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2022 - #3

PROTOCOLOS
Avaliação,
DE AVALIAÇÃO
diagnóstico
e tratamento PARA
VALIDADOS
do Transtorno do
ADAPTAÇÃO
Processamento
DE AASI
E DESENVOLVIMENTO
Auditivo.
DE LINGUAGEM
CEMEAR
CEMEAR
Educação permanente: 2023 - #4
Educação permanente: Parceria da fonoaudiologia e da
ferramenta de transformação Parceria da fonoaudiologia e da
ferramenta de transformação escola
escola na educação
na educação das pessoas
das pessoas
e aprimoramento das ações em saúde
e aprimoramento das ações em saúde com com deficiência
deficiência auditiva.
auditiva.
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
09/02/2023

HORÁRIO TEMA IDEIA

Explorar sobre a consequências


08:00H Deficiência auditiva da privação sensorial auditiva
e suas consequências. na infância e na vida adulta.

Especificar diretrizes das


Saúde Pública: Portaria de políticas públicas relacionadas
Saúde Auditiva do MS à saúde do portador de deficiência
auditiva e as boas práticas
09:00H recomendadas ao fonoaudiólogo
que atua na área.Demonstrar
Boas práticas e etapas do etapas do processo de seleção
processo de seleção de AASI. de AASI, especialmente: avaliação
e planejamento.

10:00H INTERVALO

Etapas do processo de Qual AASI selecionar?


seleção e adaptação de AASI: Conceituar AASI;
10:15H seleção.AASI: conceito, tipos, Definir tipos e modelos;
características físicas Apresentar características
e eletroacústicas. Moldes físicas e eletroacústicas;
auriculares. Tipos e modelos de moldes.

12:00H INTERVALO - ALMOÇO

Processo de seleção e adaptação Explorar sobre o momento da


de AASI: adaptação em bebês adaptação do AASI, programação
13:00H e principais orientações
e adultos, principais orientações.
aos usuários e pais.

15:00H INTERVALO

Explorar métodos de
Processo de seleção verificação e validação
15:15H e adaptação de AASI: no acompanhamento
verificação e validação. de pacientes com AASI.

17:00H ENCERRAMENTO

10/02/2023

Fornecer orientações
Acompanhamento
sobre uso, manuseio e
e orientações ao
cuidados com AASI.
usuário de AASI.
08:00H Principais queixas e
Definir principais
queixas dos pacientes
soluções possíveis.
e orientar como saná-las.

Falar sobre próteses


E quando o AASi
09:00H não resolve?
implantáveis e possíveis
candidatos e indicações.

10:00H INTERVALO

Protocolos de Avaliação da Percepção Auditiva e da Linguagem Oral:


10:15H quais os principais instrumentos de avaliação em crianças e adultos.

12:00H ENCERRAMENTO
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE
EDITORIAL
EDITORIAL
EDITORIAL

PRESIDENTE: Caro leitor,


A pandemia mundial do novo coronavírus
Caro uma
leitor,mudança repentina na rotina e
PRESIDENTE:
Álvaro Ricardo Malta Júnior
trouxe
comportamento das pessoas, famílias e
ChegamosTodo
instituições. na o reta final do
cronograma projeto
do projeto
QualificarCiclo
“Qualificar: que de
terá o curso “Protocolos
Capacitação para a Redede
Álvaro Ricardo MaltaGERAL:
COORDENADORA Júnior deavaliação
Atenção validados
à Saúdepara da adaptação
Pessoa com de
AASI e desenvolvimento
Deficiência de Minas Gerais” de que
linguagem”
estava
como encerramento.
programado para o ano deA2020
execução desse
foi suspenso.
projeto exigiu mudanças no seu
COORDENADORA
Márcia Izabel SilvaGERAL:
Mendes planejamento
Neste e execução
ano, tivemos a com a migração
retomada das
das capacitações
capacitações em do novoformato presencial
formato, com
para o online e a criação de estratégias
transmissão remota em modalidade síncrona. que
Márcia Izabel Silva Mendes engajassem
Essas os participantes
adequações a tornarpelo
foram aprovadas esse
COORDENADORA CLÍNICA momentoda
Ministério de Saúde
aprendizado significativo.
de forma a evitar a
transmissão do vírus da COVID-19. A
Gostaríamos de agradecer
transformação nos modos de ensino a todos ose
COORDENADORA CLÍNICA
Ludimila Kyrath Lobo profissionais datrouxe
aprendizagem Rede de Cuidados
necessidade à Pessoa
de
com Deficiência
reestruturação por que participaram
parte da desse
equipe
ciclo de aprimoramento
organizadora e dos e que constroem
alunos, gerandoa
saúde pública diariamente
um número commaior seu
Ludimila Kyrath Lobo
COORDENADORA DIAGNÓSTICO benefícios por alcançar
trabalho e envolvimento
de
participantes, assim comoaodesafiosoferecer emaos
pacientes
manter um atendimento
a qualidade de qualidadeee
das capacitações
humanizado.
adesão O processo de aprendizagem
dos inscritos.
COORDENADORA DIAGNÓSTICO
Ana Cristina Cardoso de Sousa Lopes não se encerra neste projeto, o objetivo de
iniciativas
Durante comotempo,
esse essa é despertar o interesse
as práticas dos
no aperfeiçoamento
profissionais da saúde profissional
tiveram que como ser
prática constante
repensadas na realidade
considerando o dos serviços
risco de
Ana Cristina Cardoso
COORDENADORA DEdePROJETOS:
Souza Lopes de saúde.
contaminação, ofertar um atendimento
humanizado e acolhedor em meio a tantas
O CEMEAR,manter
incertezas, uma instituição
o ritmo quede hátrabalho
mais de
COORDENADORA DE PROJETOS:
Débora Cristina Rodrigues Vlcek 16 anos,da busca
cuidando
audiológico
própria garantir
e a
o e
saúde física
reabilitação
diagnóstico
da
mental e
função
atualizar seus conhecimentos considerando
asauditiva dos seus epacientes
novas exigências abraçou
especificidades doso
desafio de realizar uma reforma em sua
casos.
Débora Cristina Rodrigues
COLABORADORES DESTAVlcek
EDIÇÃO: sede, com a missão de ampliar a
capacidade
Esse módulo deirá atendimentos
abordar ae ofertar um
temática:
ambiente diagnóstico
Avaliação, mais acolhedor, seguro doe
e tratamento
COLABORADORES DESTA Vlcek
EDIÇÃO: confortável
transtorno do aprocessamento
todos que frequentam
auditivo quea
Débora Cristina Rodrigues instituição.
será ministrado Essa construção
pela Fga. exigiu
Dra. Pollyanna
envolvimento
Batista, pensado de todosa contribuir
de forma os gestores,
na
colaboradores
prática clínica de ecada
pacientes em prol de
fonoaudiólogo(a) um
para
Débora Cristina Rodrigues
Carla Aparecida de UrzedoVlcek
Fortunato Queiroz bem coletivo.
torná-los mais capacitados a avaliar e intervir
nas alterações do processamento auditivo e
Neste
suas ano, iniciamos
correlações um novo cognição
com a linguagem, projeto na
e
área de assistência para atendimento da
aprendizagem.
Patrícia
FabríciaCotta Mancini
Adriele Silva de Araújo população com queixa de zumbido –
temática
Mais do que constante na prática dosteóricos,
trazer fundamentos serviços
e desafio
nosso para
intuito é a equipe multiprofissional.
aproximar o conhecimentoO
Luana Deva
Janaina Mendes
Couto Sacramento projeto “Abraçar”
científico da prática vemclínica,
implementar
agregando um
laboratório
estratégias de zumbido
transformadoras fornecendo
que contribuem
diagnóstico
para diagnósticos e reabilitação
oportunos e adequados,coma
atendimento
elaboração especializado
de planos a esse
terapêuticos público.e
coerentes
FOTOGRAFIA
Raimundo de Oliveira Neto personalizados que otimizem o tempo de
Com a finalização
tratamento, de mais esse projeto
desenvolvimento dasde
capacitação firmamos
potencialidades nosso
individuais em compromisso
habilidades
FOTOGRAFIA
Empresa Blessed em ser um
auditivas agente de mudanças
e cognitivo-linguísticas e nas três
melhor
frentes em
desempenho que o CEMEAR atua:
acadêmico.
diagnóstico, tratamento e desenvolvimento
através dea retomada
Aproveitando projetos das de capacitações,
qualificação
Empresa
Banco Blessed
de dados – CEMEAR e Agência LOWIN profissional
teremos e inovação.
uma matéria Por
sobre isso, esperamos
a importância da
ter contribuído para fazer
educação permanente como ferramenta uma saúde
de
pública com excelência, responsabilidade
transformação e aprimoramento das práticas
essa, de todos nós que fazemos parte dessa
REVISÃO
Banco de dados – CEMEAR e Agência LOWIN de saúde, justamente para aproximar esse
rede integrada e regionalizada.
universo online daAlmejamos
asdas
dequetrabalho
capacitações
trocas
dasde equipes.
ideias e Além realidade
experiências,
disso,
abordaremos como a integração da escolae ea
compartilhamento de conhecimentos
REVISÃO
Equipe CEMEAR incorporação
reabilitação de
auditiva práticas estratégicas
contribuinospara a
inovadorasdesejam
efetividade frequentes
inclusão das pessoas serviços
com
de saúde auditiva.
deficiência auditiva.
Equipe CEMEAR
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

PROJETO
Agência GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
LÖWIN Débora Cristina Rodrigues Vlcek
Coordenadora de Projetos

Agência LÖWIN
ÍNDICE
ÍNDICE

01.CRONOGRAMA

Educação
Reforma dopermanente:
CEMEAR: ampliação
04.ferramenta
e
de transformação
da capacidade
aprimoramento
de atendimentos,
das açõespara
segurança e acessibilidade
em saúde. do SUS.
os usuários

Processamento auditivo:validados
Protocolos de avaliação
05.intervenção.
o
para adaptação deeAASI e
que é, avaliação
desenvolvimento de linguagem.

Parceria da fonoaudiologia
Projeto ABRAÇAR - Aplicação e
04.pessoas
e da escola na educação
qualificação do acesso ao
com deficiência
das
laboratório
auditiva.
de zumbido – acessibilidade para o
fortalecimento da assistência integral
aos usuários da Rede de Atenção a
Saúde da Pessoa com Deficiência
SUS MG.
REFORMA DO CEMEAR:
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE
DE ATENDIMENTOS, SEGURANÇA
E ACESSIBILIDADE PARA OS
USUÁRIOS DO SUS.

O Centro Mineiro de Reabilitação Auditiva – CEMEAR é uma instituição


filantrópica que há mais de 16 anos se dedica a atender as pessoas com
deficiência auditiva, com diagnóstico e reabilitação da função auditiva de
forma 100% gratuita via fluxo do SUS, contribuindo na preparação de seu
futuro e desenvolvimento pessoal.

Desde a sua fundação, o CEMEAR é uma instituição que se preocupa com a


totalidade do sujeito e sua inserção de forma efetiva na sociedade, buscando
sempre oferecer atendimento alinhado com os seus valores intrínsecos de
respeito social, acolhimento familiar, trabalho em equipe, comprometimento
profissional, integridade, aprendizagem contínua e atendimento
humanizado.

Sabemos que a saúde não significa somente ausência de doenças e por isso o
CEMEAR investe no acolhimento das necessidades integrais dos indivíduos,
por meio do modelo biopsicossocial, com acolhimento das suas demandas
individuais nas áreas social, psicoemocional e auditiva. Dentre os planos para
o futuro, o CEMEAR almeja disponibilizar reforço escolar para os pacientes
contribuindo no seu desempenho acadêmico, oficinas para a formação
coletiva de novos ofícios e habilidades para pacientes e pais, entendendo que
o trabalho constitui um mecanismo de transformação pessoal e social e
oficinas terapêuticas diversificadas como musicoterapia para despertar e
valorizar o contato com as artes e cultura.

Para isso, iniciamos o projeto de reformar a sede de instituição e ampliar as


instalações com a construção do 2º andar, um sonho antigo que começou a se
tornar realidade. Em 2022, iniciamos um projeto do Ministério da Saúde para
reformar o primeiro andar da instituição e somando esforços coletivos
construir o segundo andar, que fornecerá um espaço físico complementar
para outros atendimentos e mais apropriado para receber as demandas
integrais dos pacientes, com acessibilidade, conforto e segurança. Os frutos
desse empenho são plantados pelas mãos de muitas pessoas que acreditam
na missão do CEMEAR e se engajam em construir um lugar que permita a
transformação de milhares de vidas.

04
04
A Educação à Distância (EAD) possibilita maior acesso e
direito à formação e atualização de conhecimentos
tecnológicos e exercício laboral. O EAD oferece a facilidade
de autoaprendizagem utilizando instrumentos didáticos
em diferentes estruturas e níveis de informação. Desta
forma, a modalidade de ensino à distância representa
uma poderosa estratégia de qualificação profissional
oferecendo acesso à informação geradora de
conhecimentos, principalmente para trabalhadores que
se encontram distantes dos grandes centros formadores,
considerando que Minas Gerais é um estado de grande
proporção territorial (MAIA, 2015).

PROTOCOLOS DE
Assim, os projetos de capacitação beneficiam os
colaboradores e as instituições, enquanto ferramenta que
AVALIAÇÃO VALIDADOS
contribui para atualizar os conceitos, subsidiar condutas
profissionais, direcionar escolhas fundamentados em
PARA ADAPTAÇÃO DE AASI
conhecimentos teóricos e dinamizar as ações do
profissional na rotina de trabalho.
E DESENVOLVIMENTO DE
Dentro do cenário do Sistema Único de Saúde (SUS), os
programas de LINGUAGEM
educação continuada buscam ocasionar
uma mudança positiva nos modos de acolhimento,
diagnóstico, assistência e reabilitação dos usuários,
garantindo uma atenção integral à saúde. Assim, as
oportunidades de atualização consistem em estratégia
fundamental no exercício do trabalho em saúde,
assegurando que o profissional tenha acesso à
conhecimentos atualizados que sustentem suas práticas, Vivemos em um mundo repleto de sons provindos de
respaldados nas melhores evidências científicas
disponíveis. Além disso, proporcionar um momento de diferentes fontes, como o meio ambiente, os instrumentos
aprendizado, cria um sentimento de valorização musicais e as vozes dos homens. Sons graves, médios e
profissional, promovendo maior engajamento com o agudos, altos ou baixos, confortáveis ou desconfortáveis,
processo de trabalho, interesse em buscar novas
alternativas para casos desafiadores e envolvimento em significativos como os sons da fala ou meramente
processos diferenciados na rotina de trabalho. insignificantes como um ruído qualquer, a capacidade de
percebê-los e decodificá-los faz da audição um dos mais
A proposta da Educação à Distância é superar as barreiras nobres sentidos humanos.
físicas, aproximar, interagir e “diminuir a distância”
utilizando os recursos tecnológicos. O professor tem como
objetivo direcionar novos horizontes dentro da proposta O sistema auditivo é uma
envolvida, encorajar o pensamento crítico, promover a importante forma de
interação entre os conteúdos, o educador e as atividades
desempenhadas, fornecendo suporte para que os alunos assimilação, inclusive
absorvam, reflitam e construam seu conhecimento, antes do nascimento.
Dra. Carla A. U.
gerando um aprendizado tão efetivo quanto o ensino em
classe presencial (MAIA, 2015).
Ele é considerado

Assim,Fortunato-Queiroz
receptivo in útero a
essa iniciativa do CEMEAR subsidiada pelo partir da vigésima
PRONAS/PCD promove um espaço de compartilhamento semana de
de saberes, oportunidade de atualização, discussão das
gestação, ou seja,
Fonoaudióloga,
condutas profissionais, contribuindo para modos de
produzir saúde mais assertivos e eficazes pautado nas a criança com
ações educativas. sistema auditivo
Pela FOB-USP-Bauru,
mestre e doutora em íntegro é capaz de
Referências
Educação Especial pela UFSCar, ouvir sons internos
pós-doutoranda pela FMRP-USP, e externos ao
BRASIL. Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007.
Dispõe especialista em Audiologia pela corpo da mãe.
sobre as diretrizes para a implementação da
SBFa. Permanente em Saúde e
Política Nacional de Educação
dá outras providências. Brasília: 2007. Isso é verificado claramente por meio da preferência dos
Atuou nos últimos 22 anos na neonatos à voz materna. Após o nascimento, à medida que
BRASIL. Ministério da Saúde. Educação permanente como
ferramenta área de AASI
estratégica e próteses
de gestão de pessoas. Brasília: a criança começa a explorar o ambiente, as informações
2018. implantáveis, no serviço público que ela recebe pela audição são combinadas com as
e privado. informações provenientes dos outros sentidos.
COSWOSK, É. D.; ROSA, C. G. S; CALDEIRA, A. B. et al.
Educação continuada é
Atualmente para o profissional e
fonoaudióloga de saúde no
gerenciamento de resíduos de Saúde. Revista Brasileira de A audição permite à criança não somente detectar os
assessora
Análises Clínicas, técnica
vol. 53, da Politec
nº 4, 2021. estímulos sonoros, mas também localizá-los, discriminá-los,
Saúde.  reconhecê-los, memorizá-los e compreendê-los. É a partir
MAIA, L. P. Educação Permanente em Saúde “em
Movimento”: o ambiente virtual de aprendizagem como do desenvolvimento destas habilidades, denominadas
recurso pedagógico. Mestrado em Saúde Coletiva. habilidades auditivas, que elas se tornam capazes de
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2015. 87 f. utilizar a linguagem oral, ou seja, é principalmente a
PEIXOTO, L. S.; CUZATIS, L. G.; DUTRA, T. C. et al. Educação audição a base para o desenvolvimento da fala e da
permanente, continuada e em serviço: desvendando seus linguagem. 
conceitos. Revista Enfermaria Global, Nº 29, janeiro, 2013.

05
05
A maior parte das crianças, em condições adequadas, desenvolve a linguagem rapidamente e
sem aparente esforço a partir do nascimento, comunicando de forma verbal e não-verbal. Em
condições adversas, como no caso da deficiência auditiva, um prejuízo ou distúrbio da linguagem
ocorrerá, já que a criança possuirá dificuldade no processo de compreensão verbal e,
consequentemente, na expressão verbal.

06
06
As consequências da deficiência auditiva adquirida em adultos e idosos, também
trazem sérias consequências como dificuldades na comunicação, isolamento social,
autoestima rebaixada, irritabilidade, depressão e até mesmo alterações cognitivas. O
risco da deficiência auditiva é maior em pessoas acima de 60 anos, do sexo masculino,
com menor renda e nível de escolaridade.

Com o aumento do número de idosos, tanto no âmbito mundial quanto nacional, observa-se um
crescimento de projetos de políticas públicas buscando propiciar um envelhecimento com melhor
qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 5% da população do
mundo (430 milhões de pessoas) necessitam de reabilitação auditiva e, até 2050, serão no mínimo 700
milhões. Considerando que a deficiência auditiva é uma deficiência que se agrava com o passar dos
anos, o número de pessoas com perda auditiva tende a crescer. Desse modo, oferecer condições de
inclusão para essas pessoas tem se tornado cada vez mais importante. No Brasil, estima-se que 26,1%
da população apresente algum tipo de deficiência auditiva, sendo 6,8% consideradas incapacitantes,
com necessidade de intervenção.

07
07
Há diferentes tipos e graus de perda auditiva.
Em casos em que não existe tratamento
médico, cirúrgico ou medicamentoso, a
maioria das pessoas irá se beneficiar de um
aparelho de amplificação sonora individual
(AASI), também conhecido com aparelho
auditivo.

O AASI é um dispositivo eletrônico


miniaturizado que capta e amplifica o som de
forma a compensar a audição comprometida,
podendo transmitir o sinal amplificado por
condução aérea, por meio de um receptor no
meato acústico externo e/ ou molde auricular;
ou por condução óssea, por meio de um
vibrador ósseo aplicado à pele ou parcialmente
implantado na mastoide, o qual gera vibrações
mecânicas que estimulam diretamente a
cóclea.

Ele faz parte do processo de habilitação e ou reabilitação da pessoa com deficiência auditiva, portanto, cabe ao
fonoaudiólogo avaliar, selecionar, prescrever, adaptar e acompanhar o uso do AASI como parte do processo de
intervenção, buscando promover a saúde do indivíduo. Para isso, devem ser considerados aspectos como
etiologia, tipo, grau, duração e simetria da perda auditiva além da limitação de atividade, restrição de
participação e da plasticidade do sistema nervoso central.

Os altos custos dos AASIs em nosso país tornou-se um empecilho que dificultou o acesso de uma grande parcela
da população, criando um grande obstáculo ao processo de reabilitação auditiva. Todavia, no início da década
de 90, o atendimento à pessoa com deficiência auditiva foi incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No
ano de 2004, o Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva por meio da Portaria
GM/MS nº 2073/2004. De acordo com as diretrizes desta política, ficou estabelecido, pela Portaria SAS/ MS nº
587/2004, que os centros de média e alta complexidade devem assegurar o processo de adaptação de AASI em
todas as suas etapas, desde a seleção das características físicas e eletroacústicas até a validação com a
avaliação do benefício e satisfação do paciente e/ou família. Entre 2000 e 2016 foram fornecidos em torno de 2
milhões de aparelhos auditivos para a população, correspondendo a 54,6% do número de dispositivos
importados nesse período no Brasil.

08 08
SERVIÇO DE ATENÇÃO
À SAÚDE AUDITIVA

De acordo com dados do IBGE, em 2019, 69,8% dos brasileiros procuraram os estabelecimentos
públicos de saúde para atendimento, ou seja, a maioria dos brasileiros procura pelas unidades
públicas quando apresenta algum problema de saúde. Desse modo, conduzir ações que promovam
o uso correto e efetivo de dispositivos fornecidos pelo SUS é de suma importância para o sucesso da
intervenção e para otimização do uso da verba pública. A satisfação do usuário e a adaptação correta
estão intimamente relacionadas com o sucesso da reabilitação sendo, portanto, imprescindível,
avaliar tais aspectos nos Serviços de Atenção à Saúde Auditiva credenciados no SUS.

O Conselho Federal de Fonoaudiologia apresentou recentemente as “Diretrizes para prestação de


serviços por fonoaudiólogos em seleção e adaptação de aparelho de amplificação sonora individual
(AASI)”, baseadas em evidências científicas nacionais e internacionais, portarias, resoluções e
documentos publicados pelo Ministério da Saúde e OMS. As diretrizes tem como finalidade orientar os
fonoaudiólogos na prática profissional dentro dos princípios técnico-científicos, legais e éticos,
contribuindo para a prática clínica da atuação do fonoaudiólogo na seleção, indicação e adaptação
de aparelho de amplificação sonora individual. Segundo o CFFa, é essencial que o fonoaudiólogo se
mantenha atualizado no que diz respeito a essas práticas, já que a prestação de serviços na área de
AASI devem ocorrer de forma contínua e garantir o atendimento de qualidade às pessoas que
necessitam de cuidados com a saúde auditiva.

07
07
09
As diretrizes de boas práticas na área de AASI propõem
etapas visando o bom êxito da adaptação, sendo elas:

1. Avaliação;
2. Planejamento;
3. Seleção;
4. Adaptação;
5. Verificação;
6. Orientação e a
conselhamento;
7. Validação.

10 1
1. Avaliação
Avaliação otorrinolaringológica:
Qualquer problema auditivo é um problema de saúde e, por isso, o otorrinolaringologista é o
profissional que assume a responsabilidade inicial pelo cuidado primário do portador de deficiência
auditiva. Doenças otológicas progressivas e sistêmicas com repercussões sobre o AASI precisam ser
descartadas e tratadas. Somente após o tratamento médico e/ou cirúrgico, o fonoaudiólogo assume
o cuidado com o paciente e inicia o processo de (re)habilitação.

Anamnese auditiva:
Definida como a história prévia do indivíduo, na qual se investiga a causa da surdez, as possibilidades
da adaptação de AASI e os possíveis prognósticos com o uso do mesmo. Na anamnese, procura-se
obter informações relevantes com relação à queixa auditiva e de saúde geral, enfatizando aspectos
como presença de zumbido, alterações labirínticas, infecções de ouvido, cirurgias otológicas,
otosclerose, perda súbita, história familiar, alergia, diabetes, hipertensão, etc.

Avaliação audiológica completa, visando estabelecer com


precisão o grau e tipo de perda auditiva de cada orelha.
Em adultos e idosos: audiometria tonal limiar, por via aérea e via óssea; pesquisa do limiar de
reconhecimento de fala - LRF e do índice percentual de reconhecimento de fala – IPRF; e medidas de
imitância acústica (timpanometria e reflexos acústicos). Quando necessário também podem ser
pesquisados o limiar de detecção de fala – LDF, o nível de maior conforto – MCL. A obtenção dos
níveis de desconforto para tom puro e para fala podem ser utilizadas com objetivo de determinar o
campo dinâmico de audição e facilitar a determinação do ganho acústico e limites de saída
máxima do aparelho;

Em bebês e crianças pequenas: avaliação eletrofisiológica (emissões otoacústicas, potenciais


evocados - click e frequência específica, potencial evocado auditivo de estado estável), avaliação do
comportamento auditivo. É importante considerar o uso de questionários a ser aplicado com os pais.

07
11
2. Planejamento
Informar o candidato sobre o processo.
• Trabalhar com o indivíduo: expectativas, autopercepção das incapacidades auditivas, as
necessidades de audição, as preocupações estéticas e outros aspectos que possuem relação direta
ou indireta com o processo de adaptação do AASI.

• Conversar com o indivíduo sobre a estimativa do aproveitamento auditivo e do benefício esperado


com o uso do AASI nas situações de vida diária e em ambientes não favoráveis, ou seja, tentar tornar
mais realistas as suas expectativas.

• Realizar a pré-moldagem (molde auricular), se for o caso.

3. Seleção • Seleção do molde auricular e suas


características acústicas;
Consiste na prescrição de ganho acústico e
saída máxima, baseada no audiograma e na • Seleção de ganho e saída máxima;
escolha das características eletroacústicas
desejadas de modo a atender com mais • Tipo de amplificação (linear ou não linear),
eficiência a prescrição fornecida pelo método número de canais, algoritmos
prescritivo utilizado. fundamentais;

Durante o processo de seleção devem ser • Uso de sistemas especiais como CROSS,
considerados os seguintes aspectos: BICROSS ou adaptação por condução
óssea, gerador de som para zumbido;
• Adaptação unilateral ou bilateral;
• Necessidade de uso de tecnologia assistiva
• Seleção do tipo de AASI: tecnologia e (Sistema de frequência modulada,
modelo; microfone remoto) e conectividade.

12 1
4. Adaptação
É realizada após a seleção e se inicia com a determinação de que o dispositivo está em perfeitas
condições de uso e que o ajuste físico permite segurança, conforto, facilidade de inserção e remoção
e sem microfonia em condições normais de uso.

Os ajustes das características eletroacústicas devem ser realizados de acordo com métodos
prescritivos validados, permitindo a audibilidade e conforto do paciente. Sempre que possível deve-se
utilizar medidas de verificação para garantir melhor audibilidade, sendo imprescindível no caso dos
bebês a utilização da RECD, com cálculos da diferença entre a orelha real e o acoplador.

07
13
A etapa de adaptação deve ser acompanhada de orientação minuciosa sobre uso, cuidados, manuseio dos
dispositivos e período de aclimatização. As orientações, treinamento e aconselhamento devem ser fornecidas aos
usuários, responsáveis e cuidadores.

5- Verificação
Tem o objetivo de verificar se os parâmetros prescritos na etapa de seleção e adaptação foram alcançados.

Ao longo dos anos, dois tipos de procedimentos de verificação tem sido realizados, comportamentais (por meio
do ganho funcional) e eletroacústicos (por meio de medidas de inserção). Com o desenvolvimento do
microfone sonda e, consequentemente, das medidas na orelha real, as respostas comportamentais, como o
ganho funcional, foram sendo substituídas por medidas eletroacústicas do ganho de inserção, possibilitando
maior vantagem e versatilidade na verificação, principalmente com os AASIs mais modernos.

Ganho funcional: é um procedimento de verificação comportamental, considerado por muitos autores como
procedimento de validação, já que fornece uma ideia do desempenho auditivo do usuário com o AASI,
diferentemente das medidas de inserção, que avaliam o desempenho do aparelho na orelha do paciente.
O ganho funcional é uma medida psicoacústica, subjetiva, definida como a diferença em decibéis entre os
limiares auditivos obtidos em campo livre com e sem o AASI, na mesma condição de testagem.

Apesar de ser um procedimento conhecido e realizado em centros de Audiologia do Brasil, tem sido
gradativamente excluído do processo de verificação do AASI, devido a limitações como grande variabilidade
no teste-reteste, não utilizar medidas de conversão entre o dBNA e o dBNPS, depender da experiência clínica
do profissional, não realizar medidas das orelhas separadamente, entre outras.

Medidas de inserção: Trata-se de um procedimento objetivo e de fácil aplicação. Também denominadas


"mensurações in situ", referindo-se à condição em que o AASI é avaliado, ou seja, dentro do meato acústico
externo. São realizadas por meio de medidas com microfone sonda. Visa verificar se o alvo (target)
estabelecido no processo de seleção foi atingido no processo de verificação. O objetivo geral é obter a
audibilidade para sons de fala de fraca intensidade, conforto para sons de média intensidade e tolerância
para sons de forte intensidade.

Ganho acústico e resposta em frequências: em aparelhos com amplificação não linear, a verificação do ganho
acústico com microfone sonda deve ser realizada pelo menos na intensidade de 65 dB (média intensidade).

14
14
Saída máxima: Devem ser utilizados equipamentos com
microfone sonda e medidas em acoplador. A avaliação
direta da resposta de saturação na orelha do usuário do
AASI pode ainda ser feita por meio da apresentação de
sinais sonoros intensos que levem o AASI à saturação seja
em cabine ou pela observação da reação apresentada para
sons intensos.

Teste de percepção de fala (TPF): Também utilizado para


verificar o desempenho auditivo do indivíduo nas condições
sem e com o AASI, de forma unilateral ou bilateral. Podem
ser utilizadas listas de palavras foneticamente balanceadas
e/ou sentenças do português brasileiro, aplicadas sempre
que possível em campo livre, nas situações de silêncio e de
ruído competitivo tipo Speech Noise (relação sinal ruído:
+10dB, 0dB ou -10dB) na mesma caixa acústica ou caixa
contralateral. Ressalta-se que alguns autores consideram a
avaliação da percepção de fala como parte do processo de
validação.

07
15
6 - Orientação e Aconselhamento
O sucesso da adaptação está diretamente relacionado ao trabalho de orientação e de aconselhamento. A
prática fonoaudiológica revela que é comum o usuário de aparelho auditivo deixar de usá-lo em função de
dificuldades de manuseio, tais como, troca de pilhas, limpeza e ajustes de volume. Por isso, a orientação e o
aconselhamento ao usuário devem ocorrer durante todo o processo de adaptação e acompanhamento. O
profissional deve conhecer as reais dificuldades dos pacientes em relação ao uso adequado da amplificação,
visando saná-las para viabilizar o uso contínuo do dispositivo. É fundamental que o usuário e a família
entendam o funcionamento e o objetivo do AASI, localização e função de cada controle, a fim de utilizá-lo
como um instrumento efetivo de estimulação dos resíduos auditivos, desmistificando a ideia de ser um
equipamento desconfortável, de difícil adaptação e uso.

Pais, cuidadores e fonoterapeutas devem ser orientados sobre modos de verificar o funcionamento do AASI
por meio de inspeção visual e auditiva, buscando garantir o acesso e o conforto aos sons e evitar problemas
como amplificação reduzida, funcionamento intermitente, escapes ou distorções sonoras.

7. Validação
O objetivo desta etapa é utilizar medidas de benefício, de satisfação, bem como avaliação de redução das
limitações em atividades comunicativas, qualidade de vida e restrição de participação atribuídas à perda
auditiva com o uso do AASI, por meio de escalas formais, questionários e/ ou formulários de entrevista.

Conforme já mencionado, alguns autores consideram o uso da audiometria em campo livre e da avaliação da
percepção de fala como procedimentos de validação, além do uso de questionários adaptados a realidade
brasileira, tais como: IOI-HA (International Outcome Inventory for Hearing Aids); HHIE (Hearing Handicap
Inventory for the Elderly) ou HHIA (Hearing Handicap Inventory for Adult); APHAB (Abbreviated Profile of
Hearing Aid Benefit), SADL (Satisfaction with Amplification In Daily Life), COSI (Client Oriented Scale of
Improvement), World Health Organization Quality of Life (WHOQOL) e outros.

A aplicação dos questionários de autoavaliação e protocolos validados são procedimentos rápidos, simples e
eficientes para avaliar o benefício, satisfação e o sucesso da amplificação, sendo instrumentos importantes
para o contexto de reabilitação auditiva pois analisam uso diário, limitação de atividades, restrição de
participação e impacto na qualidade de vida.

16
O tempo de uso diário médio também pode ser medido por meio de análise objetiva do
registro de dados integrado ao circuito eletroacústico do AASI, bem como ambientes
frequentados e as características de ruído durante o uso. O tempo de uso diário possibilita
avaliar se a adaptação está sendo efetiva, assim como o funcionamento de recursos
ativados na programação do AASI.

auto
avaliação
Avaliação que alguém faz sobre
si mesmo;
avaliação realizada pelo indivíduo
que está sendo avaliado sobre si mesmo.

07
17
E quando não é possível o uso
do AASI? Próteses implantáveis.

A evolução tecnológica e o avanço da medicina permitiram outras soluções auditivas para os pacientes em que o
uso de soluções convencionais, como o AASI, não é possível. A impossibilidade ao uso do AASI pode ocorrer devido ao
benefício limitado da amplificação, por falta de audição residual, por alteração anatômica, por otites de repetição
devido ao uso do molde, dentre outros. Para esses pacientes são indicadas as "próteses implantáveis”, sendo as
principais delas o implante coclear (IC) e a prótese auditiva ancorada no osso (PAAO).

Atualmente, as indicações para IC e PAAO pelo SUS são estabelecidas pelos critérios das Diretrizes Gerais para a
Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no Sistema Único de Saúde - SUS.

De modo geral, o implante coclear é indicado para habilitação e reabilitação auditiva de pessoas com perda auditiva
neurossensorial bilateral, de grau severo a profundo, sem benefícios com AASI e com possíveis benefícios com IC. No
momento, pode ser indicado uni e bilateralmente, em crianças e adultos, tendo porém critérios específicos para cada
caso.

A prótese auditiva ancorada no osso é indicada, pelo SUS, para pacientes com perda auditiva condutiva ou mista
bilateral que possuam má formação congênita de orelha bilateral que impossibilite adaptação de AASI, gap maior
que 30 dB na média das frequências de 0,5, 1, 2 e 3kHz, limiar médio melhor que 60 dB para via óssea nas frequências
de 0,5, 1, 2 e 3kHz, IPRF maior que 60% para monossílabos sem AASI. No sistema privado, pode ser indicada em outros
casos, como infecções recorrentes de orelha média e perda auditiva unilateral (SSD - Single Side Deafness).

18
Sistema de Frequência Modulada
Outro dispositivo eletrônico disponibilizado pelo SUS, desde a sua inclusão pela Portaria nº 1.274, de 25 de junho
de 2013, é denominado Sistema de Frequência Modulada (Sistema FM). O Sistema FM é utilizado
principalmente na escola, pois diminui o efeito do ruído e da reverberação sobre os sinais de fala, aumentando
a eficácia da comunicação entre os usuários.

Trata-se de um dispositivo composto por um microfone/transmissor e um receptor. O microfone/transmissor é


utilizado pelo falante, tem função de captar os sons, codificá-los em sinais elétricos e convertê-los em sinais de
frequência modulada. O sinal de FM é decodificado por um receptor acoplado ao AASI ou IC (ou por meio de
colar de indução, acionando a bobina da prótese), e depois é transformado, novamente, em energia acústica.
O uso do Sistema FM tem se mostrado eficiente como auxiliar no desempenho acadêmico, em especial das
crianças com perda auditiva em processo de alfabetização, pois minimiza a distância da fonte sonora e o ruído
de fundo.

07
19
Protocolos de Avaliação
da Percepção Auditiva
e da Linguagem Oral
A deficiência auditiva pode ocasionar grande impacto
no desenvolvimento das habilidades auditivas e de
linguagem oral da criança, por isso a avaliação e
posterior intervenção fonoaudiológica são
fundamentais no processo de (re)habilitação auditiva.

Considerando-se a mensuração do desempenho da


criança com deficiência auditiva, ressalta-se que:

• A avaliação deve ser contínua e ocorrer por meio


de testes disponíveis em cada faixa etária;
• Deve estar atrelada à opinião dos pais
(questionários).

A seguir serão sugeridos alguns instrumentos de


avaliação que podem ser usados:

• Avaliação do comportamento auditivo


• Categorias de audição;
• Categoria de linguagem;
• GASP;
• Índice de reconhecimento de fala;
• TACAM;

• Teste de Linguagem Infantil ABFW; 


• ADL;
• PROC;
• Escalas Reynell (RDLS / NRDLS).

Questionários aplicados com os pais:

• IT-MAIS / MAIS;
• MUSS;
• PEACH;
• PRISE;
• Inventário MacArthur.

Para adultos:

• Lista de sentenças do CPA-Bauru;


• Lista de sentenças em português - Maristela Costa;
• GASP adulto;
• Reconhecimento de palavras em conjunto fechado
• Reconhecimento de palavras em conjunto aberto
(lista de palavras trissílabas, dissílabas e
monossílabas;
• Reconhecimento de sentenças;
• Compreensão de sentenças / textos;
• Fala no ruído: HINT (Hearing in Noisy Test).

20
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2013 [citado em 2018 Abr 20]. Disponível em:
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PROJETO ABRAÇAR - APLICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO


DO ACESSO AO LABORATÓRIO DE ZUMBIDO
Acessibilidade para o fortalecimento da assistência integral aos
usuários da Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência
SUS MG.

O CEMEAR é o principal Serviço de Referência para Fonoaudiologia Descentralizada no estado de Minas


Gerais e, pretende aliar a sua experiência em atendimentos de (re)habilitação auditiva para realizar
diagnóstico e terapia em outras demandas dentro do universo da Saúde Auditiva. O projeto Abraçar,
habilitado pelo Ministério da Saúde por meio do PRONAS visa implementar um laboratório de zumbido
para atender pacientes que necessitam de apoio extensivo e individualizado com equipe multidisciplinar
para essa queixa ou suspeita para tal demanda.

Por meio do sentido da audição é possível perceber os sons e todos os significados a ele atribuídos
(Schlindwein-Zanini e Zanini, 2010). De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde de 2015,
cerca de 14% da população brasileira, correspondente a 28 milhões de pessoas, possuem algum grau de
perda auditiva. Em cerca de 70% dos casos, o zumbido persistente está associado a algum grau de perda
auditiva (HALL et al. 2018). No entanto, a associação entre perda auditiva e zumbido não é simples ou
direta e nem todas as pessoas com perda auditiva apresentam zumbido e, inversamente, algumas
pessoas com audição clinicamente normal relatam a presença de zumbido (SANCHEZ e FERRARI, 2002).
A este fato atribui-se a complexidade que este sintoma envolve, sendo então, imprescindível a atuação de
equipe multiprofissional para melhor condução e acompanhamento do caso.

O zumbido é a sensação auditiva proveniente de uma fonte sonora endógena, percebida pelo indivíduo
em uma ou ambas as orelhas, ou mesmo na cabeça, sem localização precisa de sua origem, na ausência
de uma fonte sonora externa.

24
24
O desconforto auditivo ocasionado por zumbido gera impactos na comunicação e importantes
consequências no desenvolvimento humano, ocasionando efeitos negativos nas habilidades sociais,
cognitivo-perceptuais, emocionais, educacionais e intelectuais em várias etapas da vida (SANCHEZ,
2002).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 278 milhões de pessoas têm zumbido - aproximadamente
15% da população mundial.  Esses números aumentam para 35% entre os indivíduos com mais de 60
anos. A prevalência das pessoas que se sentem incomodadas com o zumbido é de 64%, e em 18% destes,
os pacientes relatam que o zumbido interfere nas atividades diárias (OITICICA, 2015). Nos próximos anos,
este número pode crescer devido ao aumento da poluição sonora (voluntária ou não), uso de aparelhos
eletrônicos e da elevação dos níveis de estresse. Os fatores que justificam a maior prevalência do
zumbido são: idade da população, exposição a ruído, alimentação inadequada, ansiedade e depressão,
uso excessivo de medicação.

O zumbido piora significativamente a qualidade de vida de 15% a 25% das pessoas afetadas, diminuindo
a concentração, sono, equilíbrio emocional e vida social. Segundo Suzuki et al. (2018), o zumbido
persistente se torna um problema de grande magnitude para o cotidiano do indivíduo levando a
alterações no humor, estresse e depressão. A presença do zumbido constante provoca desconforto no
paciente, sendo considerado o terceiro pior sintoma para os seres-humanos, perdendo apenas, para
dores e tonturas intratáveis e intensas. As pessoas que sofrem com o zumbido, apresentam queixas de
dificuldade de concentração, distúrbios do sono, além de poderem apresentar ansiedade, irritabilidade,
desequilíbrio emocional, dificuldades em realizar atividades de vida diária e prejuízo nas relações sociais
(ROSA et al. 2018; CUNHA et al. 2020).

Nesta perspectiva, por meio da habilitação do PRONAS e Ministério da Saúde, o CEMEAR iniciou um
laboratório de zumbido em 2023, para ofertar atendimentos especializados nessa modalidade,
garantindo assim diagnóstico e assistência integral a pacientes com queixas desse sintoma. O acesso ao
diagnóstico e tratamento será via fluxo da regulação do município de Belo Horizonte.

CONTRIBUIÇÃO DA JUNTA REGULADORA DA REDE DE


CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA/SAÚDE AUDITIVA DE
BELO HORIZONTE SOBRE O TEMA ZUMBIDO E OFERTA DE
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS NESSA ÁREA PELO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE / SUS.
A busca por constituir uma linha de cuidado integral na abordagem do paciente com zumbido, sempre
representou um compromisso dos vários atores envolvidos com a atenção à Saúde Auditiva na Rede de
Cuidados à Pessoa com Deficiência do SUS, no município de Belo Horizonte.

A implementação de importantes políticas públicas para atenção às pessoas com deficiência auditiva
pelo Ministério da Saúde, no âmbito do SUS, representou a possibilidade de integração deste cuidado
em Rede. Em Belo Horizonte, a articulação da Coordenação de Reabilitação e da gestão do SUS, na Rede
de Cuidados à Pessoa com Deficiência, buscou garantir o acesso da população à saúde auditiva por
meio de ações de identificação, aconselhamento, referenciamento e acompanhamento na Atenção
Primária à Saúde (APS), com destaque para o trabalho dos fonoaudiólogos que atuam no NASF-AB;
avaliação e diagnóstico na atenção especializada, com consultas em otorrinolaringologia nos Centros
de Especialidades Médicas (CEM) e Unidades de Referência Secundárias (URS), e exames nos Serviços de
Apoio Diagnóstico Audiológico; e intervenção nos Serviços de Atenção à Saúde Auditiva e Reabilitação
Auditiva (CER) e CEMEAR com abordagem interdisciplinar.
25
07
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Sensibilizar gestores, coordenadores de Serviços e equipes interdisciplinares para inclusão da atenção ao
paciente com zumbido, fez parte da trajetória da Junta Reguladora da Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência/Saúde Auditiva de Belo Horizonte que, por meio de várias ações, sempre fomentou este cuidado na
Rede.

A abordagem do paciente com zumbido teve início no Serviço de Atenção à Saúde Auditiva (SASA) do Hospital
das Clínicas da UFMG e, posteriormente, foi incorporada no extinto SASA das Clínicas Integradas Izabela
Hendrix. Hoje, todos os Serviços de Saúde Auditiva em Belo Horizonte (Hospital das Clínicas da UFMG, PUC
Minas, Centro de Especialidades Médicas (CEM) da Santa Casa BH, Centros Especializados em Reabilitação
(CER) do CREAB Noroeste e CREAB Venda Nova) e também o Centro Mineiro de Reabilitação Auditiva
(CEMEAR) oferecem esse cuidado ao usuário.

Os serviços estão dimensionados com espaço físico, equipamentos e equipe interdisciplinar (fonoaudiólogo,
otorrinolaringologista, neurologista, psicólogo e assistente social) para oferecer cuidado integral, com
possibilidade de avaliação e diagnóstico, incluindo exames eletrofisiológicos e acufenometria, intervenção
com adaptação de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (com gerador de som/ruído), terapia de
habituação do zumbido, aconselhamento e acompanhamento.

Neste momento, novamente em parceria com o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa
com Deficiência (PRONAS/PCD) do Ministério da Saúde, o CEMEAR retoma o tema do zumbido com o Projeto
Abraçar, inovando na abordagem do paciente com zumbido e funcionando como centro de referência da
Rede, para fortalecer as estratégias de intervenção com equipe ampliada, contribuir com a consolidação das
ações já existentes, e qualificar os profissionais da Rede SUS-BH e MG.

A Junta Reguladora da RCPD/Saúde Auditiva de Belo Horizonte e a Coordenação de Reabilitação da


SMSA-PBH acreditam e apoiam esta iniciativa do CEMEAR, que moderniza e amplia a linha do cuidado em
saúde auditiva do município, com novas abordagens e tecnologias para o cuidado integral e articulado, do
paciente com zumbido, na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.

26
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ANOTAÇÕES

27
07
27
ANOTAÇÕES

28
28
ANOTAÇÕES

07
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REALIZAÇÃO:

APOIO:

MINISTÉRIO DA
SAÚDE
cemear-mg.org.br| |(31)
cemear-mg.org.br (31)3372-6631
3372-6631
RuaEsmeralda,
Rua Esmeralda,776
776
Prado – Belo Horizonte / MG CEP:30.410-080
Prado – Belo Horizonte / MG CEP: 30.410-080

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