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INTRODUÇÃO
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
APARELHO FARÍNGEO
O sistema cardiovascular principia sua formação na terceira semana do avanço embrionário,
sendo assim, o primeiro sistema funcionar no embrião. O coração está conformado por dois tubos
cardíacos básicos que passam por fusão para formar um único tubo, o tubo cardíaco primitivo.
O coração tubular estende-se e desenvolve dilatações e compressões intercaladas: bulbo
cardíaco, ventrículo, átrio e seio venoso.
Do bulbo cardíaco, em especial, do tronco arterial, surge o saco aórtico, uma dilatação que se
divide em seis pares de artérias, que irão preencher os arcos faríngeos, terminando na aorta dorsal.
O primeiro, segundo e quinto arcos aórticos retrocedem, o terceiro formará as artérias
carótidas direita e esquerda, o quarto, a artéria subclávia direita e o arco da aorta, o sexto arco
aórtico formará as artérias pulmonares.
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Primordialmente, o Aparelho Faríngeo chamava-se “Aparelho Branquial” devido à
equivalência entre o desenvolvimento da cabeça e do pescoço de um embrião humano de quatro
semanas e um embrião de peixe. No peixe o aparelho branquial formará as brânquias ou guelras,
enquanto no ser humano terá as regiões cervicais e craniofaciais. Considerando-se, no humano está
relacionada à faringe primitiva, parte cefálica do intestino anterior, deste modo na atualidade
emprega o termo Aparelho Faríngeo.
Anatomicamente, o Aparelho Faríngeo é composto por arcos faríngeos, bolsas faríngeas,
sulcos faríngeos e membranas faríngeas, são estruturas embrionárias que, contribuem para a
formação da cabeça e do pescoço. Porém, quando o embrião tem aproximadamente, 4mm de
comprimento pode-se considerar que o sistema nervoso, quanto o cardiovascular, já iniciou sua
formação. Além disto, percebe-se a presença de saliências laterais formadas aos pares na região
cefálica do embrião, que correspondem aos arcos faríngeos. Estas elevações são maciços
mesodérmicos determinados por invaginações internase externas.
Cada arco faríngeo é composto por um eixo de mesênquima (tecido conjuntivo embrionário),
revestido externamente por ectoderma e revestido internamente por endoderma. Além do
mesênquima derivado do mesoderma paraxial e do mesoderma da placa lateral, o centro do arco
recebe numerosas células da crista neural.
Contribuem para os componentes esqueléticos da face, e a interação dessas células da crista
neural com o mesênquima do arco. Formando o tecido denominado de ectomesênquima,
responsável pelas estruturas ósseas, dentárias (com exceção do esmalte), conjuntivas e musculares
da região craniofacial.
O mesoderma original dos arcos dá origem à musculatura da face e do pescoço. Os
componentes musculares de cada arco são inervados por seu próprio nervo craniano e, seja qual for
o destino das células musculares, elas carregam seu componente nervoso com elas. Além disso,
cada arco tem seu próprio componente arterial. Portanto, um arco faríngeo típico contém:
Uma artéria que se origina do tronco arterioso do coração primitivo e passa ao redor da faringe
primitiva para entrar na aorta dorsal, a maior parte das artérias dos arcos faríngeos desaparece, um
bastão de cartilagem hialina que forma o esqueleto do arco, um componente muscular que se
diferencia nos músculos da cabeça e do pescoço, e nervos sensoriais e motores que suprem a
mucosa e os músculos derivados de cada arco.
Formam-se seis arcos bilateralmente à faringe primitiva; o quinto sofre regressão e o sexto
passará a ser o quinto, os quatro primeiros arcos são separados externamente por meio de sulcos
faríngeos (fendas) em cada lado e internamente por repartição nomeadas bolsas faríngeas. As áreas
em que o ectoderma dos sulcos faríngeos entra em contato com o endoderma das bolsas faríngeas
nomeia-se membranas faríngeas.
Os arcos faríngeos aparecem no início da quarta semana, produtos da migração de células da
crista neural, até o mesoderma da esperada região cervical e craniofacial, provocando sua expansão.
Os Arcos Faríngeos constituem-se por um centro de ou ectomesênquima, revestido externamente
por ectoderma e interiormente por endoderma da faringe primitiva, com exclusão do primeiro arco,
por que é formado adiante da membrana buco faríngea, tem suas superfícies completamente
revestidas por ectoderma.
No centro do ectomesênquima têm um arco aórtico: artéria que surge do saco aórtico no
coração primitivo, uma cartilagem de suporte: que forma o esqueleto do arco, um componente
muscular: será o início aos músculos na cabeça e no pescoço, um componente nervoso: que provê a
mucosa e os músculos originário de cada arco.
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PRIMEIRO ARCO FARÍNGEO
Boca Primitiva: Aparece como leve depressão no ectoderma e está separada da faringe
primitiva pela membrana bucofaríngea, se forma 3ª semana.
Formam-se 2 saliências processo maxilar: menor, origina a maxila (exceto região de pré-
maxila), o osso zigomático e a parte escamosa do temporal por ossificação intramembranosa, e
processo mandibular: maior, forma a mandíbula por ossificação intramembranosa, com exceção do
côndilo e da sínfise.
A cartilagem do primeiro arco faríngeo é a cartilagem de Meckel, que surge entre o 15º e
18ºdia, no ectomesênquima do processo mandibular, desde a região timpânica até a linha mediana
de cada processo, que finalmente sofrerá fusão.
Serão as timpânica: fará origem aos ossículos, martelo e a bigorna, por ossificação
endocondral, retromandibular: sofrerá alteração, mas o pericôndrio formará o ligamento anterior do
martelo e o ligamento esfenomandibular, paramandibular: região que não fará origem a nenhuma
estrutura específica, mas guiará o avanço do corpo mandibular que sucede por ossificação
intramembranosa, sinfisária: permitirá o crescimento pós-natal da mandíbula por ossificação
endocondral.
Formará os músculos da mastigação: temporal, masseter, pterigóideos medial e lateral, ventre
anterior do digástrico, milo-hiódeo, tensor do tímpanoetensor do véu palatino, inervando o V par de
nervo craniano (trigêmeo), através de seus dois ramos caudais (maxilar e mandibular).
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QUINTO ARCO FARÍNGEO (que na verdade é o sexto porque o quinto involui)
O componente cartilaginoso deste arco fará origem às demais cartilagens laríngeas (epiglote,
cricóide, aritenóides, cuneiformes e corniculadas), formando ao músculos tireoaritenóideo,
tireoepiglótico, vocal, cricoaritenóideo lateral e posterior, aritenóideo oblíquo e transverso e o
ariepiglótico, também é realizada pelo X par de nervo craniano (vago), por meio do ramo
laríngeo recorrente.
BOLSAS FARÍNGEAS
As bolsas desenvolvem-se em uma sequência craniocaudal entre os arcos. O endoderma das bolsas
entra em contato com o ectoderma dos sulcos faríngeos, e eles formam a dupla camada de
membranas faríngeas, que separa as bolsas dos sulcos.
Embora a segunda parte seja obliterada, isto é, fechada conforme a tonsila palatina se desenvolve e
parte da cavidade dessa bolsa permanece como o seio tonsilar (fossa).
O endoderma da segunda bolsa prolifera e cresce penetrando no mesênquima subjacente. As partes
centrais desses brotos se rompem, formando as criptas tonsilares (depressões semelhantes a
fossetas). O endoderma da bolsa forma o epitélio superficial e o revestimento das criptas tonsilares.
Com aproximadamente 20 semanas, o mesênquima em torno das criptas diferencia-se em tecido
linfoide, que logo se organiza em nódulos linfáticos da tonsila palatina. Originando as amígdalas.
A terceira bolsa expande-se e forma uma parte dorsal bulbar sólida e uma parte ventral oca
alongada.
Sua conexão com a faringe é reduzida a um ducto estreito que logo se degenera. Por volta da sexta
semana, o epitélio de cada parte bulbar dorsal da bolsa começa a se diferenciar em uma glândula
paratireoide inferior. O epitélio das partes ventrais da bolsa alongada se prolifera, obliterando suas
cavidades. Essas partes se unem se unem no plano mediano para formar o timo, que é o órgão
linfoide primário. A estrutura bilobada desse órgão linfático permanece por toda a vida,
discretamente encapsulada. Originando a glândula tireoide.
A quarta bolsa expande-se em uma parte bulbar dorsal e uma ventral alongada. Sua conexão com a
faringe é reduzida a um ducto estreito que logo degenera. Por volta da sexta semana, cada porção
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dorsal se desenvolve em uma glândula paratireoide superior, que se localiza na superfície dorsal da
glândula tireoide. Origina o Timo e as glândulas paratireoides.
Esta bolsa, algumas vezes, está ausente e quando está presente é muito pequena. Ao se desenvolver
formará parte do corpo ultimofaríngeo que se fundirá com a glândula tireoide. Suas células se
disseminam dentro da tireoide e formam as células parafoliculares. Essas células são também
conhecidas como células C, indicando que elas produzem Calcitonina, um hormônio que reduz os
níveis de cálcio no sangue.
SULCOS FARÍNGEOS
MEMBRANAS FARÍNGEAS
Também são quatro, cada uma sendo composta pelo tecido localizado entre uma bolsa faríngea
e um sulco faríngeo.
São formadas por ectoderma externamente, ectomesênquima na parte central e um
revestimento interno de endoderma.
A membrana timpânica é a única estrutura adulta que será originada por uma membrana
faríngea. No caso, ela será formada pela aproximação do endoderma da primeira bolsa faríngea com
o ectoderma do primeiro sulco.
O crânio pode ser dividido em 3 componentes: calota ou abóbada craniana, base do crânio e
face. O desenvolvimento do esqueleto craniofacial ocorre a partir da 4ª semana e está relacionado às
células da crista neural e ao mesoderma paraxial.
As células da crista neural contribuem para a formação de ossos de 3 regiões do crânio.
Já o mesoderma paraxial, localizado lateralmente ao tubo neural, se dividirá parcialmente em
somitômeros na região da cabeça, e em somitos caudamente a partir da região occipital. Ambos
contribuem para a formação dos ossos da abóboda craniana e da base do crânio.
VISCEROCRÂNIO
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• Viscerocrânio membranoso - originado dos processos maxilares e mandibulares do primeiro arco
faríngeo, consiste nos ossos da face (maxila, zigomático, palatino, lacrimal, nasal, concha nasal
inferior, vômer e grande parte da mandíbula) e na porção escamosa do temporal. Predomina a
ossificação intramembranosa.
• Viscerocrânio cartilaginoso - originado dos dois primeiros arcos faríngeos, consiste nos ossículos
da orelha média, hioide, processo estiloide do temporal e região de côndilo e sínfise da mandíbula.
Predomina a ossificação endocondral.
NEUROCRÂNIO
Parte do crânio que dará origem aos ossos da calota craniana e da base do crânio, formando
uma caixa protetora para o encéfalo.
Pode ser dividido em:
• Neurocrânio membranoso - consiste nos ossos chatos (frontal, parietal e occipital) que envolvem
o encéfalo como uma abóboda. É derivado das células da crista neural e do mesoderma paraxial e
sofre ossificação intramembranosa.
• Neurocrânio cartilaginoso - consiste nos ossos da base do crânio (etmoide, esfenoide, temporal e
occipital), também deriva das células da crista neural e do mesoderma paraxial, sofrendo ossificação
endocondral.
REFERÊNCIAS
Livro: Embriologia Clínica, tradução da 10ª edição – Keith L. Moore, T.V.N. Persaud, Mark G.
Torchia, 2016;
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Livro: Motricidade Orofacial – Fundamentos neuroanatômicos, fisiológicos e linguísticos –
Franklin Susanibar; Irene Queiroz Marchesan; Vicente José Assencio Ferreira; Carlos Roberto
Douglas; David Parra; Alejandro Dioses / 1ª edição – 2015