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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

MATO GROSSO - CAMPUS AVANÇADO GUARANTÃ DO NORTE

TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO NÍVEL MÉDIO

MARIANA GALVANO MUNIZ


WALTER JACOBINA RIBEIRO DA GAMA

NUTRIÇÃO E SAÚDE DO CAVALO ATLETA

Guarantã do Norte
2021
MARIANA GALVANO MUNIZ
WALTER JACOBINA RIBEIRO DA GAMA

NUTRIÇÃO E SAÚDE DO CAVALO ATLETA

Trabalho acadêmico, apresentado ao IFMT -


Instituto Federal de Mato Grosso - Campus
Avançado Guarantã do Norte, como parte das
exigências para a obtenção de nota na matéria
de zootecnia III.

Docente: Profª MSc. Carolina Rodrigues

Guarantã do Norte
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. DESENVOLVIMENTO 5
2.1. Sistema digestório dos equinos 5
2.2. Nutrição do potro 5
2.3. Nutrição de cavalos 6
2.3.1. Lipídeos na dieta 6
2.3.2. Proteínas na dieta 7
2.3.3. Carboidratos na dieta 7
2.3.4. Eletrólitos 7
2.3.5. Água 8
2.3.6. Nutrição no dia da competição 8
3. CONCLUSÃO 9
4. REFERÊNCIAS 10
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1. INTRODUÇÃO

Os cavalos foram domesticados a muito tempo pelo seres humanos e juntos vem
evoluindo com o tempo, eles a muito tempo exercem funções diferentes dos outros animais
domesticados, e essas diferenças faz com que eles sejam colocados em outro patamar
causando uma separação de um mero animal de trabalho para uma espécie mais apreciada,
isso é mostrado pelo eventos e até mesmo pela ezoognósia onde eles são avaliados sobre o seu
aspectos físicos de beleza.

Os Cavalos atletas são animais de raças específicas destinados para uso em provas,
concursos, entre outros eventos que os destacam de animais utilizados em propriedades rurais,
por isso os manejos que precisa ser ofertado para esses animais, desde o terço final da
gestação até o seu últimos dias de atleta, são diferentes em aspectos específicos, que se afunila
mais ainda quando se olha para equinos destinados para um só uma função como hipismo por
exemplo.

Nesses aspectos a nutrição dos animais se torna essencial, além da raça e do controle
profilático que deve ocorrer sempre, a nutrição é um fator que se adapta junto ao que o animal
irá realizar impactando no seu desempenho, para isso a dieta dos equinos é acompanhada de
perto e sofre mudanças constantes baseadas na aceitação, nos valores nutricionais e nas
necessidades. Para isso o estudo e pesquisas feitas nesse trabalho sucinto serve como
ilustração de como a nutrição é importante e o que ela pode exercer na dieta dos animais.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Sistema digestório dos equinos

O sistema digestório é responsável por, receber, prensar, degradas ou reduzir


mecanicamente, digestibilidade química e a absorção dos nutrientes e dos líquidos e a
excreção de resíduos que não foram absorvidos pelo mesmo. As células envolvidas nesse
sistema podem vir a ter funções hormonais, o sistema digestório tem a extensão alimentar que
vai da boca até o ânus, contando também com glândulas anexas, fígado, pâncreas e glândulas
salivares, onde a digestão das mesmas são absorvidas pelo canal alimentar.

O cavalo é um animal não ruminante, o estômago de um adulto ocupa 10% do trato


gastrointestinal e é pequeno. A sua arcada dentária não tem uma boa recepção de alimentos
ásperos, a cavidade oral tem como objetivo de obter e mastigar os alimentos. O intestino
delgado de um cavalo de 450 kg mede o equivalente de 21 a 25 metros de comprimento,
sendo considerado curto. As funções do intestino delgado são digestão e absorção, sendo a
digestão a redução enzimática dos nutrientes absorvidos.

2.2. Nutrição do potro

A nutrição do potro começa na gestação da mãe até o desmame. Com relação ao


desenvolvimentos dos potros há variações de acordo com a raça, individuo e sexo, mas
idependente da raça o potencial de desenvolvimento é alto. A formação de um cavalo atleta
começa já no terço final de sua gestação, porque ali acontece 70% do seu crescimento e
desenvolvimento, antes do nascimento a única forma de alimentar o potro é através da mãe,
ou seja, os cuidados devem ser logo na sua gestação.

A nutrição do animal se prolonga após o desmame, e é uma das fases mais estressante,
o sistema imune do potro se desenvolve lentamente entre 3 a 6 meses de idade, porém a
capacidade de ingerir fibras não é afetada pelo desmame. Na fase de lactação,deve-se tomar
muito cuidado com alimentação extra com concentrados ou até mesmo outros suplementos
para o potro, pois, em excesso, predispõe à doenças ortopédicas.

A partir do desmame, o potro deve ter uma alimentação diferenciada e exclusiva para
sua idade, pois nessa fase o seu crescimento é muito rápido. A dieta do animal deve se basear
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em volumosos de alta qualidade, complementada com 0,5 a 0,8 kg, de ração concentrada por
100kg de peso, ou 2,5 kg a 4,0 kg de ração para uma égua de 500 kg de peso vivo. Assim,
tomando todos esses cuidados, permitirá ao potro um ótimo desenvolvimento e crescimento o
que refletirá em um adulto de qualidade.

2.3. Nutrição de cavalos

Os animais atletas são diferentes em vários âmbitos da criação quando comparados


com animais utilizados em outras funções, seja ela pastorear o rebanho, transporte, entre
outras funções, e uma diferenciação clara é a ração fornecida durante o processo de criação e
desenvolvimento do animal que deve ser acompanhada de perto pelo criador para sempre
manter o potencial que ele pode expressar em seu todo.

A nutrição dos cavalos atletas é feita baseada no perfil da atividade que ele vai
exercer, apartação, bulldogging, conformação, dentre outras provas , sendo assim é preciso a
coleta de dados sobre o animal e suas necessidades gerando uma tabela base para assim
iniciar-se o manejo da dieta.

Mas em geral a principal diferença encontrada na alimentação dos animais atletas é a


presença de altas fontes energéticas e proteicas que eles necessitam. Para o desenvolvimento e
melhores desempenhos dos cavalos atletas é preciso uma maior quantidade de energia em sua
ração. (CEOLA, 2017)

2.3.1. Lipídeos na dieta


Os lipídios são vistos como partículas de gorduras, insolúveis em água e altamente
calórico e energéticos, de acordo com Duren (2000), com as características energéticas que
ele apresenta implementar os lipídios na dieta dos animais em crescimento e atletas se torna
muito benéfica. No organismo de seres vivos os lipídios e ou ácidos graxos são a segunda
fonte de energia que os organismos usam para se manter, além de ser muito mais energética
que carboidratos, cerca de 2,25 vezes a mais. Evans (2000) descreve que a oxidação dos
ácidos graxos insaturados pode contribuir para a resistência do animal proporcionando mais
energia até que apresente fadiga.
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2.3.2. Proteínas na dieta


As proteínas são um dos macronutrientes necessários na dieta de todo cavalo, porém
em animais atletas o uso é numericamente menor que animais em crescimento ou em lactação.
A quantidade de proteína fornecida em uma ração varia conforme as exigências nutricionais e
também da quantidade energética que o animal vai precisar, mas em geral não vai passar de
14% o teor proteico, assim a proteína vai como complemento da ração através de um
concentrado ou outras fontes.

2.3.3. Carboidratos na dieta


A ingestão de grãos é uma parte da dieta dos equinos que não era comum até sua
domesticação, com isso a implantação dos concentrados começou a fazer parte do cotidiano
dos animais. Os animais atletas possuem uma maior necessidade energética,
consequentemente, eles precisam de maiores quantidade de carboidratos, porém a quantidade
de volumosos que será proporcionado junto ao concentrado é o limitante para o animal
fazendo-o obrigatório para o balanceamento e a absorção de todos os nutrientes disponíveis.

Os carboidratos são uma das principais fontes na ração, por isso a qualidade e a
divisão entre os diversos tipos de carboidratos é necessário para evitar problemas no trato
intestinal do animal.

2.3.4. Eletrólitos
O mecanismo de dissipação de calor dos cavalos é por meio do suor ,nele apresenta
uma concentração , de 80g sódio, 150g cloreto e 60g potássio e uma concentração menor de
cálcio e magnésio nas perdas diárias em um animal adulto que esteja submetido de 3 a 6 horas
de trabalho em clima quente, os eletrólitos tem funções múltiplas no organismo do animal,
pois não tem a existência de praticamente nenhum processo metabólico que se mantenha
inalterado, ou seja, independente diante as alterações de eletrólitos.

A suplementação com a utilização de eletrólitos varia de acordo com o esforço físico e


de animal para animal, como por exemplo éguas gestantes e lactantes que precisam de maior
suplementação que os outros. Os eletrólitos devem ser fornecidos, sempre com a água à
vontade, e tem validade somente após o esforço físico, pois se o animal estiver bem
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alimentado, seu organismo estará em equilíbrio, e não será armazenado, apenas será reposto a
perda.

2.3.5. Água
Para todos os seres vivos água é fundamental, já em cavalos atletas precisa-se uma
disposição dela maior no treinamento, antes, durante e depois das competições, sempre que o
animal tiver sede, deverá ter água fresca e limpa, se o cavalo perder 15% da sua reserva
hídrica pode ser fatal, devemos também evitar água gelada para os animais com o corpo
aquecido, e não devemos permitir que o animal faça a ingestão dessa água rapidamente.

2.3.6. Nutrição no dia da competição


A dieta no equino no dia da competição irá depender da atividade que o animal vai
executar, o tamanho, peso do cavaleiro e quantidade de tempo que estará trabalhando, como
por exemplo, quando o equino está sendo trabalhado, ocorre uma grande perda de água e
minerais através do suor, sendo assim, sua ração deve conter minerais e forragem de alta
qualidade, para manter o funcionamento digestivo.

A alimentação das provas de resistência é feita com uma maior quantidade de


forrageira, de seis a oito kg/dia para a dilatação do intestino grosso, assim, aumentando a
reserva de água e de eletrólitos. Na noite anterior ao dia da competição de resistência é
fornecido alimentos ricos em fibras para os animais dessa modalidade, devem ser alimentados
pelo menos cinco horas antes da competição

Para corridas de curta distância, deve-se fornecer rações concentradas leves, de quatro
a cinco horas antes do início da competição e o consumo de forragens devem ser estritamente
limitada em muitas competições de curta distância o animal fica o dia todo disponível, pois é
comum passar mais de uma vez para competir, nesses casos, para efeito de relaxamento
mental e tranquilização, devemos deixá-los com volumoso relativamente á vontade.

Conforme a taxa de trabalho cresce, o consumo de alimento deve ser aumentado, e os


alimentos concentrados devem ser seriamente restritos, nos dias de repouso do equino, deve
receber refeições em menor quantidade, distribuídas em três refeições, com o aumento do
fornecimento de feno.
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3. CONCLUSÃO

As exigências nutricionais dos equinos são compostas por dois fatores, que afetam na
efetividade do animal no seus afazeres, as exigências de mantença mais àquelas para as
atividades físicas. Essas exigências são aditivas e ambas devem ser preenchidas com o
objetivo do animal manter o peso, condição corporal, boa saúde e desenvolvimento, assim
como em animais de produção, a falta de equilíbrio entre nutrientes pode levar a um baixo
desempenho.

O manejo da dieta adequada ao cavalo foi comprovado para melhorar as funções e


saúde do cavalo para qualquer que seja sua aplicação. O cavalo de esporte hoje proporciona
resultados impressionantes, por causa desse manejo, e cada vez mais melhora o seu
desempenho recebendo alimentação, métodos de treinamento e suplementação adequados em
cada modalidade ou fase da jornada atlética. A melhor maneira de evitar problemas e
melhorar o potencial do seu cavalo é instituir um programa nutricional conforme as
necessidades específicas tais como: raça, idade, modalidade esportiva. Assim maximizando os
seus resultados.

Enfim, devemos considerar que um cavalo atleta é um animal frágil, cujo desempenho
e bem-estar são dependentes além das habilidades de seu treinador, mas também do
acompanhamento de um profissional qualificado junto a uma apropriada nutrição e
suplementação.
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4. REFERÊNCIAS

CAVALUS, Redação. Você conhece o aparelho digestivo dos equinos?: Cavalos são animais
muito sensíveis e podem sofrer com diversos problemas no intestino que têm o poder de
prejudicar seu desempenho e até levá-los a óbito. [S. l.], 18 fev. 2021. Disponível em:
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/alimentacao-para-o-cavalo-atleta-1.84246
1. Acesso em: 28 nov. 2021.

CEOLA, Cláudia (coord.). Alimentação para o cavalo atleta. [S. l.], 11 mar. 2014. Disponível
em:
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/alimentacao-para-o-cavalo-atleta-1.84246
1. Acesso em: 28 nov. 2021.

DUREN, S. Feeding the endurance horse. Kentucky Equine Research, Inc. p.351-363, 2000.

CORRÊA, Kamila Souza; MATTOSO, Cláudio Roberto Scabelo; SILVA, Carlos Frederico
Gitsio Klier Teixeira da; MARINA SANTO, Lagos; TAKAHIRA, Regina Kiomi; LOPES,
Raimundo Souza. Enzimas musculares e eletrólitos em eqüinos submetidos a esforço físico
prolongado, suplementados com acetato de tocoferol e selênio. [S. l.], 2010. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/140497/ISSN0102-5716-2010-17-01-85-9
3.pdf;jsessionid=76C363FEC5787619F59A1640C23B4F40?sequence=1. Acesso em: 28 nov.
2021.

PRIMIANO, Flávia Micelli. Manejo e nutrição do cavalo atleta: Herbívoros por natureza,
equinos precisam de atenção redobrada para suas necessidades energéticas, pois elas são a
base fundamental para uma boa performance esportiva. 11. ed. [S. l.]: Petfood, 2010.
Disponível em:
http://www.ferrazmaquinas.com.br/en/uploads/conteudo/conteudo/2016/09/161JK/manejo-e-n
utricao-do-cavalo-atleta.pdf. Acesso em: 28 nov. 2021.

https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/531/3/Nutri%C3%A7%C3%A3o%20do%
20cavalo%20atleta%20final%20ANA%20Vs3.pdf
MEYERS, M.C., POTTER, G.D.; EVANS, J.W.; GREENE, L.W.; CROUSE, S.F. Physiologic
and metabolic response of exercising horses to added dietary fat. Journal Equine Veterinary
Science, 1989.

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