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AUDIOLOGIA PRATICA

Weber Audiometrico: Permite a comparação das vias ósseas com o diapasão


colocado na linha média do crânio (fronte) e pergunta-se para o paciente onde
ele escuta o som mais forte ou se ele percebe igualmente nas duas orelhas.

Possíveis respostas:

 Lateraliza para a direita


 Lateraliza para a esquerda
 Lateraliza para os dois lados

Formas de lateralização:

 Melhor via óssea


 Lado que sofre menor interferência do ruído ambiental

Rinne: Permite comparar via óssea e via aérea. Coloca-se o diapasão na


mastoide do paciente até que ele não ouça mais e depois colaca-se o diapasão
na frente do conduto auditivo externo.

Possíveis respostas:

 Quando volta a ouvir por via aérea depois de parar de ouvir por
estimulação óssea (+)
 Quando volta a ouvir por via aérea, porém com tempo de via óssea
reduzido (+) encurtado.
 Quando não volta a ouvir por via aérea (-)

Marcações:

 Audição normal: Rinne (+)


 Perda auditiva sensorioneural: Rinne (+) encurtado
 Perda auditiva condutiva ou mista: Rinne (-)
Schwabach: Compara o tempo de estimulação óssea do paciente com o tempo
de estimulação óssea do examinador. O diapasão é colocado alternadamente
na mastoide do paciente e do examinador.

Obs.: A audição do examinador tem que ser normal.

Possíveis respostas:

 Se o tempo de estimulação do paciente for igual ao do examinador

Schwabach normal = Audição normal

 Se o tempo de estimulação do paciente for menor que a do examinador

Schwabach encurtado = Perda auditiva sensorioneural

 Se o tempo de estimulação do paciente for maior que a do examinador

Schwabach alargado = Perda auditiva condutiva ou mista

Bing: Serve para confirmar a presença ou não de um componente condutivo


em uma perda auditiva. Coloca-se o diapasão na mastoide e compara o tempo
por condução óssea relativa (COR) e por condução óssea absoluta (COA).

 COR: Conduto auditivo externo aberto


 COA: Conduto auditivo externo ocluído

Possíveis respostas:

Bing (+): Quando deixa de ouvir por COR e volta a ouvir por COA

Audição normal e perda auditiva sensorioneural

Bing (-): Quando deixa de ouvir por COR e NÃO volta a ouvir por COA

Perda auditiva condutiva e perda auditiva mista


TECNICA DESCENDENTE:

Instrução: Instruir o paciente de que ele ouvirá um apito e toda vez que ele
ouvir esse apito, levantar a mão do lado que ouvir.

 Iniciar o teste na frequência de 1000Hz, intensidade de 40dB.


 A cada resposta “ouvi, levantar a mão ou apertar o botão”, diminuir
10dB.
 No momento em que ele não responder aumenta-se 5dB até obter uma
resposta do paciente.
 Em seguida muda-se para a frequência de 2000Hz, aumentando em
20dB a intensidade do limiar anterior (1000Hz).
 O mesmo procedimento será realizado para as frequências 3000, 4000,
6000 e 8000Hz.
 Em seguida muda-se para a frequência de 500hz, na intensidade
calcula-se a intensidade do limiar de 1000Hz mais 20dB.
 Em seguida muda-se para a frequência de 250hz com intensidade de
20dB a mais do resultado de 500Hz.

TECNICA ASCENDENTE:

Instrução: Instruir o paciente de que agora ele estará no silêncio e que o


primeiro apito que ele ouvirá será bem baixinho. Quando ouvir responder
levantando a mão do lado que ouviu.

 Inicia-se na frequência de 1000hz, 10db a menos do que resultado da


técnica descendente.
 Aumenta-se 5db até que o paciente responda.
 No momento em que o paciente responder, repete-se o estímulo com o
objetivo de obter 100% de resposta.
 Se o paciente responder na segunda vez, considera-se o valor da
intensidade (apresentada no audiômetro) subtraindo 5db.
 Se o paciente NÃO responder na segunda vez, aumenta-se 5dB (até
que se tenha 100% de resposta).
 O mesmo procedimento será realizado para as frequências de 2000,
3000, 4000, 6000 e 8000hz.
 Em seguida muda-se para a frequência de 500 e 250Hz realizando o
mesmo procedimento.

(Limiar de detecção de voz) LDV

INSTRUÇÃO: Está me ouvindo bem? Vou falar PO PO PO e se o sr. perceber


que tem um som, levante a mão do lado que ouvir mesmo que seja bem
baixinho.

 Considera-se, aproximadamente, 20dB (desde que seja possível) a mais


que o melhor limiar para iniciar o teste (numa intensidade que seja
audível para o paciente).
 Se o melhor limiar estiver nas frequências graves (250 e 500Hz) utiliza-
se “PO-PO-PO”, se estiver nas frequências médias (1000 e 2000Hz)
utiliza-se “PA-PA-PA” e se estiver nas frequências agudas (de 3000 a
4000Hz) utiliza-se “PI-PI-PI”.
 Instrução: Perguntar se o paciente está ouvindo bem, orientar que será
dito “PO-PO-PO” (dependendo da frequência de melhor limiar) e que ele
terá que levantar a mão do lado que ouvir esse som.
 O teste é realizado diminuindo de 10 em 10dB até que o paciente não
responda.
 A partir do momento em que o paciente não responder aumenta-se de 5
em 5dB até obter 50% de resposta.
 O LDV é compatível com o melhor limiar do paciente situado entre as
frequências de 250 a 4000hz ou com a média tonal de via aérea.

LDV (confirmar os limiares tonais)

 Para perdas profundas não tem necessidades de realizar as medias


 Vejo o melhor limiar e coloco algo audível para o paciente 20db a mais
respeitando o valor de saída máxima que é 100db

Instrução:

 Geralmente em gestos
 Depois da instrução vou cobrir o rosto para o paciente não identificar sua
movimentação
Exemplo:

 Melhor limiar em frequência grave: 250 – 500 HZ “PO”


 Melhor limiar em frequência media: 1000- 2000 HZ “PA”
 Melhor limiar em frequência aguda: 3000- 8000HZ “PI”

Inicio com 100db PO PO: paciente ouviu diminuo

 Para 90db po po po,


 Ouviu diminuo para 80db,
 Paciente não ouviu aumento 85db po po po
 Não ouviu aumento 90db po po po
 Ouviu po po
 Não ouviu po po po
 E por fim ouviu = 50% é o limiar, ou seja, o valor que ele ouviu eu
considero.

OBS: quando ouvir abaixo 10db e quando não ouvir sobe 5db e repito para
achar o 50%

(Limiar de recepção de fala) LRF

INSTRUÇÃO: Está me ouvindo bem? Vou falar algumas palavras e o sr.


repetirá o que entender. O som vai diminuir, mas mesmo que estiver ouvindo
bem baixinho continue repetindo o que entender.

 Considera-se 30dB a mais que a média tonal de via aérea (500, 1000 e
2000Hz) para iniciar o teste. (Lembrando que o mínimo para iniciar o
teste de fala é de 40db).
 Inicialmente utilizam-se palavras trissílabas (Ex.: Repete a palavra
tapete).
 Se o paciente acertar a palavra, diminui-se 10db e outra palavra
trissílaba é dita (até que ele erre).
 Quando o paciente errar aumenta-se 5 ou 10dB (depende do que a
professora combinar) e 4 palavras polissílabas são ditas (Ex.: jabuticaba,
telefone, capacete, caranguejo).
 Se o paciente acertar mais que 50% das palavras (+ que 2), diminui-se
5dB e mais 4 polissílabas são ditas.
 A partir do momento que ele acertar 50%, abaixa 5db a fim de confirmar
a intensidade.
 Se errar, é considerada a intensidade em que se tem 50% de resposta.

(Índice percentual de reconhecimento de fala) IPRF

INSTRUÇÃO: Está me ouvindo bem? Agora a minha voz não vai diminuir, eu
vou falar uma série de palavras bem curtinhas e o sr. deve repetir o que
entender.

 Considera-se 25dB em cima do LRF;


 Serão ditas 25 palavras monossílabas (Ex.: Repete a palavra mar).
 As palavras que o paciente errar terá que ser anotadas (para que ao
final do teste ele tenha uma segunda chance de acertar).
 Cada palavra equivale a 4%.
 Se o paciente acertar de 92 a 100%, o exame é finalizado.
 Se o paciente acertar de 88% para menos, o exame é realizado
novamente, porém com palavras dissílabas.
 Se com as dissílabas acertar menos de 88% novamente, realiza-se o
teste com palavras trissílabas, sendo esta a última lista de palavras do
teste.
Audição normal: 92% a 100%
Perda condutiva: 92% a 100%
Perda sensorioneural coclear: 88% a 60%
Perda sensorioneural retrococlear: 0 a 56%

MASCARAMENTO MÍNIMO E MÁXIMO (V.O.)

Atenuação Interaural por Via óssea é praticamente nula, ou seja, 0 (zero).

 EXCESSAO 1: Perdas sensorioneurais simétricas (VO com 10dB de


diferença, acoplada ou com GAP de até 10dB);
 EXCESSÃO 2: Perda auditiva sensorioneural severa/profunda;
 EXCESSÃO 3: Diferença entre as ósseas maior que 20dB (mascara
apenas a pior)
CÁLCULO MASC. MÍN. (V.O.)

 Piorar 10dB na pior óssea;


 Ver diferença do que foi piorado com a óssea não testada;
 Somar essa diferença na VA não testada.

CÁLCULO MASC. MÁX. (V.O.)

 Subtrair 5dB da V.O Avaliada;


 Somar 40dB nesse resultado.

MASCARAMENTO MÍNIMO E MÁXIMO (V.A.)

MINIMO:

 VA (testada) – 40dB (Atenuação Interaural);


 Se o resultado for igual ou maior que a VO (não testada) mascara, e se
for menor não mascara;
 Quando tiver que mascarar, piora 10dB da VO (não testada), em relação
ao que chegou;
 Verifica-se a diferença do que foi piorado com a VO (não testada);
 Soma essa diferença na VA (não testada).

MAXIMO:

 VO (Testada) - 5db
 Resultado + 40db

MASCARAMENTO Mínimo (V.A.)

É a introdução de um sinal competitivo (ruído) na orelha não testada,


permitindo que somente a orelha sob teste seja estimulada pelo som.

Atenuação Interaural

 É a perda da intensidade (dB) de um estímulo acústico apresentado em


uma orelha ao chegar na orelha oposta.
 Por via aérea: A atenuação Interaural é de 40dB.
 Condução translabirintica: A atenuação Interaural de Via aérea para Via
óssea da orelha oposta.
1° passo:

 Verificar se precisa ou não mascarar.


 Audição normal não mascara.
 Quando o valor que chega for igual ou maior que a via óssea da orelha
oposta mascara.

2° passo:

 Quando precisa mascarar temos que piorar em 10dB a via óssea não
testada (em relação ao que chega).
 Verificar a diferença da óssea não testada com o que foi piorado.
 Somar essa diferença na Via Aérea da orelha não testada.

Passo a passo do mascaramento mínimo de via aérea:

 Quando é audição normal o mascaramento não é realizado;


 Para verificar a necessidade de mascaramento é preciso pensar nos
valores das ósseas das frequências de 250,
 6000 e 8000Hz, colocando os valores entre “aspas” (Pode-se considerar
as ósseas mais próximas daquela frequência ou acopla-las);
 Em seguida, é observado em cada frequência (de 250 a 8000Hz) se a
atenuação Interaural de V.A. da orelha testada para V.O. da orelha não
testada (condução translabirintica), correspondente a 40dB, chega igual
ou maior que a via óssea da orelha não testada;
 Se chegar um valor menor não precisa realizar o mascaramento;
 Se chegar um valor igual ou maior, será preciso mascarar;
 Precisando mascarar, deve-se piorar 10dB da V.O. não testada (em
relação ao que chegou) e em seguida verificar a diferença dessa via
óssea com o que foi piorado;
 Por fim, soma-se essa diferença na V.A. da orelha não testada
(lembrando que a marcação do mascaramento é feita na cor da orelha
em que está sendo colocado o ruído, ou seja, da orelha não testada).

Presbiacusia
 Pessoas mesmo 80 anos e 90 anos tiveram a audição de uma pessoa
de 20 anos de idade, foi comprovado que não é uma doença de um
homem de idade e sim uma condição do modo de vida.

 Já foram feitas algumas pesquisas de ambientes rurais que mostrou que


as pessoas tinham Presbiacusia, mesmos nos meios rurais as pessoas
estão consumindo medicações de farmácias; alimentos industrializados;
tem exposição a algum tipo de ruído (motor da grama, serra elétrica). A
Presbiacusia tem a predisposição genética, mas tem fatores intrínsecos
que interferem diretamente na audição daquela pessoa.

Aonde que ocorre o envelhecimento anatômico que vai causar a


Presbiacusia?

- O envelhecimento ocorre em todas as partes anatômicas da orelha

Orelha Externa:

 Envelhecimento do pavilhão auricular: perde as células musculares que


esta sendo sustentada pelo tonus

 Conduto auditivo externo: vai ficando mais estreito

 Glândulas sebáceas: aumento na produção de cerume

 Pelos: aumento na quantidade principalmente em homens

Orelha Media:

 Membrana timpânica: o tímpano vai perdendo elasticidade

 Tecido muscular: redução da elasticidade

 Ligamentos e ossículos: calcificação e não é uma patologia, e é


fisiológica que não vai interferir e dando uma perda.

Orelha Interna:

 Órgão de Corti: atrofia

 Células ciliadas e de sustentação: vai ter degeneração


 Neurônios nas vias auditivas (periféricas/ central): vai ter uma perda
desses neurônios

 Estria vascular: é o que produz endolinfa vai atrofiar

 Membrana Basilar: vai estar mais rígida

 Vasos sanguíneos: vai ter alteração

 E tudo isso vai causar a perda auditiva sensorioneural

 Órgão de Corti: responsável pela audição

Tonotopia Coclear:

 Cada pedaço da cóclea é responsável por uma determinada frequência


e pensando no caracol o ápice interna tem os sons graves, médios e
depois na base os agudos.

 A parte mais exposta é a base da cóclea, caso a pessoa tomou remédio,


se escutou um ruído ira afetar primeiro a base da cóclea depois média e
logo em seguida o ápice. Os graves são os mais protegidos na cóclea.

Tonotopia do Nervo Auditivo

 No ápice da cóclea sai às fibras responsáveis pelo grave que vai formar
o meio do nervo auditivo.

 Da base da cóclea que é responsável pelos agudos e vai formando a


parte de fora do nervo auditivo a parte da periferia do nervo.

 A frequência media vai formar dentro

 Pensando no nervo auditivo na parte de fora são os agudos, já a parte


do médio são os graves e o que não é tão grave e nem agudo é o
médio.

 O nervo auditivo é uma via auditiva que vai ate da cóclea ate o córtex
cerebral, mas apesar de ser uma via única se divide em duas partes. Na
via auditiva periférica (parte da cóclea) ate os Semicirculares do
assoalho do quarto ventrículo é separado de (periférico e central).
 Se tiver um problema na via auditiva ate a periférica é o otorrino que ira
fazer a cirurgia, se tiver um problema cirúrgico na via auditiva central é o
neurologista que vai esta fazendo o procedimento.

Tonotopia cortical

 La no cérebro tem que haver uma integridade que possa escutar

 Camada auditiva primaria, secundarias e terciarias que esta envolvendo


a memoria.

 Pensando em córtex auditivo primário e secundário.

O hemisfério direito ele é mais responsável pela melodia, entonação, ritmo.


O hemisfério esquerdo é responsável pela linguagem, compreensão e de
palavras.

Se a pessoa tem prejuízo na região temporal direita ela não compreende


esses aspectos suprassegmentais de fala, ela não entende se é uma
pergunta, afirmativa ou uma exclamação.

Se ocorrer no temporal esquerdo ela não ira entender palavras, por


exemplo: se perguntar: hoje é quarta-feira? Ela entende a pergunta

Quando escutamos tem mais ou menos umas 100 áreas do cérebro que
estão interconectadas

Se a pessoa conhece alguém que se chama Helena vai ativar uma


determinada parte do cérebro emoção, sensação prazerosa So porque
conhece essa pessoa. Já a pessoa que ao longo da vida que não conheceu
nenhuma Helena vai ativar outra parte totalmente diferente do cérebro.

O que é Presbiacusia

 A deficiência auditiva no idoso, denominada de Presbiacusia, resulta em


efeitos negativos não só do ponto de vista social e emocional, como
também na qualidade de vida do idoso.
Audição: É por meio da comunicação que as pessoas mantem as possíveis
trocas em suas relações sociais, permitindo o aproveitamento pleno das
experiências vividas.

“A cegueira nos afasta das coisas, a surdez nos afasta das pessoas”.
Hellen Adams Keller- escritora e ativista social

Perdas leves:

 A pessoa pede para repetirem o que lhe foi dito

 Há dificuldade de reconhecer frases, principalmente na comunicação


nos ambientes ruidosos.

Perdas moderadas/ moderadamente severas:

 Apresentam dificuldade em compreender, mesmo em ambientes sem


ruído.

 Sua compreensão esta ligada com sua atenção

Perdas severas/ profundas: Utilizam a percepção visual (leitura orofacial)


para observar o contexto das situações e assim tentar compreender.

Sinais de Alerta:

 Dificuldade para ouvir conversas

 Pedir para repetir o que foi dito varias vezes

 Dificuldade para ouvir telefone

 Ouvir TV em volume alto

 Dormir mesmo na presença de barulho

 Alterações psicológicas

 Isolamento social

 Mudança de habito de frequentar determinados locais

 Problemas de alerta e defesa.


Aspectos Psicológicos

 Devido a perda auditiva, muitos idosos costumam se isolar, evitando


conversar com amigos e as vezes ate mesmo familiares.

 Isso abre possibilidades para ansiedade e depressão

 Por isso antes que aconteça é importante procurar ajuda

 A ciência diz que a perda auditiva deixa uma porta aberta para
demência.

Intervenção: Quando começar a perceber a sua dificuldade, procure um


medico para saber o que deve fazer.

Resultados:

 Não será de um dia para o outro

 É importante usar o aparelho adutivo todos os dias e ir se acostumando


com ele.

Aparelhos Auditivos:

 É um dispositivo eletrônico que amplifica os sons, possibilitando ao


individuo usar a audição que ele já tem porem de maneira aumentada.

 Para usar o aparelho a pessoa tem que um mínimo de audição, se ela


não tiver um mínimo dessa audição não tem possibilidade de amplificar
os sons.

 So vai aumentar os sons aquela audição que ela já tenha.

Microcanal:

 Ele atinge perdas leves e o começo do moderado

 Mesmo que o idoso tenha uma perda leva essa perda é progressiva

 Pode chegar a um grau que o Microcanal não ira ser adequado para ele.

Retroauricular:
 Usado para perdas muito fortes (severas e profundas)

 O idoso também não vai ter uma perda severa e profunda e não precisa
desse tipo de aparelho.

Muitas vezes a pessoa que tem perda auditiva tem vergonha de usar o
aparelho auditivo O que os outros vão pensar quando virem que estou
usando um aparelho auditivo.

Adaptação do aparelho auditivo

No processo de adaptação ao aparelho auditivo é comum aparecerem


dificuldades. Entre elas as pessoas podem referir que tem dificuldade em:

 Escutar a fala no telefone

 Adaptar-se a mudanças na percepção da própria voz

 Inserir e remover o aparelho auditivo

 Compreender a fala em ambiente ruidoso.

Com o aparelho auditivo, é possível obter melhoras em diversos


aspectos, tais como:

 Comunicação verbal

 Percepção sonora

 Interação familiar

 Capacidade cognitiva

 Qualidade de vida

Benefícios

 Conversas

 Reuniões da comunidade

 Na igreja
 Consulta medica

 Ao assistir televisão

 Grupos de terceira idade.

Estratégias

 Um falante por vez

 Falante com voz audível, devagar, com articulação clara e sem


exageros, ou seja, falar com naturalidade.

 Falar de frente para favorecer o uso de leitura orofacial

 Usar gestos

 Iluminar o ambiente

 Eliminar o ruído de fundo

 Não falar mastigando

Otoscopia

 Sempre segurar por baixo

 Caso tenha um idoso demenciados ou uma criança e se movimentar


pode estar machucando.

 A tuba auditiva da criança é horizontalizada e do adulto e na diagonal

 Não só a tuba auditiva mais como um todo.

 Crianças ate os 7 anos de idade a otoscopia puxa para trás e para baixo

 Em adulto para trás e para cima.

Membrana Timpânica

 Tem nos dois lados (direito e esquerdo)

 Tenta sempre visualizar a inserção do cabo do martelo e o triangulo


luminoso (que é o reflexo da luz do otoscopio).
 O tímpano é divido em quadrantes que são:

 Quadrante anterior

 Quadrante posterior

 Superior

 Inferior

 Então se o medico falar que tem um tímpano esclerose no quadrante


Antero- inferior vai pensar que é na parte mais voltada do rosto.

Timpanosclerose: É uma cicatriz

Pensando na Presbiacusia como é a audição do idoso no audiograma?

 As perdas serão encontradas nas frequências agudas

 E é nos dois lados

Caso tenha obstrução do meato acústico externo: encaminhar para o


otorrinolaringologista.

E pedir para ir ate o otorrino para realizar a remoção do cerume.

Mascaramento- Conceito

 Se eu tiver uma orelha ruim e uma boa, preciso tampar a orelha boa
para não interferir na orelha ruim.

 Uma óssea pode interferir a resposta da outra orelha

 Sempre colocamos o ruído na não avaliada, para que possamos fazer o


teste dessa orelha avaliada.

Definição Mascaramento: usado para quatro testes que são: Via Aérea; Via
Óssea; logoaudiometria; e também dos Supramilinares, e para cada tipo de
teste vou usar um tipo de conta.

Temos duas maneiras de usar o mascaramento que é:


 Ipsilateral: uma vez por ano vem o técnico calibrar os equipamentos,
ele vai dizer para a Fono que quando ela coloca no aparelho um
ruído de 40db, se lá no fone do paciente esta saindo 40db, se tiver
ela colocou no aparelho 40db e lá dentro esta saindo 40db, ele vai
dizer que o ruído esta efetivo. Vamos dizer que coloco no aparelho
50db e lá dentro no fone esta saindo 40db, falamos que perdeu 10db
de efetividade. Ou seja, quando menos tiver entre o audiômetro e o
fone mais efetivo é o ruído. Ipsi: mesmo lado o ruído e o mesmo lado
o apito.

 Contralateral: o sinal teste é apresentado na orelha em que esta


sendo avaliada e o ruído sempre vai ser do outro lado na orelha não
testada, esse estimulo dado no fone vai ser de Via Aérea ou
Logoaudiometria, se for Via Óssea é aplicado no vibrador ósseo, já o
ruído sempre vai sair no fone.

Mascaramento:

 Vamos fazer com que o lado que a gente coloca o ruído, aquele
limiar de Óssea que era 10db passe a ser 60db, ou seja, acaba
mudando durante a avaliação aquele limar de audibilidade daquela
pessoa, pois precisamos que aquela orelha que estou colocando o
ruído fique pior do que ela realmente é. O limiar de audibilidade
daquela orelha vai ser alterado por conta do ruído.

Atenuação Interaural

 Um som quando apresento em uma determinada orelha ele pode


perder energia quando ele atravessa o crânio e ele é percebido do
outro lado.

 Atenuação (diminuição), Inter (entre) aural (orelhas).

 Quando apresento um som nessa orelha de 70db ele não pode ser
percebido do outro lado como 70db, ele pode perder energia, de ser
percebido ou não pela óssea oposta.
 Quando apresento um som na via aérea ele perde 40db de ser
percebido ou não pela cóclea do outro lado.

 Quando apresento um som no vibrador ósseo não perde nada


(atenuação zero).

 Condução translabirintica: quando apresento em uma orelha e cruza


o crânio, e vai ser percebido ou não pela óssea oposta. (comparo a
Va com a VO)

 Aquele que é com o fone atravessa o arco e entra no outro fone que
vai ser (VA e VA= 40db)

 Atenuação Interaural por VA é ZERO

 Qualquer lugar do crânio que seja estimulado vai aparecer a melhor


óssea.

 Atenuação por vai aérea vai fazer a conta de 40db

 Por Via Óssea vai fazer a conta pensando no ZERO.

Para a fala:

 Sempre que tiver um teste que envolve compreensão à atenuação


vai considerar que vai ser 45db. (40db da atenuação + 5db de testes
que envolvem a compreensão)

Quando for fazer o teste de fala uso o fone ou o vibrador ósseo?

 Usa o fone, a atenuação para a fala é a mesma atenuação por via


aérea.

 Se eu fizer um teste de fala que não envolva atenuação que é o LDF


vou descontar 40db, ou seja, uma orelha não pode estar interferindo
na percepção do som.

 E 40db para testes que não envolvem a compreensão. (LDF)

Valores de Atenuação Para Via Aérea


 Quando tiver fazendo os testes de VA, vou me preocupar com a
atenuação VA - VO, ou seja, eu vou comparar a VA de um lado com
a VO do outro (vou considerar 40db)

 VA- VA: ela é maior do que a Aéreo- Ósseo, por isso que temos que
se preocupar com a atenuação menor de VA.

 Quando tiver pensando na VA-VA: seria a aérea daquela pessoa no


ônibus para a minha VA.

Atenuação Para Via Óssea

 Quando estiver fazendo a VO, geralmente é colocado na mastoide,


mas se o paciente tiver uma inflamação na mastoide, faz na fronte.

 Quando coloco na mastoide direita, se a minha óssea esquerda for


melhor, a resposta que vou ter do lado direito e da óssea esquerda,
por isso deve-se mascarar.

 Atenuação praticamente ZERO.

Mascaramento Mínimo

 Coloco o ruído na NÃO testada

 Menor quantidade de energia que vai ser mascarada.

Mascaramento Máximo

 O ruído tem que estar na não testada.

 E olhar o máximo de ruído que vou colocar na não testada.

 E esse máximo de ruído não pode invadir a orelha testada.

Supermascaramento

 Super (Muito) = muito mascaramento

 O que passar o máximo vai ser chamado de Supermascaramento


 Tenho duas orelhas: a Orelha avaliada e a não testada, quando
coloco um ruído deve ficar sempre na não testada.

Submascaramento

 Pode estar sendo insuficiente

Curva Sombra

 Curva audiometrico da orelha pior, que tenha a mesma configuração


da melhor orelha, e entre elas tem uma diferença de 40db.

 Sempre que tiver uma orelha pior que tenha a mesma configuração
da orelha melhor, mas a diferença seja de 40db entre elas, pode-se
dizer que esteja ocorrendo à curva sombra.

 E não deve ocorrer a curva sombra, e sempre tem que ter a


avaliação das duas orelhas independentes.

 E a orelha pior não pode ser um reflexo da orelha melhor

 Sempre que aparecer a curva sombra tem que se preocupar com o


mascaramento.

Efeito de oclusão

 Quando oclui uma orelha e essa orelha vai acabar melhorando

 Ocorre principalmente na testagens das frequências graves.

 Para avaliar a VO coloca o vibrador de um lado e o fone do outro, e


esse fone que tem um arco fica tortinho, so que muitas vezes acaba
ocluindo, caso a orelha seja normal ou sensorioneural ela acaba
interferindo.

 Sempre devemos fazer testar as vias ósseas sem colocar o fone do


outro lado.

Tipos de ruídos mascarantes (mais efetivo)

Na clinica tem dois tipos de audiômetros:


 Narrow Band: ruído de banda estreita

 Speech Noise: ruído de fala

Sempre que estivemos fazendo à aérea, fazendo o mascaramento de aérea e


de óssea ira usar o Narrow Band.

Quando for fazer o mascaramento de fala ira usar o Speech Noise

Narrow Band (ruído de banda estreita): quando coloca no audiômetro em


1.000 o ruído vai ser um pouco chiado, quando vai variando para 2.000,3. 000,
4.000, 6.000 e 8.000 que é mais agudo ele vai variando junto, não tem duas
regulagem, uma para mudar a frequência do tom puro e uma para mudar a
frequência do ruído, conforme vai mudar a frequência do tom puro a do ruído
vai acompanhando, ou seja, se esta testando em 8.000 Hz o ruído vai ser mais
fina, se for para um som grave o ruído vai ser grave, pensando conforme muda
a frequência o ruído acompanha junto.

É de banda estreita porque esse ruído vai sair de mais 100 a menos 100 em
relação à frequência testada. Então quando esta testando 1.000 Hz esse ruído
vai sair de 1.000 Hz de mais 100 a menos 100 em relação à frequência
testada, vai sair de 900 e 100 em relação à frequência de 1.000.

Mudei para 8.000 Hz o ruído vai sair de 7.000 e 900 ate 8.000 e 100, mudei
para 500 Hz o ruído vai sair de 400 ate 600, sempre o ruído não vai selecionar
a frequência do ruído, o ruído na testagem de tom puro ele vai acompanhar a
frequência que vai ser estipulada para fazer a testagem.

O importante saber é que quando se faz o tom puro preciso de um ruído que
esteja atuando naquela frequência testada.

Speech Noise (ruído de fala): preciso que as frequências baixas, graves e as


medias estejam com o ruído em cima.

Registro do Mascaramento

 Essa conta pode ser realizada á lápis, com caneta preta, caneta
verde, só que o resultado dessa conta tem que ser com a cor da
orelha que eu coloquei o ruído.
 Se o ruído chegou em 50db na orelha esquerda tem que colocar com
caneta azul.

 A marcação no gráfico é da orelha avaliada.

 Tenho a marcação de VO que é da O.D e quando vou testar essa


óssea que foi feita com mascaramento do outro lado, a óssea do lado
esquerdo vou marcar com outra simbologia.

 A simbologia é da óssea que estou testando.

 E o registo da intensidade que foi colocado de mascaramento vai ter


que explicar.

DICAS

1- Quem tem audição normal, não testa porem a pessoa tem uma óssea
que esta acoplada na aérea.
2- Quando for uma perda sensória neural não vou copiar a óssea mais
próxima, ou seja:

 250 copia a de 500

 6000 e 8000 copia a de 4000

3- Vou pensar que na sensória- neural se esta tudo acoplado vai continuar
no mesmo padrão que é considerar acoplado, e o que é acoplado são a
óssea igual o limiar de via aérea.
4- Vou escolher uma orelha para ser avaliada e a outra não avaliada OBS: quando
5- QUANDO FOR MENOR O VALOR NÃO MASCARA não mascarar
o MIN não
6- QUANDO FOR MAIOR OU IGUAL À VO MASCARA. precisa
7- Comparar a aérea da avaliada com a óssea da aérea não avaliada mascarar o
Saida Máxima para Mascaramento:

Freq. 250 500 1.000 2.000 4.000 6.000 8.000


SM 80 95 100 100 100 90 80

Reflexo Estapediano

1) Quando Realizar?
 Esse teste não é realizado quando o paciente teve otite media e
perfuração e o Fono não consegue realizar o teste.
 É pela sonda que coloca no ouvido que acaba captando a ação do
musculo estapedio.

Forma contralateral: o estimulo sai pelo fone e é captado pela sonda que esta
do outro lado. Forma Ipsilateral: o estimulo sai pela sonda e é captado pela
sonda pelo mesmo lado. Ele cruza com corpo caloso, tronco encefálico; e
desce para o nervo facial.

2) Valores normais:

70 e 100db acima do valor da via aérea.

3) Presente e diminuído:

Diferença menor ou igual a 65db entre o limiar de via aérea e o reflexo


estapedianos contralateral

4) Presente e aumentado:

Diferença maior que 100db entre o limiar de via aérea e o reflexo estapedianos
contralateral.

5) Ausente reflexo:

Não desencadeado ate a saída máxima do equipamento.

Timpanometria

Paralisia facial.

 Paralisia fácil infraestapediana- abaixo do ramo do estapedio


 Paralisia fácil supraestapediana- acima do ramo do estapedio
 Uma vai ter reflexo ausente e o outro reflexo presente

Alterações no tronco encefálico


 Existe ausência dos reflexos contra laterais
 E faz ligação entre os hemisférios só no contra.

Neurinoma ou Schwanoma

 Tumor no nervo auditivo


 Alteração benigna
 Um lado ausente e outro presente, pois como ele se localiza em um
lugar só das células então não vai prejudicar o outro.
 Depende da localização dele e como que esta o tamanho dele e pode
aparecer de formas diversas
 Pode aparecer de forma flutuante
 E vai ser a perda unilateral
 Incompatibilidade com a media tonal
 Normalmente tem uma discriminação baixa

Presbiacusia

 Perda nos agudos


 Idosos a partir de 60 anos.
 A queixa principal ouve mais não entende
 A logoaudiometria não vai ser muito boa na maioria das vezes ele acerta
e pode trocar também as palavras
 As perdas esta na aérea da fala
 Nos agudos todos os fonemas

Timpanograma

 Colocar o fone em uma orelha e a sonda na outra orelha


 Na Timpanometria vai avaliar pela sonda
 Na sonda joga uma pressão de ar que vai chegar à membrana timpânica
e vai medir essa mobilidade da membrana timpânica
 Essa mobilidade que ela tem que é considerado normal e que a
complacência dela fica de um lado para o outro.
 Se ela tiver rígida ela só vai ter um pouquinho de mobilidade e se tiver
flácida demais ela vai ficar pra lá e pra cá normal.
 Se tiver com muita secreção ela vai e não volta
 E se tiver disfunção vai ter dificuldade de voltar

5 tipos de timpanograma

 Tipo A Normal

Complacência: 0,3 até1, 65

Pressão: +100 até -100

Já a posição neutra e os +200 o aparelho da e com isso não vai determinar o


tipo do timpanograma.

 Tipo Ar: rigidez ela vai e volta só um pouco

Complacência: menor que 0,3 Otosclerose da cadeia ossicular ou rigidez da


membrana timpânica.

Pressão: +100 e -100

 Tipo Ad- significa rigidez

Complacência: maior que 1,65 disjunções da cadeia ossicular ou flacidez

Pressão: +100 e -100

 Tipo C: Disfunção Tubaria

Complacência: 0,3 até 1,65

Pressão: maior que -100 temos uma alteração na tuba mais não chega uma
secreção

 Tipo B: secreção dentro da orelha (otite) quando joga pressão na


membrana ela vai porem ela esta cheia de secreção ela não
consegue voltar a pressão, ou seja, ela vai e fica
 Não tem pico

Complacência: menor que 0,3

Pressão: -400
Esse timpanograma não tem pico.

Reflexos Estapedianos

Quando realizar?

 Quando realizo a Imitanciometria

Como que é feito?

 Como o fone em uma orelha e a sonda na outra orelha


 Contralateral o som vai sair do fone vai subir pelo nervo auditivo vai
cruzar o tronco e vai fazer a captação desse reflexo no musculo do lado
contrario pela sonda.
 Ipsilateral ela vai sair o som e vai voltar pela própria sonda
 Precisa de um estimulo forte para desencadear

Cor que registra o reflexo:

 Sempre a cor da sonda

Aferência: por onde sai o som

 Aferência direita contra: registra na cor da sonda se tiver OE em azul


 Aferência esquerda contra: o fone sai do lado OE e é captado na sonda
do lado OD e marca em vermelho
 Aferência esquerda ipsi: sai da sonda e volta para o mesmo lado marca
na OE em azul
 Aferência direita ipsi: sai da sonda e volta para o mesmo lado marca na
OD em vermelho

Valores Considerados:

Presentes em níveis normais:

 Quando esta entre 70 e 100db acima do limiar de via aérea

Presente e diminuído:

 Quando a diferença do limiar com o reflexo for 65db ou menos


Presente e aumentado:

 Quando a diferença com o limiar é de 100db ou mais.

Ausente:

 Quando chega à saída máxima do aparelho da o estimulo é não tem o


reflexo

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