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1. Introdução.................................................................................................................. 2
3. Anaximandro ............................................................................................................. 7
4. Conclusão ................................................................................................................ 10
A Terra, para ele, era cilíndrica e circundada por diversas rodas cósmicas formadas por
fogo. Ficava suspensa, se sustentava através do equilíbrio das diversas forças que atuam
sobre ela e ocupava o centro do universo.
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2. Tales de Mileto
Tales de Mileto foi considerado o primeiro filósofo por Aristóteles. Hoje, sabendo que
existe uma tradição filosófica oriental que pode ser anterior à filosofia ocidental, podemos
dizer que Tales foi o primeiro filósofo do Ocidente.
Devemos lembrar-nos de que a antiga região grega não era unificada em um território
nacional, e sim composta por várias cidades independentes (Mileto era uma delas) que
compreendiam um extenso território entre a Península Itálica, a Turquia e o norte da
África.
Por ser um grande comerciante, o primeiro filósofo viajou pelo Oriente Médio, o que o
fez conhecer o Egito e a região da Babilônia, atual Iraque. Mediante suas viagens, o
filósofo conheceu a astronomia babilônica, advinda de povos sumérios, e a matemática
egípcia, que possibilitou à população do Egito uma engenharia capaz de construir as
famosas pirâmides.
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A matemática, em especial a geometria, não era cultivada de modo sistemático e
científico pelos egípcios. Uma das grandes contribuições de Tales foi transformar aquele
conhecimento prático em uma ciência capaz de cultivar e evoluir os conhecimentos sobre
os números e as formas geométricas.
Tal feito fez com que o filósofo desenvolvesse o ainda atual teorema de Tales, que
permite o cálculo da altura de uma pirâmide tomando por base o comprimento das retas
paralelas e a disposição angular das retas transversais da figura geométrica espacial.
Especula-se, com base nos relatos de Heródoto, que Tales tenha previsto o dia e a hora
exatos de um eclipse total do Sol, utilizando apenas conhecimentos de astronomia e
cálculos baseados na posição da Lua e da Terra em relação àquele astro. Esse feito deve
ter acontecido por volta do ano 585 a.C., o que se considera ser o período de maturidade
intelectual de Tales. Ao que tudo indica, foi nessa mesma época que o filósofo formulou
a sua teoria cosmológica, dando origem à filosofia.
Essa narrativa de Heródoto faz-nos pensar sobre o papel do filósofo na Grécia Antiga
encarnado por Tales: o filósofo era uma pessoa que, por não precisar trabalhar nem ter as
preocupações da vida cotidiana encaradas pelos escravos (como a moça trácia) e pelos
artesãos, poderia dedicar-se a observar e contemplar a natureza na tentativa de
decodificá-la.
Tales era o típico filósofo observador inquieto, o que o fez formular uma origem racional
para o Universo, impulsionando-o a cultivar a matemática de modo sistemático e a estudar
a astronomia na tentativa de entender como tudo funcionava. Diz a história que Tales
também teria formulado uma proposição mais plausível para explicar as enchentes no rio
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Nilo, que aconteciam todo ano, sem recorrer a lógicas fantasiosas baseadas em divindades
e seres mitológicos.
Tales de Mileto iniciou uma busca pela origem do Universo (cosmologia), tentando saber
qual seria o elemento gerador (arché) de toda a natureza, objeto denominado pelos
gregos antigos pela palavra physis. Para Tales, esse elemento gerador de tudo era a água.
O filósofo constatou essa teoria ao observar que todas as formas de vida possuíam algum
nível de água em seus corpos, que o ar possuía umidade, o que o levou a pensar que até
os minerais eram compostos de pequenas quantidades de água imperceptíveis.
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A água é o elemento a que Tales de Mileto atribuiu a geração de tudo o que existe, o
arché.
Com base em suas observações empíricas, o filósofo constatou que todos os elementos
que constituíam a natureza (ao menos aqueles a que ele tinha alcance) eram compostos,
em maior ou menor proporção, de água. O entendimento de que a água era o arché
fundador de tudo foi o pilar da cosmologia de Tales.
2.4.Obras
Não foram encontrados pelos historiadores modernos nenhum tipo de arquivo deixado
por Tales. Nem manuscritos, nem estudos, nada existe de autoria do próprio filósofo. O
que se conhece dele advém dos escritos de Aristóteles e do historiador antigo Heródoto.
Isso se deve à distância cronológica que há entre Tales e os nossos dias, o que nos faz
supor que uma série de intempéries já assolou a região vivida pelo pensador, como
guerras, incêndios e tempestades, o que fez com que seus arquivos fossem perdidos.
No entanto, podemos elencar os feitos de Tales descritos por Aristóteles e Heródoto como
o conjunto de sua obra. São eles:
⎯ Teorema de Tales;
⎯ Descoberta do triângulo isósceles;
⎯ Previsão do eclipse solar em 585 a.C.;
⎯ Explicação sobre as cheias do rio Nilo;
⎯ Formulação da primeira teoria cosmológica e invenção da filosofia.
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3. Anaximandro
Anaximandro de Mileto foi um filósofo, astrônomo e geógrafo grego. Foi discípulo de
Tales e afirmou que a origem de todo Universo estava no que ele chamou de “ápeiron”.
O filósofo Anaximandro de Mileto foi, provavelmente, o segundo filósofo da tradição
ocidental e o segundo da escola jônica.
Discípulo de Tales, ele continuou os estudos de seu mestre em busca da provável origem
do Universo, tendo desenvolvido outra teoria. Anaximandro também teve influência
política em sua época, tendo ocupado cargos administrativos na cidade de Mileto. A
cosmologia de Anaximandro aponta que a possível origem para o Universo seria um
elemento infinito, indefinível e imortal, que ele chamou de ápeiron.
3.1.Biografia de Anaximandro
Anaximandro nasceu na cidade de Mileto, região da Jônia (atual Turquia), uma porção de
terras pertencida ao território da Ásia Menor, aproximadamente no ano de 610 a.C. O
filósofo, astrônomo e geógrafo grego conheceu Tales, considerado o primeiro filósofo
grego, quem influenciou o seu pensamento. Anaximandro continuou a busca pela origem
do Universo (cosmologia) de Tales, em contraposição às doutrinas mitológicas, que
explicavam o surgimento de tudo de maneira fantasiosa.
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Não existem arquivos históricos elaborados por Anaximandro. O que se conhece dele
parte de relatos deixados por Simplício, Heródoto e Aristóteles, que viveram depois dele.
Os relatos apontam que o segundo filósofo da Jônia tenha escrito um livro, a obra Sobre
a natureza.
No entanto, essa obra nunca foi encontrada. As suas contribuições para a cosmologia,
além da teoria da origem (arché) da natureza (physis), incluem uma teoria sobre o formato
da Terra (que segundo o pensador era o de um cilindro), a explicação sobre a existência
e o movimento do Sol (o pensador acreditava que o astro era uma bola de fogo que partia
do furo no eixo do cilindro e movimentava-se em torno dele), e um mapa do mundo como
era conhecido na época.
3.2.Teoria de Anaximandro
Anaximandro deixou contribuições para a filosofia, para a astronomia e para a geografia
(que já foram refutadas, mas que têm uma imensa importância histórica). A seguir,
listamos as suas contribuições para o pensamento ocidental:
• Arché
• Ápeiron
A palavra ápeiron designa algo infinito, portanto, imortal e indefinível. Esse elemento
era algo que sempre existiu, antes inclusive da existência do Universo e dos seres, e era
invisível. O ápeiron era o resultado de um turbilhão de relações entre opostos (quente e
frio, seco e úmido, escuridão e claridade...) que resultava em uma unidade e estava
presente em tudo.
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Segundo o filósofo, a origem de tudo teria surgido desse turbilhão e tudo era composto
por uma unidade advinda da dualidade dos pares opostos. Quando os seres comuns
deixassem de existir, eles voltariam para o ápeiron.
3.4.Frases de Anaximandro
Como não existem documentos deixados diretamente por Anaximandro, algumas frases
podem aproximar-nos do seu pensamento. Estão dispostas a seguir duas frases
atribuídas a ele:
“Todos os seres derivam de outros seres mais antigos por transformações sucessivas.”
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4. Conclusão
Para os gregos, a natureza era muito mais que a realidade física da terra, era a totalidade
do mundo. E, sendo os conhecimentos da época relativamente limitados, era possível um
único indivíduo abarcar a cultura existente.
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5. Referências Bibliográficas
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/tales
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/anaximand
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