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APOSTILA DE FILOSOFIA POLÍTICA – ORGANIZADA POR PADRE IZAIAS BERNARDO MONTEIRO DA SILVA 1

UNIDADE 01: NOÇÕES GERAIS DE FILOSOFIA POLÍTICA

1. INTRODUÇÃO

A filosofia política é a área de estudo da filosofia preocupada com as


diversas questões políticas que emergem a partir do convívio social e
da organização desse convívio em meio a uma agrupação humana.
Diferentemente da ciência política, a filosofia política não usa um
método específico para organizar os seus estudos e pressupostos,
pois a sua pretensão pende muito mais para a problematização do
que para a formação de conhecimento científico, no entanto, a
filosofia política é um instrumento para a ciência política.

Ao longo da história, vários pensadores, como Platão, Aristóteles,


Maquiavel, os contratualistas, os iluministas e filósofos
contemporâneos, desenvolveram as teorias que embasaram e
movimentaram a filosofia política de acordo com as suas épocas.

1.1. O QUE É FILOSOFIA POLÍTICA?

A filosofia é um amplo movimento intelectual que atua nas bases


conceituais do pensamento, sempre estabelecendo as perguntas ditas
radicais: “O que é?”, “Como é?”, “Por quê é?”. Assim, a filosofia foi
descrita pelo filósofo francês contemporâneo Gilles Deleuze como a
arte de criar conceitos. A filosofia busca o entendimento, a
movimentação e a constante criação de novos conceitos, sempre
questionando e problematizando o que advém do senso comum, da
opinião, da tradição e da religião.

Com a filosofia política não é diferente, pois os filósofos desse campo


do pensamento sempre buscaram estabelecer críticas e fomentar
novas ideias que dessem movimento ao campo intelectual que se
atreve a pensar e questionar o campo da organização política.

O poder e a disputa permeiam o convívio humano. Deles nascem a


política. Como em um jogo de xadrez, é necessário entender as
regras no âmbito político.

O poder e a disputa permeiam o convívio humano. Deles nascem a


política. Como em um jogo de xadrez, é necessário entender as
regras no âmbito político.

A filosofia política, ao diferenciar-se da ciência política por não haver


uma pretensão metódica e científica, permitiu aos vários pensadores
elaborar diferentes teorias sobre a organização política, mas sempre
questionando e dialogando com o conhecimento anterior e
estabelecendo novos conceitos acerca dos problemas políticos.
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Nesse sentido, os filósofos (e teóricos) da política dedicaram-se a


entender questões relacionadas a elementos políticos, como governo,
Estado, as noções de público e privado, os diferentes tipos e formas
de governo, além de noções éticas e econômicas estritamente
relacionadas à política.

RESUMINDO: A filosofia política engloba a multiplicidade de reflexões


filosóficas sobre a origem ou a organização da vida em sociedade e
as várias implicações que esse convívio impõe aos indivíduos. Mesmo
que alguns pensadores tenham refletido sobre as mesmas noções e
temáticas, como a justiça e a natureza das leis, a relevância de suas
propostas está mais na novidade ou especificidade com a qual
abordaram essas questões do que em sua viabilidade prática.

Considera-se que a filosofia política seja um estudo de cunho


normativo, uma vez que suas propostas envolvem teorizações sobre
a política em um contexto estritamente filosófico. A ciência política,
por outro lado, seria a forma de pensamento político voltada à prática
da política, descrevendo o modo como os governos agem em nível
nacional e internacional. A deusa da justiça começou a ser
representada com uma venda a partir do século XVI, para simbolizar
o julgamento imparcial.

1.2. GOVERNO, ESTADO E NAÇÃO

Questão antiga para a filosofia política, as noções de governo e


Estado são essenciais para a formação de qualquer pensamento,
teoria, técnica ou doutrina política e econômica. Desde os estudos de
política empreendidos por filósofos clássicos, como Platão e
Aristóteles, há um consenso na determinação mais básica desses
conceitos, mudando apenas as atribuições de cada um no âmbito
político. Podemos assim conceituá-los:

1.2.1. ESTADO

O Estado consiste no conjunto da máquina pública, ou seja, é o


conjunto de mecanismos que compõem o organismo público e
delimita aquilo que pertence à coletividade, que é diferente do que
pertence ao âmbito privado. O Estado é delimitado pelo que é do
conjunto público e é expresso e reconhecido como legítimo a partir de
um sentimento que une pessoas (geralmente compatriotas que
convivem no mesmo território) em torno de um sentimento patriótico
comum e de uma cultura comum, que nutrem entre si um sentimento
de solidariedade e coesão. O Estado, enquanto máquina pública, é
fixo e, quando passa por mudanças, ou estas devem ser consenso
entre os cidadãos ou devem ser graduais e acompanhar as demandas
da sociedade.
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1.2.2. GOVERNO

Ao contrário do Estado, que é fixo, o governo é transitório. Nas


sociedades democráticas, a transição deve ser constante. Nas
sociedades governadas por governos autoritários, a transitoriedade
pode ser lenta. De qualquer modo, o governo é passível de mudanças
repentinas, pois cada governante tem seu modo de comandar a
máquina pública, aliás, este é o principal atributo dos governos –
governar os Estados, gerir a máquina pública, exercer o poder no
âmbito estatal.

Assim como a própria filosofia, que é vasta de pensadores e suas


diferentes teorias a respeito dos mais variados temas, com a filosofia
política não poderia ser diferente. Desse modo, temos, ao longo dos
mais de dois mil anos de tradição filosófica, diversos autores que
formularam diferentes pensamentos acerca do modo como governo,
Estado, âmbito público, direitos, deveres e liberdade devem ser
organizados.

1.2.3. NAÇÃO

A Nação, por outro lado, tem seu conceito ligado à identidade, à


cultura e aos aspectos históricos. Por nação entende-se um
agrupamento ou organização de uma sociedade que partilha dos
mesmos costumes, características, idioma, cultura e que já possuem
uma determinada tradição histórica.

2. PLATÃO

Autor da primeira obra de filosofia política (e a primeira utopia


política) – A República –, o filósofo grego antigo desenvolveu uma
complexa organização política para o que ele chamou de cidade
perfeita. Em sua república ideal, a educação deveria ficar totalmente
a cargo do Estado desde a idade de 7 anos das crianças, que
deveriam ser criadas e receber a educação de acordo com as suas
aptidões.

Os mais aptos à intelectualidade estariam também mais aptos ao


governo da cidade, tornando-se o que Platão chamou de “Reis
Filósofos”. Estes receberiam a educação formal e a instrução política
e filosófica até passarem dos 40 anos de idade, época em que
poderiam ser testados enquanto governantes. Platão era avesso à
democracia como forma de governo e acreditava que a aristocracia
chefiada pelo melhor e mais apto (o rei filósofo) deveria ser o
governo adotado na cidade perfeita.
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3. ARISTÓTELES

O filósofo grego clássico responsável pela sistematização do


conhecimento filosófico dividiu os campos de atuação do pensamento
geral e filosófico em três grandes áreas: técnico (responsável pela
ação prática e técnica das artes e das técnicas, como a medicina);
teorética (responsável pelo entendimento científico e filosófico de
questões relacionadas ao pensamento puro, como a matemática, a
lógica e a metafísica); prática (campo que proporcionava a práxis,
que, para os gregos, era a ação embasada na reflexão). Participavam
dessa práxis filosófica a política e a ética, pois são áreas filosóficas
em que a ação humana é suportada por um pensamento filosófico
(teórico).

Para Aristóteles, o governo democrático reformulado (diferente da


democracia ateniense) deveria tomar espaço para construir uma
sociedade mais justa. O filósofo já falava de separação do Poder
Legislativo e do Executivo (separação entre rei que governa e
cidadãos legisladores), tal como propunha o modelo democrático
ateniense, mas com a diferença de eleger uma Constituição como o
conjunto de leis essenciais que não poderiam ser quebradas.

RESUMINDO: A relevância dos gregos para o pensamento político


ocidental não se deixa perceber apenas na etimologia da palavra
política, que se origina do grego pólis (que significa cidade), mas
também nos mitos e nos grandes legisladores, em especial Sólon.

Os escritos de Platão e Aristóteles, que orientaram suas principais


reflexões pela noção de virtude, indicaram e orientaram, em certo
sentido, os principais temas com os quais os filósofos ocuparam-se
por muitos anos. Certamente, a discussão acerca da melhor forma de
governo da cidade-Estado e a questão da convencionalidade das leis
foram duas das principais contribuições desse período histórico.

4. MAQUIAVEL

Pensador renascentista, o filósofo e teórico político florentino Nicolau


Maquiavel é um dos principais filósofos políticos de todos os tempos.
Apesar da aparente rispidez de suas teorias, o pensador é
considerado referência em teoria política até hoje.

Maquiavel defende uma estranha separação entre ética e política.


Acontece que Maquiavel está pensando na teoria política como um
suporte à manutenção do governo por parte do governante em seu
livro O Príncipe. Para Maquiavel, o líder político deveria ser uma
espécie de estadista estratégico e populista, procurando sempre o
apoio político por parte do povo.
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Ele acreditava que era melhor que o governante fosse amado pelo
povo do que temido. No entanto, quando o amor não viesse ou
quando a situação não permitisse que o povo nutrisse sentimentos
positivos por seu governo, o governante poderia usar o temor como
forma de garantir a submissão do povo e a sua conseguinte
governabilidade.

Como medida de governabilidade, Maquiavel defendia, por exemplo,


que ações boas e positivas do governante deveriam ser tomadas aos
poucos e gradativamente, assim ele manteria sempre boas
lembranças ao seu povo. Ações negativas e ruins (se necessário
fossem) deveriam ser feitas de uma vez, pois assim o povo
esqueceria logo o que se passou.

5. CONTRATUALISTAS

Filósofos políticos modernos, os contratualistas defendiam a


existência de direitos naturais e de uma lei natural que regia esses
direitos (jusnaturalismo). Para esses pensadores, a lei de natureza
definia direitos que deveriam ser respeitados pelas formas de
governo. Eles defendiam também que a lei de natureza era a única
que regia o estado de natureza, momento hipotético em que o ser
humano não vivia ainda em sociedade civil.

O pacto, ou contrato, social era o marco entre o estado de natureza e


o estado civil e era firmado para garantir o cumprimento dos direitos
naturais dos cidadãos e resolver as questões não solucionadas pelo
direito natural. São filósofos contratualistas modernos o inglês
Thomas Hobbes, o inglês John Locke e o franco-suíço Jean-Jacques
Rousseau.

6. ILUMINISTAS

Os filósofos modernos do iluminismo formaram teorias políticas muito


influentes no âmbito da filosofia política. Eles, em geral,
posicionaram-se contrários à monarquia absolutista como regime de
governo e defenderam a garantia de certos direitos básicos, que
seriam inalienáveis, por parte do Estado independentemente do
governo.

Esses direitos eram as liberdades individuais (liberdade de expressão,


liberdade religiosa, liberdade de ir e vir), além do direito à
propriedade e à livre associação política. Também defenderam a
participação de não nobres no governo e a separação entre Estado e
Igreja. Para os iluministas, quanto mais houvesse avanço intelectual
na sociedade, maior seria o avanço moral.
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Por isso, eles levantaram a bandeira da popularização do


conhecimento e do fornecimento à população de uma educação laica,
gratuita e universal por parte do Estado. Os ideais iluministas
inspiraram fortemente a Revolução Francesa. Teóricos como
Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Diderot e D’Allambert fizeram parte
do chamado iluminismo francês. Na Alemanha, alguns ideais
iluministas ganharam destaque na filosofia do pensador prussiano
Immanuel Kant.

RESUMINDO: É o período moderno, entretanto, aquele que


estabeleceu as principais temáticas que estão em questão ainda hoje.
Distanciando-se de propostas anteriores, os filósofos desse período
argumentaram sobre a hipótese de um contrato social que seria o
marco do início da vida em sociedade. A pretensa sociabilidade
natural dos seres humanos é criticada por Thomas Hobbes, que
pensou a situação anterior à sociedade como instável e perigosa,
propondo que apenas um poder absoluto poderia garantir a
segurança de todos em sociedade. O custo seria a liberdade dos
indivíduos (entendidos como seres naturalmente belicosos), a qual
deveria ser severamente diminuída para que um estado de paz
pudesse ser instaurado.

John Locke, com sua defesa de uma visão liberal e democrática do


Estado, pensou o contrato como meio de assegurar certos direitos
naturais, especialmente o de propriedade, devendo o indivíduo ser
submisso ao governo na medida em que esses direitos forem
respeitados.

O terceiro grande contratualista, Jean Jacques Rousseau, defendeu o


ser humano como naturalmente bondoso, sendo sua corrupção fruto
do convívio social. Coube a esse filósofo de origem genovesa a
proposta de uma vontade geral, conceito ainda hoje muito estudado.

É Nicolau Maquiavel, entretanto, que muitos identificam como o


inaugurador do pensamento político moderno. Sua ênfase sobre os
fatos e as circunstâncias resultou em uma visão menos idealizada da
ação política. Criticou, principalmente, a relevância da noção de
virtude para que um governante tivesse êxito em suas ações.

Jeremy Bentham apresenta-se como um dos primeiros críticos da


concepção naturalista dos direitos e um precursor do positivismo no
direito. De acordo com seu pensamento, só se poderia tratar de
direitos, em um sistema político, como expressão de uma vontade
humana e não algo natural e anterior a um governo. Sua perspectiva,
baseada em seu utilitarismo, foi desenvolvida posteriormente por
John Stuart Mill e John Austin.
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7. ESCOLA DE FRANKFURT

Já estabelecidos no século XX, os pensadores da Escola de Frankfurt


(também conhecidos como frankfurtianos) colocaram-se,
primeiramente, a adotar as teorias políticas e econômicas de Karl
Marx como modelo ideal para a aplicação na sociedade. Eles também
criticaram pontos específicos do iluminismo, como a ideia de que o
avanço intelectual da sociedade promoveria o seu avanço moral.

Os frankfurtianos utilizaram o fenômeno do totalitarismo do século


XX para embasar sua teoria contra o iluminismo: o avanço do
conhecimento científico não promoveu o avanço moral, pois o
capitalismo permitiu que a técnica e a ciência, avançadas no século
XX, fossem utilizadas para promover a morte em massa das pessoas
nos campos de concentração.

A política empreendida pelo capitalismo, na ótica dos autores, era


responsável pelo mesmo tipo de pensamento que desencadeou o
totalitarismo.

8. HANNAH ARENDT

Hannah Arendt é um grande nome nos estudos da filosofia política.


Judia e alemã, a filósofa e teórica política Hannah Arendt é uma das
principais vozes do pensamento filosófico político contemporâneo.
Arendt empreendeu um dos maiores estudos filosóficos sobre o
totalitarismo, o livro As Origens do Totalitarismo. Ela também traçou
estudos específicos sobre o totalitarismo e a política contemporânea.

Uma de suas obras mais difundidas, o livro Eichman em Jerusalém,


traça uma análise do perfil, da defesa e do julgamento do criminoso
nazista Adolf Eichman, foragido e capturado pelo serviço secreto
israelense em 1962 e julgado e condenado em um tribunal de
execução.

9. ASPECTOS GERAIS DA FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

As implicações sociais das revoluções industriais e os movimentos por


independência, em especial o da Revolução Francesa, modificaram o
cenário mundial do século XIX e fomentaram a discussão sobre a
democracia e a questão dos direitos. Há muitas contribuições
relevantes nesse período histórico, mas são as consequências das
duas grandes guerras que marcam profundamente o pensamento
político contemporâneo.

Destaca-se, quanto a isso, as observações da pensadora alemã


Hannah Arendt, com sua visão sobre a banalidade do mal e as
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iniciativas revolucionárias, dentro de suas pesquisas acerca do


fenômeno do totalitarismo.

Um dos principais nomes da segunda metade do século XX em


filosofia política é John Rawls, que criticou uma interpretação
utilitarista da justiça e propôs a justiça como equidade. Em “Uma
Teoria da Justiça”, afirma que sua proposta seria a escolhida por
pessoas em uma situação idealizada, a saber, pessoas livres,
razoáveis e em iguais condições de escolha, promovendo, assim, uma
sociedade mais igualitária. O resultado seria válido para qualquer
sociedade democrática.

Já Ronald Dworkin propõe a igualdade como valor central,


defendendo que todos deveriam ter a mesma disponibilidade de
recursos, em seu livro “A Virtude Soberana”. Esses dois filósofos são
os principais representantes do pensamento político liberal na
contemporaneidade.

Em crítica principalmente à noção abstrata de pessoa e às condições


de escolha adotadas por John Rawls, o termo comunitarismo foi
utilizado para referir-se às teorias que rejeitaram as pretensões
universalistas, indicando que as decisões políticas dependiam de
pessoas em seus próprios contextos, enfatizando a cultura e as
tradições. Michael Walzer e Charles Taylor são seus principais
representantes, embora rejeitem essa classificação. Este último e
Axel Honneth, inclusive, são os principais propositores da teoria do
reconhecimento.

Como ocorreu nos demais campos de investigação filosófica, as


questões políticas passaram a receber novos olhares, em especial o
do economista Amartya Sen, que enfatizou a questão da pobreza e
desenvolveu a teoria das capacidades, e o de Michel Foucault, com
sua proposta original sobre o poder, ou melhor, as relações de poder
que se constituem no tecido social. É sua a noção de biopoder, que
seria um mecanismo usado pelos governos para controlarem todo um
grupo de pessoas.

Por Francisco Porfírio - Professor de Filosofia

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/filosofia-politica.htm,
acessado em 08.07.2021

Adaptado e Complementado por Padre Izaias Bernardo Monteiro da


Silva – Professor de Filosofia

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