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Unidade IV

Unidade IV
Abordaremos o complexo da articulação temporomandibular (ATM) através de sua anatomia e
biomecânica, além da inspeção e palpação de algumas estruturas ósseas e de tecidos moles.

Também falaremos sobre a coluna vertebral, apresentando uma descrição geral dessa
articulação e, depois, mais especificamente, dos movimentos e da musculatura da coluna cervical,
torácica e lombar.

Vamos ressaltar a importância de alguns testes utilizados, como o teste dos miótomos e a
palpação para a identificação de pontos‑gatilhos ou alterações de sensibilidade. Por último,
discutiremos a avaliação postural, utilizando como referência a posição anatômica e os eixos e
planos de movimentos.

7 COMPLEXO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

7.1 Descrição

Anatomia e biomecânica

A articulação temporomandibular (ATM) está inserida em um complexo denominado de sistema


estomatognático, que comporta subsistemas como a fala, a mastigação, o sistema respiratório e a
deglutição (BIASOTTO‑GONZALEZ, 2005). Sua complexidade vai além: em razão do íntimo relacionamento
com a coluna cervical através dos componentes estruturais que influenciam direta e indiretamente a
postura mandibular, devemos considerar a participação estrutural e mecânica da cabeça e do pescoço
(NEUMANN, 2015).

A ATM é uma articulação do tipo sinovial, condiliano e gínglimo, que corresponde às estruturas entre
a fossa articular do osso temporal bilateralmente e os côndilos mandibulares. É, ainda, uma articulação
interdependente. Uma em cada lado da mandíbula deve ser considerada em conjunto em qualquer tipo
de observação. Entre suas estruturas ósseas, há o disco intra‑articular, que divide completamente suas
cavidades. Seu revestimento é diferenciado, de fibrocartilagem, com discreto poder de reparo, e não de
cartilagem hialina (MAGEE, 2006).

Os estabilizadores estáticos são os ligamentos que se encontram nas paredes laterais da articulação
e sua cápsula articular, que possui maior mobilidade em sua porção anterior e posterior e maior poder
estabilizador em sua porção laterolateral. Além disso, a cápsula oferece uma pressão negativa de empuxo
que também favorece a estabilidade dessa articulação (NEUMANN, 2015).

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Observação

Pelo fato de a ATM estar inserida em um conjunto de subsistemas, vale


lembrar que a avaliação das disfunções temporomandibulares, bem como o
tratamento específico vigente, pode agregar uma equipe multiprofissional
para uma avaliação mais específica e criteriosa.

As articulações em conjunto realizam, principalmente, movimentos para a direção anterior (abertura)


e em menor proporção para os lados (lateralidades). Durante o movimento de abertura da boca, ocorrem
a translação e a rotação dos côndilos na fossa. A proporção em mm para a amplitude desses movimentos
é de 4 x 1; a cada 4 mm de abertura, temos 1 mm de lateralidade.

As articulações são inervadas pelo nervo mandibular, mais precisamente por seu ramo
auriculotemporal. O disco, por sua vez, não possui inervação e vascularização em sua zona
intermediária, somente em sua periferia.

Para os movimentos e como estabilizadores dinâmicos, é de grande valia a sinergia dos músculos da
cabeça e também do pescoço.

Existe uma íntima relação dessas articulações com a coluna cervical e o complexo do ombro. Isso é
resultado das estruturas musculares biarticulares que cruzam essas estruturas e possuem funções em
comum. Por esse motivo, a avaliação e a inspeção da ATM devem ocorrer em conjunto com a observação
e a avaliação clínica dessas outras estruturas (BIASOTTO‑GONZALEZ, 2005).

Saiba mais

Estudos recentes mostram a associação das disfunções


temporomandibulares com as condições de cefaleias e os fatores
psicossociais. Para maior suporte do avaliador, existem questionários
que podem auxiliar o clínico e facilitar a observação da influência dessas
alterações nos pacientes.

Para conhecer mais detalhes desses estudos, sugerimos a leitura do


texto a seguir:

PELICIOLI, M. et al. Physiotherapeutic treatment in temporomandibular


disorders. Revista Dor, v. 18, n. 4, out./dez. 2017.

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7.2 Exame físico

A seguir, detalharemos o exame físico.

Em posição de repouso, considerar a boca discretamente aberta. Os lábios ficam próximos um do


outro, e os dentes não estão em contato:

Figura 137

Em congruência máxima, os dentes se encontram cerrados:

Figura 138

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

O padrão capsular corresponde à limitação da abertura bucal em amplitude máxima:

Figura 139

7.2.1 Geral

Veremos a seguir os aspectos analisados no exame físico.

Inspeção e observação

• Marcadores anatômicos:

— osso frontal;

— osso temporal;

— osso parietal;

— occipital;

— zigomático;

— maxilar;

— mandíbula;

— côndilo;

— nasal.

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Palpação

• Estruturas ósseas:

— Mandíbula:

– Côndilos: os côndilos são palpados de forma simultânea bilateralmente. Para ter certeza do
posicionamento, pode‑se solicitar ao paciente que realize leve abertura e fechamento da
boca. Nesse movimento, o terapeuta sentirá o deslizamento dos côndilos em seus dedos.

– Colo: o colo se encontra exatamente inferior ao côndilo e também é palpado bilateralmente.

– Ramo: seguindo para o ângulo, o examinador será capaz de sentir toda a extensão dos
ramos mandibulares.

– Ângulo: os ângulos são as porções mais inferiores da mandíbula. Apontam para o mento,
formando com os ramos uma angulação de 90 graus.

– Mento: o mento é a porção mais anterior e proeminente da mandíbula. Corresponde ao


término da palpação óssea desse osso, que é o mento.

— Zigomático:

– Arco zigomático: o arco zigomático é palpado bilateralmente na região superior das


bochechas. Observa‑se, aqui, a origem proximal do músculo masseter.

— Hioide: está localizado na região superior da coluna cervical em sua porção anterior. O osso
hioide não está articulado a nenhum outro osso; sua estabilidade, no entanto, se dá apenas
por tecidos moles, como músculos e ligamentos. Pode ser testada sua mobilidade laterolateral
através de uma pegada em pinça com o dedo polegar e médio.

— Osso temporal: osso fino que recobre lateralmente a calota craniana. Possui três porções
distintas: escamosa, petrosa e timpânica.

— Osso frontal: palpacão superior às sobrancelhas até a face mais anterior do couro cabeludo.

— Ossos parietais: direito e esquerdo; pode‑se averiguar discrepâncias nas alturas através
da sutura.

— Osso occipital: porção mais posterior da cabeça. Nessa região, é possível observar alterações
dos músculos curtos de pequeno braço de alavanca, que correspondem à cervical superior.

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Articulação temporomandibular

A figura a seguir apresenta a palpação lateral e posterior:

Figura 140 – Palpação lateral e posterior

• Tecidos moles:

— Músculo masseter: a palpação desse músculo deve acompanhar o trajeto desde sua origem
proximal no arco do osso zigomático, seguindo na direção de suas fibras, até sua inserção distal
no corpo da mandíbula.

Figura 141 – Palpação do músculo masseter

— Músculo temporal: este é um músculo penado com origem proximal vasta na fossa do osso
temporal. A direção de suas fibras se estendem para a região dos processos coronoides da mandíbula.
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Figura 142 – Palpação do músculo temporal

— Músculo pterigoideo medial: os pterigoideos mediais estão inferiores aos masseteres com
inserção na face posterior do ângulo da mandíbula.

Figura 143 – Palpação do músculo pterigoideo medial

— Músculos supra‑hioideos: os músculos supra‑hioideos se encontram entre a porção inferior


da mandíbula e superior do osso hioide. São eles, respectivamente:

– digástrico;

– estilo‑hioideo;

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

– milo‑hioideo;

– gênio‑hioideo.

Alça fibrosa para o tendão


digástrico intermediário Músculo digástrico (ventre anterior)
Músculo masseter
Músculo milo-hioideo
Glândula parótida
Glândula submandibular
Platisma (removido)
Músculo estilo-hioideo
Processo mastoide
Músculo digástrico
Osso hioide (ventre posterior)
Veia jugular interna
Bainha carotídea
Fáscia dos músculos Artéria carótida externa
infra-hioideos Músculo tíreo-hioideo
Cartilagem tireoide
Ventre superior do músculo
Cartilagem cricoide omo-hioideo (intacto)
Fáscia cervical superficial Músculos esterno-
(recobrindo) e margem hioideo (intacto)
seccionada
Músculos escalenos
Fáscia visceral Músculo trapézio
(pré-traqueal) sobre
a glândula tireoide Clavícula
e traqueia
Músculo deltoide
Músculo esternotireoideo
Ventre inferior do
Espaço supra-esternal músculo omo-hioideo
(de Burns)
Incisura jugular Músculo peitoral maior
Manúbrio esternal Cabeça clavicular do músculo
Cabeça esternal do músculo esternocleidomastoideo esternocleidomastoideo

Figura 144 – Músculos da região anterior do pescoço

Movimentos ativos

Os movimentos ativos devem ser solicitados para inspeção.

Dá‑se o comando verbal para que o paciente realize de forma ativa os movimentos de abertura e
fechamento, a lateralização direita e esquerda, a protusão e a retração.

O avaliador observa se há assimetrias entre os lados, restrição e qualidade dos movimentos analisados
e presença de desconforto, estalido ou dor.

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A)

B)

Figura 145 – Avaliação da abertura da boca com paquímetro (A) e régua (B)

Para mensurar as amplitudes ativas da articulação temporomandibular, pode‑se utilizar régua ou


paquímetro. As amplitudes são avaliadas em milímetros.

• Abertura: como padrão de normalidade, considera‑se arco de movimento de 40‑45 mm.

• Lateralidade E e D: para os movimentos de lateralidade, consideramos a relação de 4 para 1,


sendo a cada 4 mm de abertura 1 mm de lateralidade.

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Figura 146 – Avaliação da lateralidade

• Protusão: o paciente projeta para anterior a mandíbula. A mensuração é realizada em milímetros,


e o movimento é realizado através da ação simultânea dos pterigoideos.

Figura 147 – Avaliação da protusão

• Retração: o paciente projeta para posterior a mandíbula. A mensuração é realizada em milímetros,


e o movimento acontece através da ação simultânea dos músculos temporais bilateralmente.

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Figura 148 – Avaliação da retração

Para correção das medidas, consideramos o alinhamento dos incisivos centrais a fim de observar
as diferenças estruturais. As correções de overbite e overjet mensuram estaticamente as coberturas
estruturais. Overbite para a distância em mm que o incisivo superior cobre o inferior, e overjet para
a distância dos incisivos em uma relação de distância anteroposterior, observando o transpasse
quanto à profundidade.

Figura 149 – Avaliação do overbite e overjet

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7.3 Avaliação clínica

Veremos a seguir como é realizada a avaliação da força muscular.

Músculos masseter, temporal e pterigoideo medial

A figura a seguir demonstra a avaliação dos músculos masseter, temporal e pterigoideo medial:

Figura 150 – Avaliação do grupo muscular: masseter, temporal e pterigoideo medial

Pterigoideo lateral

Veja agora como é feita a avaliação do músculo pterigoideo lateral:

Figura 151 – Avaliação do músculo pterigoideo lateral

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Músculos supra‑hioideos

A seguir, a figura demonstra como é feita a avaliação do grupo muscular supra‑hioideo:

Figura 152 – Avaliação do grupo muscular supra‑hioideo

Ausculta articular

É necessário observar o comprometimento intra‑articular, como estalidos e crepitações.

Figura 153 – Avaliação da ausculta articular da ATM

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Músculos periarticulares

A figura a seguir mostra um algômetro/dinamômetro de pressão para mensuração em Nm da


sensibilidade dos músculos periarticulares

Figura 154 – Instrumento de avaliação: algômetro

Mobilidade

Durante os movimentos, podemos observar as simetrias estruturais e dinâmicas. É necessário visualizar


se ocorre o posicionamento centralizado e alinhado dos incisivos mediais em repouso. Essa é a condição
que utilizamos como linha de base para observar as assimetrias encontradas durante os movimentos.

Os desvios observados durante os movimentos ativos são descritos como desvio e deflexão. Caracterizamos
como desvios as assimetrias observadas durante o movimento de abertura, no qual o indivíduo apresenta um
desvio em formato de “S”. Ao término da abertura da boca, é possível observar novamente o alinhamento dos
incisivos. Esse padrão de movimento nos mostra possíveis alterações unilaterais dos discos intra‑articulares.

Para o padrão de abertura em deflexão, observamos, ao término do movimento de abertura, que


o mento do paciente (centro do osso da mandíbula) tende a apontar para um dos lados. Esse padrão
também caracteriza possíveis disfunções unilaterais da articulação temporomandibular.

7.4 Testes especiais

São considerados testes especiais:

• Sinal de Chvostek: consiste no espasmo dos músculos periarticulares da articulação


temporomandibular. O clínico realiza uma percussão leve na região periauricular do nervo facial.
Esse sinal está presente em até 10% dos indivíduos normais.

• Teste para sinovite: através da pegada do polegar nos molares, é realizada uma pressão para a
direção posterior.

• Teste para capsulite: através da pegada do polegar nos molares, é realizada uma pressão para a
direção lateral aos molares.
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• Teste para tendinopatia: através da pegada do polegar nos molares, o clínico realiza uma pressão
para a direção anterior.

Observação

Os testes especiais devem ser utilizados para aumentar a confiabilidade


do avaliador para a hipótese diagnóstica. Deve‑se considerar o raciocínio
clínico a partir da observação da história diagnosticada do paciente, bem
como dos movimentos ativos e passivos avaliados.

8 COLUNA VERTEBRAL

8.1 Descrição geral sobre a articulação

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, sendo sete na região cervical, 12 na região torácica,
cinco na região lombar, cinco na região sacral e quatro que formam o cóccix.

No geral, cada vértebra é formada por um corpo vertebral, dois processos transversos laterais, um
processo espinhoso posterior, facetas articulares superiores e inferiores e o orifício vertebral.

No entanto, para cada região da coluna vertebral, suas vértebras têm características próprias. Na
região cervical, suas duas primeiras vértebras, por exemplo, atlas e áxis, localizadas logo abaixo da base
do crânio, possuem características diferenciadas do restante das vértebras cervicais.

Vista anterior Vista lateral Vista posterior


esquerda
Atlas (C1) Atlas (C1)
Áxis (C2) Áxis (C2) Vértebras
cervicais
C7 C7
T1 T1

Vértebras
torácicas

T12 T12
L1 L1
Vértebras
lombares
L5 L5

Sacro (S1-5)
Sacro (S1-5) Sacro (S1-5)
Cóccix Cóccix Cóccix

Figura 155 – Imagem ilustrativa da coluna vertebral

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Corpo vertebral

Forame vertebral

Pedículo

Processo transverso Processo acessório

Processo articular superior

Processo mamilar
Lâmina Processo espinhoso

Figura 156 – Imagem ilustrativa da 2º vértebra lombar (vista superior)

As articulações da coluna vertebral são de dois tipos (sem contar as articulações especiais): diartroses
e anfiartroses.

As diartroses são as articulações caracterizadas como juntas verdadeiras. Possuem superfície


cartilaginosa, cápsula e líquido sinovial. São formadas pelas facetas articulares das vértebras e
articulações costovertebrais nas costelas.

As anfiartroses não são especificamente articulações, mas permitem movimento, não possuem
líquido sinovial e são semimóveis – os discos vertebrais e as junções ligamentares, por exemplo.

Entre cada vértebra, em toda a extensão da coluna vertebral, existe o disco intervertebral. O disco
é peça fundamental para a funcionalidade da coluna vertebral. Além de agir como um dissipador de
energia, evitando sobrecarga direta sobre a articulação, permite, junto com todo o complexo ligamentar,
mobilidade suficiente para que a coluna seja ao mesmo tempo funcional e estável.

Os discos, formados pelo ânulo fibroso, pelo núcleo pulposo e pela placa terminal, também possuem
características diferentes em cada região da coluna vertebral. Por exemplo: na região cervical e lombar,
os discos assumem uma forma com altura maior na sua parte anterior e, na região torácica, ligeiramente
maior em sua parte posterior. Dessa forma, a coluna vertebral assume sua forma lordótica cervical e
lombar e cifótica na região torácica.

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Unidade IV

São quatro curvaturas


na coluna vertebral
Curvatura
cervical

Curvatura
torácica

Curvatura
lombar

Curvatura
sacral

Figura 157 – Imagem ilustrativa das curvaturas da coluna vertebral

Considerando toda a anatomia e a forma dos discos intervertebrais, ele executa papel importante no
carregamento e na distribuição das cargas compressivas.

Mucopolissacarídeos; 70/90% água.


Maior e mais hidratado L e C.
Hidrata e desidrata
30-50% área de secção transversa

Núcleo Corpo
Bandas vertebral Posterior AF
pulposo concêntricas
(NP)
NP
Disco
intervertebral
Placa terminal:
cartilagem, osso
subcondral Posterior
Anterior Anel Corpo
fibroso Anterior
vertebral
(AF)

Tecido fibroso; bandas concêntricas de 30 graus.


Inseridas na parte óssea – Fibras de Sharpey.
Colágeno I - periferia / Colágenos II - centro

Figura 158 – Figura ilustrativa do disco vertebral

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Coluna torácica

Quando avaliamos a coluna torácica, devemos ter em mente que essa é a região da coluna mais
rígida porque é composta, em quase toda a sua extensão, pelo gradil costal, criando uma proteção
importante para os nossos órgãos vitais, como coração e pulmão.

As 12 vértebras torácicas são maiores que as vértebras cervicais e menores que as vértebras
lombares. Possuem processos transversos maiores e duas facetas articulares que se ligam às costelas,
formando as articulações costovertebrais (costelas e corpo vertebral), as articulações costotransversais
(costelas e processos transversos), as articulações costocondrais (costelas e cartilagem costal) e as
articulações esternocostais.

Quanto mais inferior analisamos os processos transversos, mais se nota uma perpendicularidade, até
que se assemelhem às vértebras lombares.

Figura 159

Coluna lombar

O segmento lombar da coluna vertebral, devido à sua localização, exerce papel muito importante
para a funcionalidade do corpo como um todo. É esse segmento que dá a base necessária para toda a
parte superior do tronco e os membros superiores exercerem suas funções, além de dar estabilidade e
movimento para todo o membro inferior, transmitindo e absorvendo carga. Portanto, deve ser estável o
suficiente para suportar todo o tronco e permitir mobilidade suficiente para que o corpo seja funcional.

Possuímos cinco vértebras lombares, que são as maiores de toda a coluna vertebral. Suas facetas
articulares são perpendiculares, e as lâminas são amplas.

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Unidade IV

Ainda em relação à sua localização, pela proximidade com articulações adjacentes, como quadril e
sacroilíaca, o examinador deve, sempre que avaliar esse segmento da coluna vertebral, atentar‑se para
essas articulações.

Figura 160 - Vétebra lombar (vista superior) e temporal (vista lateral)

8.2 Músculos da coluna vertebral

A musculatura que atua diretamente na coluna vertebral está, em sua maior parte, localizada no
tronco. É responsável por realizar movimentos fundamentais para a funcionalidade do corpo humano:
flexão; extensão; flexão para direita e esquerda; rotação para direita e esquerda e circundução.

Além disso, essa musculatura também é responsável por manter a postura ereta, respondendo a todo
momento à ação da gravidade através da musculatura antigravitacional.

Músculos menores, que possuem sua origem ou inserção diretamente nas vértebras, fazem com que
estas se mantenham unidas, exercendo, assim, papel importante na estabilidade da articulação.

Possuímos, também, músculos que não estão diretamente ligados à coluna, mas que estão diretamente
ligados à sua movimentação – por exemplo, a musculatura abdominal e os músculos da região pélvica.

8.3 Cervical

Exame físico

Para iniciar a avaliação da coluna cervical, o paciente pode estar sentado ou em pé e deve estar
devidamente despido, de maneira que o avaliador consiga avaliar a cintura escapular, as vértebras
torácicas, a coluna cervical e a cabeça.

O primeiro aspecto a ser observado deve ser a posição da cabeça e do pescoço: se há sinais de
torcicolo, se o paciente apresenta um aumento da lordose cervical ou se há uma projeção anterior
da cabeça.

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

A) B) C)

Figura 161 – Vista anterior, posterior e lateral da cervical

Outro aspecto importante a se observar é o alinhamento dos ombros, que, se assimétricos, podem
indicar contratura ou espasmo muscular na região de trapézio superior ou do músculo elevador da
escápula. Devemos lembrar que é comum o membro dominante do paciente ter o ombro levemente
mais elevado.

Movimentos ativos

Durante a avaliação dos movimentos ativos da coluna cervical, o avaliador deve posicionar o paciente
em sedestação. Os movimentos ativos a serem realizados são a flexão (80 a 90º), a extensão (70º), a
flexão lateral para direita e esquerda (20 a 45º) e a rotação para direita e esquerda (70 a 90º).

Já os movimentos passivos podem ser realizados – com o paciente em decúbito dorsal – pelo examinador
quando o paciente apresentar alguma amplitude de movimento incompleta, a fim de determinar o end
feel do movimento, ou seja, a sensação ao final do arco de movimento, para tentar determinar se a
limitação está acontecendo por um bloqueio ósseo, estrutural ou por questões relacionadas ao tecido
mole. Para determinar o end feel, o examinador deve realizar passivamente o movimento desejado e, ao
final, observar se a resistência para o ganho final da amplitude apresenta uma sensação mais rígida ou
se apresenta uma limitação que, passivamente forçada, cede ao movimento.

Ainda durante o teste dos movimentos passivos, o examinador pode conseguir identificar a presença
de um padrão capsular, que acontece quando existe uma limitação na amplitude de movimento para
flexão lateral e rotação com uma extensão sem limitação.

147
Unidade IV

A) B)

C) D)

Figura 162 – Movimentos ativos da coluna cervical

Observação

Para a articulação atlanto‑occipital, observaremos, no início do arco de


movimento de flexo‑extensão, as alterações pela queixa clínica do paciente.
Quanto mais amplo é o movimento, mais níveis inferiores participam do
arco. O mesmo pode ser considerado para os movimentos rotacionais.
148
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Quadro 9 – Dermátomos

Ação Músculos Raiz nervosa


Flexão anterior da cabeça Reto anterior da cabeça C1‑C2
Reto lateral da cabeça C1‑C2
C1‑C3
Longo da cabeça
Nervo alveolar inferior
Músculos hioideos Nervo facial
Oblíquo superior da cabeça Nervo hipoglosso
Esternocleidomastoideo Alça cervical
C1
Acessório
C2
Extensão da cabeça Esplênio da cabeça C4‑C6
Semiespinal da cabeça C1‑C8
C6‑C8
Longuíssimo da cabeça
C6‑C8
Espinal da cabeça Acessório
Trapézio C3‑C4
Reto menor posterior da cabeça C1
C1
Reto maior posterior da cabeça
C1
Oblíquo superior da cabeça C1
Oblíquo inferior da cabeça Acessório
Esternocleidomastoideo C2
Flexão lateral da cabeça Trapézio Acessório
Esplênio da cabeça C3‑C4
C4‑C6
Longuíssimo da cabeça
C6‑C8
Semiespinal da cabeça C1‑C8
Oblíquo inferior da cabeça C1
Reto lateral da cabeça C1‑C2
C1‑C3
Longo da cabeça
Acessório
Esternocleidomastoideo C2
Rotação da cabeça Trapézio Acessório
Esplênio da cabeça C3, C4
C4‑C6
Longuíssimo da cabeça
C6‑C8
Semiespinal da cabeça C1‑C8
Oblíquo inferior da cabeça C1
Esternocleidomastoideo Acessório
C2

Flexão do pescoço Longo do pescoço C2‑C6


Escaleno anterior C4‑C6
C3‑C8
Escaleno médio
C6‑C8
Escaleno posterior

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Unidade IV

Ação Músculos Raiz nervosa


Extensão do pescoço Esplênio do pescoço C6‑C8
Semiespinal do pescoço C1‑C8
C6‑C8
Longuíssimo do pescoço
C3‑C4
Levantador da escápula Escapular dorsal
Iliocostais cervicais C6‑C8
Espinais do pescoço C6‑C8
C1‑C8
Multífido
C1‑C8
Interespinais do pescoço Acessório
Trapézio C3‑C4
Reto maior posterior da cabeça C1
Rotadores curtos C1‑C8

Rotadores longos
Flexão lateral do pescoço Levantador da escápula C1‑C8
Esplênio do pescoço Escapular dorsal
C4‑C6
Iliocostais do pescoço
C6‑C8
Longuíssimo do pescoço C6‑C8
Semiespinal do pescoço C1‑C8
Multífido C1‑C8
C1‑C8
Intertransversos
C3‑C8
Escalenos Acessório
Esternocleidomastoideo C2
Oblíquo inferior da cabeça C1
Rotadores curtos C1‑C8
C1‑C8
Rotadores longos
C2‑C6
Longo do pescoço
Rotação do pescoço Levantador da escápula C3‑C4
Esplênio do pescoço Escapular dorsal
C4‑C6
Iliocostais do pescoço
C6‑C8
Longuíssimo do pescoço C6‑C8
Semiespinal C1‑C8
Multífido C1‑C8
C1‑C8
Intertransversos
C3‑C8
Escalenos Acessório
Esternocleidomastoideo C2
Obliquo inferior da cabeça C1
Rotadores curtos C1‑C8
C1‑C8
Rotadores longos

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SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Quadro 10 – Miótomos

Raiz nervosa Ação do teste Músculos

Reto lateral, reto anterior


da cabeça, longo da
C1‑C2 Flexão do pescoço cabeça, longo do pescoço,
esternocleidomastoideo.
Longo da cabeça e pescoço,
C3 Flexão lateral do pescoço trapézio, escaleno médio.
Diafragma, trapézio,
C4 Elevação do ombro levantador da escápula,
escaleno anterior e médio.
Romboides maior e menor,
deltoide, supra‑espinal,
C5 Abdução do ombro infra‑espinal, redondo
menor, bíceps, escalenos
anterior e médio.
Serrátil anterior, latíssimo
do dorso, infra‑escapular,
redondo maior,
peitoral maior, bíceps,
Flexão do cotovelo e
C6 coracobraquial, braquial,
extensão do punho braquiorradial, supinador,
extensor radial longo do
carpo, escalenos anterior,
médio e posterior.
Peitoral maior e menor,
tríceps, flexor superficial e
profundo dos dedos, flexor
longo do polegar, pronador
quadrado, flexor ulnar do
carpo, abdutor longo do
Extensão do polegar e
C7 polegar, extensor longo e
desvio ulnar curto do polegar, extensor
do dedo indicador, abdutor
curto do polegar, flexor
curto do polegar, oponente
do polegar, escalenos médio
e posterior.
Flexor profundo dos dedos,
músculos intrínsecos da
T1 Intrínsecos da mão mão, flexor curto do polegar,
oponente do polegar.

Teste dos miótomos

Para descartar uma possível lesão neurológica, o examinador deve realizar a avaliação dos miótomos
cervicais. Para isso, são realizados testes de contração isométrica resistida.

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Unidade IV

A) B)

C) D)

E) F)

G) H)

Figura 163 – Avaliação dos miótomos

152
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Lembrete

Para comprometimento de raízes nervosas, o clínico pode utilizar


como base as alterações encontradas em dermátomos e miótomos
especificamente para identificar a qual nível correspondem os sintomas
do paciente.

Palpação

Durante a palpação da coluna cervical, o examinador deve se atentar à presença de pontos‑gatilhos,


alteração de sensibilidade, espasmos musculares e outros sinais que podem indicar alguma patologia.

Começando com o paciente em decúbito ventral, na região posterior da coluna cervical, a primeira
estrutura a ser palpada é a protuberância occipital externa. O examinador palpa a região posterior e
inferior do crânio na linha média e move os dedos distalmente até encontrar um gap. A parte óssea
encontrada anteriormente ao gap é a protuberância occipital externa.

Ainda posteriormente, o examinador pode palpar os processos espinhosos e as facetas articulares das
vértebras cervicais. O primeiro processo espinhoso mais evidente a ser palpado é o de C2. Escorregando
os dedos posteriormente, podemos palpar o processo espinho de C1, menos evidente. Outro ponto
importante durante a palpação dos processos espinhosos é que, para localizar e diferenciar a vértebra
C6 de C7, o examinador pode realizar a flexão e a extensão passiva, observando, dessa maneira, que a
vértebra C6 será aquela que se move enquanto a C7 permanece imóvel.

Partindo para a região lateral da coluna cervical, todos os processos transversos podem ser
palpados; dessa vez, o da vértebra C1 é o mais evidente. Para identificá‑lo, o examinador deve localizar
o processo mastoide (abaixo e atrás do lobo da orelha), escorregar os dedos para baixo e um pouco
para a frente, até achar uma região mais dura. Ao pressionar essa região, ele encontrará o precoce
transverso de C1. Para localizar os outros processos transversos, o examinador deve lembrar a forma
lordótica da coluna cervical e que os demais processos transversos podem ser identificados mais
anteriormente a partir de C1.

Na região anterior, podemos palpar o osso hioide, que se localiza anteriormente às vértebras C2 e C3;
a cartilagem tireoide, que se localiza anteriormente às vértebras C4 e C5; e a cartilagem cricoide, que se
move durante a deglutição do paciente.

153
Unidade IV

Osso hioide
Cartilagem tireoide
Primeiro anel da cartilagem cricoide
Mandíbula
Processo transverso
de C1

Processo mastoide
Articulação facetária Tubérculo carotídeo

Processo espinhoso
C1
C5
Protuberância C2 C3 C4 C7
occipital externa C6

Figura 164 – Imagem ilustrativa das vértebras cervicais

Observação

Os chamados tender points apresentam dor pontual no ponto de


pressão aplicado pelo clínico. Já os trigger points apresentam dor irradiada
para outra parte do corpo mediante pressão aplicada no ventre muscular
do músculo.

Medida do corpo e das partes: goniometria e perimetria

Para avaliação das amplitudes de movimento, podemos utilizar o goniômetro ou o inclinômetro.

As medidas são adquiridas em graus. Para utilização do goniômetro, o braço fixo deve permanecer
no eixo articular, e o braço móvel deve acompanhar o segmento que está sendo avaliado.

A) B) C) D)

Figura 165 – A) Mensuração da amplitude do movimento de flexão; B) mensuração do movimento de


extensão da coluna cervical; C) mensuração dos movimentos rotacionais direita e esquerda;
D) mensuração dos movimentos de inclinação ou flexão lateral direita e esquerda

Para mensuração da amplitude de movimento com o inclinômetro, o clínico deve posicionar o


dispositivo no topo da cabeça do paciente e solicitar verbalmente a realização dos movimentos que
devem ser avaliados.
154
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

A) B) C)

D) E)

Figura 166 – Avaliação dos movimentos de cervical

Observação

Para os resultados obtidos com a goniometria, devemos considerar uma


margem de erro de 5 graus de variância, uma vez que existe uma grande
imprecisão de manejo do dispositivo.

8.3.1 Testes de função e de força muscular

Músculos flexores anteriores da cabeça

Para mensuração da força dos músculos que realizam o movimento de flexão da cabeça em relação
ao pescoço, o paciente deve estar posicionado em decúbito dorsal, com os cotovelos flexionados e as
mãos acima da cabeça.

O teste é realizado através da flexão da coluna cervical pela elevação da cabeça da maca, com o
queixo deprimido e levado em direção ao esterno.

O avaliador deve aplicar uma força contra o osso frontal na direção posterior.

155
Unidade IV

O teste não deve ser realizado com o pescoço em extensão, como pode ser visto nas figuras
a seguir, pois, nessa posição, há maior atividade dos músculos esternocleidomastoideos, junto
à força dos escalenos e à porção de inserção dos músculos trapézios superiores na porção das
clavículas anteriormente.

A) B)

Figura 167 – Avaliação dos músculos flexores anteriores da cabeça

Músculos flexores anterolaterais do pescoço

O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com a cabeça posicionada em rotação lateral. O clínico
aplicará uma resistência na região do osso temporal do paciente, gerando uma força na direção posterior.

Os principais músculos que realizam esses movimentos e são testados nesse posicionamento são os
esternocleidomastoideos e os escalenos.

Figura 168 – Avaliação dos músculos anterolaterais do pescoço

Músculos flexores posterolaterais do pescoço

O paciente deve estar em decúbito ventral, com os cotovelos flexionados e as mãos acima da cabeça,
repousando sobre a maca. Deve‑se posicionar a cabeça do paciente em extensão posterolateral do
pescoço, com a face direcionada para o lado que estiver sendo testado. O avaliador deve realizar uma
pressão contra a face posterolateral da cabeça, na direção oposta, anterolateral.
156
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Figura 169 – Avaliação dos músculos flexores posterolaterais do pescoço

Músculos trapézio fibras superiores

Para realização do teste, o paciente deve estar sentado e posicionado com elevação da extremidade
acromial da clavícula e da escápula e extensão posterolateral do pescoço, levando o osso occipital em
direção ao ombro elevado, com a face voltada para a direção oposta. O avaliador deve aplicar uma
pressão contra o ombro, na direção da depressão, e contra a cabeça, na direção da flexão anterolateral.

Figura 170 – Avaliação do músculo trapézio superior

8.3.2 Testes especiais

Teste de compressão

Para realização do teste de compressão, o paciente deve estar sentado. O avaliador ficará atrás do
paciente, com os cotovelos apontados para os ombros do paciente. Nesse momento, o examinador deve
aplicar uma força na direção inferior (descendente) pelo topo da cabeça do paciente.

157
Unidade IV

Caso ocorra a reprodução dos sintomas clínicos apresentados pelo paciente previamente,
consideramos o teste positivo.

Figura 171 – Teste de compressão cervical

Teste de Spurling

O paciente deve estar sentado e assumir o posicionamento de flexão lateral do pescoço. O avaliador
aplica uma resistência em direção inferior no topo da cabeça do paciente. O teste é positivo quando o
paciente referir dor para o mesmo lado da inclinação durante o teste.

Esse teste é utilizado para avaliar condições de radiculopatias. Os sintomas podem aparecer em toda
a extensão do membro superior em trajeto de dermátomo, dependendo do nível cervical comprometido.

Figura 172 – Teste de Spurling

158
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Teste de Valsalva

O paciente deve assumir uma posição sentada para realização deste teste. O examinador
deve instruir o paciente a prender a respiração e, depois, realizar e manter uma pressão como se
estivesse evacuando. O teste é positivo se, ao manter a pressão, os sintomas clínicos do paciente
se reproduzem.

Figura 173 – Teste de Valsalva

Teste de Adson

Para realização deste teste, o paciente deve permanecer sentado ou em pé, posicionado em frente
ao examinador.

O terapeuta deverá observar a palpação do pulso através da artéria radial do paciente. Após essa
etapa, deverá ser realizada uma abdução de 30 graus associada a uma hiperextensão do membro
superior. Mantendo o braço do paciente nessa posição, o examinador deverá observar se o pulso se
apresenta igual ou diminuído.

O teste, quando positivo, é indicativo de síndrome do desfiladeiro torácico.

159
Unidade IV

Figura 174 – Teste de Adson

Sinal de Lhermitte

Para realização deste teste, o paciente deverá estar sentado sobre uma maca com os membros inferiores
estendidos. O avaliador deverá ficar atrás do paciente. Com uma das mãos, auxiliará o movimento de flexão
da coluna cervical do paciente; com a outra mão, deverá realizar a flexão do tronco do paciente.

Durante o movimento, deve ser observada a reação do paciente. O teste é positivo quando a reação
do paciente é semelhante a um arrepio e/ou desconforto do tipo parestesia. Em pacientes com suspeita
de meningite, essa manobra poderá provocar uma forte dor do tipo ardência ou agulhada.

Também nesse teste devemos ficar atentos para a reação de proteção neural que pode ser manifestada
pelo paciente através de uma flexão de joelhos, a fim de minimizar o estiramento neural provocado pela
flexão da coluna.

Figura 175 – Sinal de Lhermitte

160
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Teste de distração

O paciente deve estar em decúbito dorsal, e, previamente à realização do teste, seus sintomas devem
ser avaliados. O examinador deve usar uma pegada na região do queixo do paciente e, com a outra mão,
realizar uma pegada na região do osso occipital do paciente. Uma força de tração deve ser aplicada,
e, nesse momento, os sintomas do paciente devem ser reavaliados. O teste é positivo quando ocorre a
redução dos sintomas durante o movimento de tração.

Esse teste deve ser utilizado quando houver suspeita diagnóstica de radiculopatia.

Figura 176 – Teste de distração cervical

Teste de Soto‑Hall

Para realização deste teste, o paciente deve estar deitado em decúbito dorsal na maca. O examinador
deverá instruir o paciente a realizar a flexão da coluna cervical ativa. Em seguida, o terapeuta, com a
palma da mão sobre o osso esterno, deve empurrar com leve pressão para baixo, enquanto a outra mão
realiza uma força de forma contrária sob a região do osso occipital.

Esse teste poderá revelar doença óssea ou ligamentar da coluna cervical através dos resultados de
dor sob a pressão exercida pelo terapeuta.

Figura 177 – Teste de Soto‑Hall

161
Unidade IV

Teste de percussão espinal

Para realização deste teste, o paciente deve estar sentado com a cabeça ligeiramente flexionada.
O examinador deverá percutir o processo espinhoso e a musculatura associada a cada vértebra
cervical com martelo neurológico. Se houver dor radicular, pode indicar fratura vertebral com
comprometimento neurológico ou herniações com extravasamento para a medula.

Esse não é um teste específico, pois outras condições também podem ter como resposta os
mesmos sintomas.

Figura 178 – Teste de percussão espinal

8.4 Torácica

Inspeção

Durante a inspeção da região torácica da coluna do paciente, devemos, primeiramente, observar


se existe alguma alteração na postura global. O ideal é que o paciente esteja com o corpo desnudo,
expondo pescoço, tronco e região pélvica.

Começamos observando o paciente em pé, desde o tornozelo até a região de pescoço e cabeça. Em
seguida, verificamos se existe algum desvio fora do normal.

Hoje em dia, o conceito de postura normal já não é mais usado para justificar dores ou lesões, mas
é de extrema importância entender a anatomia de cada paciente e saber identificar diferentes desvios e
posturas que cada paciente pode adotar.

Durante a inspeção e observação da região torácica, podemos nos deparar com uma condição cifótica
aumentada. Normalmente, a região torácica apresenta uma cifose em torno de 40º; porém, existem
casos em que essa curvatura é maior. O examinador deve saber identificar essa curvatura, assegurar‑se
de que realmente há a presença de uma cifose excessiva e observar a posição escapular desse paciente.
Escápulas planas podem dar a falsa impressão de uma curva cifótica aumentada.
162
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Existem quatro tipos de cifose: dorso de curvo, que consiste na diminuição da inclinação pélvica
com cifose toracolombar ou torácica; corcunda, que consiste em uma angulação posterior acentuada
(denominada giba); dorso chato, na qual acontece uma diminuição da inclinação pélvica com uma
coluna vertebral móvel, ao contrário da dorso curvo; e corcunda de viúva, em que ocorrem fraturas de
diversas vértebras por consequência de osteoporose ou menopausa.

Outra deformidade que pode ser observada durante a inspeção do paciente é a escoliose. A escoliose
consiste em uma deformidade na qual existem uma ou mais curvas na coluna lombar ou torácica.

A escoliose pode ser estrutural ou não. Pode existir somente uma curvatura lateral na região torácica
e somente na região lombar ou toracolombar.

A escoliose não estrutural pode ser causada por contraturas no quadril, irritação de raízes nervosas
ou inflamação na região da coluna. Portanto, é de responsabilidade do examinador saber identificar
tais fatores.

Figura 179 – Imagem ilustrativa de tipos de escoliose

Outra deformidade que podemos encontrar é o peito de pombo (pectus carinatum), na qual o esterno
encontra‑se posicionado para frente e para baixo. É uma deformidade congênita que pode interferir na
eficácia da respiração.

O peito de sapateiro (pectus excavatum) também é uma deformidade congênita, na qual o esterno
encontra‑se empurrado para trás, além do tórax de barril, em que o esterno está para frente e para cima.

Lembrete

A escoliose não estrutural pode ser causada por contraturas no quadril,


irritação de raízes nervosas ou inflamação na região da coluna. Por isso, é
de responsabilidade do examinador saber identificar tais fatores.

163
Unidade IV

Movimentos

Para avaliar os movimentos da coluna torácica, o paciente deve estar em pé. Os movimentos
realizados são: flexão anterior de 20º a 45º, extensão de 25º a 45º, flexão lateral (direita e esquerda) de
20º a 40º, rotação (direita e esquerda) de 35º a 50º, expansão costovertebral de 3 cm a 7,5 cm, além dos
movimentos combinados com coluna lombar e cervical durante a maioria dos movimento funcionais
da coluna vertebral.

A) B)

C) D)

Figura 180 – Avaliação dos movimentos da coluna torácica

164
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Quadro 11 – Movimentos da coluna torácica

Movimento Músculos
Reto do abdome
Flexão da coluna torácica Oblíquo externo
Oblíquo interno
Espinal do tórax
Iliocostal do tórax
Longuíssimo do tórax
Extensão da coluna torácica
Semiespinal do tórax
Multífido
Interespinais
Iliocostal do tórax
Longuíssimo do tórax
Intertransversos
Rotação e flexão lateral da Oblíquo interno
coluna torácica Semiespinal do tórax
Multífido
Oblíquo externo (lado contrário)
Transverso do abdome
Escaleno anterior
Escaleno médio
Escaleno posterior
Serrátil posterior
Elevação das costelas
Iliocostal do pescoço
Elevador da costela
Peitoral maior e menor
Serrátil anterior
Serrátil posterior
Iliocostal lombar
Longuíssimo do tórax
Reto do abdome
Depressão das costelas
Oblíquo interno
Oblíquo externo
Transverso do abdome
Quadrado lombar

8.4.1 Testes especiais

Quando pensamos especificamente na região torácica da coluna vertebral, testes especiais devem ser
realizados se o avaliador suspeitar de algum problema ou se deparar com algum sinal clínico que pode
ter relação com algum comprometimento que envolva a medula espinal. Existem três testes realizados
com maior frequência para testar a neurodinâmica desse paciente, como veremos a seguir.

Teste de distensão dural na posição sentada (slump)

O examinador posiciona o paciente sentado, com os membros inferiores livres, e solicita que incline
o tronco para frente, fletindo a coluna. O avaliador se posiciona ao lado do paciente, com uma mão na
base do crânio do paciente. Enquanto o paciente mantém a cabeça e o pescoço em posição neutra, ou
seja, somente com a inclinação do tronco, o avaliador questiona se os sintomas foram desencadeados.
Se a resposta for não, o avaliador flexiona o pescoço do paciente. Nesse momento, o paciente estará

165
Unidade IV

com o tronco e o pescoço flexionados, e o avaliador deverá questionar novamente sobre a exacerbação
dos sintomas ou não. Se a resposta ainda for negativa, o avaliador deverá realizar a extensão do membro
inferior a ser avaliado (no qual o paciente relata sintomas) e questionar novamente o paciente sobre a
presença de sintomas.

O teste é considerado positivo quando os sintomas do paciente são desencadeados, indicando


compressão da dura‑máter e da medula espinal ou de raízes nervosas.

Figura 181 – Slump test

Distensão da raiz de 1º nervo torácico

O paciente é posicionado com o membro superior a 90º, o antebraço em flexão e pronação a 90º.
O avaliador pede, então, que o paciente posicione as mãos atrás do pescoço, distendendo o nervo
ulnar e a raiz de T1.

O teste é considerado positivo quando o paciente relata sintomas na região escapular e nos
membros superiores.

Palpação

Durante a palpação, o examinador deve investigar a presença de espasmos musculares, dor à


palpação, edema, alteração de temperatura e qualquer outro sinal.

Devemos começar a palpação pelo osso esterno, localizado na linha média do tórax. O examinador
deve saber identificar e palpar o manúbrio do esterno, seguido pelo corpo e, por fim, pelo processo
xifoide, observando a presença de alterações ou dor.

Depois, realiza‑se a palpação das costelas e das articulações esternocostais, a fim de perceber alguma
reação de dor, aumento de volume ou alteração de sensibilidade.
166
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Ao palpar a clavícula, o examinador deve percorrer todo o seu trajeto ósseo, desde sua junção com
o esterno até sua junção na articulação acromioclavicular, para verificar a presença de algum calo ósseo
ou proeminência anormal.

Figura 182 – Avaliação da palpação da clavícula

O abdome deve ser palpado também na busca de pontos dolorosos ou qualquer indicativo de lesão.

Figura 183 – Palpação de abdome


Lembrete

As 12 vértebras torácicas são maiores que as vértebras cervicais e


menores que as vértebras lombares. Possuem processos transversos maiores
e duas facetas articulares que se ligam às costelas.

167
Unidade IV

Posteriormente, o examinador deve palpar a escápula, buscando pontos dolorosos na sua borda
medial, lateral e parte superior, onde se originam os músculos importantes na estabilização do tronco e
dos membros superiores.

Ainda na parte posterior do tronco, devemos palpar os processos espinhosos das vértebras torácicas,
observando se existe alguma anormalidade ou presença de dor e movendo os dedos de 2 cm a 3 cm
lateralmente, onde se localizam as facetas articulares.

Figura 184 – Palpação escapular


8.5 Lombar

A dor lombar (DL) é uma queixa e pode ser resultado de diferentes doenças. A nomenclatura DL se
dá pela localização da dor entre a região baixa da coluna, podendo se estender até a linha glútea e gerar
uma dor irradiada para os membros inferiores. Muitas vezes, a dor lombar é utilizada como diagnóstico.

O impacto da DL a torna um dos problemas de saúde pública mais relevantes (IHME, 2017). Estima‑se
que aproximadamente 540 milhões de pessoas podem apresentar essa queixa em algum momento
da vida (BUCHBINDER et al., 2018). Nos Estados Unidos, estima‑se que as despesas na área da saúde
relacionadas à dor lombar atingem um valor próximo a 90 bilhões de dólares por ano, e, quando
acrescentamos a perda de produtividade e o afastamento do trabalho, esse gasto passa para cerca
de 635 bilhões de dólares. No Brasil, em 2016, foram gastos em torno de 714 milhões de dólares com
desordens da coluna vertebral, representando 58% dos gastos na área da saúde (CARREGARO; SILVA;
VAN TULDER, 2018).

Uma possível explicação para a baixa resolução e os números cada vez mais expressivos, em relação
à incapacidade e ao impacto econômico com o passar do anos, é a dificuldade em diagnosticar e
diferenciar esses pacientes, para, assim, propor a abordagem mais indicada.

Inspeção

Quando começamos a observar um paciente com alguma queixa na região da coluna lombar,
devemos verificar desde o modo como ele chega ao examinador, como se movimenta e quais estratégias
usa para a locomoção e a marcha.

168
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Antes de iniciar o exame no paciente, também é importante investigarmos a presença de alguma bandeira
vermelha. Bandeiras vermelhas são sinais de advertência que podem indicar uma patologia grave. Devemos
perguntar sobre a existência ou não de um trauma, se apresenta uma dor constante e progressiva, se perdeu
peso nos últimos meses, se apresenta algum histórico de câncer (ou na família) e se já apresentou episódio de
perda de urina ou fecal. Esses são alguns exemplos de questionamentos que devem ser feitos. Caso a resposta
do paciente a essas perguntas seja positiva, devemos orientá‑lo a buscar ajuda médica o quanto antes.

Bandeiras vermelhas:

• história de trauma;

• dor constante e progressiva;

• histórico de câncer;

• perda de peso;

• perda de fezes e/ou urina;

• anestesia em sela em torno do ânus, do períneo ou genitais;

• fraqueza motora disseminada ou progressiva.

Para começarmos a examinar a região lombar do paciente, devemos examiná‑lo primeiramente em


pé, em postura relaxada, para identificar a presença ou não de aumento na curva lordótica, escoliose e
desalinhamento da pelve.

Normal Hiperlordose

Figura 185 – Imagem ilustrativa de hiperlordose lombar

169
Unidade IV

Movimentos

Para o examinador avaliar os movimentos da coluna lombar, o ideal é posicionar o paciente em pé.
Quando nos deparamos com um paciente que possui queixa nessa região da coluna vertebral, é comum
encontrarmos um padrão de evitação do movimento que pode gerar dor. Porém, durante a avaliação,
o examinador, na medida do possível, deve ser capaz de conseguir acessar esses movimentos para
entender como, quando e de que maneira os sintomas do paciente são exacerbados.

Os movimentos básicos a serem avaliados primeiramente são: flexão (40º a 60º), extensão (20º a 35º),
rotação para direita e esquerda (3º a 18º) e flexão lateral direita e esquerda (15º a 20º).

O examinador, quando informado pelo paciente da presença de dor ou intensificação dos


sintomas, ou quando identifica limitação, deve solicitar ao paciente que permaneça no movimento,
no seu máximo de amplitude possível, por 10 a 20 segundos, para confirmar se realmente existe a
exacerbação dos sintomas. Esse tipo de abordagem vale também para os movimentos combinados.
Se o paciente relatar que a exacerbação acontece nesses tipos de movimentos, o examinador deve
exigir o mesmo.

Visto que a presença de sintomas na região lombar está muito mais relacionada a movimentos
combinados, devemos incluí‑los na avaliação. Não devemos realizar somente movimentos em um único
plano (flexão e extensão pura); é necessário acrescentar movimentos ativos, como flexão lateral com
flexão, flexão lateral com extensão, extensão com rotação e flexão com rotação.

Esses padrões de movimentos combinados já podem indicar a origem do problema do paciente.


Podemos suspeitar de uma síndrome facetária, por exemplo, se os sintomas do paciente se acentuarem
durante os movimentos de extensão com flexão lateral. É possível suspeitar ou eliminar problemas (caso
os testes de movimentos ativos combinados agravem os sintomas) de origem radicular, interferência de
musculatura de quadril, déficits neurológicos, parestesia e rigidez.

Caso contrário, se os sintomas do paciente não forem exacerbados em movimentos ativos, devemos
procurar outras origens (avaliar quadril e articulação sacroilíaca, por exemplo).

Por ser uma região diretamente ligada a funções comuns do dia a dia, como marchar, sentar, levantar
e correr, é importante que o examinador inclua em sua avaliação a observação desse paciente em
determinadas tarefas, para investigar possíveis compensações e identificar qual é o padrão adotado por
esse paciente.

170
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

A) B) C)

D) E) F)

G)

Figura 186 – Movimentos ativos de coluna lombar

171
Unidade IV

Quadro 12 – Músculos da região de coluna lombar

Ação Músculos Raiz nervosa


Psoas maior L1‑L3
Reto do abdome T6‑T12
Flexão anterior Oblíquo externo e interno do abdome T7‑T12‑L1
Transverso do abdome T7‑T12‑L1
Intertransversos L1‑L5
Eretores da espinha L1‑L3
Iliocostal do lombo L1‑L3
Longuíssimo torácico L1‑L5
Transversoespinal L1‑L5
Extensão Interespinais L1‑L5
Quadrado lombar T12‑L1‑L4
Multífido L1‑L5
Rotadores L1‑L5
Glúteo máximo L1‑L5
Latíssimo do dorso Toracodorsal
Eretores da espinha L1‑L3
Iliocostal do lombo L1‑L3
Longuíssimo torácico L1‑L5
Flexão lateral Transversos L1‑L5
Intertransversos L1‑L5
Quadrado lombar T12‑L1‑L4
Psoas maior L1‑L3
Oblíquo externo T7‑T12
Transversos L1‑L5
Rotação Rotadores L1‑L5
Multífido L1‑L5

Outros aspectos devem ser analisados na realização dos movimentos. Durante a flexão da coluna
lombar, por exemplo, podemos e devemos observar se o paciente realiza uma compensação com o quadril,
se existe um padrão muito maior de flexão de quadril do que das vértebras lombares propriamente ditas.
Durante a extensão, também devemos observar se o paciente poupa as vértebras lombares e realiza uma
extensão de tronco compensada por uma anteriorização da pelve.

Essas compensações podem estar acontecendo por um mecanismo de defesa do paciente, para evitar
a dor, ou também por uma hipomobilidade articular das vértebras lombares e torácicas do paciente.
Cabe ao avaliador questionar o paciente sobre a presença ou não de dor na realização dos movimentos,
tentar excluir as compensações e, por fim, questionar novamente quanto à presença ou não de dor na
região ou aumento dos sintomas.

172
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

1 – Flexão normal de 2 – Flexão limitada de quadril 3 – Flexão limitada de lombar


lombar e quadril e excessiva de lombar e excessiva de quadril

Figura 187 – Avaliação do movimento de flexão anterior do tronco

Além dos movimentos ativos, a fim de garantir a integridade muscular e descartar qualquer fraqueza
muscular de origem neurológica, devemos avaliar os miótomos. Para isso, o paciente é posicionado em
decúbito dorsal, e cada miótomo é avaliado individualmente. As articulações a serem testadas devem
estar em posição neutra, e o examinador deve aplicar uma resistência isométrica na musculatura a ser
testada por, pelo menos, 5 segundos em ambos os membros individualmente.

Quadro 13 – Miótomos lombares

Raiz nervosa Ação do teste Músculos


Psoas, ilíaco, grácil, pectíneo, adutor longo, adutor
L1‑L2 Flexão do quadril curto.
L3 Extensão do quadril Quadríceps, adutores longo, magno e curto.
Tibial anterior, quadríceps, tensor da fáscia lata, adutor
L4 Dorsiflexão de tornozelo magno, obturador externo, tibial posterior.
Extensor longo do hálux, extensor longo dos
dedos, glúteos médio e mínimo, obturador interno,
L5 Extensão dos pododáctilos semimembranáceo, semitendíneo, poplíteo, fibulares
longo e curto, extensor curto dos dedos.
Flexão plantar do tornozelo
Gastrocnêmio, sóleo, glúteo máximo, obturador
Eversão do tornozelo interno, piriforme, bíceps da coxa, semitendíneo,
S1
Extensão do quadril poplíteo, fibulares longo e curto, extensor curto dos
dedos.
Flexão de joelho
Bíceps da coxa, piriforme, sóleo, gastrocnêmio, flexor
S2 Flexão de joelho longo dos dedos, flexor longo do hálux, músculos
intrínsecos do pé.
Músculos intrínsecos do pé, flexor curto do hálux,
S3 flexor curto dos dedos, extensor curto dos dedos.

173
Unidade IV

A) B)

C) D)

E) F)
Figura 188 – Avaliação dos miótomos lombares

8.5.1 Testes especiais (CHAD)

Teste de Sorensen

O paciente deve se posicionar em decúbito ventral, apoiado somente com os membros inferiores na
maca, mantendo todo o tronco (acima das cristas ilíacas) para fora da maca e os membros inferiores fixos.
O paciente deve cruzar os braços sobre o tórax, e o examinador solicita que o paciente mantenha a posição
do tronco sem apoio no plano horizontal durante o tempo que conseguir. O examinador deve cronometrar o
tempo. É definida uma nota de corte para os pacientes que apresentaram dor ou não de 28 e 29 segundos.

• Confiabilidade: CCI 0,78.


• Sensibilidade: 92,3.
• Especificidade: 94.
174
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

A) B)

Figura 189 – Teste de Sorensen

Teste de centralização

Com o paciente em pé ou decúbito dorsal, o examinador solicita que ele realize todas as direções
de movimento (flexão, extensão, movimentos combinados) e as repita de 5 a 20 vezes, até que ocorra a
centralização ou periferização definitiva.

O teste é considerado positivo para sintomas discogênicos quando acontece a centralização dos sintomas.

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 40.

• Especificidade: 94.

Figura 190 – Teste de centralização

175
Unidade IV

Teste de distensão dural na posição sentada (slump)

O examinador posiciona o paciente sentado, com os membros inferiores livres, e solicita que
incline o tronco para frente, fletindo a coluna. O avaliador se posiciona ao lado do paciente, com
uma mão na base do crânio dele. Enquanto o paciente mantém a cabeça e o pescoço em posição
neutra, ou seja, somente com a inclinação do tronco, o avaliador questiona se os sintomas foram
desencadeados. Se a resposta for não, o avaliador flexiona o pescoço do paciente. Nesse momento,
o paciente estará com o tronco e o pescoço flexionados, e o avaliador deverá questionar novamente
sobre o aumento dos sintomas ou não. Se a resposta ainda for negativa, o avaliador deverá realizar
a extensão do membro inferior a ser avaliado (no qual o paciente relata sintomas) e questionar
novamente sobre a presença de sintomas.

O teste é considerado positivo para herniação do núcleo pulposo ou radiculopatia lombar quando
os sintomas do paciente são desencadeados, indicando compressão da dura‑máter e da medula espinal
ou de raízes nervosas..

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 83.

• Especificidade: 55.

Figura 191 – Slump test

Elevação da perna reta (Lasègue)

O paciente deve estar em decúbito dorsal, com pescoço e cabeça em posição neutra. O examinador
apoia o calcanhar de um membro do paciente e, com o membro contralateral em extensão, realiza uma
flexão de quadril com o joelho em extensão, até que ocorra a exacerbação dos sintomas.

176
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

O teste é considerado positivo para herniação do núcleo pulposo ou radiculopatia lombar quando
os sintomas são reproduzidos..

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 78.

• Especificidade: 64.

Figura 192 – Teste de Lasègue

Palpação dos nervos isquiáticos, tibial e fibular comum

O paciente deve estar em decúbito dorsal para teste do nervo fibular comum e em decúbito ventral
para teste dos nervos isquiáticos e tibial.

O examinador aplica uma pressão suave na parte posterior da cabeça da fíbula (para nervo fibular), a
meio caminho entre a linha da tuberosidade isquiática até o trocânter maior do fêmur (nervo isquiático)
e no ponto médio da prega poplítea (para nervo tibial).

O teste é positivo para dor na perna relacionada a dor lombar quando o paciente relatar dor ou
desconforto se comparado ao lado contralateral..

• Confiabilidade: Kappa 0,96.

• Sensibilidade: 85.

• Especificidade: 60.

177
Unidade IV

Figura 193 – Palpação dos nervos isquiáticos, tibial e fibular

Teste de tensão do nervo femoral

O paciente permanece em decúbito ventral, e o examinador coloca uma das mãos na espinha ilíaca
posterosuperior do mesmo lado em que irá fletir o joelho passivamente. Então, o examinador começa
a fletir o joelho do paciente até iniciarem os sintomas. Pode ser realizado o aumento de extensão de
quadril para elevar a sensibilidade do teste.

O teste é positivo para hérnia de disco lombar lateral quando os sintomas são reproduzidos..

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 84.

• Especificidade: NT.

A) B)

Figura 194 – Tensão do nervo femoral

178
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Teste de extensão lombar passiva

O paciente deve estar em decúbito dorsal, e o examinador realiza passivamente a extensão da


coluna lombar com os membros inferiores em extensão, segurando os membros inferiores do paciente
pelo tornozelo.

O teste é positivo para instabilidade quando o paciente relata dor, sensação de peso na região
lombar e sensação de que está saindo do lugar..

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 85,7.

• Especificidade: 45,5.

Figura 195 – Teste de extensão lombar passiva

Sinal do pinçamento doloroso

O paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador solicita que o paciente eleve suas pernas,
mantendo o joelho em extensão cerca de 30 cm para fora da maca. Depois, solicita que retorne as
pernas para a maca.

O teste é positivo para instabilidade quando o paciente realiza uma queda rápida das pernas na maca.

• Confiabilidade: NT.

• Sensibilidade: 39,8.

• Especificidade: 72,6.

179
Unidade IV

Figura 196 – Sinal do pinçamento doloroso

Finalizados os testes especiais, se o avaliador desconfiar de envolvimento neurológico relacionado


aos sinais clínicos do paciente, é importante realizar a avaliação de reflexos patelar (L3‑L4), posteriores
de coxa mediais (L5‑S1), posteriores de coxa laterais (S1‑S2), tibial posterior (L4‑L5) e calcanear (S1‑S2).

Figura 197 – Avaliação dos reflexos neurológicos

Seguindo na avaliação dos aspectos neurológicos, quando o paciente apresentar sinais clínicos
que indiquem lesão neurológica, o examinador deve avaliar os dermátomos para buscar alterações
de sensibilidade, possível lesão de nervo periférico e nível de acometimento. Deve passar as mãos em
todas as fases da perna e do pé, no abdome, nas costas, na coxa anterior e posterior, medialmente e
lateralmente à coxa em ambos os membros, e buscar diferenças na sensibilidade quando comparados.

180
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Nervos espinais e dermátomos sensitivos

Base do crânio Nervo espinal de C1 sai acima da vértebra C1


Padrão dematomal
Intumescência
cervical

Nervo espinal de C8 sai abaixo da vértebra C7


(existem 8 nervos cervicais, mas somente 7 vértebras cervicais)

Intumescência
lombossacral Cone medular
(término da
medula espinal)

Cauda equina
Filamento terminal
interno (parte pial)

Sacro Níveis dos principais dermátomos


Filamento C5 Clavículas
terminal C5, 6, 7 Partes laterias dos membros superiores
Término do C8; T1 Faces mediais dos membros superiores
externo saco dural
(parte pial) C6 Polegar
C6, 7, 8 Mão
Nervo coccígeo C8 Dedos anelar e mínimo
T4 Nível dos mamilos
Cóccix T10 Nível do umbigo
Nervos cranianos T12 Regiões inguinais ou virilhas
Nervos torácicos L1, 2, 3, 4 Superfícies anteior e interna dos membros inferiores
L4, 5; S1 Pé
Nervos lombares L4 Face medial do hálux
Nervos sacral e coccígeo L5; S1, 2 Faces externa e posterior dos membros inferiores
S1 Margem lateral do pé e quinto pododáctilo
Relacionamento dos S2, 3, 4 Períneo
nervos com a coluna

Figura 198 – Imagem ilustrativa das delimitações das regiões de inervação sensitiva

Palpação

Quando realizamos a palpação da região lombar a fim de localizar a origem da dor ou do desconforto
do paciente, devemos, durante toda a avaliação, questionar o paciente a cada palpação quanto à
presença ou não dos sintomas.

Começando pela parte anterior da região lombar, o examinador posiciona o paciente em decúbito
dorsal e inicia a palpação pela cicatriz umbilical, localizada na altura de L3‑L4, que é o ponto de inserção
dos quadrantes abdominais. Nessa região, palpamos algumas vísceras, como o apêndice no quadrante
inferior direito, o fígado no quadrante superior direito e os rins quadrantes superiores direito e esquerdo,
para descartar qualquer dor ou desconforto proveniente dessas estruturas. Dependendo do paciente, o
examinador pode conseguir palpar, saindo da marca de L4‑L4 (cicatriz umbilical) e descendo até L4, L5,
S1, as facetas articulares anteriores desse paciente e o ligamento longitudinal.

181
Unidade IV

Descendo para a região inguinal, o examinador pode palpar as espinhas ilíacas ântero‑superiores e a
sínfise púbica. Nessa região, além de buscarmos sintomas de hérnia, abcesso e infecção na palpação dos
linfonodos, o examinador deve palpar os tendões, as origens e as inserções de musculaturas que estão
localizadas nessa região, como adutores, psoas e quadríceps femoral, e questionar o paciente sobre a
presença de desconforto ao palpar cada estrutura.

Na crista ilíaca, podemos palpar a musculatura flexora de quadril (psoas maior e menor e ilíaco)
em busca de espasmos e contraturas musculares. Pode‑se observar o alinhamento entre as cristas e o
alinhamento na região da sínfise púbica.

Vista anterior
Ligamento iliofemoral (ligamento em Y de Bigelow)
Bolsa iliopectínea (sobre o espaço nos ligamentos)
Espinha ilíaca
antero-superior
Ligamento pubofemoral
Espinha ilíaca
antero-inferior Ramo superior do púbis
Trocanter Ramo inferior do púbis
maior
Vista posterior
Ligamento iliofemoral
Ligamento isquiofemoral
Zona orbicular
Trocanter maior
Espinha
Trocanter menor isquiática
Túber
isquiático
Linha intertrocantérica Protusão da
membrana
sinovial
Crista intertrocantérica
Articulação aberta:
vista lateral
Trocanter menor

Espinha ilíaca antero-superior


Face semilunar
(articular do Espinha ilíaca antero-inferior
acetábulo) Eminência iliopúbica
Cartilagem articular Lábio do acetábulo (fibrocartilagíneo)
Gordura na fossa do acetábulo
Trocanter (coberta pela membrana sinovial)
maior
Artéria obrutratória
Cabeça do fêmur Ramo anterior
Ramo posterior
Ramo acetabular
Colo do fêmur
Membrana obturadora
Linha
intertrocantérica Ligamento transverso do acetábulo
Ligamento da Túber isquiático
cabeça do fêmur Trocanter menor
(cortado)

Figura 199

Já no aspecto posterior, o examinador começa palpando os processos espinhosos da coluna lombar.


Para ter uma referência de qual vértebra lombar está palpando, o examinador deve posicionar as mãos
nas cristas ilíacas e seguir posteriormente até a linha média do tronco; o processo espinhoso que tocar ali
é referente a L4‑L5, e, a partir daí, todas as outras vértebras lombares devem ser palpadas. O examinador
deve buscar sinais de espasmos musculares, dor à palpação, desalinhamento e alguma depressão entre
as vértebras que possa indicar escorregamento.

182
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Ao palpar o processo espinhoso de uma vértebra lombar, se o examinador posiciona os quirodáctilos


lateralmente de 2 cm a 3 cm, ele chega às facetas articulares da vértebra, que são mais profundas e
possuem a musculatura paravertebral sobreposta à região, podendo dificultar a palpação das facetas.
Retornando ao processo espinhoso de L5, se o examinador descer os quirodáctilos, chegará ao sacro,
que também possui processos espinhosos. Porém, pela sua anatomia mais fundida, é muito difícil
diferenciá‑los na palpação.

Ainda durante a palpação na parte posterior, o examinador pode palpar a espinha ilíaca póstero‑superior
e realizar a palpação de toda a crista posteriormente, tentando rastrear algum sintoma de dor ou
desconforto. Mais distalmente, entre o sacro e o trocânter maior do quadril, o examinador pode palpar
a musculatura glútea e piriforme em busca de espasmos, nódulos anormais e alteração de sensibilidade.

Logo abaixo das pregas glúteas, realizando uma pressão maior para vencer todo o tecido mole
sobreposto, o examinador localiza a tuberosidade isquiática. Movendo mais lateralmente, ele pode
palpar o troncânter maior do quadril, músculo tensor da fáscia lata.

Vista lateral Linha intermédia


Tubérculo ilíaco Crista ilíaca
Posterior Lábio externo
Linhas
glúteas Anterior
Inferior Asa do ílio (face glútea)

Espinha ilíaca Espinha ilíaca antero-superior


póstero-superior
Espinha ilíaca antero-inferior

Espinha ilíaca
póstero-inferior
Acetábulo
Face semilunar
Limbo (margem) do acetábulo
Incisura do acetábulo
Incisura isquiática maior
Ramo superior do púbis
Corpo do ílio
Espinha isquiática Tubérculo púbico
Incisura isquiática menor
Corpo do ísquio Forame Crista obturatória
obturado Ramo inferior do púbis Linha intermédia Crista
Túber isquiático Lábio interno ilíaca

Tuberosidade ilíaca
Ramo do ísquio
Espinha ilíaca antero-superior
Espinha ilíaca
póstero-superior
Asa do ílio (com a fossa ilíaca)
Espinha ilíaca antero-inferior Face auricular
(para o sacro)
Linha arqueada
Espinha ilíaca
Eminência iliopúbica póstero-inferior
Ramo superior do púbis
Incisura isquiática maior
Espinha isquiática
Linha pectínea do púbis
Corpo do ílio
Tubérculo púbico
Forame Incisura isquiática menor
Fase sinfisial obturado
Ílio Corpo do ísquio
Ísqui Crista obturatória Túber isquiático
Púbis Ramo inferior do púbis
Vista medial Ramo do ísquio

Figura 200

183
Unidade IV

8.6 Avaliação multidimensional

Em 90% dos casos de dor lombar, não é possível associar sintomas a exames clínicos e complementares. Por
isso, na maioria das vezes, ela é definida como dor lombar não específica (DLNE) (FOSTER et al., 2018). Há uma
multidimensionalidade de fatores que contribuem para o surgimento ou a persistência dos sintomas, como os
fatores psicológicos, sociais, genéticos e biológicos que estão envolvidos na modulação da dor (JULL, 2017).

Na maior parte das áreas da medicina, o diagnóstico é considerado a chave para a eficácia do tratamento.
Porém, quando tratamos a dor lombar, esse não é o cenário mais comum; o foco dos estudos clínicos ainda
é muito direcionado à subdivisão desses pacientes baseada apenas em características biológicas da doença.

Contudo, em 90% dos casos, em que não existe uma causa específica, a multidimensionalidade de
fatores que podem influenciar na DLNE dificulta a classificação desses pacientes. Portanto, torna‑se
extremamente necessária uma avaliação multidimensional desses pacientes, substituindo a avaliação
puramente física, que envolve somente aspectos biológicos da dor.

Através de questionários validados e com boas propriedade psicométricas, fisioterapeutas


musculoesqueléticos podem facilmente investigar todos esses aspectos sociais e comportamentais da
dor (NIJS et al., 2013).

Na teoria, o modelo biopsicossocial é representado por três esferas, que englobam aspectos
psicológicos, biológicos e sociais, e valoriza a importância do entendimento de cada aspecto e sua
influência na dor de cada indivíduo (JULL, 2017).

A prevalência de depressão e ansiedade em paciente com DLNE é de 48,5% e 55%, respectivamente


(SAGHEER; KHAN; SHARIF, 2013). A depressão está diretamente associada à maior intensidade e duração
da dor e ao prognóstico ruim ao tratamento, o que produz maior incapacidade e afeta progressivamente
a qualidade de vida. Sendo assim, a depressão é um dos fatores associados à incapacidade no paciente
com dor lombar (HUNG; LIU; FU, 2015).

Outro fator comum em pacientes com DLNE é o distúrbio do sono. O sono é essencial para manter
normais as condições emocionais, físicas e mentais. Os distúrbios do sono levam à diminuição de horas
de trabalho e ao maior risco de lesão musculoesquelética. Estudos mostram que aproximadamente 50%
dos pacientes com DLNE apresentam algum distúrbio relacionado ao sono (BAHOUQ et al., 2013). A dor
associada a distúrbios do sono pode afetar a qualidade de vida, o nível de atividade física, a vida social e
os aspectos emocionais; por isso, contribui diretamente para um mau prognóstico do paciente com DLNE.

É de extrema importância o entendimento da dor e de todos os seus aspectos para a tomada de decisão
quando tratamos dos paciente com DLNE. A educação do paciente sobre a dor é uma das ferramentas
adequadas (NIJS et al., 2013) para o manejo da dor no paciente com DLNE (MILES et al., 2011).

Portanto, a teoria biopsicossocial, que ressalta que os fatores associados à incapacidade, como os
aspectos cognitivos, ambientais e sociais, podem influenciar na cronicidade da dor, vem sendo agregada
e deve ser valorizada na avaliação e no tratamento de pacientes com dor lombar, na tentativa de
melhorar o direcionamento do tratamento e torná‑lo cada vez mais eficaz.

184
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Biomecânica
Função Força

Bio Nível de
Catastrofização escolaridade
Dor
Depressão/ Psico Social Situação
Ansiedade socioeconômica
Cinesiofobia Profissão
Sono

Figura 201 – Diagrama biopsicossocial

8.7 Avaliação postural

8.7.1 Definição

O conceito de postura, definido há décadas, diz respeito a um estado de equilíbrio muscular e


esquelético que protege as estruturas de suporte do corpo contra uma lesão ou deformidade, em posição
ereta, deitada, agachada ou encurvada. O termo também é utilizado para descrever o alinhamento corporal
associado à orientação do corpo no ambiente.

Porém, o termo referente à posturologia, atualmente, ainda não é considerado um conceito fixo e
é compreendido como parte da fisionomia fixa das estruturas inerentes do corpo, determinadas pela
herança genética, ou parte da fisionomia móvel, determinada pela patologia ou pela cultura. Portanto,
a postura é definida pelas genealogias entrelaçadas dos vários usos e significados associados ao próprio
termo “postura”, e não necessariamente pelas reivindicações daqueles que definem qual postura deve
ser. Desse modo, possui múltiplos significados abrangentes que exemplificam as genealogias inerentes
a qualquer compreensão do corpo humano.

Com base na sustentação do corpo, atuam diversas estruturas ósseas que incluem toda a coluna
vertebral, desde a coluna cervical até a coccígea e axial, envolvendo os membros distais, as estruturas
musculares que circundam a coluna vertebral, desempenhando papel importante na sustentação da
coluna vertebral e na estabilização do tronco, e, por fim, as estruturas ligamentares, que se adaptam
facilmente aos movimentos realizados. Portanto, os componentes estáticos e dinâmicos do nosso corpo
se complementam para melhor adequação da coluna vertebral diante de situações diárias.

A coluna vertebral comporta quatro curvas na vista sagital: a lordose cervical, a cifose torácica, a lordose
lombar e a cifose sacral. Essas são responsáveis por permitir maior eficiência na absorção de energia e na
mobilidade da coluna vertebral. Em um plano frontal, é considerada uma estrutura óssea retilínea, fazendo
com que a presença das curvaturas no plano sagital aumente a resistência à compressão axial dez vezes mais.

No decorrer da formação embrionária, as curvaturas consideradas primárias são caracterizadas por


terem conservado suas formas no embrião, e as secundárias como o resultado de adaptação do esqueleto.
185
Unidade IV

Sendo assim, as curvas dorsal e sacral são consideradas primárias, e a cervical e lombar secundárias, uma
vez que, a partir do desenvolvimento da posição pronada, o recém‑nascido eleva a cabeça, promovendo
um estímulo para a adaptação da lordose cervical. Assim, a partir da posição sentada, e evoluindo para
a postura bípede, inicia‑se a formação da lordose lombar.

Durante centenas de anos, as bases literárias sobre esse tema englobavam diversas vertentes que nos
levavam a considerar o sistema postural como um sistema estruturado com múltiplas funções, como:
lutar contra a gravidade e manter a postura ereta; opor‑se às forças externas em situações necessárias;
situar‑se no espaço‑tempo estruturado que nos envolve; equilibrar‑se durante o movimento e guiar e
reforçar o movimento. Desse modo, deu‑se a importância necessária para a realização de uma avaliação
física com ênfase na análise postural.

Na prática clínica, essa avaliação é realizada durante a análise do exame físico. Dessa forma, é considerada
uma abordagem qualitativa com baixa sensibilidade e baixa confiabilidade intra e interavaliadores.

Durante o exame físico, há determinados conceitos e fundamentos da postura que devem ser
esclarecidos para melhor abordagem.

Posição anatômica

A posição anatômica é considerada uma referência para definições e descrições dos planos e eixos
corporais. Considera‑se a posição anatômica do corpo aquela posição ereta, com a face direcionada
para frente, os membros superiores ao lado do corpo, as palmas direcionadas para frente e os dedos e
polegares estendidos.

Figura 202 – Posição anatômica

186
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Eixos

Os eixos são as linhas sobre as quais o movimento ocorre. Existem três tipos de eixos em ângulo reto
entre si:

• Eixo sagital: localizado no plano sagital, estende‑se horizontalmente na direção ântero‑posterior.


Os movimentos de abdução e adução ocorrem sobre esse eixo no plano coronal.

• Eixo coronal: localizado no plano coronal, estende‑se horizontalmente na direção laterolateral.


Os movimentos de flexão e extensão ocorrem sobre esse eixo no plano sagital.

• Eixo longitudinal: estende‑se verticalmente na direção craniocaudal. Os movimentos de rotação


medial e lateral, abdução e adução horizontal do ombro ocorrem sobre esse eixo no plano transverso.

Planos

Os três planos básicos de referência derivam das dimensões no espaço e formam ângulos retos entre si:

• Plano sagital: é vertical e se estende na direção ântero‑posterior. O plano sagital mediano divide
o corpo nas metades direita e esquerda.

• Plano coronal: é vertical e se estende na direção laterolateral. O plano coronal ou frontal divide
o corpo nas porções anterior e posterior.

• Plano transverso: é horizontal e divide o corpo nas porções superior e inferior, craniana e caudal,
respectivamente.

Plano sagital Plano coronal Plano transverso

Figura 203 – Planos anatômicos do corpo humano

187
Unidade IV

Lembrete

Os eixos são as linhas sobre as quais o movimento ocorre. São eles: eixo
sagital, coronal e longitudinal.

Os planos são referências que derivam das dimensões no espaço. São


eles: plano sagital, coronal e transverso.

Tipos de alinhamento postural

A curvaturas fisiológicas da coluna vertebral consistem em uma curva convexa anteriormente no


pescoço (lordose cervical), uma curva convexa posteriormente na região dorsal (cifose torácica) e uma
curvatura convexa anteriormente na região lombar (lordose lombar).

De acordo com a linha de pensamento de Kendall e McCreary (2005), em uma postura alterada, a pelve
pode estar inclinada anteriormente, posteriormente ou lateralmente. Em uma postura cifótica‑lordótica, a
pelve inclina‑se para frente, criando um aumento da curva anterior dessa região e gerando maior lordose.
Na postura com dorso plano e sway back, a pelve inclina‑se para posterior, e a coluna lombar se torna plana.

Alinhamento Postura Postura com o Postura com deslocamento


ideal cifótica-lordótica dorso plano posterior do dorso (sway-
back ou relaxada)

Figura 204 – Tipos de alinhamento postural

Método clássico de avaliação postural

Através de inúmeros pesquisadores, foi‑se elaborando um sistema de avaliação postural, de maneira


a integrar todos os componentes a serem analisados nos planos sagital, frontal e axial e as considerações
a respeito dos tipos de alinhamento postural.

188
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Equipamentos de avaliação

Durante uma avaliação postural clássica, pode‑se utilizar diversos equipamentos para execução:

• Linha ou fio de prumo: a linha é suspensa a partir de um suporte acima da cabeça, e o peso de
chumbo é fixado em contato com o chão.

• Caneta marcadora: a caneta é utilizada para marcações em pontos de referências anatômicas e


para melhor visualização de desvios.

• Fita métrica: a fita é utilizada para mensurar o comprimento de membros e as circunferências,


seja abdominal, seja de cintura pélvica, seja do membro.

• Vestimenta adequada: para melhor visualização de todo o corpo humano e referências


anatômicas, solicita‑se ao paciente que utilize roupas que cubram as regiões íntimas (um biquíni
para as mulheres e uma sunga para os homens), possibilitando melhor análise das estruturas.

Referências anatômicas

Segundo Ferreira et al. (2010), para padronizar um método de avaliação postural, consideram‑se
algumas estruturas do corpo para tomada de referências anatômicas: tragus, acrômio, espinha ilíaca
ântero‑superior (EIAS), trocânter maior do fêmur, linha articular do joelho, ponto médio da patela,
tuberosidade da tíbia, maléolos laterais, maléolos mediais, ponto médio entre o segundo e terceiro
metatarso, processo espinhal de C7 e T3, ângulo inferior da escápula, espinha ilíaca póstero‑superior
(EIPS), linha medial da perna, tendão calcâneo e calcâneo.

Figura 205 – Referências anatômicas

189
Unidade IV

Desse modo, percebe‑se que a avaliação postural é minimamente detalhada, subjetiva e descritiva
e aponta possíveis diagnósticos ou causas de desfechos sobre a dor, sendo um complemento ao
exame físico do paciente. Alguns pesquisadores incluem testes para flexibilidade e comprimento
muscular e teste de força muscular para posterior execução do raciocínio clínico e interpretação
dos achados dos testes.

8.7.1.1 Testes de flexibilidade e comprimento muscular

Teste do ângulo poplíteo

Este teste é utilizado para avaliar a retração dos músculos responsáveis pela flexão do joelho: o
semitendíneo, o semimembranáceo e o bíceps femoral. O paciente deve estar em decúbito dorsal,
em posição inicial de flexão de quadril e joelho de 0‑90° no membro avaliado. O terapeuta inicia o
teste realizando uma extensão do joelho até encontrar uma resistência que sinalize um encurtamento
da musculatura posterior da coxa, que será quantificada com um goniômetro manual. A angulação
considerada normal para encurtamento da musculatura equivale a 157 a 167°.

Figura 206 – Teste do ângulo poplíteo

Teste de Thomas

O teste de Thomas foi descrito com a finalidade de avaliar o grau de retração tecidual dos músculos
flexores de quadril. A realização desse teste é feita com o paciente em decúbito dorsal segurando um
membro inferior em flexão máxima junto ao tronco, e o outro membro a ser testado em extensão total.
Se o quadril do membro testado não estender completamente, é considerado positivo.

190
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Figura 207 – Teste de Thomas

Teste do músculo peitoral maior

Segundo Kendall e McCreary (2005), o teste de avaliação da elasticidade do músculo peitoral maior
é realizado com o paciente deitado em posição supina, com os joelhos flexionados e o membro superior
a ser testado posicionado em 90° de abdução para analisar as fibras superiores, e 135° para as fibras
inferiores, mantendo o cotovelo estendido e o ombro em rotação externa. O teste é considerado positivo
quando o membro não encosta completamente na mesa, sinalizando uma retração tecidual.

Figura 208 – Teste do músculo peitoral maior

Teste de Schober modificado

O teste de Schober foi descrito primariamente em 1937 e modificado em 1969. Tem por finalidade
avaliar a flexibilidade da coluna lombar. O teste é executado com o paciente em posição ortostática
para realizar as seguintes marcações: junção lombossacra, tendo como referência a espinha ilíaca
póstero‑superior (EIPS), uma marca 10 cm acima e uma marca 5 cm abaixo.

191
Unidade IV

Após as marcações, solicita‑se a flexão de tronco o máximo tolerado, mantendo a extensão dos joelhos,
e mensura‑se a distância entre as marcações mais extremas. A flexibilidade da coluna lombar é avaliada
pela diferença entre essas mensurações, e considera‑se o resultado normal igual ou maior que 7 cm.

A) B)
Figura 209 – Teste de Schober

Teste dedo‑solo

É considerado um teste para análise da flexibilidade da coluna toracolombar e de toda a cadeia


muscular póstero‑inferior do corpo, incluindo os músculos isquiotibiais e os eretores da espinha. Para
execução do teste, o paciente realiza uma flexão de tronco para tocar o solo até o tolerado, mantendo
os joelhos em extensão. A distância entre a ponta do dedo médio e o solo é mensurada através de uma
fita métrica, e considera‑se um valor normal maior ou igual a 5 cm.

Figura 210 – Teste dedo‑solo

192
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Testes de força muscular

A avaliação da condição de força dos músculos responsáveis pela manutenção da postura é realizada
para tomada de conduta terapêutica futura, para diferenciação entre a condição de hiperatividade
muscular, força muscular, fraqueza muscular e inibição muscular. Desse modo, realiza‑se o teste para
os músculos do abdome superiores, inferiores e oblíquos, assim como dos flexores laterais de tronco e
extensores de coluna, rotadores externos, internos, extensores e flexores de quadril, flexores e extensores
de joelho, flexores plantar e dorsais e escapulotorácicos.

8.7.2 Software para avaliação postural (Sapo)

O software para avaliação postural (Sapo) é um software desenvolvido em 2005 por um grupo de
pesquisadores brasileiros com a finalidade de auxiliar durante a avaliação postural a partir de imagens
digitalizadas. Está disponível em domínio público e livre de código aberto para procedimentos científicos
de análise postural.

O Sapo é considerado pelos criadores um aplicativo de fácil instalação e configuração,


independentemente da plataforma e dos recursos de manipulação de imagens, interface, rede, segurança,
confiabilidade, entre outros. Conta com a implementação de ajuda e tutoriais científicos, que seguem em
constante atualização em base web para melhor utilização tanto na prática clínica quanto na pesquisa.

O protocolo que segue o software foi idealizado a partir de base científica, da relevância clínica, da
viabilidade metodológica e da aplicabilidade, considerado como padrão para avaliação postural, a fim
de gerar valores para o banco de dados sobre postura.

A avaliação realizada pelo software é baseada em quatro vistas fotográficas diferentes: frontal
posterior, frontal anterior, lateral direita e lateral esquerda. Consideram‑se, para cada uma dessas vistas,
pontos de referências anatômicas.

Quadro 14 – Vista anterior: pontos referentes

1. Glabela
2. Trago direito
3. Trago esquerdo
4. Mento
5. Acrômio direito
6. Acrômio esquerdo
7. Manúbrio do esterno
8. Epicôndilo lateral direito
9. Epicôndilo lateral esquerdo
10. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita
11. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna esquerda
12. Espinha ilíaca ântero‑superior direita

193
Unidade IV

13. Espinha ilíaca ântero‑superior esquerda


14. Trocânter maior do fêmur direito
15. Trocânter maior do fêmur esquerdo
16. Linha articular do joelho direito
17. Ponto medial da patela direita
18. Tuberosidade da tíbia direita
19. Linha articular do joelho esquerdo
20. Ponto medial da patela esquerda
21. Tuberosidade da tíbia esquerda
22. Maléolo lateral direito
23. Maléolo medial direito
24. Ponto entre a cabeça do 2° e 3° metatarso direito
25. Maléolo lateral esquerdo
26. Maléolo medial esquerdo
27. Ponto entre a cabeça do 2° e 3° metatarso esquerdo

Fonte: Duarte et al. (2005, p. 3).

Todos os pontos Protocolo Sapo

Figura 211 – Vista anterior Sapo

194
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Quadro 15 – Vista posterior: pontos referentes

1. Trago direito
2. Trago esquerdo
3. Acrômio direito
4. Acrômio esquerdo
5. Intersecção entre a margem medial e a espinha da escápula direita
6. Intersecção entre a margem medial e a espinha da escápula esquerda
7. Ângulo inferior da escápula direita
8. Ângulo inferior da escápula esquerda
9. Espinha ilíaca póstero‑superior direita
10. Espinha ilíaca póstero‑superior esquerda
11. Epicôndilo lateral direito
12. Epicôndilo lateral esquerdo
13. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita
14. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna esquerda
15. Processo espinhoso C7
16. Processo espinhoso T1
17. Processo espinhoso T3
18. Processo espinhoso T5
19. Processo espinhoso T7
20. Processo espinhoso T9
21. Processo espinhoso T11
22. Processo espinhoso T12
23. Processo espinhoso L1
24. Processo espinhoso L3
25. Processo espinhoso L4
26. Processo espinhoso L5
27. Processo espinhoso S1
28. Trocânter maior do fêmur direito
29. Trocânter maior do fêmur esquerdo
30. Linha articular do joelho direito
31. Linha articular do joelho esquerdo
32. Ponto sobre a linha média da perna direita
33. Ponto sobre a linha média da perna esquerda
34. Maléolo lateral direito
35. Ponto sobre o tendão do calcâneo direito na altura média dos dois maléolos
36. Maléolo medial direito

195
Unidade IV

37. Calcâneo direito


38. Maléolo lateral esquerdo
39. Ponto sobre o tendão do calcâneo esquerdo na altura média dos dois maléolos
40. Maléolo medial esquerdo
41. Calcâneo esquerdo

Fonte: Duarte et al. (2005, p. 4).

Todos os pontos Protocolo Sapo

Figura 212 – Vista posterior Sapo

Quadro 16 – Vista lateral direita: pontos referentes (mesma para esquerda)

1. Glabela
2. Trago direito
3. Mento
4. Manúbrio do esterno
5. Acrômio direito
6. Epicôndilo lateral direito
7. Ponto médio entre a cabeça do rádio e a cabeça da ulna direita
8. Processo espinhoso C7
9. Processo espinhoso T1
10. Processo espinhoso T3
11. Processo espinhoso T5

196
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

12. Processo espinhoso T7


13. Processo espinhoso T9
14. Processo espinhoso T11
15. Processo espinhoso T12
16. Processo espinhoso L1
17. Processo espinhoso L3
18. Processo espinhoso L4
19. Processo espinhoso L5
20. Processo espinhoso S1
21. Espinha ilíaca ântero‑superior direita
22. Espinha ilíaca póstero‑superior direita
23. Trocânter maior do fêmur direito
24. Linha articular do joelho direito
25. Ponto medial da patela direita
26. Tuberosidade da tíbia
27. Ponto sobre a linha média da perna direita
28. Ponto sobre o tendão do calcâneo direito na altura média dos dois maléolos
29. Calcâneo direito
30. Maléolo lateral direito
31. Ponto entre a cabeça do 2° e 3° metatarso direito

Fonte: Duarte et al. (2005, p. 5).

Todos os pontos Protocolo Sapo

Figura 213 – Vista lateral Sapo

197
Unidade IV

Além das medidas de protocolo, o Sapo possibilita medir distâncias e ângulos livremente, como:
assimetrias do comprimento dos membros inferiores, ângulo Q, angulações da cabeça/escápula/tronco/
pelve/quadril/joelho/tornozelo/pé e estimativa do centro da gravidade (CG).

O Sapo é considerado um software com alta repetitividade de precisão das avaliações, e os testes de
reprodutibilidade ainda estão sendo implementados.

Para execução da avaliação pelo aplicativo, são necessários:

• Um computador com acesso à internet.

• Uma câmera fotográfica.

• Um tripé.

• Um fio de prumo pendurado no teto.

• Marcações sobre pontos anatômicos.

• Um espaço mínimo com cerca de 4 x 1 m.

Desse modo, a utilização do software para avaliação postural é útil no diagnóstico do


indivíduo com alteração postural, sendo amplamente explorado por profissionais da saúde. Pode
ser uma ferramenta complementar na tomada de decisão clínica e na elaboração de condutas
para o tratamento.

Saiba mais

Para melhor análise de como utilizar as funções, o download, o protocolo


e as atualizações do software, sugerimos a leitura do texto a seguir:

DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo – Software para avaliação


postural. 2005. Disponível em: http://pesquisa.ufabc.edu.br/bmclab/sapo2/
SAPOdoc.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

Desmistificando a postura

O conceito de postura, conforme descrito no início do tópico, sempre foi amplamente e globalmente
estudado nas últimas décadas, e, a cada atualização, foi‑se confrontando com ideais e crenças de
profissionais da área da saúde, fisioterapeutas e/ou educadores físicos.

198
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Com isso, Slater e colaboradores (2019) publicaram um estudo desmistificando todos os conceitos
e as ideais a respeito desse tema e seus desfechos: avaliação, dor, recomendações clínicas, mudança de
linguagens e narrativa sobre a postura. Assim, elaboraram de maneira ilustrativa uma cartilha.

Observação

A narrativa sobre o tema referente à postura deve ser introduzida de


maneira gradual durante as sessões de fisioterapia, expondo o paciente à
educação sobre postura e dor. Esse é um modo de facilitar a evolução das
condutas e a progressão para a alta.

Quadro 17 – Desmitificando a avaliação postural

Palavras‑chave para a mudança na narrativa sobre a postura


1. Não existe uma única postura correta

Figura 214

Apesar das crenças comuns na postura, não há fortes evidências de que existe uma postura ideal ou que evitar
posturas incorretas impeça a dor nas costas.
2. Diferenças na postura fazem parte da vida
Existem variações naturais nas curvaturas da coluna, e não há uma curvatura específica fortemente associada
com a dor. A dor não deve ser atribuída a variações relativamente normais.
3. Posturas refletem crenças e humores

Figura 215

Posturas podem fornecer uma melhor compreensão sobre as emoções de uma pessoa, os pensamentos e a
imagem corporal. Algumas posturas são adotadas como estratégia protetora e podem refletir preocupações
quanto à vulnerabilidade corporal. Entender as razões por trás de posturas preferidas pode ser útil.

199
Unidade IV

4. É seguro adotar posturas mais confortáveis


Posturas confortáveis variam entre os indivíduos. Explorar diferentes posturas, incluindo aquelas frequentemente
evitadas, e mudar posturas habituais pode fornecer alívio nos sintomas.
5. A coluna é forte e confiável

Figura 216

A coluna é uma estrutura forte e adaptável, capaz de se mover e de sustentar cargas com segurança em uma
variedade de posturas. Alertas comuns para a proteção da coluna não são baseados em evidências e podem
causar medo.
6. Sentar não é perigoso
Ficar sentado por mais de 30 minutos em uma posição não é perigoso. No entanto, mover e mudar de posição
pode ser útil, e ser fisicamente ativo é importante para a saúde.
7. Uma forma não serve para todos

Figura 217

A avaliação da postura e do movimento previne a dor no ambiente de trabalho. Estilos de se levantar preferidos
são influenciados por curvatura espinhais, variando naturalmente, e os conselhos para adotar uma postura
específica ou manter o “core” aliviado não são baseados em evidências.

Fonte: Slater et al. (2019, p. 562).

Resumo

Como visto no conteúdo desta unidade, a articulação temporomandibular


(ATM) está inserida em um conjunto de subsistemas que podem resultar
em disfunções miogênicas (relacionadas aos músculos periarticulares) ou
artrogênicas (relacionadas a problemas intra‑articulares).

O conhecimento da relação anatômica e artrocinemática é de suma


importância para que sejam identificados os déficits e a condição clínica
200
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

dessas estruturas, além de, a partir daí, ser construído o racicíonio clínico
mediante a avaliação.

Consideramos, então, que na ausência de condições artrocinemáticas,


como alterações discais, capsulares ou instabilidade, devemos aumentar
nossa atenção para as condições musculares propriamente ditas, como
contraturas, alteração de sinergia e hábitos parafuncionais. Para tal, o
desfecho da avaliação levará o examinador a identificar esse tipo de
disfunção através da queixa clínica do paciente e dos testes especiais e de
força muscular, que exigem maior ação desses tecidos.

Para as condições artrogênicas, quando descartadas as hipóteses


diagnósticas para disfunções musculares, observaremos com maior
frequência comprometimentos importantes do disco intra‑articular,
instabilidade e estalidos.

Vale lembrar que, em uma porcentagem significativa desses pacientes,


consideramos as disfunções do tipo mista, na qual é possível identificar
alterações articulares e de partes moles.

O conteúdo abordado nesta unidade possibilita ao avaliador entender,


através dos conhecimentos anatômicos e biomecânicos, as condições de
déficits e alterações de força e amplitude de movimento provenientes de
disfunção ou patologia da coluna vertebral.

A história diagnóstica e a queixa clínica do paciente precisam ser


levadas em consideração para que seja norteada, a partir de então, uma
hipótese diagnóstica que será investigada por meio da avaliação física e
dos testes especiais.

Os testes especiais devem ser realizados se o avaliador suspeitar de


algum problema ou se deparar com algum sinal clínico que pode ter relação
com algum comprometimento que envolva a medula espinal.

A avaliação poderá ser repetida de forma breve a cada dia de


tratamento do paciente, para que seja possível observar as condições
de prognóstico.

A ciência que estuda os conceitos relacionados à avaliação postural


ainda se encontra em constante evolução de ideais e crenças. A postura
era definida como aquela em que existe um estado de equilíbrio muscular
e esquelético que protege as estruturas de suporte do corpo contra uma
lesão ou deformidade.

201
Unidade IV

Porém, o termo referente à posturologia, atualmente, ainda não é


considerado um conceito fixo e é compreendido como parte da fisionomia
fixa das estruturas inerentes do corpo, determinadas pela herança genética,
ou parte da fisionomia móvel, determinada pela patologia ou pela cultura.

Conhecemos o método de avaliação postural clássica, composto pelos


testes especiais e pelos testes de flexibilidade e comprimento muscular,
além da utilização do software para a avaliação postural (SAPO), criado
com o intuito de facilitar e auxiliar através de imagens digitalizadas.

Por fim, tratamos da importância de desmistificar os ideais que se têm


a respeito do tema, de forma que estratégias de educação ao paciente,
recomendações clínicas, avaliações e mudanças na narrativa durante
as sessões tornem o tratamento fisioterápico efetivo e que o paciente
compreenda ser o principal feitor para o sucesso do tratamento.

Exercícios

Questão 1. (Instituto AOCP 2015) Sobre a articulação temporomandibular e suas disfunções, assinale
a alternativa incorreta.

A) O digástrico, o milo‑hioideo, o gênio‑hioideo e o estilo‑hioideo são músculos supra‑hioideos.

B) O esterno‑hioideo, o esternotireoideo, o tireo‑hioideo e o omo‑hioideo são músculos infra‑hioideos.

C) Cefaleia, dificuldade de abrir e/ou fechar a boca, dor de ouvido e/ou zumbido, dificuldade de
mastigar, desvio da mandíbula para os lados e alterações posturais são sinais e sintomas das
disfunções temporomandibulares.

D) Entre as condutas que podem ser utilizadas nas disfunções temporomandibulares, estão:
eletroterapia, crioterapia, calor superficial e profundo, terapia manual, cinesioterapia e
reeducação postural.

E) Os músculos pterigoideo lateral e pterigoideo médio são responsáveis pela retração da mandíbula.

Resposta correta: alternativa E.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: nos músculos da mastigação, estão incluídos os músculos mastigatórios, todos os


supra‑hioideos, que são o gênio‑hioideo, o milo‑hioideo, o digástrico e o estilo‑hioideo, além dos
202
SEMIOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

infra‑hioideos, estabilizando o osso hioide, a musculatura da língua, o bucinador e a musculatura


da mímica.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: os músculos infra‑hioideos são um grupo muscular do pescoço (compreendem os


músculos que se estendem do osso hioide, a clavícula, a escápula e o esterno). Os músculos infra‑hioideos
são ditos “abaixadores indiretos” da mandíbula, sendo eles os músculos esterno‑hioideo e omo‑hioideo
e os músculos esternotireoideo e tiro‑hioideo.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: os sintomas mais comuns da disfunção da ATM são: dores de cabeça na região
da testa, no fundo de olho e nas têmporas; dores de ouvido; zumbidos no ouvido; dificuldade
para mastigar, principalmente alimentos duros; dores durante a mastigação; tonturas; vertigens;
barulho próximo à orelha ao abrir e fechar a boca; desgaste dental excessivo; sensação de travar
a mandíbula.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: como tratamento não farmacológico, são indicados exercícios fisioterápicos, laserterapia,
cinesioterapia, termoterapia, dispositivos intra‑orais, terapia cognitivo‑comportamental, agulhamento
seco, bloqueio anestésico, visco‑suplementação, artrocentese e ajuste oclusal.

E) Alternativa correta.

Justificativa: esta alternativa é a única incorreta porque o músculo pterigoideo lateral, ao


se contrair, coloca os côndilos da mandíbula em rotação e os abaixa em direção aos tubérculos
articulares, abrindo e protraindo a mandíbula. Nesse momento, o feixe superior permanece inativo,
atuando principalmente na estabilização do fechamento da boca. Já o pterigoideo médio forma com o
masseter a alça mandibular, que é uma faixa muscular na qual o ângulo da mandíbula fica repousado
e que fixa o ramo do crânio.

Questão 2. (Instituto AOCP 2015) A coluna vertebral possui curvaturas que permitem a distribuição
do peso das partes moles. Estas podem ser divididas em primárias e secundárias. Referente ao assunto,
assinale a alternativa correta.

A) Primárias: lordose cervical e lordose lombar; secundárias: cifose torácica e cifose sacral
ou sacrococcígea.

B) Primárias: cifose torácica e cifose sacral ou sacrococcígea; secundárias: cifose lombossacra e


cifose lombar.

203
Unidade IV

C) Primárias: lordose torácica e lordose sacral ou sacrococcígea; secundárias: lordose cervical e


lordose lombar.

D) Primárias: cifose torácica e cifose sacral ou sacrococcígea; secundárias: lordose cervical e


lordose lombar.

E) Primárias: cifose vertebral e cifose sacral; secundárias: lordose vertebral e lordose lombar.

Resposta correta: alternativa D.

Análise da questão

Curvaturas primárias: torácica e sacral (mantêm o sentido da curvatura da coluna fetal). Curvaturas
secundárias: cervical (surge em torno do terceiro mês de vida, quando a criança já sustenta o peso
da cabeça); lombar (surge em torno do sexto mês de vida, quando a criança já sustenta o corpo em
posição ortostática).

Na cifose, temos a acentuação das curvaturas primárias (torácica e sacral). Na lordose, temos a
acentuação das curvaturas secundárias (cervical e lombar).

204
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 137

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 69.

Figura 138

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 69.

Figura 139

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 69.

Figura 140

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 37.

Figura 141

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 37.

Figura 142

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 37.

Figura 143

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 37.

Figura 144

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 37.

205
Figura 145

HARRISON, A. L.; THORP, J. N.; RITZLINE, P. D. A proposed diagnostic classification of patients with
temporomandibular disorders: implications for physical therapists. Journal of Orthopaedic & Sports
Physical Therapy, v. 44, n. 3, p. 182‑197, mar. 2014. p. 191.

Figura 146

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 69.

Figura 147

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 69.

Figura 149

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 68.

Figura 150

HARRISON, A. L.; THORP, J. N.; RITZLINE, P. D. A proposed diagnostic classification of patients with
temporomandibular disorders: implications for physical therapists. Journal of Orthopaedic & Sports
Physical Therapy, v. 44, n. 3, p. 182‑197, mar. 2014. p. 192.

Figura 151

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 46.

Figura 152

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 50.

Figura 153

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 41.

206
Figura 154

OHRBACH, R. et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders clinical protocol and
assessment instruments. International RDC/TMD Consortium Network, jan. 2014. p. 70.

Figura 155

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 70.

Figura 156

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 70.

Figura 157

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 70.

Figura 158

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 70.

Figura 159

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 70.

Figura 160

ALVES, N.; CANDIDO, P. L. Anatomia para o curso de odontologia geral e específica. 4. ed. São Paulo:
Grupo Gen, 2016. p. 13.

Figura 164

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2016. p. 97.

Figura 165

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2016. p. 97.

Figura 166

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. São Paulo: Elsevier, 2011. p. 97.
207
Figura 167

KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 155.

Figura 168

KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 155.

Figura 169

KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 157.

Figura 170

KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 158.

Figura 179

CLELAND, J.; KOPPENHAVER, S.; SU, J. Netter’s orthopaedic clinical examination: an evidence‑based
approach. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2016. p. 78.

Figura 198

IANNOTTI, J. P.; PARKER, R. D. Coleção Netter de ilustrações médicas: parte II. 2. ed. v. 6. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014. p. 12.

Figura 199

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p. 474.

Figura 200

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p. 243.

Figura 202

KENDALL, F.; MCCREARY, E. Muscles, testing and functions with posture and pain. Baltimore, MD:
Lippincott Williams & Wilkins, 2005. p. 54.

Figura 203

KENDALL, F.; MCCREARY, E. Muscles, testing and functions with posture and pain. Baltimore, MD:
Lippincott Williams & Wilkins, 2005. p. 55.

208
Figura 204

KENDALL, F.; MCCREARY, E. Muscles, testing and functions with posture and pain. Baltimore, MD:
Lippincott Williams & Wilkins, 2005. p. 64.

Figura 205

FERREIRA, E. A. G. et al. Postural assessment software (PAS/Sapo): validation and reliability. Clinics, v.
65, n. 7, p. 675, 2010.

Figura 211

DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo – Software para avaliação postural. 2005. Disponível
em: http://pesquisa.ufabc.edu.br/bmclab/sapo2/SAPOdoc.pdf. Acesso em: 22 out. 2019. p. 3.

Figura 212

DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo – Software para avaliação postural. 2005. Disponível
em: http://pesquisa.ufabc.edu.br/bmclab/sapo2/SAPOdoc.pdf. Acesso em: 22 out. 2019. p. 4.

Figura 213

DUARTE, M. et al. Documentação sobre o Sapo – Software para avaliação postural. 2005. Disponível
em: http://pesquisa.ufabc.edu.br/bmclab/sapo2/SAPOdoc.pdf. Acesso em: 22 out. 2019. p. 5.

Figura 214

SLATER, D. et al. “Sit up straight”: time to re‑evaluate. Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy, v. 49, n. 8, p. 562‑564, 2019. p. 562.

Figura 215

SLATER, D. et al. “Sit up straight”: time to re‑evaluate. Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy, v. 49, n. 8, p. 562‑564, 2019. p. 562.

Figura 216

SLATER, D. et al. “Sit up straight”: time to re‑evaluate. Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy, v. 49, n. 8, p. 562‑564, 2019. p. 562.

Figura 217

SLATER, D. et al. “Sit up straight”: time to re‑evaluate. Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy, v. 49, n. 8, p. 562‑564, 2019. p. 562.
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https://drrobertlaprademd.com/

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https://www.physiotutors.com/

https://www.sbquadril.org.br/

Exercícios

Unidade I – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). TRT – 5ª Região (BA) – 2013: Analista
Judiciário – Fisioterapia. Questão 21.

Unidade I – Questão 2: INSTITUTO AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (IADES). AL‑GO – 2019 –


Analista Legislativo: Fisioterapeuta. Questão 34.

Unidade II – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Prefeitura de Macapá – AP – 2018:


Fisioterapeuta. Questão 26.

Unidade II – Questão 2: CESPE/UNB. SESA‑ES – 2013: Fisioterapeuta. Questão 32.

Unidade III – Questão 1: INSTITUTO AOCP. EBSERH – 2017 – Área Assistencial – HUJB – UFCG:
Fisioterapeuta. Questão 45.

Unidade III – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). TRT – 3ª Região (MG) – 2009: Analista
Judiciário – Fisioterapia. Questão 43.

Unidade IV – Questão 1: INSTITUTO AOCP. EBSERH – 2015 – Área Assistencial – HDT‑UFT: Fisioterapeuta.
Questão 41.

Unidade IV – Questão 2: INSTITUTO AOCP. EBSERH – 2015 – Área Assistencial – HE‑UFPEL: Fisioterapeuta.
Questão 41.
216
217
218
219
220
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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