XI Colóquio Técnico Científico de Saúde Única,

Ciências Agrárias e Meio Ambiente

PRÁTICAS EM MANEJO ALIMENTAR NA EQUINOCULTURA COM ÊNFASE EM COMEDOUROS

AUTOMÁTICOS
Fernanda Mota Vieira1*, Luísa Rabello de Almeida2, Maria Vitória Oliveira Amorim3 e Tássia Gabrielly Morais dos Santos4.
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Discente no Curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH – Belo Horizonte/MG – Brasil – *Contato: fernandamota004@gmail.com
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Discente no Curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH – Belo Horizonte/MG – Brasil
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Discente no Curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH – Belo Horizonte/MG – Brasil
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Discente no Curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH – Belo Horizonte/MG – Brasil
INTRODUÇÃO
Na contemporaneidade a equinocultura vem progredindo em busca de
novas tecnologias, estas que proporcionam a melhoria dos processos
produtivos, em especial a alimentação, um dos pilares mais relevantes na
criação dos equinos. Sendo assim este avanço traz como consequência
diversos fatores benéficos como bem-estar animal, prevenção de
patologias e consequentemente redução de gastos por parte dos criadores.
A fisiologia natural do cavalo abordo do sistema gastrointestinal (TGI)
possui peculiaridades anatômicas, como a morfologia do estômago que
detém de baixa capacidade volumétrica, no qual a cárdia apresenta
musculatura desenvolvida3. Existem áreas de diminuição do lúmen que
favorecem o acúmulo de alimentos8 como os concentrados, desta forma
existe relação direta ao comportamento normal do cavalo que consiste em
sua dieta pequenas refeições várias vezes ao dia em pequenas
quantidades, logo o balanceamento dos alimentos e como os mesmos são
ofertados possui importância para a expressão dos comportamentos
naturais do TGI do equino. Em prol de eficiência na produção de energia
adquirimos o uso de concentrados que dispõem de compostos de grãos,
ou carboidratos não estruturais como amido e açúcares, que são digeridos
no intestino delgado, mas o seu excesso pode resultar em complicações
metabólicas como endotoxemia, cólicas e laminites.
Portanto em meio as dificuldades deste manejo específico, foram criados
os comedouros automáticos que se apresentam como estratégia
promissora, os mesmos são utilizados para o fracionamento de porções de
concentrado, evitando desperdícios e promovendo a economia, além de
evitar distúrbios nutricionais.
O presente estudo tem como principal objetivo correlacionar e analisar o
uso de comedouros automáticos com a alimentação de concentrado,
visando inúmeros benefícios tanto para os criadores quanto para os
animais.
METODOLOGIA
Para realização deste resumo de tema, foram utilizados livros, plataformas,
manuais, sites e teses argumentativas encontradas no google acadêmico.
RESUMO DE TEMA
O estômago dos equinos é morfologicamente reduzido em comparação a
outras partes do aparelho digestivo. Sua capacidade de ingestão é
bastante regulada, forçando o animal a se alimentar em pequenas
porções, por muito tempo, ao longo do dia2. A taxa de passagem neste
órgão varia de 1 a 5 horas, ocorrendo em pequenas quantidades 6.
Em busca do cuidado voltado para o manejo nutricional animal mais
criterioso, foram criados os comedouros automáticos individualizados
que se mostram eficazes e práticos em rotinas de pequenos, médios e
grandes criatórios de equídeos. Estes equipamentos são encontrados no
setor comercial apresentando diversos modelos, desde os mais
convencionais que possuem de modo geral um mecanismo dosador de
ração, um motor, um bocal de saída, um temporizador digital, uma fonte
de alimentação, uma bombona em litros com o volume a critério do
proprietário, além de acessórios todas as dimensões dos acessórios acima,
são feitas mediante necessidade que o criador deseja, até os mais
modernos, sendo que os mais tecnológicos, possuem uso de placas
solares que são pensados para locais onde não há o acesso da energia
elétrica1.Engloba em modelos de comedouros, além dos citados acima os
que detém de rede wi-fi que são desenvolvidos para o acionamento do
mecanismo de ração através de aplicativo remoto a qualquer hora e lugar.
É necessário, conectar o kit timer a rede sem fio, seja ela sítio, casa ou
fazenda1.Existe a possibilidade de sincronizar a câmera para o
monitoramento integral observando como está a alimentação do equídeo.
O acompanhamento do cavalo pode levar a diversas informações, como
qual tempo ele gasta para consumir o alimento, como o animal está
ingerindo o concentrado, ou seja, visa apontar melhorias e erros entre
outros fatores, tudo isso objetivando um maior aproveitamento de energia
e maior acertabilidade. A função do comedouro consiste na
distribuição de ração cem por cento, para o uso de concentrados, ou seja,
podem ser a base de pó, fareladas, granulados e peletizadas.
A ração é liberada em segundos de forma fracionada com a programação
preestabelecida, podendo ser divididas em diversos tratos ao longo do
dia. Vale ressaltar que o planejamento é feito de acordo com as
particularidades de cada propriedade.
O principal motivo para o uso de comedouros automáticos individuais,
são basicamente focados em um manejo alimentar fracionado, em
horários fixos e de forma lenta, no qual se aproxima da alimentação do
cavalo, que é um animal rotineiro4, considerando como característica em
seu comportamento natural uma dieta também realizada em pequenas
quantidades onde assim, expressa seu desempenho fisiológico. Ademais,
demonstram vantagens em relação ao comedouro tradicional que não
possuem regulagem de horários sem o auxílio da mão de obra humana,
nem mesmo dosagem balanceada e armazenamento adequado, os
mesmos cuidados que são essenciais e previnem o acesso de vetores que
prolongam a durabilidade e qualidade da ração, um dos fatores mais
preponderantes para a redução significativa de patologias ligadas a
síndromes metabólicas como a cólica que causam grandes perdas
econômicas aos criadores e que estão intimamente ligadas ao consumo
excessivo de grãos5 juntamente ligados a animais que passam muito
tempo confinados e que podem manifestar cólicas por compactações que
muitas vezes se não solucionados clinicamente, precisam ser
encaminhadas para a ala cirúrgica que ocasiona um desequilíbrio no bem-
estar do equino. Além disso temos também as famigeradas
endotoxemias7 que decorrem subsequentemente às desordens
gastrintestinais, como a pododermatite asséptica ou popularmente
conhecida como laminites, que é uma doença locomotora caracterizada
pela inflamação aguda ou crônica das lâminas do casco. Ademais, ela
pode causar danos anatômicos, funcionais e debilidade nos animais
acometidos e os que se não tratados rapidamente podem levar a casos
severos de até mesmo eutanásia.
Figura 1: Comedouro automático usado para alimentação fracionada na
equinocultura. (Fonte: https://www.reidosalimentadores.com.br).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, diante do exposto, concluímos que devemos nos atentar as
importâncias do manejo alimentar adquirindo cuidados específicos, no
qual inclui benefícios para ambos, criador e animal. Introduzindo nos
criatórios os comedouros automáticos, pois os mesmos, proporcionam
melhores resultados para a espécie equina, trazendo vantagens no manejo
sem acarretar estresse levando a uma maior praticidade, controle no
fracionamento em pequenas porções, durabilidade, qualidade de
armazenamento da ração e menor gasto de energia, assim incentivando
uma rotina adequada e consequentemente o bem-estar animal. Com isso,
é notório a existência do lucro para os produtores, pois leva a redução da
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mão de obra, limitação da ocorrência de patogenias, diminuição de erros
na administração alimentar, levando então ao melhoramento da vida
animal e como resultado, menos gastos envolvidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALIMENTADORES, Rei. Alimentador automático com
bombona. [S. l.], 2023. Disponível em:
https://www.reidosalimentadores.com.br/produtos/alimentador-
automatico-com-bombona-recondicionada-de-30l/. Acesso em:
10 abr. 2023.
2. ANDRADE, José Luiz et al. Equideocultura: manejo e
alimentação: Conheça o aparelho digestivo. [S. l.]: Serviço
nacional de aprendizagem rural-SENAR, 2018. 124 p. v. 185.
3. FEITOSA, Francisco. Semiologia Veterinária: A arte do
diagnóstico. 4. ed. São Paulo: Roca, 2020. 704 p.
4. LEME, Denise et al. Manual de boas práticas de manejo em
equideocultura. 1. ed. [S. l.: s. n.], 2017. 50 p.
5. LEWIS, Lond D. et al. Nutrição Clínica Equina Alimentação E
Cuidados. 1. ed. [S. l.: s. n.], 2000. 710 p.
6. MEYER, Helmut. Alimentação de cavalos. 2. ed. São Paulo:
Varela, 1995. 303 p.
7. PEIRÓ, Juliana et al. Endotoxemia em equinos. CRMV-SP, p.
1-11, 2002.
8. KLEIN, Bradley. Cunningham: Tratado de Fisiologia
Veterinária. 4. ed. [S. l.]: Guanabara Koogan, 2008. 328 p.