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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Alterações nas quais uma área encefálica é transitória ou definitivamente


afetada por isquemia e/ou sangramento, ou nas quais um ou mais vasos
encefálicos são envolvidos num processo patológico agudo.

CLASSIFICAÇÃO

 AVE ISQUEMICO
 AVE HEMORRAGICO
 ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO

AVE ISQUÊMICO- AVEI

No AVE isquêmico ocorre uma lesão por falta de oxigênio e nutrientes com
consequente diminuição de reservas de energia do tecido nervoso, decorrente
de uma trombose de uma vaso, embolia ou da diminuição da perfusão cerebral.

ÁREA DE PENUMBRA

Na região com redução crítica de fluxo sanguíneo, observa-se uma zona


central de lesão irreversível. No entanto ao redor dessa área, há outra
denominada penumbra isquêmica cujo destino depende do tempo de isquemia
e da presença de circulação colateral.

A área de penumbra isquêmica corresponde a região do cérebro onde está


ocorrendo hipofluxo de sangue e assim, um déficit na oxigenação e alterações
das funções encefálicas.

O sofrimento encefálico é reversível nessa área.

AVEI- FISIOPATOLOGIA

 LDL se acoplam na camada íntima;


 Monócitos são atraídos pelas partículas de
 LDL;
 Monócitos na camada íntima viram
 Macrófagos;
 Macrófagos englobam as partículas de LDL (forma uma massa adiposa);
 Macrófagos viram células espumosas;
 A massa é recoberta por uma capa de fibras.

AVEI-QUADRO CLÍNICO

 Variam conforme o território cerebral envolvido. No entanto, alguns


sintomas são frequentemente encontrados, incluindo: diminuição de
força e/ou sensibilidade contralateral;
 Alterações na fala;
 Alteração de consciência e confusão;
 Diplopia, vertigem, nistagmo, ataxia.

AVIH-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO

É uma emergência neurológica causada por uma ruptura de uma vaso


intracraniano, com consequente extravasamento sanguíneo para dentro do
parênquima cerebral.

AVEH- FISIOPATOLOGIA

HEMORRAGIA SUB-ARACNOIDE: Sangramento de aneurismas cerebrais


(formações saculares das artérias) no espaço subaracnóide. Eles têm
provavelmente origem congênita;

HEMORRAGIA INTRAPARÊNQUIMATOSA: Ruptura dos aneurismas de


Charcot-Burchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na
transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela
hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.

AVEH - SINAIS E SINTOMAS

 FORTE DE CABEÇA, VÔMITOS, HAS; INÍCIO BRUSCO DURANTE O


DIA,
 ACORDADO.
 DOR DE CABEÇA MUITO INTENSA COM
 PERDA DE CONSCIÊNCIA SÚBITA.
AVE LACUNAR

TRATA-SE DE UM AVE PEQUENO E PROFUNDO QUE ENVOLVE UMA


GRANDE ARTÉRIA CEREBRAL É COMUM HEMIPASERESIA MOTORA
PURA DECORRENTE DA LESÃO CÁPSULA INTERNA. NÃO APRESENTA
AFASIA NEM ALTERACÕES SENSORIAIS.

FATORES DE RISCO

MODIFICÁVEIS

 Hipertensão arterial sistêmica


 Diabetes melitus
 Dislipedemia
 Hipercolesterolemia
 Tabagismo
 Etilismo
 Fibrilação atrial
 Estenose de carótida
 Síndrome da Apnéia do sono
 Obesidade e sedentarismo

NÃO MODIFICÁVEIS

 Idade
 Sexo
 Etnia
 Genética
 História familiar de AVEI ou AIT

ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA

Anatomia:- Irriga a face externa dos lobos frontais, parietais e temporais e


cápsula interna;

-Estruturas profundas
 Hemiplegia (braquiofacial)
 Hemianestesia
 Paralisia facial central
 Afasia de broca ou Wernicke.

HEMIPLEGIA/ HEMIPARESIA: As sequelas de um AVE são geralmente no


hemicorpos contralateral ao hemisfério em que ocorre a lesão, já que
aproximadamente 90% das fibras cruzam na junção bulbo- pontina.

ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR

–Anatomia

• Irriga a face interna do lobo frontal e parietal e hipotálamo.

–Clínica

 Hemiplegia com predomínio crural (MI) Hipoestesia do membro inferior


 Urgência miccional
 Déficit cognitivo
 Alteração de comportamento- Lobo frontal.

ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR

–Anatomia: não irriga as áreas motoras.

 Irriga lobo occipital, mesencéfalo e tálamo.


 Hemianopsia
 Alexia
 Síndrome talâmica (dor em qualquer estímulo)
NEUROANATOMIA

O sistema nervoso pode ser:

 Motor;
 Sensitivo;
 Modulador;
 Associativo;
 Psíquico

Tecido nervoso:

Neurônios: Unidade morfofuncional de todos os seres vivos.

 São células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou


com células efetuadoras.
 Conduzem sinais pelo sistema nervoso.
 Podem chegar a 100 bilhões em todo sistema nervoso.
 Céls. com propriedades de excitabilidade (capacidade de reagir á
estímulos)
 Condutibilidade (capacidade de conduzir estímulos)

CORPO CELULAR (pericário):

 Contém núcleo e citoplasma com organelas citoplámaticas.


 Fornece a maior parte de nutrição ao neurônio.

DENDRITOS:

 São expansões muito ramificadas e múltiplas; Curtos;


 São especializados em receber estímulos, traduzindo-os em
alterações no potencial de repouso da membrana.

AXÔNIOS:

 Cada neurônio tem um axônio que emerge do corpo celular.


 Chamado de Fibra Nervosa.
 Seu comprimento pode chegar até 1 metro.
 Conduzem os sinais nervosos até o neurônio seguinte.
 Possuem mielina- maior velocidade de condução
 Podem emitir colaterais.

TERMINAÇÕES AXONICAS E SINAPSES:

 Próximo ao seu término o axônio se ramifica milhares de vezes.


 No término das ramificações existe uma terminação especializada:
Terminação Pré- sináptica (botão terminal)
 Formando assim um ponto de contato, chamado Sinapse.
 Neuroglia:
 São células gliais, formam fibras que mantém unidos os componentes
do tecido.
 SNC: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias.
(MIELINA)
 SNP: células satélites e células de Shuwann (condução saltatória/
MIELINA).

Encéfalo:

 Cérebro
 Cerebelo
 Tronco encefálico

Telencéfalo:

 É dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos.


 Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e
motores.
 Está apoiado no Diencéfalo e Tronco Encefálico.

LOBO FRONTAL: Relacionado ao planejamento das ações futuras e com o


controle do movimento.

• LOBO PARIETAL: Sensação tátil e imagem corporal

• LOBO TEMPORAL:

 Relacionado primariamente com o sentido de audição;


 Processamento da memória e emoção.
LOBO OCCIPITAL: Responsável pelo processamento da informação visual.

LOBO LÍMBICO: Está envolvido com aspectos do comportamento emocional e


sexual e com o processamento da memória.

Córtex: É a região superficial do telencéfalo, que acomoda bilhões de corpos


celulares de neurônios.

SUBSTÂNCIA CINZENTA CEREBRAL

Córtex frontal:

 Área motora primaria: localizada no giro pré-frontal representação


somatotópica contralateral
 Área pré-motora: adjacente à área motora primária: relacionada à
capacidade de realizar movimentos proposicionais

• lesão → apraxia

Área de Broca: Responsável pela produção da linguagem

Cérebro- funções

 Percepção;
 Julgamento;
 Linguagem;
 Pensamento;
 Movimento voluntario

Lateralização hemisférica:

Hemisfério esquerdo:

 Linguagem
 Pensamento analítico ou racionalização
 Cálculo
 Verbalização
 Inteligência

Hemisfério direito:
 Percepção espacial
 Pensamento emocional não verbal
 Capacidades artísticas
 Intuição
 Reconhecimento de faces
 Habilidade geométrica

Cérebro à Telencéfalo e Diencéfalo

Diencéfalo: Compreende as seguintes partes:

 Tálamo,
 Hipotálamo,
 Epitálamo
 Subtálamo.

Tálamo: Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos


receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral.

Hipotálamo:

 Controle do S.N.A.
 Controle da glândula hipófise
 Regulação dos padrões emocionais e comportamentais
 Regulação da ingestão de alimentos e de água
 Controle da temperatura corporal
 Regulação do ritmo circadiano e dos estados de consciência (vigília e
sono)
 Regulação da diurese

Núcleos da base: Agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os


núcleos da base.

 CAUDATO
 PUTAMEN envolvido no conjunto no controle do
 GLOBO PÁLIDO movimento, memoria e cognição.
 NÚCLEO SUBTALÂMICO
Sistema límbico: Corresponde às estruturas do cérebro e do diencéfalo que
cercam o hipotálamo:

 Amígdala
 Hipocampo
 Septo Pelúcido, Giro do Cíngulo, Cíngulo, Insúla e Giro do Hipocampo.

Amigdala:

 Corpo Amigdalóide
 Pequena massa nuclear, localizada na profundidade de cada lobo
temporal.
 Participa do controle do comportamento apropriado da pessoa

Hipocampo:

 Parte primitiva do córtex cerebral, situado na borda medial do lobo


temporal.
 Armazena como memória no córtex cerebral.
 O hipocampo interpreta para o encéfalo a importância da maior parte
das nossas experiências sensoriais.
 Sem o hipocampo a capacidade de armazenar suas memórias fica muito
deficiente.

AUTISMO

“Definição: Síndrome comportamental com múltiplas etiologias, com distúrbio


do desenvolvimento caracterizada por déficit na interação social, no
relacionamento com os outros, alterações do comportamento e linguagem.”

ETIOLOGIA

• Afeta cerca de 4 a 10 em cada 10.000 indivíduos.

• Maior incidência no sexo masculino, sendo 4:1 do

• sexo feminino.

• Aproximadamente 75% dos indivíduos com autismo


• possuem Deficiência Mental.

COMORBIDADES

• Distúrbios Visuais;

• Epilepsia;

• Deficiência mental;

• Deficiência auditiva;

• Distúrbios de aprendizagem;

Quadro clinico

Comunicação:

• Graus variados de comprometimento da fala (mutismo -> diálogo);

• Estereotipias verbais;

• Fala atrasada;

• Ecolalia;

Atraso ou ausência;

• - Nos que falam, dificuldade para iniciar ou manter uma conversação;

• - Quando apresenta fala:

Timbre, entonação, ritmo e ênfase podem ser anormais.

• - Linguagem pedante;

Comportamento:

 Hiperatividade;
 Auto agressão;
 Comportamentos explosivos e destrutivos;
 Estereotipias motoras (balanceio do corpo, flapping e mexer os dedos);
 Birras;
 Comportamentos obsessivos e repetitivos;
 Resiste ao aprendizado;
 Interesse por objetos não funcionais;
 Brinquedos pobres;
 Uso não funcional dos brinquedos;
 Pega objetos e lambe;
 Prefere objetos duros e pontiagudos.

RELACIONAMENTO SOCIAL

 - Evita ou fixa-se no contato visual;


 - Falta de busca espontânea pelo prazer compartilhado,
 - Preferência por atividades solitárias;
 - Não tem idéia das necessidades dos outros,
 - Não compreende as convenções para interação social;

AVALIAÇÃO

 Avaliar cada área separadamente, e definir qual é mais afetada;


 5 itens importante:
 O que a criança necessita;
 O que ela consegue;
 O que a família quer (funcional);
 Qual recurso pode ser disponibilizado;
 Ordem de prioridades.

AS BASES NEURAIS DA LINGUAGEM

Definição: A LINGUAGEM É UMA FORMA DE COMUNICAÇÃO


DISTINTIVAMENTE HUMANA, UM MEIO DE TRANSMITIR INFORMAÇÃO
COMPLEXA DE UMA PESSOA A OUTRA.

ENUNCIAMOS EM MÉDIA 180 PALAVRAS A CADA MINUTO.

ÁREA DE BROCA

 LOBO FRONTAL/ GIRO FRONTAL SUPERIOR ESQUERDO/ ÁREAS


44, 45 E 47 DE BRODMANN
 PRODUÇÃO DA LINGUAGEM
 REGIÃO MOTORA DA FALA
 A INTERRUPÇÃO DA FALA ‘PRODUZIDA POR ESTIMULAÇÃO
CORTICAL E NÃO DA FALA.

ÁREA DE WERNICKE

 LOBO TEMPORAL/ GIRO TEMPORAL ANTERO/SUPERIOR


ESQUERDO/ ÁREAS 22, 39, 40 DE BRODMANN
 Interpreta o significado da fala, por reconhecer as palavras faladas,
traduz as palavras em pensamentos.
 MAPA LÉXICO (DEPÓSITO DE SIGNIFICADOS)

Afasias:

 DISTÚRBIO DE LINGUAGEM ADQUIRIDO DE UMA LESÃO DO SNC.


 ALTERAÇÃO NO CONTEÚDO, NA FORMA OU NO USO DA
LINGUAGEM E CARACTERIZA-SE PELA ALTERAÇÃO TANTO NO
ASPECTO EXPRESSIVO QUANTO NO RECEPTIVO DA LINGUAGEM
ORAL E ESCRITA.

DISTÚRBIOS MOTORES DA FALA

 DISARTRIA: distúrbio da articulação


 DISFONIA: distúrbio de vocalização
 DEFICIÊNCIAS DOS MÚSCULOS CONTROLADORES DO
APARELHO VOCAL E NÃO AFETA A COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM OU OS PROCESSOS CENTRAIS DA
EXPRESSÃO.

AFASIA DE BROCA

 CARACTERIZA-SE PELA REDUÇÃO DA EMISSÃO ORAL E POR SER


NÃO FLUENTE. (NÃO PRODUZEM MAIS FALA FLUENTE-
DIFICULDADES EM REPETIR SILABAS E REALIZAR MOVIMENTOS
ORAIS SIMPLES).
 NA FASE AGUDA: PACIENTE PODE EXPRESSAR MUTISMO
(SUPRESSÃO TOTAL DA FALA)- RARAMENTE É IRREVERSÍVEL E
ESTEREOTIPIAS.
 A COMPREENSÃO ORAL ESTA PRESERVADA EM SITUAÇÕES DO
COTIDIANO.
 DIFICULDADE LEVE A MODERADA EM COMPREENDER FRASES
COMPLEXAS E TEXTOS.
 A ANOMIA É MAIS EVIDENTE.
 LINGUAGEM ESCRITA: REDUÇÕES AGRAMÁTICAS E SUPRESSÃO.

AFASIA DE WERNICKE

 CARACTERIZA-SE PELA GRANDE DIFICULDADE DE


COMPREENSÃO, MESMO EM SITUAÇÕES SIMPLES.
 A EXPRESSÃO É FLUENTE.
 PRESENÇA DE NEOLOGISMOS (SÃO PALAVRAS QUE NÃO
EXISTEM NA LÍNGUA, NÃO SENDO COMPREENDIDAS E NEM
RECONHECIDAS PELOS INTERLOCUTORES)
 A FALA APRESENTA MELODIA E RITMO NORMAIS, E O PACIENTE
FALA SEM LEVAR EM CONTA O INTERLOCUTOR.
 PODE OCORRER ANASOGNOSIA (NÃO RECONHECIMENTO DE
SEU PROBLEMA DE LINGUAGEM)
 PRODUÇÃO ESCRITA REDUZIDA
 COMPREENSÃO GRÁFICA PODE ESTAR TÃO ACOMETIDA COMO A
ORAL.

AFASIA DE CONDUÇÃO

 CARACTERIZA-SE POR FALA FLUENTE, PRESENÇA DE


PARAFASIAS FONÊMICAS VERBAIS FORMAIS (PRODUÇÃO
ANORMAL DE SÍLABAS, PALAVRAS OU FRASES DURANTE A FALA).
 REPETIÇÕES ENCONTRAN-SE PREJUDICADAS.
 EVOLUÇÃO DA AFASIA DE WERNICKE.

AFASIA TRANSCORTICAL MOTORA


 FALA NÃO FLUENTE, REDUÇÃO DA PRODUÇÀO ORAL
ESPONTÂNEA, FALTA INICIATIVA.
 COMPREENSÃO E REPETIÇÃO ESTÃO PRESERVADAS

AFASIA GLOBAL

 FALA FLUENTE E COMPROMETIMENTO EM TODAS AS


MODALIDADES DE EXPRESSÃO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:
 FALA ESPONTÂNEA, REPETIÇÃO, NOMEAÇÃO E LEITURA.
 AFASIA MISTA: APARECEM CARACTERISTICAS DE VÁRIOS DOS
TIPOS

DESCRITOS.

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DOS QUADROS AFÁSICAS:

 ESTEREOTIPIA: pode ser uma palavra (“coisinha”), uma expressão


conhecida (“eu não Jorge”) ou sequência fonêmica (“mamama”)
 ECOLALIA: repetição da fala do interlocutor sem intenção comunicativa
 PRESERVAÇAO: mantém a mesma resposta para vários estímulos (ex:
nomeia um objeto certo, e para os outros seguintes mantem o mesmo
nome)
 PARAFASIA: emissão de uma palavra por outra:
 Parafasia Fonética: distorção dos fonemas. (Ex: ‘Pão” por “pao”)
 Parafasia fonêmica: pode se trocar (“cadeira por tadeira”) ou omissão
(“pasta por pata”)
 Parafasias verbais: troca de uma palavra por outra que não tem relação
quanto a forma e conteúdo como (“faca por blusa”)
 JARGÃO
NEUROANATOMIA II

Cerebelo:

 Situado atrás do cérebro está o cerebelo;


 Centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor.
 Possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal.
 O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos núcleos basais de
todos os estímulos enviados aos músculos.

• Relaciona-se com os ajustes dos movimentos equilíbrio, postura e tônus


muscular.

 Arquicerebelo
 Paleocerebelo
 Neocerebelo

Arquicerebelo:

 Manutenção do equilíbrio;
 Relacionado a motricidade reflexa;

PALEOCEREBELO (vermis):

 Recebe infr. Que regulam o tônus musc. e da posturas;


 Relacionado motricidade automática;

Neocerebelo (hemisférios cerebelares)

 Coordena movim. Voluntários, comparando a intenção e execução dos


movs.;
 Ajusta se necessário

Aspectos funcionais do cerebelo:

 Melhora precisão dos movs.;


 Regulador do resultado motor;
 Feedback dos movs;
 Manutenção do equilí. e da postura;
 Controle do tônus muscular.;
 Controle dos movimen. voluntários;
 Aprendizagem motora.

Tronco encefálico:

 É uma área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal.


 Manutenção da vida como a respiração, o batimento cardíaco e a
pressão arterial.
 Tronco que conecta o cérebro anterior à medula espinhal.
 Vias nervosas passam com percurso ascendente e descendente pelo
tronco encefálico, transmitindo sinais sensoriais oriundos da medula e
sinais motores, do córtex cerebral para medula.
 Há vários centros para o controle da respiração, pressão arterial,
equilíbrio, sono e vigília.

Mesencéfalo: Controle da atividade muscular através da substância negra, e a


coordenação de movimentos musculares através da integração dos núcleos da
base e cerebelo;

Ponte:

 Participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da


respiração, além de ser um centro de transmissão de impulsos para o
cerebelo.
 Serve ainda de passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à
medula.

Bulbo: Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções


autônomas:

 Batimento cardíaco,
 Respiração
 Pressão do sangue
 Reflexo de salivação
 Tosse
 Pigarro
 Espirro
 Ato de engolir

NERVOS CRANIANOS:

 12 PARES
 Ligam-se ao tronco encefálico
 Olfatório- telencéfalo
 Óptico- diencéfalo

Olfatório- I par:

 Nervo sensitivo
 Impulsos olfatórios

Nervo óptico- II par

 Sensitivo
 Impulsos visuais

Nervo oculomotor- III par

 Nervo motor
 Movimentação ocular e controle pupilar
 Inerva: elevador da pálpebra sup, reto sup, reto inf, reto medial, obliquo
inf.
 Mm ciliar e mm esfíncter da pupila

Troclear- IV par

 Nervo motor
 Movimentação ocular
 Inerva: mm obliquo superior

Trigêmeo- V par

 Nervo misto
 Componente sensitivo maior
 Sensibilidade da face e cabeça
 3 ramos: oftálmicos, maxilar, mandibular
 Raiz motora: mm mastigatórios
Abducente- VI par

 Inerva: mm reto lateral


 Movimentação ocular
 Nervo motor

Nervo facial- VII par

 Motor
 Inerva: mm mímicos, estilo- hioideo e ventre posterior do m. digástrico.

Paralisia facial central e periférica:

 Viscerais: inervação das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual;


2/3 anteriores da língua.

Vestíbulo coclear- VIII par

 Sensitivo
 2 porções- vestibular ( equilíbrio) e coclear ( audição).

Nervo glossofaríngeo- IX par

 Nervo misto
 Sensitivo: língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo
carotídeo.
 Motor- mm faringe

Nervo vago- X par

 Misto
 Inerva faringe e plexos viscerais- inervação autônoma das viscerais
torácicas.

Nervo acessório- XI par

 1 raiz craniana e 1 raiz espinhal


 Motor
 Raiz craniana- sulco lateral posterior do bulbo- laringe e vísceras
torácicas
 Raiz espinhal- 5 ou 6 segmentos espinhais- trapézio e
esternocleidomastóideo.

Nervo hipoglosso- XII par

 Motor
 Mm intrínsecos e extrínsecos da língua.

Traumatismo Cranioencefálico

Qualquer agressão que acarreta lesão anatômica ou comprometimento


funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo.

É considerado como processo dinâmico, já que as consequências de seu


quadro patológico podem persistir e progredir com o passar do tempo.

O TC está entre as patologias mais encontradas entre os pacientes internados


em UTI.

Etiologia:

 Acidentes automobilísticos
 FAF E FAB
 Quedas
 Esportes

Fisiopatologia:

Resulta de vários mecanismos fisiopatológicos, e cada um deles é


consequência da ação de forças externas sobre o tecido cerebral;

Aceleração, desaceleração e as forças de rotação do encéfalo em relação ao


crânio ósseo causam compressão, tensão, ruptura e deslocamento do tecido
cerebral.

Mecanismo de morte celular no TCE

 Necrose é o principal mecanismo de morte celular no TCE;


 Diferente da apoptose programada;
 Na necrose existe uma falência energética e a morte ocorre pela
incapacidade da célula manter sua homeostase;
 Excitotoxidade e Estresse Oxidativo.

Classificação:

 Causa (TCE fechado, fratura com afundamento do crânio e fratura


exposta do crânio);
 Mecanismo (impacto / penetrantes);
 Gravidade (Escala de Glasgow): Leve (14-15) /
 Moderado (9 – 13) / Grave (abaixo de 8);

CONCUSSÃO CEREBRAL

 Não ocorre perda de consciência;


 Os sinais são confusão / desorientação / amnésia;
 Lesão funcional sem repercussão anatômica;
 Lutador de Boxe.

LESÃO AXONAL DIFUSA

 Lesão primária, difusa, que leva a um estiramento do axônio no


momento do trauma.
 Microrupturas de axônios na substância branca – pontos hemorrágicos –
axônios torcidos;
 Forma mais grave da lesão rotacional; Forças de cisalhamento
consequente á aceleração rotacional da cabeça.

Grau de lesão:

 GRAU 1 LESÃO HEMORRÁGICA ENTRE A SUBSTÂNCIA BRANCA E


CINZENTA
 GRAU 2 LESÃO HEMORRÁGICA DO CORPO CALOSO
 GRAU 3 LESÃO HEMORRÁGICA DO QUADRANTE DORSOLATERAL

Lesão por contato:

 Hematoma Subdural (HSD)


 Hemorragia entre a Dura Mater e a Aracnoide.
 Hematoma Extradural (HED): Hemorragia preenche o espaço entre a
Dura-máter e o osso;

Contusão Cerebral

 Apresenta
 Hemorragia/Edema/Isquemia/Necrose;
 Acometem os Giros (são eles que batem contra a superfície óssea) e a
substância branca.

Lesão focal:

 Localizada na área do encéfalo sob o local do impacto do crânio;


 O dano pode ocorrer em forma de:
o Hematoma
o Edema
o Contusão
o Contusão
o Aceleração ou em combinação

Exemplo: forte pancada na cabeça

Sequelas:

 Comunicação:
o Afasia
o Disartria
o Déficits atenção
o Comprometimentos (leitura e de expressão da escrita).
o Disfagia
 DÍSTÚRBIOS COGNITIVOS DE COMUNICAÇÃO
 Discurso vago ou desorganizado, dificuldade de compreensão de
mensagens mais extensas e complexas.

Coma:

 NÃO OBEDIÊNCIA A COMANDOS, O NÃO PRONUNCIAMENTO DE


PALAVRAS E A NÃO ABERTURA DOS OLHOS.
 Estado vegetativo:
 Diminuição do nível de consciência, com abertura ocular intacta, ciclos
de dormir e acordar e não obedecem comando

Comprometimento Cognitivo

Escala de coma de Glasgow: o nível de consciência e ajuda a definir e


classificar o grau da severidade da lesão; composta por resposta motora,
verbal e abertura ocular.

Comprometimento Neuromuscular:

 Posturas primitivas podem incluir aquelas associadas a:


o Rigidez decorticada
o Rigidez descerebrada

Escalas de classificação clínica:

 Escala de desempenho cognitivo Ranchos los amigos:


o Utilizada para examinar a recuperação cognitiva e
comportamental dos indivíduos com TCE na medida que
emergem do coma.

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