUEIRO LOUREIRO, liberado nos autos em 05/02/2024 às 17:26 .
Processo Digital n°: 1535116-85.2023.8.26.0228 MGZ
Classe - Assunto Ação Penal - Procedimento Ordinário - Tráfico de Drogas e Condutas
Afins
Documento de Origem: Comunicação de Prisão em Flagrante, Comunicação de Prisão em
Flagrante, Comunicação de Prisão em Flagrante - 2359641/2023 - 33º
D.P. PIRITUBA, 36950313 - 33º D.P. PIRITUBA, 2359641 - 33º D.P.
PIRITUBA
Autor: Justiça Pública
Réu: RENAN DE LIMA MOTA
Vítima: Saúde Pública

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO, INTERROGATÓRIO,


DEBATES E JULGAMENTO

Aos 05/02/2024 às 16:00h, pelo meio previsto no Comunicado CG nº


284/2020 e conforme Provimento CSM nº 2.651/2022, com utilização da plataforma
Microsoft Teams, nesta cidade de São Paulo e Comarca de São Paulo, na sala virtual de
audiências da 6ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, sob a presidência
do MM. Juiz de Direito Dr. Henrique Vergueiro Loureiro, comigo Assistente
Judiciário do seu cargo ao final assinado, compareceram o representante do Ministério
Público Dr. BRUNO CESAR CRUZ DE ASSIS e o réu RENAN DE LIMA MOTA,
acompanhado de sua Defensora constituída, Dra. TAMIRES CAMACHO
RAMANAUSKAS URBANO (OAB/SP nº 424.841).

O MM. Juiz de Direito declarou instalada a audiência telepresencial nos


autos do processo criminal em epígrafe, com as formalidades legais, não havendo
oposição de qualquer das partes à realização da presente audiência de forma
remota, e foram então ouvidas as pessoas abaixo indicadas e qualificadas, cujos
depoimentos/declarações foram colhidos por meio audiovisual, pelo sistema de
captação de áudio e vídeo do Microsoft Teams:

Testemunha: ALESSANDRA NUNES DA SILVA, Rua Julio de Oliveira,


8, Vila Fanton, CEP 05201-070, São Paulo - SP
ALESSANDRO DE CROCI, RG 23515130, Avenida Raimundo Pereira
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de Magalhaes, 2340, Jardim Iris, CEP 05145-200, São Paulo - SP.

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Em seguida, o réu abaixo qualificado foi interrogado, também pelo sistema
de gravação de áudio e vídeo do Microsoft Teams, sendo a ele dada a oportunidade de se
entrevistar reservadamente com sua Defensora constituída antes da realização do ato:

Réu: RENAN DE LIMA MOTA, Brasileiro, Solteiro, Motoboy, RG


38045714, CPF 33667715854, pai JOÃO DE ALMEIDA MOTA, mãe

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MARTA MARIA DE LIMA MOTA, Nascido/Nascida 28/11/1998, de cor
Pardo, natural de São Paulo - SP. Local de prisão: Centro de Detenção
Provisória de Osasco II - Rodovia Raposo Tavares Km 20, Via Arterial Sul
nº 550 - B, Chácara Everest - CEP 61491-20, Osasco - SP, 11 3694
3254. Endereço: Travessa Alexis Carrel, 80, Celular: (11) 981211560, Vila
Barreto, CEP 02937-020, São Paulo - SP.

A seguir, não havendo requerimento de diligências nos termos do artigo


402 do CPP, encerrada a instrução processual, estabeleceu-se a realização dos debates
orais.

Dada a palavra ao Dr. Promotora de Justiça, as alegações finais foram


gravadas por meio audiovisual.

Dada a palavra à Dra. Advogada, pelo réu, as alegações finais foram


apresentadas por escrito, por meio do chat do Microsoft Teams, nos seguintes
termos:

"Meritíssimo Juiz, a ação penal deve ser julgada improcedente, uma vez
que inexistente prova segura para fundamentar a condenação em relação ao acusado. Com
efeito, na delegacia de polícia, o acusado respondeu todas as perguntas realizados pelo
Delegado e inclusive permitindo o acesso a todos os dados de seu aparelho celular
apreendido para provar sua inocência e que estava trabalhando como entregador no
momento que foi abordado pelos policiais militares, devendo tal atitude ser interpretada
em seu favor, por tratar-se de exercício de direito garantido pela Constituição Federal (ir e
vir). Interrogado em sede de delegacia e em juízo, o réu narrou que no momento dos fatos
estava indo ao encontro de sua amigo, em um restaurante próximo a casa da namorada,
pelo fato de possuir viseira e o dele não. Merece crédito a versão de inocência do
acusado, uma vez que as demais provas colhidas em juízo não comprovaram a prática do
delito imputado ao réu. Com efeito, da análise dos autos, verifica-se que não foi
produzida qualquer prova apta a embasar um decreto condenatório. Senão vejamos. As
testemunhas, os policiais militares, que realizavam patrulhamento de rotina pelo lugar dos
fatos, a bordo de uma viatura policial, ouviram alguém dizer “moiô, moiô”, “alguém”,
significa que existiam pessoas no local e somente Renan foi abordado e por nada temer,
não fugiu, disseram que o réu foi avistado mas ao mesmo tempo viram outro(s) fugindo.
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O réu estava com sua moto, aparelho celular que recebia as ordens de serviço para

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entregas e sua mochila de caixa térmica de entregador, a todo momento estava pacífico;
ficando nitidamente desesperado e surpreendido no momento de sua prisão, conforme é
possível ser verificado no vídeo enviado pela Polícia Militar, as drogas foram encontradas
a alguns metros do réu em uma esquina em uma sacola e com ele nenhuma, somente R$
24,00 (vinte e quatro reais) e seu aparelho celular. Os policias já tinham conhecimento de
que o local é conhecido como ponto de tráfico. O conjunto probatório é demasiadamente
frágil. Verifica-se pelos depoimentos dos policiais que a abordagem não se deu em razão
de nenhuma atitude suspeita realizada pelo denunciado, já que nenhuma das testemunhas
ouvidas disse que o réu estava fazendo algo suspeito. Com efeito, os depoimentos dos

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policiais não se prestam a comprovar a autoria do crime de tráfico de drogas imputado ao
réu. Isto porque, as testemunhas policiais apresentaram versão vaga e imprecisa sobre os
fatos. Além disso, conforme narrativa das testemunhas policiais, não foi realizado
nenhum tipo de campana no local dos fatos e nenhum ato de comercialização foi
presenciado pelos policiais. Ademais, os policiais não tinham qualquer informação
pretérita ou denuncia de tráfico relacionada pessoa do réu, pessoa que não conheciam. De
mais a mais, as narrativas das testemunhas policiais devem ser consideradas com a
máxima cautela, uma vez que fornecidas com parcialidade, já que, como cediço, pela
própria função que exercem, tais agentes têm interesse no desfecho da ação penal, cuja
procedência tem o condão de legitimar as diligências realizadas. De fato, sobre a oitiva
dos policiais responsáveis pela efetivação da prisão, já decidiu a jurisprudência que per si,
não bastam para conduzir a uma condenação. O conjunto probatório colhido é
insuficiente para a condenação do acusado. Ressalta-se, ainda, que a favor dele milita o
princípio da presunção de inocência, que somente pode ser afastado mediante prova plena
e indubitável de suas responsabilidades. Consequentemente, a dúvida deve sempre
favorecê-lo. Não bastam meras conjecturas e indícios de participação. No caso em
questão, a acusação não ficou cabalmente provada. Assim, diante do frágil conjunto
probatório, aguarda a defesa a absolvição do acusado, nos termos do art. 386, inciso VII
do Código de Processo Penal. "

Por fim, pelo MM. Juiz de Direito foi deliberado: 1. Sentença


proferida em apartado e publicada em audiência; 2. Considerando que as partes
renunciaram ao direito de recurso, dou a sentença por transitado em julgado na
presente oportunidade; 3. Após, regularizados os autos, expeça-se os ofícios de praxe
e remetam-se ao arquivo, com as cautelas legais.

Nada mais. Não havendo óbice à utilização de sistema audiovisual em


audiência, todas as ocorrências, manifestações, declarações e depoimentos foram
captados e gravados pelo Microsoft Teams, importados aos autos por meio de certidão
lavrada após o presente termo de audiências. Lido e achado conforme, este termo de
audiência vai devidamente assinado, digitalmente, pelo MM. Juiz de Direito, consoante
disposto no artigo 1.269 das Normas de Serviço da Egrégia Corregedoria Geral da
Justiça. Eu, Marcos Guimarães Zveibil, Assistente Judiciário, digitei.
Documento assinado digitalmente nos termos da Lei nº 11.419/2006, conforme impressão à margem direita.
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COMARCA DE SÃO PAULO
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SENTENÇA

Processo Digital nº: 1535116-85.2023.8.26.0228


Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Tráfico de Drogas e Condutas
Afins
Documento de Origem: Comunicação de Prisão em Flagrante, Comunicação de Prisão em
Flagrante, Comunicação de Prisão em Flagrante - 2359641/2023 - 33º D.P.
PIRITUBA, 36950313 - 33º D.P. PIRITUBA, 2359641 - 33º D.P.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE VERGUEIRO LOUREIRO, liberado nos autos em 05/02/2024 às 17:27 .
PIRITUBA
Autor: Justiça Pública
Réu: RENAN DE LIMA MOTA
Réu Preso

Tramitação prioritária

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Henrique Vergueiro Loureiro

Vistos.

RENAN DE LIMA MOTA, qualificado nos autos, foi denunciado pela

prática do delito descrito no artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06, pois, segundo a

denúncia, no dia 14 de dezembro de 2023, por volta das 16h45min, na Rua da Vitória, nº

312, bairro Anhanguera, nesta cidade e comarca de São Paulo/SP, trazia consigo, para fins

de tráfico, 46 porções de maconha, com massa líquida de 185,2 gramas, 26 porções de

crack, com massa líquida de 11,4 gramas, 13 porções de haxixe, com massa líquida de

3,11 gramas, 198 porções de cocaína, com massa líquida de 52,5 gramas, e 17 porções de

ice, com massa líquida de 3,8 gramas.

Segundo apurado, nas condições temporais acima descritas, RENAN

praticava o tráfico de entorpecentes no local dos fatos. Para tanto, trazia consigo uma

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sacola preta contendo em seu interior 46 porções de maconha, 26 porções de crack, 13

porções de haxixe, 198 porções de cocaína e 17 porções de ice.

Ocorre que policiais militares que realizavam patrulhamento de rotina pelo

lugar dos fatos, a bordo de uma viatura policial, ouviram alguém dizer “moiô, moiô”.

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Ato contínuo, em razão da presença da viatura da Polícia Militar, RENAN

lançou ao solo a sacola preta contendo as substâncias entorpecentes que estava como ele e

tentou fugir correndo.

Contudo, os agentes da lei lograram deter o denunciado aproximadamente

dez metros do local onde ele dispensou a sacola.

Em seguida, foi realizada busca pessoal e os castrenses encontraram com

RENAN uma pequena bolsa preta, que continha em seu interior um aparelho celular e a

quantia de R$ 24,00.

Além disso, os policiais localizaram a sacola preta lançada pelo denunciado

ao solo e verificaram que no interior dela continha as 46 porções de maconha, 26 porções

de crack, 13 porções de haxixe, 198 porções de cocaína e 17 porções de ice

supramencionadas.

Diante dos fatos, RENAN foi preso em flagrante delito e os entorpecentes,

o dinheiro e o aparelho celular acima indicados foram apreendidos.

A quantidade, variedade e a forma como as drogas estavam acondicionadas,

além das circunstâncias da prisão em flagrante do denunciado indicam que os

entorpecentes se destinavam ao comércio espúrio, que era realizado por ele.

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Por decisão datada de 15 de dezembro de 2023, a prisão em flagrante do

acusado foi homologada e convertida em prisão preventiva, com fulcro nos artigos 310,

inciso II, 312 e 313 do Código de Processo Penal (fls. 34/39)

A denúncia foi recebida por decisão de fls.68/70.

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O Réu foi citado.

A defesa apresentou resposta à acusação às fls.97/100.

Durante a instrução processual, foram ouvidas as testemunhas policiais

militares e, em seguida, o réu foi interrogado.

Encerrada a instrução, seguiram-se os debates finais.

O Ministério Público requereu, em síntese, seja a pretensão punitiva julgada

improcedente, com a absolvição do réu por falta de provas.

Por sua vez, a Defesa requereu, em suma, que o réu seja absolvido, por falta

de provas; subsidiariamente, a fixação da pena no mínimo legal; concessão do regime

inicial de cumprimento de pena mais favorável e o recurso em liberdade.

É o relatório. FUNDAMENTO E DECIDO

Diante do requerimento formulado pelo Ministério Público, a absolvição do

acusado é medida que se impõe, dada a ausência de prova suficiente para a condenação.

De fato, há dúvida com relação à autoria. Havia outras pessoas na cena do

crime, que também fugiram. A sacola foi encontrada a certa distância do réu (segundo a

policial Alessandra, a cerca de 10 metros). Não há prova robusta da autoria delitiva do réu,

que em todas as oportunidades rechaçou a acusação de tráfico de drogas.

Como se vê, a autoria do crime não está esclarecida suficientemente,

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assistindo razão ao Ministério Público em memoriais finais quando sustenta a

improcedência da ação, pois o conjunto probatório é insuficiente para a condenação, pois

não há certeza quanto à autoria.

As provas produzidas durante o inquérito policial, procedimento

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administrativo inquisitivo e sigiloso serviram de base para a formação da “opinio delicti” e

oferecimento da denúncia, mas não podem servir para sustentar uma condenação criminal,

quando não confirmadas em juízo.

Consoante o disposto no artigo 155 do Código de Processo Penal:

"O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em

contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos

elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não

repetíveis e antecipadas”.

Verificada a inexistência de elementos coesos dentre as provas produzidas

em juízo não resta outra alternativa senão a absolvição do réu. A condenação criminal só é

cabível com provas seguras, consistentes, da materialidade e autoria do delito, sem o que,

deve prevalecer o princípio constitucional da presunção de inocência.

DISPOSITIVO

Ante todo o exposto e considerando o mais que dos autos consta, acolhendo

ao requerimento de absolvição formulado pelo Ministério Público, JULGO

IMPROCEDENTE a pretensão punitiva estatal a fim de ABSOLVER o acusado RENAN

DE LIMA MOTA, qualificado nos autos, da imputação do artigo 33, caput, da Lei nº

11.343/06, o que faço com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo

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Penal.

EXPEÇA-SE ALVARÁ DE SOLTURA CLAUSULADO.

Após o trânsito em julgado, feitas as devidas anotações e comunicações,

arquivem-se os autos.

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DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

1535116-85.2023.8.26.0228 - lauda 5

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