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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2

DEFINIÇÃO, CONCEITO-DA FILOSOFIA POLÍTICA E AFRICANA ...................... 3

Filosofia Africana ............................................................................................................. 3

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE ............................................................... 3

FILOSOFIA POLÍTICA NA IDADE MÉDIA ................................................................ 4

Santo Agostinho ............................................................................................................... 4

FILOSOFIA POLÍTICA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA ......................................... 4

Hegel e o hegelianismo..................................................................................................... 4

John Rawls........................................................................................................................ 5

Karl Popper (1902 – 1994) ............................................................................................... 6

As principais obras de Popper são as seguintes:............................................................... 7

Principais ideias de Popper ............................................................................................... 8

PRINCIPAIS CORRENTES DA FILOSOFIA AFRICANAS ........................................ 8

Etnofilosofia ..................................................................................................................... 8

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 11

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INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho iremos falar sobre a filosofia política em África, tema este que
contribuiu muito na luta contra o preconceito, preconceito este que culminava no racismo,
antigamente não se acreditava que o africano era capaz de raciocinar ou seja o africano
só era útil no trabalho, temos dentro deste tema vários autores que se destacaram muito
principalmente Kwane Kruma, Hegel, Levy Bruhl, entre outros, a filosofia africana vem
muito para emancipar os africanos e fazer destes bons pensadores e a creditarem que o
que antigamente se falava não passava de um preconceito desprezível por isso anos depois
surgiu um grupo de estudantes em que se uniram pela África e com a solidariedade surge
o Pan-africanismo, que consistia em numa luta em Prol da sociedade africana, era como
base nesse assunto que queria se pensava em criar os Estados Unidos de África para poder
observar se isso serviria de um alento para essa grande luta contra o colonizador, e a
realização desta seria um grande culmino para o desespero dos africanos, temos ainda
dentro deste tema as correntes da filosofia africana que são os seguintes Etnofilosofia,
Filosofia profissional, e a filosofia política, dentro desta longa história criaram-se vários
movimentos tais como o pan-africanismo já referido e a negritude com a missão da união
de africanos no que se refere a dominância política cultural. Estas correntes estudam
várias coisas como o homem, a negação da abordagem da filosofia como sendo a filosofia
africana, entre outras que veremos ao longo do desenvolvimento do trabalho.

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DEFINIÇÃO, CONCEITO-DA FILOSOFIA POLÍTICA E AFRICANA
A Filosofia política é entendida como uma actividade intelectual que procura construir
um sistema de valores e ideias dos indivíduos duma sociedade africana e justificá-los
através da razão. Três factores estão na origem da filosofia política africana: escravidão,
colonialismo e o racismo. De entre estes factores os racismos foi o mais pernicioso e deu
origem aos outros dois.

Os negros eram considerados racialmente inferiores, culturalmente não civilizados. David


Hume, afirma que “dificilmente houve uma acção civilizadora naquela cor, nem mesmo
algum indivíduo eminente em actos e especulações… Não há arte, não há ciência… é
homem tábua rasa, homem sem história, e portanto, sem civilização”.

Filosofia Africana
Filosofia africana é a resposta que o africano dá `a concepção errada do ocidente. Filosofia
africana é a busca da liberdade, da autonomia, da autodeterminação dos africanos.
Filosofia africana é Filosofia de gente que pensa dos problemas dos africanos.

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE


A Filosofia política na Antiguidade Os sofistas Os primeiros filósofos da Grécia antiga
preocuparam-se com as questões da Natureza. As explicações cosmológicas giravam em
torno da procura do arqué (princípio) de todas as coisas. Os sofistas foram os primeiros a
desviar a rota tradicional de pensamento dos pré-socráticos, que se centrava na Natureza,
concentrando a sua no Homem e nas questões da moral e da política. Na política,
elaboraram e legitimaram o ideal democrático. A virtude de uma aristocrata guerreira
opõe-se, com eles, a virtude do cidadão: a maior das virtudes passa a ser a justiça.
Postularam igualmente que todos os Cidadãos da polis devem ter direito ao exercício do
poder e elaboraram uma nova educação capaz de satisfazer os ideais do homem da polis,
e não apenas o aristocrata, superando assim os privilégios da antiga educação elitista.
Outra obra importante dos sofistas foi a sistematização do ensino: gramática, retórica e
dialéctica. E de salientar igualmente que, com o brilhantismo da participação no debate
público, deslumbraram os jovens do seu tempo. Os sofistas mais famosos foram.
Protágoras, Górgias, Trasímaco, Pródico e Hipódamo.

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FILOSOFIA POLÍTICA NA IDADE MÉDIA

Santo Agostinho
A doutrina política de Santo Agostinho encontra-se na abra A Cidade de Deus. Para ele,
o mundo divide-se em duas cidades: a Cidade de Deus e a Cidade terrena. A Igreja é a
encarnação da cidade de Deus, apesar de isto não se aplicar a todos os seus membros,
nem a todos os seus ministros sagrados. O Estado é a encarnação da cidade terrena, uma
necessidade imposta ao Homem pelo pecado original. Na sua presente condição, o
Homem precisa do Estado para obrigar os membros da comunidade ao cumprimento da
lei, Santo Agostinho acredita que o Homem é mais divino do que o Estado, porque o
Homem tem um fim natural que transcende o fim do estado terrestre. Para este padre, a
Igreja é superior ao Estado. Santo Agostinho defende a existência da autoridade política,
para que se mantenha a paz, a justiça, a ordem e a segurança. A autoridade política é
entendida como uma dádiva divina aos seres humanos. Por isso, os cidadãos devem
obedecer aos governantes e não é da sua competência (dos homens) distinguir entre
governantes bons e maus, ou formas de governo justas ou injustas. A obra Cidade de Deus
é considerada o primeiro tratado da Filosofia da História e da teologia da História.

FILOSOFIA POLÍTICA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA

Hegel e o hegelianismo
Falar de Filosofia política contemporânea sem referir Hegel é procurar dificultar a
compreensão da filosofia política da nossa época. Fig. 18: Hegel A Filosofia do Estado
de Hegel resume-se à subordinação do indivíduo ao Estado, no qual este se dissolve em
nome de uma ordem suprema, a ideia absoluta que norteia as outras inteligências e
vontades, legitimando-se, desta maneira, o regime ditatorial. Objecto e não o sujeito do
seu destino. A sua vontade é sufocada pela vontade do Estado e o indivíduo perde a sua
liberdade.

É este factor que será contestado pelos liberais. Quando Hegel morre, em 1831, os seus
discípulos começaram a discutir se o Estado prussiano de então, com as suas instituições
e as suas realizações económicas e sociais, deveria ser considerado o momento da síntese
dialéctica, como a realização máxima da racionalidade do espírito. Acredita-se que os
regimes ditatoriais que proliferaram no século XIX sejam fruto desta visão hegeliana
sobre o Estado. Uns afirmavam, enquanto outros negavam. Estes últimos invocavam a

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teoria da dialéctica para sustentar que não era possível deter-se naquela configuração
política e que a dialéctica histórica deveria negá-la paca a superar e realizar uma
racionalidade mais elevada (de acordo com o método dialéctico de Hegel). O alemão
David Strauss designou estas duas alas por esquerda e direita hegelianas, em 1837, temos
usados no parlamento francês para referir o espírito reformista e o espírito reformista
conservadorista defendido por cada uma das alas, respectivamente. A esquerda e a direita
políticas constituem, respectivamente, os partidos socialistas ou comunistas e os partidos
capitalistas (liberais). Analisaremos, na Filosofia contemporânea, dois autores,
nomeadamente John Rawls e Karl Popper, ambos liberais, apesar de haver certas
particularidades que levam alguns estudiosos a negar este atributo ao primeiro.

John Rawls
O pensamento político do filósofo norte-americano John Rawls encontra-se patente nas
abras Uma Teoria de Justiça, de 1971, e O Liberalismo Político, resultando esta última da
revisão do pensamento expresso na primeira, devido às infirmaras críticas feitas por
«libertários» e comunitários. A obra Uma Teoria de Justiça está dividida em três partes.
A primeira parte trata das teorias, a segunda das instituições e a terceira dos fins. Na
primeira parte, Rawls apresenta ideias principais a desenvolver ao longo da obra; na
segunda, a necessidade de uma democracia constitucional como pano de fundo para a das
ideias referidas na primeira; e, na -terceira, descreve o estabelecimento da relação entre a
teoria da justiça e os valores da sociedade e o bem comum.

Como citamos anteriormente, para Rawls, a justiça a estrutura de base da sociedade e a


primeira virtude das instituições sociais. Esta concretiza-se na efectivação das liberdades
individuais c na sua não restrição para o benefício de outrem. Uma sociedade justa,
defende Rawls, deve fundar-se na igualdade de direitos.

A justiça não pode ser deduzida a partir das concepções de bem difundidas na sociedade,
porque se aliam ao utilitarismo. Assim, a justiça deve ser encarada como a capacidade
concedida pessoa para escolher os seus próprios fins. Portanto, a justiça diz respeito a
uma «estrutura de base» que «congrega as instituições sociais mais importantes, a
constituição, as principais estruturas económicas, bem como a maneira através da qual
estas representam os direitos e os deveres fundamentais e determinam a repartição dos
benefícios extraídos da cooperação social». Rawls sabe que, na estrutura de base, os
homens ocupam posições diferentes, o que origina desigualdade em termos de social. Por
isso, a justiça tem de corrigir estas desigualdades. Daí a necessidade de um novo contrato

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social que defina os princípios da justiça identificando regras que, pessoas livres e
racionais, colocadas numa «posição inicial de igualdade», escolheriam para formar a sua
sociedade.

A definição dos princípios da nova organização social deve ser feita à luz do «véu de
ignorância», para que ninguém efectue escolhas em função da sua situação pessoal de
desigualdade. Portanto, a justiça em Rawls deve ser entendida como equidade. Como
defende Rawls, os princípios da justiça devem ser classificados por ordem lexical e, por
consequência, a liberdade não se pode limitar senão em nome da própria liberdade. Há
dois casos a referir:
a) Uma redução da liberdade deve reforçar o sistema total da liberdade que todos
partilham;
b) Uma desigualdade sé deve ser aceitável se servir para beneficiar os cidadãos
menos favorecidos.
Surge, então, o princípio da diferença, com a finalidade de «limar» as desigualdades,
organizando-as, na condição de todos beneficiaram, principalmente os desfavorecidos.
Para isso, o Estado deve dividir-se em quatro departamentos:
 Departamento das atribuições — tem a missão de velar pela manutenção de um sistema
de preços e impedir a formação de posições dominantes excessivas no mercado.
 Departamento da estabilização – tem como objectivo proporcionar pleno emprego.
 Departamento das transferências sociais – tem como função velar pelas necessidades
sociais e intervir para assegurar o mínimo social (Estado de providência).
 Departamento para a repartição — tem como fim preservar uma certa justiça neste
domínio graças fiscalidade e aos ajustamentos necessários do direito de propriedade.

Karl Popper (1902 – 1994)


Karl Rairnund Popper nasceu em 1902, em Viena, na Áustria. Estudou Matemática,
Física, Filosofia, Psicologia e História da Música. Deu aulas no ensino secundário e
participou nos «encontros de café» do Círculo de Viena, apesar de nunca ter sido
convidado para o efeito. Escreveu A Lógica da Descoberta Científica, em 1934, obra que
o tornou célebre. Por ser de descendência judaica, foi vítima da perseguição nazi e viu-se
obrigado a encontrar um refúgio. Em 1937, fugiu para a GrãBretanha. Entre 1938 e 1946,
deu aulas de Filosofia na Universidade da Nova Zelândia, tendo escrito, nesse período,
as suas obras políticas Pobreza do Historicismo e A Sociedade Aberta e Os Seus Inimigos.
Depois, regressou Grã-Bretanha e manteve a sua carreira universitária. Em 1969, passou
a dedicar a sua Vida ao estudo e as conferencias.
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As principais obras de Popper são as seguintes:
 Lógica da Descoberta Científica (1934);
 A Sociedade Aberta e os seus Inimigos (1943);
 Pobreza do Historicismo (1944);
 Conjecturas e Renutações;
 O Crescimento do Conhecimento Científico (1963);
 Conhecimento Científico; Um Enfoque Evolucionário (1973);
 Sociedade Aberta. Universo Aberto (1982);
 Para um Mando Melhor (1989), entre outras.

Pensamento político Condicionado pelo terror nazi, de que foi vítima, Popper reflectiu
sobre a gênese e fundamentação ideológica dos regimes totalitários. Devido às suas
investigações, chegou conclusão que tais regimes (totalitários) foram idealizados por
Platão, Hegel e Marx, baseando-se na visão destes filósofos sobre o historicismo.

O historicismo concebera um método dialéctico que foi aplicado ao estudo da sociedade.


O método dialéctico hegeliano, patente no historicismo, segue a ordem triádica de tese,
antítese e síntese. O historicismo centra-se na fé em leis férreas de desenvolvimento da
história Humana na sua inteireza, leis essas que não permitem ao homem sonhos utópicos,
nem planos racionais de construção social. Para Popper, as teses metodológicas do
historicismo constituem o suporte teórico mais válido das ideologias totalitárias.
Na obra A Sociedade Aberta e Os Seus Inimigos, Popper critica o método dialéctico e
ataca a ideologia historicista que defendia o totalitarismo. A sociedade aberta opõe-se à
sociedade fechada, que é uma sociedade totalitária, concebida organicamente e
organizada tribalmente segundo normas não modificáveis.

A sociedade aberta, em contrapartida, baseia-.se no exercício crítico da razão Humana,


como sociedade que não apenas tolera como também estimula no seu interior e por meio
de Instituições democráticas a liberdade dos indivíduos e dos grupos, tendo em Vista a
solução dos problemas sociais, ou seja, as reformas continuas.

Nesta, os governados têm a possibilidade efectiva de criticar os seus governantes e de os


substituir sem derramamento de sangue e sem que isso signifique que o democrata deva
aceitar a ascensão do totalitário ao poder. Popper admite a possibilidade da violenta, a
qual só é justificada se for pala derrubar um tirano.

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Principais ideias de Popper
1. «A história da humanidade não tem um sentido concreto que antecipadamente possa
ser conhecido; o único sentido que possui é aquele que os homens lhe dão. »
2. « O progresso da humanidade é possível e não carece de um critério último de verdade.
»
3. «A razão humana é essencialmente falível, o dogmatismo não tem, pois, qualquer
fundamento. A única atitude justificável para atingir a verdade é através do diálogo, o
confronto de ideias por meios não violentos. Na ciência, significa aceitar o risco de
formular hipóteses que venham depois a ser refutadas pela experiência. Na política,
essa atitude significa que cada um deve aceitar o risco de ver as suas propostas serem
recusadas por outros no confronto de ideias ou projectos. »

PRINCIPAIS CORRENTES DA FILOSOFIA AFRICANAS

Etnofilosofia
Trata-se do «grito» de africanos e africanistas pelo reconhecimento do negro como
homem. Estes produziram obras em defesa do homem negro. Uma das formas de realizar
essa defesa é através da Etnofilosofia. Os etnofilósofos são assim denominados por terem
feito estudos sobre etnias africanas. Estes defendem que toda a Filosofia é uma Filosofia
cultural, isto é, ninguém faz Filosofia sem se basear em alguma cultura. Para Anyanw, a
missão do filósofo africano é compreender e explicar os princípios sobre os quais se
baseia cada urna das culturas africanas.
Todavia, as suas pesquisas, que se apelidaram de Filosofia africana, foram alvo de severas
críticas, principalmente pelas seguintes razões.
 As abordagens feitas por tais intelectuais descreviam, na sua maioria, práticas
habituais dos africanos, afirmando-se como Filosofia africana.
 Estes estudos, quando eram feitos por africanistas não-africanos, denegriam o
africano. O sacerdote belga Placide "IOmpels, por exemplo, dizia que o africano
tinha uma lógica menor.
 Uma simples catalogação de mitos, crenças e provérbios considerava-se Filosofia
africana. Estes estudiosos abordavam Lemas relativos a etnias africanas. Alexis
Kagame, por exemplo, inspirando-se na filosofia aristotélica, escreveu uma obra
intitulada A Filosofia Bantu-Ruandês do Ser, onde desenvolvia a sua reflexão,
trazendo tona as categorias aristotélicas do ser, através da análise gramatical rigorosa

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das estruturas linguísticas. A partir desta obra, vários estudantes africanos
defenderam as suas teses, cada um deles com a holófita bantu da sua língua
vernácula.
 Tempels dizia que existe uma filosofia do negro, só que esta é diferente na forma e
no conteúdo da Filosofia europeia.

Por estas e outras razões, os críticos opuseram-se existência de uma Filosofia africana.
Contudo, não podemos desprezar Tempels, pois a sua abordagem tinha como fim o
reconhecimento do negro como homem pelos colonizadores. Por conseguinte, os seus
estudos contribuíram bastante para a redefinição do relacionamento entre o Ocidente e o
povo negro.

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CONCLUSÃO
Neste presente trabalho concluímos que a filosofia política em África Por Filosofia
africana entende-se o conjunto de pensamentos relativos emancipação e ao
reconhecimento do homem negro, quer dentro do seu continente, quer fora dele. A
Filosofia política africana contém o pensamento de vários autores e tem como objectivo
a libertação física e psíquica do jugo colonial do continente africano.
O povo africano conheceu várias humilhações, facto que o levou a sentir-se inferiora
outros povos, sobretudo aos europeus que o escravizaram durante séculos. Actualmente
ainda há africanos que se sentem inferiores a outros povos. Ora, uma das grandes
dificuldades que os africanistas tiveram foi precisamente esta: como dizer ao africano,
que nunca tinha sido valorizado, que tinha efetivamente valor, que ele era igual ao seu
colonizador, que tinha dignidade, que ser africano não era uma maldição, etc.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição.
Longman Moçambique, Maputo, 2010.

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