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DE CORTE
Elaboração
Felippe Augusto Reis
Giovanna Brandini Quessa
Helena Azevedo Perini
Marcela Altimari Filippin
Roberta Fornazari Marin
Orientação:
Prof. Carlos E. C. Belluzo
Araçatuba – SP
2023
SUMÁRIO
1 FASES DE CRIAÇÃO ....................................................................................................5
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
Com o aumento da produção e intensificação da pecuária para atender as necessidades
mundiais, os produtores necessitavam de novos meios de produção, com novas técnicas para
intensificar a produção com técnicas rentáveis e acessíveis, portanto, as técnicas de
suplementação foram introduzidas e associadas ao uso e intensificação das pastagens a fim de
utilizar a principal vantagem fisiológica e anatômica, que os bovinos, por serem ruminantes
detém. Portanto, o estudo sobre a implementação do semiconfinamento no cenário brasileiro é
de suma importância, visando as necessidades e aproximando as condições em que as
propriedades se encontram.
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Está fase compreende o fim do desmame até a terminação. Neste período o peso é
em torno de 360 – 400 kg, normalmente as fêmeas são destinadas a reprodução e
os machos á terminação. Nesta fase há boa conversão alimentar, permitindo
ganhos com baixos custos, sendo a principal fonte alimentar as pastagens, que
serão intensificadas.
Este é o momento de ganho de peso para atingir o peso ideal para o acabamento da
carcaça, assim agregando valor ao produto. Nesta fase o ganho de peso e
conversão alimentar diminuem. Está fase pode ser feita em confinamento, a pasto
ou em semi – confinamento, como é o objetivo deste estudo.
Ao analisar que 100 animais abatido com 24 meses recebendo uma alimentação proteica de
1% a 4% do peso vivo no primeiro período seco, percebe-se que os ganhos foram de 150 a
400 g/dia. Ao chegar no período das águas os ganhos foram de 500 g/dia e com isso a
terminação ocorrerá no segundo período seco, em semiconfinamento com 1% do peso vivo de
suplementação + pasto.
Nesse método os animais entrarão no semiconfinamento com 400 kg e serão terminados com
500 kg, onde obtiveram um ganho médio de 1 kg ao dia.
• Milho: alimento de alta concentração energética, que pode ser utilizado na forma de silagem
de milho ou em forma de grãos (inteiro ou moído).
•Sorgo: Semelhante ao milho, porém apresenta um pouco menos de energia e um pouco mais
de proteína e deve ser fornecido triturado ou moído, devido a sua má digestibilidade.
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•Casquinha de Soja: obtida após a extração do óleo da soja, sendo considerado um alimento
intermediário entre volumoso e concentrado, permitindo a substituição do milho na dieta.
•Resíduo de Cervejaria: é um subproduto úmido ou seco, com alto teor de proteína bruta
entre 25 a 28 % e pode substituir até 100% do milho sem causar prejuízo no ganho de peso
dos animais.
3. ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO
3.1 Diferimento de pastagem
- Brachiaria: Indicada para vedação de pastagens, pois irão sofrer um lento processo de
redução do valor nutritivo e apresentam alto índice de folhas em relação ao caule.
Brachiaria / Rehago
- Cynodon: Também conhecido como tifton 85, apresentam uma lenta redução de valor
nutrivo e ótima relação entre caule-folha, favorecendo a manutenção da qualidade das
forragens.
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Cynodon/ Barenbrug
O consumo diário será calculado para 100 animais, com peso de entrada de 400 kg e de saída
de 500 kg, bem como suplemento de alto consumo (1% do peso. Para isso precisamos
entender o consumo do pasto: para um animal com cerca de 450 kg, o consumo é de,
aproximadamente: CMS = Peso do animal x Porcentagem do peso vivo.
0 1.74 2.23
1 1.25 1.52
4. ESTRUTURA DE COCHOS
Os cochos devem comportar, pelo menos, 40 cm de linha por animal, tendo acesso por todos
os lados e 70 cm elevados do chão.
A localização deve ser primordial de fácil tanto para os responsáveis pelo manejo, quanto para
os animais. Sendo o ideal na parte mais elevada do pasto, a fim de evitar lama, sendo indicado
também um declive para o lado de fora do piquete de 0,3 a 3%, facilitando o escoamento de
água vinda da chuva. Os comedouros devem sempre estar perto dos bebedouros e a parte de
descanso, pois são locais de permanência e frequência dos animais.
O preparo dos suplementos deve ser feito aos poucos, conforme a utilização (a cada 2
semanas ou 30 dias). Caso for fazer a cada 30 dias é necessário fazer na seguinte proporção:
9,8 t de milho moído, 420 kg de núcleo mineral e 5,04 t de farelo de soja, sempre seguindo a
tabela 3.
Para continuar o preparo, deve ser adicionado no misturador o farelo de soja, o milho moído,
o núcleo mineral e a silagem do milho, sendo misturados por pelo menos 3 minutos e depois
retirados e ensacados para o armazenamento. O armazenamento deve ser feito em sacos e
mantidos em local fresco e ventilado, sem contato com a luz solar e colocados em cima de
estrados longe da parede. Podem também ser armazenados próximos aos cochos, sobre os
estrados e cobertos com lona para que os animais não tenham acesso, essa maneira é útil no
dia – a - dia do semiconfinamento devido ao alto consumo.
6. MANEJAR OS ANIMAIS
O manejo no confinamento demanda uma abordagem tranquila e meticulosa, abrangendo
atividades como vacinações, pesagens, embarque e desembarque, a fim de prevenir estresse e
lesões nos animais, fatores que poderiam comprometer a qualidade da carne.
É crucial identificar os animais por meio de brincos ou marcação a ferro quente, atribuindo
números correspondentes ao curral de destino.
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Assim que chegam à propriedade, os animais devem ser pesados, e a distribuição em lotes
ocorre com base no peso, segregando os mais leves dos mais pesados. É essencial realizar
pesagens periódicas para avaliar o desempenho e ajustar o consumo de acordo com o peso
corporal.
Cada animal passa por vermifugação com antiparasitário interno e é vacinado contra três tipos
de doenças, incluindo carbúnculo sintomático, gangrena gasosa, enterotoxemia, botulismo,
diarreia viral bovina, rinotraqueíte infecciosa e parainfluenza bovina.
A suplementação pode ser diária ou ocorrer de três a quatro vezes por semana,
preferencialmente no meio do dia, considerando os picos de pastejo no início da manhã e no
final da tarde. A quantidade necessária de suplemento é determinada pelo manejo da
propriedade.
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Os bebedouros devem ser limpos a cada 15 dias, utilizando uma vassoura para remover lodo e
garantir água limpa. A condição dos bebedouros deve ser avaliada para evitar a redução no
consumo dos animais, uma vez que a falta de água afeta diretamente a ingestão de alimentos.
Observações
• O consumo para 1 lote que contêm 100 animais será: quantidade fornecida = CMS por
animal x o número de animais.
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CONCLUSÃO
Por fim, com a implementação do semiconfinamento o produtor obtém maiores ganhos de
produção com seu rebanho, associando as técnicas de manejo da pastagem associado com a
suplementação estratégica. Vale ressaltar, que a implementação deste sistema inclui gastos
com manejo de pastagens, suplementação e instalações, entretanto esse investimento quando
bem feito e com acompanhamento técnico terá retorno.
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REFERÊNCIAS
Coleção SENAR 233 – Bovinocultura: manejo e alimentação de bovinos de corte em
semiconfinamento.