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OTORRINOLARINGOLOGIA

Autoria e colaboração

Bruno Peres Paulucci Atualização 2019


Graduado pela Faculdade de Medicina da Universida- Bruno Peres Paulucci
de de São Paulo (FMUSP). Especialista em Otorrinola-
ringologia e subespecialista em Cirurgia Plástica facial
Assessoria didática
pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP), onde
Fabio Colagrossi Paes Barbosa
também cursou doutorado e é médico colaborador. Pós-
graduado em Medicina Estética e Cirurgia Plástica Facial
pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITEP). Membro
da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirur-
gia Cervicofacial (ABORL-CCF) e da Academia Brasileira
de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF).

Eric Thuler
Graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialis-
ta em Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da
FMRP-USP. Título de especialista pela Associação Brasi-
leira de Otorrinolaringologia (ABORL).

Fabio Colagrossi Paes Barbosa


Graduado em Medicina pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Cirurgia
Geral pela Santa Casa de Campo Grande e em Cirurgia
do Aparelho Digestivo pela Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Mestre e doutor em
Cirurgia pela ISCMSP. Membro titular do Colégio Brasilei-
ro de Cirurgia Digestiva (CBCD), do Colégio Brasileiro dos
Cirurgiões (CBC) e do Capítulo Brasil da International He-
pato-Pancreato-Biliary Association (IHPBA). Professor
adjunto de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMS e
professor titular da Universidade Anhanguera-Uniderp.
Coordenador da Residência Médica em Cirurgia Geral do
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Vladimir Garcia Dall’Oca


Graduado em Medicina pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Otorrino-
laringologia pela Pontifícia Universidade Católica de So-
rocaba (PUC).
Prezado aluno,

Nós, da Medcel, sabemos o quanto é desafiador o caminho para se tornar médico


e quantos obstáculos você precisou superar para chegar até aqui. Foram inúmeras
noites sem dormir, matérias complexas para aprender, diagnósticos difíceis de fazer,
além de uma intensa trajetória de superação dos seus próprios limites.

Você, para nosso time, é uma grande inspiração. Afinal, são profissionais como você
que cuidarão de nossas famílias e também de nossa saúde. Por isso, já somos gratos
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seus conhecimentos, fazer questões de provas de anos anteriores e ter foco para
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Bons estudos!
Um grande abraço,
Time Medcel
Sumário

Capítulo 1 - Anatomia em 10. Paralisia facial periférica.......................................73


Otorrinolaringologia...........................................9 Resumo..............................................................................74

1. Anatomia do nariz......................................................10
Capítulo 4 - Faringolaringologia.....................77
2. Anatomia da orelha...................................................16
1. Laringites..................................................................... 78
3. Anatomia da faringe, da laringe e da
2. Patologias não inflamatórias da laringe............ 82
cavidade oral.............................................................. 23
3. Lesões benignas das pregas vocais.................... 87
4. Anatomia dos espaços cervicais
profundos.................................................................... 28 4. Alterações estruturais mínimas das pregas
vocais............................................................................88
5. Anatomia dos níveis cervicais linfonodais........ 28
5. Papilomatose laríngea............................................. 89
Resumo............................................................................. 30
6. Paralisia de pregas vocais......................................90
Capítulo 2 - Métodos diagnósticos em 7. Trauma laríngeo......................................................... 92
Otorrinolaringologia......................................... 31
8. Massas cervicais congênitas..................................93
1. Exames de imagem....................................................32
9. Neoplasias de laringe.............................................100
2. Exames endoscópicos..............................................35 10. Faringotonsilites................................................... 102
3. Testes auditivos......................................................... 38 11. Roncos e síndrome da apneia do sono.............111
4. Teste otoneurológico................................................41 Resumo............................................................................ 113
5. Polissonografia...........................................................41
Capítulo 5 - Rinologia...................................... 117
Resumo............................................................................. 42
1. Rinossinusites............................................................118
Capítulo 3 - Otologia........................................ 43 2. Rinossinusite aguda................................................118

1. Doenças da orelha externa....................................44 3. Complicações das rinossinusites agudas......... 120

2. Doenças não infecciosas da orelha média........48 4. Rinossinusite crônica..............................................123

3. Doenças infecciosas/inflamatórias da 5. Subclassificações das rinossinusites


orelha média............................................................... 52 crônicas.......................................................................124

4. Tratamentos associados......................................... 54 6. Rinossinusites não infecciosas (rinites)............129

7. Desvios septais........................................................ 130


5. Distúrbios da orelha interna................................. 62
8. Cisto de retenção mucoso..................................... 131
6. Surdez na infância.................................................... 65
9. Epistaxes.................................................................... 131
7. Vestibulopatias periféricas.................................... 68
10. Fraturas nasais.......................................................132
8. Tumores de osso temporal e ângulo
pontocerebelar.......................................................... 70 11. Tumores de nariz e seios da face.......................133

9. Tumores glômicos de osso temporal...................72 Resumo............................................................................136


Capítulo 6 - Outras doenças de cabeça e
pescoço no território
otorrinolaringológico...................................... 137

1. Glândulas salivares................................................. 138

2. Neoplasias de cavidade oral e orofaringe........145

3. Neoplasias de lábio................................................. 146

4. Neoplasias de nasofaringe................................... 146

Resumo........................................................................... 149
Bruno Peres Paulucci

1
Anatomia em
Otorrinolarin-
gologia
Neste capítulo, serão revisados os principais tópicos labirinto membranoso). O labirinto é composto por canais
sobre anatomia do ouvido, do nariz/fossas nasais semicirculares (CSCs), vestíbulo, cóclea, utrículo, sáculo e
e da faringe e laringe. O nariz tem, em sua anatomia órgão de Corti. Os músculos do ouvido são o tensor do tím-
externa, a pirâmide nasal (óssea e cartilaginosa). Na pano e estapédio. Na vascularização do ouvido, estão as
porção inicial das fossas nasais, encontra-se a válvula artérias carótida externa, interna e vertebral. A inervação
nasal, e, posteriormente a ela, observam-se parede vestibulococlear é feita através do NC VIII (nervo vestibu-
medial (septo nasal) e parede lateral do nariz (con- lococlear) e do NC VII (nervo facial). A faringe se divide em
chas e meatos). Há, ainda, os seios paranasais (frontal, nasofaringe, orofaringe e hipofaringe. A laringe é formada
esfenoidal, maxilar, células etmoidais) e cóana. Quanto pelas cartilagens (aritenoide, cuneiformes e corniculadas,
à vascularização nasal, a irrigação provém das arté- epiglote, tireoide e cricoide). Sua musculatura intrínseca é
rias carótidas interna e externa. A anastomose dos 2 formada por músculos adutores das pregas vocais e mús-
sistemas carotídeos acontece na zona de Kiesselbach culo abdutor. Sua inervação é feita pelo nervo laríngeo
(septal anterior). A inervação provém dos nervos tri- inferior e superior. O nível das pregas vocais (glote) divide
gêmeo (sensitiva) e olfatório (olfativa). A rinofaringe a laringe anatomicamente em supraglote, glote e subglote.
localiza-se posteriormente às cóanas e anteriormente A fonação ocorre pela vibração das pregas vocais quando
à coluna cervical. Duas estruturas destacam-se nessa o ar atravessa a laringe durante a expiração. Essa vibração
região: a adenoide (ou tonsila faríngea) e o óstio tubá- das pregas vocais e da mucosa gera uma onda sonora. A
rio. Quanto à fisiologia nasal, ressaltam-se o batimento cavidade oral é delimitada anteriormente pela boca (mús-
mucociliar e o fluxo aéreo. A orelha é dividida, anatomi- culo orbicular da boca), lateralmente pela região jugal,
camente, em externa (pavilhão auricular e o Conduto superiormente pelo palato (duro e mole) e inferiormente
Auditivo Externo – CAE), média (caixa ou cavidade tim- pelo assoalho da boca. A cavidade oral tem relação anatô-
pânica, tuba auditiva e células mastóideas, membrana mica direta com as glândulas salivares maiores (parótidas,
timpânica e cadeia ossicular) e interna (labirinto ósseo, submandibulares, sublinguais).
10 otorrinolaringologia

1. Anatomia do nariz Tabela 1 - Estruturas nasais externas

Localizações Estruturas
A - Anatomia externa Ossos próprios
do nariz
a) Pirâmide nasal
Processo nasal Terço supe- Esqueleto ósseo
É a estrutura externa do nariz, tendo na face infe- da maxila rior do nariz
rior 2 aberturas – as narinas. Processo nasal
A pirâmide é dividida em 2 porções: óssea, de os- do frontal
sos próprios do nariz e processos nasais da ma- Cartilagem
xila e do osso frontal, e cartilaginosa, em que os lateral superior Esqueleto car-
2 terços infe-
2 terços inferiores são cartilaginosos, com 2 car- tilaginoso do
Cartilagem riores
nariz
tilagens laterais superiores e 2 laterais inferiores lateral inferior
(ou alares).
Acima das Presença de
Vestíbulo nasal
O vestíbulo nasal é a região de entrada do nariz. É narinas pelos (vibrissas)
revestido internamente por pele e pelos com fun-
Junção das car-
ção protetora, as vibrissas. Acima do tilagens late-
Válvula nasal
vestíbulo rais superiores e
b) Válvula nasal inferiores
Localizada logo após o vestíbulo nasal, é uma pro-
jeção intranasal da união das cartilagens laterais B - Fossas nasais
inferior e superior. Quando estreitada, essa região
pode ocasionar obstrução nasal. a) Parede medial (septo nasal)
O septo nasal é uma estrutura laminar que separa
as 2 fossas nasais. Apresenta uma porção cartila-
ginosa (anterior) e uma porção óssea inferopos-
terior, formada pelo vômer, pela crista maxilar e
pela lâmina perpendicular do osso etmoide (Fi-
gura 2).
A drenagem venosa do septo ocorre em direção
à face intracraniana, favorecendo a dissemina-
ção facial e meníngea de focos infecciosos dessa
estrutura (Figura 3). A região anteroinferior do
septo é chamada de zona de Kiesselbach, apre-
senta grande vascularização e é o principal foco
de epistaxe em adultos e crianças.

Quadro clínico
O terço anteroinferior da mucosa do septo (zona
de Kiesselbach) é importante pela presença de
um plexo arteriovenoso, o que torna essa região
a mais propensa a sangramentos, principalmente
pós-traumáticos e em rinites. Essa é também a
região de origem de veias que drenam em direção
intracraniana (Figura 3).

Figura 1 - Anatomia da pirâmide óssea: (A) osso nasal; (B)


osso frontal; (C) processo frontal da maxila; (D) cartilagem
lateral superior; (E) cartilagem lateral interior; (F) cartila- Comumente, o septo nasal está desviado da linha
gens alares menores; (G) região da válvula nasal média. Isso decorre de desvios isolados da cartila-
Bruno Peres Paulucci

6
Neste capítulo, serão abordadas outras doenças de
cabeça e pescoço que mantêm intersecção com a
avaliação em Otorrinolaringologia. Trata-se de patolo-
gias das glândulas salivares, orofaringe e rinofaringe.
As glândulas salivares apresentam-se em 2 grupos:
menores e maiores (parótidas, submandibulares e
sublinguais). A infecção viral tem, como etiologia mais

Outras doenças
comum, a caxumba ou a parotidite epidêmica por
paramixovírus. Parotidites agudas podem ocorrer por
parainfluenza, coxsackie, echovírus e Epstein-Barr, e

de cabeça e
o tratamento é sintomático. Das infecções bacteria-
nas das glândulas salivares, na sialadenite supurativa
aguda há acometimento da glândula parótida pelo

pescoço no
Staphylococcus aureus e tratamento com antibioti-
coterapia. A sialolitíase é a formação de cálculos nos
ductos das glândulas salivares e tem, como fatores

território otorri-
de risco, desidratação e estenose de ducto, processos
inflamatórios crônicos do epitélio do ducto. Quanto
a neoplasias de glândulas salivares, das neopla-
sias benignas, o adenoma pleomórfico (tumor misto
benigno) é o 2º tumor mais frequente em crianças,
cujo tratamento consiste em parotidectomia super-
ficial com ressecção do tumor e margem cirúrgica de
nolaringológico
glândula normal. O tumor de Warthin é o 2º tumor
perdas inexplicáveis de dentes, desconforto oral, trismo
benigno mais frequente na parótida, cujo tratamento
e otalgia. As lesões têm aspecto mucoso até vegetantes,
é cirúrgico, com parotidectomia superficial. O heman-
estas as mais comuns. O tratamento pode ser cirúrgico,
gioma é o tumor das glândulas salivares mais comum
radioterápico ou associado. Sobre as neoplasias do lábio,
em crianças. Das neoplasias malignas, o carcinoma
o carcinoma espinocelular é o tumor maligno mais comum
mucoepidermoide é o mais comum da parótida e o
da cavidade oral e um daqueles com maior índice de cura;
2º mais frequente da submandibular e das glândulas
salivares menores. O tratamento é cirúrgico, com exci- história de ferida que não cicatriza e forma crostas con-
são ampla, margem cirúrgica e preservação do nervo comitantes com sangramento é sugestiva dessa lesão.
facial se não há envolvimento. Já o carcinoma ade- O palato duro, por sua vez, é a localização mais rara de
noide cístico é o 2º tumor maligno mais comum, com todos os tumores orais. O quadro clínico compreende
alto acometimento do nervo facial; corresponde de 5 tumefação, dor e ulceração. Neoplasias do assoalho da
a 10% das neoplasias das glândulas salivares maiores boca são carcinomas de células escamosas bem diferen-
e 35% das neoplasias malignas das glândulas meno- ciados cujo tratamento é cirúrgico, possivelmente por via
res, bem como 40 a 60% dos tumores da sublingual. oral ou externa. As neoplasias da nasofaringe apresentam
O tratamento consiste em cirurgia com excisão ampla um dos piores prognósticos dentre os tumores malignos
do tumor seguida de radioterapia. Sobre as neoplasias de cabeça e pescoço. O tratamento primário consiste em
da cavidade oral e da orofaringe, não há quadro clí- radioterapia, com bons resultados tardios, porém com
nico característico, e a evolução é lenta. Os sintomas índice relativamente alto de complicações, como xerosto-
mais comuns são odinofagia, disfagia, hemorragia, mia, otite serosa e hiposmia.
138 otorrinolaringologia

1. Glândulas salivares encontradas praticamente em toda a cavidade


oral, nasal, faringe, no polo superior das amígda-
As glândulas salivares apresentam-se em 2 las (glândulas de Weber) e nos pilares amigdalia-
grupos: nos (Figura 2).
--Glândulas salivares maiores: parótidas, sub- A saliva produzida pelas glândulas salivares tem
mandibulares e sublinguais (Figura 1); funções digestiva e bactericida e facilita a gusta-
--Glândulas salivares menores: estimadas entre ção, além da função imunológica e do controle de
600 e 1.000, são pequenas, independentes e cálcio e fósforo nos dentes.

Figura 1 - Observe as glândulas salivares maiores e seus ductos de drenagem


Fonte: adaptado do site basicmedical.com.

Figura 2 - Observe a distribuição das glândulas salivares menores por toda a mucosa palatal e faríngea
Fonte: adaptado do site earthslab.com.
R3
OTORRINOLARINGOLOGIA

QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Questões
Otorrinolaringologia

b) o nível IIA contém a glândula submandibular


c) o nível III é posterior à borda posterior do músculo es-
Anatomia em Otorrinolaringologia
ternocleidomastóideo, anterior ao músculo trapézio,
superior à clavícula e inferior à base do crânio
d) o nível V (mediastino superior) situa-se entre as arté-
2018 - UFPI - CLÍNICA CIRÚRGICA
rias carótidas comuns e é superior ao arco aórtico e
1. Os seguintes ossos faciais são pares, exceto:
inferior à borda superior do esterno
a) a maxila
e) o nível VI é limitado pelo osso hioide superiormente,
b) o vômer
pelas artérias carótidas comuns lateralmente e pelo
c) a lacrimal
esterno inferiormente
d) a nasal
e) o palatino Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder 2014 - HSPE/IAMSPE - CLÍNICA CIRÚRGICA
5. Não é inervado pelo nervo laríngeo inferior o músculo:
2016 - UFRJ - CLÍNICA CIRÚRGICA a) tireoaritenóideo
2. O músculo da laringe responsável pela abdução das b) cricoaritenóideo
pregas vocais é o: c) cricotireóideo
a) cricoaritenoide anterior d) vocal
b) tireoaritenoide e) tireoidiano
c) cricoaritenoide posterior
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
d) cricoaritenoide lateral
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder

Tenho domínio do assunto Refazer essa questão


Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder 2014 - UFS - CLÍNICA CIRÚRGICA
6. A laringe humana adulta, do início da epiglote à borda
2015 - HSPE/IAMSPE - CLÍNICA CIRÚRGICA mais inferior da cricoide, corresponde, em nível cervical:
3. Um residente, durante uma cirurgia, refere ter lesado o a) cartilagem pré-esfenoidal a cartilagem esfeno-occipital
nervo hipoglosso, após ter cruzado as artérias carótidas, b) base occipital/C1 a C4
durante um esvaziamento cervical. O preceptor consta- c) C2 a C5
tou não se tratar da lesão desse nervo, porém de outra d) C3/C4 a C7
estrutura, com trajeto e dimensões semelhantes. Assina-
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
le a alternativa que apresenta essa outra estrutura: Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
a) nervo marginal mandibular
b) nervo lingual 2014 - UFT - CLÍNICA CIRÚRGICA
c) artéria lingual 7. O nervo laríngeo recorrente é responsável pela mo-
d) nervo laríngeo superior bilidade das pregas vocais verdadeiras e deve ser pre-
e) artéria facial servado em cirurgias laringotraqueais, como a traque-
oplastia. Ele é ramo de qual nervo e recorre em qual
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão estrutura normalmente?
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
R3 Questões

a) nervo frênico; veia subclávia direita e esquerda


2015 - HNMD - CLÍNICA CIRÚRGICA b) nervo vago; veia subclávia direita e esquerda
4. As bacias ganglionares linfáticas cervicais contêm en- c) nervo frênico; veia subclávia direita e artéria aorta à
tre 50 e 70 linfonodos por lado e dividem-se em 7 níveis. esquerda
Com relação a esses níveis, é correto afirmar que: d) nervo vago; veia subclávia direita e artéria aorta à es-
a) o nível I é limitado superiormente pela base do crânio, querda
e) nervo vago; veia subclávia esquerda e veia cava à direita
anteriormente pelo músculo estilo-hióideo e inferior-
mente por um plano horizontal que se estende poste- Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
riormente a partir do osso hioide Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
Comentários
Otorrinolaringologia

- Nível 6: entre as 2 carótidas, com hioide superiormente


e fúrcula inferiormente.
Anatomia em Otorrinolaringologia
Gabarito = E

Questão 1. Analisando as alternativas: Questão 5. A questão não cobra raciocínio clínico. Para
a) Correta. Os ossos maxilares são pares, localizam-se no resolvê-la, é necessário ter conhecimentos anatômicos
assoalho e na região lateral da órbita e do palato duro. básicos da anatomia da laringe e saber que todos os seus
b) Incorreta. O vômer é um osso único, localiza-se no músculos intrínsecos, exceto o cricotireóideo, são inerva-
septo nasal, sendo o principal componente ósseo dessa dos pelo nervo laríngeo recorrente, ramo do nervo vago.
estrutura anatômica. O cricotireóideo, por sua vez, é inervado pelo ramo larín-
c) Correta. Os ossos lacrimais são pares e formam o duc- geo externo do nervo laríngeo superior do nervo vago.
Gabarito = C
to nasolacrimal.
d) Correta. Os ossos nasais são pares e formam a pirâmi-
Questão 6. Esta questão, de anatomia cervical, nos per-
de óssea nasal.
mite eliminar as alternativas “a” e “b” logo à 1ª leitura,
e) Correta. Os ossos palatinos são pares e compõem o
uma vez que a epiglote se encontra longe da base do
palato duro.
crânio (cartilagem pré-esfenoidal e base occipital). Con-
Gabarito = B
siderando que, à altura de C2 (osso áxis), encontramos
a rino/orofaringe, podemos eliminar a alternativa “c” e
Questão 2. Trata-se de uma questão sobre anatomia da
assinalar a “d”.
musculatura intrínseca da laringe. O cricoaritenóideo
Gabarito = D
posterior (CAP) é o único músculo abdutor da laringe; to-
dos os demais músculos intrínsecos são adutores. Questão 7. Trata-se de uma questão de anatomia, na qual
Gabarito = C é necessário o conhecimento básico do trajeto do nervo
laríngeo recorrente. Esse nervo origina-se a partir do NC
Questão 3. O nervo laríngeo superior é ramo do nervo X (nervo vago) no tórax. Uma vez que emerge, o laríngeo
vago (NC X) e corre inferiormente, tendo relação com as recorrente tem trajeto diferente no lado direito e no es-
carótidas; o nervo hipoglosso (NC XII) corre paralelo ao querdo. No hemitórax direito, ele contorna a veia subclá-
NC X e pode ser confundido durante procedimentos ci- via e direciona-se superiormente, chegando à laringe. No
rúrgicos. lado esquerdo, esse loop é feito ao redor da aorta.
Gabarito = D Gabarito = D

Questão 4. Trata-se de uma questão em que é necessá- Questão 8. Sobre a anatomia da drenagem dos seios da
rio o conhecimento da anatomia cirúrgica topográfica do face:
pescoço. Os níveis cervicais são assim divididos: - Frontais: meato médio;
- Nível 1: subdividido em IA (submentonianos) e IB (sub- - Maxilares: meato médio;
R3 Comentários

mandibulares). Entre mandíbula, músculos digástricos - Etmoidais anteriores: meato médio;


e hioide; - Etmoidais posteriores: meato superior;
- Nível 2: corresponde ao terço superior, situando-se - Esfenoide: recesso esfenoetmoidal.
entre estilo-hióideo e a bifurcação da artéria carótida Analisando as alternativas:
(esta última correspondendo à projeção do osso hioi- a) Incorreta. O esfenoide drena no recesso esfenoetmoidal.
de); b) Incorreta. O frontal drena no meato médio.
- Nível 3: abaixo da bifurcação da carótida (clinicamente c) Incorreta. O maxilar drena no meato médio.
a projeção do hioide) e da borda inferior da cricoide; d) Correta.
- Nível 4: da borda inferior da cricoide até a clavícula; e) Incorreta. O esfenoide drena no recesso esfenoet-
- Nível 5: LNDs do triângulo cervical posterior, posterior moidal.
ao músculo esternocleidomastóideo; Gabarito = D

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