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Introdução
É uma unidade relativa (pressão sonora/pressão de referencia)
Medidas de intensidade: nível de pressão sonora (NPS)
Nível de audição (NA): medida padronizada do que seria a
audição normal ( 0 dB NA)
Nível de sensação (NS): numero de dB acima do limiar
auditivo do indivíduo
Testes de diapasão
Baixo custo, rápido, subjetivo
Aplicações: comparar via óssea e aérea
Condutiva ou neurosensorial
Audição examinador/paciente
Suspeitar de otosclerose
512 ou 1024 Hz são preferidos
Weber:
Indiferente: audição normal ou perda simétrica
Lateralizado (para o lado da queixa: condutiva; para o outro lado: neurosensorial; o liquido na
OM dificulta a audição dos sons ambientes, favorece a via óssea do diapasão)
Rinne
Positivo (VA>VO): audição normal e perdas NS leves
Negativo (VO>VA): perdas condutivas
Audiometria tonal
Determinar menor energia acústica audível
Obter limiares auditivos aéreo e ósseo
Aérea: tom puro por fones; óssea: tom puro por vibrador
Limiar de audibilidade: menor intensidade sonora que o paciente responde a 50% das
apresentações em 1000Hz e 20 micropascals
Mascaramento
Assimetria de limiares auditivos para evitar lateralização
Som perde energia para orelha oposta, há atenuação interaural 40-85dB
Atenuação interaural: via óssea menor que na via aérea (ao redor da cabeça)
Mascarar com diferenças >40dB em freqüências iguais entre VA e VO contralateral
Via óssea sempre, pois a atenuação é nula, exceto: quando limiares VO iguais aos da VO
contralaterais; limiares da orelha testada são bem piores que o da testada.
IPRF ou discriminação
% de reconhecimento de palavras 35-40dB acima do SRT em 500 1000 e 2000 Hz
Normal 88-100%; lesão coclear 60-88%; retrococlear <60%
Imitanciometria
Timpanometria: avalia complacência da MT, permite diferenciar patologias condutivas e
funcionamento da tuba auditiva.
A: normal; Ar/As: otosclerose (efeito on-off nas fases iniciais da otosclerose: no começo e
no final do estimulo há depressão da onda); Ad: disjunção ossicular ou neotímpano flácido
B: OMS, massa OM
C: disfunção tubária
Emissões otoacústicas
Avalia órgão de Corti e sistema eferente auditivo / contração CCE (depende de cadeia íntegra)
Espontâneas: presente apenas em 50% dos indivíduos com limiar auditivo normal, amplitude
variável mas freqüência estável 1000-2000 Hz
Evocadas-transitórias: estímulo tipo click ou tone burst
Positivo em 98% dos indivíduos com limiares até 25 dBNA
Existência de limiares de ate 25 nas faixas de 1-2 kHz
Discreta latência em relação ao estimulo
Estimulo de banda larga 500-6000
Freqüência dependente: uso limitado na triagem
Produtos de distorção: 2 tons puros simultâneos
Avaliar função de forma objetiva e seletiva: espira basal até a
apical
Avalia maior faixa que as transitórias
Latencia – tempo de propagação da onda
Amplitude – quantidade de elementos neurais ativados
Aplicações:
Screening auditivo: baixo custo, triagem auditiva neonatal
Diagnóstico da porção sensorial de uma deficiência auditiva: na lesão de CCE espera-se
encontrar respostas compatíveis com os limiares tonais da audiometria tonal
Lesão retrococlear nos casos negativos
Avaliação de pacientes difíceis de serem avaliados, simuladores
Eletrococleografia
Avalia cóclea e nervo auditivo distal
Potencial de repouso coclear 140mV (o maior do organismo)
80mv Pot endolinfatico (rampa media, estria vascular)
-60mV pot intracelular CC
EcoG registram-se 3 fenômenos elétricos
Microfonismo: CCE motor para contração, ausência de latência, aplicação limitada,
forma da onda
Potencial de somação: representa o movimento da memb basilar (escala timpânica em
relação à média). Resposta complexa, aumentado na hidropsia
Potencial de ação: descarga de todas fibras neurais do nervo auditivo, latência
Hidropsia endolinfática: PS>30% PA
Uso: monitorar pacientes com doença de Meniére, diagnóstico, tratamento e evolução da
doença.
PEATE
Potenciais eletrofisiológicos do nervo até o tronco alto (até 12ms), de curta latência
Onda I: porção distal do VIII nervo, próximo ao modíolo (1,4-1,8ms)
Onda II: porção proximal do VIII nervo, próximo ao tronco encefálico
Onda III: neurônios do núcleo coclear (3,7ms)
Onda IV: incerta, neurônios do complexo olivar superior
Onda V: relacionada com a atividade do lemnisco lateral e colículo inferior (5,7ms)
Ondas VI e VII: colículo inferior e radiação talâmica
O que avaliar
Presença e latência de I III e V
Replicabilidade da latência de cada componente (reduzir subjetividade da identificação
das ondas)
Latência interpicos (I-III, III-V e I-V)
Amplitude da onda V em relação à onda I (V sempre maior e mais constante, exceto
dos 0 aos 3 anos)
Diferença interaural das latências (I-V que não deve ser superior a 0,3ms)
Diminuição da intensidade do estímulo -> aumento da latência -> diminuição da amplitude ->
mantém os interpicos.
Condutiva: aumento da latência absoluta de todas as ondas
Limiar moderadamente elevado
Latência interpico I-V normal
Coclear: latências absolutas de ondas I, III e V normal
Latência interpicos normais
Limiar eletrofisiológico elevado
Boa concordância com o limiar psicoacústico em altas freqüências
Retrococlear: latência interpico I-V aumentada
Aumento uniforme (I-III e III-V prolongadas): lesão difusa das vias do tronco
(I-III tronco baixo e III-V tronco alto)
Falta de reprodutibilidade: latências e morfologias instáveis -> dçs
degenerativas
Presença somente de onda I
Diferença interaural da latência interpico I-V ou da latência absoluta da onda V
> 0,3ms
Amplitude da onda V menor que a onda I
Mudança morfológica e ausência do potencial com a inversão de polaridade
Aplicabilidades:
Adultos:
Estimativa do limiar auditivo
Topodiagnóstico das deficiências auditivas NS
Distúrbios neurológicos (anormalidades vasc, microangiopatias, neuropatias
degenerativas e desmielinizantes, metástases, intoxicações, TCE)
Avaliar morte cerebral, estagiar e monitorar o coma
Monitorizar procedimentos cirúrgicos sobre a fossa posterior
Detecção de lesões expansivas de ângulo ponto-cerebelar
Crianças
Avaliação objetiva do limiar auditivo
Anormalidades ao nível do tronco encefálico por imaturidade, lesões
degenerativas e/ou tumorais
Avaliação do RN de alto risco para perda auditiva
Indicação do ouvido adequado para prótese auditiva
Logoaudiometria:
Caracteriza-se por investigar a capacidade de detectar/reconhecer sons da fala em limiares
mínimos e em limiares de conforto, e deve ser baseada nos resultados da audiometria tonal e
deve confirmá-los. Quando há divergência deve-se investigar a possibilidade de perda auditiva
funcional não orgânica, problemas técnicos, má compreensão das instruções, patologia do
sistema auditivo central e atraso no desenvolvimento das habilidades auditivas. Sua utilização
também é útil para a programação e avaliação dos AASI.
O exame pode ser realizado com viva voz ou voz gravada, sendo que naquele a intensidade da
voz é controlada através de medidor de volume (VU meter).
Limiar de reconhecimento da fala:
Menor intensidade em que se responde pelo menos 50% dos estímulos apresentados, utilizando-
se palavras com 3 ou mais sílabas, apresentadas em 30-40dB acima da média tritonal e vai
diminuindo de 10-10 a cada acerto do paciente, utilizando-se 5 palavras de cada vez e esperando
3 acertos. Há compatibilidade quando o LRF está em até 10 dB acima ou 5 dB abaixo da média
tritonal.
Limiar de detecção da voz:
Menor intensidade em que se detecta presença de estímulo de fala em 50% das apresentações
deve ser realizado quando o LRF não for possível, são utilizadas vogais ou onomatopeias.
Índice percentual de reconhecimento da fala:
É apresentada lista de 25 palavras mono ou dissílabas em 30-40dB acima do LRF. Cada erro
representa 4% do total, as dissílabas são utilizadas quando o acerto for interior a 88% das
monossílabas e trissílabas quando for inferior a 88% das dissílabas. Nas perdas condutivas este
acerto deve ser sempre superior a 88%.
Mascaramento:
Técnica empregada que visa anular a participação da orelha não testada (ONT) através de
apresentação de ruído, deve-se levar em conta a intensidade do estímulo, atenuação interaural e
a sensibilidade auditiva na ONT. Na VA todas as vezes que houver diferença de 40dB ou mais
entre o estímulo apresentado à OT e à VO obtida sem mascaramento. Na VO deve-se mascarar
sempre que houver um gap de 15dB em qualquer frequência e em qualquer orelha.
O ruído apresentado deve ser suficiente para mascarar o som desejado, mas com cuidado para
que o ruído não se lateralize para orelha testada. Deve ser cerca de 40dB acima do limiar da
ONT, considerando que a atenuação é neste valor aproximado.
Na audiometria vocal, compara-se a intensidade de apresentação da VA com o melhor limiar da
VO da ONT, para verificar a necessidade de mascaramento diminui-se da intensidade de
estímulo apresentado na OT o valor 40dB, se o valor final for menor que o limiar auditivo da
VO da ONT não há necessidade de mascaramento, caso seja igual ou maior que o melhor limiar
auditivo da VO da ONT é necessário o mascaramento.
SISI: oferece tom puro de 20dB acima do limiar numa determinada frequência e são oferecidos
incrementos de 1dB a cada 5 segundos, até que se tenha um total de 20 incrementos, o paciente
deve responder toda vez que perceber este aumento. No indivíduo normal os incrementos são
reconhecidos em menos de 20% das vezes e nas lesões cocleares em mais de 60% das vezes.
Testes para pesquisa de adaptação:
Decay do reflexo: reflete a fadigabilidade do reflexo estapediano, consiste em emitir tom de
1000Hz 10dB acima do limiar do reflexo por 10 segundos, se houver deterioração de 50% na
amplitude em menos de 6 segundos considera-se positivo indicando possível lesão retrococlear.
Tone decay test: estimula-se com tom 10dB acima do limiar durante 60 segundos. Em
indivíduos normais é necessário reforçar a intensidade do som com 5-15dB para manter a
percepção. A deterioração do limiar em 15-20dB em 60segundos sugere lesão coclear ou
retrococlear, deterioração acima de 20 sugere lesão retrococlear.
Prova de função tubária:
A função normal da TA pode ser avaliada com a mudança na posição do pico de complacência à
medida que o paciente realiza tarefas como deglutir ou realizar manobras de valsalva. Nos casos
de perfuração na MT o CAE é vedado e a sonda introduz pressão de 200daPa e o paciente é
orientado e deglutir, se houver escape de ar o valor é anotado. Em indivíduos normais, após 3
ou 4 goles as pressões entre orelha média e rinofaringe se igualam a 0, em paciente com
disfunção TA após 5 ou 6 goles a pressão residual permanece em torno de 50 ou 80daPa.