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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................. 11
Bibliografia ............................................................................................................................... 12
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Introdução
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Alimentação e Tipo de Ração nas Galinhas
A alimentação representa cerca de 70% do custo da produção das aves, principalmente porque
as matérias-primas são largamente usadas tanto para criação de aves altamente tecnificadas
quanto para o consumo humano. Portanto, devem-se buscar fontes alternativas de alimentos,
principalmente energéticos e proteicos, como também de formulações que atendam às
necessidades qualitativas e económicas de produção da galinha (galinha caipira).
No caso das galinhas caipiras, não se tem interesse de acelerar o crescimento por meio de
promotores como antibióticos e hormonas, e nem aumentar a digestibilidade e a eficiência
digestiva por meio de enzimas e aminoácidos sintéticos. O desafio na criação de galinhas
caipiras é tornar a produção mais eficiente com a diminuição dos custos com alimentação,
sem perder as características dos seus produtos.
Graças ao seu sistema grastrointestinal, a galinha caipira tem maior capacidade que a galinha
industrial de converter alimentos de menor qualidade em carne e ovos. Essa vantagem se deve
à capacidade de trituração da sua moela (estômago mecânico) e à presença da flora no ceco
(parte do intestino grosso), porções importantes do sistema gastrointestinal.
A grande maioria dos produtos que compõem a dieta das galinhas caipiras é de origem
vegetal, portanto, a qualidade desses produtos depende do processamento, ambiente de
origem (clima e solo) e da planta (espécie, tipo ou variedade e idade).
O fornecimento de água para as aves deve ser feito em quantidade suficiente e com boa
qualidade. Estima-se que as aves consomem de água o dobro da ração fornecida. A água de
boa qualidade deve ser incolor, sem sabor, sem odor e livre de impurezas, devendo ser
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renovada diariamente. Os bebedouros devem estar sempre limpos e em locais e alturas que
permitam o livre acesso das aves.
Tipos de alimentos
Os alimentos energéticos (com mais de 3.000 kcal/kg do alimento) também podem ser
fornecedores de proteína, por exemplo, a quirera de arroz, a cevada em grão, o soro de leite
seco, o grão de milho moído, o sorgo de baixo tanino, o trigo integral, o trigo mourisco, o
triguilho e o triticale etc, mas só são considerados proteicos os alimentos com mais de 16 %
de proteína bruta.
Alguns alimentos com menor energia (valor máximo de 2400 kcal/kg) e menor proteína
(abaixo de 17 %) e com fibra bruta acima de 6 % são o farelo de milho, algaroba, o farelo de
arroz desengordurado, o farelo de polpa de caju, a casca de soja e o farelo de trigo.
Outros alimentos, ao mesmo tempo em que são altos fornecedores de proteína, também
possuem elevada densidade mineral, tais como, as farinhas de carne e ossos e a farinha de
peixe. Vale a pena ressaltar que esses últimos alimentos são incluídos em pequenas
proporções nas dietas e podem ter suas composições bastante variadas.
Aditivos
Pouco utilizados em dietas de galinhas caipiras, uma vez que não se recomenda a inclusão de
promotores de crescimento (antibióticos e hormonas), enzimas e aminoácidos sintéticos, pois
além de influenciarem na qualidade dos produtos, aumentam também o custo de produção.
Para facilitar a captura de ração farelada pela ave, é aconselhável que sejam inseridos como
aglutinantes das partículas aditivos como o óleo e açúcar em proporções que não
comprometam o balanceamento da dieta.
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Tipos de Ração
Para a fabricação de ração é necessário formular rações específicas para cada fase do
desenvolvimento das aves e, de acordo com a finalidade reprodutiva delas, para que seja
alcançado um melhor aproveitamento dos alimentos, bem como para estimular o crescimento,
suprir as lacunas nutricionais da alimentação normal e prevenir enfermidades. Além disso,
também é feita uma análise na formulação das rações para verificar a maior eficiência e o
menor custo em relação aos insumos utilizados, uma vez que estes sofrem variações sazonais
em virtude dos períodos de safra de grãos.
Ração A0 (Fase 1)
Nos primeiros dias de vida, os pintos precisam de alguma energia e de muita proteína de boa
qualidade, cálcio, fósforo e vitamina, para que o desenvolvimento muscular, ósseo e do
sistema de defesa contra doenças se desenvolva de forma eficaz. Esta fase faz toda a
diferença, uma vez que é nesta altura que se criam as condições para que o crescimento futuro
das aves se possa fazer sem sobressaltos. Deve ser dada nos primeiros dias de vida, até os
pintos atingirem 275g de peso vivo (equivalente a 10 dias de vida). O avicultor deve esperar
um consumo aproximado de 275g/pinto/ciclo.
Ração A1 (Fase2)
Nesta segunda fase, a energia necessária para o seu crescimento aumenta, pelo que é
fundamental ajustar a alimentação para que a ave se desenvolva e o crescimento não seja
prejudicado. Adequa-se a pintos com peso vivo até 875g (aproximadamente 21 dias de vida).
Consumo aproximado de 850g/pinto/ciclo.
Ração A2 (Fase 3)
O desenvolvimento das aves torna-se aqui mais evidente. Ocorre a emplumação, o aumento
de peso e continua o desenvolvimento muscular e ósseo. As aves continuam a precisar de
proteína, cálcio, fósforo e vitaminas, embora em quantidades ligeiramente inferiores.
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Precisam, no entanto, de mais energia para acompanhar o desenvolvimento diário, nesta fase
muito visível. Para aves com peso vivo até 1.200g (aproximadamente 27 dias de vida).
Consumo esperado de aproximadamente 975g/pinto/ciclo.
Ração AF (Fase 4)
Na quarta e última fase, que se estenderá até ao abate, ocorre um período de crescimento
intenso, com forte emplumação, redução do desenvolvimento ósseo, grande desenvolvimento
muscular e aumento do peso diário por incremento substancial da quantidade de ração
ingerida. As aves precisam ainda mais de energia e de menos proteína.
Sendo uma ração de finalização, deve ser dada até ao abate (aproximadamente 32 dias de
vida). Para um peso vivo de 1.600g, espera-se um consumo aproximado de 780g/pinto/ciclo.
A estrutura necessária para o preparo das rações compreende desde o local apropriado, que
deve ser limpo e isento de qualquer tipo de contaminação, aos equipamentos moinho, balança
e misturador. O responsável pela execução da actividade deve dominar os cálculos
matemáticos para composição das dietas e a operacionalização dos equipamentos.
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Necessidades nutricionais
As necessidades nutricionais das aves mudam de acordo com a idade, sexo, raça, estado
nutricional e sanitário, fase produtiva e finalidade económica. Recomenda-se que as
necessidades das aves sejam atendidas de acordo com as recomendações da Tabela abaixo. Os
ajustes necessários com o uso dos alimentos localmente disponíveis devem ser
acompanhados, de modo a verificar o suprimento das necessidades das aves e assim evitar o
aumento do custo com alimentação e o surgimento de doenças carenciais e metabólicas.
Tabela 1. Necessidades nutricionais das galinhas caipiras de acordo com a fase de criação.
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Fase 1 - Alimentação de pintinhos
A alimentação nessa primeira fase muda gradativamente, tudo em função da idade e do tipo
da ave a ser criada. Ela pode decidir a falência ou a rentabilidade do negócio.
a - De postura:
b - De abate
Até completarem seis semanas de vida, forneça aos frangos ração inicial de corte. Ela
fornece às aves até 24% de proteína;
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Após as seis semanas, passe a alimentar os frangos com ração final peletizada, por
conterem de 16 a 20% de proteína;
Luzes acesas durante a noite estimula as aves a comerem mais. Essa táctica pode ser
aplicada alguns dias antes do abate.
Outro erro é dar às galinhas cascas de batatas verdes, que contém ainda outra substância
perigosa para as aves, a solanina. Não existe nenhum problema de entregar cascas de batatas
normais a elas, mas as verdes devem ser evitadas. Na mesma lógica, vale lembrar que as
galinhas devem receber alimentos de qualidade, portanto, lembre-se que não tem problema
entregar restos de alimentos para elas comerem, mas isso não significa que elas podem
consumir alimentos estragados ou apodrecidos.
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Conclusão
Contudo, em torno do presente trabalho, conclui-se que, as galinhas, assim como os seres
humanos, comem uma grande variedade de alimentos e na prática, neste caso a galinha pode
comer as mais diferentes opções, e cabe ao avicultor, evitar que ela coma alimentos que
possam fazer mal à sua saúde, e que as galinhas tenham em quantidade adequada os alimentos
que são benéficos.
Uma das questões centrais para criar galinhas saudáveis e produtivas, além de evitar as
doenças, é a correta alimentação para galinhas, e devido a sua importância, este é um dos
tópicos que suscita mais dúvidas entre criadores. Portanto, uma das questões principais na
hora de definir qual a alimentação para galinhas que deve fornecer é que nem sempre o que as
galinhas comem é o mesmo que o que elas deveriam comer, ou seja, elas são aves
extremamente adaptáveis, mas o fato delas aceitarem determinado alimento não significa
necessariamente que aquela seja a melhor alimentação para as suas galinhas.
As rações são os alimentos mais usados para a criação das aves e nela deve conter as
necessidades nutricionais das galinhas. A ração deve ser administrada de acordo com as
recomendações diárias. As vacinas devem ser realizadas de acordo com as idades das aves
sendo uma administrada até os 12 dias e outra, até os 35 dias de vida das aves.
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Bibliografia
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