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Classificação dos limiares auditivos

Conjunto de símbolos audiométricos recomendados no registro das respostas


obtidas na pesquisa de limiares de audibilidade

 PROCEDIMENTO DE TESTE VIA AÉREA (FONES) NÃO MASCARADA


 ORELHA DIREITA o LIGAR COM LINHA CONTÍNUA
 ORELHA ESQUERDA x LIGAR COM LINHA NÃO CONTINUA
 PROCEDIMENTO DE TESTE VIA AÉREA (FONES) MASCARADA
 ORELHA DIREITA Δ LIGAR COM LINHA CONTÍNUA
 ORELHA ESQUERDA □ LIGAR COM LINHA NÃO CONTINUA
 PROCEDIMENTO DE TESTE VIA ÓSSEA (VIBRADOR
ÓSSEO/MASTOIDE) NÃO MASCARADA
 ORELHA DIREITA < ORELHA ESQUERDA >
 PROCEDIMENTO DE TESTE VIAVIA ÓSSEA (VIBRADOR
ÓSSEO/MASTOIDE) MASCARADA
 ORELHA DIREITA [
 ORELHA ESQUERDA ]
 Para as ausências, tanto de via aérea quanto de via óssea colocar uma
seta abaixo da referida simbologia ↓

Classificação do tipo de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman


(1997)

 Perda auditiva condutiva: Limiares de via óssea menores ou iguais a 15


dB NA e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo-
ósseo maior ou igual a 15 dB.
 Perda auditiva sensorioneural: Limiares de via óssea maiores do que 15
dBNA e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo-
ósseo de até 10 dB.
 Perda auditiva mista: Limiares de via óssea maiores do que 15 dBNA e
limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, com gap aéreo- ósseo
maior ou igual a 15 dB.
Classificação do grau da perda auditiva, de acordo com Lloyd e Kaplan (1978)

 Média tonal de 500, 1k e 2k


 ≤ 25 dB NA............................. Audição normal
 26 – 40 dB NA........................ Perda auditiva de grau leve
 41 – 55 dB NA........................ Perda auditiva de grau moderado
 56 – 70 dB NA........................ Perda auditiva de grau moderadamente
severo
 71 – 90 dB NA........................ Perda auditiva de grau severo
 ≥ 91 dB NA............................. Perda auditiva de grau profundo

Valores de saída máxima


PERDA AUDITIVA EM IDOSOS

A Presbiacusia é caracterizada por uma perda auditiva bilateral para tons de


alta frequência (agudos), devido a mudanças degenerativas fisiológicas no
sistema auditivo com o aumento da idade.

 Recrutamento: intolerância a sons de grande intensidade.


 Zumbido: é um sintoma, e não uma doença e pode parecer um chiado,
apito, cigarra, panela de pressão, cachoeira, cliques, estalos ou barulho
de coração batendo no ouvido.

O Caminho do som:

O som entra pelo canal auditivo e chega a te o tímpano, fazendo vibrar. O


tímpano aciona os ossículos do ouvido, que se movem e pressionam a cóclea.
A cóclea se mexe e o liquido dentro dela também. Essas movimentações
ativam as pequenas celulas ciliadas em seu interior. Ao receber este estimulo,
os cílios mandam a informação do som para o cérebro.

ORELHA EXTERNA:

 Pavilhão auricular: revela um aumento de tamanho devido à diminuição


da elasticidade da pele e da tonicidade muscular.
 Conduto auditivo externo: perda da elasticidade na porção cartilaginosa ,
que pode levar ao colabamento.
 Glândulas sebáceas: aumento na produção de cerume.
 Pêlos: aumento da quantidade principalmente em homens o que
aumenta o acúmulo de cerume.

ORELHA MÉDIA:

 Membrana timpânica: perda da elasticidade.


 Tecido muscular: redução da elasticidade do tecido muscular.
 Ligamentos e ossículos: calcificação.
ORELHA INTERNA:

 Órgão de Corti: atrofia.


 Células ciliadas e de sustentação: degeneração.
 Neurônios nas vias auditivas (periférica/central): perda.
 Estria vascular: atrofia.
 Membrana basilar: rigidez.
 Vasos sanguíneos: alteração.

PERDA SENSORIONEURAL

PRESBIACUSIA: A deficiência auditiva no idoso, denominada de Presbiacusia,


resulta em efeitos negativos não só do ponto de vista social e emocional, como
também na qualidade de vida do idoso.

AUDIÇÃO: É por meio da comunicação que as pessoas mantém as possíveis


trocas em suas relações sociais, permitindo o aproveitamento pleno das
experiências vividas.

PERDAS LEVES

 Pessoa pede para repetirem o que lhe foi dito.


 Há dificuldade de reconhecer frases, principalmente na comunicação
nos ambientes ruidosos.

PERDAS MODERADAS/ MODERADAMENTE SEVERAS

 Apresentam dificuldade em compreender, mesmo em ambientes sem


ruído.
 Sua compreensão está ligada com sua atenção.

PERDAS SEVERO-PROFUNDAS

 Utilizam a percepção visual (leitura orofacial) para observar o contexto


das situações e, assim, tentar compreender.
SINAIS DE ALERTA:

 Dificuldade para ouvir conversas.


 Pedir para repetir o foi dito várias vezes.
 Dificuldade para ouvir telefone.
 Ouvir TV em volume alto.
 Dormir mesmo na presença de barulho.
 Alterações psicológicas.
 Isolamento social.
 Mudança de hábito de frequentar determinados locais.
 Problemas de alerta e defesa.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS

 Devido à perda auditiva, muitos idosos costumam se isolar, evitando


conversar com amigos e, as vezes, até mesmo familiares.
 Isso abre possibilidades para ansiedade e depressão.
 Por isso, antes que aconteça é importante procurar ajuda!
 A ciência diz que a perda auditiva deixa uma porta aberta para
demência.

INTERVENÇÃO: Quando começar a perceber a sua dificuldade, procure um


médico para saber o que deve fazer.

RESULTADOS: Não será de um dia para o outro. Por isso, é importante usar o
aparelho auditivo todos os dias e ir se acostumando com ele.

APARELHOS AUDITIVOS: O aparelho auditivo é um dispositivo eletrônico que


amplifica os sons, possibilitando ao indivíduo usar a audição que ele já tem,
porém de maneira aumentada.

ADAPTAÇÃO DO APARELHO AUDITIVO

 No processo de adaptação ao aparelho auditivo é comum aparecerem


dificuldades. Entre elas, as pessoas podem referir que têm dificuldade
em:
 Escutar a fala no telefone.
 Adaptar-se à mudança na percepção da própria voz.
 Inserir e remover o aparelho auditivo.
 Compreender a fala em ambiente ruidoso.

Com o aparelho auditivo, é possível obter melhoras em diversos aspectos, tais


como:

 Comunicação verbal.
 Percepção sonora.
 Interação familiar.
 Capacidade cognitiva.
 Qualidade de vida.

BENEFICIOS:

 Conversas.
 Reuniões da comunidade.
 Na igreja.
 Consultas médicas.
 Ao assistir televisão.
 Grupos de terceira idade.

ESTRATEGIAS:

 Um falante por vez.


 Falante com voz audível, devagar, com articulação clara e sem
exageros, ou seja falar com naturalidade.
 Falar de frente para favorecer o uso de leitura orofacial.
 Usar gestos.
 Iluminar o ambiente.
 Eliminar o ruído de fundo.
 Não falar mastigando.

OTOSCOPIO/ ESPECULOS:

Um otoscópio consiste em 3 partes:

 A alça, que contém a bateria da fonte de luz.


 A cabeça, que contém a lâmpada e uma lupa.
 O cone é inserido no canal auditivo.

Otoscopia é realizada por tração suave da orelha externa (pavilhão auricular)


para cima e para trás. Em crianças, deve-se puxar para baixo e para trás. Este
movimento ajuda a explorar o canal auditivo, pois a forma natural do canal é
curvo. O comprimento total do canal auditivo em adultos é de cerca de 2,5
centímetros.

MEMBRANA TIMPANICA- ACHADOS ANORMAIS:

* presença de líquido, abaulamento do tímpano ou perfuração.

ACHADOS ANORMAIS NO CONDUTO:

 Uma camada seca, escamosa, sugestivas de eczema (seborréia).


 Um canal inflamado, inchado e estreito, possivelmente com uma
produção de secreção, indicando infecção (otite externa).
 Cera obscurecendo o tímpano.
 Um corpo estranho.
ACUMETRIA

WEBER:

Permite a comparação das vias ósseas e coloca na linha média do crânio e


pergunta para o paciente onde ele escuta o som mais forte ou se ele percebe
igualmente.

* melhor via óssea

* sofre menor interferência do ruído ambiental

Pode apresentar como resposta lateralização para a direita, esquerda ou


indiferente.

RINNER:

Colocado na mastoide para estimulação da via óssea até que o paciente não
ouça mais e depois é colocado na frente do conduto auditivo externo para
estimulação da via aérea.

Rinne (+): quando volta a ouvir por via aérea, depois de parar de ouvir por
estimulação óssea. Casos de audição normal.

Rinne (+) encurtado: quando volta a ouvir por via aérea, porém o tempo já de
via óssea foi reduzido. Casos de perda auditiva sensorioneural.

Rinne (-): quando não volta a ouvir por aérea. Casos de perda condutiva ou
“mista” Observar 500hz

BING:

Colocar o diapasão na mastoide e compara o tempo por condução óssea


relativa

(COR) e por condução óssea absoluta (COA).

COR conduto auditivo externo aberto e COA conduto auditivo externo ocluído.

Bing (+): Quando deixa de ouvir por COR e volta a ouvir por COA. Ocorre em
pacientes normais e sensorioneurais.
Bing (-): Quando deixa de ouvir por COR e não volta a ouvir por COA. Ocorre
em pacientes com perdas auditivas condutivas e mistas.

Schwabach:

Diapasão é colocado alternadamente na mastóide do paciente e do


examinador. A audição do examinador é considerada normal. Compara o
tempo de estimulação óssea do paciente com o tempo de estimulação óssea
do examinador.

Schwabach normal: quando o tempo de estimulação do paciente é igual ao do


examinador. Ocorre em audição normal.

Schwabach encurtado: quando o tempo de estimulação do paciente é menor


do examinador. Ocorre em perdas auditivas sensorioneurais.

Schwabach alargado: quando o tempo de estimulação do paciente é maior do


examinador. Ocorre em pacientes com perdas auditivas condutivas.

Weber Audiometrico:

É um teste de via óssea que complementa a audiometria tonal, confirmando ou


não o tipo de perda encontrado. É realizado com vibrador ósseo na região
frontal da linha mediana. Mesma interpretação de resultados que o Weber
acumétrico, porém é um teste realizado de 500 a 4000hz.

MASCARAMENTO

Na avaliação audiológica, o objetivo principal, é verificar a função auditiva de


cada orelha de forma separada. Sempre que houver a suspeita de uma orelha
estar interferindo, devemos utilizar um ruído mascarante na orelha não testada
para eliminar a sua participação.

IPSILATERAL: É utilizado para calibrar o ruído mascarante, verificando sua


efetividade.

CONTRALATERAL: O sinal teste (estímulo) é apresentado na orelha testada e


o ruído na orelha oposta.
Processo pelo qual o limiar de audibilidade para um som é elevado pela
presença de um outro som.

ATENUAÇÃO INTERAURAL

É a quantidade de energia sonora que o estímulo perde, ao ser apresentado


em uma orelha e ser percebido (ou não) pela orelha oposta. Ocorre por meio
de dois mecanismos:

a) por tratamento dos fones e coxim;

b) por condução translabiríntica.

Por via aérea = 40dB

Por via óssea = não há

Para a fala = 40dB + 5 dB para os testes que envolvem compreensão.

Para fala= 40 dB os testes que não envolvem compreensão.

VALORES DE ATENUAÇÃO PARA VIA AÉREA V.A------ V.O. = 40dB

V.A-------- V.A.

 Apesar de considerarmos a atenuação de via aérea para via aérea de


40dB, na rotina clínica esta atenuação é de aproximadamente 80dB.

V.A------ V.O.

 Sempre que estivermos nos referindo aos valores de atenuação para via
aérea estaremos nos referindo a condução translabiríntica.
 Como a variabilidade é resultado de diferenças interpessoais é de
segurança adotar o valor mínimo de 40 dB.

ATENUAÇÃO PARA VIA AÉREA V.A ------ V.A.

 A atenuação de V.A. para V.A. ocorre por meio dos fones e coxim.
ATENUAÇÃO PARA VIA ÓSSEA V.O --------- V.0.

Na testagem por via óssea, a atenuação interaural é praticamente zero, porque


independente da localização do vibrador ósseo (osso frontal ou mastóide), as
duas cócleas estão sendo estimuladas simultaneamente e na mesma
intensidade, sendo assim, a melhor cóclea dará a resposta.

Na prática audiológica pode haver atenuação interaural entre as vias ósseas,


principalmente nas frequências graves, em torno de 5 a 15 dB.

MASCARAMENTO MÍNIMO: Menor quantidade de mascaramento necessária


para impedir a orelha não testada de responder ao sinal apresentado na orelha
testada.

MASCARAMENTO MÁXIMO: É o nível máximo de ruído mascarante que pode


ser utilizado na orelha não testada, sem provocar mudanças nos limiares reais
da orelha testada.

SUPERMASCARAMENTO: Ocorre quando o nível de ruído apresentado à


orelha não testada é aumentado em níveis que se igualam ou superam os
valores de atenuação interaural, mascarando a cóclea da orelha testada,
criando uma falsa mudança no limiar.

SUBMASCARAMENTO: Ocorre quando o máximo de intensidade calculado


não modificou a via óssea para o valor necessário.

CURVA SOMBRA: É a curva audiométrica da orelha pior, com a mesma


configuração da orelha melhor, mas com uma diferença de 40 dB entre elas,
sendo que os limiares da orelha testada apresentam-se melhores do que os
reais.

MASCARAMENTO CENTRAL: É um fenômeno que ocorre em função da


introdução do mascaramento contralateral produzir uma alteração de 5dB para
pior no limiar da orelha testada, em decorrência da introdução do ruído na
orelha contralateral, mesmo quando a intensidade do mascaramento estiver
adequada.
EFEITO DE OCLUSÃO:

 Ocorre na testagem da via óssea ao ser colocado o fone numa orelha


normal ou com patologia neurossensorial.
 Há uma melhora artificial de 15 dB na resposta da via óssea, pois
acrescenta-se o resultado da pressão sonora que é gerada no conduto
auditivo externo fechado e é transmitido por meio da orelha média à
cóclea melhorando assim o limiar, mas não que haja uma mudança real
na sensibilidade. Por este motivo devemos atentar para o fato de não
ocluir uma orelha com fone ou com a ponta da haste do vibrador na
testagem da óssea.
 Em patologias condutivas o efeito oclusão não ocorre.
 O efeito oclusão ocorre principalmente na testagem das frequências
graves.

TIPOS DE RUÍDOS MASCARANTES (MAIS EFETIVOS):

RUÍDO DE BANDA ESTREITA ou NARROW BAND: não é o terceiro tipo de


ruído, sendo produzido pela passagem do WHITE NOISE através de uma série
de filtros eletrônicos ativos de faixa estreita, cada um tendo uma faixa de
frequência do tom teste.

RUÍDO DE FALA ou SPEECH NOISE: é um ruído de banda larga filtrado por


um espectro de frequências baixas e médias (área da fala), sendo por isso o
mais eficiente para testes de fala.

TIPOS DE RUÍDOS MASCARANTES:

RUÍDO BRANCO, de BANDA LARGA ou WHITE NOISE: é o ruído que contém


todas as frequências do espectro audível com a mesma quantidade de energia,
mostrando-se linear de 250 a 6000Hz, decrescendo rapidamente após essa
frequência.

RUÍDO ROSA, de BANDA LARGA ou PINK NOISE: apresenta as mesmas


características que o WHITE NOISE, mas seu espectro acústico abrange as
frequências situadas de 250 a 4000 Hz.
REGISTRO DO MASCARAMENTO: A intensidade final do mascaramento
utilizada deve ser registrada abaixo da orelha não testada ou no espaço
correspondente de mascaramento, utilizando a cor referente a esta orelha.

Casos Clínicos- Otite Serosa

Toda vez que ira fazer à inspeção do meato acústico a função da Fono é
observar se tem presença de cera impedindo a realização de o exame porem
acaba visualizando embora não poderá fazer nada e a visualização é
observada.

 Otite Media Secretora

Localização orelha media, e tem a ligação com a tuba auditiva que é ligado nos
espaços das vias aéreas.

Toda vez que tem a presença de secreções nas vias aéreas e esse espaço
estiver obstruído de presença de secreção e isso altera o equilíbrio da pressão
interna com a pressão externa e por conta desse desequilíbrio de pressão essa
secreção pode subir para a orelha media e com isso se instala ou por conta
dessa alteração de pressão essa mucosa pode ficar alterada.

Uma coisa é ter alteração de orelha media isolada uma vez na vida e outra
coisa é ter alterações de orelha media que se repetem.

A alteração de orelha media muitas vezes elas não dão dor, ou seja, elas dão
sensação de plenitude ou de ouvido cheio ou tampado. Criança não consegue
se referir a essa sensação elas não tem dor, não tem febre na maioria das
vezes.

Qual a chance da mãe saber que a criança tem otite?

A chance é bem pequena, e quando a criança chega ao consultório para fazer


um áudio ou processamento auditivo a Fono pergunta se já teve otite, a mãe
fala que não. E é muito comum criança ter e os pais não sabem.

É importante observar se a criança é:


 Respiradora oral
 Se a criança tem olheira
 Como que é a face da criança
 Crianças com alteração de vias aéreas tem uma formação de face
diferenciada.

Quais os tipos de alterações de secreção na orelha media:

 Perda auditiva condutiva (óssea preservada e via aérea rebaixada)


 Se a entrada fica prejudicada o processamento fica prejudicado
também.
 Toda vez que tem liquido na orelha o som entra e perde energia por
isso que a via aérea fica rebaixada, e se perde energia na hora que o
som passa ele perde e continua em baixo.
 Toda vez que a criança tiver que fazer analise acústica desse som o
modelo sempre vai estar diferente e as correlações que vai poder
fazer na caixa da linguagem acaba ficando alteradas.

Otite Media Crônica com perfuração de membrana timpânica

 É a mais grave da otite media


 Pode vazar e perfurar a membrana timpânica
 Tem a presença de mau cheiro
 E pacientes que são acometidos por essa otite na maioria das vezes fica
com perfuração de membrana.

O paciente vai passar no medico geralmente no otorrinolaringologista e ira


fazer a avaliação e vai encaminhar para realizar os exames audiometrico. E
quando esse paciente chega a clinica a primeira coisa que fazemos é a
otoscopia. Na anamnese o que o paciente vai relatar sobre a queixa:

 Dor
 Incomodo sensação de tampado
 Diminuição da audição
 Ouvir meio abafado
Colesteatoma

 Tem a presença de odor (carne podre).


 É um tumor benigno que vai destruindo as estruturas da orelha media e
é muito grave e tem que ser avaliado com muitos cuidados médicos e
nesse caso o paciente vai ter aquela secreção com odor fétido.
 E come tudo que encontra e se instala na orelha media.

Otosclerose

 Rigidez da cadeia ossicular


 É uma alteração na orelha media e a característica da perda é uma
Perda Condutiva.

Definição:

É um crescimento anormal do osso (estribo) é o menor osso e gera uma


rigidez.

Quadro Clinico:

O sintoma mais frequente é a perda da audição e caracteriza-se a perda nas


duas orelhas e 70% e 80% dos casos ela é bilateral. E na clinica tem que
lembrar que existe uma porcentagem menor que poderá ser unilateral.

E na maioria das vezes afeta o estribo e existe um crescimento ósseo e ele fica
fixo e deixa de ter um movimento provocando essa rigidez na alteração. E
existe poucos casos que essa rigidez ela ultrapassa e entra na orelha interna e
chama de Otosclerose coclear e ela na é condutiva é sensorioneural.

Sempre que pensar em Otosclerose deve pensar da rigidez do estribo com


uma perda condutiva bilateral, e tem a exceção de ser unilateral ainda no
estribo e condutiva.

Uma exceção ainda é a Otosclerose coclear que esse osso entra na orelha
interna e se ossifica por dentro da orelha interna e fazendo que seja uma perda
sensorioneural bilateral.
O movimento da cadeia ossicular fica comprometido por essa fixação da barra
do estribo.

Diagnostico

 Baseado na historia do paciente e na audiometria


 A grande maioria das pessoas que tem Otosclerose são mulheres e
depois da gestação.
 Por alteração hormonal acaba desenvolvendo uma alteração óssea e
acaba tendo casos de Otosclerose.
 A historia e a audiometria que define o exame.
 Pede-se também a tomográfica para ver a ossificação.

Tratamento

Existe 4 tipos de tratamentos para a Otosclerose:

1- Acompanhamento para ver como será a evolução.


2- Poderá entrar com medicação para tentar diminuir essa progressão da
perda e controlar zumbido ou amenizar tontura.
3- Falar para o paciente usar aparelho auditivo (aparelhos de orelha media
aqueles que são colocados diretamente na mastoide) e pode ser o
convencional também.
4- Cirurgia que é a estapedotomia e o medico vai tirar essa ossificação e
o risco é que a orelha media esta no lado da cóclea e na hora em que
esta raspando esse osso que cresceu a mais o que pode acontecer é
machucar a cóclea e tem uma perda de orelha interna que pode ser
leve, moderada, profunda etc, e existe um erro cirúrgico da Otosclerose
não dar certo por conta dessa alteração que pode acontecer na cóclea.
Porem a cirurgia é um sucesso e eles tiram essa ossificação e reconstrói
e o paciente volta a ouvir normal da um tempo para cicatrizar e depois
pede novamente uma audiometria e o paciente volta a ouvir e tem uma
audição normal.
Doença de Meniere

É uma doença do ouvido. Pode dar em qualquer idade e vem acompanhada de


alguns sintomas. Habitualmente a Meniere vem acompanhada de vários
sintomas e podem variar entre 3 ou 4 sintomas:

 O paciente refere a uma perda auditiva


 Vertigem (tontura)
 Zumbido
 Plenitude (sensação de ouvido tampado)

Na maioria das vezes o paciente tem todos esses sintomas juntos, e tem uma
característica que é bem pontual dessa doença que é uma perda auditiva
flutuante.

Quando o paciente tem uma sensação de plenitude uma otite ele também pode
falar que tem sensação de orelha tampada é uma queixa compatível de
secreção na orelha media.

Já na Meniere não tem liquido na orelha media e quando realiza a anamnese


vai mais ou menos identificar conforme as queixas que ele for falando.

Habitualmente uma otite não da tontura e o paciente sente que esta com o
ouvido tampado depois que ficou gripado, mergulhou no rio, ou seja, tem
historias associadas que leva a pensar na presença de secreção na orelha
media. Essa doença também recebe o nome de Hidropisia (agua) endolinfatica

Existe um aumento no liquido endolinfatico que acaba provocando uma


dilatação do labirinto membranoso.

Presbiacusia (coclear) – Anamnese

A Presbiacusia afeta as células ciliadas e começa a partir dos 60anos e


começa a perda nos sons agudos.
Queixas

 Zumbido
 Ouve mais não entende
 Tem dificuldade para entender voz feminina e de crianças
 Irritabilidade
 Alguns apresentam trocas na fala
 Isolamento social
 A família acaba se queixando porque tem que aumentar mais a
televisão.

Avaliação Audiológica

 Otoscopia
 Normal bilateral
 Problema coclear
 Não tem problema de orelha media
 Simétrico
 Bilateral

IMITANCIOMETRIA

Imitanciometria: Tem o equipamento imitanciometro e junto dele tem o


equipamento adicional e esse conjunto adicional que ira colocar na cabeça
do paciente um fone de um lado e uma sonda na outra orelha e com isso
existe dois tipos de reflexos (Contralateral e Ipsilateral).

Ipsilateral: Quando coloca a sonda na orelha direita, o som quando é


Ipsilateral vai sair da direita e vai ser captada na orelha direita. O fone vai
estar na outra orelha, mas na medida Ipsilateral o fone não tem serventia
nenhuma. (som vai sair do mesmo lado que é captado pela sonda).

Contralateral: O fone esta na orelha esquerda e a sonda na orelha direita,


e quando for contralateral o som sai do outro lado em relação à sonda, ou
seja, no fone e é captado pela sonda. (som vem do fone).

Existem dois tipos de circunstancias:


 Via aferente: estimulo sensitivo (ex: um beliscão)

 Via eferente: estimulo motor.

Reflexo Estapediano:

É um musculo estapedio que vai estar ligado no estribo e vai acionar esse
estribo quando tem um som forte como mecanismo de proteção da orelha
interna e o estapedio vão estar ligados ao estribo e da uma puxada para
platina do estribo não bata com tanta não ter intensidade na janela oval e
consequentemente na cóclea.

E quando se faz essa pesquisa ira dar um som intenso alto e esse som vai
desencadear esse movimento lá no estapedio que este ligado no estribo.
Esse reflexo ocorre nos dois lados tanto na orelha direita quanto na orelha
esquerda, mas só ira se captado no lado da sonda.

Quando esta fazendo aferência direita contra (sai do fone) o fone vai estar
na orelha direita e a sonda na orelha esquerda, e quando estou fazendo
aferência direita contralateral vai dar um som alto que vai vir pela orelha
externa da direita; orelha media da direita; cóclea da direita; nervo auditivo
da direita; e chegou ao cérebro que reconheceu que é um som forte e vai
falar para o reflexo Estapediano que é a contração do musculo estapedio e
essa contração vai ocorrer tanto na orelha direita quanto na orelha
esquerda, mas ele vai ser captado do lado da sonda, a sonda na aferência
direita contra vai estar na orelha esquerda.

Aferência direita contra: o som esta saindo do fone e ele sai do outro lado
em relação à sonda, caso a sonda esteja na orelha esquerda ele vai sair na
direita. Sai do fone e vai estar na orelha direita.

Via aferente é a chegada desses estimulo ate o cérebro o som passa pela
orelha esquerda, externa, media e interna e chega ao cérebro.

Chegou ao cérebro é um som intenso que ira desencadear o reflexo e vai


ocorrer dos dois lados, porem o que vai estar mais mensurado é do lado
esquerdo que é da sonda, só tem possibilidade de captar o reflexo o lado
que esta com a sonda.
Aferência direita contra: sai pelo fone, o fone vai estar na orelha direita e a
sonda esta na orelha esquerda e o estimulo sonoro vai estar na esquerda e
vai ser captado na direita. Via aferente: lado direito e a Via eferente: lado
esquerdo marcar em azul

Aferência esquerda ipsi: sai da sonda e vai estar no lado esquerdo e o


som vai sair da esquerda e vai ser captado do lado esquerdo (marcar em
azul) Via aferente: lado esquerdo e Via eferente: esquerdo marcar em
azul

Aferência esquerda contra: sai do fone e vai estar na esquerda e a sonda


na direita em vermelho Via aferente: direita e Via eferente: direita marcar
em vermelho.

Aferência direita ipsi: sai pela sonda e vai estar do lado direito e o som vai
estar captado no lado direito e na cor vermelho. Via Aferente: direita e Via
Eferente: direita marcar em vermelho

Aferência esquerda ipsi: sonda na esquerda e o fone na direita.

Aferência direita ipsi: sai da sonda e no lado direito e a via aferente vai ser
do lado direito e captado direito e vai ser marcado em vermelho.

Aferência esquerda contra: sai do fone e vai estar do lado esquerdo e a


sonda na sonda direito e via aferente do lado esquerdo e a via eferente
direita marcar em vermelho.

Timpanometria: como esta o sistema tímpano ossicular em relação a


mobilidade e a pressão.

Reflexo Estapediano: verificar se o musculo esta mexendo ou não.

 Uma vez colocando o conjunto adicional na cabeça do paciente faz a


Timpanometria e logo em seguida os Reflexos Estapediano.

 Faz 11 colunas: 1° coluna vai estar escrito no impresso frequência (Hz)


que é 500; 1000; 2000 e 4000hz.
 Os reflexos Estapediano só serão feitos nessas 4 frequências, não faz
reflexos estapedianos em 250, 3000, 6000 e 8000Hz.

 Limiar tonal: escrever os limiares tonais da orelha direita

Ex: 500 deu 10 em 1000 deu 5 em 2000 deu 0 e 4000 deu 0

 Ou seja, essa coluna de limiares tonais eu vou pegar lá no audiograma


do paciente.

Aferência direita: contra é a resposta do reflexo

 Sai do fone e vai estar na orelha direita e a sonda na esquerda e vai ser
azul.

Aferência direita ipsi: sai da sonda e na orelha esquerda e marca de azul.

Paciente com perdas condutivas nas duas orelhas

Aferência direita contra: o fone sai da orelha esquerda e a sonda na


direita

Aferência esquerda contra: sai pelo fone da orelha esquerda e a sonda na


direita

Aferência direita ipsi: a sonda vai estar na direita e o fone na esquerda

Aferência esquerda ipsi: a sonda na esquerda e o fone na esquerda

Se uma pessoa tem uma perda condutiva bilateral é como se o paciente


tivesse uma orelha bem tampada e quando bate um prato a pessoa não ira
ouvir esse barulho na mesma intensidade, ou seja, ela vai ouvir um som
abafado ou som bem mais fraco.

Aferência direita contra: o fone na direita e a sonda na esquerda, porem


não vai ter o reflexo porque esse som na hora de passar pelos ossículos da
orelha direita não ira conseguir ser desencadeado e vai ser ausente. E
marca uma flecha para baixo tanto para comprometimento de via aferente
da orelha direita como de via aferente da esquerda.

Diagnostico Diferencial entre as perdas auditivas condutivas.


Por meio da Timpanometria é possível realizar o diagnostico diferencial
entre as perdas auditivas condutivas.

Pesquisa do declínio do Reflexo Acústico (Tone Decay


Imitanciometrico)

Tendo reflexo colocamos 10db acima do reflexo e esse reflexo vai durar
10segundos. Caso tem esse reflexo ativo durante os 10 segundos
colocamos declínio negativo, se a pessoa tem um declínio amolece nos
primeiros segundos, porém ele tem que soltar mais 50% nos primeiros 5
segundos é indicativo de lesão retrococlear. E é só feito nas frequências
500 e 1000 Hz.

Diagnostico Otoneurologico

Lesão de tronco cerebral

 A audição esta normal

 Tem a ausência dos contras e presencia dos ipsis.

Paralisia Facial Periférica

 Quando a lesão é abaixo do ramo do facial os reflexos vai estar todos os


presentes tanto contra quanto ipsis

 Quando a lesão for acima vai ter lesão tanto no contra quanto no ipsis
problema de eferencia.

Fistula Perilinfática

 Utilizada em paciente que tem vertigem.

 Tulio foi um pesquisador que viu quando tem uma fistula uma pequena
abertura que esta passando a perlinfa quando se tem um som alto e
com isso vai movimentar os líquidos de dentro da cóclea.

 É realizado nas frequências 1000,2000 e 4000 Hz.


 Vai colocar o fone e a sonda, na orelha direita coloca o som em 120 e o
paciente costuma ter um abalo ele pode achar que vai cair, ou seja, uma
vertigem muito forte.

 Nas linhas vai escrever Tulio e o sinal de positivo na frequência de 1000


Hz na orelha direita por exemplo.

 É uma das utilizadas da Imitanciometria.

Quando for presença em uma perda coclear depende de dois fatores:

 Depende do limiar
 Depende do recrutamento

Perdas leves têm mais chances de ter o reflexo e se for uma perda severa não
tem reflexa (por conta do grau da perda) e a profunda também não teria
reflexo. Já na moderada pode ser que uma diferença de 30 diminuído tenha o
reflexo.

Nem tendo perda coclear é recrutrante

Perda auditiva funcional:

 Pelo menos um dos espaços tiver uma diferença menor que 30


 Não tem nada orgânico
 É um funcionamento da pessoa que esta respondendo daquela maneira
 Funcional pode ser caso de um trabalhador que tem uma audição
normal e quer simular a perda ou pode ser uma pessoa com algum
rebaixamento intelectual que não entendeu que tem que responder
aquele som bem baixinho ou só respondendo quando aquele som esta
forte.
 Em um dos espaços da diferença que for menor que 30 é um indicativo
de uma perda funcional.

Diagnostico Diferencial entre as Perdas Auditivas Condutivas:

 A Imitanciometria serve para o diagnostico diferencial entre as perdas


condutivas
 Por meio da Timpanometria sabe-se qual o tipo de condutiva
 Quando realiza o audiograma de uma perda condutiva e não se sabe se
é por otite porem faz a Timpanometria e sabe que é por tipo B.

Timpanograma TIPO
A Otosclerose
Ar Otosclerose
Ad Disjunção de cadeia ossicular
B Otite media crônica secretora ou
microperfuração de membrana
timpânica
C Disjunção tubaria

Por meio da Imitanciometria da para fazer o diagnostico diferencial entre as


perdas condutivas.

Paralisia Facial Periférica Infra- Estapediano.

 Quando a lesão for abaixo da emergência do ramo do musculo do


estapedio o reflexo poderá estar presente.
 Paralisia facial periférica com lesão acima da emergência do ramo do
estapedio, o reflexo estará ausente contra e Ipsilateral.
 Quando tem uma lesão paralisia facial periférica supraestapediana é
ausência do contra e do ipsi da mesma cor do lado da lesão.

Exemplo: se tem uma lesão do lado direito tem ausência do contra e do


ipsi que é marcado em vermelho.

 Se for infraestapediana vai estar tudo presente


 Se for supraestapediana vai ter ausência do contra e do ipsi

Neuropatia auditiva/ Schwanoma do acústico

Caracterizada por dificuldade significativa no reconhecimento de fala, onde não


é possível obter os reflexos acústicos.
LOGOAUDIOMETRIA VOCAL

Fornece informações sobre:

*Topodiagnóstico

*Mensuração da capacidade de detectar e reconhecer a fala

*Detecção de perdas auditivas funcionais

*Acompanhamento da evolução do rendimento auditivo-social do indivíduo

*Confirmação dos limiares tonais

* Indicação de A.A.S.I.

LIMIAR DE DETECÇÃO DE VOZ (LDV)

 É a menor intensidade que o paciente pode detectar a presença de um


sinal de fala em 50% das apresentações. Convencionou-se utilizar a
repetição da sílaba “po”, “pa” ou “pi”.
 É utilizado em pacientes que não adquiriram linguagem oral ou em
casos de deficiências auditivas congênitas severas ou profundas.
 O LAF coincide com o melhor limiar ou com a média dos limiares tonais
o paciente e é expresso em dBNA.
 Sua principal aplicação clínica é a confirmação dos limiares tonais.
 É considerado como sendo o nível de intensidade no qual o paciente
entende corretamente 50% das palavras trissilábicas ou polissilábicas
apresentadas.

LIMIAR DE RECEPÇÃO DE FALA (LRF)


O LRF está situado entre 0 a 10 dBNS.

 É expresso em dBNA.
 Sua principal aplicação clínica é a confirmação dos limiares tonais.
 Pode ser realizada com repetição de palavras, apresentação de figuras,
perguntas ou ordens simples.
ÍNDICE DE RECONHECIMENTO DE FALA (IPRF)

 O paciente deverá compreender e repetir corretamente as 25 palavras


apresentadas para cada orelha (listas balanceadas), o que corresponde
a 100%, para cada erro desconta-se 4%.
 O IRF é realizado 25dBNS.
 É expresso em dBNA.
 Quando o resultado for menor ou igual a 88% (3 erros) para
monossílabos, realiza-se dissílabos; quando isso acontecer com
dissílabos realiza-se trissílabos.
 Sua principal aplicação clínica é o Topodiagnóstico.

92 A 100% - CONDUTIVA OU NORMAL

60 A 88% - SENSORIONEURAL COCLEAR

0 A 56% - SENSORIONEURAL RETROCOCLEAR

CONTROLE DA INTENSIDADE DE VOZ (VU METER)

 O fonoaudiólogo tem que controlar o sinal de fala em volume correto.


 O vu meter é um monitor visual utilizado nos testes à viva voz.
 Ele deverá ser ajustado para atingir a marca zero, em todas as palavras
faladas no microfone.

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