Você está na página 1de 19

0

FACULDADE DE VETERINÁRIA
MESTRADO EM PRODUÇÃO ANIMAL
Módulo: Alimentação Animal

Utilização da Leucaena (Leucaena leucocephala) na alimentação do gado


caprino

ESTUDANTE: Tânia Evaristo João António


ORIENTADORA: PhD. Mário Mungoi
PhD. Filomena dos Anjos

Março de 2022
Maputo
1

Índice
Resumo ..................................................................................................................................................... 2
1. Introdução ......................................................................................................................................... 3
1.1. Metodologia .................................................................................................................................. 4
2. Marco Teórico....................................................................................................................................... 4
2.1. Características da Leucaena ............................................................................................................... 4
2.1.1. Produção de Pastos associados a Leocaena .................................................................................... 5
2.2. Suplementação proteica com Leucaena ............................................................................................. 6
2.3. Gado Caprino (Capra hircus L) .......................................................................................................... 7
2.4. Desempenho da gado caprino alimentado com Leucaena leucocephala ........................................... 9
3. Considerações finais ........................................................................................................................... 13
4. Referencia Bibliograficas .................................................................................................................... 14
2

Resumo
A alimentação animal constitui o factor responsável por parte significativa dos custos de criação do gado caprino.
Neste contexto, há necessidade de utilizar fontes alimentares alternativas, com a finalidade de reduzir custos e
melhorar a dieta, desde que não afecte os índices de ganho de peso ou produção de leite nos caprinos. Os criadores
de gado conseguem garantir alimentos nos períodos chuvosos, diferente dos períodos secos, que compreende a
maior parte do ano, há perdas substanciais na qualidade e disponibilidade de forragem no pasto nativo, com efeitos
imediatos sobre a produtividade dos rebanhos. Objectivou-se com esta revisão, avaliar a utilização da Leucaena
leucocephala na alimentação do gado caprino. Para tal revisão bibliográfica foram consultados vários artigos
publicados em diferentes datas e em diferentes revistas que discutem aspectos inerentes ao tema. Os resultados da
pesquisa mostram como a utilização da Leucaena leucocephala na alimentação do gado caprino, com a finalidade de
suprir as necessidades proteicas, principalmente em períodos de escassez ou os custos de alimentos clássicos, é uma
alternativa viável do ponto de vista nutricional. Ainda nesta pesquisa mostra evidências de pesquisas realizadas por
vários pesquisadores em diferentes regiões e períodos que a Leucaena leucocephala apresenta bom potencial
proteico e que pode ser usado suprir as necessidades nutricionais dos caprinos, apesar de possuir reduzir mimosina,
uma substância que não é indicado para o consumo em grandes quantidades. Mas pode-se reduzir o consumo desta
substância associando a Leucaena leucocephala e outras forrageiras durante a alimentação.

Palavras chaves: Caprino. Leucaena leucocephala. Alimentação.

Abstrat
Animal feed is the factor responsible for a significant part of the costs of raising goats. In this context, there is a
need to use alternative food sources, in order to reduce costs and improve the diet, as long as it does not affect the
rates of weight gain or milk production in goats. Livestock farmers are able to guarantee food in the rainy season,
unlike the dry season, which comprises most of the year, there are substantial losses in the quality and availability of
forage in native pastures, with immediate effects on the productivity of the herds. The objective of this review was
to evaluate the use of Leucaena leucocephala in feeding goats. For this bibliographic review, several articles
published on different dates and in different journals that discuss aspects inherent to the topic were consulted. The
research results show how the use of Leucaena leucocephala in the feeding of goats, in order to meet the protein
needs, especially in periods of scarcity or the costs of classic foods, is a viable alternative from a nutritional point of
view. This research also shows evidence from research carried out by several researchers in different regions and
periods that Leucaena leucocephala has good protein potential and that it can be used to meet the nutritional needs
of goats, despite having reduced mimosin, a substance that is not indicated for consumption in large quantities. But
consumption of this substance can be reduced by associating Leucaena leucocephala and other forages during
feeding.

Keywords: Goat. Leucaena leucocephala. Food.


3

1. Introdução
Moçambique possui hoje um rebanho de caprinos consideráveis, sendo assim necessário
encontrar soluções práticas económica de produzir e disponibilizar alimentos para o consumo
dos animais (ATANASIO A. 2012). A criação desta espécie em várias regiões é praticada em
sistemas extensivos, sendo em propriedades privadas ou em pastos comunitários. Dentre os
vários géneros existentes no ecossistema Moçambicano, destacam-se a: Panicum, Cynodo,
Brachiaria, Leucaena e Pennisetum (MACIEL S. 2004).

A actividade pecuária constitui meio de subsistência das famílias rurais em Moçambique, apesar
da vulnerabilidade ao fenómeno das secas e chuvas irregulares. A pecuária é uma actividade
importante para a satisfação das necessidades e expectativas humanas como fonte sustentável de
recursos em médio prazo. Moçambique esta localizada na região tropical de África onde a
precipitação cai com abundancia nos meses de Dezembro a Abril, caracterizados por pasto
abundante; e nos restantes meses verifica-se a ausência da precipitação, consequentemente a
escassez do pasto. Em consequência disto há mais pasto em qualidade e quantidade na época
chuvosa, factor que satisfaz aos criadores. Ao contrário do que acontece no período seco onde a
quantidade e a qualidade reduz, resultando na redução do peso animal.

O consumo de gramíneas de baixo teor nutricional pode causar osteomalácia (inchaço na cara),
problemas nos cascos, problemas urinários, raquitismo, ataxia enzoótica, deficiência de cobre,
toxemia da gestação, timpanismo etc., como também a redução do peso da massa corporal será
baixo (BRÂNCIO et all., 2003). Enquanto o fornecimento de forrageira com bom potencial
nutricional para o gado caprino é fundamental para a promoção de maior desempenho produtivo
e reprodutivo aos animais, e sendo estes ruminantes a sua dieta esta concentrada em alimentos
volumoso, onde a quantidade de alimento ingerido deve ser de boa qualidade. Portanto, sendo o
caprino uma espécie muito versátil em termos da procura das forrageiras, mas este tem
preferência pelas partes mais tenra da planta. O processo de selecção de forragens dos caprinos
difere do processo de selecção dos ovinos e dos bovinos, dado que a sua preferência é pela
espécie mais alta facilitando sua deglutição (RIBEIRO et all. 2012).

O Leucaena leucocephala é uma leguminosa forrageira adaptada nas condições edafoclimaticas


de Moçambique e estudos mostram que ela possui grandes reservas de nutrientes. Esta espécie é
de fácil maneio, bom potencial nutricional e de fácil rebrotação mesmo em períodos de estiagem,
4

estas características são indicadores suficientes para a utilização desta forrageira na alimentação
do gado caprino. Diante das adversidades ambientais e económicas do encarecimento da
alimentação animal, o uso da leucaena como alternativas de fonte proteica de qualidade, pode
contribuir na reduzir os custos de produção, considerando que ela pode ser produzida na área de
pasto, reduzindo a dependência de insumos comerciais. Nessa monografia de compilação
pretende-se discorrer sobre a utilização da Leucaena na alimentação do gado caprino, com enfâse
no peso do animal.

1.1. Metodologia

Para o alcance do objectivo, recorreu-se a pesquisa bibliográfica coadjuvada pela pesquisa


documental. Na revisão bibliográfica foram consultados vários artigos publicados em diferentes
datas e em diferentes revistas que discutem aspectos inerentes ao tema. No que tange a pesquisa
documental, foram recorridas fontes primárias, como relatórios de actividades do sector pecuário
que permitiram construir informação relevante para analisar o tema em alusão. Para isso, teve-se
o apoio da ferramenta Mendeley cite que permitiu obter autores citados em diferentes buscas, o
idioma usado foi a língua inglesa, onde as palavras-chaves foram Leucaena leucocephala, food,
e animal weight. Tendo os autores citados e as referências, usou-se para pesquisar os artigos nos
sites: gogle student, www.refssek.com, www.bioline.org.br e a www.base-search.net.

2. Marco Teórico

2.1. Características da Leucaena

A Leucaena leucocephala é considerada uma leguminosa perene, arbórea, originária da América


central e hoje encontra-se disseminada por toda África austral, podendo ser utilizado como
forragem, produção de madeira, carvão vegetal, melhoramento do solo, sombreamento, quebra-
vento e cerca viva (CARNEIRO et al. 2006). Sendo a leucaena, uma fabaceae (leguminosa), o
sistema radicular esta associada a fungos (micorrizas) capazes de converter o fósforo inorgânico
do solo na forma orgânica que seja acessível para as planta. Esta forrageira é excelente para a
alimentação do gado caprino, isto porque ela, têm a capacidade de rebrota mesmo em período de
estiagem, adapta-se às condições de solo e clima de Moçambique. A produtividade de matéria
5

seca varia de 2 a 8 ton/ha/ano e têm excelente aceitação pelos caprinos. A proteína bruta da
Leucaena ronda a 20% e devido a mimosina não é recomendado alimentar os caprinos apenas
com Leucaena. A mimosina é um aminoácido ant-nutricional que pode provocar queda de pêlos
e salivação excessiva (RIET-CORREA et al, 2004)

A composição química da Leucaena mostra que nas folhas possui: total de cinzas 11%, Total de
N 4.2%, 25.9 % de Proteína bruta, 20.4 % Fibra, 2. 36 g/kg de Cálcio, 0.23 % Fósforo, 536
mg/Kg de β-Caroteno, 20.1 kJ/g de energia bruta e 10,15 mg/g de taninos (MANELLA et al,
2003). A alta capacidade de rebrotação, mesmo em períodos secos faz com que a Leucaena
apresenta-se quase sempre verde. O teor de proteína bruta nas folhas verdes e nas vagens são
entre 21% e 23% respectivamente.
Com base na composição mineral da Leucaena pode-se dizer que a capacidade de conversão
nutricional nos animais não haverá deficiência, esta conclusão baseia-se nos resultados que
RAMOS et al. (2009) encontrou nos teores de macronutrientes da fracção comestível 1.25 % de
fósforo, 4.38 % de nitrogénio, 1.57 % de potássio, 1.22 % cálcio e 0.46 %, apesar dos factores
ant-nutricionais existentes esta forragem.

Os factores ant-nutricionais afectam a qualidade e quantidade a ser digerida pelo animal, se por
acaso uma determinada população de caprinos se alimentar apenas de Leucaena afectaria o
desempenho do animal. A Leucaena é uma espécie extremamente nutritiva, palatável e de boa
digestibilidade, mas é mimosina que é um ant-nutricional. O consumo excessivo desta substância
pode causar alopecia, catarata, atrofia de gengiva, ulcerações da língua e esófago, bócio,
infertilidade e menores ganho de peso para ruminantes. Apesar disso não se pretende dizer que
não se pode usar para a alimentação mas se deve ter o cuidado de se acompanhar com outras
forrageiras. ALMEIDA et al. (2006) em seu estudo mostrou que a Leucaena pode ser tóxica para
ovinos de 4-5 meses de idade quando consome permanentemente esta forragem.

2.1.1. Produção de Pastos associados a Leocaena

Uma das formas mais conhecidas do plantio da leucaena é estabelecer em faixas dentro das áreas
de pastagem. Esta forma de produção reduz os impactos do pastoreio pesado, a consorciação de
gramíneas e Leucaena faz com que nem uma nem a outra seja a dominante no consumo do gado.
6

Quando as plantas de Leucaena atingem 2 m de altura deve-se iniciar e controlado da pastagem,


porque a super pastagem reduz a produtividade e proporcionaram que a leucaena cresça
excessiva, deste modo dificultando o acesso à folhagem pelos animais. Portanto, o crescimento
excessivo da Leucaena, necessitara a poda a 90 cm de altura, para facilitar aos animais acesso as
sua folhas. De acordo com CARNEIRO & SOUSA et al., (2006) a leucaena quando consorciadas
com capim elefante não influencia na altura e no teor de proteína bruta do capim-elefante. Desde
que o espaçamento do capim elefante consorciado com a leucena é de 1 m x 0,25 m entre linhas,
e ainda ela pode ser consorciada plantando-se metade da área com gramíneas e metade com
leucena, formando banco de proteína.

2.2. Suplementação proteica com Leucaena

Em regiões onde as necessidades proteicas dos rebanhos é insuficiente para alcançar bons índices
produtivos, a conservação de alimentos e reservas estratégicas tem mostrado benefícios
significativos, bem como, o uso de forrageiras exóticas bem adaptadas (BARRETO et al., 2010).
A suplementação de gado caprino com concentrados comerciais em alguns casos são usados para
complementar as pastagens, mas os custos de aquisição destes concentrados são bastante
elevados para pequenos criadores. Contudo, a Leucaena contêm grandes quantidades de proteína
bruta e quando misturada com outras forrageiras há múltiplos efeitos benéficos, esta afirmação é
sustentada por JINGURA et al., (2001) ao afirmar que a associação de gramíneas e leguminosas
reduz a dependência de suplementação proteica. E a vantagem da utilização de Leucaena esta
relacionado com a variação do valor nutritivo menor que as gramíneas. A leucaena é uma das
espécies forrageiras com alta capacidade de rebrotação e adapta-se a diversas condições de solo,
alto grão de aceitação pelos ruminantes, boa produtividade.

LIMA et al., (2006) diz que esta espécie produz cerca de 2 a 8 ton/ha de matéria seca, que pode
ser utilizada na alimentação de Caprinos directamente nos pastos, em consórcio com gramíneas,
ou ainda como feno ou silagem. Mas VELOSO et al., (2006) afirma que a Leucaena apresenta
variações na degradação da matéria seca e proteína bruta. Portanto, os folíolos de Leucaena são
uma fonte de proteína adequados à alimentação dos ruminantes. Em países com alto
investimento na área pecuária já foram produzidos e fomentados variedades denominadas por
estilosantes de alta qualidade nutricional e palatabilidade. De acordo com GARCIA et al., (2008)
7

e MOURA et al., (2011), a estilosantes campo grande tem sido referenciada como uma variedade
com bom desempenho produtivo.
Portanto, o consumo de matéria seca é o factor mais importante para o desempenho do peso vivo
do animal. O desempenho do peso vivo do animal vai ser influenciado pelas características do
animal, do alimento e das condições do maneio alimentar, reprodutivo e alimentar. No caso da
densidade energética da dieta for superior em relação às exigências nutricionais do animal ou se
for apresentar baixa densidade energética, haverá um efeito directo sobre o peso vivo do animal
(MERTENS, 1992).
Durante a produção de feno há que considerar os teores de fibra e o animal, por exemplo em
fêmeas da raça Alpina em lactação recomenda-se teor de FDN igual a 35,4%. De acordo com
CARVALHO et al., (2006) alimentar estas fêmeas com elevados teores de fibra estimula a
diminuição da produção de leite. Mas, GUPTA et al., (1999) afirma que a inclusão de
leguminosas na dieta de fêmeas em lactação estimula a produção de leite e não interfere na
qualidade, nem nos custo de produção de leite. Estudo realizado por FERREIRA et al., (2009)
mostram que a utilização até 75% de Leucaena na dieta de cabras leiteiras não alterou a produção
e nem qualidade do leite, dai que o mesmo autor conclui que esta espécie de forrageira pode
constituir um forte ingrediente na dieta dos animais.
Em estudos similares realizados por EUCLIDES et all. (1999), pretendia avaliar o desempenho
de caprino de corte alimentadas com forrageiras nativas e suplementadas com Leucaena com
20% de proteína apresentou alto padrão de produção de carne. Ainda o mesmo autor faz
referência da dieta de cabras anãs africanas, com Leucaena e C. calothyrus resultou em maior
produção semanal de leite ao longo do ano, portanto mostrou ser o dobro em relação ao controle
no período seco e 32% maior no período chuvoso.

2.3. Gado Caprino (Capra hircus L)

O gado caprino pertence à família Bovidae, subfamília caprinae, pertencente ao género capra e
espécie hircus. Estes animais são de pequeno porte, cabeça pequena com boca e lábios móveis e
ágeis que melhoram a capacidade de escolha de partes mais ricas dos vegetais como folhas e
brotos. Estes animais desenvolveram características adaptativas importantes ao clima, as
condições de alimentos e água de Moçambique (PARENTE et al., 2007).
8

Os hábitos de pasteio dos caprinos e de suas preferências em relação à forragem podem resultar
em maior produtividade de massa corporal (BRATTI et al., 2009). Os factores que influenciam o
comportamento ingestivo de alimentos no pasto estão relacionados com próprio animal, às
plantas, ao meio ambiente e ao maneio. O estudo do comportamento permite avaliar a dieta, pois
permitem conhecer os factores que atuam na ingestão de alimentos que proporcionem o melhor
desempenho produtivo (CAVALCANTI et al., 2008).

O comportamento da pastagem verifica-se como os caprinos estão respondendo ao maneio e a


qualidade da dieta consumida, isto porque a época da pastagem e tipo de pasto influenciam o
consumo de caprinos (PARENTE et al., 2007). O tempo de procura pelo bocado, tempo para
acção do bocado e tempo para manipulação do bocado são parâmetros que indicam o consumo
do animal em pasto e a estrutura da pastagem (BARROS et al., 2007). Nos meses quentes onde
as temperaturas são altas e o sol é forte, os animais refugiam se nas sobras, consequentemente o
tempo de pastejo é menor, neste contexto vai ocorrer a redução do consumo de pasto, o que
afecta a produtividade animal.

Os caprinos são animais rústicos, sofrem alterações no comportamento fisiológico, ingestivo e de


pastejo quando expostos a factores de estrese como altas temperaturas, radiação, elevada
humidade, baixa qualidade dos alimentos e maneio inadequado (PEREIRA et al., 2011). E ainda
o mesmo autor afirma que a associação entre a radiação solar directa, temperatura e humidade do
ar elevada afectam as actividades como a redução no consumo de alimentos. MOREIRA FILHO
et al. (2008) avaliou o comportamento das cabras Anglonubianas em pastagem combinadas
vegetação lenhosa nativa nos períodos seco e chuvoso e constataram que o comportamento dos
animais não foi influenciado pela época do ano.

De acordo com PALHANO et al., (2007) o aspecto de maior importância para compreender o
comportamento animal durante a pastagem diária é influenciado por factores relacionados à
planta forrageira e ao animal. Em outras palavras, a selecção da forragem consumida pelos
animais depende da composição de espécies forrageiras disponíveis.

Moçambique possui hoje um rebanho de caprinos consideráveis, sendo assim necessário


encontrar soluções práticas económica de produzir e disponibilizar alimentos para o consumo
dos animais. Grande parte dos criadores desta espécie pratica esta actividade em sistemas
extensivos, consociando pastagem e suplementação com silagem, rações ou feno (ATANASIO
9

A. 2012). De acordo com IPI, (2017) a população nacional de caprinos em Moçambique em


2015 era de 3,896,300 animais. O rebanho de caprinos adaptam-se melhor em regiões mais secas
do pais, e constituem uma importante fonte de segurança alimentar, renda e emprego rural em
diferentes regiões do Pais. Portanto, esta situação é desafiante para a pecuária de corte. Para
qualquer pais que pretenda investir nesta área de forma eficiente na produção de carne de
qualquer espécie de boa qualidade e a baixo preço deve investir no maneio alimentar, sanitário e
reprodutivo.

Vários foram os estudos, como é o caso de MANELLA et al., (2003), diz que a maior
dificuldade para a produção de carne no pasto, em condições tropicais e subtropicais, é a
ocorrência da sazonalidade de produção das plantas forrageiras, em outras palavras há épocas de
alta produção (Chuvoso) e de Baixa produção (Seco) e isto tem efeito sobre o peso e a produção
de leite. Como consequência Moçambique deveria usar estratégias de produção de caprinos de
corte, como por exemplo suplementação alimentar com concentrados energéticos proteicos, ou
através da associação de pastagens com leguminosas.

Estas tecnologias podem ajudar a reduzir os efeitos negativos resultantes da sazonalidade das
forragens, reduzindo a idade de abate e os custos fixos. Para PERUCHENA, (1999) o uso de
suplementos proteicos em caprinos em pastagem natural é uma estratégia eficiente para reduzir
os desequilíbrios nutricionais, estimulando a conversão alimentar e proporcionando ganhos de
peso vivo.

A Leucaena é eficiente no aumento da produção de caprinos de corte nos trópicos, pois são
óptimas fontes de proteína e minerais. Esta afirmação é sustentada por ATANASIO A. (2012) ao
afirmar que para acrescentar 300 g no ganho de peso diário de animais com 200 kg de peso vivo
no verão, seria necessário de cerca de 150 g de proteína. De acordo com o mesmo autor esta
proteína pode ser absorvida do consumo de leguminosa (Leucaena, Mucuna e feijoeiros).

2.4. Desempenho da gado caprino alimentado com Leucaena leucocephala

SILVA (2001), diz que gramíneas forrageiras mais frequentemente utilizadas na formação de
pastagens nas regiões tropicais para a alimentação dos caprinos são espécies como Brachiaria
spp., Cynodon spp., Paspalum spp., Pennisetum spp., Chloris gayana, Cenchrus ciliaris,
Digitaria decumbens e Panicum maximum, mas podem ser associados a diversos arbustos e
10

árvores principalmente leguminosas. Ao testarem difersas espécies de forrageiras nas regiões


tropicais para a criação de caprinos, BIANCHINI et al. (1999) observou-se que Leucaena
leucocephala associado a Hemarthria altissima e C. dactilon mostraram viabilidade para a
alimentação dos caprinos. Ainda LOURENÇO & CARRIEL (1997), observaram ganho de 412
g/dia em animais alimentados por Brachiaria brizantha associado a Leucaena leucocephala,
mostrou que esta associação apresentou maiores ganhos que o consumo apenas de brachiaria
(337 g/dia). O ganho do peso final aumentou com a suplementação com leucaena durante o ano
todo, contudo, na época seca a suplementação na seca apresenta maiores resultados econômico,
dado que reduz ou custos. O desempenho de caprinos que foram observados por MACEDO et al.
(2000) foi de 116 g diarios, em pastagens de compostas por Panicum maximum associado com
Leucaena leucocephala sob lotação fixa de 20 animais/ha. Entretanto, mostraram que o potencial
da produção de carne de caprinos e ovinos em pastagens dominados por Panicum maximum e
Brachiaria spp é maior, quando associados com leguminosas. RIET-CORREA et al, (2004)
observaram resultados semenlhantes ao do MACEDO et al. (2000) quando este verifica taxas de
ganhos de peso diários de ovelhas mestiças a 240 g no início da primavera, quando mantidas em
pastagens de compostas por Paspalum notatum associados a Leucaena leucocephala.

Esta convergência do desempenho nos pastos dominados por Panicum maximum com pastos
dominados por Paspalum notatum deve-se a vários factores deste a qualidade nutricional,
quantidade disponível época de consumo e principalmente as proteínas fornecidas pela Leucaena
leucocephala.

A baixa digestibilidade da Leucaena, resultante do tanino e associado ao reduzido tempo de


retenção no rúmen, aumenta a passagem de grandes quantidades de proteína para o abomaso,
deste modo, contribuindo para o melhor desempenho animal e diminuindo a ocorrência de
timpanismo (MANELLA et al., 2003). Para POSSENTI et al. (2008) o consumo de 50% de
leucaena com 50% de qualquer gramínea de boa qualidade e palatibilidade proporciona melhor
nível de fermentação, produção de ácido propiônico e redução da emissão de metano em 12,3%.

O consumo de Leucaena na forma de banco de proteína pode contribuir para melhorar ganhos
diários por animal e por unidade de área. Para, VITTI et al. (2005), o consumo de Leucaena à
dieta do gado caprino aumenta a ingestão da matéria orgânica e activa o crescimento microbiano
(bactérias, fungos, protozoários etc). PÁDUA et al. (2006), concluíram que o consumo de 2
11

horas ao dia de pastos dominados por Leucaena contribuiu para a substituição de 2 kg de


alimento concentrado/vaca/dia durante todo ano, sem alterar a produção, as características do
leite e nem a variação do peso vivo dos bovinos. PARENTE et al. (2009) recomendou para
cordeiros com média de peso de 25 kg e sete meses de idade o consumo de feno de Leucaena
contendo 32% de massa seca. Pós, segundo o mesmo autor, reduzir os custos e promover maior
taxa de retorno económico. Ainda, CASTRO et al. (2006) estudou cordeiros com idade
aproximada de seis meses e peso vivo médio inicial de 20,5 kg, os resultados mostraram uma
médias de 123,08 g/na/dia de ganho de peso para animais alimentados com silagem de milho
associado Leucaena e 74,36 g/ano/dia para animais alimentados por silagem de sorgo associados
com Leucaena. Os resultados encontrados pelo autor anteriormente citado mostram que a
Leucaena apresenta também bons resultados quando associados com feno ou silagem.

CASTRO et al. (2006), avaliaram o desempenho de caprinos da raça Cashmire em pastagens


dominados por Panicum maximum e Cynodon spp associado a Leucaena leucocephala
observaram variações de acordo com a estação do ano, de Maio a Junho o crescimento tornou-se
estacionário e o peso atingiu um ganhos médio que rondam em 70-80 g/dia e a velocidade de
crescimento aumenta para 100-140 g/dia, no outono e primavera, respectivamente. Moreira et al.
(2008), mostraram que o feno de Leucaena apresentou 90,6% de massa seca, 12,47 % Proteína
bruta e 42,09% de FDN. Neste contesto, a Leucaena pode ser usada como uma excelente fonte
alimentar, nutricional e pode fazer parte da composição a ração dos caprinos.

De acordo com PAMO al. (2006) observa-se maiores ganhos de peso em cordeiros e caprinos
quando a disponibilidade de forragem é maior. Mas, BARRETO et all, (2010) em um estudo
realizado em pastagem dominada por P. maximum associado a Leucaena leucocephala
observaram que a taxa de bocado e o tempo de pastagem compensam a mudanças na massa do
bocado, mesmo quando as mudanças nas características da pastagem desfavorecem o consumo.
Contudo, o animal nem sempre consegue permanecer com os mesmos níveis de consumo e nem
com o valor nutritivo da forragem, podem resultar em decréscimo no peso do animal. Isso pode
ser demostrado ao se observar o desempenho animal a ser limitado pela disponibilidade de
forragem quanto a quantidade e qualidade da matéria verde seca (MVS), principalmente quando
é inferior a 900 kg/ha.
12

Os ganhos médios diários por animal situam-se entre 500 e 820 g e os ganhos de peso vivo por
hectare entre 300 e 600 kg em pastos dominados por Panicum maximum e Leucaena
leucocephala (EUCLIDES, 1998; e COSTA et al., 2009). De ressaltar que estudos semelhantes
realizados pela EMPRAPA - CNPGC, (2001) em pastagens dominadas por B. decumbens e B.
brizantha associado a Leucaena leucocephala apresentaram maiores ganhos de peso, em torno de
575 gramas/caprino/dia.
13

3. Considerações finais

O Leucaena leucocephala é uma forrageira excelente para um sistema produtivo sustentável e


económico de caprinos, desde que seja manejada racionalmente, considerando os aspectos
botânicos desta espécie, a fertilidade do solo pode-se alcançar boas produções por animal e por
área, aumentando a rentabilidade do empreendimento.

As médias observadas por diferentes pesquisadores em relação ao desempenho do peso massa


corporal de caprinos alimentados por Leucaena leucocephala permitem afirmar que esta espécie
pode ser uma alternativa de grande potencial para elevar a produtividade do gado caprino.

Para impulsionar o rendimento da Leucaena leucocephala e consequentemente maior


desempenho desta gramínea no peso do animal vivo, o corte da forrageira pode funcionar como
uma técnica de maneio de pastagem durante o período das chuvas, o que possibilitara o
aproveitamento do excedente de forragem produzida no período secos. Pois, o Leucaena
leucocephala é caracterizado pelas altas taxas de crescimento durante o período chuvoso,
consequentemente maior disponibilidade de alimento volumoso durante todo o ano.

A utilização de leguminosas forrageiras apresenta-se como uma excelente alternativa alimentar


proteica de baixo custo para as regiões tropicais, por serem plantas adaptadas e resistentes ao
clima da região e por apresentarem um alto valor forrageiro. No entanto são necessários mais
estudos para avaliação os impactos económicos destas forragens sobre os minerais, assim como
estudos usando outras de leguminosas alternativas adaptadas ou nativas na alimentação de
caprinos.

A Leucaena pode ser utilizada na alimentação do gado caprino em pastagem directo ou em


consorciação com gramínea, feno ou silagem. Devido à presença de mimosina é recomendada a
administração controlada, principalmente em pastagem directa.
14

4. Referencia Bibliograficas

ATANIASIO ATANASIA, Caderno de especificações de cabrito e de carne de cabrito de Tete.


UNCTAD, Maputo. 35 p, 2012.

ALMEIDA, A.P.M.G.; KOMMERS, G.D.; NOGUEIRA, A.P.A.; JÚNIOR, L. G.B.; PRADO,


B.M.F.; R.A.A. LEMOS. Avaliação do efeito tóxico de Leucaena leucocephala (Leg.
Mimosoideae) em ovinos. Pesq. Vet. Bras. v.26, p.190-194, 2006.

BARRETO, M.L.J.; LIMA JÚNIOR, D.M.; OLIVEIRA, J.P.F. et al. Utilização da leucena
(Leucaena leucocephala) na alimentação de ruminantes. Revista Verde, v.5, n.1, p.7-16, 2010.

BARROS, C.S.; DITTRICH, J.R.; ROCHA, C. et al. Comportamento de caprinos em pasto de


Brachiaria hibrida vc. Mulato. Revista da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia,
v.14, n.2, 2007.

BRÂNCIO, P.A.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; EUCLIDES, V.P.B.; FONSECA, D.M.;


ALMEIDA, R.G.; MACEDO, M.C.M.; BARBOSA, R.A. Avaliação de três cultivares de
Panicum maximum Jacq. sob pastejo: Composição da dieta, consumo de matéria seca e ganho de
peso animal. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n. 5. p.1037-1044, 2003.

BRATTI, L.F.S.; DITTRICH, J.R.; BARROS, C.S. et al. Comportamento ingestivo de caprinos
em pastagem de azevém e aveia-preta em cultivo puro e consorciado. Ciência Animal Brasileira,
v. 10, n. 2, p. 397-405, 2009.

BIANCHINI, D. et al. Viabilidade de doze capins tropicais para a criação de ovinos. Boletim da
Indústria Animal, v. 26, n. 2, p. 163-177, 1999.

CARNEIRO, M. S. S.; SOUZA, P. Z.; PEIXOTO, M. J. A.;SALES, R. DE O.; FEITOSA, J. V.


Efeito do consorcio de capim-elefante com leucena na produção de forragem. Revista Caatinga,
v.19, n. 1, p. 51-55,2006.

CARVALHO, S.; RODRIGUES M.T.; BRANCO, M.H. et al. Consumo de nutrientes, produção
e composição do leite de cabras da raça Alpina alimentadas com dietas contendo diferentes
teores de fibra. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.3, p.1154-1161, 2006.
15

CASTRO, K.J.; MORENO, G.M.B.; CAVALCANTE, M.A.B.; NEIVA, J.N.M.; CÂNDIDO,


M.J.D. CARNEIRO, H.A.V.; CIDRÃO, P.M.L. Consumo de nutrientes e desempenho produtivo
de ovinos alimentados com dietas orgânicas. Arch. Zootec. v.56 p. 203-214, 2007.

CAVALCANTI, M.C.; BATISTA, A.M.V.; GUIM, A. et al. Consumo e comportamento


ingestivo de caprinos e ovinos alimentados com palma gigante (Opuntia ficus-indica Mill) e
palma orelha-de-elefante (Opuntia sp.). Acta Scientarum Animal Science, Maringá, v. 30, n. 2, p.
173-179, 2008.

COSTA, R.G.; QUEIROGA, R.C.R.E.; PEREIRA, R.A.G. Influência do alimento na produção e


qualidade do leite de cabra. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.307-321, 2009.

EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte. Leguminosas: alternativa para


diversificação de pastagens. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, 8 p.(Comunicado Técnico/
Embrapa Gado de Corte, 69), 2001.

EUCLIDES, V.P.B.; EUCLIDES FILHO, K.; ARRUDA, Z.J. ET AL. Desempenho de novilhos
em pastagens de Brachiaria decumbens submetidos a diferentes regimes alimentares. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.27, n.2, p.246-254, 1998.

FERREIRA, M.A. et al. Estratégias na suplementação de vacas leiteiras no semiárido do Brasil.


Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, supl. especial, p.322-329, 2009.

GARCIA, F. M. et al. O uso de estilosantes Campo Grande em consórcio com braquiarinha


(Brachiaria decumbens). Revista Científica Eletrônica de Agronomia, v.7, n. 13, p.2850- 2862,
2008.

GUPTA, H.K.; ATREJA, P.P. Influence of feeding increasing levels of leucaena leaf meal on the
performance of milk goats and metabolism of mimosine and 3-hydroxy-4 (1H) pyridine. Animal
Feed Science and Technology, v.78, n.1, p.159-167, 1999.

INSTITTO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL, Projecto de Apoio ao Registo de uma


Indicação Geográfica Piloto em Moçambique, O Cabrito de Tete Fase 1 - Cadeia produtiva e
Tipicidade, 2017.
16

JINGURA, R.M.; SIBANDA, S.; HAMUDIKUWANDA, H. Yield and nutritive value of


tropical forage legumes grown in semi-arid parts of Zimbabwe. Tropical Grassland, v.35, n.1,
p.168-174, 2001.

LIMA, G. F. C.; AGUIAR, E. M.; VASCONCELOS, S. H. L. Produção e conservação de


forragens para caprinos e ovinos. In: Criação Familiar de caprinos e ovinos no Rio Grande do
Norte. NATAL: EMPARN, 2006. p.145-191.

LOURENÇO, A.J.; CARRIEL, J.M. Desempenho de bovinos nelore em pastagens de Brachiaria


brizantha associados à Leucaena leucocephala. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
Zootecnia, 34, 1997, juiz de fora, MG. Anais... Juiz de fora: Sociedade Brasileira de Zootecnia,
1997, v.2. p.345. 1997.

MACIEL SONIA, 2004. First Nacional report on the status of farm animal genetic resources in
Mozambique. Ministerio de Agricultura e desenvolvimento rural, Instituto de Produçao Animal,
2004.

MACEDO, F.A.F.; SIQUEIRA, E.R.; MARTINS, E.N. Análise econômica da produção de carne
de cordeiros sob dois sistemas de terminação: pastagem e confinamento. Ciência Rural, v. 30, n.
4, p. 677-680, 2000.

MANELLA, M. Q.; LOURENÇO, A. J.; LEME, P. R. Recria de bovinos nelore em pastos de


Brachiaria brizantha com suplementação protéica ou com acesso a banco de proteína de
Leucaena lecocephala: Características de fermentação ruminal. Revista Brasileira de Zootecnia,
v. 32, n. 4, jul./ago. 2003.

MERTENS, D.R. Análise da fibra e sua utilização na avaliação e formulação de rações. In:
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE RUMINANTES. REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 29., Lavras, 1992. Anais... Lavras: SBZ, 1992. p.188-219.

MOREIRA FILHO, M.A.; RODRIGUES, M.M.; OLIVEIRA, M.E. et al. Comportamento de


cabras sob pastejo em pastagem mista. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE
ZOOTECNIA, 10., 2008, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ZOOTEC, 2008. (CD-ROM).
17

MOURA, R. L.; NASCIMENTO, M.P.C.B.; RODRIGUES, M.M. et al. Razão folha/haste e


composição bromatológica da rebrota de estilosantes Campo Grande em cinco idades de corte.
Acta Scientiarum Animal Sciences, v.33, n. 3, p. 249-254, 2011.

PÁDUA, F.T.; ALMEIDA, J.C.C, SILVA, T.O. et al. Produção de matéria seca e composição
químico-bromatológica do feno de três leguminosas forrageiras tropicais em dois sistemas de
cultivo. Ciência Rural, v.36, n.4, p.1253-1257, 2006.

PALHANO, A. L.; CARVALHO, P. C.; DITTRICH, J. R. et al. Características do processo de


ingestão de forragem por novilhas holandesas em pastagens de capim Mombaça. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.36, n.4, p.1014-1021, 2007.

PAMO, E.T.; FONTEH, F.A.; TENDOKENG, F. et al. Influence of supplementary feeding with
multipurpose leguminous tree leaves on kid growth and milk production in the West African
dwarf goat. Small Ruminant Research, v.63, n.1, p.142-149, 2006.

PARENTE, H.N.; ZANINE, A.M.; SANTOS, E.M et al. Comportamento ingestivo de ovinos em
pastagem de tifton-85 (Cynodon ssp) na região nordeste do Brasil. Revista Ciência Agronômica,
v.38, n.2, p.210-215, 2007.

PEREIRA, G.M.E.; SOUZA, B.B.; SILVA, A.M.A. et al. Avaliação do comportamento


fisiológico de caprinos da raça saanen no semiárido paraibano. Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, v.6, n.1, p. 83-88, 2011.

PERUCHENA, C.A. Suplementación de bovinos para carne sobre pasturas tropicales, aspectos
nutricionales, productivos y economicos. In: Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 36.,
1999, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: SBZ/GMOSIS,[1999] 17PAR. CD-ROM. Palestras.

POSSENTI, R.A.; FRANZOLIN, R.; SCHAMMAS, E.A.; DEMARCHI, A.A.; FRIGHETTO,


R.T.S.; LIMA, M.A. Efeitos de dietas contendo Leucaena leucocephala e Saccharomyces
cerevisiae sobre a fermentação ruminal e a emissão de gás metano em bovinos. R. Bras. Zootec.,
v.37, n.8, p.1509-1516, 2008.

RAMOS, G.M.; ITALIANO,E.C.; NASCIMENTO,M. do S.C.B.; ARAÙJO NETO,R.B.de


Recomendações sobre o cultivo e uso da leucena na alimentação animal. Teresina, PI:
EMBRAPA- CPAMN, 2009.16p.(EMBRAPACPAMN. Circular Técnica, 16).
18

RIBEIRO, A.M.; OLIVEIRA, M.E.; SILVA, P.C. et al. Canopy characteristics, animal behavior
and forage intake by goats grazing on Tanzania-grass pasture with different heights. Acta
Scientiarum Animal Sciences, v. 34, n. 4, p. 371-378, 2012.

RIET-CORREA F.; VILAR T.F.M.; ARAÚJO J.A.S.; SANTOS J.C.A.; MEDEIROS R.M.
Intoxicação por Leucaena leucocephala em ovinos na Paraíba. Pes. Vet. Bras. V. 24p. 52, 2004.

SILVA SOBRINHO, A.G. Produção de cordeiros em pastagens. In: SIMPÓSIO MINEIRO DE


OVINOCULTURA. Produção de carne no contexto atual, 2001, Lavras. Anais... Lavras:Editora
UFLA, p. 63-97, 2001.

VELOSO, C.M.; RODRIGUES, N.M. GLEISON, G.P.C. et al. Degradabilidade ruminal da


matéria seca e da proteína bruta de folhas e folíolos de forrageiras tropicais. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.35, n.2, p.613-617, 2006.

VITTI, D.M.S.S.; ABDALLA, A.L.; BUENO, I.C.S. et al. Do all tannins have similar nutritional
effects? A comparison of three Brazilian fodder legumes. Animal Feed Science and Technology,
v.119, p.345-361, 2005.

Você também pode gostar