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Discente: Assane
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3
Pan-africanismo ......................................................................................................................... 8
Negritude ................................................................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................ 12
Bibliografia .............................................................................................................................. 13
Trabalho de Filosofia. Discente: Assane
Introdução
O presente trabalho tem como tema A filosofia política em África, em que irá focar
essencialmente da Filosofia Africana, abrangendo a sua contribuição na política africana que
influenciou em pensamentos de certas figuras africanas, para o alcance de certos objectivos do
povo africano que tanto sofreu de humilhações diante dos europeus e em alguns momentos
pelos Americanos.
Para o desenvolvimento do tema, sendo este um trabalho científico, foi necessário utilizar
diferentes obras bibliográficas físicas e com a intenção de detalhar ainda mais melhor,
recorreu-se a internet.
Filosofia política é o campo de investigação filosófica que tem por objecto o Direito.
Ela pode ser definida como o conjunto de respostas à pergunta “o que é o direito?”, ou ainda
como o entendimento da natureza e do contexto do empreendimento jurídico.
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-
estado chamadas "pólis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em
geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim
"politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês "politique" que,
em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência dos Estados".
Política pode definir-se como o conjunto de acções levadas a efeito por indivíduos, grupos e
governantes com vista a resolver os problemas com que depara uma colectividade humana.
Filosofia africana
As primeiras relações intercontinentais que a África tiveram com a Ásia foram de natureza
comercial, ainda que tenha naturalmente havido intercâmbio cultural.
Depois disso, a partir o século XV, a África experimenta uma outra relação com a Europa,
que não foi comercial mas sim de dominação e opressão. A Europa apropriou-se das riquezas
africanas e dos próprios africanos submetendo-os a escravatura e maus tratos. Para isso os
europeus dominaram não só o corpo, mas também a mente do africano, fazendo-o acreditar
que é inferior ao branco.
Várias disciplinas científicas foram usadas para defender a ideia de que o africano é um ser
atrasado e justamente por isso deve aceitar a colonização como uma forma de lhe civilizar, ou
seja de lhe tirar do seu estágio primitivo e selvagem.
Dizia-se que os africanos são povos sem religião, sem moral, nem cultura. Na Igreja, muitos
teólogos e missionários defendiam que o negro ou não constava na Bíblia ou então era filho
do maldito Caim, que viu a nudez do seu pai, por isso era um amaldiçoado por Deus.
Alguns defendiam a maldição do negro apoiando-se na cor preta que para eles era símbolo das
trevas, do mal e da corrupção.
Exemplos:
Hegel, dizia que a África não possui história nem razão e o negro representa o estado
mais primitivo da natureza.
Para Lévy Brhul, os africanos são sociedades inferiores dirigidos por uma mentalidade
pré-lógica.
O padre Tempels, dizia que o africano tem uma lógica menor, ou seja pensa pouco.
Voltaire dizia, que o povo mais elevado é o francês e o mais baixo é o africano;
Para Rousseau, os africanos são os bons selvagens;
Montesquieu, afirma que os africanos são povos sem lei;
Os empiristas ingleses John Locke, por sinal proprietário de escravos nas colónias
americanas e David Hume, contribuiram muito com idéias racistas para a colonização
e escravatura dos africanos.
Estes exemplos, mostram que desde que se encontrou com o Ocidente, o africano entra na
história como objecto, isto é que não pensa e nem decide nada por si.
Em função destas diferenças apareceram várias correntes de pensamento, que no seu conjunto
constituem a Filosofia Africana.
No âmbito do comércio triangular, muitos africanos foram levados como escravos para as
Américas. Ainda que esses negros tenham contribuído muito no desenvolvimento dos EUA,
tendo inclusive, participado ao lado dos americanos brancos na luta contra a metrópole, que
culminou com a independência dos EUA diante da Inglaterra, continuaram marginalizados e
sem direitos.
Houve duas visões diferentes sobre a busca da liberdade do negro nos EUA:
A primeira, defendida por Marcus Garvey, defendia a idéia de que o africano só seria
livre voltando para a sua terra natal (África).
A segunda, defendia que o negro podia lutar pela sua liberdade e igualdade dentro dos
EUA sem precisar de retornar a África.
William Du Bois que lutava mais pela liberdade e direitos políticos, e por outro lado Booker
Washinghton, que, ao contrário de Du Bois pensava que o problema do negro é económico e
não de carácter politico. Por isso aceita a segregação racial imposta pelos brancos, desde que
os negros tenham escolas técnicas para aprender a produzir.
Nos seus discursos, seus artigos e ocasionalmente nos livros, os políticos africanos
contemporâneos como: Julius Nyerere, Kenneth Kaunda, Kwame Nkrumah, e Albert Luthuli,
têm reflectido sobre o futuro dos seus povos e têm dado expressão as aspirações das suas
nações.
Estes, lideraram dois grupos e dois pontos de vista que não chegaram a conciliar-se:
A ideologia adoptada pelos estados africanos foi o socialismo, talvez pela influência do
consciencismo de Nkrumah e de outras conjunturas políticas. Nesta ideologia, hipertrofia-se o
espírito comunitário do africano.
Nkrumah, defendia que o ateísmo não era condição indispensável da adesão ao marxismo ou
pelo menos ao materialismo. Por outro lado pretendia mostrar que o conteúdo essencial do
socialismo, o igualitarismo, era conforme as tradições socioculturais africanas. Ele teve o
mérito de ser o promotor do conceito African Personality, tendo trabalhado para conduzir o
seu país , o Gana, à independência, sendo este a primeira nação negro-africana a ser
independente.
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Em 1953, foi concebido por Majhemout Diop, o verdadeiro mérito de Nkrumah no seu ideal
de unidade africana, politicamente organizada que transformaria o continente africano num só
estado, com um governo central, inspirado na constituição americana, e estava convicto de
que os estados africanos considerados individualmente, não eram suficientemente fortes para
competirem com as grandes potências ocidentais.
Pan-africanismo
Nos EUA, este movimento foi impulsionado por William Du Bois e em África por Kwame
Nkrumah, cujas idéias estão expressas na sua obra A África deve Unir-se.
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A evolução histórica do pan – africanismo começou no ano de 1900 e atingiu o seu auge na 2ª
Guerra Mundial. Nesse ano, realizou-se o primeiro encontro dos africanos na Inglaterra, onde
foi estruturada a ideologia necessária para unir os africanos oprimidos e escravizados num
movimento mundial de revolta contra os opressores, nomeadamente, o capitalismo, o
imperialismo, o colonialismo e o neocolonialismo.
Para além ser defensor do pan-africanismo, Nkrumah, foi também defensor da ideia de
Personalidade Africana ( African Personality) iniciada por Blyden. Blyden dizia que os
africanos devem amar e valorizar a sua raça negra.
Relativamente popular entre as elites africanas ao longo das lutas pela independência da
segunda metade do século XX, em parte responsável pelo surgimento da Organização de
Unidade Africana, o pan-africanismo tem sido mais defendido fora de África, entre os
descendentes dos escravos africanos que foram levados para as Américas até ao século XIX e
dos emigrantes mais recentes.
Eles propunham a unidade política de toda a África e o reagrupamento das diferentes etnias,
divididas pelas imposições dos colonizadores. Valorizavam a realização de cultos aos
ancestrais e defendiam a ampliação do uso das línguas e dialetos africanos, proibidos ou
limitados pelos europeus.
No entanto, este movimento social, com várias vertentes, que têm uma história que remonta
ao início do século XIX.
Ainda assim, o movimento tem conseguido dois dos seus principais objectivos, a unidade
espiritual e política da África, sob o pretexto de um Estado único, e pela capacidade de criar
condições de prosperidade para todos os africanos.
Negritude
Influenciados pelos movimentos do pan-africanismo e do renascimento negro (Black
Renaissance ), cujo fundador foi Du Bois, na década de 1930, jovens africanos de colónias
francesas, fundam a negritude. Trata-se de um movimento cultural, literário mas também
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com um cunho filosófico, que tal como o renascimento negro, tinha como objectivo defender
a dignidade do negro.
Ainda que as ideias da negritude tenham começado na América, considera-se que em África
foi fundada por Aimé Césaire, Leopold S. Senghor e Leon Damas.
Na sua obra Cahier d’un Retour au Pays Natal, A. Cesaire, o primeiro a usar o termo
negritude, definia-a como o simples reconhecimento do facto de ser negro e a aceitação deste
facto do nosso destino.
Em 1932 foi criada em Paris, a revista Légitime Défense, por um grupo de antilhanos sob
orientação de Etienne Lero, que era um manifesto contra a assimilação colónia, mas a
iniciativa fracassou.
Dois anos mais tarde, é publicado por um outro grupo que contava com Cesaire, Damas e
Senghor, o jornal L’etudiant Noir, que seria o princípio da negritude.
Ainda que historicamente, as reivindicações da negritude sejam aceitáveis, ela foi muito
criticada pelas seguintes razões:
Ao exaltar o negro e desprezar o branco também foi racista ( racismo anti-racista), mas o
importante é lutar contra o mal que existe tanto nos brancos como nos negros. Esteve mais
ligado ao passado como o melhor momento a ser recuperado e não soube viver e responder os
desafios do povo africano na actualidade.
Entre os críticos da negritude, destacam-se Jean P. Sartre, Franz Fanon, Lilyan Kesteloot,
René Mentil e Soyinka.
pela liberdade. Sendo que, o pan-africanismo, lutava pela emancipação politica de todos
africanos; e a negritude lutava pela unidade dos negros sob o ponto de vista cultural.
O renascimento africano
Os africanos conheceram várias humilhações. Por isso que sentem-se inferiores aos outros
povos, em particular os europeus.
Uma das grandes dificuldades que os africanistas tiveram foi a seguinte: “como dizer ao
africano, que nunca tinha sido valorizado, que tinha efectivamente valor, que era igual ao
colonizador, que tinha dignidade, que ser africano não era uma maldição”.
Contudo, era necessário desenvolver uma ideologia que colocasse o o povo africano a
renascer, sentindo-se um povo igual ao outro.
Conclusão
Ao finalizar o trabalho que tem como tema A filosofia política em África, concluiu-se que o
povo africano, realmente foi muito humilhado pelos europeus, e que nunca foi valorizado. E
através destes antecedentes, pode se provar que ate nos dias de hoje, o povo de raça negra
contínua se sentindo inferior diante do povo de raça branca.
Mas apesar disto, tem se criado certas melhorias com vista a eliminar na totalidade o que vem
se verificando, com certas teorias criadas com o apoio da filosofia africana. Visto que o povo
africano tem que renascer. Se sentindo igual com qualquer outra raça.
Foi difícil desenvolver o tema. Mas tinha de se criar muito esforço, fazendo várias pesquisas
de modo a clarificar o tema.
Trabalho de Filosofia. Discente: Assane
Bibliografia