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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1512919-44.2020.8.26.0228 e código A846B5E.
SENTENÇA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTA HALLAGE GONDIM TEIXEIRA, liberado nos autos em 27/11/2020 às 18:17 .
DELEGACIA DA DISE - DENARC, 26/20/102 - 02º DELEGACIA DA
DISE - DENARC, 2145849 - 02º DELEGACIA DA DISE - DENARC
Autor: Justiça Pública
Réu e Averiguado: Alan Berto Da Silva e outros
Réu Preso
Vistos.
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VITOR DOS SANTOS NETO, NATHAN MARQUES DE ALMEIDA, EDUARDO
HENRIQUE DA SILVA SOUZA, JACKSON FELIPE FERREIRA VICENTE e FABIO
LUIZ RAMOS DE LIMA, juntamente com outros três indivíduos não identificados, assim como
o adolescente YURY, previamente ajustados e agindo com identidade de propósitos, teriam sido
surpreendidos guardando, ocultando e mantendo em depósito, transportando, em benefício de
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todos, para fins de tráfico e fornecimento a terceiros 1.700 "trouxinhas" de maconha, somando
2.849,5g; 1.000 porções de cocaína, somando 864g; 6.000 "papelotes" de cocaína, no total de
4.108,4g; mais 3.800 "papelotes" de cocaína, no total de 2.914,6g; mais 300 "trouxinhas" de
maconha que somaram 483,1g; e outros 3.000 "papelotes" de cocaína, no total de 1.910,2 g,
substancias entorpecentes que causam dependência física e psíquica, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar.
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maconha e 1.000 porções de cocaína sobre uma bancada), bem como em "fundos-falsos" dos
veículos (6.000 porções de cocaína no veículo Corsa, placas DPP-0947; 3.800 porções de cocaína
no GM/Prisma, placas AAA-7176; 300 porções de maconha e 3000 porções de cocaína no
GM/Prisma, placas ELV-8247), além de 03 aparelhos celulares e carno e blocos de anotação
relacionados à contabilidade do tráfico que estariam no interior da residência.
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Os acusados foram presos em flagrante, sendo as prisões convertidas em
preventivas (fls. 305/312).
Não sendo o caso de absolvição sumária (fls. 597/598, 602 e 617), foi
designada audiência de instrução, debates e julgamento (fls. 660/665).
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35 da Lei de Drogas. Em relação à pena, pleiteou a aplicação do benefício do §4º do artigo 33 da
Lei 11.343/06, a fixação de regime inicial mais brando que o fechado para início do cumprimento
de pena, e, por fim, o reconhecimento do direito ao recurso em liberdade.
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elementos que justifiquem uma condenação. Disse que não há prova alguma do envolvimento do
réu. Requereu seja afastada a causa de aumento prevista do artigo 40, inciso VI da Lei 11/343/06.
Subsidiariamente, postulou a aplicação do benefício do §4º do artigo 33 da Lei 11.343/06, a
fixação de regime inicial mais brando que o fechado para início do cumprimento de pena,
concessão de prisão domiciliar.
É o relatório.
Fundamento e Decido.
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381/383 e 513/515, bem como pela prova oral colhida.
Com efeito, o policial civil Allex Solyon Hopka contou que receberam
uma "denúncia anônima" sobre tráfico de entorpecentes no local. Esclareceu que na notícia
recebida, havia descrição de um imóvel que seria usado para armazenar e distribuir entorpecentes.
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Com base nestas informações, dirigiram-se ao local dos fatos e passaram a observar dois imóveis
compatíveis com as descrições. Então notaram movimentação anormal em um deles, com entrada
e saída de automóveis, pessoas na varanda observando a movimentação da rua e fazendo uso de
aparelhos telefônicos. Por esta razão, concluíram que as informações anônimas eram compatíveis
com este sobrado. Permaneceram observando por cerca de 1h30/2h00. A testemunha disse que
viu o réu Eduardo chegar na residência em uma Van ou Micro-ônibus. Contou que ele não usou
chaves e alguém abriu o portão a ele. Em seguida ele saiu novamente da casa e depois retornou
em um Corsa (prata ou cinza). Neste período, parou um veículo Corsa, de cor preta que indicou
que entraria na residência. O portão foi aberto e do interior saiu um veículo Prisma, entrando o
Corsa no lugar e permanecendo por cerca de 30 minutos. Então perceberam que uma pessoa saiu
na sacada, conferiu a movimentação da rua e autorizou a saída do Corsa, sendo a oportunidade
esperada para que os policiais tivessem acesso à residência. Contou que estavam a uma distância
de 20 metros, sendo possível ver detalhes do interior do imóvel. Assim que ingressaram no
imóvel, o depoente dirigiu-se ao interior, subindo para o segundo andar, local em que se deparou
com uma bancada cheia de drogas e anotações (constando o destino das drogas, valores,
quantidade e recibos). Neste local estava, o réu Nathan e o adolescente Yuri, sendo o réu
responsável pela prisão do primeiro. Além das drogas encontradas neste local, foram apreendidas
drogas em fundos falsos de três carros (localizados na parte traseira dos bancos dos veículos),
dois Prismas e um Corsa preto. Pelo que se recorda Alan estava no corsa preto e foi detido pelo
policial Marcio na saída da garagem. Outros réus e inclusive Eduardo foram presos no imóvel
vizinho, por Diego. Lembra-se que Eduardo era o proprietário do imóvel e também fugiu para o
imóvel vizinho. Não conhecia os réus anteriormente e não notou o ingresso de usuários para
adquirir drogas naquele local.
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campana por cerca de 1h30 a 2h00. Confirmou também que a movimentação típica do tráfico
(grande observação na varanda e terraço) fez com que os policiais desconfiassem do sobrado que
foi o local da prisão dos réus e apreensão das drogas. Contou que quando uma pessoa chegava
naquela casa, passava um sinal e o portão era aberto. Disse que Eduardo chegou, fez um sinal e o
portão foi aberto, tendo saído em seguida. Logo depois o portão foi aberto para a saída do veículo
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Prisma (placas com início AAA) e ingresso do Corsa Preto, de marcha ré. Passados 10 minutos,
outro veículo Prisma chegou. O réu Nathan estava na varanda, monitorando a rua, então
perceberam que o imóvel seria aberto e aproximaram-se, cercando a residência para impedir a
saída do Corsa que era conduzido por Alan. Primeiramente foram presos na garagem do imóvel
Jaskson (responsável por abrir o portão) e Alan (conduzia o automóvel corsa); no segundo andar
do imóvel foram detidos Nathan e o adolescente Yuri. Por fim, no imóvel vizinho foram presos
João Vítor (pelo depoente), Eduardo e Fábio (que fugiram pela parte superior do imóvel).
Lembra-se que na residência foram apreendidas diversas porções de maconha e cocaína, todas em
porções individuais, além de anotações do tráfico de drogas. Nos automóveis havia um
compartimento secreto contendo drogas (maconha e cocaína). Esclareceu que a pessoa conhecida
como Diego conseguiu fugir. Lembra-se que Eduardo disse ser apenas locador do imóvel. Disse
que o imóvel que ele contou residir (na parte inferior) foi revistado, mas nada de início foi
encontrado, porém ele claramente fugiu para o imóvel vizinho. Não se recorda sobre disparos de
arma de fogo.
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períodos.
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A testemunha Everton Missias de Lima disse que eles eram vizinhos e
amigos de infância, mas nos últimos anos não estava mais frequentando a casa de Eduardo pois
havia se mudado. Contudo, em seguida esclareceu que no dia 13 de junho deste ano estavam
lavando o carro na rua, em frente ao imóvel no qual ocorreram as prisões, quando chegou uma
pessoa em uma Tucson Preta, bateu palmas em frente a casa de Eduardo e disse que queria alugar
a casa, já entregando uma quantia em dinheiro a Eduardo. Questionado, disse não saber que dia da
semana era pois lavavam o carro em dias aleatórios. Em seguida alterou em parte sua versão,
contando que nesta data ainda morava ali em frente a Eduardo, mas depois se mudou, dizendo que
deixou de frequentar a casa dele por falta de tempo e pelo que sabe a filha dele ficava com ele a
cada 15 dias.
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casa, abriu o portão e guardou o moedeiro, então saiu com o corsa porque precisava ir ao
chaveiro. Como estava fechado, retornou. Voltou à cooperativa e bateu seu ponto às 14h45.
Chegou em casa e viu um corsa preto na garagem, colocou sua comida para esquentar, trocou de
roupa e foi à lavanderia. Então escutou um barulho de freada brusca, escutando "deita, deita, ou
vai morrer". Por este motivo correu para trás da casa do vizinho; viu um rapaz correndo e em
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seguida deitou. O interrogando ficou paralisado. Disse ser o proprietário do imóvel. Foi
questionado se tinha passagem e respondeu afirmativamente. Estava com a chave do veículo que
está em seu nome, no qual nada foi localizado. Disse ter alugado a residência no dia 13/06/2020,
um sábado, tendo as pessoas se mudado no domingo. O aluguel seria de R$1.000,00 com a
garagem e recebeu adiantado. Não fez contrato por falta de tempo. Não percebeu movimentação
de pessoas no local.
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tráfico de drogas dizendo que sua função se limitava a abrir e fechar o portão. Disse que estava
trabalhando ali há mais ou menos quatro dias. Conhecia apenas o réu Fábio, de vista. Eduardo, o
interrogando sabia que morava no local; ele não abriu o portão para Eduardo porque ele tinha as
chaves. Contou que permanecia no fundo da cãs e quando chegava algum carro ele descia para
abrir. Já foi preso anteriormente. Está com 27 anos.
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Essa, em síntese, a prova oral colhida.
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estavam os réus João Vítor, Eduardo (proprietário da residência) e Fábio. Fábio e Eduardo
foram presos juntos na residência do vizinho e já haviam fugido pelos fundos. Neste local (fundos
da residência) estava João Vítor que também tentava escapar.
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509/512), bem como um caderno de anotação relacionados à contabilidade do tráfico como
confirmado pelo laudo pericial de fls. 513/515).
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as invetigações tiveram início por meio de uma "denúncia anônima", pois a atitude dos réus
geravam suspeitas.
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trabalhando todos na residência situada na Rua Antônio Pires dos santos, n.º 302, Pedreira,
buscando abastecer as "biqueiras" da região. Por esta razão, também serão condenados pelo delito
do artigo 35 da Lei 11.343/06.
Ante o exposto, os réus devem ser condenados pela prática dos crime de
tráfico de entorpecentes, com a causa de aumento prevista no artigo 40, inciso VI da Lei
11/343/06, bem como por associação ao tráfico de drogas.
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, pela elevada quantidade de drogas apreendidas, majoro a
pena inicial em 1/6, iniciando em 05 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 583 dias-
multa. Na segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da
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situação de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária1.
De outro lado, observo que o réu confessou o delito, aplicando-se também a atenuante da
menoridade relativa, retonando assim a pena ao mínimo legal observando que não pode ser
reduzida a patamar inferior (Súmula 231 do STJ). Na terceira fase, indevida a aplicação da causa
de diminuição a que se refere o art. 33, §4°, da Lei n°11.343/06, uma vez que, apesar de se tratar
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de réu primário, a elevada quantidade e diversidade das drogas, bem como a notória proximidade
do réu com o crime organizado indicando dedicação reiterada à traficância, afastam a concessão
do benefício redutor. De outro lado, incide a causa de aumento de pena prevista no art. 40, VI, da
Lei de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava acompanhado de pessoa
menor de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a esses critérios, fica a pena
do acusado estabelecida em 05 (cinco) anos, 10 (dez) meses de reclusão, e pagamento de 583
(quinhentos e oitenta e três) dias-multa.
1
Neste sentido: "Ação Penal Tráfico de Drogas Sentença condenatória Apreensão de crack, cocaína
e maconha - Autoria e materialidade comprovados Insurgência do réu quanto à dosimetria- Primeira fase
Pena-base fixada no mínimo legal, em observância aos art. 42 da Lei de Entorpecentes e ao art. 59 do
Código Penal (05 anos de reclusão e 500 dias-multa) Segunda fase Magistrado que considerou a
preponderância da agravante de reincidência específica sobre a confissão espontânea e, ainda, aumentou a
pena em razão da agravante prevista na alínea "j", II, do art. 61, CP, na fração de metade Respeitado o
entendimento do d sentenciante, tem-se que a agravante de reincidência específica não tem preponderância
sobre a atenuante de confissão espontânea Compensação devidamente realizada Agravante contida no
art. 61, II, alínea "j", CP, que não tem aplicação no caso Inexistência de relação de causalidade entre a
situação vivenciada no período de calamidade pública (Coronavírus) e a prática do tráfico de drogas A
exasperação da pena é devida quando o agente se aproveita de uma situação, para o cometimento do
crime, o que não ocorre na espécie Agravante afastada Terceira fase Redutor que não tem aplicação
na espécie Réu reincidente Regime fechado que fica mantido Recurso provido em parte para
redimensionar o quantum da reprimenda". (TJSP; Apelação Criminal 1508766-65.2020.8.26.0228;
Relator (a): Xisto Albarelli Rangel Neto; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Criminal; Foro Central
Criminal Barra Funda - 4ª Vara Criminal; Data do Julgamento: 21/09/2020; Data de Registro: 21/09/2020)
grifos nossos.
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Quanto ao crime do artigo 35, caput da Lei 11/343/06: Na primeira
fase, não havendo circunstancias judiciais desfavoráveis a serem consideradas, fixo a pena no
mínimo legal, iniciando em 03 anos de reclusão e pagamento de 700 dias-multa. Na segunda
fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da situação de calamidade
pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária. De outro lado, observo
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que aplica-se a atenuante da menoridade relativa, contudo, a pena não pode ser reduzida a
patamar inferior ao mínimo legal (Súmula 231 do STJ). Na terceira fase, não há causas de
aumento ou diminuição a serem consideradas, razão pela qual, fica a pena do acusado
definitivamente estabelecida em 03 (três) anos de reclusão e pagamento de 700 (setecentos)
dias-multa.
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, pela elevada quantidade de drogas apreendidas, majoro a
pena inicial em 1/6, iniciando em 05 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 583 dias-
multa. a segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da situação
de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária. De outro
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lado, observo que o réu confessou o delito, aplicando-se também a atenuante da menoridade
relativa, retornando assim a pena ao mínimo legal observando que não pode ser reduzida a
patamar inferior (Súmula 231 do STJ). Na terceira fase, indevida a aplicação da causa de
diminuição a que se refere o art. 33, §4°, da Lei n°11.343/06, uma vez que, apesar de se tratar de
réu primário, a elevada quantidade e diversidade das drogas, bem como a notória proximidade do
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réu com o crime organizado indicando dedicação reiterada à traficância, afastam a concessão do
benefício redutor. De outro lado, incide a causa de aumento de pena prevista no art. 40, VI, da Lei
de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava acompanhado de pessoa menor
de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a esses critérios, fica a pena do
acusado estabelecida em 05 (cinco) anos, 10 (dez) meses de reclusão, e pagamento de 583
(quinhentos e oitenta e três) dias-multa.
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A ausência de informações a respeito da situação econômica dos
acusados recomenda fixar o valor unitário dos dias-multa no mínimo legal de 1/30 do salário
mínimo vigente ao tempo da conduta.
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Réu ALAN BERTO DA SILVA:
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, pela elevada quantidade de drogas apreendidas, majoro a
pena inicial em 1/6, iniciando em 05 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 583 dias-
multa. Na segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da
situação de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária.
De outro lado, observo a presença da atenuante da confissão e da agravante da reincidência por
crime de roubo (fls. 187/188 e 456/461), razão pela qual faço a compensação, mantendo-se a pena
no mesmo patamar anterior. Na terceira fase, em razão da reincidência, deixo de aplicar o redutor
previsto no artigo 33, §4º da Lei 11/343/06. De outro lado, incide a causa de aumento de pena
prevista no art. 40, VI, da Lei de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava
acompanhado de pessoa menor de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a
esses critérios, fica a pena do acusado estabelecida em 06 (seis) anos, 09 (nove) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, e pagamento de 680 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa.
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aos delitos serão somadas com fundamento no artigo 69 do Código Penal, alcançando 10 (dez)
anos, 03 (três) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, e pagamento de 1496 (mil quatrocentos e
noventa e seis) dias-multa.
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a quantidade de pena imponho o regime inicial fechado para cumprimento da pena (art. 33, § 2º,
do CP).
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, pela elevada quantidade de drogas apreendidas, majoro a
pena inicial em 1/6, iniciando em 05 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 583 dias-
multa. Na segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da
situação de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária.
De outro lado, observo a presença da atenuante da confissão e da agravante da reincidência por
crime de roubo (fls. 189/190 e 463/466), razão pela qual faço a compensação, mantendo-se a pena
no mesmo patamar anterior. Na terceira fase, em razão da reincidência, deixo de aplicar o redutor
previsto no artigo 33, §4º da Lei 11/343/06. De outro lado, incide a causa de aumento de pena
prevista no art. 40, VI, da Lei de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava
acompanhado de pessoa menor de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a
esses critérios, fica a pena do acusado estabelecida em 06 (seis) anos, 09 (nove) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, e pagamento de 680 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa.
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mínimo legal, iniciando em 03 anos de reclusão e pagamento de 700 dias-multa. Na segunda
fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da situação de calamidade
pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária. Por sua vez, presente a
agravante da reincidência por crime de roubo (fls. 189/190 e 463/466), razão pela qual majoro a
pena do réu em 1/6, alcançando 03 anos e 06 meses de reclusão e pagamento de 816 dias-
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multa. Na terceira fase, não há causas de aumento ou diminuição a serem consideradas, razão
pela qual, fica a pena do acusado definitivamente estabelecida em 03 (três) anos e 06 (seis)
meses de reclusão e pagamento de 816 (oitocentos e dezesseis) dias-multa.
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, observo que o réu possui duas condenações anteriores, uma
apenas apta a gerar maus antecedentes. Além disso, em razão da elevada quantidade de drogas
apreendidas, a pena também deverá ser majorada com fundamento no artigo 42 da lei 11/343/06.
Assim, majoro a pena inicial em 1/5, iniciando em 06 anos de reclusão e pagamento de 600 dias-
multa. Na segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da
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situação de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária.
De outro lado, verifico que o réu é reincidente específico2 (com condenação anterior na 15ª Vara
Criminal – fls. 195/197, 474/480), razão pela qual majoro a pena em 1/5, alcançando 07 anos, 02
meses e 12 dias de reclusão e pagamento de 720 dias-multa. Observo que não há atenuantes a
serem consideradas. Na terceira fase, em razão da reincidência, deixo de aplicar o redutor previsto
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no artigo 33, §4º da Lei 11/343/06. De outro lado, incide a causa de aumento de pena prevista no
art. 40, VI, da Lei de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava acompanhado
de pessoa menor de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a esses critérios,
fica a pena do acusado estabelecida em 08 (oito) anos, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro)
de reclusão, e pagamento de 840 (oitocentos e quarenta) dias-multa.
2
Quanto à reincidência específica que autoriza majoração superior à 1/6, trago o seguinte julgado do TJSP:
"Apelação da Defesa Tráfico de Drogas Provas suficientes à condenação Materialidade e autoria
comprovadas Circunstâncias reveladoras do crime de tráfico de entorpecentes Apreensão de porções
de cocaína e de maconha em poder do réu Consistentes depoimentos dos policiais militares responsáveis
pela prisão Negativa de autoria não comprovada Fatores que, associados à prova produzida, levam à
conclusão de que os entorpecentes eram destinados ao consumo de terceiros Pena-base fixada no mínimo
legal Majoração da pena em 1/5 por conta da circunstância agravante da reincidência, de natureza
específica Inaplicabilidade do redutor previsto no artigo 33, § 4º, da Lei Antidrogas, ante a sua condição
de reincidente Regime inicial fechado mantido Necessidade de maior repressão ao tráfico de
entorpecentes Recurso de apelação desprovido". (TJSP; Apelação Criminal 1500600-27.2019.8.26.0536;
Relator (a): Cesar Augusto Andrade de Castro ; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Criminal; Foro de
Santos - 1ª Vara Criminal; Data do Julgamento: 10/01/2020; Data de Registro: 10/01/2020).
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1512919-44.2020.8.26.0228 e código A846B5E.
anos, 05 (cinco) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, e pagamento de 1792 (mil
setecentos e noventa e dois) dias-multa.
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do CP).
Quanto ao crime do artigo 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, ambos
da Lei 11/343/06: Na primeira fase, pela elevada quantidade de drogas apreendidas, majoro a
pena inicial em 1/6, iniciando em 05 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 583 dias-
multa. Na segunda fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da
situação de calamidade pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária.
De outro lado, observo a presença da atenuante da confissão e das agravantes de duas
reincidências por crimes de roubos (fls. 198/199 e 483/491), razão pela qual faço a compensação
parcial e a pena que seria majorada em 1/5 será em 1/6, alcançando 06 (seis) anos, 09 (nove)
meses e 20 (vinte) dias de reclusão, e pagamento de 680 (quinhentos e oitenta e três) dias-
multa. Na terceira fase, em razão da reincidência, deixo de aplicar o redutor previsto no artigo 33,
§4º da Lei 11/343/06. De outro lado, incide a causa de aumento de pena prevista no art. 40, VI, da
Lei de Drogas, pois há comprovação segura nos autos de que estava acompanhado de pessoa
menor de idade, sendo devido o aumento em 1/6 (um sexto). Atento a esses critérios, fica a pena
do acusado estabelecida em 07 (sete) anos, 11 (onze) meses e 08 (oito) dias de reclusão, e
pagamento de 793 (setecentos e noventa e três) dias-multa.
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fase, não havendo circunstancias judiciais desfavoráveis a serem consideradas, fixo a pena no
mínimo legal, iniciando em 03 anos de reclusão e pagamento de 700 dias-multa. Na segunda
fase, primeiramente, no caso dos autos, deixo de aplicar a agravante da situação de calamidade
pública por não haver relação entre os fatos e a situação extraordinária. De outro lado, observo a
presença de agravante, em razão de duas reincidências por crimes de roubos (fls. 198/199 e
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483/491), razão pela qual majoro a pena em 1/5, alcançando 03 (três) anos, 07 (sete) meses e 06
(seis) dias de reclusão, e pagamento de 952 (novecentos e cinquenta e dois) dias-multa. Na
terceira fase, não há causas de aumento ou diminuição a serem consideradas, razão pela qual, fica
a pena do acusado definitivamente estabelecida em 03 (três) anos, 07 (sete) meses e 06 (seis)
dias de reclusão, e pagamento de 952 (novecentos e cinquenta e dois) dias-multa.
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1. o réu NATHAN MARQUES DE ALMEIDA, pela prática dos
crimes previstos nos artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem
como no artigo 35, caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do
artigo 69 do Código Penal, à pena de 08 (oito) anos, 10 (dez) meses
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de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, e ao
pagamento de 1283 (mil duzentos e oitenta e três) dias-multa,
arbitrados unitariamente no mínimo legal.
2. FABIO LUIZ RAMOS DE LIMA, pela prática dos crimes
previstos nos artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem como
no artigo 35, caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do artigo 69
do Código Penal, à pena de 08 (oito) anos, 10 (dez) meses de
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, e ao
pagamento de 1283 (mil duzentos e oitenta e três) dias-multa,
arbitrados unitariamente no mínimo legal.
3. ALAN BERTO DA SILVA, pela prática dos crimes previstos nos
artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem como no artigo 35,
caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do artigo 69 do Código
Penal, à pena de 10 (dez) anos, 03 (três) meses e 20 (vinte) dias de
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, e ao
pagamento de 1496 (mil quatrocentos e noventa e seis) dias-
multa, arbitrados unitariamente no mínimo legal.
4. JOÃO VITOR DOS SANTOS NETO, pela prática dos crimes
previstos nos artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem como
no artigo 35, caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do artigo 69
do Código Penal, à pena de 10 (dez) anos, 03 (três) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado,
e ao pagamento de 1496 (mil quatrocentos e noventa e seis) dias-
multa, arbitrados unitariamente no mínimo legal.
5. EDUARDO HENRIQUE DA SILVA SOUZA, pela prática dos
crimes previstos nos artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem
como no artigo 35, caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do
artigo 69 do Código Penal, à pena de 12 (doze) anos, 05 (cinco)
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meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, a ser cumprida em
regime inicial fechado, e ao pagamento de 1792 (mil setecentos e
noventa e dois) dias-multa, arbitrados unitariamente no mínimo
legal.
6. JACKSON FELIPE FERREIRA VICENTE, pela prática dos
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crimes previstos nos artigos 33, caput, c/c artigo 40, inciso VI, bem
como no artigo 35, caput, todos da Lei nº 11.343/06, na forma do
artigo 69 do Código Penal, à pena de 11 (onze) anos, 06 (seis)
meses e 14 (catorze) dias de reclusão, a ser cumprida em regime
inicial fechado, e ao pagamento de 1745 (mil setecentos e
quarenta e cinco) dias-multa, arbitrados unitariamente no mínimo
legal.
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P.R.I.C.
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CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2021.0000498010
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1512919-44.2020.8.26.0228 e código 15E5237C.
ACÓRDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por REINALDO CINTRA TORRES DE CARVALHO, liberado nos autos em 28/06/2021 às 13:38 .
HENRIQUE DA SILVA SOUZA, NATHAN MARQUES DE ALMEIDA, JOÃO
VITOR DOS SANTOS NETO e FABIO LUIZ RAMOS DE LIMA, é apelado
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
REINALDO CINTRA
Relator(a)
Assinatura Eletrônica
fls. 1231
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1512919-44.2020.8.26.0228 e código 15E5237C.
Apelação nº 1512919-44.2020.8.26.0228
Comarca: São Paulo
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Apelantes: Alan Berto da Silva, Jackson Felipe Ferreira Vicente,
Eduardo Henrique da Silva Souza, Nathan Marques de Almeida, João
Vitor dos Santos Neto, Fabio Luiz Ramos de Lima
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo
Voto nº 17519
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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inicial fechado, além do pagamento de 1.496 (um mil quatrocentos e noventa e seis)
dias-multa; a NATAN e FÁBIO as penas totais de 08 (oito) anos e 10 (dez) meses de
reclusão, em regime inicial fechado, além do pagamento de 1.283 (um mil duzentos e
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oitenta e três dias multa); a EDUARDO a pena total de 12 (doze) anos, 05 (cinco)
meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, em regime inicial fechado, além do
pagamento de 1.792 (um mil setecentos e noventa e dois) dias-multa; e a JACKSON
a pena total de 11 (onze) anos, 06 (seis) meses e 14 (catorze) dias de reclusão, em
regime inicial fechado, além do pagamento de 1.745 (um mil setecentos e quarenta e
cinco) dias-multa.
PODER JUDICIÁRIO
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por restritiva de direitos.
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desclassificação de suas condutas para o tipo do art. 37 da Lei Antidrogas, a
aplicação da atenuante da confissão quanto ao delito do art. 35 da Lei Antidrogas ou
ao menos a incidência da redutora do §4º do art. 33 do mesmo Diploma.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
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Realizaram campana nas imediações e avistaram movimentação suspeita (entrada e
saída de três automóveis).
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Em dado momento os policiais realizaram cerco, impedindo a
saída dos automóveis e ingressando no imóvel, instante em que surpreenderam
JACKSON e ALAN na garagem da casa JACKSON dirigia-se para abrir o portão
e ALAN preparava-se para sair na condução de um automóvel.
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conforme ficará claro quando da análise da prova oral colhida em juízo, os policiais
agiram, ao entrarem na casa em que se deu o flagrante, sob fundada razão, após
denúncia anônima e realização de campana prévia, o que indica ausência de
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arbitrariedade quando do ingresso na residência em que ocorria o crime permanente.
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três veículos que estavam estacionados na garagem ou na rua, na proximidade da
casa.
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O policial DIEGO DIAS VIDAL apresentou relato
semelhante, acrescentando que a constante vigilância realizada na varanda da casa foi
grande indicativo de que a denúncia anônima acerca do tráfico era idônea.
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desqualificá-lo pelo só fato de emanar de agentes estatais
incumbidos, por dever de ofício, da repressão penal. O
depoimento testemunhal do agente policial somente não
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terá valor, quando se evidenciar que esse servidor do
Estado, por revelar interesse particular na investigação
penal, age facciosamente ou quando se demonstrar - tal
como ocorre com as demais testemunhas - que as suas
declarações não encontram suporte e nem se harmonizam
com outros elementos probatórios idôneos." (HC 74.608-0,
Rel. Min. Celso de Mello, j. 18.2.97).
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que sua função se limitava a atuar como porteiro da casa, há cerca de quatro dias.
Evidente que faltam com a verdade, haja vista que não seriam
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necessários três olheiros e um porteiro na mesma casa. Resta claro que suas funções
iam além de vigias ou porteiro, em trama organizada e articulada, envolvendo fundos
falsos de veículos e elevada quantidade de entorpecentes.
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Polícia.
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O quadro fático muito bem traçado após a análise da prova
pericial e oral não deixa dúvidas de que havia um esquema organizado, não eventual,
relacionado à venda de drogas, havendo divisão de tarefas entre os agentes.
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Neste ponto, afasto os pleitos de desclassificação para o tipo
penal previsto no art. 37, da Lei Antidrogas, o qual somente se configura quando “a
conduta do agente se limita ao repasse de informações ao grupo, organização ou
associação”, sendo certo que o agente “não poderá ter nenhum tipo de relação ou
envolvimento mais profundo” (César Dario Mariano da Silva, Lei de Drogas
Comentada, APMP, p. 128).
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Deixo de acolher o pleito de reconhecimento das confissões
quanto ao delito de associação para o tráfico haja vista que conforme exposto
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nenhum dos réus assumiu a existência de estrutura organizada destinada a mercancia
de drogas e, ao contrário, disseram que mal se conheciam e que estavam atuando na
atividade ilícita há dois, três ou quatro dias.
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Já no que tange a JACKSON, bem ponderadas a
multirreincidência e a confissão, tendo havido aumento de 1/6 (um sexto) da pena,
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cabendo lembrar que a compensação integral entre as causas mencionadas não é
possível quando se está diante de multirreincidente.
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mérito, NEGA-SE PROVIMENTO às apelações de ALAN BERTO DA SILVA,
JACKSON FELIPE FERREIRA VICENTE, EDUARDO HENRIQUE DA
SILVA SOUZA, NATHAN MARQUES DE ALMEIDA, JOÃO VITOR DOS
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SANTOS NETO e FABIO LUIZ RAMOS DE LIMA, mantendo-se integralmente
a r. sentença recorrida como posta.
Reinaldo Cintra
Relator