Você está na página 1de 20

Unipac Lafaiete

Medicina veterinária

Marcus Thulio de Lacerda

UTILIZAÇAO DE CAPINEIRA
E CANA DE AÇUCAR NA ALIMENTAÇAO DE REBANHOS

Conselheiro Lafaiete, outubro de 22


Marcus Thulio de Lacerda

UTILIZAÇAO DE CAPINEIRA
E CANA DE AÇUCAR NA ALIMENTAÇAO DE REBANHOS

A revisão de literatura apresentada ao curso de


medicina veterinária da Unipac Lafaiete, como
requisito parcial para obtenção de informações
e conteúdos relacionados a plantas forrageiras
destinadas a alimentação animal.

Conselheiro Lafaiete, outubro de 22


RESUMO

No brasil a produção animal de ruminantes, seja ela bovina, caprina, ovina, bubalina, entre
outras se baseia num modelo de caráter excessivo, onde os animais são criados soltos, a pasto,
podendo ou não receber alguma alimentação a base de concentrados juntamente com uma
suplementação mineral para elevar o ganho dos animais. A cultura de criação vareia muito em
determinadas regiões do pais. A utilização de capineiras e cana de açúcar como alimentação
animal pode se tornar uma grande aliada para os produtores, principalmente nas épocas de secas
quando as pastagens se encontram escassas e o preço do concentrado proteico está em alta por
conta da alta procura. Nesta revisão de literatura será possível analisar e comprar espécies e
observar suas vantagens e desvantagens compradas uma com a outra.

Palavras-chave: alimentação, cana de açúcar, capim, forragem, nutrição.


ABSTRACT

In Brazil, the animal production of ruminants, whether bovine, goat, sheep, buffalo, among
others, is based on an excessive model, where the animals are raised loose, on pasture, and may
or may not receive some feed based on concentrates together with a mineral supplementation
to increase the gain of the animals. The breeding culture varies greatly in certain regions of the
country. The use of grass and sugar cane as animal feed can become a great ally for producers,
especially in times of drought when pastures are scarce and the price of protein concentrate is
on the rise due to high demand. In this literature review it will be possible to analyze and buy
species and observe their advantages and disadvantages compared to each other..

Keywords: feed, sugar cane, grass, forage, nutrition


SUMÁRIO

Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6
CAPITULO I ................................................................................................................ 6
Cana de açúcar ......................................................................................................... 7
Vantagens ................................................................................................................. 7
Desvantagens ............................................................................................................ 7
Variedades ................................................................................................................ 8
Valor nutricional ......................................................................................................... 9
Implantação ............................................................................................................... 9
Trato cultural ............................................................................................................ 10
Formas de utilização................................................................................................ 10
Cana de açúcar na alimentação de bovinos de corte .............................................. 10
Cana de açúcar na alimentação de bovinos de leite ............................................... 12
CAPITULO 2 ............................................................................................................. 13
Capim ...................................................................................................................... 13
Vantagens ............................................................................................................... 14
Desvantagens .......................................................................................................... 14
Variedades .............................................................................................................. 15
Valor nutricional ....................................................................................................... 15
2.6 implantações...................................................................................................... 16
Trato cultural ............................................................................................................ 16
Formas de utilização................................................................................................ 16
Capim na alimentação de gado de corte ................................................................. 16
Capim na alimentação de gado de leite................................................................... 17
Considerações finais ............................................................................................... 18
INTRODUÇÃO

A sazonalidade do clima pode limitar a produção de volumoso de modo que possa


comprometer a alimentação animal, por conta desta condição, optar por culturas que permitam
uma alta produção em diferentes épocas do ano, como as espécies de cana de açúcar de capim
são alternativas eficazes para suprir a falta de alimentos ao decorrer do ano. Os plantios destas
espécies geram uma grande possibilidade de variação na produção de volumoso, além disso os
cultivos destas espécies podem ser bem menos trabalhosas do que outras culturas como
exemplo a do milho para silagem, por conta disso são excelentes opções para atender a demanda
nutricional dos animais.
Mas, apesar dos custos serem menores do que os custos da silagem de milho, a qualidade
nutricional também é, por esse motivo estes dois volumosos são mais recomendados para vacas
de menor produção de leite e para a recria

CAPITULO I
UTILIZAÇAO DE CAPINEIRA E CANA DE AÇICAR NA
ALIMENTAÇAO DE DEBANHOS

Cana de açúcar

Dentre as gramíneas forrageiras, a cana-de-açúcar se destaca por dois aspectos: alta


produção de matéria seca por hectare e capacidade de manutenção do potencial energético
durante o período seco. Entretanto, a cana-de-açúcar é um alimento desbalanceado, com baixos
teores de proteína e altos teores de açúcar, sendo que este último nutriente depende da época do
ano e da variedade utilizada.

Vantagens

A cana-de-açúcar destaca-se como uma planta com elevado potencial para transformar
energia solar em energia química, representada principalmente pela sacarose. O elevado teor
deste nutriente na planta madura, justamente numa época do ano em que as pastagens são
escassas e deficientes em proteína e energia, faz da cana uma importante fonte energética para
bovinos durante o período seco. Isto é um fato importante em pesquisas realizadas em vários
países tropicais.
Existem também as seguintes vantagens:

o Alta produção de matéria seca;


o É perene (renovação talvez necessária a partir do quarto ano);
o Mantém valor nutritivo por períodos longos após a maturação;
o É bem aceita e consumida pelos animais (cerca de 6% do peso vivo de matéria
fresca/dia);
o É de relativo baixo custo de produção.

Desvantagens

Tanto a cana de açúcar in natura como a silagem, possuem baixos teores de proteína bruta,
e altos teores de açúcar, fazendo com que se torne um alimento desbalanceado, não sendo
recomendado como alimento único aos animais. Outro fator desfavorável é que a
digestibilidade dos nutrientes existentes é baixa, devido à constituição de suas fibras.
Variedades

Se pensarmos que o período de produção de rapadura, açúcar mascavo e melado coincide


com o final da colheita da cana, o ideal é cultivar variedades precoces, medianas e tardias.

Fonte: Variedades de cana de açúcar e suas principais características. (Fabricação artesanal de


cachaça mineira, 2002).
Valor nutricional

O valor nutricional da cana está diretamente correlacionado com o seu alto teor de
açúcar, visto que seu teor de proteína é extremamente baixo. Para se atender a situação de
mantença ou ganho pouco acima da mantença, a opção mais simples e barata é usar o nitrogênio
não proteico. Em função do seu alto teor de carboidratos solúveis, a cana é classificada como
um volumoso de média qualidade, mas com baixos teores de proteína bruta e fósforo (valor
médio de 58,9% de nutrientes digestíveis totais – NDT), mas com baixos teores de proteína
bruta (valor médio de 3,8%) e fósforo (valor médio de 0,06%)
Composição química e digestibilidade in vitro da cana-de-açúcar.

Figura. fonte: corsi (1986), citado por Gonsalves et al. (2007)

Implantação

Na implantação e condução do canavial nas pequenas propriedades rurais podem-se


utilizar diversas tecnologias, mas as escolhidas e recomendadas são as que maximizam o
Alimentos e Alimentação Animal 87 usos dos insumos, da terra e dos recursos humanos, com
consequentes reduções de custos operacionais e com incrementos na produtividade do sistema
de produção, dessa forma, contribuindo para a preservação do meio ambiente (OLIVEIRA et
al., 2007; OLIVEIRA et al., 2019). Os autores têm orientado os pequenos produtores rurais a
adotarem práticas que recuperem e mantenham a fertilidade dos solos, reciclem nutrientes,
diminuam a compactação e o selamento da camada superficial do solo, associadas às outras
práticas que permitam alta produtividade na cana-planta e pequenos decréscimos nos ciclos
posteriores (OLIVEIRA et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2018a; OLIVEIRA et al., 2021). Dentre
as práticas recomendadas para a melhoria das propriedades físicas do terreno está o rompimento
das camadas adensadas ou compactadas do solo. Este rompimento ou descompactação resulta
em menor resistência ao aprofundamento do sistema radicular e, por outro lado, aumenta a
condutividade hidráulica e a capacidade de retenção de água no solo, facilita as trocas gasosas,
resultando em maior eficiência na absorção e utilização dos nutrientes (MARSCHNER, 1995;
OLIVEIRA et al., 2019).

Trato cultural

Controle de plantas invasoras O canavial deverá ser mantido limpo por meio de capinas
manuais, cultivadores mecânicos ou herbicidas. Ao usar herbicidas recomenda-se procurar a
orientação de um técnico que indicará o produto apropriado para cada situação. Esta prática é
recomendada quando se pretende fazer escarificações do solo, incorporar corretivos ou
fertilizantes, ou aplicar herbicidas.

Formas de utilização

A cana-de-açúcar vem sendo utilizada amplamente como fonte de alimentos para


ruminantes, pois apresenta diversas características favoráveis, já descritas anteriormente.
Porém, devido aos baixos teores de proteína e aos altos teores de açúcar, que dependendo da
época do ano, o valor energético pode estar mais ou menos concentrado, a cana não pode ser
utilizada como única fonte de alimento (FERNANDES et al., 2003). A cana também possui
baixos teores de minerais, baixa digestibilidade da fração fibrosa, o que tem limitado
produtividades satisfatórias com seu uso exclusivo. (RODRIGUES et al. 2007), avaliando os
teores de macro e micro minerais de nove variedades, concluíram que todas as variedades de
cana-de-açúcar apresentaram concentrações desses elementos abaixo das exigências de bovinos
de corte e de leite. Nestas condições, a cana deve ser complementada com outra fonte de
nutriente, mesmo em casos de atendimento apenas das exigências de mantença.

Cana de açúcar na alimentação de bovinos de corte

Pate et al. (1981) avaliaram o desempenho de novilhos de corte alimentados à base de


cana-de-açúcar, variando o nível de concentrado na dieta de 23 a 80%, obtendo ganhos
individuais crescentes e melhoria na conversão alimentar
Fonte: Pate(1981).
Hernandez et al. (1998) avaliaram o ganho de peso, a ingestão de nutrientes e a conversão
alimentar em animais 1/2 Canchim/Nelore e 3/4 Canchim/Nelore, utilizando três variedades de
cana-de-açúcar. Ao analisarem o teor de fibra bruta para as variedades RB 806043, RB 72454
e CO 413 encontraram, respectivamente, de 14,78, 66 19,09 e 23,71%. A dieta contendo a
variedade RB 806043 proporcionou ganho de peso superior (1,81 kg/cab/dia), em relação às
demais rações, que apresentaram ganhos de 1,75 e 1,52 kg/cab/dia, para as dietas com as
variedades RB 72454 e CO 413, respectivamente. Os animais que receberam dieta com a
variedade CO 413 apresentaram menor ingestão de matéria seca (7,94 kg MS/dia) que os
animais que receberam RB 806043 e RB 72454 (9,17 e 9,20 kg MS/dia, respectivamente). Estes
resultados reforçam a importância da escolha da variedade com características mais apropriadas
à alimentação animal, como discutido anteriormente.
Rodrigues et al. (2002) avaliaram o desempenho em novilhas da raça Canchim recebendo
dietas à base de cana-de-açúcar. Foram avaliadas quatro variedades de cana, IAC-86-2480,
IAC-87-3184, RB-72-454 e RB-83-5486. Segundo os autores, a escolha dessas variedades
seguiu alguns critérios: a IAC-86-2480 foi selecionada e recentemente lançada como variedade
para uso forrageiro pelo IAC; a IAC-87-3184 foi utilizada como controle porque foi a variedade
que apresentou o pior resultado de digestibilidade in vitro na avaliação de 18 materiais feita por
Rodrigues et al. (2001); a RB-72-454 por ser a variedade mais cultivada atualmente no Brasil
com finalidade forrageira; e a RB-83-5486 por ser a variedade que apresentou o melhor
resultado no ensaio realizado por Rodrigues et al. (2001). As novilhas foram alimentadas com
1,3 kg/dia de concentrado contendo farelo de soja, ureia, sulfato de amônio, calcário calcítico e
sal mineralizado. O consumo de matéria seca variou entre 2,7 e 2,79% do peso vivo. Sendo que
o melhor resultado foi observado pela dieta contento IAC-86- 2480

Fonte: Rodrigues et al.(2002).

Cana de açúcar na alimentação de bovinos de leite

A cana-de-açúcar é uma das formas mais difundidas como meio de suplementação para
alimentação animal durante o período seco do ano. O motivo deve-se à sua grande capacidade
de produção de MS (34,86 a 40,39 toneladas de cana-de-açúcar por hectare) e ponto ideal para
colheita no período da seca, no qual há maior escassez de alimento para os animais e baixo
desenvolvimento das forrageiras.

O aumento dos teores de FDN da cana reduz significativamente a fração digestível para os
ruminantes, acarretando perdas quanto à qualidade do alimento.

A FDN de baixa qualidade presente na cana-de-açúcar ocasiona retenção de fibras indigestíveis


no rumem, resultando em perdas produtivas e nutricionais, pois os animais passam a reduzir a
taxa de ingestão de alimento. Estes fatores implicam na necessidade da retirada da folha e palha
da cana antes do fornecimento, visando a redução dos níveis de FDN do alimento, visto que as
folhas apresentam elevada concentração de fibras de baixa qualidade, se comparadas ao colmo.
A retirada deste material pode comprometer o rendimento e acarretar em grandes perdas ao
produtor, pois as folhas representam aproximadamente 20% da parte aérea da planta.

A grande desvantagem da cana-de-açúcar em relação às outras espécies forrageiras é o baixo


teor de proteína bruta (PB).
O processo de corte e fornecimento diário de cana fresca aos animais já é amplamente
conhecido, entretanto, possui a grande desvantagem pela demanda de mão de obra para o corte,
picagem e fornecimento, além de perdas ocasionadas por fermentação dos carboidratos solúveis
após o corte. Deste modo, a ensilagem da cana é alternativa para facilitar o manejo.

Estudos ressaltam a forma de fornecimento da cana-de-açúcar na inclusão de dietas para vacas


leiteiras que não influenciaram significativamente a produção de leite e, ao comparar com
alguns tipos de silagem, obtiveram resultados satisfatórios, atingindo a produção média
esperada, inclusive raças de maior potencial leiteiro, como as da raça Holandesa. Além disso,
vacas tratadas com 50% de silagem, apresentaram média de produção de 11,87 kg/dia, sendo
que os mesmos animais tratados com silagem de milho apresentaram produção de 14,5 kg/dia.
As quantidades de cana fornecida variavam em função da ingestão diária dos animais, sendo
observados valores de inclusão na dieta que variavam entre 33,3 e 100% do volumoso. Nesse
sentido, na dieta contendo 100% do volumoso de cana-de-açúcar, atingiu-se produção média
de leite de 19,7 Kg, constatando a potencialidade da silagem de cana na alimentação de animais
de alta produção.

CAPITULO 2

Capim

O Brasil tem uma vasta área, que possibilita o uso de vários tipos de capim para o gado.
Como cada forrageira tem suas características adaptativas, algumas se saem muito bem em
Determinadas regiões, enquanto outras, nem tanto.

Vantagens

O capim é uma cultura perene de alta produção de biomassa por hectare, que pode atingir
grandes portes e ter até três cortes na mesma área. Suas principais características são:
 Alta produtividade, podendo chegar a 300 toneladas de matéria verde/ha/ano dependendo
do cultivar;
 Alta longevidade, uma área de capineira pode permanecer por mais de 5 anos sem
necessidade de renovação.;
 Bem adaptado ao clima tropical e a baixas altitudes;
 Altamente palatável, é bem aceito pelos animais;
 Pode ser fornecido in natura ou na forma de silagem;
 Baixo valor nutricional, com pouca proteína e baixo NDT, necessitando de complemento
com ração concentrada.

Gráfico demonstrando as características em comparação a utilização da cana de


açúcar

Fonte:( google.com).

Desvantagens

A produção de forragem de melhor qualidade das espécies utilizadas como capineira,


normalmente coincide com as estações do ano em que os pastos alcançam seus maiores
rendimentos, no período das águas;
 O uso exclusivo de capineiras cria o problema do esterco fertilizante, uma vez que as fezes
precisam ser coletadas de alguma forma e devolvidas às culturas;
 Exigem trabalhos diários de cortes do material verde (ou a cada 2 a 3dias, em alguns casos)
até o local de consumo, encarecendo o custo de produção;
 Eliminam a seleção feita pelo animal quando em pastejo, obrigando ao consumo de todas
as partes, indistintamente; 9 Maior necessidade de mão-de-obra, máquinas e implementos;
 Maior extração de nutrientes do solo

Variedades

São mais comumente utilizadas como pasto no país. São elas:

 Capim-Mombaça — um dos preferidos pelos bovinos, é altamente produtivo e se


adapta muito bem a diferentes condições climáticas. Porém, precisa de solo fértil e,
por conta desse custo de produção, é mais recomendado para áreas menores, cujo
manejo seja facilitado;
 Capim-marandu — também conhecido como braquiarão, há mais de 30 anos é o
capim mais comercializado no Brasil, devido à sua flexibilidade para se adaptar às
diferentes condições climáticas e níveis de fertilidade do solo. A Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu híbridos superprodutivos dessa
variedade (falaremos sobre isso no próximo tópico);
 Brachiaria decumbens — forrageira muito utilizada no Cerrado e em solos cuja acidez
é alta e a fertilidade é baixa. É resistente ao pastejo e ao pisoteio intenso.

Valor nutricional

As forragens devem ser capazes e suprir as necessidades nutricionais, porém, por causa de
suas variações quantitativas e qualitativas, as diferentes exigências que os animais têm
durante suas fases de vida, isso se torna difícil ou possível em situações
ou situações. Épocas especiais, como pastagens adubadas durante a estação chuvosa.

Desta forma, a produção animal, que reflete o valor nutricional das pastagens, é bastante baixa.
implantações

A capineira deve ser localizada em terreno plano ou pouco inclinado, bem drenado e
próximo ao local de distribuição do capim aos animais. A área deve ser destocada, arada e
gradeada para melhor desenvolvimento da planta e facilitar as atividades de manutenção e
utilização. Nos solos ácidos a calagem deve ser realizada pelo menos 60 dias antes do
plantio, aplicando 1,5 a 3,0 t/ha de calcário dolomítico. Após cada corte, deve-se aplicar 5 t/ha
de esterco e, anualmente 50 kg de P2O5/ha.

Trato cultural

A frequência entre cortes afeta marcadamente a produção de forragem, valor nutritivo,


potencial de rebrota e persistência (vida útil da capineira). O primeiro corte após o plantio, deve
ser realizado quando as plantas estiverem bem entouceiradas, o que ocorre cerca de 90 dias
após o plantio. Os cortes devem ser realizados a intervalos de 40 a 60 dias, ou quando as plantas
atingirem de 0,6 a 0,8 m de altura.
Para facilitar o manejo o terreno deve ser dividido em talhões e cada talhão deve ser
totalmente utilizado numa semana, e deve descansar por um período entre 45 e 60 dias até o
próximo corte. Se um talhão não for completamente utilizado em uma semana, as sobras devem
ser colhidas e o material fornecido a outros animais ou distribuídos na área como cobertura
morta, visando não comprometer o bom manejo do capim. Deste modo, utilizando-se um talhão a
cada sete dias, o período de descanso entre cortes, num mesmo talhão, seria de 49 dias.

Formas de utilização

Além apresentar das vantagens do capim ao rebanho, pesquisadores já demonstraram a


produtores técnicas de ensilagem, ou seja, da conservação da forragem para utilização na
alimentação do gado de leite ou de corte e alternativas para minimizar as perdas. “A silagem
pode ser realizada com diversos tipos de materiais, o milho e o sorgo são os mais tradicionais,
mas o capim tem ganhado muita força nos últimos anos”, destacou o zootecnista (Vitor de
Oliveira.)

Capim na alimentação de gado de corte

O capim-elefante é uma das opções de volumoso para alimentação de bovinos, pois, no


período das águas, pode ser pastejado diretamente pelos animais (pastejo rotacionado) ou
picado para fornecimento no cocho. Entretanto este período não é muito favorável ao
confinamento pois é muito grande a oferta de animais terminados a pasto, com baixo custo. O
confinamento produz um boi com custo muito acima do que o mercado se dispõe a pagar
nesta época do ano. Por outro lado, no período seco, com a menor oferta de boi a pasto, os
preços do boi sobem e o custo do confinamento se torna mais compensador. Ainda assim, o
confinamento como atividade isolada (compra de animais magros para engorda e venda), dá
prejuízo em 8 de cada 10 anos. Neste período o capim-elefante não fornece volumoso com a
qualidade mínima para alimentar animais confinados, com a seca a forrageira interrompe o
crescimento e amadurece, tornando-se fibrosa e com baixo teor de proteína. A solução de uso
mais adequada para o capim-elefante é explorar ao máximo sua produção nas águas e
armazenar uma parte dela para uso no confinamento, no período seco.
FONTE(cloud.cnpgc.embrapa.br).

Capim na alimentação de gado de leite

Na estação das águas, as forrageiras garantem alimento farto para o gado de leite, o que permite ao
produtor um maior número de bovinos por área de pastagem. O manejo intensivo das pastagens permite
conseguir aumentos da produção por área e a utilização correta dos alimentos concentrados.
Apresenta-se como instrumento potente para aumentar a produtividade do sistema, devido ao
impacto na produção individual da vaca, ao aumento na lotação da pastagem e
consequentemente, na produção de leite por área (Santos et al., 2008).
Gráfico Produção estimada de leite (kg) por tonelada de matéria seca consumida.
Fonte: https://safrasulsementes.com.br/a-versatilidade-do-capim-vaquero/

Considerações finais

A capineira e a cana de açúcar são uma prática de produção de forragens que


se aplica bem a diversas regiões do brasil, sendo uma alternativa viável para a
escassez de alimento volumoso durante a seca, desde que seja manejada
adequadamente. Estas técnicas se adaptam bem na região semiárida por sanar a falta
de alimento no período de estiagem. Diante disso, a pastagem disponível para
alimentação dos animais é produzida de forma natural, ou seja, no período chuvoso,
enquanto que na seca a ração torna-se escassa, por isso o uso de maneira correta é
de fundamental importância, possibilitando alimento durante a época de escassez
hídrica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD23.html
https://downloads.editoracientifica.org/articles/210805744.pdf
file:///C:/Users/marcu/Downloads/711-Texto%20do%20artigo-4551-1-10-
20200327%20(1).pdf
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-04/rede-de-universidades-
federais-lanca-21-variedades-de-cana-de-acucar
https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT73.html#:~:text=Em%20fun%C3%A
7%C3%A3o%20do%20seu%20alto,m%C3%A9dio%20de%200%2C06%25).
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/155437/1/COT-80-Tecnologia-e-
Custo-da-Cana-de-acucar-para-a-Alimentacao-Animal.pdf
https://www.revistaleiteintegral.com.br/noticia/utilizacao-da-cana-de-acucar-na-
alimentacao-de-vacas-
leiteiras/2#:~:text=Os%20elevados%20%C3%ADndices%20produtivos%20e,fermenta%C3%
A7%C3%B5es%20indesejadas%20no%20material%20picado.
https://slideplayer.com.br/slide/12249637/.
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/canadeacucar-para-
alimentacao-animal-importancia-da-escolha-da-variedade-para-o-sucesso-da-producao-de-
ruminantes-62476n.aspx
https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/5958/1/texto%20completo.pdf
https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD23.html
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteZonadaMataAtl
antica/infra1.html
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/984146/1/RT32pastagem.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65223/1/CT-57-Capim-elefante-
formas-de-uso.pdf
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/18865/1/Beneficios%20do
%20capim-elefante.gado%20leiteiro.pdf
https://safrasulsementes.com.br/a-versatilidade-do-capim-vaquero/

Você também pode gostar