Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Licenciatura em Agropecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Yassine Aly Horário Zoona
(Licenciatura em Agropecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
CAPÍTULO I: Introdução...................................................................................................4
1.1. Objectivos.....................................................................................................................4
1.1.1. Geral.......................................................................................................................4
1.1.2. Especificos...........................................................................................................4
1.2. Metodologia..................................................................................................................4
2.1.Valor nutritivo...............................................................................................................5
3.2. Lípidios.......................................................................................................................16
3.3.Energia.........................................................................................................................17
4.2. Matérias-primas..........................................................................................................24
5. Conclusão......................................................................................................................30
6. Referências Bibliográficas............................................................................................31
4
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Especificos
1.2. Metodologia
2.1.Valor nutritivo
Para Bertechini (2012), os animais domésticos são alimentados sob regimes que lhes
tragam máxima produtividade. Atendem-se os requisitos de energia e proteína e as
deficiências minerais são supridas por suplementação. Para animais silvestres e animais
domésticos em livre pastejo os requisitos necessários para a sobrevivência, crescimento e
reprodução devem ser entendidos mais profundamente.
2.2. A digestibilidade
É muito mais avaliada que a eficiência ou o consumo, sendo que o consumo e a eficiência
são mais responsáveis pela resposta animal total. Acontece que a eficiência e o consumo
oferecem muitas variações entre os animais e assim, o estabelecimento dos valores
alimentares relativos para estes componentes é mais difícil que para a digestibilidade.
Assume-se que a eficiência e o consumo relacionam-se com a digestibilidade. Isto,
entretanto, nem sempre é verdade, (Peixoto, 1993).
2.3.Conversão Alimentar
Consumo de Alimento
CA=
Ganho de Peso
7
2.4.Eficiência Alimentar
O consumo ad libitum como um fator de qualidade alimentar é o principal fator que afeta a
resposta animal, particularmente a eficiência. As medidas de consumo variam em função da
variabilidade animal (espécie animal, status nutricional, categoria animal, demanda
energética, idade, sexo), palatabilidade e seleção da forragem,(Ribeiro,2001).
2.5.1.Palatabilidade
Entende-se que a palatabilidade é a escolha livre do animal por um alimento dentre outros
que foram oferecidos no cocho ou em piquetes divididos em parcelas experimentais de
pastejo de forragens teste. Estes tipos de ensaios são conhecidos como ensaios de cafeteria.
O consumo dos alimentos é individualmente anotado e a classificação da preferência é
baseada nos consumos comparados dos respectivos alimentos,(Ribeiro,2001)..
Ribeiro & Queiroz (2001), subtrair a urina e as perdas de metano da energia digestível total
é a maneira clássica de calcular a energia metabolizável. A partir desta subtração temos a
substância metabolizável e a energia disponível para o animal. A energia metabolizável
(quantidade de nutrientes metabolizáveis expressos como energia) é a mais importante
fonte de avaliação dos alimentos e de expressão de requisitos de monogástricos.
8
No caso dos ruminantes ocorrem alguns problemas nesta determinação em função das
perdas calóricos características destes animais. As perdas microbianas compreendem os
alimentos não digeridos e a matéria microbiana e endógena. As perdas metabólicas fecais
compreendem as substâncias endógenas e microbianas; as perdas com metano são
inteiramente de origem microbiana, primariamente derivada de substâncias alimentares. As
perdas urinas são originadas de compostos endógenos. Fezes e urina não representam uma
significativa divisão das perdas endógenas, (Queiroz,2006).
Para o criador aumentar a produção do seu rebanho basicamente há duas saídas: aumentar
as despesas ou melhorar a eficiência. Embora muitas vezes estes dois fatores caminhem
juntos, é possível obter eficiência trabalhando sobre as seguintes áreas, genética manejo e
nutrição. Como vimos anteriormente a nutrição é um dos pilares que sustenta a produção de
ruminantes. Desta forma, o conhecimento profundo de nutrição animal é fundamental para
o aumento da produtividade na criação de animal,(Zanotto,2011).
2.6.1. Nutrição
Para Zanotto (2011), nutrição é a utilização adequada dos principais nutrientes, por parte do
organismo, para satisfação das necessidades nutricionais dos animais.
2.6.2. Nutrientes
2.6.3. Alimento
2.6.4. Dieta
Entende-se por dieta ou ração a mistura de alimentos que é fornecida aos animais. O termo
dieta ou ração, no caso dos ruminantes não deve ser confundido com concentrado. RAÇÃO
é todo o alimento que o animal ingere num período de 24horas. DIETA indica os
componentes de uma ração, ou seja, é o ingrediente alimentar ou mistura de ingredientes,
incluindo a água, a qual é ingerida pelos animais,(Fracalossi,2013).
2.6.5. Ingredientes
% M.O. = % de MS - % de Cinzas.
Com exceção de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que se unem para formar
moléculas orgânicas, os elementos restantes que compõem as células vivas são elementos
minerais.
2.8. Cinzas
2.9.1. Proteína
Especificidade
As proteínas de origem vegetal diferem entre si e diferem das de origem animal. Cada
espécie animal tem suas proteínas específicas e seus órgãos, tecidos e fluídos encerram
proteínas diferentes. Não há duas proteínas que sejam iguais em sua ação fisiológica.
São formados de Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N). Muitas
encerram no Enxofre (S); algumas em Ferro (Fe) e Fósforo (P). Podem apresentar, também
Cobre (Cu), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) (Pigurina, et al., 1991)
O valor biológico de uma proteína é a percentagem dela que é utilizada pelo organismo
animal, relativamente a quantidade absorvida, ou seja:
Nfixado
VB= x 100 Nabsorvido
Nabsorvido
O valor biológico das proteínas, segundo este método, é determinado pela seguinte fórmula:
VB-Valor Biológico %
Ni - Nitrogênio do alimento
Nf - Nitrogênio das fezes
Nm -Nitrogênio metabólico fecal, eliminado nas fezes em regime isento de N.
Nu - Nitrogênio da urina.
13
As proteínas das dietas dos animais ruminantes contêm nitrogênio sob duas formas:
nitrogênio protéico (proteína verdadeira) que se constitui de cadeias longas de aminoácidos
unidas por ligações peptídicas, e nitrogênio não protéico que compreende a uréia, ácidos
nucléicos, nitratos, nitritos sais de amônia, aminoácidos e outros. A proteína verdadeira
consumida pelo animal pode ser metabolizada no rúmen segundo dois caminhos diferentes:
Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 (dióxido
de carbono ou gás carbônico) pela enzima uréase, produzido pelas bactérias. O mesmo
processo de transformação ocorre quando o animal ingere uma fonte de proteína
verdadeira, proveniente do capim ou farelo de algodão, por exemplo. A amônia presente no
rúmen (pH 5,5 a 7), resultante da uréia ou de uma fonte protéica, é utilizada pelos
microorganismos (ureolíticas e proteolíticos) para síntese sua própria proteína. A proteína
assim formada é chamada de proteína bacteriana. À medida que adigestão ruminal progride,
14
todo o alimento ingerido pelo animal, juntamente com as bactérias e seus produtos,
continua a avançar pelo trato digestivo. Quando o bolo alimentar alcança o abomaso, que
possui acidez (pH 2 a 3) e é considerado o estomago verdadeiro do ruminante, as bactérias
são destruídas e o seu conteúdo é liberado( Gurtler, 1987).
Segundo Butolo (2002), carboidrato são os nutrientes que fornecem energia e calor ao
organismo, formados por carbono, hidrogênio, e oxigênio. Dependendo de como os
elementos químicos estão ligados entre si, temos:
Compostos simples
Açucares e o amido maior valor alimentício, devido a fácil digestãoEx: milho, tanto grão
como silagem; a batata doce; a cana ; a mandioca.
Complexos
Açucares simples
3.1. Lignina
Fornece energia para todas as atividades físicas: andar mastigar, digerir, respirar e
outras.
Manter a temperatura corporal
Formar gordura corporal
Formar graxa e açucares do leite
Manutenção da vida do feto.
16
3.2. Lípidios
São substâncias insolúveis em água mas solúveis em éter, clorofôrmio, benzeno e outros
solventes orgânicos chamados extratores. Na análise bromatologica é denominado de
Extrato Etéreo, constitui boa fonte de calor e energia(Butolo, 2002).
3.2.1. Funções
CHO- 4Kcal
Gordura- 9kcal
Proteína -4Kcal;
Isolamento térmico(toucinho)
Fonte de AG essenciais (lonolênico, linoleico, aracdônio)
Precursor da vitaminas D2 e D3
Produz água metabólica
Auxilia na absorção de certas vitaminas
São necessárias para o crescimento e fazem parte da cobertura protetora do
corpo(Lã).
Tornam a carne + macia e + apetecível
3.3.Energia
Energia Bruta
↓ Fezes
Energia Digestível
Energia Metabolizável
Energia bruta(EB)
É a energia desprendida da queima total dos alimentos. É assim denominada porque não há
qualquer indicação de quanto o animal pode aproveitar.
Energia Digestível(ED)
ED = EBingerida - EBfezes
As fezes são compostos pela porção não digerível e não absorvível do alimento, mais
microorganismos e descamações, enzimas e muco do trato gastrointestinal.
É a energia digestível menos a energia perdida na urina e nos gases produzidos no trato
gastrointestinal e que são liberados para o exterior.
Para as aves usa-se somente EM porque não consegue-se separar a urina das fezes.
Ë a energia efetivamente utilizada pelo organismo, seja para se manter, seja para produção.
É a energia metabolizável menos o Incremento Calórico (IC).
EL = EM - IC
IC
Os AGV são absorvidos pelas paredes do rúmen e passam à corrente sangüínea nas formas
de ácido acético, que irá formar as gorduras do leite e do corpo; ácido propiônico, que irá
formar a lactose (açúcar do leite) e a glicose sangüínea; e o ácido butírico. Em reduzidas
quantidades são formados açucares, a partir de celulose. Alimentos equilibrados e de boa
digestibilidade, gramíneas e leguminosas no ponto ótimo de consumo, normalmente
produzem as seguintes percentagens de AGV (Teixeira,1989).
O volume dos alimentos indica, a princípio, a forma em que se pode agrupa-los com a
finalidade de estabelecer uma classificação. Assim, temos alimentos de alta concentração
de nutrientes, os concentrados, e os que possuem baixa concentração, os não concentrados
ou volumosos. Geralmente, as rações são compostas dos dois grupos. Algumas vezes,
usamse somente os volumosos, entretanto, nunca se usam exclusivamente concentrados na
20
alimentação dos ruminantes. A seguir mostra uma classificação baseada nos teores de
umidade e fibra dos alimentos (Andrigueto, 2002).
3.6.1. Volumosos
Os alimentos não concentrados ou volumosos são aqueles que contêm mais de 18% de fibra
bruta na MS. Constituem a maior parte da ração, fornece nutrientes e desempenham papel
especial no metabolismo ruminal. A vacas leiteiras em produção necessitam, no mínimo de
17% de fibra na MS para que seja produzido um teor de gordura normal no leite, cuja fonte
principal é a fibra celulósica dos alimentos volumosos. Volumosos Secos Volumosos
Aguosos(Andrigueto, 2002).
3.6.2. Concentrados
São os concentrados com 16% ou menos de proteínas, representados pelos grãos de cereais
e seus subprodutos. O teor de fibra é variável, sempre menor que 18%. O teor de matéria
gordurosa varia bastante, conforme o grão utilizado ou subproduto deste. Farelo de arroz
desengordurado Grão triturado de milho Farelo de trigo Grão triturado de sorgo Grãos de
aveia Concentrado protéico Concentrados protéicos Compreende os farelos e farinhas de
cereais (com 20 a 30% de proteínas) e os farelos de oleaginosas (com 30 a 50% de
proteínas), que são os de origem vegetal. Os de origem animal contém de 34 a 82% de
proteínas(Andrigueto, 2002).
Os concentrados protéicos de origem vegetal são os mais usados para alimentação do gado.
Em geral, são usados os subprodutos das agroindústrias de extração de óleo comestível,
como as tortas e farelos de soja, amendoim, girassol, algodão e outros. São fontes de
proteína com teores de 30 a50%.
21
3.7.1. Milho
3.7.3. Mandioca
Suplemento protéico padrão e com o qual são comparadas outras fontes de proteínas
(qualidade e custo) e é mais usado em virtude de sua composição de aminoácidos.
3.9.1. Melaço
3.9.2. Cevada
Possui de 6-7% de PB, 13-14% de FB, 73-76% NDT e cerca de 90% de valor
energético do milho;
Baixo em P e alto em Ca devido certos compostos usado durante o processamento;
Fator antinutricional: fonte de cal podem apresentar dioxina, substância cancerígina
transmitida ao homem pela carne e leite;
Normalmente é limitado a 20 a 25% da dieta total ou uso até 2kg/na/dia
4.1. Nutrientes
Em suínos, há uma relação direta entre o consumo de água diário e peso vivo, onde suínos
com 75kg em média podem apresentar perda de 1L de vapor d’água/dia, sendo um
requerimento maior apresentado por suínos lactantes e em crescimento.
4.2. Matérias-primas
O farelo de soja é a fonte proteica de origem vegetal mais utilizada em rações para não-
ruminantes, apresentando teor de proteína variando entre 37 a 48%, com um importante
completo perfil de aminoácidos(Couto, 2001).
25
É uma das principais fontes proteicas de origem animal utilizada na fabricação de rações,
sendo um subproduto de graxarias e frigoríficos, obtido a partir de ossos e resíduos de
tecidos animais. Dependendo da forma de processamento possui teor de proteína bruta
variando de 40 a 50%, ótima fonte de minerais com nível de fósforo superior a 3,6% na
matéria e rica em aminoácidos essenciais. Na sua composição a relação cálcio/fósforo não
deve ultrapassar 2:1, uma vez que uma relação superior a esta pressupõem matéria-prima
adulterada(Teixeira, 1989).
A farinha de peixe é uma fonte de proteína, com valor oscilando entre 58 a 65%, com
grande disponibilidade de aminoácidos essenciais (metionina e lisina) e boa composição de
Recomenda-se utilizar até 5% de farinha de peixe nas rações para aves e suínos, em virtude
de níveis superiores transferirem o gosto e o cheiro para carne e ovos, respectivamente
minerais(Valverde, 2001).
estômago mecânico (moela) que tritura o alimento. A saliva dos suínos contém amílase
salivar (ptialina) que inicia o desdobramento do amido dietético (Bertechini, 2012).
O bolo alimentar nas aves passa por uma digestão mecânica, através do estômago muscular
ou moela, antes de seguir a digestão intestinal. A moela é composta de potentes músculos
que desintegram as partículas do alimento, preparando o bolo alimentar para a digestão
intestinal.
O intestino grosso, compreendido pelo, ceco, cólon e reto tem como função primária a
excreção dos resíduos alimentares não aproveitados no intestino delgado. No entanto, é
neste compartimento que ocorre uma grande absorção de água e eletrólitos e também a
fermentação dos resíduos não aproveitados no intestino delgado.
Os leitões recém nascidos são incapazes de utilizar certos carboidratos dietéticos devido a
insuficiente atividade enzimática das enzimas. Somente a lactose é bem aproveitada no
início da vida extra uterina do leitão devido a presença da lactase, enzima que desdobra a
lactose em glicose e galactose. A atividade de outras carboidrases (maltase, sacarase e
amilase) vão sendo desenvolvidas com a idade do leitão sendo que a partir de 21 dias,
ocorre o aproveitamento eficiente de maltose, sacarose e amido dietéticos(Valverde, 2001).
Fêmeas suínas no estágio de gestação, por exemplo, devem receber uma alimentação mais
fibrosa do que os animais em engorda. Algumas pesquisas evidenciam a necessidade de um
nível entre 5 e 7% de fibra bruta na ração de fêmeas em gestação, evitando que engordem
em demasia e prejudicando a reprodução destes animais(Valverde, 2001).
Os níveis de fibra bruta que poderiam ser utilizados pelos suínos dependem de uma série de
fatores como:
Rações à base de milho e farelo de soja proporcionam nível de fibra bruta em torno de 3%.
Os suínos, a partir de 30 kg de peso vivo, possuem intestino grosso desenvolvido com boa
capacidade de digestão da fibra da ração(Valverde, 2001).
29
Formulase uma ração, com o objetivo de atender todas as exigências nutritivas, bem como
as exigências do produto final. De uma maneira geral, deve-se seguir principalmente os
seguintes passos para formular uma ração:
5. Conclusão
Conclui-se que o valor nutritivo dos alimentos é determinado por dois fatores: a proporção
de parede celular vegetal e o grau de lignificação. A proporção de conteúdo celular
determina a quantidade de nutrientes completamente disponíveis presentes nos alimentos.
Existe uma ampla variação de alimentos entre os ruminantes e não ruminantes
representando diferentes adaptações dietéticas.
Não ruminantes Os herbívoros não ruminantes são menos hábeis para digerir alimentos
fibrosos do que os ruminantes, isto porque os ruminantes utlizam as fibras como fonte de
energia a partir da fermentação intestinal.
31
6. Referências Bibliográficas
GURTLER, H. et al. Kolb: fisiologia veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1987. 613p.
VALVERDE, C.C. 250 maneiras de preparar rações balanceadas para frango de corte.
Coordenação editorial Emerson de Assis Vieira. Viçosa: UFV, 2001. 261p.