PROCESSAMENTO

AUDITIVO:
O QUE É,
AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO

O CEMEAR é uma instituição, que nasceu

há 13 anos, do desejo de ofertar o acesso
à reabilitação de pessoas com deficiência
auditiva. Atualmente, o CEMEAR conta com
uma equipe multiprofissional qualificada
atuando e auxiliando na avaliação,diagnóstico,
garantindo a reabilitação auditiva.

cemear-mg.org.br | (31) 3372-6631

Rua Esmeralda, 776
Prado – Belo Horizonte / MG CEP: 30.410-080

Como
escutamos?
A familiaridade com a anatomia e a fisiologia do
sistema auditivo nervoso central é fundamental
para uma avaliação e gerenciamento adequados
do processamento auditivo e seus transtornos. As
principais estruturas importantes para
processamento auditivo são: orelha externa, orelha
média, orelha interna, nervo auditivo, núcleo
coclear, complexo olivar superior, colículo inferior,
corpo geniculado medial, córtex auditivo primário e
córtex de associação.
O que é o processamento
auditivo e o transtorno do
processamento auditivo?
O processamento auditivo é um conjunto de habili-
dades específicas das quais o indivíduo depende
para compreender o que ouve. O processo de
recepção e integração do sinal acústico é possível
porque o sistema auditivo desempenha as
seguintes habilidades: localização e lateralização
sonora, discriminação auditiva, reconhecimento de
padrão auditivo, aspectos temporais da audição,
figura-fundo, fechamento auditivo e aspectos
binaurais da audição.
O transtorno do processamento auditivo central
(TPAC) refere-se aos desafios em como o cérebro
entende os sons. Os sons podem ser em forte
intensidade e claros, mas as pessoas com TPAC
podem não perceber as diferenças sutis entre eles.
Não está claro o que causa o TPAC, mas as
dificuldades afetam as pessoas de todas as idades e
Como intervir no transtorno
de maneiras diferentes. Abaixo estão alguns sinais
comuns do TPAC: do processamento auditivo
central?
1. Problemas para seguir instruções faladas,
especialmente aquelas com várias etapas.
O planejamento terapêutico pode ser dividido em
2. Muitas vezes pedem às pessoas que repitam
três aspectos principais: (1) técnicas de remediação
uma informação ou constantemente dizem
destinadas a aumentar a discriminação, a
“Hein?” ou “O que?”
transferência-hemisférica de informações e
3. Problemas para seguir uma conversa,
melhorar as funções associadas (intervenção
especialmente se houver várias pessoas ou
bottom-up); (2) estratégias compensatórias
muito ruído de fundo.
destinadas a ensinar o paciente a superar as
4. Ser facilmente distraídas por ruídos de fundo ou
dificuldades e maximizar o uso de informações
ruídos em forte intensidade repentinos.
auditivas (intervenção top-down); e (3) modificações
o 5. Problemas para lembrar detalhes de
ambientais e sugestões pedagógicas destinadas a
informações que são lidas ou faladas.
melhorar o acesso do paciente à informação
6. Problemas com leitura ou ortografia, que
auditiva.
requerem o processamento dos sons.
7. Demora para responder quando alguém chama.
8. Problemas para saber de onde os sons / fala Conheça os principais tipos
vem. de intervenção
O treinamento auditivo pode ser realizado
formalmente (treinamento auditivo acusticamente
controlado), informalmente ou associando também
estratégias cognitivas (treinamento
auditivo-cognitivo), sendo que a diferença entre estas
abordagens envolve principalmente o nível de
controle que é mantido ao longo do treinamento
quanto aos estímulos utilizados e ao ambiente.
Como avaliar o processamento
auditivo?
A metodologia utilizada na avaliação e diagnóstico
diferencial do TPAC inclui a história clínica e os dados
sobre o desenvolvimento, comunicação e linguagem,
combinados aos achados dos testes
comportamentais e eletrofisiológicos. Porém, antes, é
preciso avaliar a função auditiva periférica.